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nara lins meira quintão análise dos mecanismos envolvidos na ...

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podendo persistir até mesmo após o desaparecimento do trauma inicial, estendendo-se<br />

por meses ou anos e comprometendo a qualidade de vida do indivíduo (ASHBURN e<br />

STAATS, 1999; LOESER e MELZACK, 1999; LOESER, 2003; SKφTT, 2003). Podem-<br />

se destacar ainda alterações adaptativas, como neuroplasticidade, em diferentes níveis<br />

do sistema nervoso, tais como sensibilização, perda do controle inibitório da dor,<br />

reorganização do circuito neuro<strong>na</strong>l do corno dorsal e alterações <strong>na</strong> facilitação e <strong>na</strong><br />

inibição descendente da dor. Tendo em vista que estes eventos são dependentes da<br />

intensidade e duração do estímulo doloroso, quanto mais persistente, mais difícil se<br />

tor<strong>na</strong> o tratamento do quadro patológico (BESSON, 1999; WOOLF e SALTER, 2000).<br />

Tanto a dor aguda quanto a dor crônica estão freqüentemente associadas a<br />

processos inflamatórios, como resultado da lesão tecidual, reatividade imune anormal<br />

ou lesão nervosa (STEIN et al., 2003). Na dor crônica, em particular, muitas alterações<br />

ocorrem em associação com os eventos básicos da nocicepção, que modificam a<br />

relação entre o estímulo e a resposta nociceptiva, afetando a modulação do estado<br />

doloroso resultante. Além disso, alterações centrais crônicas <strong>na</strong> neuroquímica da<br />

si<strong>na</strong>lização da dor produzem hipersensibilidade, aumentando a freqüência e a duração<br />

<strong>dos</strong> impulsos aferentes. Ademais, mudanças estruturais secundárias à lesão nervosa<br />

periférica incluem a perda de interneurônios espinhais, rearranjos não apropria<strong>dos</strong> de<br />

processos neurais aferentes <strong>na</strong> medula espinhal e a proliferação de fibras simpáticas<br />

no gânglio sensorial. Essas mudanças não são uniformes e dependem do tipo de lesão<br />

tecidual, do envolvimento de tipos específicos de fibras e da participação do sistema<br />

imune (DRAY et al., 1994; PERKINS e TRACEY, 2000; WATKINS e MAIER, 2002;<br />

DOGRUL et al., 2003). Outro aspecto que dificulta o desenvolvimento de terapias<br />

racio<strong>na</strong>is e efetivas para o tratamento de processos dolorosos crônicos é a falta de

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