identificação e manejo de nematóides da bananeira - Universidade ...
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Os nematói<strong>de</strong>s <strong>da</strong>s galhas são endoparasitos se<strong>de</strong>ntários, cuja fêmea produz,<br />
em média, 500 ovos numa matriz gelatinosa, formando uma massa <strong>de</strong> ovos, na maioria<br />
<strong>da</strong>s vezes, externamente à raiz. Após o <strong>de</strong>senvolvimento embrionário, o juvenil <strong>de</strong><br />
primeiro estádio passa pela primeira ecdise, <strong>da</strong>ndo origem ao juvenil <strong>de</strong> segundo<br />
estádio (J2), que emerge do ovo. Ao migrar para o solo, o J2 inicia a procura <strong>de</strong> raízes<br />
para se alimentar e, penetrando nas pontas, regiões previamente penetra<strong>da</strong>s ou em<br />
pequenas feri<strong>da</strong>s, estabelecem o seu sítio <strong>de</strong> alimentação nas células do parênquima. A<br />
injeção <strong>de</strong> secreções culmina com a hipertrofia (células gigantes) e hiperplasia <strong>de</strong><br />
células, acompanha<strong>da</strong>s normalmente pelo alargamento <strong>da</strong>s raízes, formando galhas.<br />
Enquanto isso, o juvenil tem a sua largura aumenta<strong>da</strong> e passa por novas ecdises<br />
formando os estádios juvenis J3 e J4, e finalmente os adultos macho e fêmea. O ciclo<br />
completo na <strong>bananeira</strong> leva <strong>de</strong> 25 a 30 dias à 27 o C (TIHOHOD, 2000). A reprodução é<br />
freqüentemente partenogenética, embora a reprodução sexual possa ocorrer em várias<br />
espécies como M. hapla e, ocasionalmente, em M. arenaria, especialmente quando as<br />
infestações tornam-se intensas. Alta percentagem <strong>de</strong> machos é produzi<strong>da</strong> em<br />
condições adversas (WHITEHEAD, 1997).<br />
O corte longitudinal <strong>da</strong>s raízes po<strong>de</strong> revelar fêmeas obesas típicas em vários<br />
estágios <strong>de</strong> maturação, inclusive visíveis a olho nú. Constatou-se, também, a presença<br />
<strong>de</strong> um pequeno halo enegrecido ao redor <strong>da</strong> posição <strong>da</strong> fêmea no interior <strong>da</strong> raiz<br />
(câmara <strong>da</strong> fêmea) (ZEM, 1982b). Diferentes espécies <strong>de</strong> Meloidogyne po<strong>de</strong>m ser<br />
observa<strong>da</strong>s na mesma galha e também po<strong>de</strong>m colonizar as cama<strong>da</strong>s externas do rizoma<br />
(DeWAELE e DAVIDE, 1998; COFCEWICZ et al., 2004b).<br />
Os sintomas mais evi<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> infecção <strong>de</strong> Meloidogyne são a raízes<br />
primárias e secundárias atrofia<strong>da</strong>s e com galhas. COSTA (1997), em solos <strong>de</strong> textura<br />
leve e baixa fertili<strong>da</strong><strong>de</strong> na região <strong>de</strong> Petrolândia-PE, verificou que <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s eleva<strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong> M. incognita causaram a morte <strong>da</strong>s raízes, impedindo a absorção <strong>de</strong> água e<br />
nutrientes. Conseqüentemente, os cachos não atingiram a maturação ou esta foi<br />
atrasa<strong>da</strong> com amadurecimento <strong>de</strong>suniforme dos frutos, além disso, os cachos eram<br />
pequenos, <strong>de</strong> pouco peso, menor número <strong>de</strong> frutos, menor peso <strong>de</strong> pencas e com baixo<br />
rendimento, quando comparados com os valores médios obtidos para a cultura.<br />
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