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em torno de balzac ea costureirinha chinesa - Repositório da ...

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75<br />

_Chama-se “sutiã”. É como chamam nos livros. Em<br />

to<strong>da</strong> a Montanha Fênix sou a primeira a ter um.<br />

_Mas, pra que serve? Diz...<br />

_Sutiã serve para r<strong>ea</strong>lçar os seios.<br />

_E o que é gente civiliza<strong>da</strong>?<br />

_”O selvag<strong>em</strong> só t<strong>em</strong> sentimentos. O civilizado t<strong>em</strong><br />

sentimentos e idéias.”<br />

O ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> para os sentidos atribuídos ao texto <strong>de</strong> Balzac pela<br />

Costureirinha são suas vivências e conhecimento <strong>de</strong> mundo. É através do texto que<br />

ela mantém seu primeiro contato com um sutiã e <strong>de</strong>scobre que há diferenças entre<br />

os homens selvagens e os civilizados.<br />

Interessa à Estética <strong>da</strong> Recepção o confronto entre a construção do autor e<br />

esses tipos <strong>de</strong> reconstruções provenientes do receptor e inimagináveis na mente do<br />

autor, atentando para os significados e seus locais <strong>de</strong> construção, suas<br />

interpretações, observando as diferenças heurísticas à luz <strong>de</strong> mediações históricas e<br />

sociais.<br />

De acordo com Umberto Eco :<br />

um texto postula o próprio <strong>de</strong>stinatário como condição indispensável não só<br />

<strong>da</strong> própria capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> concreta <strong>de</strong> comunicação, mas também <strong>da</strong> própria<br />

potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong> significativa. Em outros termos, um texto é <strong>em</strong>itido por<br />

alguém que o atualize – <strong>em</strong>bora não se espere (ou não se queira) que esse<br />

alguém exista concretamente e <strong>em</strong>piricamente. (ECO, 1994, p.37)

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