em torno de balzac ea costureirinha chinesa - Repositório da ...

Enquanto no romance temos: “_Você sabe ler? – perguntei-lhe. _Não muito –
respondeu-me, sem nenhum complexo.” (SIJIE, 2000, p. 25), mas era capaz de
redigir uma carta.
O diálogo de culturas é ponto de destaque, tanto na narrativa literária quanto
na cinematográfica. Em ambas, temos a presença dos dois amigos, que pertencem
à classe intelectual, privilegiados pelo acesso à educação. Os jovens nutrem o
desejo de transformar a Costureirinha em um ser civilizado. Na palavra de Luo, no
texto literário, temos uma avaliação do que foi possível fazer por ela.
Do que me lembro? Se ela nada bem? Sim, maravilhosamente bem. Agora
nada como um golfinho. Antes? Não, nadava como os camponeses, sem
usar as pernas, só os braços. Antes de ter aprendido comigo o nado de
peito, nadava como os cachorros. [...] Agora ela sabe nadar, até o
borboleta. [...] O que descobriu sozinha foram os saltos perigosos.
(SIJIE, 2000, p. 123)
A mesma avaliação é feita no filme de forma diferente.
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_Você lembra? Você jurou curá-la de sua ignorância.
Você conseguiu.
_Até o sotaque dela melhorou. (...) Ler romances para
ela foi útil.