adriano penha furtado - BAIP - Universidade Federal do Pará
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A maior parte da população canina estudada foi de cães jovens,<br />
provavelmente devi<strong>do</strong> à erradicação sistemática de cães calazar - positivos.<br />
Porém, os cães com idade a partir de quatro anos apresentavam maior<br />
probabilidade de estarem infecta<strong>do</strong>s (X 2 = 32.943; p < 0.0001). Cães com<br />
menos de um ano de idade residentes em áreas endêmicas são menos<br />
parasita<strong>do</strong>s, provavelmente em decorrência <strong>do</strong> longo perío<strong>do</strong> pré-patente da<br />
filariose canina, como ressalta<strong>do</strong> por Rajamanickam et al. (1985). Assim,<br />
nossos resulta<strong>do</strong>s são semelhantes aos descritos por Montoya et al. (1998),<br />
Song et al. (2003), Montoya et al. (2006), Boonyapakorn et al. (2008) e Bolio-<br />
Gonzalez et al. (2007), mas diferem <strong>do</strong> descrito por Oge et al. (2003), que não<br />
observaram diferença de infecção com relação à idade.<br />
Em relação às necropsias de 30 cães (20 em Salvaterra e 10 em<br />
São Sebastião da Boa Vista), <strong>do</strong>s 13 (43,33%) que apresentaram vermes nos<br />
órgãos torácicos, observamos infecção oculta em sete (53,84%). Apesar de o<br />
valor absoluto ser pequeno (sete), o percentual de infecção oculta se mostra<br />
eleva<strong>do</strong> (53,84%). Eleva<strong>do</strong>s percentuais de infecção oculta também foram<br />
observa<strong>do</strong>s por Rawlings et al. (1982), Grieve et al. (1986), Reifur et al. (2004)<br />
e Yildirim et al. (2007) em cães e Labarthe et al. (1997) em gatos. Tasić et al.<br />
(2008) detectaram um baixo percentual de infecção oculta de filariose canina<br />
em cães da Sérvia, e sugeriram que este fato seria devi<strong>do</strong> a origem recente <strong>do</strong><br />
foco de infecção nesta região. Deste mo<strong>do</strong>, podemos propor, então, que o foco<br />
de infecção por filaria canina na Ilha <strong>do</strong> Marajó não seja recente.<br />
O estu<strong>do</strong> morfológico <strong>do</strong>s vermes adultos encontra<strong>do</strong>s nos órgãos<br />
torácicos <strong>do</strong>s cães de Salvaterra e São Sebastião da Boa Vista mostrou que<br />
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