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Janeiro - Jornal o Correio da Linha

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Já enviou as sua fotos?<br />

AMBIENTE dá vIdA<br />

IV Concurso de Fotografia<br />

Consulte www.ocorreio<strong>da</strong>linha.pt<br />

Director: Paulo Pimenta<br />

Luís Lopes<br />

Queijas<br />

tem uma<br />

grande<br />

identi<strong>da</strong>de<br />

própria<br />

páginas 16, 17<br />

Ano XXI • Nº 250<br />

JANEIRo<br />

2010<br />

Preço 1.25 e (IVA incluido)<br />

Desportivo do Rangel<br />

organiza<br />

na<br />

Amadora<br />

a S. Silvestre<br />

Em Cascais<br />

Hamburguer Gourmet<br />

Rua Frederico Arouca, n.º 72 Rc<br />

(Rua direita) Cascais • Tel. 21 486 86 31<br />

Socie<strong>da</strong>de<br />

Almoçageme<br />

comemora<br />

aniversário<br />

páginas 10<br />

páginas 14, 15 Saldos<br />

Acordos com:<br />

AdVANcEcARE - MEdIS - MULTIcARE - AdM<br />

OEIRAS: 21 442 51 00<br />

OEIRAS 2: 21 442 79 44 (M. Antas)<br />

PAçO d’ARcOS: 21 442 27 17<br />

José Aranha<br />

no Haiti<br />

em missão<br />

Humanitária<br />

páginas 12, 13<br />

CAMILO<br />

DESDE 1956<br />

PRONTO A VESTIR<br />

HOMEM E SENHORA<br />

50%<br />

até 28 Fevereiro<br />

RUA JOSÉ JOAQUIM<br />

DE ALMEIDA 571-A<br />

2776-650 CARCAVELOS<br />

TEL.: 21 457 01 19<br />

Saldos


Reportagem • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e J.R.<br />

Foi com os rostos emocionados e os<br />

corações já apertados pela sau<strong>da</strong>de<br />

que a tripulação do Navio Escola<br />

Sagres se despediu dos familiares<br />

e amigos que no passado dia 19 de<br />

<strong>Janeiro</strong> fizeram questão de comparecer<br />

<strong>da</strong> Doca de Alcântara para trocar<br />

os últimos beijos e abraços antes <strong>da</strong><br />

parti<strong>da</strong> <strong>da</strong> embarcação para a terceira<br />

viagem de circum-navegação que<br />

está prevista terminar apenas a 23 de<br />

Dezembro.<br />

O jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> não só<br />

acompanhou a parti<strong>da</strong> <strong>da</strong> Sagres<br />

como embarcou no Navio Escola,<br />

tendo oportuni<strong>da</strong>de de vivenciar a<br />

fantástica experiência que é navegar<br />

no Tejo sob a força do mar e do vento,<br />

que não se cansou de empurrar as velas<br />

desfral<strong>da</strong><strong>da</strong>s rumo ao Atlântico.<br />

Rodeados de um emaranhado de cor<strong>da</strong>s<br />

e sempre envolvidos pelo som estridente<br />

de vários assobios, pudemos<br />

apreciar as primeiras ordens <strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

pelo Coman<strong>da</strong>nte Luís Pedro Proença<br />

Mendes, prontamente assimila<strong>da</strong>s<br />

pela tripulação.<br />

27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> também embarcou<br />

Sagres partiu para volta ao Mundo<br />

Apesar de a ansie<strong>da</strong>de ter tomado conta<br />

de todos no momento <strong>da</strong> parti<strong>da</strong>,<br />

em momento algum a concentração e<br />

o sentido de missão foi posto em causa.<br />

Mesmo tratando-se de um navio<br />

escola no qual embarcavam 35 cadetes<br />

(além de 114 praças, 16 sargentos e 9<br />

oficiais), todos sabiam o que fazer,<br />

como fazer e quando fazer.<br />

Foi ao largo de Algés e já depois de<br />

termos desfrutado de mais de uma<br />

hora de “passeio” que o jornal O<br />

<strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> e demais enti<strong>da</strong>des<br />

convi<strong>da</strong><strong>da</strong>s abandonaram a Sagres,<br />

primeiro para uma lancha rápi<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

Polícia Marítima e posteriormente<br />

para uma embarcação do Instituto de<br />

Socorros a Náufragos que nos levou<br />

de volta até Alcântara.<br />

Horas antes desta manhã diferente terminar,<br />

ain<strong>da</strong> com a Sagres atraca<strong>da</strong> na<br />

Doca de Alcântara, um representante<br />

dos joalheiros <strong>da</strong> Coroa entregou ao<br />

Coman<strong>da</strong>nte do navio dois astrolábios<br />

que mais não eram que réplicas genuínas<br />

de astrolábios portugueses que<br />

abriram os caminhos lusos no período<br />

dos Descobrimentos.<br />

Sensibilizado com o gesto, o Coman<strong>da</strong>nte<br />

<strong>da</strong> Sagres explicou depois que<br />

“este navio existe para treinar os futuros<br />

oficiais <strong>da</strong> Marinha! Por vezes perguntam-me<br />

porque é que se utiliza um ve-<br />

leiro para treinar estes homens quando<br />

Portugal tem navios de guerra. Porque é<br />

aqui que se aprende a ser homem e a ser<br />

líder”, assegura.<br />

Numa embarcação em que quase tudo<br />

é feito manualmente, Luís Pedro Proença<br />

Mendes destacou o espírito de<br />

grupo que é imprescindível para levar<br />

a Sagres a bom porto: “Este é um navio<br />

em que todo o trabalho é de grupo, muitas<br />

vezes feito por 40, 50 ou 60 pessoas.<br />

Como tal, tem que haver uma liderança<br />

forte para que as manobras corram bem.<br />

Aqui, todos estão a desenvolver as suas<br />

características de líder”.<br />

Sobre a Volta ao Mundo que naquele<br />

dia principiava, o Coman<strong>da</strong>nte explicou<br />

que “o navio cumpre todos os anos<br />

a mesma missão de navegar três meses<br />

para visitar comuni<strong>da</strong>des portuguesas e<br />

apoiar a política externa do Estado. Estava<br />

previsto que este ano fizéssemos a<br />

nossa viagem normal, <strong>da</strong>ndo a volta pela<br />

América do Sul, mas fomos convi<strong>da</strong>dos<br />

para estar presentes em diversas iniciativas,<br />

nomea<strong>da</strong>mente as comemorações dos<br />

150 anos de um Tratado de Paz, Amizade<br />

e Comércio entre Portugal e o Japão, bem<br />

como na Expo 2010 que vai decorrer em<br />

Xangai. Fomos ain<strong>da</strong><br />

convi<strong>da</strong>dos para visitar<br />

Goa, Díli e outros<br />

locais, participando<br />

assim nas comemorações dos 500 anos <strong>da</strong><br />

expansão portuguesa no Extremo Oriente.<br />

Perante to<strong>da</strong>s estas solicitações, e porque<br />

o navio tem uma boa condição de manutenção<br />

e uma guarnição suficientemente<br />

treina<strong>da</strong>, que podia iniciar esta missão<br />

mais cedo e assim ser mais longa, o Almirante<br />

Chefe do Estado Maior <strong>da</strong> Arma<strong>da</strong><br />

fez depender um reforço orçamental para<br />

se cumprir esta missão”, ressalvou.<br />

A Santa Casa <strong>da</strong> Misericórdia (SCM)<br />

será o patrocinador principal <strong>da</strong> viagem<br />

à volta do mundo <strong>da</strong> Sagres,<br />

tendo o seu representante destacado<br />

a audácia leva<strong>da</strong> a cabo por estes marinheiros<br />

lusos: “É uma grande honra<br />

a SCM estar associa<strong>da</strong> a esta circunvalação.<br />

Embarcar numa viagem destas<br />

e desafiar os elementos <strong>da</strong> natureza,<br />

requer coragem e foi essa audácia que<br />

nos levou a <strong>da</strong>r novos mundos ao mundo.<br />

Adoptámos o lema «A Sorte Protege<br />

os Au<strong>da</strong>zes» pois se não houvesse essa<br />

audácia nós não tínhamos ganho. Esta<br />

viagem vai projectar o nosso orgulho e<br />

a nossa auto-estima para assim mostrar<br />

ao mundo que podemos e devemos estar<br />

orgulhosos <strong>da</strong>quilo que somos capazes de<br />

fazer”, referiu.


27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Uma Festa de Boas Festas<br />

A época natalícia já lá vai mas não podemos<br />

deixar de enaltecer os imensos<br />

gestos de carinho e o elevado número<br />

de leitores, assinantes, anunciantes<br />

e amigos que não se esqueceram do<br />

jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> num período<br />

tão especial. Demo-nos ao trabalho de<br />

contabilizar o que era contabilizável,<br />

não só pelo orgulho dos números mas<br />

sobretudo para partilhar consigo, caro<br />

leitor, o reconhecimento de que vamos<br />

sendo alvo por parte <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil.<br />

No total, O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> recebeu 72<br />

cartas de Boas Festas, 42 sms´s e 285 emails<br />

vindos um pouco de todo o lado,<br />

bem como inúmeras (esses sim incontáveis)<br />

Boas Festas <strong>da</strong><strong>da</strong>s pessoalmente.<br />

Há vinte e um anos num mercado tão<br />

competitivo como é este <strong>da</strong> imprensa<br />

regional, é para nós importante sentir<br />

o carinho <strong>da</strong>s pessoas mas também o<br />

reconhecimento do, perdoem-nos a modéstia,<br />

bom trabalho que aqui vai sendo<br />

realizado. Após um ano em que o jornal<br />

chegou a ca<strong>da</strong> vez mais gente, em que<br />

a aposta na divulgação do concelho <strong>da</strong><br />

Amadora foi reforça<strong>da</strong> e em que batemos<br />

recordes de participação e entrega<br />

de prémios monetários no nosso III<br />

Concurso de Fotografia, temos consciência<br />

que a nossa responsabili<strong>da</strong>de<br />

aumenta, assim como a exigência dos<br />

leitores. Não nos escondemos nem fugimos<br />

às nossas responsabili<strong>da</strong>des. Nem<br />

aos desafios que se renovam. Tal como<br />

no ano passado, em 2010 iremos continuar<br />

a apostar e premiar a criativi<strong>da</strong>de e<br />

o talento dos fotógrafos amadores e profissionais<br />

que nos lêem, promovendo o<br />

IV Concurso de Fotografia subordinado<br />

ao tema «Natureza dá Vi<strong>da</strong>». Iremos<br />

também promover e organizar no corrente<br />

ano os I Jogos Florais <strong>da</strong> Costa do<br />

Estoril. Continuaremos também a desenvolver<br />

ca<strong>da</strong> vez mais e melhores projectos<br />

de âmbito concelhio ou local, em<br />

temáticas tão díspares como a cultura,<br />

o desporto, o associativismo, o lazer ou<br />

a política. O começo do novo ano traz<br />

consigo projectos novos, ideias renova-<br />

Já nos enviou<br />

as suas fotografias?<br />

É ver<strong>da</strong>de que foi passar as férias<br />

natalícias à terra? E que perdeu a<br />

conta às fotografias que tirou nesses<br />

dias? Seguramente que, entre<br />

as imagens de família junto à farta<br />

mesa com iguarias ou abrindo as<br />

pren<strong>da</strong>s de Natal, constam também<br />

algumas belas imagens onde<br />

a Natureza assume papel de relevo.<br />

Acertámos? Então de que está<br />

à espera para as enviar para O<br />

<strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong>, habilitando-se assim<br />

a conquistar um dos primeiros<br />

prémios do nosso IV Concurso de<br />

Fotografia?<br />

Trata-se de uma acção aberta ao<br />

público em geral, podendo ca<strong>da</strong><br />

concorrente participar, no máximo,<br />

com três trabalhos que tanto<br />

podem ser a preto e branco como<br />

a cores, em formato 20cm x 30cm.<br />

Os trabalhos terão de ser enviados<br />

por via postal até ao dia 26 de<br />

Fevereiro de 2010 (<strong>da</strong>ta do carimbo<br />

dos correios) e endereçados para:<br />

IV CONCURSO DE FOTOGRAFIA<br />

«AMBIENTE DÁ VIDA»<br />

JORNAL O CORREIO DA LINHA;<br />

RUA PROF. MOTA PINTO, LOJA 4;<br />

BAIRRO DO POMBAL;<br />

2780–275 OEIRAS<br />

«Ambiente dá Vi<strong>da</strong>» é o lema que dá<br />

vi<strong>da</strong> a este IV Concurso de Fotografia,<br />

promovido pelo jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>Linha</strong> no âmbito do seu 21º aniversário.<br />

Até à <strong>da</strong>ta, os envelopes têm-nos chegado<br />

em bom ritmo mas desafiamos todos<br />

os nossos leitores, fotógrafos amadores<br />

e/ou profissionais, a participar<br />

nesta iniciativa que, ano após ano, vem<br />

registando um número crescente quer<br />

de participantes, quer de trabalhos a<br />

concurso.<br />

Recorde-se que em 2009 participaram<br />

no III Concurso de Fotografia 106 concorrentes<br />

com 288 trabalhos, números<br />

que confirmam o sucesso <strong>da</strong> iniciativa<br />

e a adesão massiva à mesma.<br />

Entre os concorrentes serão eleitos cinco<br />

primeiros lugares e cinco segundos<br />

lugares, a quem será oferecido um prémio<br />

monetário, um troféu e ain<strong>da</strong> um<br />

diploma. Todos os participantes receberão<br />

um diploma de participação. Além<br />

<br />

<br />

<br />

10.º Prémios monetários e troféus<br />

Prémios Família<br />

Diplomas para todos os participantes<br />

Envio até 26 de Fevereiro de 2010<br />

Consulte o regulamento<br />

Organização<br />

www.ocorreio<strong>da</strong>linha.pt<br />

e-mail: geral@ocorreio<strong>da</strong>linha.pt<br />

tel. 21 443 00 95 / 96<br />

disso, e à semelhança do ano transacto,<br />

o jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> irá continuar<br />

a oferecer um Prémio Família a to<strong>da</strong>s as<br />

famílias participantes.<br />

Os prémios serão entregues em Sessão<br />

Solene a decorrer no concelho <strong>da</strong><br />

Amadora, em <strong>da</strong>ta e local ain<strong>da</strong> a designar,<br />

estando novamente prevista a<br />

edição de um livro com os depoimentos<br />

dos patrocinadores e a publicação<br />

<strong>da</strong>s fotografias vencedoras, bem como<br />

de to<strong>da</strong>s as outras imagens não premia<strong>da</strong>s.<br />

O Ambiente tem sido o enfoque central<br />

destes quatro concursos de fotografia,<br />

uma perspectiva que este jornal mensal<br />

pretende manter para assim continuar<br />

a despertar a consciência cívica de ca<strong>da</strong><br />

um e, com isso, alertar para as virtudes<br />

mas também para os problemas de uma<br />

área fun<strong>da</strong>mental para a vi<strong>da</strong> humana<br />

como é o Ambiente.<br />

O regulamento e a declaração de cedência<br />

dos direitos <strong>da</strong>(s) fotografia(s)<br />

a concurso estão já disponíveis em<br />

www.ocorreio<strong>da</strong>linha.pt; podendo,<br />

caso preten<strong>da</strong>, obter mais informações<br />

através do e-mail: geral@ ocorreio<strong>da</strong>linha.pt;<br />

dos números: 21 443 00 95 / 91<br />

326 35 67 ou do fax: 21 442 25 31.<br />

<strong>da</strong>s e um sem número de sonhos por<br />

concretizar. Contaremos, como temos<br />

contado sempre, com o imprescindível<br />

apoio de todos aqueles que nos lêem,<br />

O Espaço Memória dos Exílios, no<br />

Estoril, recebeu recentemente a cerimónia<br />

de apresentação do novo livro<br />

de José d’Encarnação, «Dos Segredos<br />

de Cascais», uma obra que compila<br />

diversas crónicas assina<strong>da</strong>s por aquele<br />

Professor Catedrático no <strong>Jornal</strong> <strong>da</strong><br />

Região.<br />

Ao jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong>, o autor<br />

começou por agradecer a contribuição<br />

de Júlio Conrado, autor do prefácio, e<br />

de Salvato Teles de Meneses, responsável<br />

pela apresentação <strong>da</strong> obra, tendo<br />

depois <strong>da</strong>do a sua visão <strong>da</strong> compilação<br />

de crónicas: “Tive forçosamente de seleccionar<br />

o que poderia suscitar maior curiosi<strong>da</strong>de,<br />

por se tratar de recantos ou edifícios<br />

pelos quais, quiçá, diariamente se passa sem<br />

que se alcance o seu ver<strong>da</strong>deiro significado”,<br />

justificou.<br />

José d’Encarnação propõe um “passeio<br />

pela paisagem cascalense” como “pretexto<br />

para evocar o que foi a vi<strong>da</strong>, mormente nesta<br />

zona ocidental do concelho de Cascais, em<br />

meados do século passado: costumes e vivências<br />

que importava ter passado a escrito<br />

para que a sua memória se não perca”, diz.<br />

“Se o convite aceite para se passear comigo<br />

desde a Rebelva até à orla marítima<br />

redun<strong>da</strong>r em prazer para o leitor ao sentirse<br />

cativado por aquilo que nos identifica e<br />

Actual<br />

Cartão enviado pela Horizonte, Cooperativa de Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de Social e de Ensino<br />

assim como de quem aposta em nós<br />

para divulgar e ser divulgado. Porque<br />

quantos mais formos, mais faremos!<br />

Um fantástico Ano de 2010 para todos.<br />

Barcarena comemora 174 anos<br />

A Junta de Freguesia de Barcarena assinala no próximo mês de Fevereiro o<br />

seu 174º aniversário com várias iniciativas de cariz institucional, desportivo<br />

e cultural. As comemorações <strong>da</strong> Junta presidi<strong>da</strong> por Vítor Alves arrancam<br />

já no próximo dia 2 de Fevereiro com um Jantar de Aniversário, ao qual se<br />

seguirá uma Noite de Fados na SERUL, em Leceia, no dia 6.<br />

Uma semana mais tarde terá lugar uma prova de cicloturismo que percorrerá<br />

várias artérias <strong>da</strong> freguesia e, no dia 20, decorrerá mais uma prova, desta feita<br />

de esferocar. As comemorações do 174º aniversário de Barcarena encerram<br />

no dia 27 de Fevereiro com um Passeio de Todo-o-Terreno.<br />

Novo livro de José d´Encarnação<br />

distingue – diz o escritor - sentir-me-ei<br />

compensado”, termina.<br />

O livro foi editado pela Colibri e apoiado<br />

pela Câmara Municipal de Cascais,<br />

sendo constituído pelo terceiro volume<br />

de crónicas do autor publica<strong>da</strong>s<br />

no referido semanário. O primeiro<br />

volume, «Cascais e os Seus Cantinhos»<br />

foi publicado em 2002 e o segundo,<br />

«Recantos de Cascais», em 2004, traduzindo-se<br />

num importante contributo<br />

para o conhecimento do património<br />

e <strong>da</strong> história cascalense.<br />

Alcabideche assinalou 169 anos<br />

A Junta de Freguesia de Alcabideche assinalou entre 23 e 25 de <strong>Janeiro</strong> o seu<br />

169º aniversário com diversas activi<strong>da</strong>des de índole institucional, desportiva e<br />

cultural. As celebrações arrancaram com o «Corta Mato do Aniversário», uma<br />

prova de atletismo promovi<strong>da</strong> nas ruas de Alcoitão. Posteriormente, foram<br />

depois homenagea<strong>da</strong>s algumas figuras nacionais como Augusto dos Santos<br />

Ferreira, Fernando José dos Santos ou João Armindo Aires com o descerramento<br />

de placas toponímicas com o seu nome.<br />

Por sua vez, a Sessão Solene do aniversário, que decorreu no Edifício Montepio,<br />

contou com uma actuação dos alunos <strong>da</strong> Escola de Música Michel Giacometti<br />

mas o momento alto <strong>da</strong> cerimónia foi a entrega de mais de uma dezena de<br />

me<strong>da</strong>lhas de mérito a pessoas e instituições <strong>da</strong> freguesia que, ao longo do ano,<br />

se destacaram nos mais variados quadrantes <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social.


Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: thorvi.blogspot.com<br />

Já se imaginou a viver em alto<br />

mar durante quase dois anos?<br />

Para Rui Évora Soares e António<br />

Pinharan<strong>da</strong> trata-se de um<br />

sonho que está neste momento a<br />

ser cumprido. No passado dia 1<br />

de Novembro os dois velejadores<br />

partiram do Porto de Recreio de<br />

Oeiras para uma volta ao mundo<br />

que apenas deverá terminar em<br />

Junho de 2011. Foi ao largo do<br />

Panamá, via satélite, que o skipper<br />

Rui Évora Soares falou em<br />

exclusivo com o jornal O <strong>Correio</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>Linha</strong> sobre aquela que é a<br />

aventura <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>.<br />

O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) - Como está<br />

a correr até à <strong>da</strong>ta a viagem de circum-navegação<br />

a bordo do Thor VI?<br />

Rui Évora Soares (R.E.S.) - Está a correr<br />

bem e conforme previsto. Um dos<br />

objectivos que era a travessia do Atlântico<br />

Norte está conseguido sem grandes<br />

problemas, houve apenas com algumas<br />

pequenas anomalias, previsíveis, que<br />

foram sendo repara<strong>da</strong>s estando neste<br />

momento tudo a 100 por cento ou próximo.<br />

C.L. - Como foi passar o Natal e o fim<br />

de ano em alto mar?<br />

R.E.S. - Não passámos o Natal nem o<br />

fim do ano no mar. Passámos em Saint<br />

Lúcia já que chegámos <strong>da</strong> travessia do<br />

Atlântico a 10 de Dezembro e reiniciámos<br />

a WARC (Volta ao Mundo) apenas<br />

a 06 de <strong>Janeiro</strong> de 2010. Passámos esta<br />

época festiva longe <strong>da</strong> família e dos<br />

27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Regressa em 2011<br />

Dupla de au<strong>da</strong>zes parte<br />

de Oeiras no veleiro Thor VI<br />

amigos velhos, mas com<br />

amigos novos. Foi diferente,<br />

que não para melhor.<br />

Passou-se!<br />

C.L. - O Thor VI saiu do<br />

Porto de Recreio de Oeiras a 1 de<br />

Novembro de 2009, por onde já navegou?<br />

R.E.S. - Passámos pelo Algarve, mais<br />

concretamente pela Marina de Lagos,<br />

depois seguimos para Lanzarote e Las<br />

Palmas. Daqui saímos com o ARC09<br />

para a travessia do Atlântico que terminou<br />

em Saint Lúcia. De Saint Lúcia<br />

iniciámos o World ARC com a primeira<br />

perna a terminar no Arquipélago de<br />

San Blas, no Panamá, a 13 de <strong>Janeiro</strong>.<br />

Daqui iremos fazer a travessia do Canal<br />

do Panamá, a 27 de <strong>Janeiro</strong>, para o Pacífico.<br />

C.L. - A viagem está prevista terminar<br />

no final de Junho de 2011, quais os<br />

locais mais emblemáticos por onde<br />

ain<strong>da</strong> irá passar?<br />

R.E.S. - Esta aventura é, quase to<strong>da</strong> ela,<br />

um local emblemático, mas haverá locais<br />

ou situações mais importantes que<br />

outras. O primeiro objectivo, já concretizado,<br />

foi a travessia do Atlântico<br />

que, por ser a primeira vez, é uma<br />

lembrança a reter. Depois, talvez a travessia<br />

do Canal do Panamá, a visita<br />

aos Galápagos, a travessia do Pacifico,<br />

a Austrália e a barreira de corais, o<br />

cabo <strong>da</strong> Boa Esperança, a Ilha de Santa<br />

Helena, eu sei lá que mais.<br />

C.L. - Quanto tempo demorou a ser<br />

preparado um projecto como este?<br />

Quais foram os principais obstáculos<br />

com que se deparou?<br />

R.E.S. - Este projecto começou a ser<br />

idealizado no final de 2008, tendo sido<br />

toma<strong>da</strong> a decisão final em <strong>Janeiro</strong> de<br />

2009 e, desde então, e provavelmente<br />

até regressarmos a Lisboa, não irão faltar<br />

obstáculos. Mas o planeamento de<br />

tudo o que era preciso fazer<br />

foi feito, desde a preparação<br />

e manutenção do barco,<br />

à nossa própria preparação,<br />

o “timing” correcto<br />

para as coisas acontecerem,<br />

os prazos a cumprir... Não<br />

foi fácil mas, no dia 01 de<br />

Novembro e conforme programado<br />

o Thor VI saiu de<br />

Oeiras.<br />

C.L. - Como define o barco<br />

que lhe permite fazer esta<br />

viagem?<br />

R.E.S. - É um barco de cruzeiro,<br />

um “cruzeirão” como<br />

lhe chamo, com mais de 20<br />

anos, sólido, pesa mais de<br />

10 tonela<strong>da</strong>s, de boa construção,<br />

de uma marca conceitua<strong>da</strong><br />

– Moody ­ bem<br />

cui<strong>da</strong>do (eu sou o terceiro<br />

dono) e que tem vindo a ser<br />

actualizado e modernizado<br />

nos diversos equipamentos,<br />

quer eléctricos, quer<br />

electrónicos.<br />

C.L. - Como se tem portado<br />

o barco nestes primeiros<br />

meses de viagem?<br />

R.E.S. - Tem se portado<br />

muito bem e de acordo<br />

com as nossas expectativas.<br />

Conhecemos bem o barco e<br />

todos os seus componentes<br />

e temos a maior confian­<br />

ça no seu desempenho.<br />

É a vantagem de ser um<br />

barco antigo e conhecido,<br />

há poucas surpresas.<br />

C.L. - Esta é uma viagem<br />

em que estará<br />

envolvido em competições<br />

de veleiros.<br />

Fale-nos um pouco<br />

mais dessas provas...<br />

R.E.S. - Isto é um passeio<br />

feito por barcos de<br />

cruzeiro sem pretensões<br />

desportivas. No entanto,<br />

a organização – World<br />

Cruising Club – organiza­o<br />

como um Rally, ou<br />

seja, há parti<strong>da</strong>s como<br />

nas regatas “à séria”,<br />

chega<strong>da</strong>s cronometra<strong>da</strong>s<br />

e depois fazem­se as<br />

contas, entra­se com o<br />

“ratting” de ca<strong>da</strong> barco<br />

e há um ou mais vencedores<br />

conforme as classes<br />

ou tipos de barcos.<br />

Distribuem­se uns prémios,<br />

bebem­se uns copos<br />

e é mais um motivo<br />

de sã camara<strong>da</strong>gem. No<br />

ARC09 – Atlantic Rally<br />

for Cruisers – o Thor VI<br />

ficou em 66ºo lugar na<br />

Divisão de Cruzeiros<br />

mono cascos (classificaram-se<br />

158) e em 9º<br />

(em 18) na Classe. Neste<br />

momento já concluímos<br />

a 1ª etapa <strong>da</strong> volta ao<br />

mundo mas ain<strong>da</strong> não<br />

há classificações.<br />

C.L. - Está preparado para passar<br />

quase dois anos a navegar sempre<br />

com a mesma pessoa?<br />

R.E.S. - Julgo e espero que sim, mas<br />

é sempre uma incógnita o relacionamento<br />

prolongado entre duas pessoas<br />

num espaço tão reduzido como é um<br />

barco. Há dos mais variados exemplos<br />

negativos e positivos no relacionamento<br />

entre tripulantes em situações<br />

semelhantes. Esperemos que o nosso<br />

exemplo seja positivo. Preparámo-nos<br />

com cui<strong>da</strong>do, definimos detalha<strong>da</strong>mente<br />

os nossos objectivos e é isso<br />

que nos orienta e motiva.<br />

C.L. - De onde se conhecem? Quais as<br />

tarefas de ca<strong>da</strong> um no barco?<br />

R.E.S. - Conhecemo­nos do mundo<br />

dos barcos. A navegar funcionamos<br />

a quartos, ou seja está sempre um de<br />

“serviço” e é rendido de 4 em 4 horas.<br />

O estar de serviço implica que é ele o<br />

responsável pela condução global do<br />

A embarcação devi<strong>da</strong>mente engalana<strong>da</strong> Momento de relaxe em águas cáli<strong>da</strong>s<br />

Thor VI foi actualizado antes de partir de viagem<br />

barco enquanto o outro descansa. Nas<br />

restantes tarefas há uma atribuição de<br />

acordo com as “habili<strong>da</strong>des” de ca<strong>da</strong><br />

um. O António trata <strong>da</strong>s alimentações,<br />

despensa e eu trato <strong>da</strong>s navegações, comunicações<br />

e por ser o dono e skipper<br />

<strong>da</strong> gestão global do barco.<br />

C.L. - Como é o dia-a-dia na embarcação?<br />

Conseguem dormir ou comer<br />

normalmente?<br />

R.E.S. - A navegar funcionamos a quartos<br />

de 4 horas com as refeições a serem<br />

toma<strong>da</strong>s nas rendições, pequeno­almoço<br />

às 10h00, almoço às 14h00 e jantar<br />

às 22h00 horas. Quando não se está de<br />

quarto, dorme­se e descansa­se de forma<br />

a uma gestão cui<strong>da</strong><strong>da</strong> do esforço<br />

para estarmos sempre em condições de<br />

assumir o comando do barco.<br />

C.L. - Sei que graças a esta viagem<br />

deixou de fumar. Como tem sido passar<br />

os dias sem esse vício?<br />

R.E.S. - Não foi pela viagem, infelizmente,<br />

mas sim por<br />

um pequeno problema<br />

cardíaco que surgiu<br />

uns dias antes do<br />

início <strong>da</strong> viagem. É<br />

mais um desafio que<br />

tenho de ultrapassar<br />

e este para meu bem.<br />

Tem alturas em que<br />

não é fácil, mas está<br />

fora de causa voltar a<br />

fumar.<br />

C.L. - Sendo apenas<br />

dois tripulantes conseguem<br />

aproveitar a<br />

viagem? O cansaço<br />

não se sobrepõe a<br />

tudo o resto?


27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

O veleiro em alto mar<br />

R.E.S. - Até agora não. O esquema dos<br />

quartos a 4 horas tem funcionado muito<br />

bem após os primeiros dois ou três<br />

dias de habituação. Quando o nosso<br />

organismo se habitua a este ritmo de<br />

vi<strong>da</strong> – sono, alimentação – torna­se<br />

mais fácil gerir o cansaço, mas é importante<br />

descansarmos sempre que isso é<br />

possível.<br />

C.L. - Sei também que já foram «visitados»<br />

por alguns golfinhos e peixes<br />

voadores...<br />

R.E.S. - Os golfinhos são parceiros habituais<br />

e grandes brincalhões sempre<br />

que se an<strong>da</strong> no mar, os peixes voadores<br />

são uma espécie desconheci<strong>da</strong> nas nossas<br />

costas e só se encontram em águas<br />

mais quentes mas por aqui são aos milhares.<br />

Quer uns quer outros são uma<br />

novi<strong>da</strong>de e uma companhia.<br />

C.L. - Em termos de mantimentos,<br />

quantos dias conseguem estar sem ir<br />

a terra?<br />

R.E.S. - Temos capaci<strong>da</strong>de para estar<br />

entre 5 a 6 semanas sem ir a terra, ou<br />

mais se fosse necessário, mas aí com necessi<strong>da</strong>de<br />

de algumas restrições.<br />

C.L. - Quais são os seus maiores receios<br />

para esta viagem?<br />

R.E.S. - Receios especiais não tenho,<br />

apenas desejo que todos os esforços<br />

feitos para pôr de pé este projecto não<br />

tenham sido em vão.<br />

C.L. - Poderemos dizer que é preciso<br />

alguma «loucura saudável» para se<br />

aventurar numa experiência como<br />

esta?<br />

R.E.S. - Alguma loucura é, sem dúvi<strong>da</strong>.<br />

Saudável julgo que também porque é<br />

um projecto giro e saudável, porque<br />

não?<br />

C.L. - Como reagiu a família e os<br />

amigos à ideia de se ver priva<strong>da</strong> de<br />

si durante quase dois anos?<br />

Partindo do Porto de Recreio de Oeiras<br />

R.E.S. - Não foi,<br />

nem é, fácil e nem<br />

sei se são eles que se<br />

sentem privados de<br />

mim se é o contrário.<br />

Mas as facili<strong>da</strong>des de<br />

comunicações – internet,<br />

telefone satélite,<br />

etc. – têm amenizado<br />

um pouco estas<br />

dificul<strong>da</strong>des.<br />

C.L. - O que faz<br />

quando sente sau<strong>da</strong>des<br />

de casa e dos<br />

seus?<br />

R.E.S. - Recorro a<br />

um telemóvel, à internet,<br />

ou a qualquer<br />

outro meio de comunicação<br />

para uma<br />

palavrinha de conforto ou então respiro<br />

fundo e espero por melhor oportuni<strong>da</strong>de.<br />

E é aqui que o cigarro por vezes faz<br />

mais falta...<br />

C.L. - Esta viagem tem algum tipo de<br />

apoios/patrocínios?<br />

R.E.S. - Não, infelizmente não. Consegui<br />

com as marcas que habitualmente<br />

me tratam do barco me fizessem alguns<br />

descontos especiais, na<strong>da</strong> mais. Houve<br />

algum interesse de algumas enti<strong>da</strong>des,<br />

mas foi sol de pouca dura e muita<br />

conversa <strong>da</strong> treta. Os<br />

meus agradecimentos<br />

à família Venâncio do<br />

Tagus Yacht Center,<br />

à familia Martins<br />

<strong>da</strong> Vela­Rio, à Multimarine<br />

do Eng. Arriaga<br />

e Cunha, ao Eng.<br />

Inglês <strong>da</strong> Nautira<strong>da</strong>r,<br />

ao Zé Ribeiro <strong>da</strong> Orey<br />

Antunes e ao Porto de<br />

Recreio de Oeiras.<br />

C.L. - Fica uma experiência<br />

cara?<br />

R.E.S. - Não é barato,<br />

mas depende de<br />

tantas coisas como<br />

o barco que se tem,<br />

se está ou não bem<br />

equipado, se é adequado<br />

a uma viagem<br />

deste tipo, etc.<br />

As variáveis são mui­<br />

tas, mas por exemplo<br />

para fazer o ARC09,<br />

o WARC e o ARC<br />

Europa com o World<br />

Cruising Club só em<br />

inscrições serão 15<br />

mil euros, no entanto<br />

durante os 2 anos<br />

não se paga marina<br />

e an<strong>da</strong>­se a conhecer<br />

o mundo. Caro<br />

é algo de que não se<br />

tira prazer e de um<br />

projecto destes tirase<br />

uma experiência<br />

única que não há<br />

dinheiro que pague.<br />

Mas não é barato.<br />

C.L. - Numa palavra, como definiria<br />

esta experiência?<br />

R.E.S. - É a experiência e a aventura<br />

de uma vi<strong>da</strong>. Não é só navegar pelo<br />

mundo fora, como também viver num<br />

espaço restrito, com alguma frugali<strong>da</strong>de,<br />

num ambiente diferente <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />

urbana actual.<br />

C.L. - Há quantos anos é velejador?<br />

O que tanto o apaixona quando está<br />

em alto mar?<br />

R.E.S. - Há muitos. Quando era novo<br />

fiz 420, depois 470, prancha à vela e na<br />

déca<strong>da</strong> de setenta comecei com a vela<br />

Thor VI leva a bandeira de Portugal a todo o Mundo<br />

Entrevista<br />

Rui Évora Soares e António Pinharan<strong>da</strong><br />

pesa<strong>da</strong>, ou seja barcos maiores com<br />

outro tipo de exigências e capaci<strong>da</strong>des.<br />

Depois foi um ir e vir gerido pelas disponibili<strong>da</strong>des<br />

profissionais. Isto é um<br />

vício saudável.<br />

C.L. - O que acha que irá sentir quando<br />

chegar a casa em Junho de 2011?<br />

R.E.S. - Espero ter a grande alegria<br />

em recuperar as minhas pessoas, os<br />

meus amigos os meus hábitos antigos.<br />

Retornar ao meu mundo. Mas acima de<br />

tudo o prazer e a alegria de ter concretizado<br />

um sonho.<br />

C.L. – Partiu de Oeiras para esta experiência,<br />

como classifica o Porto de<br />

Recreios de Oeiras?<br />

R.E.S. - Sou cliente frequente, que não<br />

permanente do Porto de Recreio de<br />

Oeiras, que classifico como uma excelente<br />

infra­estrutura e, acima de tudo,<br />

geri<strong>da</strong> por gente extraordinária de competência,<br />

simpatia e amabili<strong>da</strong>de. Não<br />

é por acaso que envergo no mastro a<br />

flâmula do Porto Recreativo de Oeiras,<br />

como agradecimento à forma gentil e<br />

aberta como me apoiaram aquando <strong>da</strong><br />

minha parti<strong>da</strong> a 01 de Novembro. É,<br />

acima de tudo, um local onde sempre<br />

me senti bem.<br />

C.L. - O que mais e menos gosta no<br />

concelho de Oeiras?<br />

R.E.S. - Não sendo residente não tenho<br />

conhecimentos baseados para opinar<br />

seja o que for. É um facto que as infraestruturas<br />

que conheço dão um ar agradável<br />

e moderno ao concelho, mas é só<br />

uma opinião de passante.


Actual<br />

Vítor Amaro foi reconduzido por mais quatro<br />

anos no cargo de Presidente do Grupo de<br />

Artistas Vale de Eureka (GAVE), naquela que<br />

foi a única lista a concurso.<br />

A direcção lidera<strong>da</strong> por Vítor Amaro fica<br />

completa com Carla Purgatório (Tesoureira),<br />

Nuno Justino (Secretário), Miguel Alves (1º<br />

Vogal) e Paulo Narciso (2º Vogal).<br />

Ao jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong>, o presidente <strong>da</strong><br />

GAVE assumiu que “temos muitos projectos<br />

para por em prática nos próximos anos, muitas<br />

activi<strong>da</strong>des para os nossos associados, tanto com<br />

seniores como com crianças. Estamos conscientes<br />

do nosso percurso e nele estão incluídos muitos<br />

projectos e muito trabalho”, sublinhou.<br />

Entretanto, a GAVE foi convi<strong>da</strong><strong>da</strong> a participar,<br />

como parceira, na Feira de S. Pedro,<br />

promovi<strong>da</strong> pela Junta de Freguesia de<br />

S. Pedro de Penaferrim. O primeiro evento<br />

ocorreu no passado dia 17 de <strong>Janeiro</strong>, tendo a<br />

GAVE participado com 18 artesãos: “Foi uma feira<br />

muito interessante, foi pena ter caído alguma chuva e<br />

os artesãos não terem tido luz para trabalhar mas era<br />

o primeiro evento do género e esse género de lapsos<br />

são desculpáveis. Foi, acima de tudo, um evento onde<br />

todos convivemos, onde as pessoas se reuniram e onde<br />

se aproveitou para vender alguma coisa, que também é<br />

importante”, contou Vítor Amaro.<br />

De realçar também que, a partir de Fevereiro, a<br />

GAVE vai passar a participar na Feira de S. Pedro<br />

todos os primeiros fins-de-semana de ca<strong>da</strong> mês,<br />

bem como no terceiro sábado de ca<strong>da</strong> mês.<br />

Ao longo do ano, a GAVE também tem previsto<br />

realizar na Vila Al<strong>da</strong>, em Sintra, várias exposições,<br />

nomea<strong>da</strong>mente “trabalhos para o Dia <strong>da</strong> Criança, queremos<br />

também fazer algo alusivo aos Santos Populares,<br />

com o objectivo de atrair mais turistas àquela zona de<br />

Sintra, que está pouco explora<strong>da</strong> turisticamente”.<br />

A GAVE é também notícia pela recém entrega de<br />

prémios do Concurso de Presépios de Natal, que<br />

o seu presidente diz ter corrido “maravilhosamente<br />

bem”.<br />

O artesão César Cruz foi o vencedor deste concurso,<br />

tendo Vítor Amaro sido distinguido com o segundo<br />

prémio. Zulmira Cruz arrecadou o terceiro prémio<br />

do concurso, enquanto Nuno Justino foi alvo de<br />

uma Menção Honrosa. O jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong><br />

associou-se à iniciativa oferecendo um prémio especial<br />

que calhou em sorte à artesã Zulmira Cruz.<br />

O responsável aproveitou para deixar uma palavra<br />

de apreço a Rui Santos, <strong>da</strong> Vila Al<strong>da</strong>, ao Vice-Presidente<br />

<strong>da</strong> Câmara Municipal de Sintra, Marco<br />

Almei<strong>da</strong>, e ao Presidente <strong>da</strong> Junta de Freguesia do<br />

Cacém, José Faustino, por todo o apoio dedicado<br />

à GAVE: “Sem eles a GAVE não teria a pujança e a<br />

força que tem e que a tornam num cartão-de-visita <strong>da</strong><br />

freguesia”, conclui.<br />

27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

GAVE elege novo presidente Associação de Pais<br />

CRECHE<br />

JARDIM DE INFÂNCIA<br />

ATL<br />

do 5.º ao 9.º Ano<br />

<strong>da</strong> Espan dá prémios<br />

A Associação de Pais e Encarregados de Educação<br />

<strong>da</strong> Escola Secundária Padre Alberto<br />

Neto (APESPAN) promoveu recentemente um<br />

Concurso de Postais de Natal <strong>da</strong> ESPAN.<br />

A exposição dos trabalhos foi inaugura<strong>da</strong> no passado<br />

dia 20 de <strong>Janeiro</strong>, na presença de inúmeros<br />

alunos, professores e encarregados de educação<br />

e foi notório que existe muita criativi<strong>da</strong>de<br />

artística e talento entre os alunos <strong>da</strong> ESPAN.<br />

O júri do concurso foi composto professores,<br />

funcionários, pais e alunos <strong>da</strong> associação de<br />

estu<strong>da</strong>ntes. Os vencedores foram: Inês Coutinho<br />

(7ºB), João Carvalho (9ºB), Catarina Rebelo e<br />

Miriam Francisco (9ºB), David Silva (12ºE),<br />

Sérgio Manuel Afonso (12ºE) e Karina Lucena<br />

Silva (12ºE). A APESPAN entregou diplomas<br />

e uma pequena lembrança aos três primeiros<br />

classificados, tanto do ensino básico como do<br />

secundário, tendo todos os alunos que aderiram<br />

à iniciativa recebido igualmente diplomas de<br />

participação. Alice Benedito, Vice-Presidente <strong>da</strong><br />

APESPAN, explicou ao jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong><br />

que “a ideia era transformar os trabalhos dos três<br />

vencedores num Postal de Natal que posteriormente<br />

enviávamos aos encarregados de educação aquando<br />

do envio <strong>da</strong>s notas”. Para a responsável, “a maioria<br />

dos trabalhos está muito original e há alguns onde se<br />

nota que existe muito trabalho, muita aplicação por<br />

parte do aluno”.<br />

Também a direcção <strong>da</strong> ESPAN se fez representar<br />

na inauguração <strong>da</strong> exposição e logo pelo<br />

Director <strong>da</strong> Escola, José Brasão: “Já anteriormente<br />

tínhamos intenção de anualmente realizarmos e editarmos<br />

Postais de Natal. Este ano encontrámos na<br />

APESPAN um óptimo parceiro para desenvolver e<br />

concretizar esta ideia”.<br />

Telef.: 21 916 95 20 - Fax: 21 916 95 21<br />

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27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Acção de Natal <strong>da</strong> PSP de Oeiras<br />

Alunos fazem bonecos de neve<br />

Miguel Fonseca e Pedro António,<br />

ambos de 9 anos, são alunos <strong>da</strong> EBI<br />

Miraflores e fizeram parte <strong>da</strong>s 18<br />

crianças <strong>da</strong>quela escola que integraram<br />

o projecto promovido pelos agentes<br />

<strong>da</strong> Escola Segura de Oeiras, que<br />

consistia em efectuar um boneco de<br />

neve recorrendo apenas a materiais<br />

reciclados.<br />

Sorridentes, foi com orgulho que as<br />

duas crianças viram o «seu» boneco<br />

exposto entre outros trabalhos<br />

no Centro Comercial Dolce Vita, em<br />

Miraflores. “Ficou muito giro e original,<br />

é dos mais bonitos que aqui estão”,<br />

contava-nos o pequeno Miguel, o mais<br />

desenvolto dos dois.<br />

Três dias foi quanto demorou até ficar<br />

pronto o boneco de neve <strong>da</strong> EBI<br />

Miraflores que foi feito de materiais<br />

e desperdícios utilizados como jornais,<br />

restos de lençol e papel, sacos<br />

de plástico, restos de arranjos florais,<br />

cápsulas de café, esferovite, garrafas<br />

de plástico, pacotes de leite, rolos de<br />

papel higiénico e folhas secas.<br />

Além <strong>da</strong> EBI Miraflores, dezenas de<br />

outras escolas e jardins-de-infância<br />

de todo o concelho de Oeiras mobilizaram-se<br />

e participaram no repto <strong>da</strong><br />

Escola Segura de Oeiras, efectuando,<br />

Crianças e polícias interagiram de forma salutar<br />

ca<strong>da</strong> uma, o seu boneco de neve.<br />

Com mais ou menos criativi<strong>da</strong>de, com<br />

mais ou menos adereços alusivos à<br />

polícia, todos os trabalhos foram elogiados<br />

pelas forças de segurança mas<br />

também por professores, educadores<br />

e, claro, por muitos pais babados.<br />

To<strong>da</strong>via, na entrega dos diplomas a<br />

que O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> assistiu, foram<br />

poucas as crianças que puderam estar<br />

presentes em virtude de se tratar de<br />

um dia de semana, em horário escolar.<br />

Na cerimónia de Miraflores, em tudo<br />

semelhante às que já haviam decorrido<br />

noutros pontos do concelho, esteve<br />

presente o Coman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> Esquadra<br />

<strong>da</strong> PSP de Miraflores, Subcomissário<br />

Ficha Técnica<br />

jornal mensal de acTuali<strong>da</strong>de<br />

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Director: Paulo Pimenta Editor Chefe: Pedro Quaresma Re<strong>da</strong>cção: Claúdia Silveira, Jorge Cordeiro,<br />

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Pimenta Paginação e Impressão: MX3 - Artes Gráficas – Rua Alto do Forte - Sintra Comercial Park -<br />

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Litoral Publicações e Edições, L<strong>da</strong>. – Matr. Nº 12018 – Cons. Reg. Com. Oeiras<br />

- Capital social: 5 000 € - N. C. 504285092 - Depósito Legal N.º 27706/89 - Registo na<br />

I.C.S. N.º 114185. Tiragem do mês: 15 mil exemplares<br />

Preço de Assinatura anual – 12 edições: 13 euros<br />

• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e Escola Segura Oeiras<br />

Alguns dos agentes <strong>da</strong> Escola Segura<br />

Antunes, bem como os presidentes<br />

<strong>da</strong>s Juntas de Freguesia de Algés e<br />

Lin<strong>da</strong>-a-Velha, além de uma representante<br />

<strong>da</strong> freguesia de Cruz Quebra<strong>da</strong>/<br />

Dafundo: “Este é o tipo de iniciativas<br />

que é fun<strong>da</strong>mental existirem na socie<strong>da</strong>de.<br />

Eu ain<strong>da</strong> sou do tempo em que se<br />

ameaçavam os meninos que não comessem<br />

a sopa de que chamávamos a polícia. É<br />

fun<strong>da</strong>mental que se crie esta aproximação<br />

entre as crianças e as<br />

forças de segurança,<br />

o dia não foi o mais<br />

apropriado porque<br />

seria importante que<br />

as crianças estivessem<br />

aqui presentes já que a<br />

festa é deles. De qualquer<br />

forma, parabéns à<br />

polícia, <strong>da</strong> nossa parte<br />

estaremos sempre<br />

dispostos a aju<strong>da</strong>r”,<br />

sublinhou Joaquim<br />

M a n u e l R i b e i ro ,<br />

Presidente <strong>da</strong> Junta<br />

de Freguesia de Algés.<br />

O autarca, tal como aconteceu<br />

com os presidentes de Lin<strong>da</strong>-a-Velha<br />

e Cruz Quebra<strong>da</strong>/Dafundo, ofereceu<br />

a to<strong>da</strong>s as escolas <strong>da</strong> sua freguesia um<br />

diploma de participação e um troféu<br />

alusivo à iniciativa.<br />

Também o Coman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> Esquadra<br />

<strong>da</strong> PSP de Miraflores, o Subcomissário<br />

Antunes, sublinhou que “são iniciativas<br />

como estas que tendem a aproximar<br />

os ci<strong>da</strong>dãos e, em especial, as crianças <strong>da</strong><br />

polícia, que não deve ser vista como uma<br />

uni<strong>da</strong>de estanque, sozinha e fecha<strong>da</strong> sobre<br />

si própria. Desse ponto de vista, estar<br />

nesta cerimónia com as forças vivas do<br />

concelho, é também fazer com que a polícia<br />

esteja mais próxima do ci<strong>da</strong>dão pelo<br />

que to<strong>da</strong>s as iniciativas com este cariz são<br />

de louvar”, destacou.<br />

O agente Miguel Gama foi um dos<br />

mentores do projecto e, claro, um dos<br />

elementos <strong>da</strong> Escola Segura de Oeiras<br />

envolvidos na realização <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de:<br />

“Quero agradecer às escolas e jardinsde-infância<br />

que aderiram à iniciativa, sei<br />

que a altura não foi a melhor em virtude<br />

de ser Natal e haver muitos projectos e<br />

poucos funcionários por causa <strong>da</strong> gripe<br />

A, mas agradeço a todos o empenho que<br />

colocaram nesta acção que tem duas finali<strong>da</strong>des:<br />

a nossa principal preocupação é a<br />

segurança <strong>da</strong>s crianças mas também nos<br />

preocupamos com o ambiente, <strong>da</strong>í que nos<br />

tenhamos lembrado de pedir às crianças<br />

para fazerem algo com materiais reciclados<br />

para terem noção de tudo aquilo que<br />

podem fazer com materiais que podem ter<br />

várias utili<strong>da</strong>des”, explicou.<br />

O projecto englobou os 12 elementos<br />

<strong>da</strong> equipa Escola Segura de Oeiras,<br />

entre os quais a Chefe Margari<strong>da</strong><br />

Condeça: “Desde que estamos integrados<br />

como Escola Segura ao nível <strong>da</strong><br />

Divisão de Oeiras temos feito diversos<br />

projectos tendo em vista to<strong>da</strong>s as escolas<br />

do concelho, nomea<strong>da</strong>mente as escolas<br />

básicas e os infantários. Neste caso, as<br />

escolas foram dividi<strong>da</strong>s por esquadras, ou<br />

seja, na área <strong>da</strong> 80ª Esquadra tínhamos<br />

as escolas <strong>da</strong>s freguesias de Oeiras e São<br />

Julião <strong>da</strong> Barra e Paço de Arcos, tendo<br />

os trabalhos aí realizados sido expostos<br />

no Centro Comercial Palmeiras e na<br />

Junta de Freguesia de Paço de Arcos. Na<br />

81ª Esquadra, que é esta de Miraflores,<br />

as escolas de Algés, Lin<strong>da</strong>-a-Velha e<br />

Cruz Quebra<strong>da</strong> Dafundo expuseram no<br />

Dolce Vita Miraflores. Na 82ª Esquadra<br />

(Porto Salvo), os bonecos de neve estiveram<br />

expostos no Centro Comercial<br />

Presidente de JF Lin<strong>da</strong>-a-Velha<br />

Social<br />

Dois jovens artistas junto do seu boneco<br />

Intermarché. Na área <strong>da</strong> 83ª Esquadra,<br />

Carnaxide, os trabalhos ficaram expostas<br />

no Centro Comercial Solatia, enquanto<br />

na 84ª Esquadra, de Caxias, os bonecos<br />

foram expostos na Junta de Freguesia.<br />

Finalmente, os trabalhos referentes à 85ª<br />

Esquadra, em Queijas, foram apresentados<br />

no Mercado Municipal de Queijas”,<br />

indicou a responsável.<br />

Entre os diversos bonecos de neve encontravam-se<br />

alguns “claramente alusivos<br />

à polícia e outros com mensagens<br />

referentes à polícia” o que, no entender<br />

<strong>da</strong> Chefe Margari<strong>da</strong> Condeça, “criou<br />

uma proximi<strong>da</strong>de entre os alunos e esta<br />

força policial”.<br />

Representante <strong>da</strong> JF Cruz Quebra<strong>da</strong> / Dafundo<br />

Presidente <strong>da</strong> JF Algés<br />

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Actual<br />

Bailes Seniores em Carnaxide<br />

A Junta de Freguesia de Carnaxide está a promover bailes mensais para os fregueses<br />

seniores, com i<strong>da</strong>de igual ou superior a 55 anos. Com animação de Fernando<br />

Correia (Organista e Vocalista), o primeiro baile decorre no dia 28 de <strong>Janeiro</strong>, pelas<br />

15h00, na Salão Nobre <strong>da</strong> Junta.<br />

Também já estão agen<strong>da</strong>dos o Baile de Carnaval, no dia 18 de Fevereiro, às 14h00,<br />

cujas respectivas inscrições terão início no dia 1 de Fevereiro, e outro no dia 25 de<br />

Março, pelas 15h00 com inscrições a partir do 1 dia de Março.<br />

Os interessados devem inscrever-se nos serviços <strong>da</strong> sede <strong>da</strong> Junta de Freguesia de<br />

Carnaxide, nos horários de atendimento ao público (2.ª, 4.ª e 6.ª feiras <strong>da</strong>s 09h00<br />

às 17h00, e 3.ª e 4.ª feiras <strong>da</strong>s 09h00 às 20h00). As inscrições também poderão ser<br />

efectua<strong>da</strong>s através do e-mail gabineteapoiosocial@jf-carnaxide.pt, bastando referir<br />

as <strong>da</strong>tas dos bailes em que se pretende inscrever, nome e contacto telefónico para<br />

receber posteriormente um e-mail de confirmação <strong>da</strong> inscrição.<br />

Tempo Jovem em Oeiras<br />

Já se encontram abertas as inscrições<br />

para o Programa Tempo Jovem – projecto<br />

de ocupação de tempos livres<br />

para jovens munícipes, <strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal de Oeiras. Este programa<br />

visa a participação <strong>da</strong> juventude em<br />

activi<strong>da</strong>des de utili<strong>da</strong>de social e comunitária,<br />

assim como o contacto com<br />

o mundo do trabalho autárquico e institucional.<br />

Podem participar neste programa jovens<br />

residentes no Concelho de Oeiras<br />

com i<strong>da</strong>des compreendi<strong>da</strong>s entre os 18<br />

e os 30 anos e que tenham como habilitações<br />

literárias mínimas o 9º ano de<br />

escolari<strong>da</strong>de.<br />

O Programa decorre de Março a<br />

Dezembro de 2010, enquadrado em um<br />

dos seguintes períodos de funcionamento:<br />

09.30/12.30 horas; 14.30/17.30<br />

horas; outro horário de acordo com as<br />

necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de receptora;<br />

60 horas mensais a realizar por jovens<br />

estu<strong>da</strong>ntes universitários em projectos<br />

específicos.<br />

As fichas de inscrição podem ser obti<strong>da</strong>s<br />

no site do município, nos Centros<br />

de Juventude de Oeiras e nos Espaços<br />

Jovem de Algés, de Lin<strong>da</strong>-a-velha e<br />

de Carnaxide, bem como nos postos<br />

de atendimento <strong>da</strong> Autarquia de<br />

Carnaxide e de Lin<strong>da</strong>-a-velha.<br />

Novo Presidente nos BV Dafundo<br />

Armando Soares, antigo adjunto de Isaltino Morais na<br />

Câmara Municipal de Oeiras, tomou posse no passado dia<br />

6 de <strong>Janeiro</strong> como Presidente <strong>da</strong> Associação Humanitária<br />

dos Bombeiros Voluntários do Dafundo.<br />

Na toma<strong>da</strong> de posse dos novos órgãos sociais, o agora<br />

presidente e o coman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> corporação, Carlos Jaime,<br />

trocaram elogios e expressaram votos de confiança na continuação<br />

de um trabalho meritório desenvolvido em prol<br />

<strong>da</strong> população <strong>da</strong> Cruz Quebra<strong>da</strong> / Dafundo.<br />

Paço de Artes elege corpos sociais<br />

A Paço de Artes – Associação dos<br />

Artistas Plásticos de Paço de Arcos<br />

elegeu recentemente os novos Corpos<br />

Sociais <strong>da</strong> instituição com o intuito<br />

de legitimar e confirmar a eleição <strong>da</strong><br />

única lista concorrente. Chagas Ramos,<br />

Teodomiro Barral e Isaura Oliveira<br />

foram empossados, respectivamente,<br />

para Presidente <strong>da</strong> Assembleia Geral,<br />

Direcção e Conselho Fiscal para o biénio<br />

2010/2011.<br />

Tal como em outros actos eleitorais,<br />

a Assembleia Eleitoral decorreu na<br />

sede <strong>da</strong> Associação e registou um<br />

elevado número de participantes,<br />

que se manifestaram tanto por voto<br />

directo como por voto por correspondência.<br />

A Associação Humanitária dos Bombeiros<br />

Voluntários de Queluz (A.H.B.V.Q.)<br />

elegeu recentemente os novos corpos<br />

sociais <strong>da</strong> direcção tendo eleito Ramiro<br />

Ramos para o cargo de Presidente.<br />

Na cerimónia solene estiveram presentes<br />

o Vice-Presidente <strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal de Sintra, Marco Almei<strong>da</strong><br />

e o Vereador Domingos Quintas, assim<br />

como um representante <strong>da</strong> Liga<br />

dos Bombeiros Portugueses e o deputado<br />

<strong>da</strong> Assembleia <strong>da</strong> República, Rui<br />

Pereira, entre outras personali<strong>da</strong>des.<br />

Em exclusivo ao jornal O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>Linha</strong>, Ramiro Ramos traçou as metas<br />

para o man<strong>da</strong>to que agora inicia: “As<br />

priori<strong>da</strong>des do meu programa estão foca<strong>da</strong>s<br />

nos serviços solicitados à nossa corporação,<br />

no sentido de <strong>da</strong>r uma resposta cabal e satisfatória<br />

a todos os casos. Pretendo igualmente<br />

que a associação alcance em 2010 o<br />

necessário equilíbrio financeiro, algo que se<br />

prevê muito difícil”, referiu.<br />

Sobre as expectativas para o triénio<br />

directivo que agora principia, o novo<br />

presidente assumiu que são eleva<strong>da</strong>s:<br />

“Actualmente é muito difícil desempenharmos<br />

estas funções mas quando nos identificamos<br />

com uma causa e gostamos do voluntariado<br />

ultrapassa-se to<strong>da</strong>s as dificul<strong>da</strong>des.<br />

Presentemente, é lamentável verificar que<br />

existem três situações indefini<strong>da</strong>s para com<br />

os bombeiros em Portugal: não sabem o que<br />

fazer aos bombeiros; continua indefinido<br />

o financiamento dos corpos de bombeiros;<br />

não conseguiram<br />

arranjar um protocolo<br />

regulador <strong>da</strong>s<br />

carreiras dos bombeiros<br />

assalariados”,<br />

explica.<br />

O novo presidente<br />

considera imprescindível<br />

que exista<br />

uma forte relação<br />

de proximi<strong>da</strong>de<br />

entre a população<br />

e a sua corporação<br />

de bombeiros:<br />

“Em primeiro lugar,<br />

pretendo sensibilizar<br />

a população de<br />

Queluz para que todos<br />

se tornem sócios<br />

<strong>da</strong> nossa instituição<br />

pois seria importan-<br />

27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Ramiro Ramos<br />

BV Queluz tem novo Presidente<br />

te para fortalecer a relação entre a comuni<strong>da</strong>de<br />

e os bombeiros. Para tal, pretendo<br />

neste triénio fazer várias acções, nomea<strong>da</strong>mente<br />

simulacros nas freguesias <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />

de Queluz”.<br />

Questionado sobre a relação entre Comando<br />

e Direcção, Ramiro Ramos assegurou<br />

que “a relação entre o Presidente<br />

e o Coman<strong>da</strong>nte será sempre óptima. Já<br />

conheço bem o Coman<strong>da</strong>nte Emílio e já lhe<br />

manifestei total confiança, tanto nele como<br />

no respectivo Comando”.<br />

Fernan<strong>da</strong> Silva<br />

lança livro<br />

O director do jornal «Voz de Torcena»,<br />

Fernando Silva, lançou no passado<br />

dia 23 de <strong>Janeiro</strong>, na Quinta do Filinto<br />

em Tercena, a sua mais recente obra:<br />

«Graciosa – Refúgio Paradisíaco».<br />

Este novo trabalho insere-se numa série<br />

de escritos dedicados às ilhas açorianas,<br />

que o autor fez questão de visitar. Desde<br />

2002 que anualmente visita ca<strong>da</strong> uma<br />

delas, recolhendo e guar<strong>da</strong>ndo na sua<br />

memória as belezas potenciali<strong>da</strong>des e<br />

dificul<strong>da</strong>des destas ilhas.<br />

Trata-se de um tema que foge aos habituais<br />

<strong>da</strong>s suas restantes catorze publicações,<br />

mas entendeu o autor que, “uma vez<br />

que a maioria dos trabalhos já escritos nunca<br />

foram valorizados pelo grande público que<br />

com ele conviveu neste lugar e região, resolvi<br />

dedicar-me um pouco aquilo que conheci, que<br />

amei e que espero vir a ser o meu futuro”.<br />

«Graciosa – Refúgio Paradisíaco» diz<br />

também respeito a Tercena, à freguesia e<br />

ao concelho de Oeiras, porque foi nesta<br />

região, através dos factos focados que<br />

lhe deram inspiração para se focar nesta<br />

obra.


Dia dos<br />

Namorados<br />

CHOCOLATE<br />

COM PIMENTA<br />

Salão de Chá<br />

14 de Fevereiro<br />

MONTRA ANTIGA<br />

Chávena Ridgway Staffordshire - 6,00e<br />

JULIETA<br />

Joalharia<br />

Ourivesaria<br />

Ouro Joías Pratas<br />

Um chá diferente<br />

num dia especial<br />

Centro Comercial<br />

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Loja 616<br />

Tel. 96 461 86 07<br />

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Camisa de Algodão - 30,00e<br />

Gravata de Se<strong>da</strong> - 20,00e<br />

Carcavelos<br />

Tel. 21 457 01 19<br />

Algés<br />

PIROGRAVURA<br />

A arte de trabalhar<br />

a madeira<br />

com o fogo<br />

Tel. 21 411 37 45 96 822 74 49<br />

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Massagem<br />

ou Tratamento Facial<br />

“Especial Dia dos Namorados” por 49e<br />

(Váli<strong>da</strong> em Fevereiro)<br />

Quinta <strong>da</strong> Marinha<br />

Cascais - Tel. 21 482 91 40<br />

Feira de S. Pedro<br />

de Sintra<br />

Dias 6 e 7 de Fevereiro<br />

PHOTOPRISMA<br />

Moldura Digital<br />

a partir de 60,00e<br />

Centro Comercial Palmeiras<br />

Oeiras<br />

Tel. 21 192 92 11<br />

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DO ESPARGAL<br />

Florista<br />

Dia 14 de Fevereiro<br />

(Domingo)<br />

estamos abertos<br />

Oeiras<br />

Tel. 21 441 11 38<br />

Alcântara/Lisboa<br />

Tel. 96 320 67 54<br />

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pren<strong>da</strong>s<br />

Ofereça<br />

Amor<br />

Sorteio de uma noite<br />

num motel<br />

consumo mínino<br />

por casal - 10,00e<br />

M´AGRADA<br />

Perfumaria<br />

Perfumes para<br />

um dia diferente<br />

Algés<br />

Tel. 21 410 82 53<br />

OCEANIA<br />

Pastelaria<br />

Paço de Arcos<br />

Tel. 21 443 23 03<br />

Pastelaria<br />

fina diversa<br />

V BAR<br />

LOVER´S<br />

NIGHT


10 Actual<br />

27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Espaço comercial abre em Queluz<br />

A SPAR, que é a maior cadeia de retalho<br />

alimentar do mundo, com mais<br />

de 14 mil lojas em 34 países, abriu<br />

no passado dia 23 de Dezembro uma<br />

loja na Av. Elias Garcia, 70/72, em<br />

Queluz.<br />

Jerónimo Pires é o proprietário deste<br />

espaço franchisado, que está sob a gerência<br />

de João Vasco e que disponibiliza<br />

aos seus clientes áreas de peixaria,<br />

O gerente com dois responsáveis por sectores <strong>da</strong> loja<br />

talho, take away quente, charcutaria<br />

e frutaria, além <strong>da</strong> tradicional área de<br />

supermercado com congelados, lacticínios<br />

ou higiene, entre outros.<br />

Actualmente, a SPAR coloca ao dispor<br />

dos seus clientes mais de 6 mil<br />

produtos e irá, em breve, alargar esse<br />

número para 12 mil em virtude do<br />

amplo espaço disponível. De realçar<br />

também que a SPAR de Queluz dispõe<br />

já de cerca de 500 produtos<br />

de marca própria,<br />

podendo até ao<br />

final do presente ano<br />

comercializar cerca de<br />

900 produtos <strong>da</strong>quela<br />

marca.<br />

Ao nosso jornal, o proprietário<br />

fez um balanço<br />

muito positivo<br />

dos primeiros dias de<br />

«casa»: “Temos vindo<br />

a estu<strong>da</strong>r os hábitos <strong>da</strong><br />

população para <strong>da</strong>rmos<br />

uma resposta ca<strong>da</strong> vez<br />

melhor às necessi<strong>da</strong>des<br />

de to<strong>da</strong> esta região. A<br />

população tem vindo a<br />

Frutos do Mar 87<br />

Produtos congelados de alta quali<strong>da</strong>de<br />

Peixe – Marisco – Salgados e Legumes<br />

Fornecedor de Cantinas<br />

Restaurantes e Peixarias<br />

Loja 1 (Queluz)<br />

Rua José Afonso, n.º 32 A<br />

Casal <strong>da</strong>s Quintelas • Tel.: 21 436 09 85<br />

Loja 2 (Amadora)<br />

Av. D. Nuno Álvares Pereira, 8 A<br />

Tel.: 21 492 67 67<br />

<strong>da</strong>r uma resposta muito positiva<br />

nestes primeiros dias<br />

e já vai fazendo desta loja<br />

um ponto diário de paragem<br />

obrigatória. Queluz não é<br />

uma freguesia-dormitório,<br />

existe aqui uma população<br />

fixa, sobretudo ao nível <strong>da</strong><br />

terceira i<strong>da</strong>de, que gosta de<br />

fazer as suas compras diárias,<br />

nomea<strong>da</strong>mente no que<br />

diz respeito a produtos frescos”,<br />

adianta.<br />

Caso a resposta positiva<br />

regista<strong>da</strong> em Queluz se<br />

mantenha nos meses subsequentes,<br />

Jerónimo Pires pretende levar a marca<br />

SPAR a outros concelhos <strong>da</strong> Área<br />

Metropolitana de Lisboa: “Pretendemos<br />

abrir mais lojas, não só nesta zona mas<br />

também na <strong>Linha</strong> do Estoril e de Cascais.<br />

Estamos neste momento à procura de novos<br />

espaços”, assume. A SPAR de Queluz<br />

encontra-se aberta ao público de<br />

segun<strong>da</strong> a sábado <strong>da</strong>s 9h00 às 21h00 e<br />

aos domingos <strong>da</strong>s 10h00 às 18h00.<br />

Recorde-se que a SPAR foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

na Holan<strong>da</strong> em 1932 por Adriaan van<br />

Almoçageme comemora 118 anos<br />

A Socie<strong>da</strong>de Recreativa e Musical de Almoçageme comemorou<br />

no primeiro dia do ano o seu 118º aniversário com<br />

várias iniciativas para os sócios, entre as quais um concerto<br />

<strong>da</strong> Ban<strong>da</strong> <strong>da</strong> colectivi<strong>da</strong>de, lidera<strong>da</strong> pelo Maestro Panta<br />

Nunes. No decorrer do concerto foi igualmente apresenta<strong>da</strong><br />

a escolinha de música, que também teve oportuni<strong>da</strong>de de<br />

actuar e de levar a assistência ao rubro.<br />

Anteriormente, a colectivi<strong>da</strong>de presidi<strong>da</strong> por Marcelino<br />

<strong>da</strong> Cruz Jorge promoveu uma missa com romagem pelo<br />

cemitério, bem como um animado desfile pelas ruas de<br />

Almoçageme, freguesia de Colares. Por outro lado, na<br />

Sessão Solene foram homenageados alguns associados <strong>da</strong><br />

SRMA pelos anos de filiação, bem como o Maestro Panta<br />

Nunes e o Director Musical <strong>da</strong> ban<strong>da</strong>, Francisco Doroteia.<br />

Também a Comissão de Festas de Nossa Senhora <strong>da</strong> Graça<br />

foi homenagea<strong>da</strong> pela colectivi<strong>da</strong>de.<br />

JOMA celebra<br />

37.º aniversário<br />

A Juventude Operária de Monte Abraão (JOMA)<br />

assinala no dia 28 de <strong>Janeiro</strong> o seu 37º aniversário<br />

com a realização de uma Sessão Solene que se realiza<br />

pelas 21h30, na sede social do clube, e na qual terá<br />

lugar a toma<strong>da</strong> de posse <strong>da</strong> direcção do JOMA para<br />

o biénio 2009-2011.<br />

João Pedro Cardoso volta a assumir os destinos do<br />

clube, que está sedeado na Rua Prof. Dr. Virgílio<br />

Machado, Edifício Olimpo, n.º22/24 – Loja B, em<br />

Monte Abraão.<br />

Alguns dos responsáveis <strong>da</strong> SPAR Queluz<br />

Well, com o objectivo de assegurar a<br />

cooperação entre grossistas e retalhistas<br />

independentes, como resposta ao<br />

crescimento de cadeias de supermercados<br />

na Europa.<br />

Actualmente, a SPAR Internacional é<br />

responsável pela coordenação e desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> organização SPAR<br />

em todo o mundo, ao mesmo tempo<br />

que tem vindo a estabelecer operações<br />

em to<strong>da</strong> a Ásia, África e Europa<br />

Oriental para complementar os actuais<br />

mercados.<br />

Valorsul<br />

recebe<br />

certificação<br />

A Valorsul recebeu a Certificação de<br />

Quali<strong>da</strong>de, em complemento à renovação<br />

<strong>da</strong>s Certificações de Ambiente<br />

e Segurança, passando a ter um Sistema<br />

de Gestão Integra<strong>da</strong> de Ambiente,<br />

Segurança e Quali<strong>da</strong>de para to<strong>da</strong>s as<br />

activi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> empresa. Iniciado em<br />

2005, este processo resulta do esforço<br />

para a implementação e manutenção<br />

do Sistema de Gestão Integra<strong>da</strong> de<br />

Ambiente, Segurança e Quali<strong>da</strong>de e<br />

permite à Valorsul melhorar o nível<br />

de redução de impactos ambientais<br />

e custos na activi<strong>da</strong>de, mas, principalmente,<br />

permite a melhoria contínua<br />

no desempenho <strong>da</strong> empresa.<br />

Maior satisfação dos colaboradores<br />

pela promoção de um ambiente de<br />

trabalho seguro e saudável e maior<br />

eficácia no planeamento operacional<br />

são condições para a maior satisfação<br />

dos clientes <strong>da</strong> Valorsul e de todos<br />

os intervenientes que participam na<br />

activi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> empresa.<br />

A certificação <strong>da</strong> Valorsul foi emiti<strong>da</strong><br />

pela enti<strong>da</strong>de certificadora SGS<br />

ICS, segundo as normas NP EN ISO<br />

9001 (Quali<strong>da</strong>de), NP EN ISO 14001<br />

(Ambiente) e OHSAS 18001 (Segurança<br />

e Saúde no Trabalho).<br />

As crianças precisam<br />

de cui<strong>da</strong>dos especiais de visão<br />

Armações e lentes <strong>da</strong>s melhores<br />

e pretigia<strong>da</strong>s marcas<br />

Lentes progressivas a partir de 80e


12 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e J.A.<br />

27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Depois de várias déca<strong>da</strong>s dedica<strong>da</strong>s<br />

à enfermagem, José Aranha<br />

continua a aju<strong>da</strong>r o próximo participando<br />

em missões humanitárias<br />

em países onde prolifera a<br />

fome e as doenças ou onde catástrofes<br />

naturais ou guerras exigem<br />

a sua presença. Recentemente,<br />

voltou de Cabo Verde onde ajudou<br />

a população local a erradicar<br />

uma epidemia de dengue que infectou<br />

milhares de pessoas.<br />

O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) - Como correu<br />

a missão humanitária em Cabo<br />

Verde em que participou com a AMI<br />

na luta contra a propagação <strong>da</strong> dengue?<br />

José Aranha (J.A.) – Correu muito bem,<br />

felizmente. Cabo Verde recebeu muita<br />

aju<strong>da</strong> estrangeira e tem uns serviços<br />

de saúde bem organizados, que não<br />

se vêem em muitos países africanos.<br />

Nesta acção esteve presente a AMI mas<br />

também uma delegação dos Hospitais<br />

<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Coimbra, bem<br />

como voluntários espanhóis, brasileiros<br />

e franceses.<br />

C.L. - Como eram as condições em<br />

que teve de desempenhar este trabalho?<br />

J.A. - O trabalho desenvolvido em<br />

Cabo Verde foi aquilo que nós chamamos<br />

de missões de emergência pelo<br />

que as condições são, muitas vezes,<br />

as possíveis. Comecei por estar algum<br />

tempo na ilha de São Tiago, na Ci<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> Praia, mas depois, a pedido do<br />

Ministério <strong>da</strong> Saúde cabo-verdiano,<br />

fui para a ilha de São Nicolau onde<br />

trabalhava no Centro Hospitalar do<br />

Tarrafal de São Nicolau. Estava na<br />

capital mas os meus colegas <strong>da</strong> outra<br />

briga<strong>da</strong> <strong>da</strong> AMI que foram para a Ilha<br />

José Aranha, Voluntário <strong>da</strong> AMI<br />

Participou em 11 acções humanitárias<br />

do Fogo já tiveram de trabalhar em<br />

ten<strong>da</strong>s porque os casos eram muitos e<br />

o hospital não tinha capaci<strong>da</strong>de.<br />

C.L. - Que género de trabalho desenvolvia<br />

em Cabo Verde?<br />

J.A. - Fomos lá para tratar as pessoas<br />

que nos apareciam infecta<strong>da</strong>s com dengue<br />

e para trabalhar na profilaxia e na<br />

prevenção nas poucas horas vagas que<br />

dispúnhamos! Em São Nicolau não tivemos<br />

muitos casos e aí trabalhámos<br />

mais na base <strong>da</strong> prevenção e na destruição<br />

do habitat do mosquito, o que para<br />

nós foi útil porque conseguimos que a<br />

ilha não fosse muito atingi<strong>da</strong>. Isso já<br />

não foi possível na Ilha do Fogo porque<br />

quando a AMI lá chegou já havia muitos<br />

casos e não se conseguiu trabalhar<br />

muito na prevenção. Nos picos maiores<br />

chegavam a aparecer mais de 400<br />

doentes infectados por dia. O dengue<br />

não tem um tratamento específico, atacamos<br />

os sintomas que vão aparecendo<br />

seja febre, tonturas ou diarreias.<br />

C.L. - Para quem não conhece, o que é<br />

o dengue?<br />

J.A. - O dengue é causado por um mosquito<br />

que anteriormente já picou uma<br />

pessoa contamina<strong>da</strong> por dengue. Na<br />

Atendimento de consulta médica em ten<strong>da</strong> no Sri Lanka, em<br />

2005<br />

Madeira existe o mesmo mosquito mas<br />

como não pica ninguém que esteja infectado<br />

não transmite a doença. A ci<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> Praia, em Cabo Verde, é um local<br />

por onde passam diariamente milhares<br />

de pessoas vin<strong>da</strong>s do Senegal e <strong>da</strong>s<br />

Guinés (Conacri e Bissau) e, esses sim,<br />

são países onde existe dengue já há<br />

muitos anos e provavelmente a doença<br />

disseminou-se precisamente porque o<br />

mosquito picou gente vin<strong>da</strong> desses países<br />

e foi a partir <strong>da</strong>í que se propagou.<br />

C.L. - Como se extermina esta doença?<br />

J.A. - A doença é causa<strong>da</strong> apenas pelo<br />

mosquito fêmea e a melhor forma de<br />

prevenção é matar o<br />

mosquito, destruindo<br />

o seu habitat. O<br />

mosquito fêmea põe<br />

os ovos nas águas, é<br />

por isso que os grandes<br />

focos de dengue<br />

aparecem na época<br />

<strong>da</strong>s chuvas.<br />

C.L. - Quanto tempo<br />

esteve em Cabo<br />

Verde?<br />

J.A. - Estava previsto<br />

irmos para Cabo<br />

Verde por um período<br />

de quase dois meses<br />

mas como as proporções<br />

<strong>da</strong> epidemia<br />

não eram tão graves<br />

como se supunha, ou<br />

pelo menos conseguiu-se controlar a situação<br />

mais rápido do que o previsto,<br />

acabámos por voltar para Portugal na<br />

véspera de Natal, quando era suposto<br />

chegarmos só no dia 7 de <strong>Janeiro</strong>. Para<br />

nós foi uma boa pren<strong>da</strong>, com a qual não<br />

contávamos, mas foi sobretudo muito<br />

importante para aquele povo pois conseguiu<br />

ver-se livre do dengue antes do<br />

que estava à espera.<br />

C.L. - Esta já não é a primeira missão<br />

humanitária em que participa...<br />

J.A. - É, se não estou em erro, a décima!<br />

Estive na Guiné, aquando <strong>da</strong> guerra entre<br />

o Ansoumane Mané e o Nuno Vieira,<br />

depois estive nas Honduras por ocasião<br />

do furacão Mitch, estive em Timor por<br />

três vezes, fiz parte <strong>da</strong> primeira equipa<br />

que chegou a Timor após a independência,<br />

ain<strong>da</strong> com tropas indonésias no<br />

território, passado uns anos fui lá mais<br />

duas vezes, estive também no Sri Lanka<br />

por ocasião do tsunami, em Dezembro<br />

de 2005, já por três vezes fui a Angola e<br />

estive agora em Cabo Verde.<br />

C.L. - Qual dessas experiências o marcou<br />

mais?<br />

J.A. - Foram duas! Uma delas foi a i<strong>da</strong><br />

à Guiné, não propriamente pela guerra<br />

mas pela quanti<strong>da</strong>de<br />

de crianças desnutri<strong>da</strong>s<br />

que ali fomos encontrar<br />

nessa altura. Apareciam<br />

muitas crianças em coma<br />

e pré-coma com paludismo,<br />

também ela uma<br />

doença transmiti<strong>da</strong> por<br />

um mosquito que prolifera<br />

graças às chuvas. A<br />

segun<strong>da</strong> experiência que<br />

também me marcou de<br />

forma especial foi a minha<br />

primeira i<strong>da</strong> a Timor,<br />

numa altura política ain<strong>da</strong><br />

muito conturba<strong>da</strong>, em<br />

que todos aqueles que<br />

eram portugueses eram<br />

perseguidos. Chegámos<br />

mesmo a ter de an<strong>da</strong>r a<br />

fugir por algumas noites<br />

para junto <strong>da</strong>s tropas <strong>da</strong>s Nações<br />

Uni<strong>da</strong>s. Os indonésios tinham um ódio<br />

enorme aos portugueses porque no seu<br />

entender, e provavelmente com razão,<br />

foi o então Primeiro-Ministro, Durão<br />

Barroso, que conseguiu junto <strong>da</strong> ONU<br />

que se fizesse o referendo que culminou<br />

com a independência de Timor-Leste.<br />

C.L. - Fez parte <strong>da</strong> comitiva <strong>da</strong> AMI em<br />

to<strong>da</strong>s as missões em que participou?<br />

J.A. - Não, as minhas duas primeiras<br />

missões foram com uma Igreja<br />

Evangélica, to<strong>da</strong>s as outras foram com<br />

a AMI.<br />

C.L. - Também costuma participar em<br />

acções de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de em Portugal?<br />

J.A. - Por estranho que possa parecer,<br />

não é muito fácil ser-se voluntário em<br />

Portugal! Estou reformado há cerca de<br />

cinco anos e, desde então, já me inscrevi<br />

na Junta de Freguesia a oferecer os<br />

meus serviços, já me ofereci na Cruz<br />

Vermelha Portuguesa – Núcleo <strong>da</strong> Parede,<br />

na ABLA ou na Remar e a ver<strong>da</strong>de é<br />

que ninguém me chama. Por vezes queremos<br />

aju<strong>da</strong>r e não podemos!<br />

C.L. - Como li<strong>da</strong> com a morte e com<br />

a doença <strong>da</strong>s pessoas que aju<strong>da</strong>?<br />

Consegue manter o devido afastamento?<br />

J.A. - É algo que vai surgindo gradualmente<br />

com o tempo. Terminei o meu<br />

curso de Enfermeiro Geral em 1966 pelo<br />

que já tenho bastante prática e até algu-<br />

“Ambulância” para transporte de doentes em Angola, e<br />

o serviço mais correcto. A pouco e pouco<br />

vamos conseguindo esse sentimento<br />

mas nem sempre é fácil porque há altura<br />

em que estamos tão empenhados<br />

no trabalho que nem nos apercebemos<br />

dos riscos que corremos, só depois ao<br />

deitar é que pensamos no que fizemos<br />

e no que nos podia ter acontecido. Em<br />

2006 estive em Angola, que é um país<br />

vastíssimo, e víamos<br />

crianças morrerem<br />

com fome, situação<br />

de todo injustificável<br />

em pleno século XXI.<br />

Não percebo como se<br />

continua a morrer de<br />

fome em alguns países<br />

quando há tanta<br />

abundância e comi<strong>da</strong><br />

que se deita fora nos<br />

países mais desenvolvidos.<br />

As crianças são<br />

sempre as que mais<br />

me comovem porque,<br />

em muitos casos, não<br />

têm sequer i<strong>da</strong>de para<br />

se saber defender <strong>da</strong><br />

fome.<br />

C.L. - Já viveu em países<br />

onde esteve «lado<br />

a lado» com epidemias<br />

e guerras. Qual<br />

foi a situação mais<br />

complica<strong>da</strong> em que Equipa <strong>da</strong> AMI nas monta<br />

se viu envolvido?<br />

J.A. - Talvez a de Timor-Leste, em que<br />

me vi obrigado a fugir para zelar pela<br />

minha segurança! De resto, não tenho<br />

corrido grandes riscos, mesmo nas situações<br />

de catástrofe em que corremos<br />

alguns riscos para ir socorrer pessoas<br />

feri<strong>da</strong>s, mas nunca tive situações críticas!<br />

C.L. - O que o motivou a querer fazer<br />

voluntariado?<br />

Almoço dos expatriados <strong>da</strong> AMI no Sri Lanka, em 2005<br />

ma «estaleca», que é importante para<br />

não bloquearmos e prestarmos sempre Equipa luso-australiana <strong>da</strong> AMI em Timor, em 1999


27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

no Mundo<br />

m 2006<br />

nhas de Timor<br />

J.A. - Sempre fui pobre, sei o que é ser<br />

pobre e qual é a sensação de precisar de<br />

algo e não ter quem nos socorra nem<br />

uma porta onde bater! Talvez tenha<br />

sido isso que, em primeiro lugar, me levou<br />

a seguir a carreira de enfermagem<br />

porque sentia que era uma área onde<br />

poderia <strong>da</strong>r um contributo importante<br />

e directo ao próximo.<br />

C.L. - Houve alguma altura em que se<br />

arrependeu do trabalho que estava a<br />

fazer como voluntário?<br />

J.A. - Não, os únicos arrependimentos<br />

que por vezes tenho, e felizmente<br />

não foram muitos, é de ser solicitado<br />

para uma missão e não poder ir por<br />

compromissos laborais. Hoje em dia<br />

estou reformado pelo que a decisão<br />

depende exclusivamente de mim mas<br />

antigamente trabalhava<br />

em hospitais<br />

e houve ocasiões em<br />

que queria ir mas<br />

não era dispensado.<br />

E depois também<br />

não nos podíamos<br />

demitir <strong>da</strong>s nossas<br />

funções porque<br />

quando a missão<br />

terminasse já não<br />

teria o meu lugar.<br />

O voluntariado na<br />

área <strong>da</strong> saúde está<br />

muito complicado,<br />

temos muita falta<br />

de enfermeiros e,<br />

Em 1998, rodeado de crianças na Guiné<br />

sobretudo, de médicos, porque os hospitais<br />

não os libertam. O Ministério <strong>da</strong><br />

Saúde dispensa os funcionários mas<br />

coloca sempre o «se a Administração<br />

do Hospital autorizar». A maior parte<br />

dos hospitais hoje só vêem euros à<br />

frente e não nos dispensam.<br />

C.L. - Como define o trabalho que<br />

os voluntários realizam neste tipo<br />

de missões?<br />

J.A. - É um gesto de dedicação ao próximo<br />

e que infelizmente é ca<strong>da</strong> vez mais<br />

necessário em muitas partes do mundo<br />

onde há guerras e casos extremos de<br />

fome. Um dos mais falados e vergonhosos<br />

casos <strong>da</strong> actuali<strong>da</strong>de passa-se<br />

no Darfur, onde há vários anos que<br />

diversas ONG´s tentam aju<strong>da</strong>m mas<br />

ninguém consegue lá chegar porque<br />

os governantes não deixam. Sabe-se<br />

que morrem diariamente milhares de<br />

pessoas nessas guerras e fico revoltado<br />

porque estamos disponíveis para aju<strong>da</strong>r,<br />

temos quem financie estas missões,<br />

mas não temos como lá chegar. Não é<br />

que tenhamos a ilusão de acabar com<br />

o sofrimento <strong>da</strong>quela gente mas basta<br />

salvarmos uma pessoa para a missão já<br />

valer a pena.<br />

C.L. - Existem muitos voluntários em<br />

Portugal?<br />

J.A. - Sim, existem muitos, felizmente<br />

há ca<strong>da</strong> vez mais, nomea<strong>da</strong>mente entre<br />

a juventude.<br />

C.L. - A que se deve esse fenómeno?<br />

J.A. - Creio que hoje em dia as pessoas<br />

estão mais consciencializa<strong>da</strong>s do<br />

que se passa no mundo! Na minha<br />

juventude não havia televisões como<br />

há hoje, actualmente ain<strong>da</strong> as coisas<br />

quase não aconteceram e nós já as<br />

estamos a ver nas televisões! Recordome<br />

que, aquando do tsunami do Sri<br />

Lanka, nunca a AMI teve tantas doações<br />

como naquela situação. Talvez<br />

por ser época do Natal e porque as<br />

imagens que nos chegavam pela televisão<br />

eram fortíssimas, aquilo mexeu<br />

tanto com a população portuguesa<br />

que esta se mobilizou como nunca e<br />

fez <strong>da</strong>quela a missão que mais donativos<br />

recolheu.<br />

C.L. - Reside no concelho de Cascais,<br />

existem ali muitos problemas<br />

sociais?<br />

J.A. - Existem, o desaparecimento <strong>da</strong>s<br />

Marianas e do Bairro do Fim do Mundo<br />

não resolveu a crise que existe, simplesmente<br />

espalhou as pessoas que ali<br />

estavam, na<strong>da</strong> mais! Além disso, o desemprego<br />

é uma reali<strong>da</strong>de e aquilo que<br />

constato é que há ca<strong>da</strong> vez mais gente<br />

a pedir. A AMI tem uma «Porta Amiga»<br />

em Cascais, isto é, um projecto em que<br />

os necessitados podem fazer as suas<br />

refeições, lavar a sua roupa ou tomar<br />

banho e os pedidos são ca<strong>da</strong> vez em<br />

maior número. Já aparece muita gente<br />

<strong>da</strong> classe média a pedir almoço, o que<br />

quer dizer que no concelho de Cascais,<br />

tal como noutros concelhos a nível na-<br />

cional, existe muita<br />

pobreza encoberta.<br />

C.L. - O sentimento<br />

de aju<strong>da</strong>r alguém<br />

supera as noites mal<br />

dormi<strong>da</strong>s?<br />

J.A. - Sim, até porque<br />

quando vamos lá<br />

para fora fazer voluntariado<br />

não ficamos<br />

em residenciais nem<br />

em hotéis mas sim<br />

no que há! E muitas<br />

vezes o que há é uma<br />

simples ten<strong>da</strong> debaixo<br />

de uma árvore...<br />

C.L. - Já se habituou<br />

a trocar o conforto do<br />

lar pelas ten<strong>da</strong>s de<br />

campanha?<br />

J.A. - Já, porque sei<br />

que estou a ser útil ao próximo. De<br />

vez em quando aparece um voluntário<br />

ou outro que vai para ali numa de<br />

fazer turismo mas essas também são<br />

pessoas que nunca mais aparecem a<br />

querer fazer missões porque isto dá<br />

realmente muito trabalho.<br />

C.L. - E a família apoia essa sua veia<br />

humanista ou também fica preocupa<strong>da</strong><br />

que possa, por exemplo, contrair<br />

alguma doença?<br />

J.A. - Isso é algo que por vezes acontece,<br />

infelizmente, ain<strong>da</strong> agora nesta viagem<br />

que fizemos a Cabo Verde houve<br />

um médico que teve de ser repatriado<br />

porque apanhou dengue e outro problema<br />

que não se conseguiu detectar.<br />

A princípio a minha esposa não queria<br />

que eu fizesse este tipo de missões mas<br />

com o tempo acabou por se a<strong>da</strong>ptar e<br />

hoje convive perfeitamente com essa<br />

situação.<br />

C.L. - Em 2010 tenciona continuar a<br />

participar neste tipo de missões?<br />

J.A. - Na AMI participamos em dois tipos<br />

de missões: as de emergência, como<br />

sejam as origina<strong>da</strong>s por catástrofes ou<br />

guerras, e as de desenvolvimento. Há<br />

missões que já desenvolvemos há vários<br />

anos, estamos por exemplo há dez<br />

anos na Ilha do Fogo com uma equipa<br />

de três enfermeiros, também já estamos<br />

há muitos anos na Guiné Bissau com<br />

uma missão permanente, em Angola já<br />

a tivemos mas agora não temos porque<br />

é muito complicado conseguir os vistos<br />

necessários. Além disso, também<br />

já existe há quase 20 anos uma missão<br />

de desenvolvimento em São Tomé e<br />

Algures no interior <strong>da</strong> Guiné, em 1998<br />

Entrevista 13<br />

Em Dili, no ano de 1999<br />

Príncipe e convém salientar que to<strong>da</strong>s<br />

elas são missões que duram seis meses.<br />

C.L. - Sente-se orgulhoso pela vi<strong>da</strong><br />

que escolheu?<br />

J.A. - Sim, sou humano e sinto um certo<br />

orgulho em fazer o que faço porque<br />

sei que sou útil estando no terreno, tal<br />

como é útil quem fica na retaguar<strong>da</strong> e<br />

proporciona que o nosso trabalho aconteça<br />

porque se não houver financiamentos<br />

também não podemos ir para<br />

as missões. É muito bom sentirmos que<br />

fazemos algo em prol dos outros.<br />

C.L. - Se lhe fosse concedido um desejo,<br />

o que pediria?<br />

J.A. - É um pedido muito banal mas<br />

que, nos dias que correm, é ca<strong>da</strong> vez<br />

mais pertinente. Pediria que houvesse<br />

empregos, tanto em Portugal como no<br />

mundo inteiro, para assim tentar acabar<br />

com a fome. Em Portugal há muita<br />

miséria encoberta, há muita gente<br />

a passar fome tanto nas classes mais<br />

baixas como também na classe média,<br />

vê-se que há ca<strong>da</strong> vez mais pessoas<br />

envergonha<strong>da</strong>s por terem que pedir<br />

e, por isso, o que eu pediria era que a<br />

economia recuperasse e, com isso, que<br />

houvesse uma maior estabili<strong>da</strong>de social<br />

e familiar.<br />

N.d.R. – Poucos dias depois de conceder esta entrevista ao jornal O<br />

<strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong>, José Aranha foi chamado pela AMI para integrar<br />

a equipa de voluntários que viajou para o Haiti, na sequência do<br />

terramoto que devastou a capital <strong>da</strong>quele país, Port-au-Prince, e<br />

que matou várias dezenas de milhar de pessoas e deixou muitas<br />

outras feri<strong>da</strong>s. À <strong>da</strong>ta a que este jornal é publicado, é no Haiti que<br />

se encontra o nosso entrevistado, naquela que é a sua 11ª missão<br />

humanitária.


14 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e D.O.R.<br />

27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Desportivo Operário do Rangel<br />

S. Silvestre desenvolveu o atletismo<br />

em todo o concelho <strong>da</strong> Amadora<br />

nacional como internacio- última edição <strong>da</strong> São Silvestre? porque temos quebras muito acentunal,<br />

porque consegue cati- A.M. - Ao nível do público surgiram a<strong>da</strong>s nos patrocínios. O comércio e<br />

var a presença de grandes alguns problemas, o Subcomissário <strong>da</strong> a indústria <strong>da</strong> Amadora estão con-<br />

atletas ao longo <strong>da</strong>s suas Polícia disse-me que não se recor<strong>da</strong> vencidos que, ao obtermos o patro-<br />

edições.<br />

de um ano em que houve tantas pescínio do Continente e <strong>da</strong> CMA, paga<br />

C.L. - Quantos atletas parsoas a quererem furar a segurança <strong>da</strong> a prova e o trabalho <strong>da</strong> organização.<br />

ticiparam na última São prova mas, tirando essas atitudes, a O Rangel debate-se hoje com bastan-<br />

Silvestre?<br />

organização foi positiva. Talvez não tes dificul<strong>da</strong>des porque a prova não<br />

A.M. - Não sei o número tenha corrido tão bem como em anos está a <strong>da</strong>r a rentabili<strong>da</strong>de que já deu<br />

exacto, mas seriam segu- anteriores porque este ano sentimos em anos anteriores. Tudo isto é fruto<br />

O Secretário-Geral António Manuel com o treinador do ramente mais de 900! A bastantes dificul<strong>da</strong>des para angariar de muito amor à camisola mas admito<br />

Futsal Paulo Veloso<br />

partir de uma certa altura patrocínios. Ca<strong>da</strong> vez há mais dificul- que, pelo menos eu, estou perto de<br />

Fun<strong>da</strong>do a 4 de Junho de 1961, na<br />

a prova cresceu de tal maneira<br />

que tivemos de contratar uma<br />

<strong>da</strong>des para reunir patrocínios condizentes<br />

com a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> prova, o<br />

atingir o ponto de saturação e até mesmo<br />

de desalento porque não encontro<br />

freguesia <strong>da</strong> Ven<strong>da</strong> Nova, Ama- empresa para tratar <strong>da</strong>s inscrições e Continente que é o nosso patrocinador aqui uma massa associativa dinâmica<br />

dora, o Desportivo Operário do <strong>da</strong>s classificações uma vez que somos principal cortou fortemente na verba como já tivemos. Praticamente não há<br />

Rangel (DOR), é uma associação<br />

de âmbito desportivo, cultural<br />

e recreativo que é conheci<strong>da</strong> sobretudo<br />

por organizar a conceitua<strong>da</strong><br />

Corri<strong>da</strong> de São Silvestre <strong>da</strong><br />

Amadora no último dia do ano.<br />

totalmente amadores neste campo!<br />

Além disso as pessoas liga<strong>da</strong>s à organização<br />

foram envelhecendo, os mais<br />

novos não demonstraram grande interesse<br />

nesse trabalho voluntário e,<br />

por conseguinte, tivemos que passar<br />

este trabalho a uma empresa de fora<br />

deste ano porque a crise bate à porta<br />

de todos.<br />

juventude neste bairro, o associativismo<br />

já poucos jovens cativa.<br />

C.L. - Quantos associados tem o<br />

DOR?<br />

A.M. - Tem cerca de 350 sócios, sendo<br />

que a larga maioria são pessoas já com<br />

uma i<strong>da</strong>de algo avança<strong>da</strong>. Mesmo a<br />

To<strong>da</strong>via, este clube tem vindo a porque já não podíamos continuar a<br />

televisão que antigamente trazia mui-<br />

perder alguma <strong>da</strong> sua força associa- sacrificar-nos e a perder duas noites<br />

ta gente ao clube hoje já não cativa<br />

tiva, sendo hoje um emblema que<br />

apenas movimenta desportistas<br />

no futsal e no atletismo. António<br />

Manuel, Secretário-Geral e membro<br />

<strong>da</strong> Direcção há mais de quatro<br />

déca<strong>da</strong>s, admite estar preocupado<br />

porque não surgem pessoas com<br />

consecutivas para fazer as classificações!<br />

C.L. - O número de participantes é<br />

sempre assim tão elevado?<br />

A.M. - Sim, está na média que temos<br />

registado nas últimas edições, apesar<br />

de ultimamente surgirem inúmeras<br />

São Silvestres no país, algumas <strong>da</strong>s<br />

ninguém, serão apenas meia dúzia<br />

os sócios que vêm ver os jogos aqui<br />

porque não têm os canais do cabo.<br />

Lutamos com muitas dificul<strong>da</strong>des<br />

mas o que se passa aqui passa-se com<br />

a maioria <strong>da</strong>s colectivi<strong>da</strong>des com o<br />

nosso cariz.<br />

C.L. - Dizia que a secção de atletismo<br />

novas ideias.<br />

quais à nossa porta! Lisboa vai já na<br />

está algo fragiliza<strong>da</strong>...<br />

segun<strong>da</strong> edição <strong>da</strong> São Silvestre, que é<br />

A.M. - É ver<strong>da</strong>de, como disse ante-<br />

O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) - O DOR feita dois ou três dias antes <strong>da</strong> nossa,<br />

riormente estamos num bairro bas-<br />

é o clube responsável pela organi- há a São Silvestre do Porto ou dos<br />

tante envelhecido pelo que sentimos<br />

zação <strong>da</strong> São Silvestre <strong>da</strong> Amadora, Olivais e os atletas são praticamente<br />

dificul<strong>da</strong>des para cativar e mobilizar<br />

como surgiu essa parceria com a CM os mesmos. Obviamente que mante-<br />

jovens. O número de atletas é hoje<br />

Amadora?<br />

mos sempre como <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> prova o dia Cartaz <strong>da</strong> 1.ª S. Silvestre <strong>da</strong> Amadora<br />

pouco significativo em relação ao que<br />

António Manuel (A.M.) - Esse é um 31 de Dezembro, por ser dia de São<br />

já tivemos, nomea<strong>da</strong>mente no atletis-<br />

erro comum que as pessoas costu- Silvestre, foi assim que ela nasceu e C.L. - Esses cortes prejudicam a quamo onde o número actual mais não é<br />

mam referir pois a organização <strong>da</strong> foi assim que ela foi crescendo. Tudo li<strong>da</strong>de <strong>da</strong> prova?<br />

que uma gota num oceano. As coisas<br />

São Silvestre <strong>da</strong> Amadora cabe ex- o que vem antes ou depois não tem A.M. - Comparativamente com anos estão bastante difíceis em termos de<br />

clusivamente ao Rangel. Esta prova na<strong>da</strong> a ver com o Desportivo Operário anteriores, a prova deste ano teve no- dirigismo para a secção e em termos<br />

nasceu em 1975, enquanto a Câmara do Rangel mas reconhecemos que há mes menos sonantes. Mantivemos o de treinador, a pessoa que dirigia a<br />

Municipal <strong>da</strong> Amadora (CMA) foi im- muitos atletas que já não vêm à nossa mesmo número de países participan- equipa teve de sair do clube por moplanta<strong>da</strong><br />

em 1979. É habitual que se prova em virtude de existirem outras tes para continuar a ser uma prova tivos pessoais e a equipa está entregue<br />

faça uma ligação <strong>da</strong> prova à autarquia São Silvestres no país.<br />

internacional mas não foram atletas a um colaborador que também é atleta<br />

mas essa colagem é erra<strong>da</strong> na medi<strong>da</strong> C.L. - E o público costuma associar-se de grande nomea<strong>da</strong> como já tivemos e que vai tomando conta dos miúdos.<br />

em que a prova foi cria<strong>da</strong> por mim a esta festa do atletismo?<br />

em anos transactos. Para o futuro, Estamos a negociar com uma pessoa<br />

em 1974, numa altura em que sentí- A.M. - Temos oscilações, tanto do nú- estamos a pensar abdicar dos atle- mais qualifica<strong>da</strong>, que é inclusivamenamos<br />

necessi<strong>da</strong>de de exteriorizar as mero de atletas como do público que tas internacionais porque, no fim de te um atleta de nome internacional,<br />

activi<strong>da</strong>des do clube. Estávamos, na assiste à prova, embora haja sempre contas, pouco nos trazem de benéfico! mas continuamos à espera de saber se<br />

altura, muito cingidos ao futebol e ao ao longo do percurso uma moldura Pensamos em tornar a prova mais na- as condições pretendi<strong>da</strong>s são, ou não,<br />

atletismo, este último de uma maneira humana muito significativa. Aliás, há cional para assim valorizar os nossos as que podemos oferecer.<br />

ain<strong>da</strong> muito primária, na medi<strong>da</strong> em atletas nacionais e internacionais de atletas e lhes atribuir os prémios, que C.L. - Não gostaria de ver, no futuro,<br />

que só após a primeira São Silvestre nomea<strong>da</strong> que já nos disseram que não são sempre bastante aliciantes. Graças o Rangel tornar-se num clube mais<br />

é que esta secção se desenvolveu no encontram em lado nenhum do mundo à São Silvestre, uma vez por ano fala- eclético?<br />

Rangel e, com isso, desenvolveu-se uma prova com tanta gente a assistir. se no Rangel!<br />

A.M. - Este clube já teve bastantes<br />

o atletismo em todo o concelho <strong>da</strong> C.L. - O que tem de tão especial esta C.L. - Além de alguma notorie<strong>da</strong>- mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des mas neste momento não<br />

Amadora. Vamos já na 35ª edição e prova?<br />

de, que dividendos traz a realização é possível abri-lo a outras activi<strong>da</strong>des.<br />

a prova tem tido um efeito bola de A.M. - É uma tradição a que as pes- desta prova ao Desportivo Operário Esse foi um dos objectivos <strong>da</strong>s direc-<br />

neve, sendo hoje considera<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s soas já se habituaram. Houve alguma do Rangel?<br />

ções anteriores, sempre tentámos ter<br />

mais importantes prova, tanto a nível oscilação de horários mas de há qua- A.M. - Em termos financeiros, os di- mais activi<strong>da</strong>des mas a inexistência<br />

tro anos para cá pensavidendos que traz são muito escassos. de espaços próprios dificulta o nosso<br />

mos que encontrámos Com excepção <strong>da</strong>s inscrições e <strong>da</strong>s crescimento. Se tivéssemos o almejaum<br />

horário capaz de classificações fazemos todo<br />

mobilizar atletas, es- o trabalho inerente à propectadores,<br />

câmara e va, ain<strong>da</strong> que com um cariz<br />

polícia! No dia 31 de amador! Esta é uma colecti-<br />

Dezembro conseguimos vi<strong>da</strong>de sem fins lucrativos<br />

«encerrar» a ci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> e que vive muito <strong>da</strong> caroli-<br />

Amadora a partir <strong>da</strong>s ce dos seus associados, no-<br />

17h30, o que é notável! mea<strong>da</strong>mente dos elemen-<br />

Temos a consciência tos directivos. Tentamos<br />

de que incomo<strong>da</strong>mos gastar o menos possível<br />

algumas pessoas nesse para ficarmos com alguma<br />

dia com esta prova mas verba que ajude a susten-<br />

to<strong>da</strong>s elas são informatar o clube durante o ano,<br />

<strong>da</strong>s previamente com nomea<strong>da</strong>mente o futsal e o<br />

afixação de placards e atletismo. Mas ca<strong>da</strong> vez se<br />

Pódio feminino: (<strong>da</strong> esquer<strong>da</strong> para a Direita) Elisabeth Rumokol (Qué- anúncios.<br />

torna mais difícil conseguir<br />

nia); Dulce Félix (S.C. Braga) e Sara Moreira (Maratona C.P.) C.L. - Como correu a poupar o que quer que seja Na Sede reúne-se diariamente dezenas de associados


27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

do pavilhão gimnodesportivo<br />

que nos está prometido desde<br />

a fun<strong>da</strong>ção do clube, com terrenos<br />

doados pela CMA, talvez<br />

a situação mu<strong>da</strong>sse mas até à<br />

<strong>da</strong>ta na<strong>da</strong> se resolveu. Tudo não<br />

passou de questões políticas e<br />

eleitorais, tinham-nos prometido<br />

um terreno com quase 3.000m2<br />

e quando se foi fazer o levantamento<br />

do mesmo, percebemos<br />

que só uma pequena parcela era<br />

camarário, tudo o resto era particular.<br />

São situações que nos<br />

desanimam porque an<strong>da</strong>mos há<br />

déca<strong>da</strong>s há espera do pavilhão, era<br />

importante que as enti<strong>da</strong>des proporcionassem<br />

aos clubes que já deram<br />

provas <strong>da</strong> sua competência as condições<br />

necessárias para desenvolver<br />

outras activi<strong>da</strong>des. Para praticarmos<br />

futsal temos de alugar o pavilhão de<br />

uma escola secundária e por esse motivo<br />

apenas fazemos dois treinos por<br />

semana, porque o aluguer tanto para<br />

os jogos como para os treinos é pago<br />

a peso de ouro. Não somos subsisídiodependentes<br />

nem nos acomo<strong>da</strong>mos<br />

ao que nos dão mas já nos contentávamos<br />

se não tivéssemos que pagar o<br />

pavilhão. Assim como está, fica tudo<br />

ca<strong>da</strong> vez mais difícil!<br />

A equipa sénior de futsal do Rangel<br />

está pela primeira vez a participar<br />

na Divisão de Honra <strong>da</strong> Divisão de<br />

Futebol de Lisboa e a experiência<br />

não podia estar a correr melhor. A<br />

equipa coman<strong>da</strong><strong>da</strong> pelo jovem técnico<br />

Paulo Veloso ocupa actualmente<br />

o 1º lugar e, na próxima época,<br />

pode pela primeira vez na história<br />

do clube participar nos campeonatos<br />

nacionais de futsal.<br />

“A época está a correr bastante bem<br />

mas sofremos um percalço ao ser eliminados<br />

prematuramente <strong>da</strong> Taça de Lisboa,<br />

troféu que o ano passado tínhamos<br />

conquistado! Muita gente não esperava<br />

que andássemos nos lugares <strong>da</strong> frente<br />

mas an<strong>da</strong>mos e, no meu entender, com<br />

muito mérito”, destaca o treinador.<br />

Vencedor na prova masculina, Joseph Ebuya (Quénia)<br />

C.L. - Quais os objectivos do Desportivo<br />

Operário do Rangel para 2010?<br />

A.M. - Iremos tentar manter a activi<strong>da</strong>de<br />

que já existe, actualmente<br />

temos olhado mais para o futsal porque<br />

presentemente é a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de<br />

que mais prestígio nos tem <strong>da</strong>do, não<br />

descurando o atletismo que iremos<br />

tentar manter. No fundo, pretendemos<br />

continuar com o que temos porque<br />

não há capaci<strong>da</strong>de para ambicionar a<br />

novos projectos. Sou dirigente deste<br />

clube há mais de 40 anos, falta gente<br />

nova, com ideias novas e contactos<br />

novos porque todos atingimos um<br />

ponto de saturação pessoal e o meu<br />

está a chegar!<br />

Equipa de futsal ambiciosa<br />

Soluções para to<strong>da</strong> a bichara<strong>da</strong><br />

– Cães – Gatos – Peixes<br />

– Tartarugas – Roedores – Aves<br />

Rações, Banhos e Tosquias<br />

De Segun<strong>da</strong> a Sábado<br />

<strong>da</strong>s 10h às 13h e <strong>da</strong>s 15h às 20h<br />

O objectivo desta equipa é só um:<br />

ser campeão e, com isso, subir de<br />

divisão! “Estamos todos cientes <strong>da</strong>s<br />

dificul<strong>da</strong>des e <strong>da</strong>s limitações do clube<br />

mas vamos todos lutar por esse objectivo”,<br />

assegura.<br />

Com a redução de apoios ao clube,<br />

a secção de futsal foi uma <strong>da</strong>s<br />

afecta<strong>da</strong>s até porque dinheiro é algo<br />

que não afun<strong>da</strong> nos cofres do DOR:<br />

“Treinamos apenas duas vezes por semana<br />

No pavilhão <strong>da</strong> Escola Secundária<br />

Fernando Namora, na Brandoa, onde<br />

também realizamos os nossos jogos. Jogamos<br />

contra equipas que treinam 3/4<br />

vezes por semana e aí nota-se que treinamos<br />

pouco mas é o que o clube pode<br />

pagar” revela.<br />

Jovem e ambicioso, Paulo Veloso<br />

quer levar a equipa aos campeonatos<br />

nacionais mas admite que<br />

o seu maior desejo seria voltar a<br />

ver escalões de formação de futsal<br />

no clube: “Neste momento estou<br />

com os seniores do Rangel mas definome<br />

como um treinador <strong>da</strong> formação.<br />

Tenho pena que não haja escalões de<br />

formação mas compreendo que o clube<br />

tenha de tomar decisões em virtude <strong>da</strong>s<br />

dificul<strong>da</strong>des que atravessa. Talvez no<br />

futuro...”, sugere.<br />

Rua José Afonso, nº 7 Loja A – Queluz<br />

Tel.: 214 36 62 76 • Tlm.: 961 854 067<br />

caesegatosfixes@sapo.pt<br />

Antigo colaborador <strong>da</strong> imprensa<br />

diária e de diversos<br />

jornais e revistas de<br />

turismo, automobilismo e<br />

aviação, director <strong>da</strong> revista<br />

«Rodoviária» durante dezoito<br />

anos e autor de meia<br />

centena de livros, a maior<br />

parte sobre as suas viagens<br />

pelo mundo e através de<br />

Portugal, Vasco Callixto<br />

apresenta agora «Memórias<br />

de uma Vi<strong>da</strong>», um<br />

novo livro que assinala<br />

os seus 85<br />

anos de i<strong>da</strong>de.<br />

Editado pela Câmara<br />

Municipal <strong>da</strong><br />

Amadora, a obra<br />

relata a longa activi<strong>da</strong>de<br />

jornalística<br />

e literária do autor,<br />

que sempre se empenhou<br />

em trazer<br />

aos seus escritos a<br />

presença portuguesa<br />

no mundo. “Este<br />

livro, mais do que me-<br />

Entrevista 15<br />

Vasco Callixto lança livro<br />

mórias pessoais, passa em revista<br />

um passado colectivo”, sublinha<br />

Vitor Escudero no prefácio <strong>da</strong><br />

obra.<br />

Ilustrado com seis dezenas<br />

de fotografias, Memórias de<br />

uma Vi<strong>da</strong>» foi apresenta<strong>da</strong><br />

no passado dia 9 de <strong>Janeiro</strong>,<br />

no Auditório <strong>da</strong> Biblioteca<br />

Municipal Fernando Piteira<br />

Santos.<br />

Tomaram posse Órgãos Sociais<br />

<strong>da</strong> Federação de Pais de Sintra<br />

Tomaram posse no passado<br />

dia 12 de <strong>Janeiro</strong>, na sede <strong>da</strong><br />

Federação <strong>da</strong>s Associações<br />

de Pais e Encarregados de<br />

Educação do Concelho de<br />

Sintra, os novos Órgãos Sociais<br />

para o próximo biénio.<br />

Joaquim Ribeiro, em representação<br />

<strong>da</strong> associação de<br />

pais <strong>da</strong> Escola Secundária<br />

Padre Alberto Neto, foi reeleito<br />

como presidente <strong>da</strong><br />

Comissão Coordenadora,<br />

sendo que a direcção executiva inclui<br />

ain<strong>da</strong> Isabel Gregório, <strong>da</strong> EB 2.3 Mestre<br />

Domingos Saraiva, Hermínia Gomes<br />

<strong>da</strong> EB 2.3 Visconde Juromenha, Florbela<br />

Fonseca <strong>da</strong> EB 1/JI nº 2 <strong>da</strong> Tapa<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />

Mercês, Isabel Santos <strong>da</strong> EB 1/JI de<br />

Vila Verde, Pedro Fonseca <strong>da</strong> EB 2.3<br />

de Sarrazola, Sónia Rodrigues <strong>da</strong> EB<br />

1/JI do Mucifal, João Pedro Figueiredo<br />

<strong>da</strong> EB 2.3 D. Domingos Jardo, Sílvia<br />

Rebelo <strong>da</strong> EB 1 de Meleças, José Carlos<br />

Coelho <strong>da</strong> EB 1/JI nº 1 de Rio de Mouro<br />

e Cesaltina Monteiro <strong>da</strong> EB 1/JI de<br />

Ranholas.<br />

Por seu lado, a Mesa <strong>da</strong> Assembleia-geral<br />

é presidi<strong>da</strong> por Adelino Ramos, em<br />

representação <strong>da</strong> associação de pais <strong>da</strong><br />

EB 2.3 D. Pedro IV, e integra Carlos Gil<br />

<strong>da</strong> Escola Secundária Stuart Carvalhais,<br />

Joaquim Pereira <strong>da</strong> EB 1 nº 1 / 2 de<br />

Agualva, Maria Luisa Gomes <strong>da</strong> Escola<br />

Secundária Matias Aires e João Claro<br />

<strong>da</strong> Secundária de Mem Martins.<br />

Homero do Nascimento, <strong>da</strong> associação<br />

de pais <strong>da</strong> EB 2.3 Padre Alberto<br />

Neto, continua a presidir ao Conselho<br />

Fiscal de que fazem parte também<br />

Ana Paula Cardoso <strong>da</strong> EB 1/JI <strong>da</strong><br />

Abrunheira, Sónia Morgado <strong>da</strong> EB 2.3<br />

D. Carlos I, Sílvia Gouveia <strong>da</strong> EB 1/JI<br />

do Pendão e Fátima Guerra <strong>da</strong> EB 1/JI<br />

nº 1 <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong>s Minas.<br />

Em representação do Presidente <strong>da</strong><br />

Câmara Municipal de Sintra, esteve<br />

presente na cerimónia de posse o chefe<br />

de gabinete Nuno Lobo.


16 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e Beco<br />

27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Três meses após assumir o cargo<br />

de Presidente <strong>da</strong> Junta de Freguesia<br />

de Queijas, Luís Lopes<br />

prepara-se para deitar «mãos às<br />

obras» agora que o Protocolo de<br />

Delegação de Competências está<br />

definido. As Áreas <strong>da</strong> Saúde, dos<br />

Espaços Verdes Públicos, <strong>da</strong> Terceira<br />

I<strong>da</strong>de são algumas <strong>da</strong>s preocupações<br />

deste executivo.<br />

O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) - Como<br />

estão a correr estes primeiros meses<br />

à frente <strong>da</strong> Junta de Freguesia de<br />

Queijas?<br />

Luís Lopes (L.L.) - Estão a decorrer<br />

bem! Dito desta forma simplista pode<br />

parecer uma frase feita, mas estão realmente<br />

a decorrer dentro <strong>da</strong>s nossas<br />

expectativas. Não tinha tido qualquer<br />

experiência autárquica a nível de presidência,<br />

apenas tinha tido a nível de<br />

executivo, e as coisas são completamente<br />

diferentes. As pessoas recorrem<br />

ao presidente <strong>da</strong> Junta, e é importante<br />

que assim seja, como alguém que ouve<br />

as suas preocupações. Até à <strong>da</strong>ta tem<br />

sido isso que temos vindo a fazer, uma<br />

vez que o Protocolo de Delegação de<br />

Competências esteve interrompido<br />

por força <strong>da</strong> lei, mas agora iremos<br />

voltar à azáfama <strong>da</strong>s obras. Como tal,<br />

estes primeiros três meses têm servido<br />

para estu<strong>da</strong>r o terreno e para ver<br />

como as coisas estavam.<br />

C.L. - E como estavam?<br />

L.L. - Estavam bem, não houve nesta<br />

Junta qualquer alteração de filosofia,<br />

eu já trabalhava com o anterior<br />

Presidente no âmbito <strong>da</strong> Assembleia<br />

de Freguesia, digamos que foi uma<br />

alteração na continui<strong>da</strong>de.<br />

C.L. - O último Presidente <strong>da</strong> Junta<br />

de Freguesia de Queijas é agora vere-<br />

Toma<strong>da</strong> de Posse de Luís Lopes<br />

Presidente Luís Lopes<br />

“Queijas tem uma grande identificação<br />

ador <strong>da</strong> Câmara Municipal de Oeiras<br />

(CMO). Sente o peso <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de<br />

nesta sucessão?<br />

L.L. - O anterior Presidente <strong>da</strong> Junta<br />

fez um excelente trabalho de proximi<strong>da</strong>de<br />

com o ci<strong>da</strong>dão mas não digo que<br />

haja um peso nessa matéria. Temos<br />

um estilo diferente, de certo modo<br />

acho que nos complementamos, mas<br />

o que é importante é que os objectivos<br />

que se atinjam sejam os mesmos.<br />

Se <strong>da</strong>qui a quatro anos, o objectivo<br />

for atingido como a Junta atingiu nos<br />

últimos quatro anos ficarei extraordinariamente<br />

satisfeito.<br />

C.L. - Quais têm sido as suas priori<strong>da</strong>des<br />

neste início de man<strong>da</strong>to?<br />

L.L. - Como lhe disse, tem sido inteirar-me<br />

de um conjunto de situações<br />

de que já se tinha conhecimento, mas<br />

que agora posso aprofun<strong>da</strong>r. Até à<br />

<strong>da</strong>ta não há nenhuma alteração substancial<br />

<strong>da</strong>quilo que era feito, mas claro<br />

que há um ou outro projecto novo<br />

que entretanto, foi implementado na<br />

Freguesia.<br />

C.L. - Como tem sido o diálogo com<br />

os partidos <strong>da</strong> oposição? Sente que<br />

estão todos a remar para o mesmo<br />

lado?<br />

L.L. - A função autárquica não é, ou<br />

não deve ser, uma função de grandes<br />

clivagens em termos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. É<br />

evidente que ca<strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de, movimen-<br />

Queijas é a única freguesia do país onde já é possível obter<br />

o Cartão do Ci<strong>da</strong>dão<br />

to ou partido terá o seu estilo e <strong>da</strong>rá<br />

priori<strong>da</strong>de às suas ideias, mas aquilo<br />

que é preciso fazer é reparar os buracos<br />

<strong>da</strong>s ruas, assegurar a manutenção<br />

dos jardins, dos polidesportivos... e<br />

nesses aspectos, não me parece que<br />

haja grandes clivagens partidárias.<br />

Nós estamos coligados com o PSD na<br />

Assembleia de Freguesia, o que faz<br />

com que detenhamos a maioria, mas<br />

mesmo que tal não acontecesse acredito<br />

que, salvo numa ou outra excepção,<br />

tudo seria aprovado. Que me lembre,<br />

no último man<strong>da</strong>to na<strong>da</strong> foi rejeitado,<br />

houve uma ou outra abstenção em<br />

algumas situações, mas<br />

não houve nenhuma<br />

votação que dividisse a<br />

Junta e originasse uma<br />

clivagem na Freguesia.<br />

C.L. - Tem dialogado<br />

com a população a fim<br />

de aferir as suas principais<br />

preocupações?<br />

L.L. - Tenho tentado<br />

estar presente na Junta<br />

de Freguesia o máximo<br />

de tempo possível, o<br />

que nem sempre é fácil<br />

porque não estou aqui<br />

a tempo inteiro, nem<br />

sequer a meio tempo.<br />

Mas, por hábito, atendo<br />

to<strong>da</strong>s as pessoas que me procuram, as<br />

pessoas vêm falar comigo sobretudo<br />

por causa dos problemas na sua rua,<br />

<strong>da</strong> garagem ou do canteiro, também<br />

há quem nos procure por causa de especifici<strong>da</strong>des<br />

ao nível <strong>da</strong>s associações,<br />

já reuni com to<strong>da</strong>s as forças vivas <strong>da</strong><br />

Freguesia e transmiti-lhes que, dentro<br />

<strong>da</strong>s nossas possibili<strong>da</strong>des financeiras,<br />

estamos disponíveis para aju<strong>da</strong>r.<br />

C.L. - Mesmo seguindo, como disse,<br />

uma linha de continui<strong>da</strong>de, o que<br />

mudou em Queijas nos últimos três<br />

meses?<br />

L.L. - Nesta primeira fase, temos<br />

apostado maioritariamente em dois<br />

projectos, um dos quais já vinha do<br />

anterior executivo. Há muito tempo<br />

que Queijas reclama a inexistência<br />

de uma Uni<strong>da</strong>de de Saúde Familiar,<br />

a Câmara Municipal já prometeu que<br />

fará essa Uni<strong>da</strong>de, mas só pode avançar<br />

quando o Ministério <strong>da</strong> Saúde lhe<br />

entregar o programa funcional. Há<br />

anos que an<strong>da</strong>mos neste impasse, situação<br />

que levou o anterior Presidente<br />

<strong>da</strong> Junta a solicitar ao Presidente <strong>da</strong><br />

Câmara a possibili<strong>da</strong>de de abrir em<br />

Queijas um Centro de Enfermagem.<br />

Esse centro deveria ter sido aberto<br />

no ano passado, mas não foi possível<br />

abri-lo nos timings previstos. Tivemos<br />

que redefinir to<strong>da</strong> a situação, o<br />

espaço que receberá esse Centro de<br />

Enfermagem está preparado,<br />

o projecto já está aprovado<br />

pelo Centro de Saúde e já só<br />

estou à espera dos projectos<br />

de especiali<strong>da</strong>de, para depois<br />

falar novamente com a Câmara<br />

Municipal.<br />

C.L. - Para quando está prevista<br />

a entra<strong>da</strong> em funcionamento<br />

desse Centro de<br />

Enfermagem?<br />

L.L. - Se as coisas correrem<br />

to<strong>da</strong>s dentro dos prazos previstos,<br />

acredito que poderá<br />

começar a funcionar no iní-<br />

cio do segundo trimestre, em<br />

Abril. A questão <strong>da</strong> Saúde,<br />

juntamente com os arranjos<br />

paisagísticos e a manutenção<br />

dos jardins públicos, foram os aspectos<br />

que a população mais rebateu ao<br />

longo <strong>da</strong> campanha eleitoral.<br />

C.L. - O Centro de Enfermagem será<br />

uma solução a prazo até à construção<br />

<strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de de Saúde Familiar ou<br />

poderão depois funcionar em paralelo?<br />

L.L. - Não vemos o Centro de Enfermagem<br />

como uma solução a prazo,<br />

mas sim como algo que vai de encontro<br />

às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> população.<br />

Hoje em dia, qualquer residente em<br />

Queijas tem que se deslocar ao Centro<br />

de Saúde de Carnaxide, mesmo que<br />

seja apenas para mu<strong>da</strong>r um<br />

penso. Como tal, a entra<strong>da</strong><br />

em funcionamento deste<br />

Centro de Enfermagem<br />

também irá aliviar o trabalho<br />

do Centro de Saúde<br />

de Carnaxide, uma vez que<br />

o congestionamento passa<br />

a ser menor. Acredito plenamente<br />

que o Centro de<br />

Enfermagem pode perfeitamente<br />

funcionar em paralelo<br />

com a Uni<strong>da</strong>de de<br />

Saúde Familiar até porque,<br />

não queremos que as valências<br />

desse Centro se fiquem<br />

por aí. Neste local realizarse-ão<br />

vários testes como,<br />

Saúde, Espaços Verdes Públicos e Terceira<br />

I<strong>da</strong>de são priori<strong>da</strong>des<br />

o do Pé Diabético, entre outros, que<br />

vão estar enquadrados neste Centro<br />

de Enfermagem.<br />

C.L. - Que outros projectos está a<br />

Junta de Freguesia desenvolver?<br />

L.L. - Estamos envolvidos num projecto<br />

de apoio às escolas, algo que já<br />

existia no man<strong>da</strong>to anterior e que está<br />

integrado no Protocolo de Delegação<br />

de Competências. Esse protocolo foi<br />

recentemente alargado. Nesse, bem<br />

como em outros aspectos a Câmara<br />

Municipal tem sido inexcedível e a<br />

lógica de funcionamento é que, dentro<br />

<strong>da</strong>s regras vigentes, não haja limite<br />

para aquilo que uma Junta de Freguesia<br />

poderá fazer. Teremos seguramente<br />

a possibili<strong>da</strong>de de gestão de alguns<br />

dos polidesportivos descobertos, o<br />

que em Queijas é interessante porque<br />

existe um polidesportivo com essas<br />

características no Parque Urbano <strong>da</strong><br />

Cheuny. Mas, como dizia, temos o<br />

projecto de todo o acompanhamento<br />

<strong>da</strong>s escolas, que já vinha do man<strong>da</strong>to<br />

anterior e que vai ser reforçado.<br />

C.L. - Como encontrou a Junta de<br />

Freguesia de Queijas a nível financeiro?<br />

L.L. - Já fazia parte <strong>da</strong> Assembleia de<br />

Freguesia pelo que já tinha noção do<br />

que ia encontrar. Esta é uma Junta de<br />

Freguesia pequena (até 10 mil eleitores),<br />

e que está perfeitamente apta<br />

para gerir aquelas que são as suas<br />

competências. De qualquer forma, o<br />

orçamento <strong>da</strong> Junta é bastante limitado,<br />

se não fosse o apoio <strong>da</strong> CMO<br />

e as obras feitas ao abrigo do Protocolo<br />

<strong>da</strong> Delegação de Competências,<br />

a nossa activi<strong>da</strong>de era seguramente<br />

mais limita<strong>da</strong>.<br />

Presidente quer manter os Espaços Verdes arranjados


27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

própria”<br />

C.L. - Considera o Protocolo<br />

de Delegação de<br />

Competências suficientemente<br />

abrangente?<br />

L.L. - É abrangente e suficiente.<br />

Há limites a partir<br />

dos quais uma Junta<br />

de Freguesia tem dificul<strong>da</strong>des<br />

em executar mas<br />

também, não justifico<br />

a existência <strong>da</strong>s Juntas<br />

de Freguesia como concretizadoras<br />

de grandes<br />

obras. Essas pertencem<br />

à Câmara Municipal. A<br />

nós compete-nos resolver<br />

as pequenas obras<br />

de proximi<strong>da</strong>de, as situações<br />

do dia-a-dia que,<br />

em muitos casos, mais<br />

preocupam o ci<strong>da</strong>dão<br />

comum. Outra situação<br />

que gostaria de referenciar<br />

é o recenseamento<br />

na Junta de Freguesia<br />

onde se reside. Actualmente,<br />

estão recenseados<br />

nesta Junta cerca de<br />

8.900 eleitores para uma<br />

população residente<br />

nunca inferior a 12 mil<br />

pessoas. Estou convicto<br />

de que já temos na Freguesia mais de<br />

10 mil ci<strong>da</strong>dãos com capaci<strong>da</strong>de eleitoral,<br />

mas nem todos estão aqui recenseados.<br />

Com a introdução do Cartão<br />

O presente e o passado <strong>da</strong> Junta de Freguesia<br />

do Ci<strong>da</strong>dão deixou de se poder fazer<br />

recenseamento nas Juntas de Freguesia<br />

e foi, tendo por base a ideia de que<br />

o Cartão do Ci<strong>da</strong>dão será obrigatório<br />

a partir de 2012, que idealizámos um<br />

projecto pioneiro em Portugal. Assim,<br />

desde o início do ano que os ci<strong>da</strong>dãos<br />

com i<strong>da</strong>de igual ou superior a 55 anos<br />

têm a possibili<strong>da</strong>de de obter o Cartão<br />

do Ci<strong>da</strong>dão através <strong>da</strong> Junta de<br />

Freguesia de Queijas, enquanto que<br />

para os que têm menos de 55, fazemos<br />

Festa de Natal solidária com os idosos...<br />

“Queremos assegurar a componente paisagística na freguesia”<br />

marcação para a pessoa saber o dia<br />

e a hora em que pode ir fazer o seu<br />

cartão. Quanto aos ci<strong>da</strong>dãos com mais<br />

de 55 anos, o projecto começou por ser<br />

pensado para ser levado a cabo<br />

de 15 em 15 dias, depois semanalmente<br />

e agora, a partir de<br />

Fevereiro, será feito diariamente<br />

porque o projecto excedeu largamente<br />

as nossas expectativas.<br />

Esta é uma iniciativa que trará<br />

um claro benefício à população<br />

<strong>da</strong> Freguesia.<br />

C.L. - No início fez também<br />

referência à manutenção dos<br />

jardins públicos...<br />

L.L. - Exactamente, um dos<br />

motivos pelos quais as pessoas<br />

mais vêm falar connosco são os<br />

arranjos dos jardins públicos,<br />

estamos sensíveis aos pedidos<br />

que nos são feitos e tentaremos<br />

reforçar a manutenção desses<br />

espaços verdes, e também junto<br />

<strong>da</strong> CMO, para assegurar a componente<br />

paisagística <strong>da</strong> Freguesia.<br />

C.L. - Quais são as maiores carências<br />

desta Freguesia?<br />

L.L. - É fun<strong>da</strong>mentalmente a área <strong>da</strong><br />

saúde, como eu já referi. Esta Freguesia<br />

é um pouco sui generis, porque se<br />

trata de uma Freguesia do interior<br />

do cConcelho, concêntrica, em que<br />

tudo gira à volta de um pólo central<br />

localizado na zona <strong>da</strong> paróquia e do<br />

mercado. Lin<strong>da</strong>-a-Pastora tem carências<br />

de outra ordem<br />

porque se trata de uma<br />

população mais envelheci<strong>da</strong>,<br />

com zonas urbanas<br />

um pouco degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s. A<br />

Câmara Municipal prevê<br />

a criação de um Gabinete<br />

Técnico Local para a<br />

zona de Queijas e Lin<strong>da</strong>-a-Pastora<br />

de forma<br />

a iniciar a recuperação<br />

dos dois centros históricos.<br />

Em Lin<strong>da</strong>-a-Pastora<br />

merece destaque o projecto<br />

de relocalização dos<br />

Bombeiros Voluntários, o<br />

terreno já foi aprovado e<br />

estou em crer que, quan-<br />

do estes passarem para<br />

junto <strong>da</strong> Escola Cesário<br />

Verde, poder-se-á olhar<br />

para aquela zona em termos<br />

globais. De qualquer<br />

modo, há ali um conjunto<br />

de casas já identifica<strong>da</strong>s e<br />

que precisam de recuperação,<br />

a autarquia pode<br />

tentar adquirir algumas<br />

delas para Habitação Jovem,<br />

mas não é fácil. Uma<br />

coisa é certa, como a população<br />

de Lin<strong>da</strong>-a-Pastora<br />

é maioritariamente idosa,<br />

a introdução de jovens na<br />

zona iria revitalizar aquele<br />

centro.<br />

C.L. - E as principais<br />

mais-valias desta Freguesia,<br />

quais são?<br />

L.L. - É, fun<strong>da</strong>mentalmente,<br />

uma Freguesia com<br />

uma grande noção de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de<br />

entre si. Embora<br />

com 12 mil pessoas, esta<br />

Freguesia tem uma grande<br />

identificação própria que<br />

está relaciona<strong>da</strong> com a sua<br />

disposição concêntrica.<br />

Por outro lado, sinto que<br />

a população de Queijas e<br />

Lin<strong>da</strong>-a-Pastora, tem um<br />

grande disponibili<strong>da</strong>de<br />

para aju<strong>da</strong>r as forças vivas<br />

<strong>da</strong> Freguesia, não há<br />

conflitos latentes entre as<br />

várias instituições, respira-se<br />

aqui calma e tranquili<strong>da</strong>de.<br />

C.L. - Que projectos será necessário<br />

concretizar para se sentir realizado no<br />

final destes quatro anos de man<strong>da</strong>to?<br />

L.L. - Se <strong>da</strong>qui a<br />

quatro anos nós tivermosconseguido<br />

implementar os<br />

grandes projectos,<br />

nomea<strong>da</strong>mente na<br />

área <strong>da</strong> Saúde e<br />

<strong>da</strong> Terceira I<strong>da</strong>de,<br />

ficarei satisfeito.<br />

Existem dois lares<br />

em Queijas e queremos<br />

que exista,<br />

pelo menos, mais<br />

um para <strong>da</strong>r resposta<br />

ao envelhecimento<br />

gradual<br />

<strong>da</strong> população de<br />

Queijas e Lin<strong>da</strong>-<br />

Pastora. Sei que<br />

CL <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

...e com as crianças <strong>da</strong> freguesia<br />

Entrevista 17<br />

a CMO está atenta a este problema,<br />

mas não sei se esse projecto será uma<br />

reali<strong>da</strong>de já neste man<strong>da</strong>to. Mas, se<br />

pelo menos forem <strong>da</strong>dos os primeiros<br />

passos nesse sentido, já ficaria satisfeito.<br />

De momento, ain<strong>da</strong> é apenas<br />

isso, um projecto, mas já existe terreno<br />

para o receber, no espaço contíguo à<br />

Uni<strong>da</strong>de de Saúde Familiar. Se dentro<br />

de quatro anos tivermos a Freguesia<br />

de Queijas com, pelo menos, a mesma<br />

activi<strong>da</strong>de que tem agora, se a população<br />

reconhecer no actual Executivo<br />

os méritos que reconheceu ao anterior<br />

sentir-me-ei satisfeito.<br />

C.L. - Tem sido difícil conciliar esta<br />

nova função de Presidente de Junta<br />

com outras activi<strong>da</strong>des profissionais<br />

ou até familiares?<br />

L.L. - Não se pode dizer que tenha<br />

sido difícil até porque tenho um executivo<br />

que me complementa muito<br />

bem nessa e noutras matérias. A maior<br />

dificul<strong>da</strong>de nem é tanto a disponibili<strong>da</strong>de<br />

física mas mais a disponibili<strong>da</strong>de<br />

mental, isto é, não é tanto o<br />

tempo que se despende na activi<strong>da</strong>de<br />

de secretária mas sim na activi<strong>da</strong>de de<br />

rua, a presença física é ca<strong>da</strong> vez mais<br />

exigi<strong>da</strong> pela população.<br />

C.L. - Gostaria de deixar uma última<br />

palavra à população que reside e trabalha<br />

em Queijas?<br />

L.L. - Gostaria de lhes dizer que continuassem<br />

a contar com a Junta de<br />

Freguesia e com o seu Executivo e que<br />

nos continuassem a fazer chegar os<br />

seus problemas e preocupações porque,<br />

dentro <strong>da</strong>s nossas possibili<strong>da</strong>des,<br />

estamos sempre disponíveis para<br />

os resolver ou, pelo menos, para os<br />

transmitir a quem os possa resolver.<br />

Centro de Cultura e desporto – Organização Social dos Trabalhadores<br />

<strong>da</strong> Câmara Municipal de Oeiras e dos Serviços Municipalizados<br />

C.C.D. – 477<br />

FILIADO Nº 1911 DA F.P.C.C.R<br />

ASSEMBLEIA GERAL PARA ELEÇÕES DOS CORPOS GERENTES<br />

CONVOCATÓRIA<br />

Da harmonia com o preceituado nos artigos 17º e 18º dos Estatutos e nos artigos 11º e 20º do<br />

Regulamento Eleitoral, convoco a Assembleia Geral para a Eleição dos Corpos Gerentes do C.C.D para<br />

o quadriénio de 2010/2013 a realizar no dia 26 de Fevereiro de 2010, sexta-feira, na Sede do CCD no<br />

Bairro do Pombal, Rua Professor Mota Pinto, nº 2 A, em Oeiras.<br />

A Assembleia terá início às 9,00 horas e encerramento às 20 horas desse dia.<br />

De acordo com o Regulamento Eleitoral, o calendário para as eleições será o seguinte:<br />

- Os cadernos Eleitorais estarão expostos no CCD entre os dias 5 a 16 de Fevereiro de 2010, durante<br />

as horas de expediente.<br />

- O período para reclamações sobre possíveis irregulari<strong>da</strong>des nos cadernos Eleitorais, decorrerá entre<br />

os dias 5 e 11 de Fevereiro de 2010.<br />

- O prazo para apresentação de listas candi<strong>da</strong>tas, será até o dia 11 de Fevereiro de 2010.<br />

- O sorteio <strong>da</strong>s listas admiti<strong>da</strong>s, será no dia 18 de Fevereiro de 2010.<br />

Nota: A apresentação de listas de candi<strong>da</strong>tura terá de obedecer ao preceituado no Regulamento<br />

Eleitoral, que será entregue aos Sócios que o solicitarem, na secretaria do CCD.<br />

Oeiras, 26 de <strong>Janeiro</strong> de 2010.<br />

O Presidente <strong>da</strong> M.A.G.<br />

(Rui Manuel Diniz Silva Fanha Vicente)


18 Actual<br />

27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Adeus amigos<br />

Figura por demais conheci<strong>da</strong> na Costa do Estoril,<br />

o antigo jornalista do jornal «A Zona», Bernardo<br />

Costa, faleceu no primeiro dia de 2010, aos 92 anos<br />

de i<strong>da</strong>de. Profissional exemplar, o Bernardo – e<br />

tratamo-lo assim pela amizade que nos unia – deixa<br />

um enorme legado não só no jornalismo como na<br />

música e na poesia.<br />

Outro amigo que partiu foi Acúrcio Carrelo, antigo<br />

hoquista do Paço de Arcos e guar<strong>da</strong>-redes <strong>da</strong> equipa<br />

do Futebol Clube do Porto, que fica para a história<br />

por ter sido o primeiro guar<strong>da</strong>-redes a ter marcado<br />

um golo de baliza a baliza.<br />

O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> teve oportuni<strong>da</strong>de de, em tempo<br />

útil, entrevistar estes dois grandes profissionais,<br />

<strong>da</strong>ndo destaque dos seus feitos e quali<strong>da</strong>des. Hoje,<br />

é com pesar que lamentamos o seu desaparecimento<br />

e apresentamos às duas famílias enluta<strong>da</strong>s os nossos<br />

mais sinceros pêsames.<br />

12x s/ juros*<br />

*TAEG: 11,96%<br />

CL <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Natal solidário na Junta<br />

de Freguesia de Queluz<br />

Em época natalícia, a Junta de Freguesia de Queluz organizou,<br />

uma vez mais, o Concurso de Presépios junto <strong>da</strong>s Escolas Básicas<br />

e Jardins de Infância <strong>da</strong> Freguesia de Queluz. A participação <strong>da</strong>s<br />

escolas superou as expectativas, nomea<strong>da</strong>mente pela originali<strong>da</strong>de<br />

e criativi<strong>da</strong>de na criação artesanal de vários trabalhos que tiveram<br />

a reciclagem como linha condutora.<br />

Na sequência desta acção teve lugar, no Salão Nobre dos Bombeiros<br />

Voluntários de Queluz, a Festa de Natal <strong>da</strong> Freguesia de Queluz<br />

com a actuação de vários números musicais e dramatizações <strong>da</strong>s<br />

crianças destas escolas. Nessa tarde de convívio foram também<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong>s a conhecer as classificações dos concursos de presépios e entregues<br />

os diplomas e os prémios às várias escolas participantes.<br />

Foram ain<strong>da</strong> distribuídos lanches pelas crianças, com vários produtos<br />

alimentares comparticipados pela Junta de Freguesia de Queluz<br />

e ain<strong>da</strong> pelas empresas “Matutano” e “Nestlé”.<br />

Outra iniciativa <strong>da</strong> Junta de Freguesia de Queluz consistiu na<br />

distribuição, em Dezembro, pelos Queluzenses mais carenciados<br />

110 Cabazes de Natal na forma de senhas-cheque do “Pingo<br />

Doce”, no valor unitário de 55€ ca<strong>da</strong>, para aquisição de géneros<br />

alimentícios.<br />

Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de em Queluz<br />

A Junta de Freguesia de Queluz realizou, em parceria com alunos<br />

do 12º ano <strong>da</strong> Escola Secundária Stuart Carvalhais, de Massamá,<br />

e alunos do 12ºG <strong>da</strong> Escola Secundária Padre Alberto Neto, em<br />

Queluz, a recolha e bens que reverteram para os mais necessitados.<br />

A Campanha de Natal, denomina<strong>da</strong> «Aproxima-te», resulta de uma<br />

iniciativa de alunos do 12º G <strong>da</strong> Escola Secundária Padre Alberto<br />

Neto, que reverte em favor dos pobres e sem abrigo assistidos pela<br />

«Comuni<strong>da</strong>de Vi<strong>da</strong> e Paz».<br />

Os queluzenses foram generosos, sobretudo nas entregas feitas<br />

na Junta de Freguesia e nos Bombeiros Voluntários de Queluz,<br />

o que deixou as alunas envolvi<strong>da</strong>s no projecto muito contentes:<br />

“Normalmente só se pensa nos sem abrigo nesta época do ano e queremos<br />

contrariar essa tendência”, assegura Carolina Silva. Como tal, as<br />

jovens tencionam fazer mais campanhas de sensibilização e recolha<br />

de bens para os pobres e sem abrigo ao longo do ano lectivo.<br />

Por outro lado, no que respeita à Campanha de Natal «Uma Causa por<br />

uma Casa», organiza<strong>da</strong> por alunos do 12º ano <strong>da</strong> Escola Secundária<br />

Stuart Carvalhais de Massamá, a recolha de bens, que passou também<br />

pelas instalações <strong>da</strong> Junta de Freguesia de Queluz, reverteu a favor <strong>da</strong><br />

CATT - Centro de Alojamento Temporário de Tercena, que acolhe crianças<br />

e Jovens dos 4 aos 18 anos em situação de perigo, que lhes foram<br />

Tribunais de Famílias e Menores.<br />

Dos artigos doados, e após uma triagem de artigos adequados, foram<br />

entregues 1096 itens à CATT: 386 roupas, 24 sapatos, 135 acessórios, 296<br />

brinquedos, 43 jogos didácticos, 95 livros, 90 itens de material escolar, 22<br />

DVDs, e outros 5 itens indiferenciados. Em nome <strong>da</strong> Junta de Freguesia<br />

de Queluz, António<br />

Barbosa de Oliveira<br />

agradeceu a generosi<strong>da</strong>de<br />

de todos<br />

quanto contribuíram<br />

para o sucesso destas<br />

duas campanhas<br />

de Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de e<br />

louvou a iniciativa<br />

destes alunos dos 12º<br />

ano “por to<strong>da</strong> a sua<br />

boa vontade, dedicação<br />

e trabalho”.<br />

(N.º GRATUITO)<br />

Exemplo para um Preço de Ven<strong>da</strong> de 600 em 11 mensali<strong>da</strong>des de 50,00 com entra<strong>da</strong> obrigatória de 50 e pagamento de despesas de contrato e manutenção de 25 .<br />

À mensali<strong>da</strong>de<br />

acresce um fee de 0,50 . Montante Total Imputável ao Consumidor: 580,50 .<br />

TAN: 0%; TAEG: 11,96%. Crédito sujeito à aprovação pelo Cetelem. Mais informação junto do Cetelem cuja<br />

activi<strong>da</strong>de se encontra autoriza<strong>da</strong> pelo Banco de Portugal e está sujeita aos seus poderes de supervisão.


27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Exposição<br />

no Palácio<br />

Egipto<br />

«A Arte de Saber-Fazer: do Palácio<br />

às Oficinas» é o título que, desde<br />

21 de <strong>Janeiro</strong>, está patente no<br />

Centro Cultural Palácio do Egipto,<br />

em Oeiras.<br />

A cerimónia de inauguração contou<br />

com uma demonstração <strong>da</strong>s<br />

Oficinas de Talha e de Embutidos<br />

pelos Mestres <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Ricardo<br />

do Espírito Santo Silva (FRESS),<br />

instituição responsável pela produção<br />

e pela realização desta exposição.<br />

Patente até 31 de Março, a exposição<br />

pode ser visita<strong>da</strong> pelo público<br />

de terça-feira a domingo, <strong>da</strong>s 11h30<br />

às 18h00 e na última sexta-feira de<br />

ca<strong>da</strong> mês, <strong>da</strong>s 11h30 às 24h00.<br />

A exposição pretende mostrar a<br />

história <strong>da</strong> FRESS, passando pela<br />

apresentação do Fun<strong>da</strong>dor enquanto<br />

coleccionador e mecenas; pelo<br />

Museu e a sua rara colecção temática;<br />

mostrar a arte de saber-fazer<br />

e ensinar preserva<strong>da</strong> por mãos de<br />

mestres nas Oficinas, impedindo o<br />

seu desaparecimento; e, <strong>da</strong>r destaque<br />

aos produtos finais saídos <strong>da</strong>s<br />

oficinas que são autênticas obras<br />

de arte.<br />

Com esta exposição, a Câmara Municipal<br />

de Oeiras procura alertar<br />

para a urgência de preservar, salvaguar<strong>da</strong>r<br />

e divulgar o Património<br />

Imaterial Português do saber-fazer<br />

nas artes decorativas que a<br />

Fun<strong>da</strong>ção tem sabido manter e<br />

transmitir ao longo dos últimos 55<br />

anos.<br />

De referir também que a FRESS<br />

é uma instituição de direito privado<br />

de utili<strong>da</strong>de pública, cria<strong>da</strong><br />

em 1953 pelo Estado, resultante<br />

<strong>da</strong> doação do Palácio Azurara e<br />

de uma colecção de artes decorativas<br />

por Ricardo do Espírito Santo<br />

Silva. Tem por missão a defesa,<br />

promoção e transmissão <strong>da</strong> arte de<br />

saber-fazer nas artes decorativas<br />

– património móvel e integrado<br />

– nas suas vertentes museológicas,<br />

académicas, oficinais e de conservação<br />

e restauro.<br />

Balão Azul celebrou Natal<br />

«A Quinta» foi o tema que serviu de<br />

mote à realização <strong>da</strong> Festa de Natal do<br />

Balão Azul, uma iniciativa de convívio<br />

que decorreu nas instalações <strong>da</strong>quele<br />

Externato, dirigido por Cecília Araújo.<br />

No passado dia 19 de Dezembro, a<br />

Junta de Freguesia de Monte Abraão<br />

(J.F.M.A) realizou a tradicional Festa de<br />

Natal Intergeracional, dedica<strong>da</strong> a to<strong>da</strong>s<br />

as crianças e idosos <strong>da</strong> Freguesia. O<br />

evento decorreu no Salão Paroquial <strong>da</strong><br />

Igreja de Nossa Sra. <strong>da</strong> Fé, em Monte<br />

Abraão, e contou com a participação<br />

do Pai Natal e do apresentador José<br />

Figueiras.<br />

Perante a presença de mais de 350 crianças<br />

e idosos, a tarde decorreu de forma<br />

muito alegre e anima<strong>da</strong>, ao som dos<br />

acarinhados grupos <strong>da</strong> nossa Freguesia,<br />

Na presença de inúmeros pais e familiares<br />

embevecidos, a festa começou com<br />

as boas vin<strong>da</strong>s <strong>da</strong><strong>da</strong>s pelos mais pequeninos,<br />

que deram corpo e voz ao presépio<br />

humano do Balão Azul.<br />

Actual 19<br />

Apresenta<strong>da</strong> em forma<br />

de teatro, a festa<br />

procurou depois retratar<br />

uma peça em<br />

que três irmãos vão<br />

passar as férias de<br />

Natal com os avós à<br />

quinta.<br />

Esse foi o mote para<br />

grandes e pequenos<br />

se vestirem de animais,<br />

espantalhos<br />

piratas, Emílias, frutas,<br />

robots, princesas,<br />

bonecos de neve, presentes<br />

e renas.<br />

Para terminar a festa<br />

em grande, alguns<br />

dos alunos mais velhos mascararamse<br />

de Pai Natal, boneco de neve e urso<br />

e distribuíram presentes por todos os<br />

que marcaram presença no animado<br />

evento.<br />

Junta de Freguesia de Monte Abraão<br />

organizou Festa Intergeracional<br />

Grupo Coral Flores do Monte, Grupo<br />

Coral Infanto-Juvenil Sementinhas,<br />

Orquestra Juvenil Heróis <strong>da</strong> Música e<br />

Ban<strong>da</strong> Filarmónica de Monte Abraão.<br />

A peça de Natal, apresenta<strong>da</strong> pelo<br />

Grupo de Teatro Além Sonho, fez as<br />

delícias dos mais novos e não só, bem<br />

como as poesias de Natal recita<strong>da</strong>s<br />

por um residente <strong>da</strong> Freguesia, Nuno<br />

Pascoal. No final <strong>da</strong> festa, to<strong>da</strong>s as<br />

crianças receberam uma surpresa <strong>da</strong><br />

J.F.M.A, pela sua Presidente, Fátima<br />

Campos. Neste âmbito, a Junta contou<br />

com o apoio de: Alta Visão, Arcanjos,<br />

COMPAL, D.K.K-Construção Civil<br />

e Obras Públicas, Farmácia Portela,<br />

Farmácia Baião Santos, Farmácia<br />

Vasconcelos, Fitisan, Modelo Bonjour,<br />

Pastelaria Bom Fabrico, Panificadora<br />

Reuni<strong>da</strong> de Queluz, António Filipe,<br />

Alexandre Coelho, Cândido Serra,<br />

Horácio Patrão, Pastelaria Man<strong>da</strong>rina<br />

e Joma-Juventude Operária de Monte<br />

Abraão.<br />

Por outro lado, J.F.M.A quis também<br />

reforçar o apoio psicossocial às famílias<br />

mais desfavoreci<strong>da</strong>s, oferecendo cerca<br />

de 250 cabazes de Natal compostos por<br />

bacalhau, azeite, óleo, frutos secos, ananás,<br />

ovos, açúcar, farinha, leite, bolo-rei<br />

e alho.<br />

Para além <strong>da</strong> Junta de Freguesia, a iniciativa<br />

teve o contributo de Regimento<br />

de Artilharia Anti-Aérea N.º1 de<br />

Queluz, D.K.K-Construção Civil e<br />

Modelo Bonjour de Monte Abraão que<br />

tornaram os cabazes ain<strong>da</strong> mais recheados<br />

com géneros alimentares, roupas,<br />

brinquedos e jogos didácticos para os<br />

mais pequenos.


20 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R.<br />

27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Aju<strong>da</strong>nte-técnica de Farmácia<br />

durante grande parte <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong><br />

profissional, Fernan<strong>da</strong> de Carvalho<br />

Dias encontrou nas artes<br />

plásticas e decorativas uma forma<br />

de manter a mente sã quando<br />

ficou com (demasiado) tempo<br />

livre após ser reforma<strong>da</strong> ain<strong>da</strong><br />

nova. Hoje, com 89 anos, os dedos<br />

trémulos limitam-lhe o traço<br />

do pincel mas não o desejo de<br />

continuar a fazer malas, para si<br />

e para os seus. Para trás, ficou<br />

também uma vi<strong>da</strong> dividi<strong>da</strong> por<br />

Portugal, Moçambique e África<br />

do Sul, tendo sido no concelho<br />

de Oeiras que encontrou o seu<br />

porto de abrigo.<br />

O <strong>Correio</strong> <strong>da</strong> <strong>Linha</strong> (C.L.) - Há quanto<br />

tempo faz estas carteiras?<br />

Fernan<strong>da</strong> de Carvalho Dias (F.C.D.)<br />

- Comecei a faze-las sensivelmente<br />

por ocasião <strong>da</strong> Revolução dos Cravos,<br />

quando morava em Lourenço Marques,<br />

Moçambique. [Apontando para uma<br />

carteira] Lembro-me perfeitamente de<br />

fazer esta carteira, do reboliço que havia<br />

nas ruas pelo que se estava a passar<br />

em Lisboa. Recordo-me que estava<br />

«refugia<strong>da</strong>» em minha casa, não por<br />

medo mas por obrigação, quando fiz<br />

esta mala que, por isso mesmo, tem<br />

história!<br />

C.L. - O que a levou a fazer carteiras<br />

de senhora?<br />

F.C.D. - O facto de eu ter jeito para trabalhos<br />

manuais! [risos] Inventei um<br />

modelo e, baseando-me sempre nele,<br />

comecei a fazer umas carteirinhas para<br />

me distrair e para oferecer a algumas<br />

familiares e amigas.<br />

Fernan<strong>da</strong> de Carvalho Dias<br />

Aos 89 anos faz carteiras exclusivas<br />

C.L. - Que modelo é esse?<br />

F.C.D. - É um modelo com um feitio inventado<br />

por mim e que forma uma carteira<br />

muito bonita. Para chegar a este<br />

formato pus pregas aqui e acolá e depois<br />

alinhavei-a com alfinetes. São malas<br />

muito duradouras, esta que tenho<br />

aqui à minha frente foi feita na época<br />

<strong>da</strong> Revolução dos Cravos e, como vê,<br />

continua impecável.<br />

C.L. - Nunca pensou levar este hobbie<br />

mais a sério?<br />

F.C.D. - Honestamente não, mas prezo<br />

muito aquilo que faço. Além <strong>da</strong>s malas<br />

também gosto de pintar porcelana,<br />

há alguns anos tive oportuni<strong>da</strong>de<br />

de pintar um gomil pelo qual já me<br />

ofereceram muito dinheiro e eu não<br />

o quis vender porque prezo muito os<br />

trabalhos que faço e, como felizmente<br />

não preciso desses dinheiro para viver<br />

porque sou funcionária pública aposenta<strong>da</strong>,<br />

não os vendo porque a minha<br />

reforma basta-me para assegurar a minha<br />

subsistência.<br />

C.L. – Cria estas malas apenas pelo<br />

prazer e pela distracção...<br />

F.C.D. - Sim, por ser algo que gosto de<br />

fazer e de oferecer aos<br />

que me são chegados.<br />

Ain<strong>da</strong> recentemente<br />

fiz duas malas, uma<br />

para ca<strong>da</strong> bisneta.<br />

Além disso, a minha<br />

filha tem quatro carteiras,<br />

a minha neta<br />

mais velha também<br />

tem três ou quatro,<br />

é algo que faço com<br />

muito carinho...<br />

C.L. - Em que se inspira<br />

para as fazer? É<br />

uma mera autodi<strong>da</strong>cta?<br />

F.C.D. - São fruto <strong>da</strong><br />

minha imaginação.<br />

Inicialmente pensava<br />

fazer uma carteira<br />

em pano, comecei por<br />

fazer um esboço em<br />

papel e depois tentei experimentar em<br />

tecido, ain<strong>da</strong> num formato pequeno,<br />

mas vi que <strong>da</strong>va resultado! Foi então<br />

que comecei a faze-las maiores e ain<strong>da</strong><br />

melhores resultados deu!<br />

C.L. - Hoje em dia continua a fazer<br />

malas com regulari<strong>da</strong>de?<br />

F.C.D. - Sim, apesar de estar prestes<br />

a completar 89 anos continuo a fazer<br />

algumas malas. Como disse anteriormente,<br />

ain<strong>da</strong> recentemente ofereci uma<br />

carteira a ca<strong>da</strong> bisneta e o que é curioso<br />

é que o pano com que eu fiz as carteiras<br />

veio de Lourenço Marques.<br />

C.L. - As bisnetas, as netas e a filha<br />

usam com regulari<strong>da</strong>de as malhas<br />

que lhes oferece?<br />

F.C.D. - Sim, a minha<br />

filha em vez de uma<br />

tem quatro, duas de<br />

Inverno e duas de<br />

Verão. A minha neta<br />

também tem quatro,<br />

uma delas bastante<br />

grande para levar as<br />

coisas para a praia. As<br />

carteiras têm bastante<br />

utili<strong>da</strong>de...<br />

C.L. - Também costuma<br />

receber elogios<br />

de amigas ou curiosas<br />

que reparam nas<br />

malas?<br />

F.C.D. - Sim, na generali<strong>da</strong>de<br />

as pessoas<br />

que reparam gostam<br />

A pintura era uma <strong>da</strong>s suas paixões<br />

muito e dizem-me que são muito bonitas.<br />

Já aconteceu amigas próximas quererem<br />

uma carteirinha, arranjam-me<br />

um tecido ao seu gosto e eu faço-lhes a<br />

carteira. É uma maneira de me distrair<br />

como outra qualquer.<br />

C.L. - Fale-nos um pouco <strong>da</strong> sua paixão<br />

pela pintura...<br />

F.C.D. - Adoro pintar, sobretudo porcelana<br />

e pintura a óleo. Ca<strong>da</strong> área tem as<br />

suas características e o prazer de ser feito.<br />

Tenho trabalhos muito minuciosos,<br />

que foram feitos com grande agrado e<br />

carinho.<br />

C.L. - Pinta há muito tempo?<br />

F.C.D. - Comecei a pintar quando vim<br />

de Lourenço Marques. Voltei para Portugal<br />

há cerca de 33/34 anos e, como<br />

durante algum tempo estive sem trabalhar,<br />

resolvi matar o meu tempo<br />

livre dessa forma. Só mais tarde é que<br />

a minha situação como funcionária<br />

ficou defini<strong>da</strong>.<br />

C.L. - Que fazia profissionalmente?<br />

F.C.D. - Comecei a minha vi<strong>da</strong> profissional<br />

em 1943 e, trabalhei, desde<br />

sempre, em Farmácia mas quando vim<br />

para Portugal tive de aceitar o primei-<br />

ro emprego que apareceu. Durante<br />

algum tempo fui caixa no Café Picasso,<br />

que pertencia a umas pessoas que<br />

havia conhecido em Lourenço Marques.<br />

Na área de Farmácia comecei<br />

como praticante, passei depois para<br />

aju<strong>da</strong>nte e finalmente para aju<strong>da</strong>ntetécnica.<br />

Passei pelas três posições mas<br />

a que mais me interessava era a última<br />

pois <strong>da</strong>va-me acesso à farmácia propriamente<br />

dita. Enquanto morei em<br />

Moçambique fui funcionária pública<br />

na farmácia <strong>da</strong> Câmara porque eu já<br />

estava devi<strong>da</strong>mente encarta<strong>da</strong>. A minha<br />

profissão dependia muito do meu<br />

registo de prática para subir de categoria<br />

e, a <strong>da</strong><strong>da</strong> altura, trabalhei também<br />

em farmácias particulares mas<br />

depois ofereceram-me a possibili<strong>da</strong>de<br />

de chefiar a farmácia do posto médico<br />

<strong>da</strong> Câmara e optei por aceitar.<br />

C.L. - Ficou contente por voltar para<br />

Portugal?<br />

F.C.D. - Não, de todo, senti-me muito<br />

triste. Convém no entanto realçar que<br />

quando saí de Lourenço Marques fui<br />

para a África do Sul para onde anteriormente<br />

tinha ido a minha filha com<br />

o meu genro e as minhas netas. Estive<br />

lá quatro anos e meio e só depois voltei<br />

para Lisboa, em 1977.<br />

C.L. - O que fazia na África do Sul?<br />

F.C.D. - Estava em casa <strong>da</strong> minha filha,<br />

apenas e só! A minha filha trabalhava,<br />

o meu genro também, e eu ficava em<br />

casa a tomar conta <strong>da</strong>s netas. Entre-<br />

Com 14 anos<br />

Algumas <strong>da</strong>s suas criações exclusivas Com a sua filha<br />

tanto, o meu marido havia voltado<br />

para Lisboa para casa de uma filha<br />

do seu primeiro casamento, eu fiquei<br />

em Joanesburgo em casa <strong>da</strong> minha<br />

filha mas mais tarde acabei por voltar<br />

definitivamente para Lisboa.<br />

C.L. - Porque não continuou liga<strong>da</strong><br />

à área farmacêutica quando voltou<br />

a Portugal?<br />

F.C.D. - Porque tive muita dificul<strong>da</strong>de<br />

em arranjar os documentos que<br />

atestavam que eu era quem dizia ser.<br />

A pouco e pouco, fui arranjando os<br />

documentos relativos à minha situação<br />

mas ain<strong>da</strong> demorou bastante.<br />

Uma <strong>da</strong>s pessoas que abonou à minha<br />

identi<strong>da</strong>de foi Guilherme José de<br />

Melo, jornalista e figura de proa em<br />

Lourenço Marques. O Dr. Duarte de<br />

Carvalho, que era o Chefe dos Serviços<br />

Centrais e Culturais <strong>da</strong> Câmara<br />

Municipal de Lourenço Marques, foi<br />

outra <strong>da</strong>s personali<strong>da</strong>des que fez prova<br />

de que eu trabalhava, de facto, na<br />

farmácia <strong>da</strong> câmara.<br />

C.L. - Voltou nessa altura a trabalhar<br />

na função pública...<br />

F.C.D. - Nunca cheguei a trabalhar cá<br />

na função pública porque foi aceite a<br />

minha aposentação como funcionária<br />

pública, passei à reforma bastante<br />

cedo.<br />

C.L. - Actualmente, como passa os<br />

seus dias?<br />

F.C.D. - Houve uma altura em que<br />

vinha para o restaurante [Casa dos<br />

Cacetes] aju<strong>da</strong>r a minha filha e distraía-me<br />

por aqui. Sempre fui uma<br />

pessoa muito dinâmica, que gostava<br />

de estar ocupa<strong>da</strong>, e quando me reformei<br />

passei por um período de grande<br />

tristeza. Custou-me bastante habituar<br />

a Portugal, gostava muito de Lourenço<br />

Marques e tive imensa pena de me<br />

ter vindo embora.


27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

C.L. - Quantos anos esteve em Lourenço<br />

Marques?<br />

F.C.D. - Já tinha 44 anos quando fui<br />

para lá. Parti à aventura, a África sempre<br />

me fascinou, era como que uma<br />

caixa fecha<strong>da</strong> e eu queria descobrir<br />

os segredos que ela continha. E só não<br />

fui mais cedo porque antigamente só<br />

se podia ir com carta de chama<strong>da</strong> e,<br />

enquanto esse requisito foi exigido,<br />

nunca pude ir para lá mas assim que<br />

isso foi abolido fui imediatamente<br />

para lá. Mas as melhores recor<strong>da</strong>ções<br />

que guardo <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong> foram passa<strong>da</strong>s<br />

em Lourenço Marques, as de<br />

Portugal são um pouco mais tristes.<br />

C.L. - Voltando à sua paixão pelas<br />

artes plásticas e decorativas, chegou<br />

a participar em alguma exposição?<br />

F.C.D. - Sim, participei em várias<br />

exposições colectivas com os meus<br />

trabalhos de pintura em porcelana.<br />

Fiz várias aqui no concelho de Oeiras,<br />

nomea<strong>da</strong>mente no Salão do Clube<br />

Desportivo de Paço de Arcos, também<br />

expus no Palácio dos Anjos, em<br />

Algés, em Lisboa ou em Évora, por<br />

exemplo.<br />

C.L. - Hoje em dia continua a pintar?<br />

F.C.D. - Não, com grande pena minha<br />

já não consigo porque tenho as mãos<br />

muito trémulas, não consigo ter o traço<br />

que é necessário para pintar como<br />

pintava. Hoje em dia, apenas continuo<br />

a fazer as carteiras, que demoram bastante<br />

tempo até estar prontas porque<br />

os traços são todos feitos com alfinetes.<br />

É preciso uma persistência e uma<br />

força de vontade muito grande, estou<br />

inclusivamente a ficar com o dedo do<br />

de<strong>da</strong>l um pouco torto por causa <strong>da</strong>s<br />

carteiras, estou a ficar com defeitos de<br />

velhice! [risos]<br />

C.L. - Fazendo uma retrospectiva<br />

<strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>, e sabendo o que sabe<br />

hoje, teria apostado mais profissionalmente<br />

na sua veia artística?<br />

F.C.D. - Gostava muito de ter envere<strong>da</strong>do<br />

pelas artes decorativas, sim,<br />

mas também adoro a minha profissão.<br />

C.L. - Além <strong>da</strong> pintura e <strong>da</strong>s malas,<br />

sei também que é uma aficiona<strong>da</strong><br />

de ciclismo...<br />

F.C.D. - [risos] É ver<strong>da</strong>de, adorava<br />

ter tido a oportuni<strong>da</strong>de de praticar<br />

ciclismo mas nunca me ensinaram a<br />

an<strong>da</strong>r de bicicleta. Daquilo que vejo e<br />

via na televisão sou uma grande fã do<br />

Alves Barbosa, que era natural <strong>da</strong> minha<br />

terra, e hoje em dia gosto muito<br />

do americano [Lance] Armstrong, que<br />

ganhou sete vezes a Volta a França,<br />

gosto muito <strong>da</strong> maneira como ele está<br />

no ciclismo actual.<br />

C.L. - Reside em Paço de Arcos, o<br />

que mais e menos gosta nesta freguesia?<br />

F.C.D. - É uma vila muito sossega<strong>da</strong>,<br />

pacata, onde nunca tenho necessi<strong>da</strong>de<br />

de vir à janela ver o que se está<br />

a passar.<br />

C.L. - Entre Moçambique, África do<br />

Sul e Portugal, em qual dos países<br />

mais gostou de viver?<br />

F.C.D. - Moçambique, sem dúvi<strong>da</strong>! A<br />

terra que mais me diz e <strong>da</strong> qual tenho<br />

mais sau<strong>da</strong>des é Lourenço Marques.<br />

Felizmente tive a possibili<strong>da</strong>de de<br />

viajar bastante e de conhecer o Norte<br />

de África, nomea<strong>da</strong>mente Casablanca<br />

(Marrocos), Espanha e vários locais<br />

de Portugal. Lembro-me de entrar em<br />

Espanha pelo Minho, por Trancoso e<br />

por Vila Real de Santo António, fui<br />

várias vezes a Espanha e gosto muito<br />

do país irmão. Também tive oportuni<strong>da</strong>de<br />

de ir ao Brasil, nomea<strong>da</strong>mente a<br />

ilha Fernando de Noronha que é lindíssima<br />

e que inclusivamente é desconheci<strong>da</strong><br />

para muitos brasileiros.<br />

Motards Cristãos dão alegria<br />

A Associação de Motociclistas Cristãos<br />

de Portugal (AMCP) participou,<br />

no âmbito <strong>da</strong> quadra natalícia, numa<br />

acção de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de com cerca de<br />

25 crianças <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção António Luís<br />

de Oliveira (ALO), uma IPSS que acolhe<br />

fratrias de ambos os sexos, dos 3<br />

aos 18 anos de i<strong>da</strong>de, provenientes de<br />

famílias desestrutura<strong>da</strong>s e que tem<br />

por objectivo prestar assistência, educação<br />

e formação.<br />

Situa<strong>da</strong> em Lisboa, a Fun<strong>da</strong>ção é o lar<br />

de cerca de três dezenas de crianças,<br />

desde os muito jovens até aqueles que<br />

já estão no limiar <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de adulta.<br />

“São rapazes e raparigas encontram na<br />

ALO o abrigo que lhes foi negado por<br />

uma socie<strong>da</strong>de muito preocupa<strong>da</strong> consigo<br />

mesma e pouco solidária com os mais desfavorecidos”,<br />

conta-nos José Barreira,<br />

<strong>da</strong> direcção <strong>da</strong> AMCP.<br />

Embora todos os membros <strong>da</strong> AMC<br />

considerem que o Natal é uma época<br />

em que se deveria falar sobre Jesus,<br />

foi vestidos de Pai Natal que se<br />

apresentaram na ALO para gáudio <strong>da</strong><br />

pequena<strong>da</strong>.<br />

Ain<strong>da</strong> os motards não tinham desligado<br />

os motores <strong>da</strong>s suas “renas” e<br />

já se ouvia – e sentia - o desassossego<br />

que crescia nos três an<strong>da</strong>res ocupados<br />

pela associação. Nas várias janelas do<br />

prédio surgiam todo o tipo de cabeças<br />

ornamenta<strong>da</strong>s com enormes sorrisos e<br />

gritos de alegria.<br />

Coube à direcção <strong>da</strong> associação fazer<br />

a apresentação do local e, de segui<strong>da</strong>,<br />

os motards dirigiram-se para a estra<strong>da</strong><br />

guiados por uma patrulha <strong>da</strong> PSP que a<br />

ALO tinha solicitado para aju<strong>da</strong>r no estacionamento<br />

e na viagem entre Lisboa<br />

e Cascais, onde o trânsito <strong>da</strong> Marginal<br />

foi desviado por dois batedores <strong>da</strong> polícia<br />

seguidos de vinte Pais Natal!<br />

O destino foi um campo de futebol interior<br />

de um dos membros <strong>da</strong> APO na<br />

Quinta <strong>da</strong> Beloura onde a juventude,<br />

e não só, deram largas ao entusiasmo.<br />

As equipas eram forma<strong>da</strong>s por crianças,<br />

adultos, motards e mais alguns<br />

convi<strong>da</strong>dos. Umas com 10 elementos,<br />

outras com muito mais, uns a jogar<br />

para o lado que desse mais jeito, outros<br />

a jogarem para qualquer lado (o que<br />

interessava era marcar) gritaria, correria,<br />

suor e muito, muito esforço. Enfim,<br />

uma festa!<br />

Depois veio o almoço onde as crianças<br />

só tiveram que comer e beber. Os motards<br />

estavam lá para as servir! A seguir à<br />

bela refeição houve lugar à entrega <strong>da</strong>s<br />

pren<strong>da</strong>s onde todos tiveram direito ao<br />

seu presente incluindo os «Pais Natais»<br />

que receberam de ca<strong>da</strong> criança uma<br />

lembrança feita por eles.<br />

Até que veio a hora <strong>da</strong> pergunta que<br />

faz acelerar os pequenos corações, criar<br />

faces rosa<strong>da</strong>s e construir enormes sorrisos:<br />

“Quem quer ir an<strong>da</strong>r de mota?”<br />

A resposta foi <strong>da</strong><strong>da</strong> por uma correria<br />

totalmente descontrola<strong>da</strong> em que o objectivo<br />

era chegar em primeiro lugar à<br />

fila para os pretendentes a<br />

penduras.<br />

De um lado estavam enormes<br />

olhos que cobiçavam<br />

o brilho <strong>da</strong>s máquinas, do<br />

outro um grupo de nervosos<br />

motards prestes a receber<br />

uma chuva de crianças.<br />

No meio de enorme alarido<br />

e gritos de “eu vou naquela!”,<br />

“aquela é para mim!”<br />

e “eu estava à tua frente,<br />

eu estava à tua frente!” as<br />

educadoras conseguiram<br />

pôr as crianças a formarem<br />

fila única <strong>da</strong>ndo inicio ao<br />

passeio, sempre dentro <strong>da</strong><br />

proprie<strong>da</strong>de do campo de futebol.<br />

No final do dia vieram as despedi<strong>da</strong>s<br />

em que foram trocados abraços, beijos e<br />

votos de um futuro mais risonho. A direcção<br />

<strong>da</strong> ALO não quis partir sem deixar<br />

uma palavra de apoio e satisfação<br />

pela iniciativa. Foi a vez dos cumprimentos<br />

dos agradecimentos e também<br />

<strong>da</strong>s lágrimas e <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong>de em falar.<br />

Preocupados em como seria a reacção<br />

<strong>da</strong>s crianças, principalmente em alguns<br />

casos mais problemáticos, os motards<br />

viam agora que não havia razão para<br />

tal. Onde antes havia escuridão havia<br />

agora, nem que fosse só por um dia,<br />

luz, paz e amor.<br />

Convi<strong>da</strong>do a fazer um balanço <strong>da</strong> iniciativa,<br />

José Barreira referiu: “A Ma<strong>da</strong>lena,<br />

uma <strong>da</strong>s directoras <strong>da</strong> ALO, disse-nos á<br />

despedi<strong>da</strong> para voltarmos para o ano.<br />

Recusámos! Um pouco espanta<strong>da</strong> perguntou-nos<br />

porquê: «Temos que ir a outras<br />

crianças que não nos conhecem e que<br />

nunca ouviram falar do Amor de Jesus.<br />

Temos que tocar outras vi<strong>da</strong>s e trazer mais<br />

Entrevista 21<br />

sorrisos a Deus.» Com um forte abraço<br />

despediu-se com um «Bem-haja e saibam<br />

que a nossa casa será sempre a vossa casa!»<br />

É o que acontece a quem busca primeiro<br />

o reino de Deus. De moto? Sim, sempre<br />

de moto”, conclui.


22 Previsões para Fevereiro<br />

27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Carneiro<br />

Carta do Mês: 7 de Espa<strong>da</strong>s, que significa Novos Planos, Interferências.<br />

Amor: Deverá adoptar uma nova atitude a este nível para superar as provas com<br />

que se pode ter de deparar.<br />

Saúde: Procure dormir mais horas pois estará com maior susceptibili<strong>da</strong>de a sofrer de dores de<br />

cabeça.<br />

Dinheiro: Procure <strong>da</strong>r um novo impulso à sua vi<strong>da</strong> profissional, diversifique as suas fontes de<br />

rendimentos.<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 57<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11<br />

Gémeos<br />

Carta do Mês: O Mágico, que significa Habili<strong>da</strong>de.<br />

Amor: O seu charme e simpatia possibilitam-lhe alcançar a harmonia afectiva à<br />

sua volta.<br />

Saúde: Não tenha medo de aceitar aquilo que lhe parece novo ou diferente. É essa mu<strong>da</strong>nça que<br />

lhe vai permitir evoluir.<br />

Dinheiro: Deixe os seus investimentos <strong>da</strong>rem frutos.<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 1<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13<br />

Leão<br />

Carta do Mês: Rei de Ouros, que significa Inteligente, Prático.<br />

Amor: Reconheça que ninguém consegue dominar as suas emoções em todos os<br />

momentos e não se recrimine quando não reage como gostaria. Admitir que não é<br />

perfeito é o primeiro passo para se sentir em paz.<br />

Saúde: Cui<strong>da</strong>do com as que<strong>da</strong>s, an<strong>da</strong> muito distraído.<br />

Dinheiro: Tudo irá correr pelo lado mais favorável neste sector.<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 78<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15<br />

Balança<br />

Carta do Mês: 4 de Paus, que significa Ocasião Inespera<strong>da</strong>, Amizade.<br />

Amor: É importante agir no momento certo, enfrentar os problemas sem lhes <strong>da</strong>r<br />

demasiado valor.<br />

Saúde: Procure com mais regulari<strong>da</strong>de o seu médico assistente.<br />

Dinheiro: Não é o momento ideal para contrair nenhum empréstimo.<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 26<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17<br />

Sagitário<br />

Carta do Mês: A Lua, que significa Falsas Ilusões.<br />

Amor: Este é um momento favorável para a conquista.<br />

Saúde: Vigie o seu estômago.<br />

Dinheiro: Observe e oiça o que o rodeia, procure conhecer e experimentar sempre mais, tome<br />

uma atitude perante as situações!<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 18<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 19<br />

Aquário<br />

Carta do Mês: Cavaleiro de Espa<strong>da</strong>s, que significa Guerreiro, Cui<strong>da</strong>do.<br />

Amor: Lembre-se que estamos sempre a tempo de começar de novo, de fazer mu<strong>da</strong>nças,<br />

vencer o mau humor, as frustrações e a impaciência.<br />

Saúde: Está mais sujeito a dores de garganta.<br />

Dinheiro: Tenha força para agarrar a vi<strong>da</strong> com coragem!<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 62<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21<br />

Touro<br />

Carta do Mês: 10 de Paus, que significa Sucessos Temporários, Ilusão.<br />

Amor: Evite ter qualquer tipo de atitude egoísta ou egocêntrica, pense duas vezes<br />

para não magoar o seu par.<br />

Saúde: Cultive a sua boa forma através de gestos simples: estacione o carro um pouco mais longe<br />

e ande a pé, troque o elevador pelas esca<strong>da</strong>s, etc.<br />

Dinheiro: Tente conter-se um pouco mais nos seus gastos.<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 32<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12<br />

Caranguejo<br />

Carta do Mês: O Louco, que significa Excentrici<strong>da</strong>de.<br />

Amor: Ao enfrentar algum problema lembre-se que este só poderá ser resolvido se<br />

for abertamente discutido pelos dois elementos do casal.<br />

Saúde: Cui<strong>da</strong>do com a alimentação hiper-calórica, não abuse.<br />

Dinheiro: Lembre-se que um bom líder deve ser capaz de cultivar o bom-humor, pois num ambiente<br />

agradável as pessoas procuram <strong>da</strong>r o seu melhor.<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 22<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14<br />

Virgem<br />

Carta do Mês: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera.<br />

Amor: Lembre-se que quando não arriscamos, por medo de perder a estabili<strong>da</strong>de<br />

que conseguimos, estamos a deixar de viver.<br />

Saúde: Com disciplina e auto-controlo melhorará certamente de qualquer situação difícil.<br />

Dinheiro: Uma pessoa amiga vai precisar <strong>da</strong> sua aju<strong>da</strong>, não lhe falhe.<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 49<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16<br />

Escorpião<br />

Carta do Mês: Rainha de Paus, que significa Poder Material e que pode ser Amorosa<br />

ou Fria.<br />

Amor: Seja mais carinhoso com o seu par.<br />

Saúde: Procure mais vezes o seu dentista.<br />

Dinheiro: Não se deixe abater por uma maré menos positiva nesta área <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>, pois nem<br />

tudo está perdido.<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 35<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18<br />

Capricórnio<br />

Carta do Mês: 4 de Ouros, que significa Projectos.<br />

Amor: Dê mais atenção aos seus amigos, dedique-se mais àqueles que ama e que o<br />

amam, não tenha medo nem preguiça de começar coisas novas!<br />

Saúde: Lute contra a rotina. Não seja hipocondríaco, consulte o médico mas sem dramatismos.<br />

Dinheiro: Cui<strong>da</strong>do com os gastos supérfluos, corte com as despesas que não são realmente necessárias.<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 68<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20<br />

Peixes<br />

Carta do Mês: Ás de Copas, que significa Princípio do Amor, Grande Alegria.<br />

Amor: Em vez de culpar os outros por aquilo que nos acontece, lembre-se que podemos<br />

escolher ultrapassar os obstáculos com que nos deparamos, utilizando-os<br />

para amadurecer e evoluir.<br />

Saúde: Tenha mais confiança e valorize mais as suas quali<strong>da</strong>des.<br />

Dinheiro: Cui<strong>da</strong>do com as intrigas no local de trabalho, afaste-se de boatos. Em ca<strong>da</strong> circunstância<br />

faça sempre o que lhe parece certo.<br />

Número <strong>da</strong> Sorte: 37<br />

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22


27 <strong>Janeiro</strong> 2010<br />

Música ao vivo no Casino<br />

O Du Arte Lounge do Casino Estoril<br />

recebe ao longo do mês de Fevereiro as<br />

ban<strong>da</strong>s Soulbreezz, Gatos Vadios, Dynamite,<br />

Zoey Jones Quartet e Sylvie C,<br />

em versão de “French Swing Café”.<br />

Os Soulbreezz iniciam, logo a 29 de<br />

<strong>Janeiro</strong>, uma série de actuações no Du<br />

Arte Lounge. Este quarteto selecciona,<br />

até 6 de Fevereiro, um repertório mais<br />

clássico, conciliando as melhores sonori<strong>da</strong>des<br />

de soul e funk.<br />

Inspirados em grandes êxitos do rock,<br />

a ban<strong>da</strong> Gatos Vadios inicia, a 5 de<br />

Fevereiro, uma série de performances no<br />

Casino Estoril. “Conciliamos diferentes<br />

êxitos do rock com alguns dos<br />

nossos temas originais”, diz<br />

o trompetista Miguel Gonçalves,<br />

que sobe ao palco até<br />

13 de Fevereiro.<br />

A partir do dia 12 de Fevereiro,<br />

os Dynamite recriam as mais<br />

genuínas ambiências do funk,<br />

soul e reggae. Com um repertório<br />

muito alargado, a ban<strong>da</strong><br />

prossegue as suas actuações<br />

até ao dia 20.<br />

Por sua vez, a cantora inglesa<br />

Zoey Jones inicia, a 19 de<br />

Fevereiro, um ciclo de actuações<br />

no Casino Estoril, convi<strong>da</strong>ndo o público<br />

a ouvir os melhores registos de jazz.<br />

Num enquadramento intimista, a intérprete<br />

inglesa concilia, até 27 de Fevereiro,<br />

alguns temas inéditos com outros grandes<br />

clássicos do jazz<br />

Nas três últimas noites de Fevereiro,<br />

Sylvie C regressa ao Casino Estoril com<br />

“French Swing Café”. A intérprete francesa<br />

redescobre o swing dos anos 20, 30<br />

e 40, numa sonori<strong>da</strong>de que evoca a i<strong>da</strong>de<br />

de ouro do Jazz e transporta o público<br />

para um “carrossel sonoro a girar entre<br />

Paris, Lisboa, Buenos Aires, Nova Iorque e<br />

Rio de <strong>Janeiro</strong>”.<br />

Exposição na Fun<strong>da</strong>ção<br />

A Fun<strong>da</strong>ção Marquês de Pombal<br />

(FMP), em Lin<strong>da</strong>-a-Velha, promoveu<br />

recentemente um concurso de<br />

fotografia e pintura ao ar livre cujos<br />

trabalhos foram apresentados em<br />

exposição no Palácio dos Aciprestes,<br />

sede <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção.<br />

Na área de fotografia, José Carlos<br />

Carvalho foi distinguido com o<br />

2º Prémio, no valor de 500 euros,<br />

enquanto Ana Filipa Scarpa e Maria<br />

Inês Rocha receberam menções<br />

honrosas.<br />

Já no que se refere à Pintura ao Ar<br />

Livre o primeiro e segundo prémios<br />

couberam, respectivamente, a Tânia<br />

Rocha e a Carlos Pires, havendo ain<strong>da</strong><br />

lugar à atribuição de menções honrosas<br />

a Maria Inês Rocha e a Artur<br />

Rodrigues.<br />

São Passos na Verney<br />

A Livraria-Galeria Municipal Verney,<br />

em Oeiras, tem patente até ao dia 31<br />

de <strong>Janeiro</strong> a exposição de pintura «São<br />

Passos – Traços dos Mestres».<br />

Nesta mostra, a pintora moçambicana<br />

São Passos presta homenagem<br />

a diversos artistas plásticos, entre<br />

os quais Neves de Sousa e Malangatana.<br />

Nasci<strong>da</strong> na ci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Beira, foi em<br />

terras africanas que iniciou a sua<br />

carreira artística, primeiro no campo<br />

na escultura e depois na área <strong>da</strong> cerâmica.<br />

Viria mais tarde a optar pela<br />

pintura, onde adoptou uma técnica<br />

entre o naif e o abstracto, e em que<br />

são notórias as suas raízes africanas.<br />

A exposição poderá ser aprecia<strong>da</strong> de<br />

terça a sexta-feira, <strong>da</strong>s 10h00 às 13h00<br />

e <strong>da</strong>s 14h00 às 18h00 e aos sábados e<br />

domingos <strong>da</strong>s 14h00 às 18h00.<br />

Açores - 30 anos depois<br />

O apresentador Carlos Alberto Moniz<br />

inaugurou na Livraria Barata, na Aveni<strong>da</strong><br />

de Roma, em Lisboa, a exposição<br />

de fotografia do fotojornalista de Cascais,<br />

Marques Valentim, que apresentou<br />

pela primeira vez no Continente<br />

as imagens por si capta<strong>da</strong>s durante<br />

o sismo de 1 de <strong>Janeiro</strong> de 1980 nos<br />

Açores.<br />

A exposição fotográfica <strong>da</strong> tragédia<br />

que faz agora 30 anos é composta por<br />

65 retratos e poderá ser visita<strong>da</strong> na<br />

Livraria Barata, até 14 de Fevereiro<br />

de 2010.<br />

Cultura 23


Venha visitar as nossas exposições<br />

Recreios <strong>da</strong> Amadora<br />

Até 28 de Fevereiro<br />

Centro de Arte<br />

Contemporânea <strong>da</strong> Amadora<br />

Até 2 de Fevereiro<br />

Galeria Municipal Artur Bual<br />

Até 21 de Fevereiro<br />

Casa Roque Gameiro<br />

Até 27 de Fevereiro<br />

Câmara Municipal <strong>da</strong> Amadora

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