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SAÚDE<br />
Assim como a Ciência busca explicar<br />
a ação antiinflamatória de alguns<br />
nutrientes, os pesquisadores também<br />
alertam para a inflamação anormal, de<br />
ordem patológica e crônica, como a<br />
obesidade, o diabetes e outras doenças<br />
que podem ser favorecidas pelo<br />
consumo de substâncias inflamatórias<br />
presentes em alguns alimentos. Batata<br />
assada, batata frita, bolos, biscoitos<br />
e pães de trigo branco são alguns<br />
exemplos de alimentos com alto índice<br />
glicêmico e que estimulam a inflamação<br />
anormal. “Ainda há muito o que<br />
estudar e comprovar a respeito. O que<br />
se sabe é que, no mundo atual, há um<br />
grande desequilíbrio no consumo de<br />
alimentos que favorecem a inflamação<br />
em detrimento dos alimentos que possuem<br />
substâncias biologicamente ativas<br />
com poder de modular o processo<br />
inflamatório, causando transtornos e<br />
doenças”, alerta Maria Del Rosário.<br />
O nutrólogo do Instituto de Metabolismo<br />
e Nutrição (Imen) e médico<br />
do Hospital do Coração (HCor), Daniel<br />
Magnoni, lembra porque os desnutridos<br />
e pessoas com deficiência<br />
imunológica apresentam menos quadros<br />
inflamatórios. “A aterosclerose é<br />
o exemplo claro de inflamação nas artérias<br />
e vasos provocada pelo excesso<br />
de gordura no sangue. Isso aumenta<br />
24<strong>Super</strong> 24<strong>Super</strong> <strong>Saudável</strong><br />
Sean Locke<br />
Desequilíbrio nutricional<br />
os riscos para o ser humano ter problemas<br />
coronarianos”, enfatiza, ao<br />
acrescentar a necessidade de a população<br />
manter uma alimentação que<br />
contenha nutrientes moduladores da<br />
resposta inflamatória do organismo.<br />
A nutricionista Roseli Rossi acrescenta<br />
que cada vez mais a Ciência busca<br />
dados sobre como os alimentos podem<br />
ajudar na prevenção e no tratamento<br />
de doenças. “Assim como as<br />
doenças cardiovasculares, outros problemas<br />
poderiam ser evitados com essas<br />
medidas simples e a redução de<br />
fatores agressores à saúde. Nesse caso,<br />
os médicos, que têm papel fundamental<br />
na orientação dos pacientes,<br />
deveriam se informar mais sobre<br />
quanto os alimentos são essenciais em<br />
um tratamento”, ressalta.<br />
Daniel Magnoni<br />
Ame!