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nara lins meira quintão análise dos mecanismos envolvidos na ...

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de estímulo e, após sensibilização do SNC, à disestesia e à dor (para revisão ver:<br />

WOOLF e MANNION, 1999).<br />

Tanto <strong>mecanismos</strong> periféricos quanto centrais podem gerar e modular a dor<br />

neuropática (Figura 1). Os <strong>mecanismos</strong> periféricos que ocorrem após uma lesão de<br />

nervo periférico têm sido extensivamente estuda<strong>dos</strong>, porém ainda existem muitos<br />

pontos a serem esclareci<strong>dos</strong>. No momento em que o nervo periférico é lesio<strong>na</strong>do,<br />

alguns componentes da resposta inflamatória são libera<strong>dos</strong> (TRACEY e WALKER,<br />

1995), provavelmente associa<strong>dos</strong> à remoção <strong>dos</strong> axônios ou células de Schwann que<br />

sofreram degeneração, devido à falta de suprimento energético oriundo do corpo<br />

celular (localizado em um gânglio da raiz dorsal). São também libera<strong>dos</strong>, a partir da<br />

fibra nervosa lesio<strong>na</strong>da e de células como neutrófilos e macrófagos que migram para o<br />

sítio da lesão, muitos mediadores químicos, incluindo a serotoni<strong>na</strong>, substância P (SP),<br />

histami<strong>na</strong>, bradicini<strong>na</strong> (BK), fator de ativação plaquetária (PAF), além de produtos das<br />

vias da ciclooxige<strong>na</strong>se e da lipoxige<strong>na</strong>se, capazes de sensibilizar as fibras sensoriais<br />

periféricas, resultando no aumento da responsividade a estímulos mecânicos e<br />

térmicos no sítio da lesão (WOOLF e CHONG, 1993; SIDDALL e COUSINS, 1997;<br />

BENNETT, 1999; para revisão ver: STACEY, 2005).<br />

Contudo, a porção proximal à lesão sobrevive formando um neuroma, que, por<br />

sua vez, produz descargas ectópicas que chegam ao SNC e são interpretadas como<br />

origi<strong>na</strong>das do membro lesio<strong>na</strong>do (MACFARLANE et al., 1997). As descargas ectópicas<br />

periféricas provocam reorganização e alterações <strong>na</strong>s fibras sensoriais que chegam ao<br />

corno dorsal da medula espinhal e, como conseqüência, a dor passa progressivamente<br />

a ser controlada por vias do SNC, resultando <strong>na</strong> sua amplificação e <strong>na</strong> persistência do<br />

quadro hipernociceptivo (IGNATOWSKI et al., 1999; SCHWARTZMAN et al., 2001).<br />

Ocorre uma queda do controle inibitório da dor, causado pela diminuição <strong>dos</strong>

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