em torno de balzac ea costureirinha chinesa - Repositório da ...

More documents

Recommendations

Info

textuais. É até possível perceber a imitação de alguma moda veiculada por um filme ou de um comportamento de um personagem por algumas pessoas. No entanto, tais constatações não são suficientes para afirmamos que “[...] o receptor é alguém que recebe passivamente os conteúdos das mensagens transmitidas naqueles artefatos e que tem sua atividade intelectual bloqueada pela sutileza e pela complexidade da linguagem audiovisual.” (DUARTE, 2002, p. 64) Pois se assim fosse, deveríamos constatar, por meio das imitações de como se vestir e se comportar como certos personagens, que os textos literários também se valem da passividade do leitor, fazendo com que abandonem sua identidade cultural para adotar a de outros. No romance Balzac e a costureirinha chinesa, o velho alfaiate reinventa a moda na montanha Fênix a partir da leitura das obras de Dumas. [...] motivadas pela influência do romancista francês, começaram a aparecer nas roupas dos aldeões, sobretudo elementos marítimos. Dumas seria o primeiro a se espantar, se tivesse visto nossos montanheses usando camisa de marinheiro, de ombros caídos e golas largas, retas nas costas e pontudas na frente, estalando ao vento. Era quase possível respirar o Mediterrâneo. (SIJIE, 2000:112) 88 _Conde de Monte Cristo nos manteve acordados por nove noites seguidas. O velho alfaiate era infatigável. À noite, ele me ouvia. De dia, ele trabalhava. Inspiradas por Dumas... _ As fantasias apareciam nas roupas que ele criava. Pequenos detalhes franceses de repente adornavam as roupas das nossas camponesas.
89 _Quase sempre símbolos marítimos. Naquele ano, uma brisa mediterrânea soprou em nossa montanha. _Jaquetas de marinheiro, calças boca-de-sino... Dumas se surpreenderia com o resultado. _Ele também havia descrito roupas mais refinadas: corpetes bordados com flores-de-lis, vestidos rendados de Mercedes. _Só a Costureirinha conhecia o nosso bem guardado segredo
Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INS
Page 3 and 4:
ALESSANDRA FONTES CARVALHO DA ROCHA
Page 5 and 6:
AGRADECIMENTOS À Maria Elizabeth C
Page 7 and 8:
RESUMO Esta dissertação tem como
Page 9 and 10:
1 INTRODUÇÃO “O verbo ler não
Page 11 and 12:
existente em nosso país, é possí
Page 13 and 14:
ato de ler produzidos no indivíduo
Page 15 and 16:
Também é importante revermos as c
Page 17 and 18:
O ato criador é apenas um momento
Page 19 and 20:
diversas. Só era permitida a leitu
Page 21 and 22:
esposta dada pelos rapazes satisfez
Page 23 and 24:
É durante as sessões de narrativa
Page 25 and 26:
Nas bibliotecas, eles também não
Page 27 and 28:
experiências junto ao Conde de Mon
Page 29 and 30:
pela ideologia, contexto sócio-his
Page 31 and 32:
apresentavam cortes masculinos como
Page 33 and 34:
são faces que se completam. Nesse
Page 35 and 36:
experiências. Com o poder da narra
Page 37 and 38: existência, a renovação e a tran
Page 39 and 40: [...] a história de Úrsula parece
Page 41 and 42: Enquanto Luo viaja para a cidade gr
Page 43 and 44: Em 1986, num artigo intitulado Le P
Page 45 and 46: Considerando o romance em questão
Page 47 and 48: contemplar o período de juventude
Page 49 and 50: leitura desses outros mundos e o af
Page 51 and 52: 3 ENTRE O LEITOR E O ESPECTADOR 51
Page 53 and 54: Pensando no romance, centro de noss
Page 55 and 56: A mesma cena se repete no filme, mo
Page 57 and 58: _São 7 horas. O dia acabou. _Termi
Page 59 and 60: ao caráter liberador que a leitura
Page 61 and 62: Conforme observamos nas figuras ret
Page 63 and 64: Outra crítica feroz também é col
Page 65 and 66: seguida, Luo comenta: _É, está fa
Page 67 and 68: Enquanto no romance temos: “_Voc
Page 69 and 70: 69 _Eu me tornei violinista. Nos ú
Page 71 and 72: O narrador, que agora conhecemos co
Page 73 and 74: torna produtor do filme homônimo.
Page 75 and 76: 75 _Chama-se “sutiã”. É como
Page 77 and 78: amoroso formado por Luo, o narrador
Page 79 and 80: coisas que ele observou em outros p
Page 81 and 82: 81 _A vendedora de flores faz um fu
Page 83 and 84: epresentação, da mesma forma que
Page 85 and 86: 4 CINEMA, LITERATURA E RECEPÇÃO 8
Page 87: experimentadas pela Costureirinha.
Page 91 and 92: 91 _ Depois, você vai pensar que t
Page 93 and 94: _”Ursula Mirouet”. Nome engraç
Page 95 and 96: As mesmas afirmativas são direcion
Page 97 and 98: _Chama-se “sutiã”. É como cha
Page 99 and 100: 4.1. OUTRAS TRANSFORMAÇÕES PELA L
Page 101 and 102: _Num país chamado França _Onde fi
Page 103 and 104: O personagem Ma mostra ter consciê
Page 105 and 106: Depois dos livros terem abertos os
Page 107 and 108: No romance, a afirmativa também ac
Page 109 and 110: acreditamos ser possível estabelec
Page 111 and 112: No texto literário, temos a impres
Page 113 and 114: DEWEY, J. Tendo uma experiência. p
Page 115 and 116: 115 ______________. Em busca do tem
show all

em torno de balzac ea costureirinha chinesa - Repositório da ...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?