Presidente da República visita CARRIS Imagem positiva

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O outro lado de...
Olisipo, meu amor
Sousa Bentes, economista de
formação, trabalhava na área da
indústria, quando um encontro
fortuito com um antigo professor o
pôs na rota da CARRIS. Estávamos
em 1982 e Sousa Bentes assumiu as
funções de Chefe de Departamento
do Gabinete de Estudos Financeiros.
Hoje, 28 anos depois de entrar na
Empresa, diz manter-se motivado
pelo constante desafio que esta lhe
proporciona e destaca a grande
evolução vivida desde 2003.
No âmbito da CARRIS, Sousa Bentes
é, ainda, presidente do Conselho
Fiscal da Publicarris, membro do
Conselho Fiscal da Associação
Comercial de Lisboa, presidente
da Mesa da Assembleia-Geral da
Banda da CARRIS, presidente
do Conselho-Geral do Grupo
Desportivo da CARRIS e presidente
do Fundo de Auxílio. Perante tais
responsabilidades, inerentes a tão
vasta lista de cargos, seria de pensar
num homem apenas dedicado ao
trabalho. Mas, de facto, ele tem
muitas outras facetas.
Sousa Bentes é professor universitário
há cerca de vinte anos, mas é o
seu grande amor por Lisboa que se
destaca no discurso.
O interesse por Lisboa é tal que
possui centenas de livros e outros
documentos sobre a cidade. Gosta
de saber o porquê dos nomes das
ruas, de estudar os mapas mais
antigos que encontra e confessa que
gosta muito de fazer descobertas
nas lojas de antiguidades e em
alfarrabistas, mas, como bom
economista, sem nunca cometer
excentricidades.
O expoente máximo do seu
interesse é a forma apaixonada
com que mostra alguns números da
“Ilustração Portuguesa”, que apelida
de “o documento mais completo
que conheço sobre crónica social
no período 1906 a 1921”. Desta
revista, com quase cem anos, tem
600 exemplares que manuseia com
todo o cuidado e lê de uma ponta
a outra, admirando a qualidade das
reportagens e gabando os dotes do
fotógrafo Joshua Benoliel.
Dos afectos vieram-lhe mais duas
paixões: o tiro desportivo com
revólver e a construção de modelos
de barcos em madeira. Do pai, que
atirava com carabina, ganhou o
gosto pelo tiro desportivo que pratica
pelo menos quatro vezes por ano;
do avô, Oficial Superior da Armada
Portuguesa, ganhou o gosto por
barcos que constrói em miniatura,
Carlos de Sousa Bentes dedica,
durante a semana, dez horas
do seu dia à CARRIS. Mas o
Director Financeiro da empresa
tem, ainda, uma carreira como
professor universitário e um vasto
rol de “hóbies” que vão desde a
Olisipografia à Agricultura.
com paciência e muito cuidado.
A Agricultura também lhe entrou
vida. Em 1994 comprou um terreno
e foi aprendendo, com os vizinhos e
amigos entendidos, a perceber a terra
e as plantas.
Tem produtos frescos e sem
químicos, mas também a
possibilidade de relaxar o espírito
perto do pomar com mais de 240
árvores. A dificuldade é mesmo a
luta com os melros para ver quem
primeiro colhe os frutos, desde
cerejas a amoras.
A juntar a tudo isto, Sousa Bentes
estuda actualmente Galileu. Diz-se
espantado com a absolvição do físico
italiano pela Igreja Católica apenas
ter chegado em 1999, mais de 300
anos depois da sua morte. Estuda
agora o “Mensageiro das Estrelas” no
qual Galileu defendia e comprovava a
Teoria Heliocêntrica de Copérnico.
Sousa Bentes apenas lamenta a falta
de tempo para se dedicar a tudo o
que gosta, mas os resultados têm
sido bons: nos resultados da CARRIS,
nas aulas que dá, na produção
agrícola, no estudo de Lisboa,
na construção de barcos ou nas
crescentes colecções de relógios de
bolso e de elefantes, que considera
“animal de grande nobreza”.