Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
tidade de agentes fitoquímicos – vitaminas,<br />
minerais e antioxidantes –, de ácidos<br />
graxos essenciais, de complexos bioativos<br />
e carga glicêmica dos alimentos são<br />
os fatores que conferem maior ou menor<br />
capacidade antiinflamatória aos alimentos.<br />
Baseada nesses critérios, a nutricionista<br />
norte-americana Monica Reinagel,<br />
autora do livro ‘The Inflammation Free –<br />
Diet Plan’, conseguiu atribuir em suas<br />
pesquisas um Fator Inflamatório (IF) a<br />
uma série de alimentos, que exercem impacto<br />
positivo ou negativo sobre o organismo<br />
quando entram na circulação. Na<br />
tabela de Reinagel, por exemplo, o alho<br />
macerado possui IF positivo de 4939, fator<br />
que coloca o alimento no topo dos<br />
classificados como antiinflamatórios, já<br />
que possui substâncias bioativas com potencial<br />
de modular o processo inflamatório.<br />
O salmão vem logo em seguida com<br />
IF 601, seguido do atum (IF 464) e da<br />
cebola (IF 387). Os peixes, em especial<br />
de águas frias, são ótimas fontes de ácidos<br />
graxos ômega-3, que são convertidos<br />
em substâncias semelhantes aos hormônios<br />
que reduzem inflamações, assim como<br />
o azeite de oliva extravirgem e a semente<br />
de linhaça.<br />
“O ômega 3 é um ácido graxo mo-<br />
noinsaturado que colabora com a redução<br />
do LDL-colesterol e o aumento do<br />
HDL. Com o colesterol em dia, esses nutrientes<br />
antiinflamatórios acabam tendo<br />
função cardioprotetora também”, informa<br />
Roseli Rossi. Graças à existência<br />
de fitoquímicos como a catequina, esse<br />
benefício ao coração também é conferido<br />
ao chá verde, extraído da Camellia<br />
sinensis e rico em antioxidantes. A nutricionista<br />
explica que os nutrientes presentes<br />
no chá verde favorecem a menor<br />
absorção de gordura e a redução do<br />
LDL-colesterol, o que reduz o risco para<br />
doenças cardiovasculares. Também estão<br />
na lista de nutrientes antiinflamatórios<br />
a vitamina C, presente nas frutas<br />
cítricas e no brócolis; a antocianina existente<br />
nas frutas vermelhas, como melancia,<br />
romã, cereja, morango e goiaba; o<br />
licopeno do tomate e a quercetina da<br />
maçã, entre outras verduras e frutas que<br />
possuem fitosubstâncias com propriedade<br />
antiinflamatória.<br />
Probióticos – Os alimentos probióticos<br />
– a exemplo do leite fermentado <strong>Yakult</strong><br />
com Lactobacillus casei Shirota –<br />
contêm bactérias que oferecem diversos<br />
benefícios à saúde, com destaque para<br />
Elena Moiseeva<br />
Maria Del Rosário<br />
a ação antiinflamatória do intestino. Esses<br />
microrganismos colonizam e participam<br />
da proteção do aparelho digestório,<br />
diminuindo a concentração e a ação<br />
de bactérias patogênicas. “Junto com as<br />
fibras, os probióticos favorecem a melhor<br />
digestão e a eliminação de substâncias<br />
tóxicas do organismo, e aumentam<br />
expressivamente o valor nutritivo e terapêutico<br />
dos alimentos, fato que ajuda a<br />
fortalecer a imunidade e aumentar a resistência<br />
à infecção”, destaca Maria Del<br />
Rosário, médica nutróloga e presidente<br />
da Associação Brasileira de Nutrologia –<br />
Regional Santa Catarina (ABRAN-SC).<br />
Divulgação/ABRAN<br />
<strong>Super</strong> <strong>Saudável</strong>23