(003) 10/09/2003 - Edição 20 - Grupo de Poetas Livres
(003) 10/09/2003 - Edição 20 - Grupo de Poetas Livres
(003) 10/09/2003 - Edição 20 - Grupo de Poetas Livres
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Ventos do Sul<br />
Revista do <strong>Grupo</strong> <strong>de</strong> <strong>Poetas</strong> <strong>Livres</strong> - Difundindo a poesia e fazendo amigos<br />
Florianópolis - SC - Ano V - Julho, Agosto e Setembro <strong>de</strong> 2<strong>003</strong> - Nº <strong>20</strong><br />
SCHALINE MAÍSA LEITE<br />
DECLAMA SEU POEMA<br />
“SENSIVEL PROCURA”,<br />
NA NOITE LITERÁRIA<br />
DO COLÉGIO MARGIRUS,<br />
DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ,<br />
DIA 19 DE SETEMBRO DE 2<strong>003</strong>.<br />
IMPRESSO
LEATRICE MOELLMANN, EM 13 DE SETEMBRO DE 2<strong>003</strong>, DISCURSA APÓS COROADA<br />
“PRINCESA” DA 18ª FEIRA DO LIVRO, LADEADA POR ELOÁ PÍTSICA E SEU FILHO (NO<br />
CENTRO), ATRÁS, A VICE-PRESIDENTE DO GPL, MARILU PERES RAMOS (À DIREITA),<br />
MARCELLO RICARDO ALMEIDA, DA FEDERAÇÀO DAS ACADEMIAS E NELSON ROLIM DE<br />
MOURA, DA EDITORA INSULAR E DA CÂMARA CATARINENSE DO LIVRO.<br />
2
Editorial<br />
Caros poetas e amigos,<br />
Fatos importantes aconteceram na vida do GPL neste trimestre.<br />
Em julho, dia 29, na se<strong>de</strong> da Fundação Franklin Cascaes, o GPL<br />
recebeu o Troféu Bernunça pelo conjunto <strong>de</strong> seu trabalho nestes cinco<br />
anos <strong>de</strong> vida.<br />
Em setembro, dia 5, Alzemiro apresentou performance poética no VII<br />
Colóquio Internacional <strong>de</strong> História das Ilhas do Atlântico, numa promoção<br />
do Instituto Histórico e Geográfico <strong>de</strong> Santa Catarina, no Hotel Castelmar.<br />
Homenageou a Biblioteca Pública Municipal Prof. Barreiros Filho no<br />
seu aniversário (veja no Aconteceu) e, também, participou da 18 ª Feira do<br />
Livro, <strong>de</strong> 4 a 14 <strong>de</strong> setembro no Beiramar Shopping. No mesmo stand das<br />
Aca<strong>de</strong>mias e Associações, o GPL comercializou suas Antologias e a<br />
Revista Ventos do Sul, montou Varal Literário e fez uma apresentação<br />
poética no dia 5. A nossa poetinha <strong>de</strong> 15 anos, Franciane Maciel Dutra,<br />
ven<strong>de</strong>u e autografou todos os seus quatro títulos editados. Sucesso da<br />
nossa Fran que, convidada, dá aulas <strong>de</strong> “Hora do Conto” no Colégio<br />
Lavoisier, on<strong>de</strong> estuda.<br />
Dia 25, na TV Barriga Ver<strong>de</strong>, entrevista no Programa <strong>de</strong> Marcelo<br />
Passamai (<strong>de</strong>talhes no Aconteceu).<br />
Setembro é o mês <strong>de</strong>dicado ao idoso e, no GPL, temos um trio <strong>de</strong><br />
idosas que compõe o <strong>Grupo</strong> As Fantásticas (Maurília, Doralice e Maria) que<br />
se apresentou na Semana Cultural do Colégio Coração <strong>de</strong> Jesus, dia 26 <strong>de</strong><br />
setembro.<br />
Nos meses <strong>de</strong> Agosto,setembro,outubro a 2 ª edição do Concurso<br />
“Palavras com Formas”, para os alunos do Colégio Lauro Müller com idéia e<br />
apoio do GPL.<br />
Em outubro, dia 9, Adir Pacheco, Alzemiro Vieira, Cacildo Silva e<br />
Heralda Victor, sob a direção <strong>de</strong> Zeula Soares apresentar-se-ão na Semana<br />
Cultural do Lira Tênis Clube. Detalhes na próxima Revista.<br />
Neste espaço, vimos a público agra<strong>de</strong>cer o apoio do senhor LÍRIO<br />
JOSÉ LEGNANI(do IPUF) e do nosso Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Honra, MANOEL<br />
PHILIPPI. Só assim po<strong>de</strong>mos dar continuida<strong>de</strong> à nossa Revista.<br />
O Projeto Viajando com Poesia já está na 17 ª edição e conta com o<br />
apoio das Organizações Koerich. Mais uma vez, obrigado.<br />
A partir <strong>de</strong>ste número da Revista os nossos sócios assinantes<br />
passaram para a Categoria Correspon<strong>de</strong>nte.<br />
Aos nossos poetamigos e membros efetivos, correspon<strong>de</strong>ntes e<br />
assinantes, o nosso <strong>de</strong>sejo que apreciem mais este número da Revista<br />
Ventos do Sul.<br />
Profa. Maura Soares - Presi<strong>de</strong>nte<br />
3
Sócios Correspon<strong>de</strong>ntes<br />
SAUDADE<br />
Quando encontrares a sauda<strong>de</strong><br />
faz <strong>de</strong> conta que não a conheces<br />
que ela vai embora.<br />
Quando a sauda<strong>de</strong> bater à tua porta<br />
não abre a porta que ela vai embora.<br />
Quando a sauda<strong>de</strong> te fizer per<strong>de</strong>r o sono<br />
procura dormir, talvez tenha vindo por engano.<br />
Quando a sauda<strong>de</strong> aparecer na hora errada,<br />
dá as costas, talvez ela esteja aparecendo<br />
para a pessoa errada.<br />
Quando a sauda<strong>de</strong> estiver pisando o teu coração<br />
não diga nada, <strong>de</strong>ixa-a ficar, talvez ela tenha<br />
motivos <strong>de</strong> ter entrado no teu coração.<br />
HERMELINDA IZABEL MERIZE (NINI)<br />
[in “Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> sonhar”]<br />
São José, SC<br />
CÚMPLICES<br />
A minha essência exige a tua essência<br />
Menos que isso só me faz sofrer<br />
O meu <strong>de</strong>sejo é sempre uma urgência<br />
Necessito <strong>de</strong> ti para viver.<br />
Mas eis que a vida é cheia <strong>de</strong> inclemência<br />
E às vezes não me po<strong>de</strong>s pertencer<br />
Me crucificas com a tua ausência<br />
E o meu ciúme faz-me enlouquecer<br />
Não somos namorados nem amantes<br />
Pra expressar não há termos bastantes<br />
Cúmplices: nosso fado está escrito.<br />
Cúmplices na verda<strong>de</strong> é o que somos<br />
No leito entrelaçados nós compomos<br />
O indissolúvel signo do infinito.<br />
LEATRICE MOELLMANN<br />
[in: Amor nos Anos 90]<br />
[da ACL, do IHGSC, da ABL...]<br />
4<br />
ENTREI NA SUA VIDA<br />
Eu vim para lhe ensinar o que é viver...<br />
Trazer você da inércia<br />
Ao <strong>de</strong>lírio...<br />
Arrancar <strong>de</strong> você suspiros<br />
Eu vim para segurar a sua mão...<br />
Descobrir nos seus olhos<br />
Seus segredos...<br />
Ver em seu rosto um sorriso<br />
Levá-la ao paraíso...<br />
Fugirmos do perigo<br />
Eu vim para ser seu homem<br />
Saciar a sua fome...<br />
Mas se você quiser<br />
Po<strong>de</strong> me chamar <strong>de</strong> abrigo<br />
Amante ou amigo<br />
Eu vim para tocar seu corpo<br />
Como se toca um instrumento musical<br />
Eu vim para lhe trazer da lama<br />
Fazer você esquecer o tédio...<br />
Sonhar fora da cama<br />
Enten<strong>de</strong>r que o ouro é nada...<br />
Se comparado a nós<br />
Po<strong>de</strong>m me tachar <strong>de</strong> paranóico<br />
Obcecado, insano ou maluco...<br />
Por você eu assumo... todo o risco.<br />
ZEZÉ SANTOS<br />
São Paulo, SP<br />
VIDA<br />
Vida minha, cheia <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s feitos,<br />
Heroína <strong>de</strong> pequenas lutas.<br />
Doação, amor...<br />
Jogo <strong>de</strong> vida sem <strong>de</strong>rrotas, sem vitórias.<br />
História quase cósmica.<br />
No pensamento muitos quereres,<br />
Esperança louca no amanhã,<br />
No futuro,<br />
Na vida.<br />
LUCY GOLINO<br />
Belo Horizonte - Minas Gerais
Sócios Correspon<strong>de</strong>ntes<br />
ILHA DE SANTA CATARINA<br />
Após incansável luta, dominada a bravia e ru<strong>de</strong> natureza,<br />
Transformada esta em bucólico cenário da mais rara beleza,<br />
Da felicida<strong>de</strong>, confraternização, concórdia e bonança;<br />
A malfadada Ilha do Desterro, ressurgiu a nós os pósteros,<br />
Como a ilha da paz, da tranqüilida<strong>de</strong>, do prazer, da esperança.<br />
Já não ecoam nas quebradas, nas veredas, ou amplidão,<br />
O ranger <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes, gritos roucos e rancorosos <strong>de</strong> maldição;<br />
Dos ru<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sterrados, em sua revolta, em sua solidão;<br />
Desapareceu daquele celestial recanto, a melancolia e rancor;<br />
Brotou da terra a esperança; como milagre, ressurgiu o amor.<br />
A triste, sombria e <strong>de</strong>solada Ilha, mudou radicalmente;<br />
Não é mais aquele Torrão execrável, que a humanida<strong>de</strong> abomina;<br />
Não é mais a maldita ilha dos con<strong>de</strong>nados e sofredores;<br />
Tornou-se humana, receptiva, hospitaleira, reverteu sua sina;<br />
É hoje um paraíso coberto <strong>de</strong> flores; a majestosa<br />
ILHA DE SANTA CATARINA.<br />
Belas praias <strong>de</strong> rara beleza, gizam o contorno da natureza;<br />
Seu mar a refletir o ver<strong>de</strong> das matas, o céu azul <strong>de</strong> anil,<br />
Atrai forasteiros das mais variadas regiões do Brasil;<br />
Postal da natureza, surge entre dunas, <strong>de</strong> surpresa,<br />
Em sua vasta extensão, a feiticeira e encantadora<br />
LAGOA DA CONCEIÇÃO.<br />
Emergindo em um recanto <strong>de</strong> estuante enlevo que fascina,<br />
A Vila <strong>de</strong> Nossa Senhora do Desterro surgiu viçosa, como cida<strong>de</strong> menina;<br />
Não mais insulada pelo mar, guardião enamorado que a contorna,<br />
Evoluiu para uma metrópole, transbordante <strong>de</strong> luzes e cores,<br />
Materializando-se na <strong>de</strong>slumbrante e encantadora FLORIANÓPOLIS<br />
CAPITAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA.<br />
ÁUREO CORRÊA DE SOUZA<br />
Bauru, SP<br />
5
Sócios Correspon<strong>de</strong>ntes<br />
SONHO DO PAI<br />
Neste mundo cercado, por pétalas <strong>de</strong> rosas<br />
e flores <strong>de</strong> todas as cores,<br />
Alegrado pelo gorjeio dos pássaros,<br />
Refrescado pelo sopro da brisa, encantado com a corrida<br />
das águas límpidas no ribeiro próximo,<br />
tu tinha um sonho.<br />
Meu sonho cresceu.<br />
O menino em meu colo era meu filho,<br />
o sonho <strong>de</strong> todos os pais.<br />
Meu sonho se tornou realida<strong>de</strong>, me vi como meu pai,<br />
quando me teve em seus braços pela primeira vez.<br />
A emoção do presente ganho por Deus,<br />
as primeiras providências a diagnosticar seu futuro,<br />
querer para ele tudo <strong>de</strong> bom, se alegrar com seus sucessos.<br />
Ficar apreensivo com suas necessida<strong>de</strong>s,<br />
e ter pulso firma na hora <strong>de</strong> corrigi-lo a ter uma vida digna.<br />
O meu sonho é igual ao <strong>de</strong> todos os pais.<br />
Ver os filhos com saú<strong>de</strong>, vencedores em seus negócios<br />
e vê-los também pais realizados<br />
e ter o mesmo sonho que eu.<br />
De um pai agra<strong>de</strong>cido.<br />
MARIA DA GLÓRIA A. GONÇALVES<br />
São Paulo, SP<br />
O COTIDIANO<br />
Quando amanhece, já <strong>de</strong>sperto, faço meu roteiro certo<br />
Levando n’alma o anseio, chego pelos <strong>de</strong>graus a galgar<br />
E nos sonhos meus, meu fremente sonho <strong>de</strong> viver<br />
Como outrora, venho agora espairecer.<br />
Neste espaço voam alados migrantes do passado<br />
Meus confra<strong>de</strong>s o vôo espraia respira a vida ansiosa<br />
São palmas o novo palco, cenário da Se<strong>de</strong> airosa<br />
Mas, não basta chegar amigo e contemplar esquivo<br />
Ergue seu olhar, vamos olhar com afeto<br />
Esten<strong>de</strong> sua mão, não fiquemos perdidos<br />
Por que <strong>de</strong>scora folgazão da mesa o ver<strong>de</strong> pano?<br />
Sustenta no escasso tempo a sorte erguido.<br />
Afinal, são manhãs fraternas <strong>de</strong> encontro e paz<br />
Logo mais ao meio-dia dispersa a confraria<br />
Brilha o sol lá fora, o solo fuma insano<br />
Au revoir! O lar me espera enternecido.<br />
[Apresentado na inauguração da 11 ª Regional – Anexo da<br />
Se<strong>de</strong> da Assoc. dos Sub-Tenentes e Sargentos da PMSP]<br />
NELSON CARNEIRO<br />
São José do Rio Preto, SP<br />
6
De braços abertos, estamos!<br />
INCOMPETÊNCIA<br />
Soltei a âncora<br />
no porto <strong>de</strong> teus olhos<br />
e acabei me afogando.<br />
Que pena<br />
que eu não tenha<br />
aprendido a nadar!<br />
[in: Sinfonias do Corpo – Acervo IHGSC]<br />
SILVÉRIO DA COSTA<br />
Chapecó, SC<br />
(Membro da ACHE)<br />
O HOJE DA LIBERDADE<br />
Hoje – envolverei a minha alma<br />
com a poesia vívida do amor.<br />
Tão somente o interior compreen<strong>de</strong>rá<br />
a beleza presente do sentir-se livre<br />
e sensível para o poema segredado<br />
no <strong>de</strong>stino divino do sentimento.<br />
Hoje – recepcionarei o sonho<br />
com a realida<strong>de</strong> sublimando a vida.<br />
E as lágrimas sorrirão<br />
na gratidão célebre do amor.<br />
RICARDO MISTRAL<br />
Santo André,SP<br />
PAISAGEM<br />
Para C. F.<br />
A janela emoldura a paz marítima,<br />
que o chumbo manso transmite quietamente.<br />
Nele, tremeluzentes casas, árvores, nuvens<br />
ciciam uma eternida<strong>de</strong> incorpórea, persistente.<br />
Na ânsia <strong>de</strong> <strong>de</strong>latar o paraíso,<br />
um roedor anônimo e impotente<br />
se ousa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a batina-escon<strong>de</strong>rijo<br />
e mordisca o olhar embevecido.<br />
Mas a paz fez-me sua. É permanente.<br />
JÚLIO DE QUEIROZ<br />
[in Álgebra <strong>de</strong> Sonhos – Poesia, p.57]<br />
7<br />
VISITAS<br />
Las aguas <strong>de</strong>l salado visitaron mi barrio,<br />
fue una lengua enorme, sedimentosa, oscura,<br />
no se parecia al río manso <strong>de</strong> mi infancia,<br />
más bien era el mismo <strong>de</strong>monio<br />
que estiraba su lengua sobre nosotros.<br />
Todos los vecinos subieron a los techos,<br />
y yo juro, y my perro jura,<br />
vimos a Dante y a Virgílio<br />
pasar en bote por mi calle<br />
rumbo al purgatorio.<br />
ROBERTO D. MALATESTA<br />
Província <strong>de</strong> Santa Fé, Argentina<br />
PORQUE BEIJEI-TE NA BOCA<br />
Quis silenciar-te<br />
para não mais ouvir<br />
as tuas juras <strong>de</strong> amor,<br />
as promessas... os mananciais...<br />
Eu só queria sentir<br />
o teu calor e nada mais.<br />
Beijei-te na boca<br />
para silenciar o teu coração,<br />
que, a todos os instantes,<br />
não parava <strong>de</strong> salientar:<br />
- A vida é bela,<br />
mas só para quem sabe amar.<br />
Acreditei em tuas palavras,<br />
ao ponto <strong>de</strong> fazer-te calar...<br />
Só não pensei que, beijar-te,<br />
fosse assim tão difícil,<br />
ao ponto <strong>de</strong> não saber,<br />
finalmente, o que é amar!<br />
Ainda hoje procuro saber,<br />
se nos lábios da mulher<br />
estão todos os verbos,<br />
pois, por mais que eu estu<strong>de</strong>,<br />
não consegui <strong>de</strong>cifrar o verbo AMAR,<br />
já que, em teus lábios<br />
só encontrei amor, amor e nada mais!<br />
NILSON MELLO<br />
[Escritor e Teatrólogo – da ASJL]<br />
ARMAGEDON<br />
À margem, dor<br />
A imagem, dó<br />
Armar é ódio<br />
Amar é dom<br />
MARCELINO RODRIGUES PONTES<br />
São Paulo, SP
De braços abertos, estamos!<br />
UN AMIGO ES UN AMIGO<br />
A Don Antonio Machado<br />
He pensado escribirte una nota, estés don<strong>de</strong> estés.<br />
Un amigo es un amigo, y las cartas se expan<strong>de</strong>n.<br />
En Collioure mis versos siempre han sido bien recibidos.<br />
No, pero ésta la enviaré por el mundo. ¡Tienes tantos amigos!<br />
Que, <strong>de</strong> pasear tu ausencia “Antonio” el mundo se está haciendo chico.<br />
De Siberia me dice Olga (que está estudiando español)<br />
que le envíe todo lo tuyo, y Amanda <strong>de</strong>s<strong>de</strong> America Austral,<br />
bueno... me dice igual.<br />
¡No sé que tienen tus versos! Si es que huelen a mañana o<br />
a Primavera, que corren y <strong>de</strong>jan huella, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> el mundo don<strong>de</strong> tu estás.<br />
¿Por qué andas por el mundo? Outra cosa no pue<strong>de</strong> ser.<br />
Me estoy acercando a ti, se va notando en mis versos<br />
y en la forma <strong>de</strong> pensar.<br />
Son tus recuerdos, un amigo es un amigo...<br />
MANUEL GONZALEZ ALVAREZ<br />
Madrid – Espanha<br />
SER...NÃO SER...<br />
Dizer-te tento, ao prosseguir a hora<br />
Fatal, final, do ciclo natural...<br />
Foge-me o termo, no momento extremo,<br />
Pelo sentir o refletido inverso,<br />
Após o todo vivido e já sofrido.<br />
Penso no pouco e, tento, mesmo exposto<br />
À luz, que consome in<strong>de</strong>ne, volver,<br />
E num <strong>de</strong>sfazer <strong>de</strong> força em regressão,<br />
Achar, por fim, a melhor solução.<br />
Mas, se tudo é lei, é pura re<strong>de</strong>nção,<br />
Sequer <strong>de</strong>vo sonhar em revisar o fato,<br />
Aceitando o preço tachado <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino<br />
E, que o após, conduza ao tampo findo.<br />
LEONE CAVALCANTE<br />
Maceió, AL<br />
8<br />
Como todo sonhador,<br />
quero o mundo ver em paz,<br />
livre <strong>de</strong> miséria e dor.<br />
Será o homem capaz?<br />
Quantos sonhos esquecemos,<br />
na rota <strong>de</strong>sconhecida,<br />
dos percursos que fazemos<br />
ao longo da nossa vida!<br />
ZENILDA NUNES LINS<br />
[da Aca<strong>de</strong>mia Biguaçu <strong>de</strong> Letras]<br />
BUENOS PROPÓSITOS<br />
Quiero ser un poeta sensible<br />
quiero ser un poeta sensible<br />
Poner el corazón<br />
Músculo bastante más noble<br />
que mis triceps.<br />
Quiero ser un poeta moralista<br />
quiero ser un poeta moralista<br />
Des<strong>de</strong> ahora<br />
abomino<br />
<strong>de</strong> la festejada inmoralidad<br />
<strong>de</strong> mi prosa.<br />
¿Cómo lucharé contra mi obstinada<br />
propensión a ser<br />
un triste poeta explicativo?<br />
Mi obstinada tristeza<br />
me explica<br />
Y me explica.<br />
ROLANDO REVAGLIATTI<br />
[In Ripio, p. 31]<br />
Buenos Aires – Argentina<br />
EU<br />
Eu sempre fui referência.<br />
Os outros eram:<br />
Maiores ou menores,<br />
Mais claros ou mais pretos,<br />
Sempre mais bonitos e inteligentes.<br />
Continuo lamentável referência.<br />
Disseste:<br />
Ninguém te ama,<br />
Te amou<br />
Ou te amará<br />
Mais que eu.<br />
Tu és especial!<br />
E preferiste o outro.<br />
CARLIMPIM<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, RJ
Aos <strong>Poetas</strong> mortos.<br />
Fonte <strong>de</strong> muitas inspirações!<br />
Esta página é <strong>de</strong>dicada aos gran<strong>de</strong>s poetas catarinenses já falecidos.<br />
Osmar Silva<br />
Osmar Silva, conhecido em<br />
Florianópolis por seus<br />
programas radiofônicos diários<br />
“Janelinha da Ilha” e “A Página<br />
do Dia”, <strong>de</strong>ixou-nos as obras<br />
“Coquetel <strong>de</strong> Crônicas” e<br />
“Trovas do Meu Cantar”. Colhi<br />
do seu livro “Trovas...” o<br />
comentário <strong>de</strong> Almiro Cal<strong>de</strong>ira:<br />
“Agora o rádio-escritor volta ao<br />
livro, não mais para pôr em letra<br />
<strong>de</strong> fôrma páginas <strong>de</strong> sua<br />
<strong>de</strong>liciosa prosa radiofônica, e<br />
sim para, liberta a alma do<br />
poeta, oferecer ao público este<br />
pequeno volume <strong>de</strong> emoção<br />
concentrada.<br />
Estou certo <strong>de</strong> que estas Cem<br />
Trovas – espontâneas,<br />
expressivas, simples e belas,<br />
não poucas primorosas – o autor<br />
obterá dos leitores o que<br />
granjeou dos ouvintes ao tempo<br />
<strong>de</strong> sua passagem pelas<br />
redações <strong>de</strong> nossas emissoras:<br />
ampla sintonia”.<br />
9<br />
1<br />
Não faço trovas a esmo,<br />
- Delas me posso orgulhar -<br />
São pedaços <strong>de</strong> mim mesmo<br />
As “trovas do meu cantar”.<br />
2<br />
Dás, sorrindo, o teu carinho,<br />
a tantos tu queres bem...<br />
Teu coração é igualzinho<br />
a um porta <strong>de</strong> vaivém.<br />
3<br />
Esse teu olhar que encanta<br />
A muitos tem enganado.<br />
São dois olhos duma santa<br />
Num corpo que é só pecado.<br />
4<br />
Quando ontem te encontrei,<br />
Tu me sorriste, Maria...<br />
Já era noite, eu bem sei<br />
Mas pensei que fosse dia.<br />
5<br />
Conheci tantas Marias<br />
Tanta Maria esquecida<br />
Não encontrei a que fosse<br />
Maria da minha vida.<br />
(...)<br />
Nota: A 1 ª estrofe está fazendo parte do Projeto “Poesia na Praça”,<br />
do GPL, e ficará gravado num banco da Praia das Palmeiras que,<br />
brevemente será inaugurada pela Prefeita Angela Amin.
Promovendo...<br />
<strong>Poetas</strong> do <strong>Grupo</strong><br />
DE CORAÇÃO ABERTO<br />
Ao som <strong>de</strong> Nazareth,<br />
Pensamento solto, incontrolado...<br />
Vago na incerteza <strong>de</strong> um novo encontro.<br />
As carícias tão sonhadas,<br />
os beijos tão esperados...<br />
não po<strong>de</strong>rão ser únicos.<br />
Num turbilhão <strong>de</strong> emoções incontidas, me expus.<br />
Busquei conter-me, mas o passado veio à tona.<br />
Quanto tempo <strong>de</strong>sperdiçado!<br />
Quanta vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> voltar no tempo,<br />
alterar momentos injustos.<br />
Reabrimos as cicatrizes do passado.<br />
Agora,<br />
solicito licença para recomeçar a viver.<br />
Buscar encontrar-me novamente,<br />
retirar o pó das amarguras.<br />
Viver<br />
livre dos julgamentos<br />
sem pensar nos obstáculos.<br />
Minha vida, até então, simples páginas em branco.<br />
Em teus olhos irei buscar a resistência para transpor<br />
os obstáculos que,<br />
com certeza surgirão.<br />
Tua marca em meu corpo não é mais forte que em meu<br />
coração.<br />
Mas, através <strong>de</strong>la, sinto-te, relembro cada carícia.<br />
As horas escoam e meu pensamento é só teu.<br />
Fiz-me fraca no passado,<br />
mas o tempo me fez ver que só <strong>de</strong>vemos<br />
arrepen<strong>de</strong>r-nos do que fizemos<br />
e, jamais, do que <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> fazer.<br />
ADRIANA CRUZ<br />
<strong>10</strong><br />
CHAMA INTERIOR<br />
Preâmbulo <strong>de</strong> um amor bucólico,<br />
bálsamo <strong>de</strong> prazer no ar sentido,<br />
vozes e sussurros anelantes<br />
sendo eufonia aos ouvidos<br />
O Mar conversa com a noite distante<br />
no peito, lava da paixão, brilha como can<strong>de</strong>ia<br />
e a carne em êxtase incen<strong>de</strong>ia<br />
No Epílogo <strong>de</strong> um amor perene<br />
alma nua se veste em <strong>de</strong>satino<br />
com nossas mentes que no porvir<br />
mantém nossos <strong>de</strong>sejos vivos.<br />
ADELICIO MANOEL CAMPOS<br />
(LICINHO)<br />
PRISIONEIRA ALMA<br />
Sem traumas<br />
Busco tua alma,<br />
E encontro nas estrelas<br />
O olhar apaixonado.<br />
Extasiado no reflexo<br />
Das águas do mar,<br />
Sinto-me viajar<br />
Por mares, por ares,<br />
E encontro-te nos olhares<br />
Como santa.<br />
Te levantas sacrossanta<br />
Aos céus, às estrelas.<br />
Em silencioso medo<br />
De não mais vê-la,<br />
Com cuidadoso zelo<br />
Aprisiono-te na mente<br />
Para nunca mais perdê-la.<br />
ADIR PACHECO<br />
O INDIVIDUALISMO<br />
A própria sombra estendida<br />
nesse espaço sem limite,<br />
é gente perdida<br />
por mais que grite.<br />
É resposta silenciosa<br />
estatelada no chão;<br />
é um querendo que sim<br />
outro querendo que não.<br />
É rebanho em fuga<br />
nesse um por um;<br />
é a força negativa<br />
do divisor comum.<br />
ALZEMIRO LIDIO VIEIRA<br />
[In: Vertente, p. 79]
Promovendo...<br />
<strong>Poetas</strong> do <strong>Grupo</strong><br />
EU QUERO<br />
Hoje liberei minha alegria contida<br />
E sorri novamente feliz para a vida<br />
Neste mais novo alvorecer...<br />
Quero...<br />
Quero guardar só lembranças boas<br />
Que mesmo à bordo <strong>de</strong> frágeis canoas<br />
Apontem o rumo do meu viver...<br />
Também quero...<br />
Quero que a tristeza se <strong>de</strong>sfaça<br />
Que <strong>de</strong>sapareça em névoas, qual fumaça<br />
E que nunca volte a aparecer...<br />
E quero mais...<br />
Quero ser homem sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser menino<br />
Que sonha e busca incansavelmente seu <strong>de</strong>stino<br />
E que, a cada dia, encontra um renascer...<br />
Porque...<br />
Só assim viverei e serei bem feliz<br />
E mesmo sendo apenas um ser aprendiz<br />
Serei bom aluno, aprovado na matéria “SER”!...<br />
CESARIO FRANCISCO DA SILVA NETO<br />
ONTEM E HOJE<br />
Ontem, havia dignida<strong>de</strong><br />
Hoje, só há malda<strong>de</strong><br />
Ontem, os indígenas sorriam<br />
Hoje, os poucos que existem, se refugiam<br />
Ontem, a natureza estava por toda a parte<br />
Hoje, tentamos conservá-la ou simplesmente<br />
inventá-la em forma <strong>de</strong> arte<br />
Ontem, os indígenas lutavam por esta terra<br />
Hoje, a ven<strong>de</strong>mos por causa <strong>de</strong> uma dívida externa<br />
Ontem, éramos ricos sem perceber<br />
Hoje, somos pobres e fingimos que não sabemos o porquê.<br />
Ontem, tínhamos a paz em nossas mãos<br />
Hoje, temos a violência que é atirada em nossos corações<br />
Fingimos que estamos contentes<br />
Sorrimos para não chorar<br />
Calamos para não morrer<br />
Fechamos os olhos para não ver e nada dizer<br />
Hoje vivemos em um país<br />
Que, para muitos, boca, olhos e ouvidos fechados.<br />
É a sobrevivência<br />
que nos aflige com a violência<br />
e nos tira a consciência.<br />
ELAYNE MIRANDA VIEIRA<br />
11<br />
I<br />
Floripa, minha Floripa<br />
Floripa <strong>de</strong> encantos mil<br />
Tens tudo para mostrar<br />
Praias, trilhas, mar e céu <strong>de</strong> anil<br />
II<br />
Te amo, minha Floripa<br />
Com teus recantos tão lindos<br />
Campos, montes, trilhas, praias<br />
Céu azul e mar infindo.<br />
III<br />
Ilha e jardins, flamboiãs coloridos<br />
Prados, montes e cachoeiras<br />
Praias pra todos os gostos<br />
Mansas, bravas, alvissareiras.<br />
(...)<br />
ALCITA VARELA LEITE<br />
ALMA VOEJANTE<br />
O teu afável coração me chama<br />
que nem gaivota que, no mar, se enfia.<br />
Teu olhar no meu olhar irradia<br />
doce plumar que o sentimento inflama.<br />
A gaivota que o mar acaricia<br />
é como o mar, que a gaivota ama.<br />
É uma só imagem que a alma proclama<br />
no teu ser e o não ser, que me confia.<br />
O mar azul, no infinito, some,<br />
junta-se bem ao céu e sem porfia<br />
levam pra on<strong>de</strong>?... O teu ser? o teu nome?<br />
O teu pensar? o meu ser e a razão?...<br />
Sei que volvem, do espaço, noite e dia<br />
ao espaço, só teu, no coração.<br />
CACILDO SILVA<br />
[In: Janela e solidão, p. 33]
Promovendo...<br />
<strong>Poetas</strong> do <strong>Grupo</strong><br />
CHAVES<br />
A chave fecha minha casa<br />
A chave tranca meu carro<br />
Em chaves eu me amarro<br />
Em chaves <strong>de</strong> casa à Nasa<br />
Dependo com toda a certeza<br />
Mesmo não me dando conta<br />
Dela <strong>de</strong>pendo <strong>de</strong> ponta a ponta<br />
Como levado por correnteza<br />
Não encontro outro meio<br />
Quero in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> minhas chaves<br />
Seguirei outros rumos, talvez em naves<br />
Encontrar um mundo em que não haja chaves<br />
E em paz viver, sem medo, colhendo o que semeio.<br />
CARLOS PICCOLI<br />
É ESTRANHO DEMAIS<br />
É estranho <strong>de</strong>mais<br />
Sentir o insensível<br />
Suportar o insuportável<br />
Ver o invisível<br />
Sonhar e nunca ter<br />
Ter e não querer<br />
Querer e não po<strong>de</strong>r ver<br />
Ver e não po<strong>de</strong>r tocar<br />
Tocar e não sentir<br />
E quando sente<br />
É medo <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r se libertar<br />
Das correntes que insistem nos cegar<br />
Quando tentamos enxergar<br />
Parece estranho<br />
Quando um simples olhar<br />
Faz você sentir<br />
E ao mesmo tempo chorar<br />
É estranho <strong>de</strong>mais<br />
Amar<br />
DIEGO BENTO DA SILVA<br />
12<br />
BUSCO QUE<br />
Busco en la realidad,<br />
lo imposible.<br />
Busco el ser humano,<br />
en el hombre,<br />
cuantos siglos a <strong>de</strong> pasar<br />
para ser.<br />
Busco la luz,<br />
en la oscuridad,<br />
imposible<br />
pero la busco.<br />
Busco en el fondo <strong>de</strong>l hueco,<br />
la verdad,<br />
mis manos se están quemando<br />
pero sigo buscando.<br />
Busco entre las nubes,<br />
agua,<br />
para calmar mi sed.<br />
Busco entre cenizas,<br />
llantos y muerte,<br />
la paz.<br />
Busco que mis ojos,<br />
miren tanta injusticia.<br />
Busco sacar <strong>de</strong> entre mis uñas,<br />
la verguenza.<br />
Busco tener las manos limpias,<br />
para darte un abrazo<br />
<strong>de</strong> paz.<br />
DONATO PERRONE
Promovendo...<br />
<strong>Poetas</strong> do <strong>Grupo</strong><br />
INSTINTO<br />
Inerte, preso, tumba<br />
De tus instintos hombre eres<br />
Si piensas, razonas y caminas<br />
Inerte, prezo, tumba<br />
De tus sentidos, hombre eres.<br />
Si alzas tu mirada, nunca<br />
Los ojos bajos<br />
Boca cerrada<br />
Inerte, preso, tumba<br />
De tus instintos, hombre eres.<br />
Si cuando nino eres<br />
Inerte, preso, tumba<br />
De tus instintos hombre eres.<br />
Y te amamantam<br />
Pechos maternales<br />
Calor, beso, amor<br />
Y <strong>de</strong> tus instintos ya no eres.<br />
EDUARDO MIGUEL TALMASKY<br />
AS MÃOS DE OURO<br />
Eu tive um gran<strong>de</strong> amor,<br />
um amor verda<strong>de</strong>iro, sincero,<br />
que me amava.<br />
Tocava cavaquinho,<br />
solava as mais lindas canções.<br />
Uma gran<strong>de</strong> surpresa<br />
mudou minha vida:<br />
Ele foi chamado por Deus.<br />
Levou consigo<br />
o gran<strong>de</strong> talento<br />
e as mãos <strong>de</strong> ouro<br />
que <strong>de</strong>dilhavam com precisão<br />
as cordas do cavaquinho.<br />
Hoje o cavaco está<br />
no canto da sala<br />
e se calou para sempre.<br />
DORALICE ROSA DE SOUSA SILVA<br />
TEMPO<br />
Parei no tempo para pensar, horas e horas a refletir<br />
como será a vida sem amor, sem fé, sem esperança!<br />
De nada adianta aos homens esperar a bonança,<br />
se só constróem as guerras!<br />
A gran<strong>de</strong> verda<strong>de</strong> está no interior<br />
<strong>de</strong> cada ser humano.<br />
Olhar para si mesmo e refletir<br />
com serenida<strong>de</strong> e calma,<br />
procurando transportar<br />
esta imensidão <strong>de</strong> paz<br />
contida em si mesmo e não permitir que ela<br />
seja amortecida pelas tristezas da vida!<br />
É hora <strong>de</strong> nos <strong>de</strong>sfazermos dos medos que<br />
afetam a humanida<strong>de</strong>, caminhando<br />
ao encontro da felicida<strong>de</strong>.<br />
Encontraremos ao fundo <strong>de</strong>ste túnel escuro,<br />
a luz da vida.<br />
Deus, nosso pai,<br />
é a salvação <strong>de</strong>ste planeta,<br />
a terra em que habitamos!<br />
FRANCIANE MACIEL DUTRA<br />
(15 anos)<br />
[in O enigma da natureza, p. <strong>20</strong>]<br />
O TEMPO<br />
O tempo chega e<br />
traz você para mim.<br />
Mas como traz<br />
ele também leva.<br />
Te levou e eu fiquei sozinho,<br />
sem ninguém para me ajudar,<br />
me acolher.<br />
Eu me pergunto:<br />
- O que estou fazendo?<br />
Eu a chamo, mas ninguém respon<strong>de</strong>.<br />
E eu digo a mim mesmo:<br />
- Pare. O tempo passou.<br />
FILIPHE JOSÉ CORRÊA<br />
( <strong>10</strong> anos)<br />
13
Promovendo...<br />
<strong>Poetas</strong> do <strong>Grupo</strong><br />
A VIDA ME ENSINOU<br />
A vida me ensinou<br />
A escrever sobre amor<br />
Mas sem esquecer da dor<br />
Po<strong>de</strong> se dizer que sou uma poetisa,<br />
mas eu me <strong>de</strong>nomino uma i<strong>de</strong>alista<br />
Hora escrevo falando <strong>de</strong> dor<br />
Dor que sinto corroendo<br />
O meu corpo e me fazendo sofrer<br />
Hora escrevo falando <strong>de</strong> amor,<br />
amor esse que quase <strong>de</strong>ixei morrer<br />
Só aprendi a amar quando aprendi a perdoar<br />
Sim, amor é perdão<br />
É só vivendo para apren<strong>de</strong>r<br />
Sentindo na pele o infinito<br />
Sabedoria <strong>de</strong> perdoar<br />
IONARA REGINA VERZOLA<br />
AS MINHAS FLORES<br />
Deus <strong>de</strong>u-me três flores:<br />
Uma perfumada, macia, viçosa,<br />
Outra alva, faceira, formosa<br />
E a terceira que só distribui amores!<br />
No jardim da vida cultivei as três.<br />
E a elas dividi tudo que tinha,<br />
Amor, cuidados, conselhos, repreensão<br />
Ofereci meus dias ocupados com <strong>de</strong>dicação.<br />
Regava cada dia minhas três florzinhas,<br />
Vivia para elas e as protegia,<br />
Com igual medida para não feri-las,<br />
Multiplicando às vezes, até o que não tinha.<br />
Mas a vida ingrata tornou-se traiçoeira,<br />
Entrou no meu jardim, pisou nas minhas flores.<br />
Levou a mais viçosa <strong>de</strong>ixando só o perfume,<br />
Feriu a mais faceira que ficou tão triste,<br />
E a que só dava amores, fez conhecer as dores!<br />
Hoje, eu ainda cultivo no jardim da vida,<br />
Este buquê <strong>de</strong> flores que Deus me ofereceu.<br />
E com toda ternura do meu coração,<br />
Beijo as flores que estão comigo<br />
E à minha flor ausente faço uma oração!<br />
HERALDA VICTOR<br />
14<br />
ESTRADA<br />
As estradas os ver<strong>de</strong>s e o céu<br />
Meus olhos, o sol e minha sauda<strong>de</strong>.<br />
Não tive a casa rica das varandas<br />
<strong>de</strong> engenhos.<br />
Melhor, Deus me permitiu senti-las e vê-las,<br />
o que também é bom.<br />
Caíram os tronos, mas lá ainda moram,<br />
por usucapião, os marimbondos<br />
e algumas borboletas <strong>de</strong>scuidadas.<br />
IVAN ALVES PEREIRA<br />
(Ivan <strong>de</strong> Paulo Jacintho)<br />
NINGUÉM É DE NINGUÉM<br />
Todos nós nascemos para o mundo.<br />
Como posso seguir adiante,<br />
se lá vem você a me sufocar?<br />
Desculpa. Não quero,<br />
nem tenho o direito<br />
<strong>de</strong> te machucar.<br />
Por favor, respeita o meu caminhar.<br />
Tudo po<strong>de</strong>ria ser diferente...<br />
Que pena! Não percebeste<br />
por mais que te explicasse...<br />
Não força... Deixa tudo<br />
AconteSER naturalmente.<br />
GERALDO, Simplesmente Poeta<br />
[in Para se(r) encontrar, p.54]
Promovendo...<br />
<strong>Poetas</strong> do <strong>Grupo</strong><br />
SABIÁ<br />
Sabiá canta baixinho logo no entar<strong>de</strong>cer.<br />
Eu também choro baixinho<br />
Com sauda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> você<br />
Que partiu pra outra vida<br />
E nunca mais pu<strong>de</strong> ver.<br />
Quando você estava aqui<br />
Que nós víamos o sabiá<br />
Nós ficávamos bem juntinhos<br />
Para melhor escutar.<br />
Hoje, quando o sabiá canta<br />
Eu me lembro <strong>de</strong> você<br />
A sauda<strong>de</strong> é tamanha<br />
O meu peito chega a doer.<br />
Por isso eu vivo sozinha<br />
Triste no meu cantinho<br />
Não tenho mais meu amor<br />
Para me fazer carinho<br />
Já faz mais <strong>de</strong> trinta anos<br />
Que o meu peito fechou<br />
Quem morava <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le<br />
Pegou a chave e levou.<br />
Agora vivo sozinha<br />
E não posso mais amar<br />
O meu peito está fechado<br />
Mais ninguém po<strong>de</strong> entrar.<br />
MARIA DA ANUNCIAÇÃO PEREIRA<br />
FIM DE SEMANA<br />
Cada dia que passava<br />
Nela sempre pensava<br />
Das poucas horas com ela,<br />
no final <strong>de</strong> semana,<br />
Eu lembrava e lembrava...<br />
Ansioso pelo encontro, eu estava<br />
E o fim <strong>de</strong> semana esperava<br />
Até então o telefone tocar, e sua voz nele<br />
Eu escutava<br />
Eufórico, feliz, encantado estava...<br />
Na sua fala,<br />
Calei.<br />
Pu<strong>de</strong> imaginar, tenho alguém.<br />
Me iludi, errei...<br />
Foi só o fim <strong>de</strong> semana.<br />
MARCOS AURÉLIO PEREIRA<br />
15<br />
RELEMBRAR A PRAIA DO BOM ABRIGO<br />
Da praia do Bom Abrigo,<br />
Tenho gratas lembranças,<br />
Quando em tua água me banhava,<br />
No meu tempo <strong>de</strong> criança.<br />
Bom Abrigo do meu encanto,<br />
Bom Abrigo do meu fulgor,<br />
O balançar das tuas ondas,<br />
Fortalece o meu amor.<br />
Bom Abrigo em tua areia,<br />
Gosto <strong>de</strong> caminhar,<br />
O barulho <strong>de</strong> tuas ondas,<br />
Alegria vem me dar.<br />
Com o coração em festa,<br />
Vou alegre e faceira,<br />
Mostrar a praia do Bom Abrigo,<br />
Para as minhas companheiras.<br />
Bom Abrigo, quando te vejo,<br />
Relembro com amor,<br />
Quando mergulhava em tua água,<br />
Para refrescar meu calor.<br />
MAURILIA FREITAS<br />
POMAR DOS SONHOS<br />
Dos flocos <strong>de</strong> nuvens<br />
espalhados no céu,<br />
meu anjo amigo faz d’um sua ca<strong>de</strong>ira<br />
musicaliza minha infância<br />
<strong>de</strong>ixando na pauta<br />
a simplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um acor<strong>de</strong><br />
. . . e acordo!<br />
Há tristeza nos limites<br />
e incerteza na condição <strong>de</strong> ser,<br />
no brilho <strong>de</strong> ontem<br />
a flor sonha<br />
com o tempo <strong>de</strong> semente,<br />
sem pensar no fruto <strong>de</strong> amanhã.<br />
A música parou<br />
e ninguém veio colher frutos<br />
no pomar do Amor.<br />
NEOMAR N.B.CEZAR JUNIOR
Promovendo...<br />
<strong>Poetas</strong> do <strong>Grupo</strong><br />
CANTIGAS DE AMOR<br />
Naquele entar<strong>de</strong>cer<br />
ameno, mesclado, divaga!...<br />
com ternura<br />
eu estarei te amando!!!<br />
Naquela brisa suave<br />
que a face te roça, sonha!...<br />
com doçura<br />
eu estarei te amando!!!<br />
Naquele mar quebrando<br />
com fúria e frenesi, vibra!...<br />
com arrebatamento<br />
eu estarei te amando!!!<br />
Naquele estardalhaço tremendo<br />
<strong>de</strong> trovões e tempesta<strong>de</strong>s, estremece!...<br />
com impetuosida<strong>de</strong><br />
eu estarei te amando!!!<br />
Naquelas doces canções<br />
que gostas <strong>de</strong> ouvir, relembra!...<br />
com suavida<strong>de</strong><br />
eu estarei te amando!!!<br />
Naquela zelosa mãe<br />
que ao filho acalanta, abranda!...<br />
com serenida<strong>de</strong><br />
eu estarei te amando!!!<br />
Naquele moleque atrevido<br />
que matreiro te sorri, regozija!...<br />
com brejeirice<br />
eu estarei te amando!!!<br />
...<br />
Sussurrando Cantigas <strong>de</strong> Amor!!!<br />
MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS<br />
(Fundadora e Presi<strong>de</strong>nte Perpétuo do GPL)<br />
16<br />
ESPEREMOS A NOITE<br />
Esperemos a noite para que<br />
ela nos dê guarida; que ela<br />
nos abrigue com seu manto e,<br />
antes o que era pranto, não se<br />
transforme em <strong>de</strong>spedida.<br />
Esperemos a noite para nos<br />
embriagarmos; vivermos<br />
um amor louco, alucinante e que<br />
em teus braços eu me sinta<br />
realmente tua amante.<br />
Esperemos a noite ainda que<br />
lá fora a lua não esteja e o<br />
amor, embora na incerteza,<br />
chegue antes que ela termine.<br />
Esperemos a noite para nos<br />
aconchegarmos e juntarmos<br />
nossos suores, nossos beijos<br />
e unidos ficarmos no abraço<br />
mais longo que pu<strong>de</strong>rmos.<br />
MAURA SOARES
Promovendo...<br />
<strong>Poetas</strong> do <strong>Grupo</strong><br />
ECOS NA IMENSIDÃO<br />
Ouço passos apressados<br />
Na calçada<br />
Quem será essa pessoa<br />
Que corre no meio<br />
Da escuridão?<br />
Sem rumo, sem <strong>de</strong>stino,<br />
Sem razão!<br />
No vazio da noite<br />
Minha mente vagueia<br />
Especulando sua direção<br />
E os passos continuam<br />
Cada vez mais ligeiros<br />
Ecoando na imensidão<br />
E eu me pergunto:<br />
- Para on<strong>de</strong> irão?<br />
MARIA DE LOURDES TEIXEIRA<br />
BRASIL<br />
Laivos do vento,<br />
Cravos, rosas e jasmins,<br />
Encantos, tesouros,<br />
Pétalas <strong>de</strong> ouro da existência sutil.<br />
Longe e perto o colorido,<br />
Amor, amor, amor...<br />
Flama sagrada que a razão traz consigo.<br />
MARILU PERES RAMOS<br />
17<br />
QUERO EU VOLTES<br />
Estás indo mesmo, amor?<br />
Sem rumo e sem <strong>de</strong>stino,<br />
para, <strong>de</strong> vez, tentar a sorte.<br />
Ainda bem que partes<br />
<strong>de</strong>ixando-me <strong>de</strong> ti, tua meta<strong>de</strong>.<br />
Mas sei que voltarás logo,<br />
trazendo para mim<br />
a outra meta<strong>de</strong>, enfim,<br />
para acoplar-se ao meu coração<br />
que contigo não seguiu a proteger-te.<br />
No céu, da constelação Cruzeiro do Sul,<br />
uma estrela se apagou<br />
e tu brilhaste aqui,<br />
a iluminar a estrada on<strong>de</strong> caminho.<br />
E assim, partirei em tua direção<br />
para que um novo encontro<br />
não ocorra no mesmo lugar,<br />
lugar <strong>de</strong> lembranças nostálgicas.<br />
E quando noutro momento te encontrar,<br />
vou abraçar-te a dizer contente:<br />
- Agora, vamos somente amar!<br />
Pois o luar é o teto reluzente<br />
e tu, as estrela mais brilhante!<br />
MARIA JARLETE GUIMARÃES<br />
SOU SUA<br />
Gostaria <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir teu mundo.<br />
Andar a teu lado,<br />
ser o teu tudo.<br />
Ser tua mulher, tua companheira.<br />
E caminhar a teu lado<br />
a vida inteira.<br />
Quem me <strong>de</strong>ra ao menos<br />
po<strong>de</strong>r tocar em teu rosto,<br />
saciar meus <strong>de</strong>sejos,<br />
tocando meus lábios ao seu.<br />
E contigo fazer muita besteira.<br />
Como tenho vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> te dizer:<br />
Para <strong>de</strong> me olhar<br />
Eu sou tua inteira,<br />
MIRELA ALBERTINA CORRÊA
Promovendo...<br />
<strong>Poetas</strong> do <strong>Grupo</strong><br />
CHEGADA<br />
Entrei para a roda<br />
A roda da vida<br />
Senti-me confusa, assustada<br />
Pensei-me perdida<br />
Num estranho mundo<br />
De repente acor<strong>de</strong>i<br />
Gritei sufocada<br />
Achei-me <strong>de</strong>samparada<br />
Uma forte luz tirou-me o sossego<br />
Num gesto <strong>de</strong> amor<br />
Braços me acolheram<br />
Mãos me afagaram<br />
Lábios me beijaram<br />
Mundo estranho<br />
Medo tamanho<br />
Vozes, correria, euforia<br />
É menina, alguém anunciou<br />
Mamãe me recebeu<br />
Como um presente do céu<br />
- Que bonita!<br />
Deram-me um nome<br />
Foi papai quem escolheu<br />
Neusita.<br />
NEUSITA LUZ DE AZEVEDO CHURKIN<br />
PERSPECTIVA<br />
O negrume do passado<br />
e a incerteza do presente<br />
não conseguem amortalhar<br />
a esperança no Futuro.<br />
AO CONTRÁRIO:<br />
É sempre para o lado<br />
da Aurora,<br />
do Nascimento,<br />
do Desabrochar,<br />
do Crescimento,<br />
da Felicida<strong>de</strong>,<br />
que confiante<br />
se volta o olhar<br />
da Humanida<strong>de</strong>.<br />
AINDA BEM!<br />
MANOEL TELES<br />
[Manolo]<br />
18<br />
AMADA<br />
Desejo-lhe todas as noites<br />
Quero-a todos os dias<br />
Sem você em minha vida<br />
Ficam vazias minhas fantasias<br />
Sem sua presença<br />
Aumenta minha solidão<br />
Ao qual você acaba<br />
Com sua doce compaixão<br />
Chamo-lhe <strong>de</strong> princesa<br />
Pois é nobre no coração<br />
Olhou-me sem frieza<br />
Encheu-me <strong>de</strong> paixão<br />
Inveja todos irão sentir<br />
Ao saber que por você minha vida eu daria<br />
É impossível se ferir<br />
Estando em seu peito todos os dias<br />
Quem diria que no presente<br />
Tão cedo eu encontrasse<br />
Alguém tão quente<br />
Que me enfeitiçasse<br />
Nunca vou esquecer<br />
Seu rosto, seu corpo, seu espírito<br />
E sempre que viver<br />
Vou inspirá-la até o infinito<br />
Entrego-me a você<br />
Minha amada ...<br />
E digo a todos com orgulho<br />
Seja pai, mãe ou tia<br />
Pra você dou o mundo<br />
E esta poesia<br />
RAFAEL FLÔRES DA CUNHA
Promovendo...<br />
<strong>Poetas</strong> do <strong>Grupo</strong><br />
Mãe, dá-me uma oportunida<strong>de</strong>, pois não tive culpa.<br />
A mesma que hoje te oferto<br />
Por que estás incerta? Dá-me uma oportunida<strong>de</strong><br />
Para que eu possa te obe<strong>de</strong>cer<br />
Para que me vejas crescer!<br />
E em cada amanhecer me digas, filho, te amo<br />
Não me tires este direito para que, em teu ventre,<br />
Não sinta esta dor em meu peito<br />
Por que te escon<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mim<br />
mesmo estando eu tão junto <strong>de</strong> ti?<br />
Deste-me teu veredicto, me consi<strong>de</strong>raste maldito<br />
Mas não te culpo, mãe, por <strong>de</strong>scarregar tua ira<br />
mesmo estando em tua barriga.<br />
Este último dia sufocando-me<br />
e perguntando-me<br />
quando isto vai acabar<br />
Não me dando o direito <strong>de</strong> ver a luz<br />
e <strong>de</strong> conhecer Jesus,<br />
mas sonho para que o encontres<br />
e saibas que me conhecia<br />
Mamãe, apesar <strong>de</strong> tudo, mesmo não tendo<br />
vindo ao mundo<br />
te amo...<br />
PABLO NORBRTTO ESPINDOLA<br />
ENVELHECER<br />
Você, <strong>de</strong> cabelos brancos, que já viveu tanto...<br />
Caminhou entre espinhos, mas colheu lindas rosas,<br />
caiu, levantou, apren<strong>de</strong>u muito e bem viveu.<br />
Hoje leva consigo gran<strong>de</strong> saber e experiência...<br />
Já alcançou e sentiu a glória <strong>de</strong> tanta violência?!<br />
Envelhecer e bem viver é felicida<strong>de</strong>.<br />
É glória, é vitória, que nem todos alcançam.<br />
Triste é quando a vida é cedo interrompida.<br />
O ruim e o bom existem em todas as ida<strong>de</strong>s.<br />
Pratique sempre com prazer suas ativida<strong>de</strong>s.<br />
Agora, com seu tempo e sua vonta<strong>de</strong> mais livres,<br />
Faça o que gosta, seja o que for: pintar, jogar,<br />
Plantar, ler, produzir algo ou viajar...<br />
A ativida<strong>de</strong> física e mental rejuvenesce,<br />
Torna sua vida mais feliz e engran<strong>de</strong>ce<br />
SUELI BITTENCOURT<br />
19<br />
MANANCIAL<br />
Da vida e da morte,<br />
Do nascer e do viver,<br />
Como vou escrever?<br />
Não há inspiração<br />
Se não do teu coração<br />
As letras voam.<br />
As palavras dançam,<br />
Mas não há inspiração<br />
Se não do teu coração<br />
Tudo provém <strong>de</strong> ti<br />
Divina inspiração.<br />
Manancial <strong>de</strong> fonte a jorrar,<br />
Alegria a <strong>de</strong>rramar.<br />
É preciso aquietar<br />
Para o mar escutar.<br />
É preciso calar<br />
E tua voz falar.<br />
Fala, Senhor, fala do teu amor.<br />
Sacia a alma faminta<br />
Que anseia por teu favor.<br />
Aquece as geleiras profundas<br />
Derrete o gelo da solidão<br />
Numa torrente <strong>de</strong> paixão.<br />
Paixão por ti, Senhor,<br />
Pois não inspiração<br />
Se não do teu coração.<br />
ROSEMARI VIEIRA MACHADO
Promovendo...<br />
<strong>Poetas</strong> do <strong>Grupo</strong><br />
PRECE<br />
Ilumina, Senhor, meu caminho,<br />
ilumina sem medo <strong>de</strong> errar.<br />
Caminhando pela estrada sombria,<br />
tenho medo <strong>de</strong> pensar<br />
que o escuro da noite me cerque<br />
e me faça cometer<br />
uma loucura tão gran<strong>de</strong><br />
capaz até <strong>de</strong> fazer<br />
o mundo tornar-se obscuro<br />
ou a alegria perecer.<br />
Ilumina, Senhor, meu caminho<br />
para que eu possa voltar<br />
à casa com satisfação<br />
e ver que meus entes queridos<br />
ainda possuem esperança<br />
e amor no coração.<br />
ZEULA SOARES<br />
ÚLTIMO DIA<br />
Hoje é o último dia<br />
Que te carrego em meu ser<br />
Cansei <strong>de</strong> ver que te perdia<br />
Em cada amanhecer.<br />
Foi ilusão pensar<br />
Que nossos corpos ficariam entrelaçados<br />
Briguei comigo sem cessar<br />
Num súbito silêncio <strong>de</strong>sesperado.<br />
ZELI MARIA DORCINA<br />
<strong>20</strong><br />
ENCONTRO AO AMOR<br />
Não te ouses a conduzir o amor,<br />
permita que ele mesmo te conduza!<br />
Não te canses com tantas procuras,<br />
não faças <strong>de</strong>sse sentimento uma loucura!<br />
Caminha, simplesmente!<br />
O amor irá te encontrar sorrindo<br />
entre os lírios e os espinhos<br />
espalhados pelo caminho.<br />
Acredita, simplesmente!<br />
O amor não aceita a resignação<br />
<strong>de</strong> estares sozinho por medo <strong>de</strong> amar.<br />
Mantenha, abertas, as portas do coração<br />
Para o amor, na tua vida, entrar.<br />
RENATA SOARES CARDOSO<br />
TUA FACE<br />
Singelas e frágeis linhas<br />
Traçadas na perfeição<br />
Como mel e bebida<br />
Que a minha fome adoça<br />
E a minha se<strong>de</strong> embriaga<br />
Cortina <strong>de</strong> seda fina<br />
Feita <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> amor<br />
Como mãos abertas<br />
A transparecer meu ser<br />
Em tua gratidão<br />
Ave que <strong>de</strong> fogo abençoa<br />
As asas que me levam<br />
À eterna salvação<br />
No labirinto <strong>de</strong> teus traços<br />
De obra e pura criação.<br />
HENRIQUE DUARTE
Aconteceu...<br />
Dia 25 <strong>de</strong> junho, Panegírico <strong>de</strong> César do Canto<br />
Machado ao patrono Virgílio Várzea, na<br />
Aca<strong>de</strong>mia Desterrense <strong>de</strong> Letras. O GPL foi<br />
representado por Adir, Alzemiro, Cacildo e<br />
Marilu.<br />
Dia 25 <strong>de</strong> junho, entrevista com a presi<strong>de</strong>nte ao<br />
Jornal O Estado(jornalista Cristina Vieira), que<br />
foi publicada dia 28 do mesmo mês com o título<br />
“”Socieda<strong>de</strong> dos <strong>Poetas</strong> Vivos e foto com<br />
membros do <strong>Grupo</strong> e dos bancos da praia do<br />
Bom Abrigo que tem poesias do Projeto Poesia<br />
na Praça. Fotografada em um dos bancos, Sueli<br />
Bittencourt apresentando sua poesia.<br />
Dia 1º <strong>de</strong> julho, Neomar Júnior representou o<br />
GPL na Palestra <strong>de</strong> Raul Antelo sobre o escritor<br />
argentino Jorge Luiz Borges, que aconteceu na<br />
UFSC,<br />
Dia 3 <strong>de</strong> julho, na Casa <strong>de</strong> Cultura Estácio <strong>de</strong><br />
Sá, em São José, SC, o lançamento da obra<br />
“Minh’alma em folhas”, <strong>de</strong> Vanda Lúcia Sens<br />
Schäffer. Maura foi o mestre <strong>de</strong> cerimônias<br />
numa sessão concorridíssima e emocionante<br />
para Vanda com sua filhos e netos entregando<br />
flores e Keila, sua filha, apresentando poesia <strong>de</strong><br />
Vanda. O escritor Artêmio Zanon apresentou<br />
análise da obra e a Presi<strong>de</strong>nte da Aca<strong>de</strong>mia São<br />
José <strong>de</strong> Letras, Zoraida Guimarães, falou em<br />
nome da Aca<strong>de</strong>mia enaltecendo os valores <strong>de</strong><br />
Vanda. Pelo GPL compareceram Maura, Zeula,<br />
Alzemiro, Cacildo e Geraldo.<br />
Dia 5 <strong>de</strong> julho, no Auditório Abelardo Sousa, da<br />
Biblioteca Pública Municipal Prof. Barreiros<br />
Filho, fundação da Aca<strong>de</strong>mia Catarinense <strong>de</strong><br />
Letras e Artes, cujo patrono é o escritor<br />
Paschoal Apóstolo Pítsica. Presenças da esposa<br />
Eloá e filhos do homenageado e, representando<br />
a Aca<strong>de</strong>mia Catarinense <strong>de</strong> Letras, a poetisa<br />
Leatrice Moellmann. Membros do GPL Adir, Ivan,<br />
Alcita, Heralda, Sueli, Licinho, Doralice e Maura<br />
se fizeram presentes. A Aca<strong>de</strong>mia foi fundada<br />
por Maria Vilma Campos. Ela é responsável pela<br />
21<br />
fundação do GPL, da Associação dos Cronistas<br />
<strong>Poetas</strong> e Contistas e i<strong>de</strong>alizadora da Aca<strong>de</strong>mia<br />
São José <strong>de</strong> Letras. Como Presi<strong>de</strong>nte Executivo,<br />
ficará por um mandato inicial, o poeta Augusto<br />
<strong>de</strong> Abreu e como Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Honra, Manoel<br />
Philippi.<br />
Dia <strong>10</strong> <strong>de</strong> julho, em Santo Amaro da Imperatriz,<br />
no Salão Nobre São Francisco, instalação e<br />
posse da Aca<strong>de</strong>mia Santoamarense <strong>de</strong> Letras.<br />
Da referida Aca<strong>de</strong>mia estão fazendo parte os<br />
membros do GPL Maurília Freitas, Cacildo Silva<br />
e Antonius Frank Martins Felipe. Maura foi<br />
madrinha <strong>de</strong> Frank, colocando-lhe a Medalha<br />
correspon<strong>de</strong>nte. Uma bela festa com a<br />
comunida<strong>de</strong> santoamarense comparecendo em<br />
peso e o GPL sendo representado por Maria da<br />
Anunciação, Maria <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s, Geraldo e<br />
Doralice, além dos já citados.<br />
Dia 17 <strong>de</strong> julho, inauguração da nova loja da<br />
RD Livros, no Itaguaçu Shopping. Momento<br />
importante da RD Livros, que apoiou o GPL no<br />
lançamento da sua 3ª Antologia. Parabéns a<br />
Ricardo Duarte por mais este empreendimento e<br />
muito sucesso.<br />
Dia 18 <strong>de</strong> julho, entrevista da presi<strong>de</strong>nte ao<br />
jornalista José Dutra para o Jornal A Fonte. A<br />
referida entrevista citando os Projetos do <strong>Grupo</strong>,<br />
foi publicada no número 07, referente a agosto<br />
2<strong>003</strong>.<br />
Dia 21 <strong>de</strong> julho, no Centro Integrado <strong>de</strong> Cultura,<br />
reunião da Fundação Catarinense <strong>de</strong> Cultura,<br />
cujos objetivos: a)Lei <strong>de</strong> Incentivo à Cultura; b)<br />
Instrumentos e mecanismos e c)<br />
Regulamentação e Operacionalização. É<br />
interesse da FCC mapear as instituições e<br />
organizações culturais e tentar aten<strong>de</strong>r os<br />
anseios <strong>de</strong> cada uma. Presentes, pelo GPL,<br />
Geraldo, Eduardo, Sueli, Heralda e Eduardo.<br />
Dia 06 <strong>de</strong> agosto, na se<strong>de</strong> da Aca<strong>de</strong>mia<br />
Catarinense <strong>de</strong> Letras, a Sessão da Sauda<strong>de</strong><br />
em que se reverenciou a memória <strong>de</strong> seu<br />
Presi<strong>de</strong>nte Paschoal Apóstolo Pítsica. Maura e<br />
Maria Jarlete representaram o GPL, cuja sessão<br />
durou três horas. A partir <strong>de</strong>ssa data foi<br />
<strong>de</strong>clarada vaga a ca<strong>de</strong>ira nº 25, cujo patrono é o<br />
escritor Juvêncio Martins da Costa e os seus<br />
ocupantes foram Antônio Mâncio da Costa,<br />
Amaro Seixas Netto e Paschoal.
Aconteceu...<br />
Dia 15 <strong>de</strong> agosto, ao final <strong>de</strong> setembro, a peça<br />
teatral do <strong>Grupo</strong> Armação, <strong>de</strong> Florianópolis,<br />
“Contestado – A guerra do dragão <strong>de</strong> fogo contra<br />
o exército encantado” - <strong>de</strong> autoria e direção <strong>de</strong><br />
Antônio Cunha. Do elenco constam os membros<br />
do GPL, Zeula Soares (que é também<br />
Presi<strong>de</strong>nte do Armação), Antonius Frank Martins<br />
Felipe e Marcos Aurélio Pereira. Zeula e Frank<br />
em cena e Marcos na contra-regra. A peça foi<br />
apresentada no Theatro Adolpho Mello, no<br />
município vizinho <strong>de</strong> São José. O <strong>Grupo</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Poetas</strong>, através <strong>de</strong> seus membros prestigiou o<br />
Armação nas suas várias sessões. O <strong>Grupo</strong> teve<br />
casa lotada todos os dias <strong>de</strong> apresentação com<br />
alunos da Unisul comparecendo em peso.<br />
Parabéns ao Armação pela peça que comemora<br />
os 30 anos do <strong>Grupo</strong> e conta a história da<br />
Guerra do Contestado ocorrida em 1916.<br />
Dia 1º a 30 <strong>de</strong> setembro, a Aca<strong>de</strong>mia São José<br />
<strong>de</strong> Letras publicou Edital <strong>de</strong> Inscrição nº 4 para<br />
preenchimento <strong>de</strong> vaga da ca<strong>de</strong>ira nº 04, cujo<br />
Patrono é Altino Flores e foi ocupada pelo<br />
escritor Dimas Waltrick.<br />
Dia 4 a 14 <strong>de</strong> setembro, participação do <strong>Grupo</strong>,<br />
com um espaço, na 18º Feira do Livro, no<br />
Beiramar Shopping. A Feira teve a coor<strong>de</strong>nação<br />
da Câmara Catarinense do Livro, sob a batuta<br />
<strong>de</strong> Nelson Rolim <strong>de</strong> Moura. O <strong>Grupo</strong><br />
comercializou suas obras e apresentou poesias.<br />
Registre-se o agra<strong>de</strong>cimento ao Nelson pela<br />
cessão do espaço e o carinho que tem para com<br />
o <strong>Grupo</strong>.<br />
Dia 4 <strong>de</strong> setembro, aconteceu a Abertura<br />
Oficial da 18ª Feira do Livro, no Beiramar<br />
Shopping, com as presenças, pelo GPL, <strong>de</strong><br />
Marilu, Maura, Ivan e Alcita. O escritor Salomão<br />
Antônio Ribas Júnior foi agraciado com o Título<br />
<strong>de</strong> Sócio nº 1 da Câmara Catarinense do Livro,<br />
promotora do evento. A nossa sócia, escritora e<br />
poetisa Leatrice Moellmann, foi a Patronesse da<br />
Feira e, no dia 13 <strong>de</strong> setembro, foi coroada<br />
Princesa da Feira, promoção da Fe<strong>de</strong>ração das<br />
Aca<strong>de</strong>mias Catarinenses <strong>de</strong> Letras.<br />
22<br />
Dia 5 <strong>de</strong> setembro, no Auditório Licurgo Costa,<br />
da 18ª Feira do Livro, cujo tema <strong>de</strong>ste ano foi<br />
“As minhas, as suas e outras histórias”, o GPL<br />
fez sua reunião aberta ao público e seus<br />
membros apresentaram suas poesias. Um Varal<br />
Literário foi organizado no Auditório e<br />
permaneceu até o final da Feira, dia 14. O<br />
público lotou o Auditório aplaudindo nossos<br />
poetas. Presença do nosso Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />
Honra, Manoel Philippi, que sempre prestigia<br />
nossos Encontros.<br />
Dias 12 e 13 <strong>de</strong> setembro, durante a 18ª Feira<br />
do Livro, aconteceu o I Festival Nacional <strong>de</strong><br />
Poesia, promoção da Fe<strong>de</strong>ração das Aca<strong>de</strong>mias<br />
<strong>de</strong> Letras <strong>de</strong> Santa Catarina(Presi<strong>de</strong>nte Marcello<br />
Ricardo Almeida). O Festival apresentou<br />
palestras a cargo dos escritores Evaldo Pauli,<br />
Júlio <strong>de</strong> Queiroz(nosso sócio), Lêdo Ivo,<br />
Marcello Ricardo Almeida, Lauro Junkes e José<br />
Curi. No dia 13 performance poética <strong>de</strong> vários<br />
poetas, no Festival e a coroação <strong>de</strong> Leatrice<br />
Moellmann, como Princesa da Feira. No referido<br />
evento, Ivan Alves Pereira representou<br />
oficialmente o GPL. No dia 13, Maura, Marilu,<br />
Ivan, Carlos Piccoli, pelo GPL.<br />
Dia 12 <strong>de</strong> setembro, no Auditório “Prof.<br />
Abelardo Sousa”, da Biblioteca Pública<br />
Municipal Prof. Barreiros Filho, o <strong>Grupo</strong><br />
apresentou Recital Lítero-Musical “Poesia, Luz e<br />
Som”, em homenagem aos 47 anos da<br />
Biblioteca, cuja diretora é Marilene Filomeno<br />
Ribeiro. A BPMPBF é subordinada à Secretaria<br />
Regional do Continente que tem como<br />
Secretário o nosso Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Honra, Engº<br />
Manoel Philippi. A comemoração dividiu-se em<br />
três partes: a primeira ,apresentação poética<br />
com Cacildo Silva, Adir Pacheco, Heralda Victor<br />
e Alzemiro Lídio Vieira, com direção <strong>de</strong> Zeula<br />
Soares; segunda, Recital <strong>de</strong> piano com músicas<br />
<strong>de</strong> Abelardo Sousa e terceira, Sessão <strong>de</strong><br />
Autógrafos do livro póstumo <strong>de</strong> Abelardo Sousa<br />
– “O sábio e o idioma”. Sua filha, Sueli Souza<br />
Sepetiba autografou a obra. Com poesias <strong>de</strong><br />
suas autorias, acompanhados por Cacildo Silva<br />
ao violão, o <strong>Grupo</strong> mostrou que, além <strong>de</strong> poesia,<br />
também sabe fazer um espetáculo teatral.<br />
Denise Castro e Thaisa Sepetiba (piano e flauta<br />
transversa) apresentaram obra <strong>de</strong> Abelardo<br />
Sousa. Paralelamente, numa promoção da<br />
Biblioteca, exposição <strong>de</strong> entalhes do artista
Aconteceu...<br />
plástico J.M.Mafra, com varal poético <strong>de</strong> sua<br />
autoria e exposição <strong>de</strong> trabalhos em crivo,<br />
resultado <strong>de</strong> curso feito nas <strong>de</strong>pendências da<br />
Biblioteca. Ao final um <strong>de</strong>licioso bolo <strong>de</strong><br />
aniversário, com a Diretora e Funcionários<br />
soprando as velinhas e o Parabéns tradicional.<br />
Felicitações à Instituição, ponto <strong>de</strong> referência <strong>de</strong><br />
estudantes e pesquisadores do bairro<br />
continental.<br />
Dia 14 <strong>de</strong> setembro, na 18ª Feira do Livro, a<br />
nossa poetinha e escritora Franciane Maciel<br />
Dutra autografou todos os quatro títulos <strong>de</strong> sua<br />
autoria: “O Gato Napoleão”, “O Enigma da<br />
Natureza”, “Eu sei quem é você” e “Uma Noite<br />
Alucinante”, com extraordinário sucesso.<br />
Parabéns à nossa poetinha <strong>de</strong> 15 anos.<br />
Dia 17 <strong>de</strong> setembro, na se<strong>de</strong> da Aca<strong>de</strong>mia<br />
Catarinense <strong>de</strong> Letras, tomou posse na ca<strong>de</strong>ira<br />
nº 3, antes ocupada pelo Prof. Paulo Fernando<br />
Lago, o jornalista Moacir Pereira. Numa<br />
cerimônia concorridíssima, Maria Jarlete<br />
representou o <strong>Grupo</strong>, tendo, na ocasião,<br />
cumprimentado o jornalista que também é<br />
membro efetivo do Instituto Histórico e<br />
Geográfico <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />
Dia 19 <strong>de</strong> Setembro, nossa jovem sócia<br />
correspon<strong>de</strong>nte, Schaline Maísa Leite,<br />
apresentou-se na Noite Literária do Colégio<br />
Margirus, <strong>de</strong> Balneário Camboriú, SC. Este é o<br />
segunda ano consecutivo que Schaline é<br />
convidada para apresentar poesias <strong>de</strong> sua<br />
autoria. A nossa jovenzinha foi muito aplaudida<br />
pelos colegas poetas, familiares e amigos que<br />
compareceram para prestigiar o evento.<br />
Dia 22 <strong>de</strong> setembro a 4 <strong>de</strong> outubro, a nossa<br />
sócia Angelita Queiroz expôs seus quadros no<br />
hall <strong>de</strong> entrada do prédio da Justiça Fe<strong>de</strong>ral, à<br />
rua Arcipreste Paiva, <strong>10</strong>7 – centro, Florianópolis.<br />
O Aconteceu parabenizou-se com a sócia<br />
poetisa e artista plástica.<br />
Dia 24 <strong>de</strong> setembro, na Aca<strong>de</strong>mia Desterrense<br />
<strong>de</strong> Letras, Sessão <strong>de</strong> Sauda<strong>de</strong> em memória do<br />
23<br />
escritor e poeta Túlio Gondin. Presença <strong>de</strong><br />
membros do GPL Marilu, Alzemiro e Cacildo. A<br />
poetisa/escritora Leatrice Moellmann fez<br />
importante discurso sobre seu ex-aluno.<br />
Dia 24 <strong>de</strong> setembro, em Assembléia Geral no<br />
Instituto Histórico e Geográfico <strong>de</strong> Santa<br />
Catarina, a Presi<strong>de</strong>nte do GPL foi reconduzida<br />
ao cargo <strong>de</strong> 1ª secretária daquele<br />
Sodalício(biênio 2<strong>003</strong>-<strong>20</strong>05), que tem a<br />
competência do Prof. Dr. Carlos Humberto<br />
Pe<strong>de</strong>rneiras Corrêa na Presidência por mais um<br />
mandato, juntamente com o Prof. Dr. Jali<br />
Meirinho, Secretário Geral e outros escritores/<br />
historiadores <strong>de</strong> renome no cenário cultural<br />
catarinense: Osvaldo Ferreira <strong>de</strong> Melo, Augusto<br />
Cesar Zeferino, Eliana Maria Bahia, Iza Vieira<br />
da Rosa Grisard, Geraldo Gama Salles, Nereu<br />
do Vale Pereira, Hoyêdo <strong>de</strong> Gouvêa Lins, José<br />
Isaac Pilati, Valberto Dirksen, Marly Ana Fortes<br />
Bustamante Mira, Carlos Alberto Silveira Lenzi e<br />
Valter Manoel Gomes. A Presi<strong>de</strong>nte do GPL dizse<br />
orgulhosa em participar daquele Sodalício,<br />
perto <strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong>s figuras da História e<br />
Geografia <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />
Nosso poetamigo <strong>de</strong> Veranópolis, RS, dá-nos<br />
ciência <strong>de</strong> haver obtido o primeiro lugar no<br />
Concurso Literário Mansueto Bernardi/<strong>20</strong>02,<br />
com a poesia “Caminhos” e, entre 181<br />
concorrentes, o primeiro lugar no Concurso Ary<br />
<strong>de</strong> Lima/<strong>20</strong>02, <strong>de</strong> Maringá, PR, com a poesia<br />
“Ainda é noite”, além <strong>de</strong> “Mutação”, que obteve o<br />
primeiro lugar no III Concurso Nacional <strong>de</strong><br />
Poesia Jornal Rio/Noticias/<strong>20</strong>01. O Alternativo<br />
Literário Correio da Poesia, <strong>de</strong> João Pessoa,<br />
Paraíba, conce<strong>de</strong>u ao Larí o título <strong>de</strong><br />
“Personalida<strong>de</strong> Poética do Brasil <strong>20</strong>02” e assim<br />
se expressou o diretor do jornal: “Sua poesia é<br />
assim, em cada linha um pequeno universo e<br />
uma técnica que você sabe usar com<br />
sabedoria”. Parabéns da Revista Ventos do Sul<br />
ao nosso poetamigo Larí.
NA 18ª FEIRA DO LIVRO, NO STAND DAS ACADEMIAS E ASSOCIAÇÕES, SESSÃO DE AUTÓGRAFOS DE<br />
FRANCIANE MACIEL DUTRA (SENTADA). DA ESQUERDA PARA A DIREITA: VILSON MENDES (DA PAPA-LIVRO);<br />
CIDA (MÃE DE FRANCIANE); MARILU PERES RAMOS (VICE-PRESIDENTE DO GPL) E ESCRITORES AMIGOS<br />
O GRUPO DE POETAS<br />
LIVRES MANTÉM UMA<br />
PEQUENA BIBLIOTECA.<br />
SE VOCÊ POSSUI LIVROS<br />
DE POESIA E/OU<br />
LITERATURA E QUEIRA<br />
DOAR, ACEITAREMOS DE<br />
CORAÇÃO.<br />
FONE 248-5013<br />
BIBLIOTECA PÚBLICA<br />
BARREIROS FILHO.<br />
MANTENDO EM DIA SUA MENSALIDADE VOCÊ<br />
ESTÁ, NÃO SÓ DIVULGANDO SUA POESIA, MAS<br />
TAMBÉM AJUDANDO O GRUPO DE POETAS LIVRES<br />
A SE MANTER ATIVO.<br />
O GPL NÃO RECEBE SUBVENÇÃO SOCIAL.<br />
SUA ÚNICA RECEITA É A CONTRIBUIÇÃO DOS<br />
SÓCIOS.<br />
FAÇA SUA ASSINATURA E PUBLIQUE SUA POESIA<br />
VENTOS<br />
DO SUL<br />
Presi<strong>de</strong>nte: Maura Soares<br />
Editoração: Jorge L. Wagner Behr<br />
Digitação/Revisão: Maura Soares<br />
En<strong>de</strong>reço: Av. Patrício Cal<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />
Andra<strong>de</strong>, 581 / 306<br />
Abraão - CEP 88085150<br />
Florianópolis - SC<br />
Fone: (48) 249-6082<br />
Fax: 249-6468<br />
E-mail:<br />
maurasoares@pmf.sc.gov.br<br />
maurasoares@porttal.com.br<br />
24<br />
CONTRIBUA COM A<br />
DIFUSÃO DA CULTURA.<br />
AJUDE A ASSOCIAÇÃO<br />
DE MORADORES DE<br />
POTECAS (SÃO JOSÉ -<br />
SC), A ORGANIZAR SUA<br />
BIBLIOTECA. DOE<br />
LIVROS NOVOS OU<br />
USADOS. FONE (48) 346-<br />
4565 (OSVALDO OU ELI).<br />
LIGUE, TAMBÉM, PARA O<br />
CESÁRIO (48) 246-9546 /<br />
246-5286)