Janeiro - Jornal o Correio da Linha
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Já enviou as sua fotos?<br />
AMBIENTE dá vIdA<br />
IV Concurso de Fotografia<br />
Consulte www.ocorreio<strong>da</strong>linha.pt<br />
Director: Paulo Pimenta<br />
Luís Lopes<br />
Queijas<br />
tem uma<br />
grande<br />
identi<strong>da</strong>de<br />
própria<br />
páginas 16, 17<br />
Ano XXI • Nº 250<br />
JANEIRo<br />
2010<br />
Preço 1.25 e (IVA incluido)<br />
Desportivo do Rangel<br />
organiza<br />
na<br />
Amadora<br />
a S. Silvestre<br />
Em Cascais<br />
Hamburguer Gourmet<br />
Rua Frederico Arouca, n.º 72 Rc<br />
(Rua direita) Cascais • Tel. 21 486 86 31<br />
Socie<strong>da</strong>de<br />
Almoçageme<br />
comemora<br />
aniversário<br />
páginas 10<br />
páginas 14, 15 Saldos<br />
Acordos com:<br />
AdVANcEcARE - MEdIS - MULTIcARE - AdM<br />
OEIRAS: 21 442 51 00<br />
OEIRAS 2: 21 442 79 44 (M. Antas)<br />
PAçO d’ARcOS: 21 442 27 17<br />
José Aranha<br />
no Haiti<br />
em missão<br />
Humanitária<br />
páginas 12, 13<br />
CAMILO<br />
DESDE 1956<br />
PRONTO A VESTIR<br />
HOMEM E SENHORA<br />
50%<br />
até 28 Fevereiro<br />
RUA JOSÉ JOAQUIM<br />
DE ALMEIDA 571-A<br />
2776-650 CARCAVELOS<br />
TEL.: 21 457 01 19<br />
Saldos
Reportagem • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e J.R.<br />
Foi com os rostos emocionados e os<br />
corações já apertados pela sau<strong>da</strong>de<br />
que a tripulação do Navio Escola<br />
Sagres se despediu dos familiares<br />
e amigos que no passado dia 19 de<br />
<strong>Janeiro</strong> fizeram questão de comparecer<br />
<strong>da</strong> Doca de Alcântara para trocar<br />
os últimos beijos e abraços antes <strong>da</strong><br />
parti<strong>da</strong> <strong>da</strong> embarcação para a terceira<br />
viagem de circum-navegação que<br />
está prevista terminar apenas a 23 de<br />
Dezembro.<br />
O jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> não só<br />
acompanhou a parti<strong>da</strong> <strong>da</strong> Sagres<br />
como embarcou no Navio Escola,<br />
tendo oportuni<strong>da</strong>de de vivenciar a<br />
fantástica experiência que é navegar<br />
no Tejo sob a força do mar e do vento,<br />
que não se cansou de empurrar as velas<br />
desfral<strong>da</strong><strong>da</strong>s rumo ao Atlântico.<br />
Rodeados de um emaranhado de cor<strong>da</strong>s<br />
e sempre envolvidos pelo som estridente<br />
de vários assobios, pudemos<br />
apreciar as primeiras ordens <strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />
pelo Coman<strong>da</strong>nte Luís Pedro Proença<br />
Mendes, prontamente assimila<strong>da</strong>s<br />
pela tripulação.<br />
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> também embarcou<br />
Sagres partiu para volta ao Mundo<br />
Apesar de a ansie<strong>da</strong>de ter tomado conta<br />
de todos no momento <strong>da</strong> parti<strong>da</strong>,<br />
em momento algum a concentração e<br />
o sentido de missão foi posto em causa.<br />
Mesmo tratando-se de um navio<br />
escola no qual embarcavam 35 cadetes<br />
(além de 114 praças, 16 sargentos e 9<br />
oficiais), todos sabiam o que fazer,<br />
como fazer e quando fazer.<br />
Foi ao largo de Algés e já depois de<br />
termos desfrutado de mais de uma<br />
hora de “passeio” que o jornal O<br />
<strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> e demais enti<strong>da</strong>des<br />
convi<strong>da</strong><strong>da</strong>s abandonaram a Sagres,<br />
primeiro para uma lancha rápi<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />
Polícia Marítima e posteriormente<br />
para uma embarcação do Instituto de<br />
Socorros a Náufragos que nos levou<br />
de volta até Alcântara.<br />
Horas antes desta manhã diferente terminar,<br />
ain<strong>da</strong> com a Sagres atraca<strong>da</strong> na<br />
Doca de Alcântara, um representante<br />
dos joalheiros <strong>da</strong> Coroa entregou ao<br />
Coman<strong>da</strong>nte do navio dois astrolábios<br />
que mais não eram que réplicas genuínas<br />
de astrolábios portugueses que<br />
abriram os caminhos lusos no período<br />
dos Descobrimentos.<br />
Sensibilizado com o gesto, o Coman<strong>da</strong>nte<br />
<strong>da</strong> Sagres explicou depois que<br />
“este navio existe para treinar os futuros<br />
oficiais <strong>da</strong> Marinha! Por vezes perguntam-me<br />
porque é que se utiliza um ve-<br />
leiro para treinar estes homens quando<br />
Portugal tem navios de guerra. Porque é<br />
aqui que se aprende a ser homem e a ser<br />
líder”, assegura.<br />
Numa embarcação em que quase tudo<br />
é feito manualmente, Luís Pedro Proença<br />
Mendes destacou o espírito de<br />
grupo que é imprescindível para levar<br />
a Sagres a bom porto: “Este é um navio<br />
em que todo o trabalho é de grupo, muitas<br />
vezes feito por 40, 50 ou 60 pessoas.<br />
Como tal, tem que haver uma liderança<br />
forte para que as manobras corram bem.<br />
Aqui, todos estão a desenvolver as suas<br />
características de líder”.<br />
Sobre a Volta ao Mundo que naquele<br />
dia principiava, o Coman<strong>da</strong>nte explicou<br />
que “o navio cumpre todos os anos<br />
a mesma missão de navegar três meses<br />
para visitar comuni<strong>da</strong>des portuguesas e<br />
apoiar a política externa do Estado. Estava<br />
previsto que este ano fizéssemos a<br />
nossa viagem normal, <strong>da</strong>ndo a volta pela<br />
América do Sul, mas fomos convi<strong>da</strong>dos<br />
para estar presentes em diversas iniciativas,<br />
nomea<strong>da</strong>mente as comemorações dos<br />
150 anos de um Tratado de Paz, Amizade<br />
e Comércio entre Portugal e o Japão, bem<br />
como na Expo 2010 que vai decorrer em<br />
Xangai. Fomos ain<strong>da</strong><br />
convi<strong>da</strong>dos para visitar<br />
Goa, Díli e outros<br />
locais, participando<br />
assim nas comemorações dos 500 anos <strong>da</strong><br />
expansão portuguesa no Extremo Oriente.<br />
Perante to<strong>da</strong>s estas solicitações, e porque<br />
o navio tem uma boa condição de manutenção<br />
e uma guarnição suficientemente<br />
treina<strong>da</strong>, que podia iniciar esta missão<br />
mais cedo e assim ser mais longa, o Almirante<br />
Chefe do Estado Maior <strong>da</strong> Arma<strong>da</strong><br />
fez depender um reforço orçamental para<br />
se cumprir esta missão”, ressalvou.<br />
A Santa Casa <strong>da</strong> Misericórdia (SCM)<br />
será o patrocinador principal <strong>da</strong> viagem<br />
à volta do mundo <strong>da</strong> Sagres,<br />
tendo o seu representante destacado<br />
a audácia leva<strong>da</strong> a cabo por estes marinheiros<br />
lusos: “É uma grande honra<br />
a SCM estar associa<strong>da</strong> a esta circunvalação.<br />
Embarcar numa viagem destas<br />
e desafiar os elementos <strong>da</strong> natureza,<br />
requer coragem e foi essa audácia que<br />
nos levou a <strong>da</strong>r novos mundos ao mundo.<br />
Adoptámos o lema «A Sorte Protege<br />
os Au<strong>da</strong>zes» pois se não houvesse essa<br />
audácia nós não tínhamos ganho. Esta<br />
viagem vai projectar o nosso orgulho e<br />
a nossa auto-estima para assim mostrar<br />
ao mundo que podemos e devemos estar<br />
orgulhosos <strong>da</strong>quilo que somos capazes de<br />
fazer”, referiu.
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Uma Festa de Boas Festas<br />
A época natalícia já lá vai mas não podemos<br />
deixar de enaltecer os imensos<br />
gestos de carinho e o elevado número<br />
de leitores, assinantes, anunciantes<br />
e amigos que não se esqueceram do<br />
jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> num período<br />
tão especial. Demo-nos ao trabalho de<br />
contabilizar o que era contabilizável,<br />
não só pelo orgulho dos números mas<br />
sobretudo para partilhar consigo, caro<br />
leitor, o reconhecimento de que vamos<br />
sendo alvo por parte <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil.<br />
No total, O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> recebeu 72<br />
cartas de Boas Festas, 42 sms´s e 285 emails<br />
vindos um pouco de todo o lado,<br />
bem como inúmeras (esses sim incontáveis)<br />
Boas Festas <strong>da</strong><strong>da</strong>s pessoalmente.<br />
Há vinte e um anos num mercado tão<br />
competitivo como é este <strong>da</strong> imprensa<br />
regional, é para nós importante sentir<br />
o carinho <strong>da</strong>s pessoas mas também o<br />
reconhecimento do, perdoem-nos a modéstia,<br />
bom trabalho que aqui vai sendo<br />
realizado. Após um ano em que o jornal<br />
chegou a ca<strong>da</strong> vez mais gente, em que<br />
a aposta na divulgação do concelho <strong>da</strong><br />
Amadora foi reforça<strong>da</strong> e em que batemos<br />
recordes de participação e entrega<br />
de prémios monetários no nosso III<br />
Concurso de Fotografia, temos consciência<br />
que a nossa responsabili<strong>da</strong>de<br />
aumenta, assim como a exigência dos<br />
leitores. Não nos escondemos nem fugimos<br />
às nossas responsabili<strong>da</strong>des. Nem<br />
aos desafios que se renovam. Tal como<br />
no ano passado, em 2010 iremos continuar<br />
a apostar e premiar a criativi<strong>da</strong>de e<br />
o talento dos fotógrafos amadores e profissionais<br />
que nos lêem, promovendo o<br />
IV Concurso de Fotografia subordinado<br />
ao tema «Natureza dá Vi<strong>da</strong>». Iremos<br />
também promover e organizar no corrente<br />
ano os I Jogos Florais <strong>da</strong> Costa do<br />
Estoril. Continuaremos também a desenvolver<br />
ca<strong>da</strong> vez mais e melhores projectos<br />
de âmbito concelhio ou local, em<br />
temáticas tão díspares como a cultura,<br />
o desporto, o associativismo, o lazer ou<br />
a política. O começo do novo ano traz<br />
consigo projectos novos, ideias renova-<br />
Já nos enviou<br />
as suas fotografias?<br />
É ver<strong>da</strong>de que foi passar as férias<br />
natalícias à terra? E que perdeu a<br />
conta às fotografias que tirou nesses<br />
dias? Seguramente que, entre<br />
as imagens de família junto à farta<br />
mesa com iguarias ou abrindo as<br />
pren<strong>da</strong>s de Natal, constam também<br />
algumas belas imagens onde<br />
a Natureza assume papel de relevo.<br />
Acertámos? Então de que está<br />
à espera para as enviar para O<br />
<strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong>, habilitando-se assim<br />
a conquistar um dos primeiros<br />
prémios do nosso IV Concurso de<br />
Fotografia?<br />
Trata-se de uma acção aberta ao<br />
público em geral, podendo ca<strong>da</strong><br />
concorrente participar, no máximo,<br />
com três trabalhos que tanto<br />
podem ser a preto e branco como<br />
a cores, em formato 20cm x 30cm.<br />
Os trabalhos terão de ser enviados<br />
por via postal até ao dia 26 de<br />
Fevereiro de 2010 (<strong>da</strong>ta do carimbo<br />
dos correios) e endereçados para:<br />
IV CONCURSO DE FOTOGRAFIA<br />
«AMBIENTE DÁ VIDA»<br />
JORNAL O CORREIO DA LINHA;<br />
RUA PROF. MOTA PINTO, LOJA 4;<br />
BAIRRO DO POMBAL;<br />
2780–275 OEIRAS<br />
«Ambiente dá Vi<strong>da</strong>» é o lema que dá<br />
vi<strong>da</strong> a este IV Concurso de Fotografia,<br />
promovido pelo jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong><br />
<strong>Linha</strong> no âmbito do seu 21º aniversário.<br />
Até à <strong>da</strong>ta, os envelopes têm-nos chegado<br />
em bom ritmo mas desafiamos todos<br />
os nossos leitores, fotógrafos amadores<br />
e/ou profissionais, a participar<br />
nesta iniciativa que, ano após ano, vem<br />
registando um número crescente quer<br />
de participantes, quer de trabalhos a<br />
concurso.<br />
Recorde-se que em 2009 participaram<br />
no III Concurso de Fotografia 106 concorrentes<br />
com 288 trabalhos, números<br />
que confirmam o sucesso <strong>da</strong> iniciativa<br />
e a adesão massiva à mesma.<br />
Entre os concorrentes serão eleitos cinco<br />
primeiros lugares e cinco segundos<br />
lugares, a quem será oferecido um prémio<br />
monetário, um troféu e ain<strong>da</strong> um<br />
diploma. Todos os participantes receberão<br />
um diploma de participação. Além<br />
<br />
<br />
<br />
10.º Prémios monetários e troféus<br />
Prémios Família<br />
Diplomas para todos os participantes<br />
Envio até 26 de Fevereiro de 2010<br />
Consulte o regulamento<br />
Organização<br />
www.ocorreio<strong>da</strong>linha.pt<br />
e-mail: geral@ocorreio<strong>da</strong>linha.pt<br />
tel. 21 443 00 95 / 96<br />
disso, e à semelhança do ano transacto,<br />
o jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> irá continuar<br />
a oferecer um Prémio Família a to<strong>da</strong>s as<br />
famílias participantes.<br />
Os prémios serão entregues em Sessão<br />
Solene a decorrer no concelho <strong>da</strong><br />
Amadora, em <strong>da</strong>ta e local ain<strong>da</strong> a designar,<br />
estando novamente prevista a<br />
edição de um livro com os depoimentos<br />
dos patrocinadores e a publicação<br />
<strong>da</strong>s fotografias vencedoras, bem como<br />
de to<strong>da</strong>s as outras imagens não premia<strong>da</strong>s.<br />
O Ambiente tem sido o enfoque central<br />
destes quatro concursos de fotografia,<br />
uma perspectiva que este jornal mensal<br />
pretende manter para assim continuar<br />
a despertar a consciência cívica de ca<strong>da</strong><br />
um e, com isso, alertar para as virtudes<br />
mas também para os problemas de uma<br />
área fun<strong>da</strong>mental para a vi<strong>da</strong> humana<br />
como é o Ambiente.<br />
O regulamento e a declaração de cedência<br />
dos direitos <strong>da</strong>(s) fotografia(s)<br />
a concurso estão já disponíveis em<br />
www.ocorreio<strong>da</strong>linha.pt; podendo,<br />
caso preten<strong>da</strong>, obter mais informações<br />
através do e-mail: geral@ ocorreio<strong>da</strong>linha.pt;<br />
dos números: 21 443 00 95 / 91<br />
326 35 67 ou do fax: 21 442 25 31.<br />
<strong>da</strong>s e um sem número de sonhos por<br />
concretizar. Contaremos, como temos<br />
contado sempre, com o imprescindível<br />
apoio de todos aqueles que nos lêem,<br />
O Espaço Memória dos Exílios, no<br />
Estoril, recebeu recentemente a cerimónia<br />
de apresentação do novo livro<br />
de José d’Encarnação, «Dos Segredos<br />
de Cascais», uma obra que compila<br />
diversas crónicas assina<strong>da</strong>s por aquele<br />
Professor Catedrático no <strong>Jornal</strong> <strong>da</strong><br />
Região.<br />
Ao jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong>, o autor<br />
começou por agradecer a contribuição<br />
de Júlio Conrado, autor do prefácio, e<br />
de Salvato Teles de Meneses, responsável<br />
pela apresentação <strong>da</strong> obra, tendo<br />
depois <strong>da</strong>do a sua visão <strong>da</strong> compilação<br />
de crónicas: “Tive forçosamente de seleccionar<br />
o que poderia suscitar maior curiosi<strong>da</strong>de,<br />
por se tratar de recantos ou edifícios<br />
pelos quais, quiçá, diariamente se passa sem<br />
que se alcance o seu ver<strong>da</strong>deiro significado”,<br />
justificou.<br />
José d’Encarnação propõe um “passeio<br />
pela paisagem cascalense” como “pretexto<br />
para evocar o que foi a vi<strong>da</strong>, mormente nesta<br />
zona ocidental do concelho de Cascais, em<br />
meados do século passado: costumes e vivências<br />
que importava ter passado a escrito<br />
para que a sua memória se não perca”, diz.<br />
“Se o convite aceite para se passear comigo<br />
desde a Rebelva até à orla marítima<br />
redun<strong>da</strong>r em prazer para o leitor ao sentirse<br />
cativado por aquilo que nos identifica e<br />
Actual<br />
Cartão enviado pela Horizonte, Cooperativa de Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de Social e de Ensino<br />
assim como de quem aposta em nós<br />
para divulgar e ser divulgado. Porque<br />
quantos mais formos, mais faremos!<br />
Um fantástico Ano de 2010 para todos.<br />
Barcarena comemora 174 anos<br />
A Junta de Freguesia de Barcarena assinala no próximo mês de Fevereiro o<br />
seu 174º aniversário com várias iniciativas de cariz institucional, desportivo<br />
e cultural. As comemorações <strong>da</strong> Junta presidi<strong>da</strong> por Vítor Alves arrancam<br />
já no próximo dia 2 de Fevereiro com um Jantar de Aniversário, ao qual se<br />
seguirá uma Noite de Fados na SERUL, em Leceia, no dia 6.<br />
Uma semana mais tarde terá lugar uma prova de cicloturismo que percorrerá<br />
várias artérias <strong>da</strong> freguesia e, no dia 20, decorrerá mais uma prova, desta feita<br />
de esferocar. As comemorações do 174º aniversário de Barcarena encerram<br />
no dia 27 de Fevereiro com um Passeio de Todo-o-Terreno.<br />
Novo livro de José d´Encarnação<br />
distingue – diz o escritor - sentir-me-ei<br />
compensado”, termina.<br />
O livro foi editado pela Colibri e apoiado<br />
pela Câmara Municipal de Cascais,<br />
sendo constituído pelo terceiro volume<br />
de crónicas do autor publica<strong>da</strong>s<br />
no referido semanário. O primeiro<br />
volume, «Cascais e os Seus Cantinhos»<br />
foi publicado em 2002 e o segundo,<br />
«Recantos de Cascais», em 2004, traduzindo-se<br />
num importante contributo<br />
para o conhecimento do património<br />
e <strong>da</strong> história cascalense.<br />
Alcabideche assinalou 169 anos<br />
A Junta de Freguesia de Alcabideche assinalou entre 23 e 25 de <strong>Janeiro</strong> o seu<br />
169º aniversário com diversas activi<strong>da</strong>des de índole institucional, desportiva e<br />
cultural. As celebrações arrancaram com o «Corta Mato do Aniversário», uma<br />
prova de atletismo promovi<strong>da</strong> nas ruas de Alcoitão. Posteriormente, foram<br />
depois homenagea<strong>da</strong>s algumas figuras nacionais como Augusto dos Santos<br />
Ferreira, Fernando José dos Santos ou João Armindo Aires com o descerramento<br />
de placas toponímicas com o seu nome.<br />
Por sua vez, a Sessão Solene do aniversário, que decorreu no Edifício Montepio,<br />
contou com uma actuação dos alunos <strong>da</strong> Escola de Música Michel Giacometti<br />
mas o momento alto <strong>da</strong> cerimónia foi a entrega de mais de uma dezena de<br />
me<strong>da</strong>lhas de mérito a pessoas e instituições <strong>da</strong> freguesia que, ao longo do ano,<br />
se destacaram nos mais variados quadrantes <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social.
Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: thorvi.blogspot.com<br />
Já se imaginou a viver em alto<br />
mar durante quase dois anos?<br />
Para Rui Évora Soares e António<br />
Pinharan<strong>da</strong> trata-se de um<br />
sonho que está neste momento a<br />
ser cumprido. No passado dia 1<br />
de Novembro os dois velejadores<br />
partiram do Porto de Recreio de<br />
Oeiras para uma volta ao mundo<br />
que apenas deverá terminar em<br />
Junho de 2011. Foi ao largo do<br />
Panamá, via satélite, que o skipper<br />
Rui Évora Soares falou em<br />
exclusivo com o jornal O <strong>Correio</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>Linha</strong> sobre aquela que é a<br />
aventura <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>.<br />
O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) - Como está<br />
a correr até à <strong>da</strong>ta a viagem de circum-navegação<br />
a bordo do Thor VI?<br />
Rui Évora Soares (R.E.S.) - Está a correr<br />
bem e conforme previsto. Um dos<br />
objectivos que era a travessia do Atlântico<br />
Norte está conseguido sem grandes<br />
problemas, houve apenas com algumas<br />
pequenas anomalias, previsíveis, que<br />
foram sendo repara<strong>da</strong>s estando neste<br />
momento tudo a 100 por cento ou próximo.<br />
C.L. - Como foi passar o Natal e o fim<br />
de ano em alto mar?<br />
R.E.S. - Não passámos o Natal nem o<br />
fim do ano no mar. Passámos em Saint<br />
Lúcia já que chegámos <strong>da</strong> travessia do<br />
Atlântico a 10 de Dezembro e reiniciámos<br />
a WARC (Volta ao Mundo) apenas<br />
a 06 de <strong>Janeiro</strong> de 2010. Passámos esta<br />
época festiva longe <strong>da</strong> família e dos<br />
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Regressa em 2011<br />
Dupla de au<strong>da</strong>zes parte<br />
de Oeiras no veleiro Thor VI<br />
amigos velhos, mas com<br />
amigos novos. Foi diferente,<br />
que não para melhor.<br />
Passou-se!<br />
C.L. - O Thor VI saiu do<br />
Porto de Recreio de Oeiras a 1 de<br />
Novembro de 2009, por onde já navegou?<br />
R.E.S. - Passámos pelo Algarve, mais<br />
concretamente pela Marina de Lagos,<br />
depois seguimos para Lanzarote e Las<br />
Palmas. Daqui saímos com o ARC09<br />
para a travessia do Atlântico que terminou<br />
em Saint Lúcia. De Saint Lúcia<br />
iniciámos o World ARC com a primeira<br />
perna a terminar no Arquipélago de<br />
San Blas, no Panamá, a 13 de <strong>Janeiro</strong>.<br />
Daqui iremos fazer a travessia do Canal<br />
do Panamá, a 27 de <strong>Janeiro</strong>, para o Pacífico.<br />
C.L. - A viagem está prevista terminar<br />
no final de Junho de 2011, quais os<br />
locais mais emblemáticos por onde<br />
ain<strong>da</strong> irá passar?<br />
R.E.S. - Esta aventura é, quase to<strong>da</strong> ela,<br />
um local emblemático, mas haverá locais<br />
ou situações mais importantes que<br />
outras. O primeiro objectivo, já concretizado,<br />
foi a travessia do Atlântico<br />
que, por ser a primeira vez, é uma<br />
lembrança a reter. Depois, talvez a travessia<br />
do Canal do Panamá, a visita<br />
aos Galápagos, a travessia do Pacifico,<br />
a Austrália e a barreira de corais, o<br />
cabo <strong>da</strong> Boa Esperança, a Ilha de Santa<br />
Helena, eu sei lá que mais.<br />
C.L. - Quanto tempo demorou a ser<br />
preparado um projecto como este?<br />
Quais foram os principais obstáculos<br />
com que se deparou?<br />
R.E.S. - Este projecto começou a ser<br />
idealizado no final de 2008, tendo sido<br />
toma<strong>da</strong> a decisão final em <strong>Janeiro</strong> de<br />
2009 e, desde então, e provavelmente<br />
até regressarmos a Lisboa, não irão faltar<br />
obstáculos. Mas o planeamento de<br />
tudo o que era preciso fazer<br />
foi feito, desde a preparação<br />
e manutenção do barco,<br />
à nossa própria preparação,<br />
o “timing” correcto<br />
para as coisas acontecerem,<br />
os prazos a cumprir... Não<br />
foi fácil mas, no dia 01 de<br />
Novembro e conforme programado<br />
o Thor VI saiu de<br />
Oeiras.<br />
C.L. - Como define o barco<br />
que lhe permite fazer esta<br />
viagem?<br />
R.E.S. - É um barco de cruzeiro,<br />
um “cruzeirão” como<br />
lhe chamo, com mais de 20<br />
anos, sólido, pesa mais de<br />
10 tonela<strong>da</strong>s, de boa construção,<br />
de uma marca conceitua<strong>da</strong><br />
– Moody bem<br />
cui<strong>da</strong>do (eu sou o terceiro<br />
dono) e que tem vindo a ser<br />
actualizado e modernizado<br />
nos diversos equipamentos,<br />
quer eléctricos, quer<br />
electrónicos.<br />
C.L. - Como se tem portado<br />
o barco nestes primeiros<br />
meses de viagem?<br />
R.E.S. - Tem se portado<br />
muito bem e de acordo<br />
com as nossas expectativas.<br />
Conhecemos bem o barco e<br />
todos os seus componentes<br />
e temos a maior confian<br />
ça no seu desempenho.<br />
É a vantagem de ser um<br />
barco antigo e conhecido,<br />
há poucas surpresas.<br />
C.L. - Esta é uma viagem<br />
em que estará<br />
envolvido em competições<br />
de veleiros.<br />
Fale-nos um pouco<br />
mais dessas provas...<br />
R.E.S. - Isto é um passeio<br />
feito por barcos de<br />
cruzeiro sem pretensões<br />
desportivas. No entanto,<br />
a organização – World<br />
Cruising Club – organizao<br />
como um Rally, ou<br />
seja, há parti<strong>da</strong>s como<br />
nas regatas “à séria”,<br />
chega<strong>da</strong>s cronometra<strong>da</strong>s<br />
e depois fazemse as<br />
contas, entrase com o<br />
“ratting” de ca<strong>da</strong> barco<br />
e há um ou mais vencedores<br />
conforme as classes<br />
ou tipos de barcos.<br />
Distribuemse uns prémios,<br />
bebemse uns copos<br />
e é mais um motivo<br />
de sã camara<strong>da</strong>gem. No<br />
ARC09 – Atlantic Rally<br />
for Cruisers – o Thor VI<br />
ficou em 66ºo lugar na<br />
Divisão de Cruzeiros<br />
mono cascos (classificaram-se<br />
158) e em 9º<br />
(em 18) na Classe. Neste<br />
momento já concluímos<br />
a 1ª etapa <strong>da</strong> volta ao<br />
mundo mas ain<strong>da</strong> não<br />
há classificações.<br />
C.L. - Está preparado para passar<br />
quase dois anos a navegar sempre<br />
com a mesma pessoa?<br />
R.E.S. - Julgo e espero que sim, mas<br />
é sempre uma incógnita o relacionamento<br />
prolongado entre duas pessoas<br />
num espaço tão reduzido como é um<br />
barco. Há dos mais variados exemplos<br />
negativos e positivos no relacionamento<br />
entre tripulantes em situações<br />
semelhantes. Esperemos que o nosso<br />
exemplo seja positivo. Preparámo-nos<br />
com cui<strong>da</strong>do, definimos detalha<strong>da</strong>mente<br />
os nossos objectivos e é isso<br />
que nos orienta e motiva.<br />
C.L. - De onde se conhecem? Quais as<br />
tarefas de ca<strong>da</strong> um no barco?<br />
R.E.S. - Conhecemonos do mundo<br />
dos barcos. A navegar funcionamos<br />
a quartos, ou seja está sempre um de<br />
“serviço” e é rendido de 4 em 4 horas.<br />
O estar de serviço implica que é ele o<br />
responsável pela condução global do<br />
A embarcação devi<strong>da</strong>mente engalana<strong>da</strong> Momento de relaxe em águas cáli<strong>da</strong>s<br />
Thor VI foi actualizado antes de partir de viagem<br />
barco enquanto o outro descansa. Nas<br />
restantes tarefas há uma atribuição de<br />
acordo com as “habili<strong>da</strong>des” de ca<strong>da</strong><br />
um. O António trata <strong>da</strong>s alimentações,<br />
despensa e eu trato <strong>da</strong>s navegações, comunicações<br />
e por ser o dono e skipper<br />
<strong>da</strong> gestão global do barco.<br />
C.L. - Como é o dia-a-dia na embarcação?<br />
Conseguem dormir ou comer<br />
normalmente?<br />
R.E.S. - A navegar funcionamos a quartos<br />
de 4 horas com as refeições a serem<br />
toma<strong>da</strong>s nas rendições, pequenoalmoço<br />
às 10h00, almoço às 14h00 e jantar<br />
às 22h00 horas. Quando não se está de<br />
quarto, dormese e descansase de forma<br />
a uma gestão cui<strong>da</strong><strong>da</strong> do esforço<br />
para estarmos sempre em condições de<br />
assumir o comando do barco.<br />
C.L. - Sei que graças a esta viagem<br />
deixou de fumar. Como tem sido passar<br />
os dias sem esse vício?<br />
R.E.S. - Não foi pela viagem, infelizmente,<br />
mas sim por<br />
um pequeno problema<br />
cardíaco que surgiu<br />
uns dias antes do<br />
início <strong>da</strong> viagem. É<br />
mais um desafio que<br />
tenho de ultrapassar<br />
e este para meu bem.<br />
Tem alturas em que<br />
não é fácil, mas está<br />
fora de causa voltar a<br />
fumar.<br />
C.L. - Sendo apenas<br />
dois tripulantes conseguem<br />
aproveitar a<br />
viagem? O cansaço<br />
não se sobrepõe a<br />
tudo o resto?
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
O veleiro em alto mar<br />
R.E.S. - Até agora não. O esquema dos<br />
quartos a 4 horas tem funcionado muito<br />
bem após os primeiros dois ou três<br />
dias de habituação. Quando o nosso<br />
organismo se habitua a este ritmo de<br />
vi<strong>da</strong> – sono, alimentação – tornase<br />
mais fácil gerir o cansaço, mas é importante<br />
descansarmos sempre que isso é<br />
possível.<br />
C.L. - Sei também que já foram «visitados»<br />
por alguns golfinhos e peixes<br />
voadores...<br />
R.E.S. - Os golfinhos são parceiros habituais<br />
e grandes brincalhões sempre<br />
que se an<strong>da</strong> no mar, os peixes voadores<br />
são uma espécie desconheci<strong>da</strong> nas nossas<br />
costas e só se encontram em águas<br />
mais quentes mas por aqui são aos milhares.<br />
Quer uns quer outros são uma<br />
novi<strong>da</strong>de e uma companhia.<br />
C.L. - Em termos de mantimentos,<br />
quantos dias conseguem estar sem ir<br />
a terra?<br />
R.E.S. - Temos capaci<strong>da</strong>de para estar<br />
entre 5 a 6 semanas sem ir a terra, ou<br />
mais se fosse necessário, mas aí com necessi<strong>da</strong>de<br />
de algumas restrições.<br />
C.L. - Quais são os seus maiores receios<br />
para esta viagem?<br />
R.E.S. - Receios especiais não tenho,<br />
apenas desejo que todos os esforços<br />
feitos para pôr de pé este projecto não<br />
tenham sido em vão.<br />
C.L. - Poderemos dizer que é preciso<br />
alguma «loucura saudável» para se<br />
aventurar numa experiência como<br />
esta?<br />
R.E.S. - Alguma loucura é, sem dúvi<strong>da</strong>.<br />
Saudável julgo que também porque é<br />
um projecto giro e saudável, porque<br />
não?<br />
C.L. - Como reagiu a família e os<br />
amigos à ideia de se ver priva<strong>da</strong> de<br />
si durante quase dois anos?<br />
Partindo do Porto de Recreio de Oeiras<br />
R.E.S. - Não foi,<br />
nem é, fácil e nem<br />
sei se são eles que se<br />
sentem privados de<br />
mim se é o contrário.<br />
Mas as facili<strong>da</strong>des de<br />
comunicações – internet,<br />
telefone satélite,<br />
etc. – têm amenizado<br />
um pouco estas<br />
dificul<strong>da</strong>des.<br />
C.L. - O que faz<br />
quando sente sau<strong>da</strong>des<br />
de casa e dos<br />
seus?<br />
R.E.S. - Recorro a<br />
um telemóvel, à internet,<br />
ou a qualquer<br />
outro meio de comunicação<br />
para uma<br />
palavrinha de conforto ou então respiro<br />
fundo e espero por melhor oportuni<strong>da</strong>de.<br />
E é aqui que o cigarro por vezes faz<br />
mais falta...<br />
C.L. - Esta viagem tem algum tipo de<br />
apoios/patrocínios?<br />
R.E.S. - Não, infelizmente não. Consegui<br />
com as marcas que habitualmente<br />
me tratam do barco me fizessem alguns<br />
descontos especiais, na<strong>da</strong> mais. Houve<br />
algum interesse de algumas enti<strong>da</strong>des,<br />
mas foi sol de pouca dura e muita<br />
conversa <strong>da</strong> treta. Os<br />
meus agradecimentos<br />
à família Venâncio do<br />
Tagus Yacht Center,<br />
à familia Martins<br />
<strong>da</strong> VelaRio, à Multimarine<br />
do Eng. Arriaga<br />
e Cunha, ao Eng.<br />
Inglês <strong>da</strong> Nautira<strong>da</strong>r,<br />
ao Zé Ribeiro <strong>da</strong> Orey<br />
Antunes e ao Porto de<br />
Recreio de Oeiras.<br />
C.L. - Fica uma experiência<br />
cara?<br />
R.E.S. - Não é barato,<br />
mas depende de<br />
tantas coisas como<br />
o barco que se tem,<br />
se está ou não bem<br />
equipado, se é adequado<br />
a uma viagem<br />
deste tipo, etc.<br />
As variáveis são mui<br />
tas, mas por exemplo<br />
para fazer o ARC09,<br />
o WARC e o ARC<br />
Europa com o World<br />
Cruising Club só em<br />
inscrições serão 15<br />
mil euros, no entanto<br />
durante os 2 anos<br />
não se paga marina<br />
e an<strong>da</strong>se a conhecer<br />
o mundo. Caro<br />
é algo de que não se<br />
tira prazer e de um<br />
projecto destes tirase<br />
uma experiência<br />
única que não há<br />
dinheiro que pague.<br />
Mas não é barato.<br />
C.L. - Numa palavra, como definiria<br />
esta experiência?<br />
R.E.S. - É a experiência e a aventura<br />
de uma vi<strong>da</strong>. Não é só navegar pelo<br />
mundo fora, como também viver num<br />
espaço restrito, com alguma frugali<strong>da</strong>de,<br />
num ambiente diferente <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
urbana actual.<br />
C.L. - Há quantos anos é velejador?<br />
O que tanto o apaixona quando está<br />
em alto mar?<br />
R.E.S. - Há muitos. Quando era novo<br />
fiz 420, depois 470, prancha à vela e na<br />
déca<strong>da</strong> de setenta comecei com a vela<br />
Thor VI leva a bandeira de Portugal a todo o Mundo<br />
Entrevista<br />
Rui Évora Soares e António Pinharan<strong>da</strong><br />
pesa<strong>da</strong>, ou seja barcos maiores com<br />
outro tipo de exigências e capaci<strong>da</strong>des.<br />
Depois foi um ir e vir gerido pelas disponibili<strong>da</strong>des<br />
profissionais. Isto é um<br />
vício saudável.<br />
C.L. - O que acha que irá sentir quando<br />
chegar a casa em Junho de 2011?<br />
R.E.S. - Espero ter a grande alegria<br />
em recuperar as minhas pessoas, os<br />
meus amigos os meus hábitos antigos.<br />
Retornar ao meu mundo. Mas acima de<br />
tudo o prazer e a alegria de ter concretizado<br />
um sonho.<br />
C.L. – Partiu de Oeiras para esta experiência,<br />
como classifica o Porto de<br />
Recreios de Oeiras?<br />
R.E.S. - Sou cliente frequente, que não<br />
permanente do Porto de Recreio de<br />
Oeiras, que classifico como uma excelente<br />
infraestrutura e, acima de tudo,<br />
geri<strong>da</strong> por gente extraordinária de competência,<br />
simpatia e amabili<strong>da</strong>de. Não<br />
é por acaso que envergo no mastro a<br />
flâmula do Porto Recreativo de Oeiras,<br />
como agradecimento à forma gentil e<br />
aberta como me apoiaram aquando <strong>da</strong><br />
minha parti<strong>da</strong> a 01 de Novembro. É,<br />
acima de tudo, um local onde sempre<br />
me senti bem.<br />
C.L. - O que mais e menos gosta no<br />
concelho de Oeiras?<br />
R.E.S. - Não sendo residente não tenho<br />
conhecimentos baseados para opinar<br />
seja o que for. É um facto que as infraestruturas<br />
que conheço dão um ar agradável<br />
e moderno ao concelho, mas é só<br />
uma opinião de passante.
Actual<br />
Vítor Amaro foi reconduzido por mais quatro<br />
anos no cargo de Presidente do Grupo de<br />
Artistas Vale de Eureka (GAVE), naquela que<br />
foi a única lista a concurso.<br />
A direcção lidera<strong>da</strong> por Vítor Amaro fica<br />
completa com Carla Purgatório (Tesoureira),<br />
Nuno Justino (Secretário), Miguel Alves (1º<br />
Vogal) e Paulo Narciso (2º Vogal).<br />
Ao jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong>, o presidente <strong>da</strong><br />
GAVE assumiu que “temos muitos projectos<br />
para por em prática nos próximos anos, muitas<br />
activi<strong>da</strong>des para os nossos associados, tanto com<br />
seniores como com crianças. Estamos conscientes<br />
do nosso percurso e nele estão incluídos muitos<br />
projectos e muito trabalho”, sublinhou.<br />
Entretanto, a GAVE foi convi<strong>da</strong><strong>da</strong> a participar,<br />
como parceira, na Feira de S. Pedro,<br />
promovi<strong>da</strong> pela Junta de Freguesia de<br />
S. Pedro de Penaferrim. O primeiro evento<br />
ocorreu no passado dia 17 de <strong>Janeiro</strong>, tendo a<br />
GAVE participado com 18 artesãos: “Foi uma feira<br />
muito interessante, foi pena ter caído alguma chuva e<br />
os artesãos não terem tido luz para trabalhar mas era<br />
o primeiro evento do género e esse género de lapsos<br />
são desculpáveis. Foi, acima de tudo, um evento onde<br />
todos convivemos, onde as pessoas se reuniram e onde<br />
se aproveitou para vender alguma coisa, que também é<br />
importante”, contou Vítor Amaro.<br />
De realçar também que, a partir de Fevereiro, a<br />
GAVE vai passar a participar na Feira de S. Pedro<br />
todos os primeiros fins-de-semana de ca<strong>da</strong> mês,<br />
bem como no terceiro sábado de ca<strong>da</strong> mês.<br />
Ao longo do ano, a GAVE também tem previsto<br />
realizar na Vila Al<strong>da</strong>, em Sintra, várias exposições,<br />
nomea<strong>da</strong>mente “trabalhos para o Dia <strong>da</strong> Criança, queremos<br />
também fazer algo alusivo aos Santos Populares,<br />
com o objectivo de atrair mais turistas àquela zona de<br />
Sintra, que está pouco explora<strong>da</strong> turisticamente”.<br />
A GAVE é também notícia pela recém entrega de<br />
prémios do Concurso de Presépios de Natal, que<br />
o seu presidente diz ter corrido “maravilhosamente<br />
bem”.<br />
O artesão César Cruz foi o vencedor deste concurso,<br />
tendo Vítor Amaro sido distinguido com o segundo<br />
prémio. Zulmira Cruz arrecadou o terceiro prémio<br />
do concurso, enquanto Nuno Justino foi alvo de<br />
uma Menção Honrosa. O jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong><br />
associou-se à iniciativa oferecendo um prémio especial<br />
que calhou em sorte à artesã Zulmira Cruz.<br />
O responsável aproveitou para deixar uma palavra<br />
de apreço a Rui Santos, <strong>da</strong> Vila Al<strong>da</strong>, ao Vice-Presidente<br />
<strong>da</strong> Câmara Municipal de Sintra, Marco<br />
Almei<strong>da</strong>, e ao Presidente <strong>da</strong> Junta de Freguesia do<br />
Cacém, José Faustino, por todo o apoio dedicado<br />
à GAVE: “Sem eles a GAVE não teria a pujança e a<br />
força que tem e que a tornam num cartão-de-visita <strong>da</strong><br />
freguesia”, conclui.<br />
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
GAVE elege novo presidente Associação de Pais<br />
CRECHE<br />
JARDIM DE INFÂNCIA<br />
ATL<br />
do 5.º ao 9.º Ano<br />
<strong>da</strong> Espan dá prémios<br />
A Associação de Pais e Encarregados de Educação<br />
<strong>da</strong> Escola Secundária Padre Alberto<br />
Neto (APESPAN) promoveu recentemente um<br />
Concurso de Postais de Natal <strong>da</strong> ESPAN.<br />
A exposição dos trabalhos foi inaugura<strong>da</strong> no passado<br />
dia 20 de <strong>Janeiro</strong>, na presença de inúmeros<br />
alunos, professores e encarregados de educação<br />
e foi notório que existe muita criativi<strong>da</strong>de<br />
artística e talento entre os alunos <strong>da</strong> ESPAN.<br />
O júri do concurso foi composto professores,<br />
funcionários, pais e alunos <strong>da</strong> associação de<br />
estu<strong>da</strong>ntes. Os vencedores foram: Inês Coutinho<br />
(7ºB), João Carvalho (9ºB), Catarina Rebelo e<br />
Miriam Francisco (9ºB), David Silva (12ºE),<br />
Sérgio Manuel Afonso (12ºE) e Karina Lucena<br />
Silva (12ºE). A APESPAN entregou diplomas<br />
e uma pequena lembrança aos três primeiros<br />
classificados, tanto do ensino básico como do<br />
secundário, tendo todos os alunos que aderiram<br />
à iniciativa recebido igualmente diplomas de<br />
participação. Alice Benedito, Vice-Presidente <strong>da</strong><br />
APESPAN, explicou ao jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong><br />
que “a ideia era transformar os trabalhos dos três<br />
vencedores num Postal de Natal que posteriormente<br />
enviávamos aos encarregados de educação aquando<br />
do envio <strong>da</strong>s notas”. Para a responsável, “a maioria<br />
dos trabalhos está muito original e há alguns onde se<br />
nota que existe muito trabalho, muita aplicação por<br />
parte do aluno”.<br />
Também a direcção <strong>da</strong> ESPAN se fez representar<br />
na inauguração <strong>da</strong> exposição e logo pelo<br />
Director <strong>da</strong> Escola, José Brasão: “Já anteriormente<br />
tínhamos intenção de anualmente realizarmos e editarmos<br />
Postais de Natal. Este ano encontrámos na<br />
APESPAN um óptimo parceiro para desenvolver e<br />
concretizar esta ideia”.<br />
Telef.: 21 916 95 20 - Fax: 21 916 95 21<br />
Tm. 91 922 56 00<br />
Rua Alto do Forte, n.º 5 - Condomínio Worldmetal - 2635-036 RIO DE MOURO
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Acção de Natal <strong>da</strong> PSP de Oeiras<br />
Alunos fazem bonecos de neve<br />
Miguel Fonseca e Pedro António,<br />
ambos de 9 anos, são alunos <strong>da</strong> EBI<br />
Miraflores e fizeram parte <strong>da</strong>s 18<br />
crianças <strong>da</strong>quela escola que integraram<br />
o projecto promovido pelos agentes<br />
<strong>da</strong> Escola Segura de Oeiras, que<br />
consistia em efectuar um boneco de<br />
neve recorrendo apenas a materiais<br />
reciclados.<br />
Sorridentes, foi com orgulho que as<br />
duas crianças viram o «seu» boneco<br />
exposto entre outros trabalhos<br />
no Centro Comercial Dolce Vita, em<br />
Miraflores. “Ficou muito giro e original,<br />
é dos mais bonitos que aqui estão”,<br />
contava-nos o pequeno Miguel, o mais<br />
desenvolto dos dois.<br />
Três dias foi quanto demorou até ficar<br />
pronto o boneco de neve <strong>da</strong> EBI<br />
Miraflores que foi feito de materiais<br />
e desperdícios utilizados como jornais,<br />
restos de lençol e papel, sacos<br />
de plástico, restos de arranjos florais,<br />
cápsulas de café, esferovite, garrafas<br />
de plástico, pacotes de leite, rolos de<br />
papel higiénico e folhas secas.<br />
Além <strong>da</strong> EBI Miraflores, dezenas de<br />
outras escolas e jardins-de-infância<br />
de todo o concelho de Oeiras mobilizaram-se<br />
e participaram no repto <strong>da</strong><br />
Escola Segura de Oeiras, efectuando,<br />
Crianças e polícias interagiram de forma salutar<br />
ca<strong>da</strong> uma, o seu boneco de neve.<br />
Com mais ou menos criativi<strong>da</strong>de, com<br />
mais ou menos adereços alusivos à<br />
polícia, todos os trabalhos foram elogiados<br />
pelas forças de segurança mas<br />
também por professores, educadores<br />
e, claro, por muitos pais babados.<br />
To<strong>da</strong>via, na entrega dos diplomas a<br />
que O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> assistiu, foram<br />
poucas as crianças que puderam estar<br />
presentes em virtude de se tratar de<br />
um dia de semana, em horário escolar.<br />
Na cerimónia de Miraflores, em tudo<br />
semelhante às que já haviam decorrido<br />
noutros pontos do concelho, esteve<br />
presente o Coman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> Esquadra<br />
<strong>da</strong> PSP de Miraflores, Subcomissário<br />
Ficha Técnica<br />
jornal mensal de acTuali<strong>da</strong>de<br />
Tel.: 21 443 00 95/ • Fax: 21 442 25 31<br />
Telem.: 9132 35<br />
administração, re<strong>da</strong>cção e Publici<strong>da</strong>de:<br />
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www.ocorreio<strong>da</strong>linha.pt • geral@ocorreio<strong>da</strong>linha.pt<br />
Director: Paulo Pimenta Editor Chefe: Pedro Quaresma Re<strong>da</strong>cção: Claúdia Silveira, Jorge Cordeiro,<br />
Margari<strong>da</strong> Cecílio Marketing e Publici<strong>da</strong>de: Fernando Bairra<strong>da</strong>s Fotografias: J. Rodrigues e Diogo<br />
Pimenta Paginação e Impressão: MX3 - Artes Gráficas – Rua Alto do Forte - Sintra Comercial Park -<br />
Fracção Q - Armazém 16 - 2635-446 Rio de Mouro - Tel.: 21 917 10 88 Administração:<br />
Alice Domingues /Paulo Pimenta com mais de 10% Proprie<strong>da</strong>de: Vaga<br />
Litoral Publicações e Edições, L<strong>da</strong>. – Matr. Nº 12018 – Cons. Reg. Com. Oeiras<br />
- Capital social: 5 000 € - N. C. 504285092 - Depósito Legal N.º 27706/89 - Registo na<br />
I.C.S. N.º 114185. Tiragem do mês: 15 mil exemplares<br />
Preço de Assinatura anual – 12 edições: 13 euros<br />
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e Escola Segura Oeiras<br />
Alguns dos agentes <strong>da</strong> Escola Segura<br />
Antunes, bem como os presidentes<br />
<strong>da</strong>s Juntas de Freguesia de Algés e<br />
Lin<strong>da</strong>-a-Velha, além de uma representante<br />
<strong>da</strong> freguesia de Cruz Quebra<strong>da</strong>/<br />
Dafundo: “Este é o tipo de iniciativas<br />
que é fun<strong>da</strong>mental existirem na socie<strong>da</strong>de.<br />
Eu ain<strong>da</strong> sou do tempo em que se<br />
ameaçavam os meninos que não comessem<br />
a sopa de que chamávamos a polícia. É<br />
fun<strong>da</strong>mental que se crie esta aproximação<br />
entre as crianças e as<br />
forças de segurança,<br />
o dia não foi o mais<br />
apropriado porque<br />
seria importante que<br />
as crianças estivessem<br />
aqui presentes já que a<br />
festa é deles. De qualquer<br />
forma, parabéns à<br />
polícia, <strong>da</strong> nossa parte<br />
estaremos sempre<br />
dispostos a aju<strong>da</strong>r”,<br />
sublinhou Joaquim<br />
M a n u e l R i b e i ro ,<br />
Presidente <strong>da</strong> Junta<br />
de Freguesia de Algés.<br />
O autarca, tal como aconteceu<br />
com os presidentes de Lin<strong>da</strong>-a-Velha<br />
e Cruz Quebra<strong>da</strong>/Dafundo, ofereceu<br />
a to<strong>da</strong>s as escolas <strong>da</strong> sua freguesia um<br />
diploma de participação e um troféu<br />
alusivo à iniciativa.<br />
Também o Coman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> Esquadra<br />
<strong>da</strong> PSP de Miraflores, o Subcomissário<br />
Antunes, sublinhou que “são iniciativas<br />
como estas que tendem a aproximar<br />
os ci<strong>da</strong>dãos e, em especial, as crianças <strong>da</strong><br />
polícia, que não deve ser vista como uma<br />
uni<strong>da</strong>de estanque, sozinha e fecha<strong>da</strong> sobre<br />
si própria. Desse ponto de vista, estar<br />
nesta cerimónia com as forças vivas do<br />
concelho, é também fazer com que a polícia<br />
esteja mais próxima do ci<strong>da</strong>dão pelo<br />
que to<strong>da</strong>s as iniciativas com este cariz são<br />
de louvar”, destacou.<br />
O agente Miguel Gama foi um dos<br />
mentores do projecto e, claro, um dos<br />
elementos <strong>da</strong> Escola Segura de Oeiras<br />
envolvidos na realização <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de:<br />
“Quero agradecer às escolas e jardinsde-infância<br />
que aderiram à iniciativa, sei<br />
que a altura não foi a melhor em virtude<br />
de ser Natal e haver muitos projectos e<br />
poucos funcionários por causa <strong>da</strong> gripe<br />
A, mas agradeço a todos o empenho que<br />
colocaram nesta acção que tem duas finali<strong>da</strong>des:<br />
a nossa principal preocupação é a<br />
segurança <strong>da</strong>s crianças mas também nos<br />
preocupamos com o ambiente, <strong>da</strong>í que nos<br />
tenhamos lembrado de pedir às crianças<br />
para fazerem algo com materiais reciclados<br />
para terem noção de tudo aquilo que<br />
podem fazer com materiais que podem ter<br />
várias utili<strong>da</strong>des”, explicou.<br />
O projecto englobou os 12 elementos<br />
<strong>da</strong> equipa Escola Segura de Oeiras,<br />
entre os quais a Chefe Margari<strong>da</strong><br />
Condeça: “Desde que estamos integrados<br />
como Escola Segura ao nível <strong>da</strong><br />
Divisão de Oeiras temos feito diversos<br />
projectos tendo em vista to<strong>da</strong>s as escolas<br />
do concelho, nomea<strong>da</strong>mente as escolas<br />
básicas e os infantários. Neste caso, as<br />
escolas foram dividi<strong>da</strong>s por esquadras, ou<br />
seja, na área <strong>da</strong> 80ª Esquadra tínhamos<br />
as escolas <strong>da</strong>s freguesias de Oeiras e São<br />
Julião <strong>da</strong> Barra e Paço de Arcos, tendo<br />
os trabalhos aí realizados sido expostos<br />
no Centro Comercial Palmeiras e na<br />
Junta de Freguesia de Paço de Arcos. Na<br />
81ª Esquadra, que é esta de Miraflores,<br />
as escolas de Algés, Lin<strong>da</strong>-a-Velha e<br />
Cruz Quebra<strong>da</strong> Dafundo expuseram no<br />
Dolce Vita Miraflores. Na 82ª Esquadra<br />
(Porto Salvo), os bonecos de neve estiveram<br />
expostos no Centro Comercial<br />
Presidente de JF Lin<strong>da</strong>-a-Velha<br />
Social<br />
Dois jovens artistas junto do seu boneco<br />
Intermarché. Na área <strong>da</strong> 83ª Esquadra,<br />
Carnaxide, os trabalhos ficaram expostas<br />
no Centro Comercial Solatia, enquanto<br />
na 84ª Esquadra, de Caxias, os bonecos<br />
foram expostos na Junta de Freguesia.<br />
Finalmente, os trabalhos referentes à 85ª<br />
Esquadra, em Queijas, foram apresentados<br />
no Mercado Municipal de Queijas”,<br />
indicou a responsável.<br />
Entre os diversos bonecos de neve encontravam-se<br />
alguns “claramente alusivos<br />
à polícia e outros com mensagens<br />
referentes à polícia” o que, no entender<br />
<strong>da</strong> Chefe Margari<strong>da</strong> Condeça, “criou<br />
uma proximi<strong>da</strong>de entre os alunos e esta<br />
força policial”.<br />
Representante <strong>da</strong> JF Cruz Quebra<strong>da</strong> / Dafundo<br />
Presidente <strong>da</strong> JF Algés<br />
JOALHARIA OURIVESARIA<br />
“EDYARTE”<br />
Rua João Iteperano Duarte, 16-B • 2790-490 QUEIJAS • Tel. 21 411 42 41<br />
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Actual<br />
Bailes Seniores em Carnaxide<br />
A Junta de Freguesia de Carnaxide está a promover bailes mensais para os fregueses<br />
seniores, com i<strong>da</strong>de igual ou superior a 55 anos. Com animação de Fernando<br />
Correia (Organista e Vocalista), o primeiro baile decorre no dia 28 de <strong>Janeiro</strong>, pelas<br />
15h00, na Salão Nobre <strong>da</strong> Junta.<br />
Também já estão agen<strong>da</strong>dos o Baile de Carnaval, no dia 18 de Fevereiro, às 14h00,<br />
cujas respectivas inscrições terão início no dia 1 de Fevereiro, e outro no dia 25 de<br />
Março, pelas 15h00 com inscrições a partir do 1 dia de Março.<br />
Os interessados devem inscrever-se nos serviços <strong>da</strong> sede <strong>da</strong> Junta de Freguesia de<br />
Carnaxide, nos horários de atendimento ao público (2.ª, 4.ª e 6.ª feiras <strong>da</strong>s 09h00<br />
às 17h00, e 3.ª e 4.ª feiras <strong>da</strong>s 09h00 às 20h00). As inscrições também poderão ser<br />
efectua<strong>da</strong>s através do e-mail gabineteapoiosocial@jf-carnaxide.pt, bastando referir<br />
as <strong>da</strong>tas dos bailes em que se pretende inscrever, nome e contacto telefónico para<br />
receber posteriormente um e-mail de confirmação <strong>da</strong> inscrição.<br />
Tempo Jovem em Oeiras<br />
Já se encontram abertas as inscrições<br />
para o Programa Tempo Jovem – projecto<br />
de ocupação de tempos livres<br />
para jovens munícipes, <strong>da</strong> Câmara<br />
Municipal de Oeiras. Este programa<br />
visa a participação <strong>da</strong> juventude em<br />
activi<strong>da</strong>des de utili<strong>da</strong>de social e comunitária,<br />
assim como o contacto com<br />
o mundo do trabalho autárquico e institucional.<br />
Podem participar neste programa jovens<br />
residentes no Concelho de Oeiras<br />
com i<strong>da</strong>des compreendi<strong>da</strong>s entre os 18<br />
e os 30 anos e que tenham como habilitações<br />
literárias mínimas o 9º ano de<br />
escolari<strong>da</strong>de.<br />
O Programa decorre de Março a<br />
Dezembro de 2010, enquadrado em um<br />
dos seguintes períodos de funcionamento:<br />
09.30/12.30 horas; 14.30/17.30<br />
horas; outro horário de acordo com as<br />
necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de receptora;<br />
60 horas mensais a realizar por jovens<br />
estu<strong>da</strong>ntes universitários em projectos<br />
específicos.<br />
As fichas de inscrição podem ser obti<strong>da</strong>s<br />
no site do município, nos Centros<br />
de Juventude de Oeiras e nos Espaços<br />
Jovem de Algés, de Lin<strong>da</strong>-a-velha e<br />
de Carnaxide, bem como nos postos<br />
de atendimento <strong>da</strong> Autarquia de<br />
Carnaxide e de Lin<strong>da</strong>-a-velha.<br />
Novo Presidente nos BV Dafundo<br />
Armando Soares, antigo adjunto de Isaltino Morais na<br />
Câmara Municipal de Oeiras, tomou posse no passado dia<br />
6 de <strong>Janeiro</strong> como Presidente <strong>da</strong> Associação Humanitária<br />
dos Bombeiros Voluntários do Dafundo.<br />
Na toma<strong>da</strong> de posse dos novos órgãos sociais, o agora<br />
presidente e o coman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> corporação, Carlos Jaime,<br />
trocaram elogios e expressaram votos de confiança na continuação<br />
de um trabalho meritório desenvolvido em prol<br />
<strong>da</strong> população <strong>da</strong> Cruz Quebra<strong>da</strong> / Dafundo.<br />
Paço de Artes elege corpos sociais<br />
A Paço de Artes – Associação dos<br />
Artistas Plásticos de Paço de Arcos<br />
elegeu recentemente os novos Corpos<br />
Sociais <strong>da</strong> instituição com o intuito<br />
de legitimar e confirmar a eleição <strong>da</strong><br />
única lista concorrente. Chagas Ramos,<br />
Teodomiro Barral e Isaura Oliveira<br />
foram empossados, respectivamente,<br />
para Presidente <strong>da</strong> Assembleia Geral,<br />
Direcção e Conselho Fiscal para o biénio<br />
2010/2011.<br />
Tal como em outros actos eleitorais,<br />
a Assembleia Eleitoral decorreu na<br />
sede <strong>da</strong> Associação e registou um<br />
elevado número de participantes,<br />
que se manifestaram tanto por voto<br />
directo como por voto por correspondência.<br />
A Associação Humanitária dos Bombeiros<br />
Voluntários de Queluz (A.H.B.V.Q.)<br />
elegeu recentemente os novos corpos<br />
sociais <strong>da</strong> direcção tendo eleito Ramiro<br />
Ramos para o cargo de Presidente.<br />
Na cerimónia solene estiveram presentes<br />
o Vice-Presidente <strong>da</strong> Câmara<br />
Municipal de Sintra, Marco Almei<strong>da</strong><br />
e o Vereador Domingos Quintas, assim<br />
como um representante <strong>da</strong> Liga<br />
dos Bombeiros Portugueses e o deputado<br />
<strong>da</strong> Assembleia <strong>da</strong> República, Rui<br />
Pereira, entre outras personali<strong>da</strong>des.<br />
Em exclusivo ao jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong><br />
<strong>Linha</strong>, Ramiro Ramos traçou as metas<br />
para o man<strong>da</strong>to que agora inicia: “As<br />
priori<strong>da</strong>des do meu programa estão foca<strong>da</strong>s<br />
nos serviços solicitados à nossa corporação,<br />
no sentido de <strong>da</strong>r uma resposta cabal e satisfatória<br />
a todos os casos. Pretendo igualmente<br />
que a associação alcance em 2010 o<br />
necessário equilíbrio financeiro, algo que se<br />
prevê muito difícil”, referiu.<br />
Sobre as expectativas para o triénio<br />
directivo que agora principia, o novo<br />
presidente assumiu que são eleva<strong>da</strong>s:<br />
“Actualmente é muito difícil desempenharmos<br />
estas funções mas quando nos identificamos<br />
com uma causa e gostamos do voluntariado<br />
ultrapassa-se to<strong>da</strong>s as dificul<strong>da</strong>des.<br />
Presentemente, é lamentável verificar que<br />
existem três situações indefini<strong>da</strong>s para com<br />
os bombeiros em Portugal: não sabem o que<br />
fazer aos bombeiros; continua indefinido<br />
o financiamento dos corpos de bombeiros;<br />
não conseguiram<br />
arranjar um protocolo<br />
regulador <strong>da</strong>s<br />
carreiras dos bombeiros<br />
assalariados”,<br />
explica.<br />
O novo presidente<br />
considera imprescindível<br />
que exista<br />
uma forte relação<br />
de proximi<strong>da</strong>de<br />
entre a população<br />
e a sua corporação<br />
de bombeiros:<br />
“Em primeiro lugar,<br />
pretendo sensibilizar<br />
a população de<br />
Queluz para que todos<br />
se tornem sócios<br />
<strong>da</strong> nossa instituição<br />
pois seria importan-<br />
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Ramiro Ramos<br />
BV Queluz tem novo Presidente<br />
te para fortalecer a relação entre a comuni<strong>da</strong>de<br />
e os bombeiros. Para tal, pretendo<br />
neste triénio fazer várias acções, nomea<strong>da</strong>mente<br />
simulacros nas freguesias <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />
de Queluz”.<br />
Questionado sobre a relação entre Comando<br />
e Direcção, Ramiro Ramos assegurou<br />
que “a relação entre o Presidente<br />
e o Coman<strong>da</strong>nte será sempre óptima. Já<br />
conheço bem o Coman<strong>da</strong>nte Emílio e já lhe<br />
manifestei total confiança, tanto nele como<br />
no respectivo Comando”.<br />
Fernan<strong>da</strong> Silva<br />
lança livro<br />
O director do jornal «Voz de Torcena»,<br />
Fernando Silva, lançou no passado<br />
dia 23 de <strong>Janeiro</strong>, na Quinta do Filinto<br />
em Tercena, a sua mais recente obra:<br />
«Graciosa – Refúgio Paradisíaco».<br />
Este novo trabalho insere-se numa série<br />
de escritos dedicados às ilhas açorianas,<br />
que o autor fez questão de visitar. Desde<br />
2002 que anualmente visita ca<strong>da</strong> uma<br />
delas, recolhendo e guar<strong>da</strong>ndo na sua<br />
memória as belezas potenciali<strong>da</strong>des e<br />
dificul<strong>da</strong>des destas ilhas.<br />
Trata-se de um tema que foge aos habituais<br />
<strong>da</strong>s suas restantes catorze publicações,<br />
mas entendeu o autor que, “uma vez<br />
que a maioria dos trabalhos já escritos nunca<br />
foram valorizados pelo grande público que<br />
com ele conviveu neste lugar e região, resolvi<br />
dedicar-me um pouco aquilo que conheci, que<br />
amei e que espero vir a ser o meu futuro”.<br />
«Graciosa – Refúgio Paradisíaco» diz<br />
também respeito a Tercena, à freguesia e<br />
ao concelho de Oeiras, porque foi nesta<br />
região, através dos factos focados que<br />
lhe deram inspiração para se focar nesta<br />
obra.
Dia dos<br />
Namorados<br />
CHOCOLATE<br />
COM PIMENTA<br />
Salão de Chá<br />
14 de Fevereiro<br />
MONTRA ANTIGA<br />
Chávena Ridgway Staffordshire - 6,00e<br />
JULIETA<br />
Joalharia<br />
Ourivesaria<br />
Ouro Joías Pratas<br />
Um chá diferente<br />
num dia especial<br />
Centro Comercial<br />
Estoril Garden<br />
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Tel. 96 461 86 07<br />
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Tel. 21 457 01 19<br />
Algés<br />
PIROGRAVURA<br />
A arte de trabalhar<br />
a madeira<br />
com o fogo<br />
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ou Tratamento Facial<br />
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de Sintra<br />
Dias 6 e 7 de Fevereiro<br />
PHOTOPRISMA<br />
Moldura Digital<br />
a partir de 60,00e<br />
Centro Comercial Palmeiras<br />
Oeiras<br />
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Ofereça<br />
Amor<br />
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Perfumaria<br />
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um dia diferente<br />
Algés<br />
Tel. 21 410 82 53<br />
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Paço de Arcos<br />
Tel. 21 443 23 03<br />
Pastelaria<br />
fina diversa<br />
V BAR<br />
LOVER´S<br />
NIGHT
10 Actual<br />
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Espaço comercial abre em Queluz<br />
A SPAR, que é a maior cadeia de retalho<br />
alimentar do mundo, com mais<br />
de 14 mil lojas em 34 países, abriu<br />
no passado dia 23 de Dezembro uma<br />
loja na Av. Elias Garcia, 70/72, em<br />
Queluz.<br />
Jerónimo Pires é o proprietário deste<br />
espaço franchisado, que está sob a gerência<br />
de João Vasco e que disponibiliza<br />
aos seus clientes áreas de peixaria,<br />
O gerente com dois responsáveis por sectores <strong>da</strong> loja<br />
talho, take away quente, charcutaria<br />
e frutaria, além <strong>da</strong> tradicional área de<br />
supermercado com congelados, lacticínios<br />
ou higiene, entre outros.<br />
Actualmente, a SPAR coloca ao dispor<br />
dos seus clientes mais de 6 mil<br />
produtos e irá, em breve, alargar esse<br />
número para 12 mil em virtude do<br />
amplo espaço disponível. De realçar<br />
também que a SPAR de Queluz dispõe<br />
já de cerca de 500 produtos<br />
de marca própria,<br />
podendo até ao<br />
final do presente ano<br />
comercializar cerca de<br />
900 produtos <strong>da</strong>quela<br />
marca.<br />
Ao nosso jornal, o proprietário<br />
fez um balanço<br />
muito positivo<br />
dos primeiros dias de<br />
«casa»: “Temos vindo<br />
a estu<strong>da</strong>r os hábitos <strong>da</strong><br />
população para <strong>da</strong>rmos<br />
uma resposta ca<strong>da</strong> vez<br />
melhor às necessi<strong>da</strong>des<br />
de to<strong>da</strong> esta região. A<br />
população tem vindo a<br />
Frutos do Mar 87<br />
Produtos congelados de alta quali<strong>da</strong>de<br />
Peixe – Marisco – Salgados e Legumes<br />
Fornecedor de Cantinas<br />
Restaurantes e Peixarias<br />
Loja 1 (Queluz)<br />
Rua José Afonso, n.º 32 A<br />
Casal <strong>da</strong>s Quintelas • Tel.: 21 436 09 85<br />
Loja 2 (Amadora)<br />
Av. D. Nuno Álvares Pereira, 8 A<br />
Tel.: 21 492 67 67<br />
<strong>da</strong>r uma resposta muito positiva<br />
nestes primeiros dias<br />
e já vai fazendo desta loja<br />
um ponto diário de paragem<br />
obrigatória. Queluz não é<br />
uma freguesia-dormitório,<br />
existe aqui uma população<br />
fixa, sobretudo ao nível <strong>da</strong><br />
terceira i<strong>da</strong>de, que gosta de<br />
fazer as suas compras diárias,<br />
nomea<strong>da</strong>mente no que<br />
diz respeito a produtos frescos”,<br />
adianta.<br />
Caso a resposta positiva<br />
regista<strong>da</strong> em Queluz se<br />
mantenha nos meses subsequentes,<br />
Jerónimo Pires pretende levar a marca<br />
SPAR a outros concelhos <strong>da</strong> Área<br />
Metropolitana de Lisboa: “Pretendemos<br />
abrir mais lojas, não só nesta zona mas<br />
também na <strong>Linha</strong> do Estoril e de Cascais.<br />
Estamos neste momento à procura de novos<br />
espaços”, assume. A SPAR de Queluz<br />
encontra-se aberta ao público de<br />
segun<strong>da</strong> a sábado <strong>da</strong>s 9h00 às 21h00 e<br />
aos domingos <strong>da</strong>s 10h00 às 18h00.<br />
Recorde-se que a SPAR foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong><br />
na Holan<strong>da</strong> em 1932 por Adriaan van<br />
Almoçageme comemora 118 anos<br />
A Socie<strong>da</strong>de Recreativa e Musical de Almoçageme comemorou<br />
no primeiro dia do ano o seu 118º aniversário com<br />
várias iniciativas para os sócios, entre as quais um concerto<br />
<strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> <strong>da</strong> colectivi<strong>da</strong>de, lidera<strong>da</strong> pelo Maestro Panta<br />
Nunes. No decorrer do concerto foi igualmente apresenta<strong>da</strong><br />
a escolinha de música, que também teve oportuni<strong>da</strong>de de<br />
actuar e de levar a assistência ao rubro.<br />
Anteriormente, a colectivi<strong>da</strong>de presidi<strong>da</strong> por Marcelino<br />
<strong>da</strong> Cruz Jorge promoveu uma missa com romagem pelo<br />
cemitério, bem como um animado desfile pelas ruas de<br />
Almoçageme, freguesia de Colares. Por outro lado, na<br />
Sessão Solene foram homenageados alguns associados <strong>da</strong><br />
SRMA pelos anos de filiação, bem como o Maestro Panta<br />
Nunes e o Director Musical <strong>da</strong> ban<strong>da</strong>, Francisco Doroteia.<br />
Também a Comissão de Festas de Nossa Senhora <strong>da</strong> Graça<br />
foi homenagea<strong>da</strong> pela colectivi<strong>da</strong>de.<br />
JOMA celebra<br />
37.º aniversário<br />
A Juventude Operária de Monte Abraão (JOMA)<br />
assinala no dia 28 de <strong>Janeiro</strong> o seu 37º aniversário<br />
com a realização de uma Sessão Solene que se realiza<br />
pelas 21h30, na sede social do clube, e na qual terá<br />
lugar a toma<strong>da</strong> de posse <strong>da</strong> direcção do JOMA para<br />
o biénio 2009-2011.<br />
João Pedro Cardoso volta a assumir os destinos do<br />
clube, que está sedeado na Rua Prof. Dr. Virgílio<br />
Machado, Edifício Olimpo, n.º22/24 – Loja B, em<br />
Monte Abraão.<br />
Alguns dos responsáveis <strong>da</strong> SPAR Queluz<br />
Well, com o objectivo de assegurar a<br />
cooperação entre grossistas e retalhistas<br />
independentes, como resposta ao<br />
crescimento de cadeias de supermercados<br />
na Europa.<br />
Actualmente, a SPAR Internacional é<br />
responsável pela coordenação e desenvolvimento<br />
<strong>da</strong> organização SPAR<br />
em todo o mundo, ao mesmo tempo<br />
que tem vindo a estabelecer operações<br />
em to<strong>da</strong> a Ásia, África e Europa<br />
Oriental para complementar os actuais<br />
mercados.<br />
Valorsul<br />
recebe<br />
certificação<br />
A Valorsul recebeu a Certificação de<br />
Quali<strong>da</strong>de, em complemento à renovação<br />
<strong>da</strong>s Certificações de Ambiente<br />
e Segurança, passando a ter um Sistema<br />
de Gestão Integra<strong>da</strong> de Ambiente,<br />
Segurança e Quali<strong>da</strong>de para to<strong>da</strong>s as<br />
activi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> empresa. Iniciado em<br />
2005, este processo resulta do esforço<br />
para a implementação e manutenção<br />
do Sistema de Gestão Integra<strong>da</strong> de<br />
Ambiente, Segurança e Quali<strong>da</strong>de e<br />
permite à Valorsul melhorar o nível<br />
de redução de impactos ambientais<br />
e custos na activi<strong>da</strong>de, mas, principalmente,<br />
permite a melhoria contínua<br />
no desempenho <strong>da</strong> empresa.<br />
Maior satisfação dos colaboradores<br />
pela promoção de um ambiente de<br />
trabalho seguro e saudável e maior<br />
eficácia no planeamento operacional<br />
são condições para a maior satisfação<br />
dos clientes <strong>da</strong> Valorsul e de todos<br />
os intervenientes que participam na<br />
activi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> empresa.<br />
A certificação <strong>da</strong> Valorsul foi emiti<strong>da</strong><br />
pela enti<strong>da</strong>de certificadora SGS<br />
ICS, segundo as normas NP EN ISO<br />
9001 (Quali<strong>da</strong>de), NP EN ISO 14001<br />
(Ambiente) e OHSAS 18001 (Segurança<br />
e Saúde no Trabalho).<br />
As crianças precisam<br />
de cui<strong>da</strong>dos especiais de visão<br />
Armações e lentes <strong>da</strong>s melhores<br />
e pretigia<strong>da</strong>s marcas<br />
Lentes progressivas a partir de 80e
12 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e J.A.<br />
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Depois de várias déca<strong>da</strong>s dedica<strong>da</strong>s<br />
à enfermagem, José Aranha<br />
continua a aju<strong>da</strong>r o próximo participando<br />
em missões humanitárias<br />
em países onde prolifera a<br />
fome e as doenças ou onde catástrofes<br />
naturais ou guerras exigem<br />
a sua presença. Recentemente,<br />
voltou de Cabo Verde onde ajudou<br />
a população local a erradicar<br />
uma epidemia de dengue que infectou<br />
milhares de pessoas.<br />
O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) - Como correu<br />
a missão humanitária em Cabo<br />
Verde em que participou com a AMI<br />
na luta contra a propagação <strong>da</strong> dengue?<br />
José Aranha (J.A.) – Correu muito bem,<br />
felizmente. Cabo Verde recebeu muita<br />
aju<strong>da</strong> estrangeira e tem uns serviços<br />
de saúde bem organizados, que não<br />
se vêem em muitos países africanos.<br />
Nesta acção esteve presente a AMI mas<br />
também uma delegação dos Hospitais<br />
<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Coimbra, bem<br />
como voluntários espanhóis, brasileiros<br />
e franceses.<br />
C.L. - Como eram as condições em<br />
que teve de desempenhar este trabalho?<br />
J.A. - O trabalho desenvolvido em<br />
Cabo Verde foi aquilo que nós chamamos<br />
de missões de emergência pelo<br />
que as condições são, muitas vezes,<br />
as possíveis. Comecei por estar algum<br />
tempo na ilha de São Tiago, na Ci<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> Praia, mas depois, a pedido do<br />
Ministério <strong>da</strong> Saúde cabo-verdiano,<br />
fui para a ilha de São Nicolau onde<br />
trabalhava no Centro Hospitalar do<br />
Tarrafal de São Nicolau. Estava na<br />
capital mas os meus colegas <strong>da</strong> outra<br />
briga<strong>da</strong> <strong>da</strong> AMI que foram para a Ilha<br />
José Aranha, Voluntário <strong>da</strong> AMI<br />
Participou em 11 acções humanitárias<br />
do Fogo já tiveram de trabalhar em<br />
ten<strong>da</strong>s porque os casos eram muitos e<br />
o hospital não tinha capaci<strong>da</strong>de.<br />
C.L. - Que género de trabalho desenvolvia<br />
em Cabo Verde?<br />
J.A. - Fomos lá para tratar as pessoas<br />
que nos apareciam infecta<strong>da</strong>s com dengue<br />
e para trabalhar na profilaxia e na<br />
prevenção nas poucas horas vagas que<br />
dispúnhamos! Em São Nicolau não tivemos<br />
muitos casos e aí trabalhámos<br />
mais na base <strong>da</strong> prevenção e na destruição<br />
do habitat do mosquito, o que para<br />
nós foi útil porque conseguimos que a<br />
ilha não fosse muito atingi<strong>da</strong>. Isso já<br />
não foi possível na Ilha do Fogo porque<br />
quando a AMI lá chegou já havia muitos<br />
casos e não se conseguiu trabalhar<br />
muito na prevenção. Nos picos maiores<br />
chegavam a aparecer mais de 400<br />
doentes infectados por dia. O dengue<br />
não tem um tratamento específico, atacamos<br />
os sintomas que vão aparecendo<br />
seja febre, tonturas ou diarreias.<br />
C.L. - Para quem não conhece, o que é<br />
o dengue?<br />
J.A. - O dengue é causado por um mosquito<br />
que anteriormente já picou uma<br />
pessoa contamina<strong>da</strong> por dengue. Na<br />
Atendimento de consulta médica em ten<strong>da</strong> no Sri Lanka, em<br />
2005<br />
Madeira existe o mesmo mosquito mas<br />
como não pica ninguém que esteja infectado<br />
não transmite a doença. A ci<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> Praia, em Cabo Verde, é um local<br />
por onde passam diariamente milhares<br />
de pessoas vin<strong>da</strong>s do Senegal e <strong>da</strong>s<br />
Guinés (Conacri e Bissau) e, esses sim,<br />
são países onde existe dengue já há<br />
muitos anos e provavelmente a doença<br />
disseminou-se precisamente porque o<br />
mosquito picou gente vin<strong>da</strong> desses países<br />
e foi a partir <strong>da</strong>í que se propagou.<br />
C.L. - Como se extermina esta doença?<br />
J.A. - A doença é causa<strong>da</strong> apenas pelo<br />
mosquito fêmea e a melhor forma de<br />
prevenção é matar o<br />
mosquito, destruindo<br />
o seu habitat. O<br />
mosquito fêmea põe<br />
os ovos nas águas, é<br />
por isso que os grandes<br />
focos de dengue<br />
aparecem na época<br />
<strong>da</strong>s chuvas.<br />
C.L. - Quanto tempo<br />
esteve em Cabo<br />
Verde?<br />
J.A. - Estava previsto<br />
irmos para Cabo<br />
Verde por um período<br />
de quase dois meses<br />
mas como as proporções<br />
<strong>da</strong> epidemia<br />
não eram tão graves<br />
como se supunha, ou<br />
pelo menos conseguiu-se controlar a situação<br />
mais rápido do que o previsto,<br />
acabámos por voltar para Portugal na<br />
véspera de Natal, quando era suposto<br />
chegarmos só no dia 7 de <strong>Janeiro</strong>. Para<br />
nós foi uma boa pren<strong>da</strong>, com a qual não<br />
contávamos, mas foi sobretudo muito<br />
importante para aquele povo pois conseguiu<br />
ver-se livre do dengue antes do<br />
que estava à espera.<br />
C.L. - Esta já não é a primeira missão<br />
humanitária em que participa...<br />
J.A. - É, se não estou em erro, a décima!<br />
Estive na Guiné, aquando <strong>da</strong> guerra entre<br />
o Ansoumane Mané e o Nuno Vieira,<br />
depois estive nas Honduras por ocasião<br />
do furacão Mitch, estive em Timor por<br />
três vezes, fiz parte <strong>da</strong> primeira equipa<br />
que chegou a Timor após a independência,<br />
ain<strong>da</strong> com tropas indonésias no<br />
território, passado uns anos fui lá mais<br />
duas vezes, estive também no Sri Lanka<br />
por ocasião do tsunami, em Dezembro<br />
de 2005, já por três vezes fui a Angola e<br />
estive agora em Cabo Verde.<br />
C.L. - Qual dessas experiências o marcou<br />
mais?<br />
J.A. - Foram duas! Uma delas foi a i<strong>da</strong><br />
à Guiné, não propriamente pela guerra<br />
mas pela quanti<strong>da</strong>de<br />
de crianças desnutri<strong>da</strong>s<br />
que ali fomos encontrar<br />
nessa altura. Apareciam<br />
muitas crianças em coma<br />
e pré-coma com paludismo,<br />
também ela uma<br />
doença transmiti<strong>da</strong> por<br />
um mosquito que prolifera<br />
graças às chuvas. A<br />
segun<strong>da</strong> experiência que<br />
também me marcou de<br />
forma especial foi a minha<br />
primeira i<strong>da</strong> a Timor,<br />
numa altura política ain<strong>da</strong><br />
muito conturba<strong>da</strong>, em<br />
que todos aqueles que<br />
eram portugueses eram<br />
perseguidos. Chegámos<br />
mesmo a ter de an<strong>da</strong>r a<br />
fugir por algumas noites<br />
para junto <strong>da</strong>s tropas <strong>da</strong>s Nações<br />
Uni<strong>da</strong>s. Os indonésios tinham um ódio<br />
enorme aos portugueses porque no seu<br />
entender, e provavelmente com razão,<br />
foi o então Primeiro-Ministro, Durão<br />
Barroso, que conseguiu junto <strong>da</strong> ONU<br />
que se fizesse o referendo que culminou<br />
com a independência de Timor-Leste.<br />
C.L. - Fez parte <strong>da</strong> comitiva <strong>da</strong> AMI em<br />
to<strong>da</strong>s as missões em que participou?<br />
J.A. - Não, as minhas duas primeiras<br />
missões foram com uma Igreja<br />
Evangélica, to<strong>da</strong>s as outras foram com<br />
a AMI.<br />
C.L. - Também costuma participar em<br />
acções de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de em Portugal?<br />
J.A. - Por estranho que possa parecer,<br />
não é muito fácil ser-se voluntário em<br />
Portugal! Estou reformado há cerca de<br />
cinco anos e, desde então, já me inscrevi<br />
na Junta de Freguesia a oferecer os<br />
meus serviços, já me ofereci na Cruz<br />
Vermelha Portuguesa – Núcleo <strong>da</strong> Parede,<br />
na ABLA ou na Remar e a ver<strong>da</strong>de é<br />
que ninguém me chama. Por vezes queremos<br />
aju<strong>da</strong>r e não podemos!<br />
C.L. - Como li<strong>da</strong> com a morte e com<br />
a doença <strong>da</strong>s pessoas que aju<strong>da</strong>?<br />
Consegue manter o devido afastamento?<br />
J.A. - É algo que vai surgindo gradualmente<br />
com o tempo. Terminei o meu<br />
curso de Enfermeiro Geral em 1966 pelo<br />
que já tenho bastante prática e até algu-<br />
“Ambulância” para transporte de doentes em Angola, e<br />
o serviço mais correcto. A pouco e pouco<br />
vamos conseguindo esse sentimento<br />
mas nem sempre é fácil porque há altura<br />
em que estamos tão empenhados<br />
no trabalho que nem nos apercebemos<br />
dos riscos que corremos, só depois ao<br />
deitar é que pensamos no que fizemos<br />
e no que nos podia ter acontecido. Em<br />
2006 estive em Angola, que é um país<br />
vastíssimo, e víamos<br />
crianças morrerem<br />
com fome, situação<br />
de todo injustificável<br />
em pleno século XXI.<br />
Não percebo como se<br />
continua a morrer de<br />
fome em alguns países<br />
quando há tanta<br />
abundância e comi<strong>da</strong><br />
que se deita fora nos<br />
países mais desenvolvidos.<br />
As crianças são<br />
sempre as que mais<br />
me comovem porque,<br />
em muitos casos, não<br />
têm sequer i<strong>da</strong>de para<br />
se saber defender <strong>da</strong><br />
fome.<br />
C.L. - Já viveu em países<br />
onde esteve «lado<br />
a lado» com epidemias<br />
e guerras. Qual<br />
foi a situação mais<br />
complica<strong>da</strong> em que Equipa <strong>da</strong> AMI nas monta<br />
se viu envolvido?<br />
J.A. - Talvez a de Timor-Leste, em que<br />
me vi obrigado a fugir para zelar pela<br />
minha segurança! De resto, não tenho<br />
corrido grandes riscos, mesmo nas situações<br />
de catástrofe em que corremos<br />
alguns riscos para ir socorrer pessoas<br />
feri<strong>da</strong>s, mas nunca tive situações críticas!<br />
C.L. - O que o motivou a querer fazer<br />
voluntariado?<br />
Almoço dos expatriados <strong>da</strong> AMI no Sri Lanka, em 2005<br />
ma «estaleca», que é importante para<br />
não bloquearmos e prestarmos sempre Equipa luso-australiana <strong>da</strong> AMI em Timor, em 1999
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
no Mundo<br />
m 2006<br />
nhas de Timor<br />
J.A. - Sempre fui pobre, sei o que é ser<br />
pobre e qual é a sensação de precisar de<br />
algo e não ter quem nos socorra nem<br />
uma porta onde bater! Talvez tenha<br />
sido isso que, em primeiro lugar, me levou<br />
a seguir a carreira de enfermagem<br />
porque sentia que era uma área onde<br />
poderia <strong>da</strong>r um contributo importante<br />
e directo ao próximo.<br />
C.L. - Houve alguma altura em que se<br />
arrependeu do trabalho que estava a<br />
fazer como voluntário?<br />
J.A. - Não, os únicos arrependimentos<br />
que por vezes tenho, e felizmente<br />
não foram muitos, é de ser solicitado<br />
para uma missão e não poder ir por<br />
compromissos laborais. Hoje em dia<br />
estou reformado pelo que a decisão<br />
depende exclusivamente de mim mas<br />
antigamente trabalhava<br />
em hospitais<br />
e houve ocasiões em<br />
que queria ir mas<br />
não era dispensado.<br />
E depois também<br />
não nos podíamos<br />
demitir <strong>da</strong>s nossas<br />
funções porque<br />
quando a missão<br />
terminasse já não<br />
teria o meu lugar.<br />
O voluntariado na<br />
área <strong>da</strong> saúde está<br />
muito complicado,<br />
temos muita falta<br />
de enfermeiros e,<br />
Em 1998, rodeado de crianças na Guiné<br />
sobretudo, de médicos, porque os hospitais<br />
não os libertam. O Ministério <strong>da</strong><br />
Saúde dispensa os funcionários mas<br />
coloca sempre o «se a Administração<br />
do Hospital autorizar». A maior parte<br />
dos hospitais hoje só vêem euros à<br />
frente e não nos dispensam.<br />
C.L. - Como define o trabalho que<br />
os voluntários realizam neste tipo<br />
de missões?<br />
J.A. - É um gesto de dedicação ao próximo<br />
e que infelizmente é ca<strong>da</strong> vez mais<br />
necessário em muitas partes do mundo<br />
onde há guerras e casos extremos de<br />
fome. Um dos mais falados e vergonhosos<br />
casos <strong>da</strong> actuali<strong>da</strong>de passa-se<br />
no Darfur, onde há vários anos que<br />
diversas ONG´s tentam aju<strong>da</strong>m mas<br />
ninguém consegue lá chegar porque<br />
os governantes não deixam. Sabe-se<br />
que morrem diariamente milhares de<br />
pessoas nessas guerras e fico revoltado<br />
porque estamos disponíveis para aju<strong>da</strong>r,<br />
temos quem financie estas missões,<br />
mas não temos como lá chegar. Não é<br />
que tenhamos a ilusão de acabar com<br />
o sofrimento <strong>da</strong>quela gente mas basta<br />
salvarmos uma pessoa para a missão já<br />
valer a pena.<br />
C.L. - Existem muitos voluntários em<br />
Portugal?<br />
J.A. - Sim, existem muitos, felizmente<br />
há ca<strong>da</strong> vez mais, nomea<strong>da</strong>mente entre<br />
a juventude.<br />
C.L. - A que se deve esse fenómeno?<br />
J.A. - Creio que hoje em dia as pessoas<br />
estão mais consciencializa<strong>da</strong>s do<br />
que se passa no mundo! Na minha<br />
juventude não havia televisões como<br />
há hoje, actualmente ain<strong>da</strong> as coisas<br />
quase não aconteceram e nós já as<br />
estamos a ver nas televisões! Recordome<br />
que, aquando do tsunami do Sri<br />
Lanka, nunca a AMI teve tantas doações<br />
como naquela situação. Talvez<br />
por ser época do Natal e porque as<br />
imagens que nos chegavam pela televisão<br />
eram fortíssimas, aquilo mexeu<br />
tanto com a população portuguesa<br />
que esta se mobilizou como nunca e<br />
fez <strong>da</strong>quela a missão que mais donativos<br />
recolheu.<br />
C.L. - Reside no concelho de Cascais,<br />
existem ali muitos problemas<br />
sociais?<br />
J.A. - Existem, o desaparecimento <strong>da</strong>s<br />
Marianas e do Bairro do Fim do Mundo<br />
não resolveu a crise que existe, simplesmente<br />
espalhou as pessoas que ali<br />
estavam, na<strong>da</strong> mais! Além disso, o desemprego<br />
é uma reali<strong>da</strong>de e aquilo que<br />
constato é que há ca<strong>da</strong> vez mais gente<br />
a pedir. A AMI tem uma «Porta Amiga»<br />
em Cascais, isto é, um projecto em que<br />
os necessitados podem fazer as suas<br />
refeições, lavar a sua roupa ou tomar<br />
banho e os pedidos são ca<strong>da</strong> vez em<br />
maior número. Já aparece muita gente<br />
<strong>da</strong> classe média a pedir almoço, o que<br />
quer dizer que no concelho de Cascais,<br />
tal como noutros concelhos a nível na-<br />
cional, existe muita<br />
pobreza encoberta.<br />
C.L. - O sentimento<br />
de aju<strong>da</strong>r alguém<br />
supera as noites mal<br />
dormi<strong>da</strong>s?<br />
J.A. - Sim, até porque<br />
quando vamos lá<br />
para fora fazer voluntariado<br />
não ficamos<br />
em residenciais nem<br />
em hotéis mas sim<br />
no que há! E muitas<br />
vezes o que há é uma<br />
simples ten<strong>da</strong> debaixo<br />
de uma árvore...<br />
C.L. - Já se habituou<br />
a trocar o conforto do<br />
lar pelas ten<strong>da</strong>s de<br />
campanha?<br />
J.A. - Já, porque sei<br />
que estou a ser útil ao próximo. De<br />
vez em quando aparece um voluntário<br />
ou outro que vai para ali numa de<br />
fazer turismo mas essas também são<br />
pessoas que nunca mais aparecem a<br />
querer fazer missões porque isto dá<br />
realmente muito trabalho.<br />
C.L. - E a família apoia essa sua veia<br />
humanista ou também fica preocupa<strong>da</strong><br />
que possa, por exemplo, contrair<br />
alguma doença?<br />
J.A. - Isso é algo que por vezes acontece,<br />
infelizmente, ain<strong>da</strong> agora nesta viagem<br />
que fizemos a Cabo Verde houve<br />
um médico que teve de ser repatriado<br />
porque apanhou dengue e outro problema<br />
que não se conseguiu detectar.<br />
A princípio a minha esposa não queria<br />
que eu fizesse este tipo de missões mas<br />
com o tempo acabou por se a<strong>da</strong>ptar e<br />
hoje convive perfeitamente com essa<br />
situação.<br />
C.L. - Em 2010 tenciona continuar a<br />
participar neste tipo de missões?<br />
J.A. - Na AMI participamos em dois tipos<br />
de missões: as de emergência, como<br />
sejam as origina<strong>da</strong>s por catástrofes ou<br />
guerras, e as de desenvolvimento. Há<br />
missões que já desenvolvemos há vários<br />
anos, estamos por exemplo há dez<br />
anos na Ilha do Fogo com uma equipa<br />
de três enfermeiros, também já estamos<br />
há muitos anos na Guiné Bissau com<br />
uma missão permanente, em Angola já<br />
a tivemos mas agora não temos porque<br />
é muito complicado conseguir os vistos<br />
necessários. Além disso, também<br />
já existe há quase 20 anos uma missão<br />
de desenvolvimento em São Tomé e<br />
Algures no interior <strong>da</strong> Guiné, em 1998<br />
Entrevista 13<br />
Em Dili, no ano de 1999<br />
Príncipe e convém salientar que to<strong>da</strong>s<br />
elas são missões que duram seis meses.<br />
C.L. - Sente-se orgulhoso pela vi<strong>da</strong><br />
que escolheu?<br />
J.A. - Sim, sou humano e sinto um certo<br />
orgulho em fazer o que faço porque<br />
sei que sou útil estando no terreno, tal<br />
como é útil quem fica na retaguar<strong>da</strong> e<br />
proporciona que o nosso trabalho aconteça<br />
porque se não houver financiamentos<br />
também não podemos ir para<br />
as missões. É muito bom sentirmos que<br />
fazemos algo em prol dos outros.<br />
C.L. - Se lhe fosse concedido um desejo,<br />
o que pediria?<br />
J.A. - É um pedido muito banal mas<br />
que, nos dias que correm, é ca<strong>da</strong> vez<br />
mais pertinente. Pediria que houvesse<br />
empregos, tanto em Portugal como no<br />
mundo inteiro, para assim tentar acabar<br />
com a fome. Em Portugal há muita<br />
miséria encoberta, há muita gente<br />
a passar fome tanto nas classes mais<br />
baixas como também na classe média,<br />
vê-se que há ca<strong>da</strong> vez mais pessoas<br />
envergonha<strong>da</strong>s por terem que pedir<br />
e, por isso, o que eu pediria era que a<br />
economia recuperasse e, com isso, que<br />
houvesse uma maior estabili<strong>da</strong>de social<br />
e familiar.<br />
N.d.R. – Poucos dias depois de conceder esta entrevista ao jornal O<br />
<strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong>, José Aranha foi chamado pela AMI para integrar<br />
a equipa de voluntários que viajou para o Haiti, na sequência do<br />
terramoto que devastou a capital <strong>da</strong>quele país, Port-au-Prince, e<br />
que matou várias dezenas de milhar de pessoas e deixou muitas<br />
outras feri<strong>da</strong>s. À <strong>da</strong>ta a que este jornal é publicado, é no Haiti que<br />
se encontra o nosso entrevistado, naquela que é a sua 11ª missão<br />
humanitária.
14 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e D.O.R.<br />
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Desportivo Operário do Rangel<br />
S. Silvestre desenvolveu o atletismo<br />
em todo o concelho <strong>da</strong> Amadora<br />
nacional como internacio- última edição <strong>da</strong> São Silvestre? porque temos quebras muito acentunal,<br />
porque consegue cati- A.M. - Ao nível do público surgiram a<strong>da</strong>s nos patrocínios. O comércio e<br />
var a presença de grandes alguns problemas, o Subcomissário <strong>da</strong> a indústria <strong>da</strong> Amadora estão con-<br />
atletas ao longo <strong>da</strong>s suas Polícia disse-me que não se recor<strong>da</strong> vencidos que, ao obtermos o patro-<br />
edições.<br />
de um ano em que houve tantas pescínio do Continente e <strong>da</strong> CMA, paga<br />
C.L. - Quantos atletas parsoas a quererem furar a segurança <strong>da</strong> a prova e o trabalho <strong>da</strong> organização.<br />
ticiparam na última São prova mas, tirando essas atitudes, a O Rangel debate-se hoje com bastan-<br />
Silvestre?<br />
organização foi positiva. Talvez não tes dificul<strong>da</strong>des porque a prova não<br />
A.M. - Não sei o número tenha corrido tão bem como em anos está a <strong>da</strong>r a rentabili<strong>da</strong>de que já deu<br />
exacto, mas seriam segu- anteriores porque este ano sentimos em anos anteriores. Tudo isto é fruto<br />
O Secretário-Geral António Manuel com o treinador do ramente mais de 900! A bastantes dificul<strong>da</strong>des para angariar de muito amor à camisola mas admito<br />
Futsal Paulo Veloso<br />
partir de uma certa altura patrocínios. Ca<strong>da</strong> vez há mais dificul- que, pelo menos eu, estou perto de<br />
Fun<strong>da</strong>do a 4 de Junho de 1961, na<br />
a prova cresceu de tal maneira<br />
que tivemos de contratar uma<br />
<strong>da</strong>des para reunir patrocínios condizentes<br />
com a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> prova, o<br />
atingir o ponto de saturação e até mesmo<br />
de desalento porque não encontro<br />
freguesia <strong>da</strong> Ven<strong>da</strong> Nova, Ama- empresa para tratar <strong>da</strong>s inscrições e Continente que é o nosso patrocinador aqui uma massa associativa dinâmica<br />
dora, o Desportivo Operário do <strong>da</strong>s classificações uma vez que somos principal cortou fortemente na verba como já tivemos. Praticamente não há<br />
Rangel (DOR), é uma associação<br />
de âmbito desportivo, cultural<br />
e recreativo que é conheci<strong>da</strong> sobretudo<br />
por organizar a conceitua<strong>da</strong><br />
Corri<strong>da</strong> de São Silvestre <strong>da</strong><br />
Amadora no último dia do ano.<br />
totalmente amadores neste campo!<br />
Além disso as pessoas liga<strong>da</strong>s à organização<br />
foram envelhecendo, os mais<br />
novos não demonstraram grande interesse<br />
nesse trabalho voluntário e,<br />
por conseguinte, tivemos que passar<br />
este trabalho a uma empresa de fora<br />
deste ano porque a crise bate à porta<br />
de todos.<br />
juventude neste bairro, o associativismo<br />
já poucos jovens cativa.<br />
C.L. - Quantos associados tem o<br />
DOR?<br />
A.M. - Tem cerca de 350 sócios, sendo<br />
que a larga maioria são pessoas já com<br />
uma i<strong>da</strong>de algo avança<strong>da</strong>. Mesmo a<br />
To<strong>da</strong>via, este clube tem vindo a porque já não podíamos continuar a<br />
televisão que antigamente trazia mui-<br />
perder alguma <strong>da</strong> sua força associa- sacrificar-nos e a perder duas noites<br />
ta gente ao clube hoje já não cativa<br />
tiva, sendo hoje um emblema que<br />
apenas movimenta desportistas<br />
no futsal e no atletismo. António<br />
Manuel, Secretário-Geral e membro<br />
<strong>da</strong> Direcção há mais de quatro<br />
déca<strong>da</strong>s, admite estar preocupado<br />
porque não surgem pessoas com<br />
consecutivas para fazer as classificações!<br />
C.L. - O número de participantes é<br />
sempre assim tão elevado?<br />
A.M. - Sim, está na média que temos<br />
registado nas últimas edições, apesar<br />
de ultimamente surgirem inúmeras<br />
São Silvestres no país, algumas <strong>da</strong>s<br />
ninguém, serão apenas meia dúzia<br />
os sócios que vêm ver os jogos aqui<br />
porque não têm os canais do cabo.<br />
Lutamos com muitas dificul<strong>da</strong>des<br />
mas o que se passa aqui passa-se com<br />
a maioria <strong>da</strong>s colectivi<strong>da</strong>des com o<br />
nosso cariz.<br />
C.L. - Dizia que a secção de atletismo<br />
novas ideias.<br />
quais à nossa porta! Lisboa vai já na<br />
está algo fragiliza<strong>da</strong>...<br />
segun<strong>da</strong> edição <strong>da</strong> São Silvestre, que é<br />
A.M. - É ver<strong>da</strong>de, como disse ante-<br />
O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) - O DOR feita dois ou três dias antes <strong>da</strong> nossa,<br />
riormente estamos num bairro bas-<br />
é o clube responsável pela organi- há a São Silvestre do Porto ou dos<br />
tante envelhecido pelo que sentimos<br />
zação <strong>da</strong> São Silvestre <strong>da</strong> Amadora, Olivais e os atletas são praticamente<br />
dificul<strong>da</strong>des para cativar e mobilizar<br />
como surgiu essa parceria com a CM os mesmos. Obviamente que mante-<br />
jovens. O número de atletas é hoje<br />
Amadora?<br />
mos sempre como <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> prova o dia Cartaz <strong>da</strong> 1.ª S. Silvestre <strong>da</strong> Amadora<br />
pouco significativo em relação ao que<br />
António Manuel (A.M.) - Esse é um 31 de Dezembro, por ser dia de São<br />
já tivemos, nomea<strong>da</strong>mente no atletis-<br />
erro comum que as pessoas costu- Silvestre, foi assim que ela nasceu e C.L. - Esses cortes prejudicam a quamo onde o número actual mais não é<br />
mam referir pois a organização <strong>da</strong> foi assim que ela foi crescendo. Tudo li<strong>da</strong>de <strong>da</strong> prova?<br />
que uma gota num oceano. As coisas<br />
São Silvestre <strong>da</strong> Amadora cabe ex- o que vem antes ou depois não tem A.M. - Comparativamente com anos estão bastante difíceis em termos de<br />
clusivamente ao Rangel. Esta prova na<strong>da</strong> a ver com o Desportivo Operário anteriores, a prova deste ano teve no- dirigismo para a secção e em termos<br />
nasceu em 1975, enquanto a Câmara do Rangel mas reconhecemos que há mes menos sonantes. Mantivemos o de treinador, a pessoa que dirigia a<br />
Municipal <strong>da</strong> Amadora (CMA) foi im- muitos atletas que já não vêm à nossa mesmo número de países participan- equipa teve de sair do clube por moplanta<strong>da</strong><br />
em 1979. É habitual que se prova em virtude de existirem outras tes para continuar a ser uma prova tivos pessoais e a equipa está entregue<br />
faça uma ligação <strong>da</strong> prova à autarquia São Silvestres no país.<br />
internacional mas não foram atletas a um colaborador que também é atleta<br />
mas essa colagem é erra<strong>da</strong> na medi<strong>da</strong> C.L. - E o público costuma associar-se de grande nomea<strong>da</strong> como já tivemos e que vai tomando conta dos miúdos.<br />
em que a prova foi cria<strong>da</strong> por mim a esta festa do atletismo?<br />
em anos transactos. Para o futuro, Estamos a negociar com uma pessoa<br />
em 1974, numa altura em que sentí- A.M. - Temos oscilações, tanto do nú- estamos a pensar abdicar dos atle- mais qualifica<strong>da</strong>, que é inclusivamenamos<br />
necessi<strong>da</strong>de de exteriorizar as mero de atletas como do público que tas internacionais porque, no fim de te um atleta de nome internacional,<br />
activi<strong>da</strong>des do clube. Estávamos, na assiste à prova, embora haja sempre contas, pouco nos trazem de benéfico! mas continuamos à espera de saber se<br />
altura, muito cingidos ao futebol e ao ao longo do percurso uma moldura Pensamos em tornar a prova mais na- as condições pretendi<strong>da</strong>s são, ou não,<br />
atletismo, este último de uma maneira humana muito significativa. Aliás, há cional para assim valorizar os nossos as que podemos oferecer.<br />
ain<strong>da</strong> muito primária, na medi<strong>da</strong> em atletas nacionais e internacionais de atletas e lhes atribuir os prémios, que C.L. - Não gostaria de ver, no futuro,<br />
que só após a primeira São Silvestre nomea<strong>da</strong> que já nos disseram que não são sempre bastante aliciantes. Graças o Rangel tornar-se num clube mais<br />
é que esta secção se desenvolveu no encontram em lado nenhum do mundo à São Silvestre, uma vez por ano fala- eclético?<br />
Rangel e, com isso, desenvolveu-se uma prova com tanta gente a assistir. se no Rangel!<br />
A.M. - Este clube já teve bastantes<br />
o atletismo em todo o concelho <strong>da</strong> C.L. - O que tem de tão especial esta C.L. - Além de alguma notorie<strong>da</strong>- mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des mas neste momento não<br />
Amadora. Vamos já na 35ª edição e prova?<br />
de, que dividendos traz a realização é possível abri-lo a outras activi<strong>da</strong>des.<br />
a prova tem tido um efeito bola de A.M. - É uma tradição a que as pes- desta prova ao Desportivo Operário Esse foi um dos objectivos <strong>da</strong>s direc-<br />
neve, sendo hoje considera<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s soas já se habituaram. Houve alguma do Rangel?<br />
ções anteriores, sempre tentámos ter<br />
mais importantes prova, tanto a nível oscilação de horários mas de há qua- A.M. - Em termos financeiros, os di- mais activi<strong>da</strong>des mas a inexistência<br />
tro anos para cá pensavidendos que traz são muito escassos. de espaços próprios dificulta o nosso<br />
mos que encontrámos Com excepção <strong>da</strong>s inscrições e <strong>da</strong>s crescimento. Se tivéssemos o almejaum<br />
horário capaz de classificações fazemos todo<br />
mobilizar atletas, es- o trabalho inerente à propectadores,<br />
câmara e va, ain<strong>da</strong> que com um cariz<br />
polícia! No dia 31 de amador! Esta é uma colecti-<br />
Dezembro conseguimos vi<strong>da</strong>de sem fins lucrativos<br />
«encerrar» a ci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> e que vive muito <strong>da</strong> caroli-<br />
Amadora a partir <strong>da</strong>s ce dos seus associados, no-<br />
17h30, o que é notável! mea<strong>da</strong>mente dos elemen-<br />
Temos a consciência tos directivos. Tentamos<br />
de que incomo<strong>da</strong>mos gastar o menos possível<br />
algumas pessoas nesse para ficarmos com alguma<br />
dia com esta prova mas verba que ajude a susten-<br />
to<strong>da</strong>s elas são informatar o clube durante o ano,<br />
<strong>da</strong>s previamente com nomea<strong>da</strong>mente o futsal e o<br />
afixação de placards e atletismo. Mas ca<strong>da</strong> vez se<br />
Pódio feminino: (<strong>da</strong> esquer<strong>da</strong> para a Direita) Elisabeth Rumokol (Qué- anúncios.<br />
torna mais difícil conseguir<br />
nia); Dulce Félix (S.C. Braga) e Sara Moreira (Maratona C.P.) C.L. - Como correu a poupar o que quer que seja Na Sede reúne-se diariamente dezenas de associados
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
do pavilhão gimnodesportivo<br />
que nos está prometido desde<br />
a fun<strong>da</strong>ção do clube, com terrenos<br />
doados pela CMA, talvez<br />
a situação mu<strong>da</strong>sse mas até à<br />
<strong>da</strong>ta na<strong>da</strong> se resolveu. Tudo não<br />
passou de questões políticas e<br />
eleitorais, tinham-nos prometido<br />
um terreno com quase 3.000m2<br />
e quando se foi fazer o levantamento<br />
do mesmo, percebemos<br />
que só uma pequena parcela era<br />
camarário, tudo o resto era particular.<br />
São situações que nos<br />
desanimam porque an<strong>da</strong>mos há<br />
déca<strong>da</strong>s há espera do pavilhão, era<br />
importante que as enti<strong>da</strong>des proporcionassem<br />
aos clubes que já deram<br />
provas <strong>da</strong> sua competência as condições<br />
necessárias para desenvolver<br />
outras activi<strong>da</strong>des. Para praticarmos<br />
futsal temos de alugar o pavilhão de<br />
uma escola secundária e por esse motivo<br />
apenas fazemos dois treinos por<br />
semana, porque o aluguer tanto para<br />
os jogos como para os treinos é pago<br />
a peso de ouro. Não somos subsisídiodependentes<br />
nem nos acomo<strong>da</strong>mos<br />
ao que nos dão mas já nos contentávamos<br />
se não tivéssemos que pagar o<br />
pavilhão. Assim como está, fica tudo<br />
ca<strong>da</strong> vez mais difícil!<br />
A equipa sénior de futsal do Rangel<br />
está pela primeira vez a participar<br />
na Divisão de Honra <strong>da</strong> Divisão de<br />
Futebol de Lisboa e a experiência<br />
não podia estar a correr melhor. A<br />
equipa coman<strong>da</strong><strong>da</strong> pelo jovem técnico<br />
Paulo Veloso ocupa actualmente<br />
o 1º lugar e, na próxima época,<br />
pode pela primeira vez na história<br />
do clube participar nos campeonatos<br />
nacionais de futsal.<br />
“A época está a correr bastante bem<br />
mas sofremos um percalço ao ser eliminados<br />
prematuramente <strong>da</strong> Taça de Lisboa,<br />
troféu que o ano passado tínhamos<br />
conquistado! Muita gente não esperava<br />
que andássemos nos lugares <strong>da</strong> frente<br />
mas an<strong>da</strong>mos e, no meu entender, com<br />
muito mérito”, destaca o treinador.<br />
Vencedor na prova masculina, Joseph Ebuya (Quénia)<br />
C.L. - Quais os objectivos do Desportivo<br />
Operário do Rangel para 2010?<br />
A.M. - Iremos tentar manter a activi<strong>da</strong>de<br />
que já existe, actualmente<br />
temos olhado mais para o futsal porque<br />
presentemente é a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de<br />
que mais prestígio nos tem <strong>da</strong>do, não<br />
descurando o atletismo que iremos<br />
tentar manter. No fundo, pretendemos<br />
continuar com o que temos porque<br />
não há capaci<strong>da</strong>de para ambicionar a<br />
novos projectos. Sou dirigente deste<br />
clube há mais de 40 anos, falta gente<br />
nova, com ideias novas e contactos<br />
novos porque todos atingimos um<br />
ponto de saturação pessoal e o meu<br />
está a chegar!<br />
Equipa de futsal ambiciosa<br />
Soluções para to<strong>da</strong> a bichara<strong>da</strong><br />
– Cães – Gatos – Peixes<br />
– Tartarugas – Roedores – Aves<br />
Rações, Banhos e Tosquias<br />
De Segun<strong>da</strong> a Sábado<br />
<strong>da</strong>s 10h às 13h e <strong>da</strong>s 15h às 20h<br />
O objectivo desta equipa é só um:<br />
ser campeão e, com isso, subir de<br />
divisão! “Estamos todos cientes <strong>da</strong>s<br />
dificul<strong>da</strong>des e <strong>da</strong>s limitações do clube<br />
mas vamos todos lutar por esse objectivo”,<br />
assegura.<br />
Com a redução de apoios ao clube,<br />
a secção de futsal foi uma <strong>da</strong>s<br />
afecta<strong>da</strong>s até porque dinheiro é algo<br />
que não afun<strong>da</strong> nos cofres do DOR:<br />
“Treinamos apenas duas vezes por semana<br />
No pavilhão <strong>da</strong> Escola Secundária<br />
Fernando Namora, na Brandoa, onde<br />
também realizamos os nossos jogos. Jogamos<br />
contra equipas que treinam 3/4<br />
vezes por semana e aí nota-se que treinamos<br />
pouco mas é o que o clube pode<br />
pagar” revela.<br />
Jovem e ambicioso, Paulo Veloso<br />
quer levar a equipa aos campeonatos<br />
nacionais mas admite que<br />
o seu maior desejo seria voltar a<br />
ver escalões de formação de futsal<br />
no clube: “Neste momento estou<br />
com os seniores do Rangel mas definome<br />
como um treinador <strong>da</strong> formação.<br />
Tenho pena que não haja escalões de<br />
formação mas compreendo que o clube<br />
tenha de tomar decisões em virtude <strong>da</strong>s<br />
dificul<strong>da</strong>des que atravessa. Talvez no<br />
futuro...”, sugere.<br />
Rua José Afonso, nº 7 Loja A – Queluz<br />
Tel.: 214 36 62 76 • Tlm.: 961 854 067<br />
caesegatosfixes@sapo.pt<br />
Antigo colaborador <strong>da</strong> imprensa<br />
diária e de diversos<br />
jornais e revistas de<br />
turismo, automobilismo e<br />
aviação, director <strong>da</strong> revista<br />
«Rodoviária» durante dezoito<br />
anos e autor de meia<br />
centena de livros, a maior<br />
parte sobre as suas viagens<br />
pelo mundo e através de<br />
Portugal, Vasco Callixto<br />
apresenta agora «Memórias<br />
de uma Vi<strong>da</strong>», um<br />
novo livro que assinala<br />
os seus 85<br />
anos de i<strong>da</strong>de.<br />
Editado pela Câmara<br />
Municipal <strong>da</strong><br />
Amadora, a obra<br />
relata a longa activi<strong>da</strong>de<br />
jornalística<br />
e literária do autor,<br />
que sempre se empenhou<br />
em trazer<br />
aos seus escritos a<br />
presença portuguesa<br />
no mundo. “Este<br />
livro, mais do que me-<br />
Entrevista 15<br />
Vasco Callixto lança livro<br />
mórias pessoais, passa em revista<br />
um passado colectivo”, sublinha<br />
Vitor Escudero no prefácio <strong>da</strong><br />
obra.<br />
Ilustrado com seis dezenas<br />
de fotografias, Memórias de<br />
uma Vi<strong>da</strong>» foi apresenta<strong>da</strong><br />
no passado dia 9 de <strong>Janeiro</strong>,<br />
no Auditório <strong>da</strong> Biblioteca<br />
Municipal Fernando Piteira<br />
Santos.<br />
Tomaram posse Órgãos Sociais<br />
<strong>da</strong> Federação de Pais de Sintra<br />
Tomaram posse no passado<br />
dia 12 de <strong>Janeiro</strong>, na sede <strong>da</strong><br />
Federação <strong>da</strong>s Associações<br />
de Pais e Encarregados de<br />
Educação do Concelho de<br />
Sintra, os novos Órgãos Sociais<br />
para o próximo biénio.<br />
Joaquim Ribeiro, em representação<br />
<strong>da</strong> associação de<br />
pais <strong>da</strong> Escola Secundária<br />
Padre Alberto Neto, foi reeleito<br />
como presidente <strong>da</strong><br />
Comissão Coordenadora,<br />
sendo que a direcção executiva inclui<br />
ain<strong>da</strong> Isabel Gregório, <strong>da</strong> EB 2.3 Mestre<br />
Domingos Saraiva, Hermínia Gomes<br />
<strong>da</strong> EB 2.3 Visconde Juromenha, Florbela<br />
Fonseca <strong>da</strong> EB 1/JI nº 2 <strong>da</strong> Tapa<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
Mercês, Isabel Santos <strong>da</strong> EB 1/JI de<br />
Vila Verde, Pedro Fonseca <strong>da</strong> EB 2.3<br />
de Sarrazola, Sónia Rodrigues <strong>da</strong> EB<br />
1/JI do Mucifal, João Pedro Figueiredo<br />
<strong>da</strong> EB 2.3 D. Domingos Jardo, Sílvia<br />
Rebelo <strong>da</strong> EB 1 de Meleças, José Carlos<br />
Coelho <strong>da</strong> EB 1/JI nº 1 de Rio de Mouro<br />
e Cesaltina Monteiro <strong>da</strong> EB 1/JI de<br />
Ranholas.<br />
Por seu lado, a Mesa <strong>da</strong> Assembleia-geral<br />
é presidi<strong>da</strong> por Adelino Ramos, em<br />
representação <strong>da</strong> associação de pais <strong>da</strong><br />
EB 2.3 D. Pedro IV, e integra Carlos Gil<br />
<strong>da</strong> Escola Secundária Stuart Carvalhais,<br />
Joaquim Pereira <strong>da</strong> EB 1 nº 1 / 2 de<br />
Agualva, Maria Luisa Gomes <strong>da</strong> Escola<br />
Secundária Matias Aires e João Claro<br />
<strong>da</strong> Secundária de Mem Martins.<br />
Homero do Nascimento, <strong>da</strong> associação<br />
de pais <strong>da</strong> EB 2.3 Padre Alberto<br />
Neto, continua a presidir ao Conselho<br />
Fiscal de que fazem parte também<br />
Ana Paula Cardoso <strong>da</strong> EB 1/JI <strong>da</strong><br />
Abrunheira, Sónia Morgado <strong>da</strong> EB 2.3<br />
D. Carlos I, Sílvia Gouveia <strong>da</strong> EB 1/JI<br />
do Pendão e Fátima Guerra <strong>da</strong> EB 1/JI<br />
nº 1 <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong>s Minas.<br />
Em representação do Presidente <strong>da</strong><br />
Câmara Municipal de Sintra, esteve<br />
presente na cerimónia de posse o chefe<br />
de gabinete Nuno Lobo.
16 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e Beco<br />
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Três meses após assumir o cargo<br />
de Presidente <strong>da</strong> Junta de Freguesia<br />
de Queijas, Luís Lopes<br />
prepara-se para deitar «mãos às<br />
obras» agora que o Protocolo de<br />
Delegação de Competências está<br />
definido. As Áreas <strong>da</strong> Saúde, dos<br />
Espaços Verdes Públicos, <strong>da</strong> Terceira<br />
I<strong>da</strong>de são algumas <strong>da</strong>s preocupações<br />
deste executivo.<br />
O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) - Como<br />
estão a correr estes primeiros meses<br />
à frente <strong>da</strong> Junta de Freguesia de<br />
Queijas?<br />
Luís Lopes (L.L.) - Estão a decorrer<br />
bem! Dito desta forma simplista pode<br />
parecer uma frase feita, mas estão realmente<br />
a decorrer dentro <strong>da</strong>s nossas<br />
expectativas. Não tinha tido qualquer<br />
experiência autárquica a nível de presidência,<br />
apenas tinha tido a nível de<br />
executivo, e as coisas são completamente<br />
diferentes. As pessoas recorrem<br />
ao presidente <strong>da</strong> Junta, e é importante<br />
que assim seja, como alguém que ouve<br />
as suas preocupações. Até à <strong>da</strong>ta tem<br />
sido isso que temos vindo a fazer, uma<br />
vez que o Protocolo de Delegação de<br />
Competências esteve interrompido<br />
por força <strong>da</strong> lei, mas agora iremos<br />
voltar à azáfama <strong>da</strong>s obras. Como tal,<br />
estes primeiros três meses têm servido<br />
para estu<strong>da</strong>r o terreno e para ver<br />
como as coisas estavam.<br />
C.L. - E como estavam?<br />
L.L. - Estavam bem, não houve nesta<br />
Junta qualquer alteração de filosofia,<br />
eu já trabalhava com o anterior<br />
Presidente no âmbito <strong>da</strong> Assembleia<br />
de Freguesia, digamos que foi uma<br />
alteração na continui<strong>da</strong>de.<br />
C.L. - O último Presidente <strong>da</strong> Junta<br />
de Freguesia de Queijas é agora vere-<br />
Toma<strong>da</strong> de Posse de Luís Lopes<br />
Presidente Luís Lopes<br />
“Queijas tem uma grande identificação<br />
ador <strong>da</strong> Câmara Municipal de Oeiras<br />
(CMO). Sente o peso <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de<br />
nesta sucessão?<br />
L.L. - O anterior Presidente <strong>da</strong> Junta<br />
fez um excelente trabalho de proximi<strong>da</strong>de<br />
com o ci<strong>da</strong>dão mas não digo que<br />
haja um peso nessa matéria. Temos<br />
um estilo diferente, de certo modo<br />
acho que nos complementamos, mas<br />
o que é importante é que os objectivos<br />
que se atinjam sejam os mesmos.<br />
Se <strong>da</strong>qui a quatro anos, o objectivo<br />
for atingido como a Junta atingiu nos<br />
últimos quatro anos ficarei extraordinariamente<br />
satisfeito.<br />
C.L. - Quais têm sido as suas priori<strong>da</strong>des<br />
neste início de man<strong>da</strong>to?<br />
L.L. - Como lhe disse, tem sido inteirar-me<br />
de um conjunto de situações<br />
de que já se tinha conhecimento, mas<br />
que agora posso aprofun<strong>da</strong>r. Até à<br />
<strong>da</strong>ta não há nenhuma alteração substancial<br />
<strong>da</strong>quilo que era feito, mas claro<br />
que há um ou outro projecto novo<br />
que entretanto, foi implementado na<br />
Freguesia.<br />
C.L. - Como tem sido o diálogo com<br />
os partidos <strong>da</strong> oposição? Sente que<br />
estão todos a remar para o mesmo<br />
lado?<br />
L.L. - A função autárquica não é, ou<br />
não deve ser, uma função de grandes<br />
clivagens em termos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. É<br />
evidente que ca<strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de, movimen-<br />
Queijas é a única freguesia do país onde já é possível obter<br />
o Cartão do Ci<strong>da</strong>dão<br />
to ou partido terá o seu estilo e <strong>da</strong>rá<br />
priori<strong>da</strong>de às suas ideias, mas aquilo<br />
que é preciso fazer é reparar os buracos<br />
<strong>da</strong>s ruas, assegurar a manutenção<br />
dos jardins, dos polidesportivos... e<br />
nesses aspectos, não me parece que<br />
haja grandes clivagens partidárias.<br />
Nós estamos coligados com o PSD na<br />
Assembleia de Freguesia, o que faz<br />
com que detenhamos a maioria, mas<br />
mesmo que tal não acontecesse acredito<br />
que, salvo numa ou outra excepção,<br />
tudo seria aprovado. Que me lembre,<br />
no último man<strong>da</strong>to na<strong>da</strong> foi rejeitado,<br />
houve uma ou outra abstenção em<br />
algumas situações, mas<br />
não houve nenhuma<br />
votação que dividisse a<br />
Junta e originasse uma<br />
clivagem na Freguesia.<br />
C.L. - Tem dialogado<br />
com a população a fim<br />
de aferir as suas principais<br />
preocupações?<br />
L.L. - Tenho tentado<br />
estar presente na Junta<br />
de Freguesia o máximo<br />
de tempo possível, o<br />
que nem sempre é fácil<br />
porque não estou aqui<br />
a tempo inteiro, nem<br />
sequer a meio tempo.<br />
Mas, por hábito, atendo<br />
to<strong>da</strong>s as pessoas que me procuram, as<br />
pessoas vêm falar comigo sobretudo<br />
por causa dos problemas na sua rua,<br />
<strong>da</strong> garagem ou do canteiro, também<br />
há quem nos procure por causa de especifici<strong>da</strong>des<br />
ao nível <strong>da</strong>s associações,<br />
já reuni com to<strong>da</strong>s as forças vivas <strong>da</strong><br />
Freguesia e transmiti-lhes que, dentro<br />
<strong>da</strong>s nossas possibili<strong>da</strong>des financeiras,<br />
estamos disponíveis para aju<strong>da</strong>r.<br />
C.L. - Mesmo seguindo, como disse,<br />
uma linha de continui<strong>da</strong>de, o que<br />
mudou em Queijas nos últimos três<br />
meses?<br />
L.L. - Nesta primeira fase, temos<br />
apostado maioritariamente em dois<br />
projectos, um dos quais já vinha do<br />
anterior executivo. Há muito tempo<br />
que Queijas reclama a inexistência<br />
de uma Uni<strong>da</strong>de de Saúde Familiar,<br />
a Câmara Municipal já prometeu que<br />
fará essa Uni<strong>da</strong>de, mas só pode avançar<br />
quando o Ministério <strong>da</strong> Saúde lhe<br />
entregar o programa funcional. Há<br />
anos que an<strong>da</strong>mos neste impasse, situação<br />
que levou o anterior Presidente<br />
<strong>da</strong> Junta a solicitar ao Presidente <strong>da</strong><br />
Câmara a possibili<strong>da</strong>de de abrir em<br />
Queijas um Centro de Enfermagem.<br />
Esse centro deveria ter sido aberto<br />
no ano passado, mas não foi possível<br />
abri-lo nos timings previstos. Tivemos<br />
que redefinir to<strong>da</strong> a situação, o<br />
espaço que receberá esse Centro de<br />
Enfermagem está preparado,<br />
o projecto já está aprovado<br />
pelo Centro de Saúde e já só<br />
estou à espera dos projectos<br />
de especiali<strong>da</strong>de, para depois<br />
falar novamente com a Câmara<br />
Municipal.<br />
C.L. - Para quando está prevista<br />
a entra<strong>da</strong> em funcionamento<br />
desse Centro de<br />
Enfermagem?<br />
L.L. - Se as coisas correrem<br />
to<strong>da</strong>s dentro dos prazos previstos,<br />
acredito que poderá<br />
começar a funcionar no iní-<br />
cio do segundo trimestre, em<br />
Abril. A questão <strong>da</strong> Saúde,<br />
juntamente com os arranjos<br />
paisagísticos e a manutenção<br />
dos jardins públicos, foram os aspectos<br />
que a população mais rebateu ao<br />
longo <strong>da</strong> campanha eleitoral.<br />
C.L. - O Centro de Enfermagem será<br />
uma solução a prazo até à construção<br />
<strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de de Saúde Familiar ou<br />
poderão depois funcionar em paralelo?<br />
L.L. - Não vemos o Centro de Enfermagem<br />
como uma solução a prazo,<br />
mas sim como algo que vai de encontro<br />
às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> população.<br />
Hoje em dia, qualquer residente em<br />
Queijas tem que se deslocar ao Centro<br />
de Saúde de Carnaxide, mesmo que<br />
seja apenas para mu<strong>da</strong>r um<br />
penso. Como tal, a entra<strong>da</strong><br />
em funcionamento deste<br />
Centro de Enfermagem<br />
também irá aliviar o trabalho<br />
do Centro de Saúde<br />
de Carnaxide, uma vez que<br />
o congestionamento passa<br />
a ser menor. Acredito plenamente<br />
que o Centro de<br />
Enfermagem pode perfeitamente<br />
funcionar em paralelo<br />
com a Uni<strong>da</strong>de de<br />
Saúde Familiar até porque,<br />
não queremos que as valências<br />
desse Centro se fiquem<br />
por aí. Neste local realizarse-ão<br />
vários testes como,<br />
Saúde, Espaços Verdes Públicos e Terceira<br />
I<strong>da</strong>de são priori<strong>da</strong>des<br />
o do Pé Diabético, entre outros, que<br />
vão estar enquadrados neste Centro<br />
de Enfermagem.<br />
C.L. - Que outros projectos está a<br />
Junta de Freguesia desenvolver?<br />
L.L. - Estamos envolvidos num projecto<br />
de apoio às escolas, algo que já<br />
existia no man<strong>da</strong>to anterior e que está<br />
integrado no Protocolo de Delegação<br />
de Competências. Esse protocolo foi<br />
recentemente alargado. Nesse, bem<br />
como em outros aspectos a Câmara<br />
Municipal tem sido inexcedível e a<br />
lógica de funcionamento é que, dentro<br />
<strong>da</strong>s regras vigentes, não haja limite<br />
para aquilo que uma Junta de Freguesia<br />
poderá fazer. Teremos seguramente<br />
a possibili<strong>da</strong>de de gestão de alguns<br />
dos polidesportivos descobertos, o<br />
que em Queijas é interessante porque<br />
existe um polidesportivo com essas<br />
características no Parque Urbano <strong>da</strong><br />
Cheuny. Mas, como dizia, temos o<br />
projecto de todo o acompanhamento<br />
<strong>da</strong>s escolas, que já vinha do man<strong>da</strong>to<br />
anterior e que vai ser reforçado.<br />
C.L. - Como encontrou a Junta de<br />
Freguesia de Queijas a nível financeiro?<br />
L.L. - Já fazia parte <strong>da</strong> Assembleia de<br />
Freguesia pelo que já tinha noção do<br />
que ia encontrar. Esta é uma Junta de<br />
Freguesia pequena (até 10 mil eleitores),<br />
e que está perfeitamente apta<br />
para gerir aquelas que são as suas<br />
competências. De qualquer forma, o<br />
orçamento <strong>da</strong> Junta é bastante limitado,<br />
se não fosse o apoio <strong>da</strong> CMO<br />
e as obras feitas ao abrigo do Protocolo<br />
<strong>da</strong> Delegação de Competências,<br />
a nossa activi<strong>da</strong>de era seguramente<br />
mais limita<strong>da</strong>.<br />
Presidente quer manter os Espaços Verdes arranjados
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
própria”<br />
C.L. - Considera o Protocolo<br />
de Delegação de<br />
Competências suficientemente<br />
abrangente?<br />
L.L. - É abrangente e suficiente.<br />
Há limites a partir<br />
dos quais uma Junta<br />
de Freguesia tem dificul<strong>da</strong>des<br />
em executar mas<br />
também, não justifico<br />
a existência <strong>da</strong>s Juntas<br />
de Freguesia como concretizadoras<br />
de grandes<br />
obras. Essas pertencem<br />
à Câmara Municipal. A<br />
nós compete-nos resolver<br />
as pequenas obras<br />
de proximi<strong>da</strong>de, as situações<br />
do dia-a-dia que,<br />
em muitos casos, mais<br />
preocupam o ci<strong>da</strong>dão<br />
comum. Outra situação<br />
que gostaria de referenciar<br />
é o recenseamento<br />
na Junta de Freguesia<br />
onde se reside. Actualmente,<br />
estão recenseados<br />
nesta Junta cerca de<br />
8.900 eleitores para uma<br />
população residente<br />
nunca inferior a 12 mil<br />
pessoas. Estou convicto<br />
de que já temos na Freguesia mais de<br />
10 mil ci<strong>da</strong>dãos com capaci<strong>da</strong>de eleitoral,<br />
mas nem todos estão aqui recenseados.<br />
Com a introdução do Cartão<br />
O presente e o passado <strong>da</strong> Junta de Freguesia<br />
do Ci<strong>da</strong>dão deixou de se poder fazer<br />
recenseamento nas Juntas de Freguesia<br />
e foi, tendo por base a ideia de que<br />
o Cartão do Ci<strong>da</strong>dão será obrigatório<br />
a partir de 2012, que idealizámos um<br />
projecto pioneiro em Portugal. Assim,<br />
desde o início do ano que os ci<strong>da</strong>dãos<br />
com i<strong>da</strong>de igual ou superior a 55 anos<br />
têm a possibili<strong>da</strong>de de obter o Cartão<br />
do Ci<strong>da</strong>dão através <strong>da</strong> Junta de<br />
Freguesia de Queijas, enquanto que<br />
para os que têm menos de 55, fazemos<br />
Festa de Natal solidária com os idosos...<br />
“Queremos assegurar a componente paisagística na freguesia”<br />
marcação para a pessoa saber o dia<br />
e a hora em que pode ir fazer o seu<br />
cartão. Quanto aos ci<strong>da</strong>dãos com mais<br />
de 55 anos, o projecto começou por ser<br />
pensado para ser levado a cabo<br />
de 15 em 15 dias, depois semanalmente<br />
e agora, a partir de<br />
Fevereiro, será feito diariamente<br />
porque o projecto excedeu largamente<br />
as nossas expectativas.<br />
Esta é uma iniciativa que trará<br />
um claro benefício à população<br />
<strong>da</strong> Freguesia.<br />
C.L. - No início fez também<br />
referência à manutenção dos<br />
jardins públicos...<br />
L.L. - Exactamente, um dos<br />
motivos pelos quais as pessoas<br />
mais vêm falar connosco são os<br />
arranjos dos jardins públicos,<br />
estamos sensíveis aos pedidos<br />
que nos são feitos e tentaremos<br />
reforçar a manutenção desses<br />
espaços verdes, e também junto<br />
<strong>da</strong> CMO, para assegurar a componente<br />
paisagística <strong>da</strong> Freguesia.<br />
C.L. - Quais são as maiores carências<br />
desta Freguesia?<br />
L.L. - É fun<strong>da</strong>mentalmente a área <strong>da</strong><br />
saúde, como eu já referi. Esta Freguesia<br />
é um pouco sui generis, porque se<br />
trata de uma Freguesia do interior<br />
do cConcelho, concêntrica, em que<br />
tudo gira à volta de um pólo central<br />
localizado na zona <strong>da</strong> paróquia e do<br />
mercado. Lin<strong>da</strong>-a-Pastora tem carências<br />
de outra ordem<br />
porque se trata de uma<br />
população mais envelheci<strong>da</strong>,<br />
com zonas urbanas<br />
um pouco degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s. A<br />
Câmara Municipal prevê<br />
a criação de um Gabinete<br />
Técnico Local para a<br />
zona de Queijas e Lin<strong>da</strong>-a-Pastora<br />
de forma<br />
a iniciar a recuperação<br />
dos dois centros históricos.<br />
Em Lin<strong>da</strong>-a-Pastora<br />
merece destaque o projecto<br />
de relocalização dos<br />
Bombeiros Voluntários, o<br />
terreno já foi aprovado e<br />
estou em crer que, quan-<br />
do estes passarem para<br />
junto <strong>da</strong> Escola Cesário<br />
Verde, poder-se-á olhar<br />
para aquela zona em termos<br />
globais. De qualquer<br />
modo, há ali um conjunto<br />
de casas já identifica<strong>da</strong>s e<br />
que precisam de recuperação,<br />
a autarquia pode<br />
tentar adquirir algumas<br />
delas para Habitação Jovem,<br />
mas não é fácil. Uma<br />
coisa é certa, como a população<br />
de Lin<strong>da</strong>-a-Pastora<br />
é maioritariamente idosa,<br />
a introdução de jovens na<br />
zona iria revitalizar aquele<br />
centro.<br />
C.L. - E as principais<br />
mais-valias desta Freguesia,<br />
quais são?<br />
L.L. - É, fun<strong>da</strong>mentalmente,<br />
uma Freguesia com<br />
uma grande noção de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de<br />
entre si. Embora<br />
com 12 mil pessoas, esta<br />
Freguesia tem uma grande<br />
identificação própria que<br />
está relaciona<strong>da</strong> com a sua<br />
disposição concêntrica.<br />
Por outro lado, sinto que<br />
a população de Queijas e<br />
Lin<strong>da</strong>-a-Pastora, tem um<br />
grande disponibili<strong>da</strong>de<br />
para aju<strong>da</strong>r as forças vivas<br />
<strong>da</strong> Freguesia, não há<br />
conflitos latentes entre as<br />
várias instituições, respira-se<br />
aqui calma e tranquili<strong>da</strong>de.<br />
C.L. - Que projectos será necessário<br />
concretizar para se sentir realizado no<br />
final destes quatro anos de man<strong>da</strong>to?<br />
L.L. - Se <strong>da</strong>qui a<br />
quatro anos nós tivermosconseguido<br />
implementar os<br />
grandes projectos,<br />
nomea<strong>da</strong>mente na<br />
área <strong>da</strong> Saúde e<br />
<strong>da</strong> Terceira I<strong>da</strong>de,<br />
ficarei satisfeito.<br />
Existem dois lares<br />
em Queijas e queremos<br />
que exista,<br />
pelo menos, mais<br />
um para <strong>da</strong>r resposta<br />
ao envelhecimento<br />
gradual<br />
<strong>da</strong> população de<br />
Queijas e Lin<strong>da</strong>-<br />
Pastora. Sei que<br />
CL <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
...e com as crianças <strong>da</strong> freguesia<br />
Entrevista 17<br />
a CMO está atenta a este problema,<br />
mas não sei se esse projecto será uma<br />
reali<strong>da</strong>de já neste man<strong>da</strong>to. Mas, se<br />
pelo menos forem <strong>da</strong>dos os primeiros<br />
passos nesse sentido, já ficaria satisfeito.<br />
De momento, ain<strong>da</strong> é apenas<br />
isso, um projecto, mas já existe terreno<br />
para o receber, no espaço contíguo à<br />
Uni<strong>da</strong>de de Saúde Familiar. Se dentro<br />
de quatro anos tivermos a Freguesia<br />
de Queijas com, pelo menos, a mesma<br />
activi<strong>da</strong>de que tem agora, se a população<br />
reconhecer no actual Executivo<br />
os méritos que reconheceu ao anterior<br />
sentir-me-ei satisfeito.<br />
C.L. - Tem sido difícil conciliar esta<br />
nova função de Presidente de Junta<br />
com outras activi<strong>da</strong>des profissionais<br />
ou até familiares?<br />
L.L. - Não se pode dizer que tenha<br />
sido difícil até porque tenho um executivo<br />
que me complementa muito<br />
bem nessa e noutras matérias. A maior<br />
dificul<strong>da</strong>de nem é tanto a disponibili<strong>da</strong>de<br />
física mas mais a disponibili<strong>da</strong>de<br />
mental, isto é, não é tanto o<br />
tempo que se despende na activi<strong>da</strong>de<br />
de secretária mas sim na activi<strong>da</strong>de de<br />
rua, a presença física é ca<strong>da</strong> vez mais<br />
exigi<strong>da</strong> pela população.<br />
C.L. - Gostaria de deixar uma última<br />
palavra à população que reside e trabalha<br />
em Queijas?<br />
L.L. - Gostaria de lhes dizer que continuassem<br />
a contar com a Junta de<br />
Freguesia e com o seu Executivo e que<br />
nos continuassem a fazer chegar os<br />
seus problemas e preocupações porque,<br />
dentro <strong>da</strong>s nossas possibili<strong>da</strong>des,<br />
estamos sempre disponíveis para<br />
os resolver ou, pelo menos, para os<br />
transmitir a quem os possa resolver.<br />
Centro de Cultura e desporto – Organização Social dos Trabalhadores<br />
<strong>da</strong> Câmara Municipal de Oeiras e dos Serviços Municipalizados<br />
C.C.D. – 477<br />
FILIADO Nº 1911 DA F.P.C.C.R<br />
ASSEMBLEIA GERAL PARA ELEÇÕES DOS CORPOS GERENTES<br />
CONVOCATÓRIA<br />
Da harmonia com o preceituado nos artigos 17º e 18º dos Estatutos e nos artigos 11º e 20º do<br />
Regulamento Eleitoral, convoco a Assembleia Geral para a Eleição dos Corpos Gerentes do C.C.D para<br />
o quadriénio de 2010/2013 a realizar no dia 26 de Fevereiro de 2010, sexta-feira, na Sede do CCD no<br />
Bairro do Pombal, Rua Professor Mota Pinto, nº 2 A, em Oeiras.<br />
A Assembleia terá início às 9,00 horas e encerramento às 20 horas desse dia.<br />
De acordo com o Regulamento Eleitoral, o calendário para as eleições será o seguinte:<br />
- Os cadernos Eleitorais estarão expostos no CCD entre os dias 5 a 16 de Fevereiro de 2010, durante<br />
as horas de expediente.<br />
- O período para reclamações sobre possíveis irregulari<strong>da</strong>des nos cadernos Eleitorais, decorrerá entre<br />
os dias 5 e 11 de Fevereiro de 2010.<br />
- O prazo para apresentação de listas candi<strong>da</strong>tas, será até o dia 11 de Fevereiro de 2010.<br />
- O sorteio <strong>da</strong>s listas admiti<strong>da</strong>s, será no dia 18 de Fevereiro de 2010.<br />
Nota: A apresentação de listas de candi<strong>da</strong>tura terá de obedecer ao preceituado no Regulamento<br />
Eleitoral, que será entregue aos Sócios que o solicitarem, na secretaria do CCD.<br />
Oeiras, 26 de <strong>Janeiro</strong> de 2010.<br />
O Presidente <strong>da</strong> M.A.G.<br />
(Rui Manuel Diniz Silva Fanha Vicente)
18 Actual<br />
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Adeus amigos<br />
Figura por demais conheci<strong>da</strong> na Costa do Estoril,<br />
o antigo jornalista do jornal «A Zona», Bernardo<br />
Costa, faleceu no primeiro dia de 2010, aos 92 anos<br />
de i<strong>da</strong>de. Profissional exemplar, o Bernardo – e<br />
tratamo-lo assim pela amizade que nos unia – deixa<br />
um enorme legado não só no jornalismo como na<br />
música e na poesia.<br />
Outro amigo que partiu foi Acúrcio Carrelo, antigo<br />
hoquista do Paço de Arcos e guar<strong>da</strong>-redes <strong>da</strong> equipa<br />
do Futebol Clube do Porto, que fica para a história<br />
por ter sido o primeiro guar<strong>da</strong>-redes a ter marcado<br />
um golo de baliza a baliza.<br />
O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> teve oportuni<strong>da</strong>de de, em tempo<br />
útil, entrevistar estes dois grandes profissionais,<br />
<strong>da</strong>ndo destaque dos seus feitos e quali<strong>da</strong>des. Hoje,<br />
é com pesar que lamentamos o seu desaparecimento<br />
e apresentamos às duas famílias enluta<strong>da</strong>s os nossos<br />
mais sinceros pêsames.<br />
12x s/ juros*<br />
*TAEG: 11,96%<br />
CL <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Natal solidário na Junta<br />
de Freguesia de Queluz<br />
Em época natalícia, a Junta de Freguesia de Queluz organizou,<br />
uma vez mais, o Concurso de Presépios junto <strong>da</strong>s Escolas Básicas<br />
e Jardins de Infância <strong>da</strong> Freguesia de Queluz. A participação <strong>da</strong>s<br />
escolas superou as expectativas, nomea<strong>da</strong>mente pela originali<strong>da</strong>de<br />
e criativi<strong>da</strong>de na criação artesanal de vários trabalhos que tiveram<br />
a reciclagem como linha condutora.<br />
Na sequência desta acção teve lugar, no Salão Nobre dos Bombeiros<br />
Voluntários de Queluz, a Festa de Natal <strong>da</strong> Freguesia de Queluz<br />
com a actuação de vários números musicais e dramatizações <strong>da</strong>s<br />
crianças destas escolas. Nessa tarde de convívio foram também<br />
<strong>da</strong><strong>da</strong>s a conhecer as classificações dos concursos de presépios e entregues<br />
os diplomas e os prémios às várias escolas participantes.<br />
Foram ain<strong>da</strong> distribuídos lanches pelas crianças, com vários produtos<br />
alimentares comparticipados pela Junta de Freguesia de Queluz<br />
e ain<strong>da</strong> pelas empresas “Matutano” e “Nestlé”.<br />
Outra iniciativa <strong>da</strong> Junta de Freguesia de Queluz consistiu na<br />
distribuição, em Dezembro, pelos Queluzenses mais carenciados<br />
110 Cabazes de Natal na forma de senhas-cheque do “Pingo<br />
Doce”, no valor unitário de 55€ ca<strong>da</strong>, para aquisição de géneros<br />
alimentícios.<br />
Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de em Queluz<br />
A Junta de Freguesia de Queluz realizou, em parceria com alunos<br />
do 12º ano <strong>da</strong> Escola Secundária Stuart Carvalhais, de Massamá,<br />
e alunos do 12ºG <strong>da</strong> Escola Secundária Padre Alberto Neto, em<br />
Queluz, a recolha e bens que reverteram para os mais necessitados.<br />
A Campanha de Natal, denomina<strong>da</strong> «Aproxima-te», resulta de uma<br />
iniciativa de alunos do 12º G <strong>da</strong> Escola Secundária Padre Alberto<br />
Neto, que reverte em favor dos pobres e sem abrigo assistidos pela<br />
«Comuni<strong>da</strong>de Vi<strong>da</strong> e Paz».<br />
Os queluzenses foram generosos, sobretudo nas entregas feitas<br />
na Junta de Freguesia e nos Bombeiros Voluntários de Queluz,<br />
o que deixou as alunas envolvi<strong>da</strong>s no projecto muito contentes:<br />
“Normalmente só se pensa nos sem abrigo nesta época do ano e queremos<br />
contrariar essa tendência”, assegura Carolina Silva. Como tal, as<br />
jovens tencionam fazer mais campanhas de sensibilização e recolha<br />
de bens para os pobres e sem abrigo ao longo do ano lectivo.<br />
Por outro lado, no que respeita à Campanha de Natal «Uma Causa por<br />
uma Casa», organiza<strong>da</strong> por alunos do 12º ano <strong>da</strong> Escola Secundária<br />
Stuart Carvalhais de Massamá, a recolha de bens, que passou também<br />
pelas instalações <strong>da</strong> Junta de Freguesia de Queluz, reverteu a favor <strong>da</strong><br />
CATT - Centro de Alojamento Temporário de Tercena, que acolhe crianças<br />
e Jovens dos 4 aos 18 anos em situação de perigo, que lhes foram<br />
Tribunais de Famílias e Menores.<br />
Dos artigos doados, e após uma triagem de artigos adequados, foram<br />
entregues 1096 itens à CATT: 386 roupas, 24 sapatos, 135 acessórios, 296<br />
brinquedos, 43 jogos didácticos, 95 livros, 90 itens de material escolar, 22<br />
DVDs, e outros 5 itens indiferenciados. Em nome <strong>da</strong> Junta de Freguesia<br />
de Queluz, António<br />
Barbosa de Oliveira<br />
agradeceu a generosi<strong>da</strong>de<br />
de todos<br />
quanto contribuíram<br />
para o sucesso destas<br />
duas campanhas<br />
de Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de e<br />
louvou a iniciativa<br />
destes alunos dos 12º<br />
ano “por to<strong>da</strong> a sua<br />
boa vontade, dedicação<br />
e trabalho”.<br />
(N.º GRATUITO)<br />
Exemplo para um Preço de Ven<strong>da</strong> de 600 em 11 mensali<strong>da</strong>des de 50,00 com entra<strong>da</strong> obrigatória de 50 e pagamento de despesas de contrato e manutenção de 25 .<br />
À mensali<strong>da</strong>de<br />
acresce um fee de 0,50 . Montante Total Imputável ao Consumidor: 580,50 .<br />
TAN: 0%; TAEG: 11,96%. Crédito sujeito à aprovação pelo Cetelem. Mais informação junto do Cetelem cuja<br />
activi<strong>da</strong>de se encontra autoriza<strong>da</strong> pelo Banco de Portugal e está sujeita aos seus poderes de supervisão.
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Exposição<br />
no Palácio<br />
Egipto<br />
«A Arte de Saber-Fazer: do Palácio<br />
às Oficinas» é o título que, desde<br />
21 de <strong>Janeiro</strong>, está patente no<br />
Centro Cultural Palácio do Egipto,<br />
em Oeiras.<br />
A cerimónia de inauguração contou<br />
com uma demonstração <strong>da</strong>s<br />
Oficinas de Talha e de Embutidos<br />
pelos Mestres <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Ricardo<br />
do Espírito Santo Silva (FRESS),<br />
instituição responsável pela produção<br />
e pela realização desta exposição.<br />
Patente até 31 de Março, a exposição<br />
pode ser visita<strong>da</strong> pelo público<br />
de terça-feira a domingo, <strong>da</strong>s 11h30<br />
às 18h00 e na última sexta-feira de<br />
ca<strong>da</strong> mês, <strong>da</strong>s 11h30 às 24h00.<br />
A exposição pretende mostrar a<br />
história <strong>da</strong> FRESS, passando pela<br />
apresentação do Fun<strong>da</strong>dor enquanto<br />
coleccionador e mecenas; pelo<br />
Museu e a sua rara colecção temática;<br />
mostrar a arte de saber-fazer<br />
e ensinar preserva<strong>da</strong> por mãos de<br />
mestres nas Oficinas, impedindo o<br />
seu desaparecimento; e, <strong>da</strong>r destaque<br />
aos produtos finais saídos <strong>da</strong>s<br />
oficinas que são autênticas obras<br />
de arte.<br />
Com esta exposição, a Câmara Municipal<br />
de Oeiras procura alertar<br />
para a urgência de preservar, salvaguar<strong>da</strong>r<br />
e divulgar o Património<br />
Imaterial Português do saber-fazer<br />
nas artes decorativas que a<br />
Fun<strong>da</strong>ção tem sabido manter e<br />
transmitir ao longo dos últimos 55<br />
anos.<br />
De referir também que a FRESS<br />
é uma instituição de direito privado<br />
de utili<strong>da</strong>de pública, cria<strong>da</strong><br />
em 1953 pelo Estado, resultante<br />
<strong>da</strong> doação do Palácio Azurara e<br />
de uma colecção de artes decorativas<br />
por Ricardo do Espírito Santo<br />
Silva. Tem por missão a defesa,<br />
promoção e transmissão <strong>da</strong> arte de<br />
saber-fazer nas artes decorativas<br />
– património móvel e integrado<br />
– nas suas vertentes museológicas,<br />
académicas, oficinais e de conservação<br />
e restauro.<br />
Balão Azul celebrou Natal<br />
«A Quinta» foi o tema que serviu de<br />
mote à realização <strong>da</strong> Festa de Natal do<br />
Balão Azul, uma iniciativa de convívio<br />
que decorreu nas instalações <strong>da</strong>quele<br />
Externato, dirigido por Cecília Araújo.<br />
No passado dia 19 de Dezembro, a<br />
Junta de Freguesia de Monte Abraão<br />
(J.F.M.A) realizou a tradicional Festa de<br />
Natal Intergeracional, dedica<strong>da</strong> a to<strong>da</strong>s<br />
as crianças e idosos <strong>da</strong> Freguesia. O<br />
evento decorreu no Salão Paroquial <strong>da</strong><br />
Igreja de Nossa Sra. <strong>da</strong> Fé, em Monte<br />
Abraão, e contou com a participação<br />
do Pai Natal e do apresentador José<br />
Figueiras.<br />
Perante a presença de mais de 350 crianças<br />
e idosos, a tarde decorreu de forma<br />
muito alegre e anima<strong>da</strong>, ao som dos<br />
acarinhados grupos <strong>da</strong> nossa Freguesia,<br />
Na presença de inúmeros pais e familiares<br />
embevecidos, a festa começou com<br />
as boas vin<strong>da</strong>s <strong>da</strong><strong>da</strong>s pelos mais pequeninos,<br />
que deram corpo e voz ao presépio<br />
humano do Balão Azul.<br />
Actual 19<br />
Apresenta<strong>da</strong> em forma<br />
de teatro, a festa<br />
procurou depois retratar<br />
uma peça em<br />
que três irmãos vão<br />
passar as férias de<br />
Natal com os avós à<br />
quinta.<br />
Esse foi o mote para<br />
grandes e pequenos<br />
se vestirem de animais,<br />
espantalhos<br />
piratas, Emílias, frutas,<br />
robots, princesas,<br />
bonecos de neve, presentes<br />
e renas.<br />
Para terminar a festa<br />
em grande, alguns<br />
dos alunos mais velhos mascararamse<br />
de Pai Natal, boneco de neve e urso<br />
e distribuíram presentes por todos os<br />
que marcaram presença no animado<br />
evento.<br />
Junta de Freguesia de Monte Abraão<br />
organizou Festa Intergeracional<br />
Grupo Coral Flores do Monte, Grupo<br />
Coral Infanto-Juvenil Sementinhas,<br />
Orquestra Juvenil Heróis <strong>da</strong> Música e<br />
Ban<strong>da</strong> Filarmónica de Monte Abraão.<br />
A peça de Natal, apresenta<strong>da</strong> pelo<br />
Grupo de Teatro Além Sonho, fez as<br />
delícias dos mais novos e não só, bem<br />
como as poesias de Natal recita<strong>da</strong>s<br />
por um residente <strong>da</strong> Freguesia, Nuno<br />
Pascoal. No final <strong>da</strong> festa, to<strong>da</strong>s as<br />
crianças receberam uma surpresa <strong>da</strong><br />
J.F.M.A, pela sua Presidente, Fátima<br />
Campos. Neste âmbito, a Junta contou<br />
com o apoio de: Alta Visão, Arcanjos,<br />
COMPAL, D.K.K-Construção Civil<br />
e Obras Públicas, Farmácia Portela,<br />
Farmácia Baião Santos, Farmácia<br />
Vasconcelos, Fitisan, Modelo Bonjour,<br />
Pastelaria Bom Fabrico, Panificadora<br />
Reuni<strong>da</strong> de Queluz, António Filipe,<br />
Alexandre Coelho, Cândido Serra,<br />
Horácio Patrão, Pastelaria Man<strong>da</strong>rina<br />
e Joma-Juventude Operária de Monte<br />
Abraão.<br />
Por outro lado, J.F.M.A quis também<br />
reforçar o apoio psicossocial às famílias<br />
mais desfavoreci<strong>da</strong>s, oferecendo cerca<br />
de 250 cabazes de Natal compostos por<br />
bacalhau, azeite, óleo, frutos secos, ananás,<br />
ovos, açúcar, farinha, leite, bolo-rei<br />
e alho.<br />
Para além <strong>da</strong> Junta de Freguesia, a iniciativa<br />
teve o contributo de Regimento<br />
de Artilharia Anti-Aérea N.º1 de<br />
Queluz, D.K.K-Construção Civil e<br />
Modelo Bonjour de Monte Abraão que<br />
tornaram os cabazes ain<strong>da</strong> mais recheados<br />
com géneros alimentares, roupas,<br />
brinquedos e jogos didácticos para os<br />
mais pequenos.
20 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R.<br />
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Aju<strong>da</strong>nte-técnica de Farmácia<br />
durante grande parte <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong><br />
profissional, Fernan<strong>da</strong> de Carvalho<br />
Dias encontrou nas artes<br />
plásticas e decorativas uma forma<br />
de manter a mente sã quando<br />
ficou com (demasiado) tempo<br />
livre após ser reforma<strong>da</strong> ain<strong>da</strong><br />
nova. Hoje, com 89 anos, os dedos<br />
trémulos limitam-lhe o traço<br />
do pincel mas não o desejo de<br />
continuar a fazer malas, para si<br />
e para os seus. Para trás, ficou<br />
também uma vi<strong>da</strong> dividi<strong>da</strong> por<br />
Portugal, Moçambique e África<br />
do Sul, tendo sido no concelho<br />
de Oeiras que encontrou o seu<br />
porto de abrigo.<br />
O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) - Há quanto<br />
tempo faz estas carteiras?<br />
Fernan<strong>da</strong> de Carvalho Dias (F.C.D.)<br />
- Comecei a faze-las sensivelmente<br />
por ocasião <strong>da</strong> Revolução dos Cravos,<br />
quando morava em Lourenço Marques,<br />
Moçambique. [Apontando para uma<br />
carteira] Lembro-me perfeitamente de<br />
fazer esta carteira, do reboliço que havia<br />
nas ruas pelo que se estava a passar<br />
em Lisboa. Recordo-me que estava<br />
«refugia<strong>da</strong>» em minha casa, não por<br />
medo mas por obrigação, quando fiz<br />
esta mala que, por isso mesmo, tem<br />
história!<br />
C.L. - O que a levou a fazer carteiras<br />
de senhora?<br />
F.C.D. - O facto de eu ter jeito para trabalhos<br />
manuais! [risos] Inventei um<br />
modelo e, baseando-me sempre nele,<br />
comecei a fazer umas carteirinhas para<br />
me distrair e para oferecer a algumas<br />
familiares e amigas.<br />
Fernan<strong>da</strong> de Carvalho Dias<br />
Aos 89 anos faz carteiras exclusivas<br />
C.L. - Que modelo é esse?<br />
F.C.D. - É um modelo com um feitio inventado<br />
por mim e que forma uma carteira<br />
muito bonita. Para chegar a este<br />
formato pus pregas aqui e acolá e depois<br />
alinhavei-a com alfinetes. São malas<br />
muito duradouras, esta que tenho<br />
aqui à minha frente foi feita na época<br />
<strong>da</strong> Revolução dos Cravos e, como vê,<br />
continua impecável.<br />
C.L. - Nunca pensou levar este hobbie<br />
mais a sério?<br />
F.C.D. - Honestamente não, mas prezo<br />
muito aquilo que faço. Além <strong>da</strong>s malas<br />
também gosto de pintar porcelana,<br />
há alguns anos tive oportuni<strong>da</strong>de<br />
de pintar um gomil pelo qual já me<br />
ofereceram muito dinheiro e eu não<br />
o quis vender porque prezo muito os<br />
trabalhos que faço e, como felizmente<br />
não preciso desses dinheiro para viver<br />
porque sou funcionária pública aposenta<strong>da</strong>,<br />
não os vendo porque a minha<br />
reforma basta-me para assegurar a minha<br />
subsistência.<br />
C.L. – Cria estas malas apenas pelo<br />
prazer e pela distracção...<br />
F.C.D. - Sim, por ser algo que gosto de<br />
fazer e de oferecer aos<br />
que me são chegados.<br />
Ain<strong>da</strong> recentemente<br />
fiz duas malas, uma<br />
para ca<strong>da</strong> bisneta.<br />
Além disso, a minha<br />
filha tem quatro carteiras,<br />
a minha neta<br />
mais velha também<br />
tem três ou quatro,<br />
é algo que faço com<br />
muito carinho...<br />
C.L. - Em que se inspira<br />
para as fazer? É<br />
uma mera autodi<strong>da</strong>cta?<br />
F.C.D. - São fruto <strong>da</strong><br />
minha imaginação.<br />
Inicialmente pensava<br />
fazer uma carteira<br />
em pano, comecei por<br />
fazer um esboço em<br />
papel e depois tentei experimentar em<br />
tecido, ain<strong>da</strong> num formato pequeno,<br />
mas vi que <strong>da</strong>va resultado! Foi então<br />
que comecei a faze-las maiores e ain<strong>da</strong><br />
melhores resultados deu!<br />
C.L. - Hoje em dia continua a fazer<br />
malas com regulari<strong>da</strong>de?<br />
F.C.D. - Sim, apesar de estar prestes<br />
a completar 89 anos continuo a fazer<br />
algumas malas. Como disse anteriormente,<br />
ain<strong>da</strong> recentemente ofereci uma<br />
carteira a ca<strong>da</strong> bisneta e o que é curioso<br />
é que o pano com que eu fiz as carteiras<br />
veio de Lourenço Marques.<br />
C.L. - As bisnetas, as netas e a filha<br />
usam com regulari<strong>da</strong>de as malhas<br />
que lhes oferece?<br />
F.C.D. - Sim, a minha<br />
filha em vez de uma<br />
tem quatro, duas de<br />
Inverno e duas de<br />
Verão. A minha neta<br />
também tem quatro,<br />
uma delas bastante<br />
grande para levar as<br />
coisas para a praia. As<br />
carteiras têm bastante<br />
utili<strong>da</strong>de...<br />
C.L. - Também costuma<br />
receber elogios<br />
de amigas ou curiosas<br />
que reparam nas<br />
malas?<br />
F.C.D. - Sim, na generali<strong>da</strong>de<br />
as pessoas<br />
que reparam gostam<br />
A pintura era uma <strong>da</strong>s suas paixões<br />
muito e dizem-me que são muito bonitas.<br />
Já aconteceu amigas próximas quererem<br />
uma carteirinha, arranjam-me<br />
um tecido ao seu gosto e eu faço-lhes a<br />
carteira. É uma maneira de me distrair<br />
como outra qualquer.<br />
C.L. - Fale-nos um pouco <strong>da</strong> sua paixão<br />
pela pintura...<br />
F.C.D. - Adoro pintar, sobretudo porcelana<br />
e pintura a óleo. Ca<strong>da</strong> área tem as<br />
suas características e o prazer de ser feito.<br />
Tenho trabalhos muito minuciosos,<br />
que foram feitos com grande agrado e<br />
carinho.<br />
C.L. - Pinta há muito tempo?<br />
F.C.D. - Comecei a pintar quando vim<br />
de Lourenço Marques. Voltei para Portugal<br />
há cerca de 33/34 anos e, como<br />
durante algum tempo estive sem trabalhar,<br />
resolvi matar o meu tempo<br />
livre dessa forma. Só mais tarde é que<br />
a minha situação como funcionária<br />
ficou defini<strong>da</strong>.<br />
C.L. - Que fazia profissionalmente?<br />
F.C.D. - Comecei a minha vi<strong>da</strong> profissional<br />
em 1943 e, trabalhei, desde<br />
sempre, em Farmácia mas quando vim<br />
para Portugal tive de aceitar o primei-<br />
ro emprego que apareceu. Durante<br />
algum tempo fui caixa no Café Picasso,<br />
que pertencia a umas pessoas que<br />
havia conhecido em Lourenço Marques.<br />
Na área de Farmácia comecei<br />
como praticante, passei depois para<br />
aju<strong>da</strong>nte e finalmente para aju<strong>da</strong>ntetécnica.<br />
Passei pelas três posições mas<br />
a que mais me interessava era a última<br />
pois <strong>da</strong>va-me acesso à farmácia propriamente<br />
dita. Enquanto morei em<br />
Moçambique fui funcionária pública<br />
na farmácia <strong>da</strong> Câmara porque eu já<br />
estava devi<strong>da</strong>mente encarta<strong>da</strong>. A minha<br />
profissão dependia muito do meu<br />
registo de prática para subir de categoria<br />
e, a <strong>da</strong><strong>da</strong> altura, trabalhei também<br />
em farmácias particulares mas<br />
depois ofereceram-me a possibili<strong>da</strong>de<br />
de chefiar a farmácia do posto médico<br />
<strong>da</strong> Câmara e optei por aceitar.<br />
C.L. - Ficou contente por voltar para<br />
Portugal?<br />
F.C.D. - Não, de todo, senti-me muito<br />
triste. Convém no entanto realçar que<br />
quando saí de Lourenço Marques fui<br />
para a África do Sul para onde anteriormente<br />
tinha ido a minha filha com<br />
o meu genro e as minhas netas. Estive<br />
lá quatro anos e meio e só depois voltei<br />
para Lisboa, em 1977.<br />
C.L. - O que fazia na África do Sul?<br />
F.C.D. - Estava em casa <strong>da</strong> minha filha,<br />
apenas e só! A minha filha trabalhava,<br />
o meu genro também, e eu ficava em<br />
casa a tomar conta <strong>da</strong>s netas. Entre-<br />
Com 14 anos<br />
Algumas <strong>da</strong>s suas criações exclusivas Com a sua filha<br />
tanto, o meu marido havia voltado<br />
para Lisboa para casa de uma filha<br />
do seu primeiro casamento, eu fiquei<br />
em Joanesburgo em casa <strong>da</strong> minha<br />
filha mas mais tarde acabei por voltar<br />
definitivamente para Lisboa.<br />
C.L. - Porque não continuou liga<strong>da</strong><br />
à área farmacêutica quando voltou<br />
a Portugal?<br />
F.C.D. - Porque tive muita dificul<strong>da</strong>de<br />
em arranjar os documentos que<br />
atestavam que eu era quem dizia ser.<br />
A pouco e pouco, fui arranjando os<br />
documentos relativos à minha situação<br />
mas ain<strong>da</strong> demorou bastante.<br />
Uma <strong>da</strong>s pessoas que abonou à minha<br />
identi<strong>da</strong>de foi Guilherme José de<br />
Melo, jornalista e figura de proa em<br />
Lourenço Marques. O Dr. Duarte de<br />
Carvalho, que era o Chefe dos Serviços<br />
Centrais e Culturais <strong>da</strong> Câmara<br />
Municipal de Lourenço Marques, foi<br />
outra <strong>da</strong>s personali<strong>da</strong>des que fez prova<br />
de que eu trabalhava, de facto, na<br />
farmácia <strong>da</strong> câmara.<br />
C.L. - Voltou nessa altura a trabalhar<br />
na função pública...<br />
F.C.D. - Nunca cheguei a trabalhar cá<br />
na função pública porque foi aceite a<br />
minha aposentação como funcionária<br />
pública, passei à reforma bastante<br />
cedo.<br />
C.L. - Actualmente, como passa os<br />
seus dias?<br />
F.C.D. - Houve uma altura em que<br />
vinha para o restaurante [Casa dos<br />
Cacetes] aju<strong>da</strong>r a minha filha e distraía-me<br />
por aqui. Sempre fui uma<br />
pessoa muito dinâmica, que gostava<br />
de estar ocupa<strong>da</strong>, e quando me reformei<br />
passei por um período de grande<br />
tristeza. Custou-me bastante habituar<br />
a Portugal, gostava muito de Lourenço<br />
Marques e tive imensa pena de me<br />
ter vindo embora.
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
C.L. - Quantos anos esteve em Lourenço<br />
Marques?<br />
F.C.D. - Já tinha 44 anos quando fui<br />
para lá. Parti à aventura, a África sempre<br />
me fascinou, era como que uma<br />
caixa fecha<strong>da</strong> e eu queria descobrir<br />
os segredos que ela continha. E só não<br />
fui mais cedo porque antigamente só<br />
se podia ir com carta de chama<strong>da</strong> e,<br />
enquanto esse requisito foi exigido,<br />
nunca pude ir para lá mas assim que<br />
isso foi abolido fui imediatamente<br />
para lá. Mas as melhores recor<strong>da</strong>ções<br />
que guardo <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong> foram passa<strong>da</strong>s<br />
em Lourenço Marques, as de<br />
Portugal são um pouco mais tristes.<br />
C.L. - Voltando à sua paixão pelas<br />
artes plásticas e decorativas, chegou<br />
a participar em alguma exposição?<br />
F.C.D. - Sim, participei em várias<br />
exposições colectivas com os meus<br />
trabalhos de pintura em porcelana.<br />
Fiz várias aqui no concelho de Oeiras,<br />
nomea<strong>da</strong>mente no Salão do Clube<br />
Desportivo de Paço de Arcos, também<br />
expus no Palácio dos Anjos, em<br />
Algés, em Lisboa ou em Évora, por<br />
exemplo.<br />
C.L. - Hoje em dia continua a pintar?<br />
F.C.D. - Não, com grande pena minha<br />
já não consigo porque tenho as mãos<br />
muito trémulas, não consigo ter o traço<br />
que é necessário para pintar como<br />
pintava. Hoje em dia, apenas continuo<br />
a fazer as carteiras, que demoram bastante<br />
tempo até estar prontas porque<br />
os traços são todos feitos com alfinetes.<br />
É preciso uma persistência e uma<br />
força de vontade muito grande, estou<br />
inclusivamente a ficar com o dedo do<br />
de<strong>da</strong>l um pouco torto por causa <strong>da</strong>s<br />
carteiras, estou a ficar com defeitos de<br />
velhice! [risos]<br />
C.L. - Fazendo uma retrospectiva<br />
<strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>, e sabendo o que sabe<br />
hoje, teria apostado mais profissionalmente<br />
na sua veia artística?<br />
F.C.D. - Gostava muito de ter envere<strong>da</strong>do<br />
pelas artes decorativas, sim,<br />
mas também adoro a minha profissão.<br />
C.L. - Além <strong>da</strong> pintura e <strong>da</strong>s malas,<br />
sei também que é uma aficiona<strong>da</strong><br />
de ciclismo...<br />
F.C.D. - [risos] É ver<strong>da</strong>de, adorava<br />
ter tido a oportuni<strong>da</strong>de de praticar<br />
ciclismo mas nunca me ensinaram a<br />
an<strong>da</strong>r de bicicleta. Daquilo que vejo e<br />
via na televisão sou uma grande fã do<br />
Alves Barbosa, que era natural <strong>da</strong> minha<br />
terra, e hoje em dia gosto muito<br />
do americano [Lance] Armstrong, que<br />
ganhou sete vezes a Volta a França,<br />
gosto muito <strong>da</strong> maneira como ele está<br />
no ciclismo actual.<br />
C.L. - Reside em Paço de Arcos, o<br />
que mais e menos gosta nesta freguesia?<br />
F.C.D. - É uma vila muito sossega<strong>da</strong>,<br />
pacata, onde nunca tenho necessi<strong>da</strong>de<br />
de vir à janela ver o que se está<br />
a passar.<br />
C.L. - Entre Moçambique, África do<br />
Sul e Portugal, em qual dos países<br />
mais gostou de viver?<br />
F.C.D. - Moçambique, sem dúvi<strong>da</strong>! A<br />
terra que mais me diz e <strong>da</strong> qual tenho<br />
mais sau<strong>da</strong>des é Lourenço Marques.<br />
Felizmente tive a possibili<strong>da</strong>de de<br />
viajar bastante e de conhecer o Norte<br />
de África, nomea<strong>da</strong>mente Casablanca<br />
(Marrocos), Espanha e vários locais<br />
de Portugal. Lembro-me de entrar em<br />
Espanha pelo Minho, por Trancoso e<br />
por Vila Real de Santo António, fui<br />
várias vezes a Espanha e gosto muito<br />
do país irmão. Também tive oportuni<strong>da</strong>de<br />
de ir ao Brasil, nomea<strong>da</strong>mente a<br />
ilha Fernando de Noronha que é lindíssima<br />
e que inclusivamente é desconheci<strong>da</strong><br />
para muitos brasileiros.<br />
Motards Cristãos dão alegria<br />
A Associação de Motociclistas Cristãos<br />
de Portugal (AMCP) participou,<br />
no âmbito <strong>da</strong> quadra natalícia, numa<br />
acção de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de com cerca de<br />
25 crianças <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção António Luís<br />
de Oliveira (ALO), uma IPSS que acolhe<br />
fratrias de ambos os sexos, dos 3<br />
aos 18 anos de i<strong>da</strong>de, provenientes de<br />
famílias desestrutura<strong>da</strong>s e que tem<br />
por objectivo prestar assistência, educação<br />
e formação.<br />
Situa<strong>da</strong> em Lisboa, a Fun<strong>da</strong>ção é o lar<br />
de cerca de três dezenas de crianças,<br />
desde os muito jovens até aqueles que<br />
já estão no limiar <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de adulta.<br />
“São rapazes e raparigas encontram na<br />
ALO o abrigo que lhes foi negado por<br />
uma socie<strong>da</strong>de muito preocupa<strong>da</strong> consigo<br />
mesma e pouco solidária com os mais desfavorecidos”,<br />
conta-nos José Barreira,<br />
<strong>da</strong> direcção <strong>da</strong> AMCP.<br />
Embora todos os membros <strong>da</strong> AMC<br />
considerem que o Natal é uma época<br />
em que se deveria falar sobre Jesus,<br />
foi vestidos de Pai Natal que se<br />
apresentaram na ALO para gáudio <strong>da</strong><br />
pequena<strong>da</strong>.<br />
Ain<strong>da</strong> os motards não tinham desligado<br />
os motores <strong>da</strong>s suas “renas” e<br />
já se ouvia – e sentia - o desassossego<br />
que crescia nos três an<strong>da</strong>res ocupados<br />
pela associação. Nas várias janelas do<br />
prédio surgiam todo o tipo de cabeças<br />
ornamenta<strong>da</strong>s com enormes sorrisos e<br />
gritos de alegria.<br />
Coube à direcção <strong>da</strong> associação fazer<br />
a apresentação do local e, de segui<strong>da</strong>,<br />
os motards dirigiram-se para a estra<strong>da</strong><br />
guiados por uma patrulha <strong>da</strong> PSP que a<br />
ALO tinha solicitado para aju<strong>da</strong>r no estacionamento<br />
e na viagem entre Lisboa<br />
e Cascais, onde o trânsito <strong>da</strong> Marginal<br />
foi desviado por dois batedores <strong>da</strong> polícia<br />
seguidos de vinte Pais Natal!<br />
O destino foi um campo de futebol interior<br />
de um dos membros <strong>da</strong> APO na<br />
Quinta <strong>da</strong> Beloura onde a juventude,<br />
e não só, deram largas ao entusiasmo.<br />
As equipas eram forma<strong>da</strong>s por crianças,<br />
adultos, motards e mais alguns<br />
convi<strong>da</strong>dos. Umas com 10 elementos,<br />
outras com muito mais, uns a jogar<br />
para o lado que desse mais jeito, outros<br />
a jogarem para qualquer lado (o que<br />
interessava era marcar) gritaria, correria,<br />
suor e muito, muito esforço. Enfim,<br />
uma festa!<br />
Depois veio o almoço onde as crianças<br />
só tiveram que comer e beber. Os motards<br />
estavam lá para as servir! A seguir à<br />
bela refeição houve lugar à entrega <strong>da</strong>s<br />
pren<strong>da</strong>s onde todos tiveram direito ao<br />
seu presente incluindo os «Pais Natais»<br />
que receberam de ca<strong>da</strong> criança uma<br />
lembrança feita por eles.<br />
Até que veio a hora <strong>da</strong> pergunta que<br />
faz acelerar os pequenos corações, criar<br />
faces rosa<strong>da</strong>s e construir enormes sorrisos:<br />
“Quem quer ir an<strong>da</strong>r de mota?”<br />
A resposta foi <strong>da</strong><strong>da</strong> por uma correria<br />
totalmente descontrola<strong>da</strong> em que o objectivo<br />
era chegar em primeiro lugar à<br />
fila para os pretendentes a<br />
penduras.<br />
De um lado estavam enormes<br />
olhos que cobiçavam<br />
o brilho <strong>da</strong>s máquinas, do<br />
outro um grupo de nervosos<br />
motards prestes a receber<br />
uma chuva de crianças.<br />
No meio de enorme alarido<br />
e gritos de “eu vou naquela!”,<br />
“aquela é para mim!”<br />
e “eu estava à tua frente,<br />
eu estava à tua frente!” as<br />
educadoras conseguiram<br />
pôr as crianças a formarem<br />
fila única <strong>da</strong>ndo inicio ao<br />
passeio, sempre dentro <strong>da</strong><br />
proprie<strong>da</strong>de do campo de futebol.<br />
No final do dia vieram as despedi<strong>da</strong>s<br />
em que foram trocados abraços, beijos e<br />
votos de um futuro mais risonho. A direcção<br />
<strong>da</strong> ALO não quis partir sem deixar<br />
uma palavra de apoio e satisfação<br />
pela iniciativa. Foi a vez dos cumprimentos<br />
dos agradecimentos e também<br />
<strong>da</strong>s lágrimas e <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong>de em falar.<br />
Preocupados em como seria a reacção<br />
<strong>da</strong>s crianças, principalmente em alguns<br />
casos mais problemáticos, os motards<br />
viam agora que não havia razão para<br />
tal. Onde antes havia escuridão havia<br />
agora, nem que fosse só por um dia,<br />
luz, paz e amor.<br />
Convi<strong>da</strong>do a fazer um balanço <strong>da</strong> iniciativa,<br />
José Barreira referiu: “A Ma<strong>da</strong>lena,<br />
uma <strong>da</strong>s directoras <strong>da</strong> ALO, disse-nos á<br />
despedi<strong>da</strong> para voltarmos para o ano.<br />
Recusámos! Um pouco espanta<strong>da</strong> perguntou-nos<br />
porquê: «Temos que ir a outras<br />
crianças que não nos conhecem e que<br />
nunca ouviram falar do Amor de Jesus.<br />
Temos que tocar outras vi<strong>da</strong>s e trazer mais<br />
Entrevista 21<br />
sorrisos a Deus.» Com um forte abraço<br />
despediu-se com um «Bem-haja e saibam<br />
que a nossa casa será sempre a vossa casa!»<br />
É o que acontece a quem busca primeiro<br />
o reino de Deus. De moto? Sim, sempre<br />
de moto”, conclui.
22 Previsões para Fevereiro<br />
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Carneiro<br />
Carta do Mês: 7 de Espa<strong>da</strong>s, que significa Novos Planos, Interferências.<br />
Amor: Deverá adoptar uma nova atitude a este nível para superar as provas com<br />
que se pode ter de deparar.<br />
Saúde: Procure dormir mais horas pois estará com maior susceptibili<strong>da</strong>de a sofrer de dores de<br />
cabeça.<br />
Dinheiro: Procure <strong>da</strong>r um novo impulso à sua vi<strong>da</strong> profissional, diversifique as suas fontes de<br />
rendimentos.<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 57<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11<br />
Gémeos<br />
Carta do Mês: O Mágico, que significa Habili<strong>da</strong>de.<br />
Amor: O seu charme e simpatia possibilitam-lhe alcançar a harmonia afectiva à<br />
sua volta.<br />
Saúde: Não tenha medo de aceitar aquilo que lhe parece novo ou diferente. É essa mu<strong>da</strong>nça que<br />
lhe vai permitir evoluir.<br />
Dinheiro: Deixe os seus investimentos <strong>da</strong>rem frutos.<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 1<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13<br />
Leão<br />
Carta do Mês: Rei de Ouros, que significa Inteligente, Prático.<br />
Amor: Reconheça que ninguém consegue dominar as suas emoções em todos os<br />
momentos e não se recrimine quando não reage como gostaria. Admitir que não é<br />
perfeito é o primeiro passo para se sentir em paz.<br />
Saúde: Cui<strong>da</strong>do com as que<strong>da</strong>s, an<strong>da</strong> muito distraído.<br />
Dinheiro: Tudo irá correr pelo lado mais favorável neste sector.<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 78<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15<br />
Balança<br />
Carta do Mês: 4 de Paus, que significa Ocasião Inespera<strong>da</strong>, Amizade.<br />
Amor: É importante agir no momento certo, enfrentar os problemas sem lhes <strong>da</strong>r<br />
demasiado valor.<br />
Saúde: Procure com mais regulari<strong>da</strong>de o seu médico assistente.<br />
Dinheiro: Não é o momento ideal para contrair nenhum empréstimo.<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 26<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17<br />
Sagitário<br />
Carta do Mês: A Lua, que significa Falsas Ilusões.<br />
Amor: Este é um momento favorável para a conquista.<br />
Saúde: Vigie o seu estômago.<br />
Dinheiro: Observe e oiça o que o rodeia, procure conhecer e experimentar sempre mais, tome<br />
uma atitude perante as situações!<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 18<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 19<br />
Aquário<br />
Carta do Mês: Cavaleiro de Espa<strong>da</strong>s, que significa Guerreiro, Cui<strong>da</strong>do.<br />
Amor: Lembre-se que estamos sempre a tempo de começar de novo, de fazer mu<strong>da</strong>nças,<br />
vencer o mau humor, as frustrações e a impaciência.<br />
Saúde: Está mais sujeito a dores de garganta.<br />
Dinheiro: Tenha força para agarrar a vi<strong>da</strong> com coragem!<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 62<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21<br />
Touro<br />
Carta do Mês: 10 de Paus, que significa Sucessos Temporários, Ilusão.<br />
Amor: Evite ter qualquer tipo de atitude egoísta ou egocêntrica, pense duas vezes<br />
para não magoar o seu par.<br />
Saúde: Cultive a sua boa forma através de gestos simples: estacione o carro um pouco mais longe<br />
e ande a pé, troque o elevador pelas esca<strong>da</strong>s, etc.<br />
Dinheiro: Tente conter-se um pouco mais nos seus gastos.<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 32<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12<br />
Caranguejo<br />
Carta do Mês: O Louco, que significa Excentrici<strong>da</strong>de.<br />
Amor: Ao enfrentar algum problema lembre-se que este só poderá ser resolvido se<br />
for abertamente discutido pelos dois elementos do casal.<br />
Saúde: Cui<strong>da</strong>do com a alimentação hiper-calórica, não abuse.<br />
Dinheiro: Lembre-se que um bom líder deve ser capaz de cultivar o bom-humor, pois num ambiente<br />
agradável as pessoas procuram <strong>da</strong>r o seu melhor.<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 22<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14<br />
Virgem<br />
Carta do Mês: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera.<br />
Amor: Lembre-se que quando não arriscamos, por medo de perder a estabili<strong>da</strong>de<br />
que conseguimos, estamos a deixar de viver.<br />
Saúde: Com disciplina e auto-controlo melhorará certamente de qualquer situação difícil.<br />
Dinheiro: Uma pessoa amiga vai precisar <strong>da</strong> sua aju<strong>da</strong>, não lhe falhe.<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 49<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16<br />
Escorpião<br />
Carta do Mês: Rainha de Paus, que significa Poder Material e que pode ser Amorosa<br />
ou Fria.<br />
Amor: Seja mais carinhoso com o seu par.<br />
Saúde: Procure mais vezes o seu dentista.<br />
Dinheiro: Não se deixe abater por uma maré menos positiva nesta área <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>, pois nem<br />
tudo está perdido.<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 35<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18<br />
Capricórnio<br />
Carta do Mês: 4 de Ouros, que significa Projectos.<br />
Amor: Dê mais atenção aos seus amigos, dedique-se mais àqueles que ama e que o<br />
amam, não tenha medo nem preguiça de começar coisas novas!<br />
Saúde: Lute contra a rotina. Não seja hipocondríaco, consulte o médico mas sem dramatismos.<br />
Dinheiro: Cui<strong>da</strong>do com os gastos supérfluos, corte com as despesas que não são realmente necessárias.<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 68<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20<br />
Peixes<br />
Carta do Mês: Ás de Copas, que significa Princípio do Amor, Grande Alegria.<br />
Amor: Em vez de culpar os outros por aquilo que nos acontece, lembre-se que podemos<br />
escolher ultrapassar os obstáculos com que nos deparamos, utilizando-os<br />
para amadurecer e evoluir.<br />
Saúde: Tenha mais confiança e valorize mais as suas quali<strong>da</strong>des.<br />
Dinheiro: Cui<strong>da</strong>do com as intrigas no local de trabalho, afaste-se de boatos. Em ca<strong>da</strong> circunstância<br />
faça sempre o que lhe parece certo.<br />
Número <strong>da</strong> Sorte: 37<br />
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22
27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />
Música ao vivo no Casino<br />
O Du Arte Lounge do Casino Estoril<br />
recebe ao longo do mês de Fevereiro as<br />
ban<strong>da</strong>s Soulbreezz, Gatos Vadios, Dynamite,<br />
Zoey Jones Quartet e Sylvie C,<br />
em versão de “French Swing Café”.<br />
Os Soulbreezz iniciam, logo a 29 de<br />
<strong>Janeiro</strong>, uma série de actuações no Du<br />
Arte Lounge. Este quarteto selecciona,<br />
até 6 de Fevereiro, um repertório mais<br />
clássico, conciliando as melhores sonori<strong>da</strong>des<br />
de soul e funk.<br />
Inspirados em grandes êxitos do rock,<br />
a ban<strong>da</strong> Gatos Vadios inicia, a 5 de<br />
Fevereiro, uma série de performances no<br />
Casino Estoril. “Conciliamos diferentes<br />
êxitos do rock com alguns dos<br />
nossos temas originais”, diz<br />
o trompetista Miguel Gonçalves,<br />
que sobe ao palco até<br />
13 de Fevereiro.<br />
A partir do dia 12 de Fevereiro,<br />
os Dynamite recriam as mais<br />
genuínas ambiências do funk,<br />
soul e reggae. Com um repertório<br />
muito alargado, a ban<strong>da</strong><br />
prossegue as suas actuações<br />
até ao dia 20.<br />
Por sua vez, a cantora inglesa<br />
Zoey Jones inicia, a 19 de<br />
Fevereiro, um ciclo de actuações<br />
no Casino Estoril, convi<strong>da</strong>ndo o público<br />
a ouvir os melhores registos de jazz.<br />
Num enquadramento intimista, a intérprete<br />
inglesa concilia, até 27 de Fevereiro,<br />
alguns temas inéditos com outros grandes<br />
clássicos do jazz<br />
Nas três últimas noites de Fevereiro,<br />
Sylvie C regressa ao Casino Estoril com<br />
“French Swing Café”. A intérprete francesa<br />
redescobre o swing dos anos 20, 30<br />
e 40, numa sonori<strong>da</strong>de que evoca a i<strong>da</strong>de<br />
de ouro do Jazz e transporta o público<br />
para um “carrossel sonoro a girar entre<br />
Paris, Lisboa, Buenos Aires, Nova Iorque e<br />
Rio de <strong>Janeiro</strong>”.<br />
Exposição na Fun<strong>da</strong>ção<br />
A Fun<strong>da</strong>ção Marquês de Pombal<br />
(FMP), em Lin<strong>da</strong>-a-Velha, promoveu<br />
recentemente um concurso de<br />
fotografia e pintura ao ar livre cujos<br />
trabalhos foram apresentados em<br />
exposição no Palácio dos Aciprestes,<br />
sede <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção.<br />
Na área de fotografia, José Carlos<br />
Carvalho foi distinguido com o<br />
2º Prémio, no valor de 500 euros,<br />
enquanto Ana Filipa Scarpa e Maria<br />
Inês Rocha receberam menções<br />
honrosas.<br />
Já no que se refere à Pintura ao Ar<br />
Livre o primeiro e segundo prémios<br />
couberam, respectivamente, a Tânia<br />
Rocha e a Carlos Pires, havendo ain<strong>da</strong><br />
lugar à atribuição de menções honrosas<br />
a Maria Inês Rocha e a Artur<br />
Rodrigues.<br />
São Passos na Verney<br />
A Livraria-Galeria Municipal Verney,<br />
em Oeiras, tem patente até ao dia 31<br />
de <strong>Janeiro</strong> a exposição de pintura «São<br />
Passos – Traços dos Mestres».<br />
Nesta mostra, a pintora moçambicana<br />
São Passos presta homenagem<br />
a diversos artistas plásticos, entre<br />
os quais Neves de Sousa e Malangatana.<br />
Nasci<strong>da</strong> na ci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Beira, foi em<br />
terras africanas que iniciou a sua<br />
carreira artística, primeiro no campo<br />
na escultura e depois na área <strong>da</strong> cerâmica.<br />
Viria mais tarde a optar pela<br />
pintura, onde adoptou uma técnica<br />
entre o naif e o abstracto, e em que<br />
são notórias as suas raízes africanas.<br />
A exposição poderá ser aprecia<strong>da</strong> de<br />
terça a sexta-feira, <strong>da</strong>s 10h00 às 13h00<br />
e <strong>da</strong>s 14h00 às 18h00 e aos sábados e<br />
domingos <strong>da</strong>s 14h00 às 18h00.<br />
Açores - 30 anos depois<br />
O apresentador Carlos Alberto Moniz<br />
inaugurou na Livraria Barata, na Aveni<strong>da</strong><br />
de Roma, em Lisboa, a exposição<br />
de fotografia do fotojornalista de Cascais,<br />
Marques Valentim, que apresentou<br />
pela primeira vez no Continente<br />
as imagens por si capta<strong>da</strong>s durante<br />
o sismo de 1 de <strong>Janeiro</strong> de 1980 nos<br />
Açores.<br />
A exposição fotográfica <strong>da</strong> tragédia<br />
que faz agora 30 anos é composta por<br />
65 retratos e poderá ser visita<strong>da</strong> na<br />
Livraria Barata, até 14 de Fevereiro<br />
de 2010.<br />
Cultura 23
Venha visitar as nossas exposições<br />
Recreios <strong>da</strong> Amadora<br />
Até 28 de Fevereiro<br />
Centro de Arte<br />
Contemporânea <strong>da</strong> Amadora<br />
Até 2 de Fevereiro<br />
Galeria Municipal Artur Bual<br />
Até 21 de Fevereiro<br />
Casa Roque Gameiro<br />
Até 27 de Fevereiro<br />
Câmara Municipal <strong>da</strong> Amadora