PLANO DE DESENVOLVIMENTO - Intranet - Uemg
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<strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO<br />
INSTITUCIONAL<br />
PDI – UEMG<br />
2010-2014<br />
Outubro 2010
APRESENTAÇÃO<br />
A Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG – foi criada por dispositivo da Constituição<br />
do Estado de Minas Gerais, em 1989, como uma instituição multicampi. Além das Unidades que<br />
comporiam o Campus BH, deveria absorver 9 (nove) Fundações Educacionais existentes em diferentes<br />
regiões mineiras e, com o correr do tempo, fazer-se presente em regiões densamente povoadas e<br />
desassistidas de ensino superior.<br />
Passados vinte e um anos, a Universidade do Estado de Minas Gerais não se distanciou de sua<br />
vocação multicampi, oferecendo cursos de ensino superior públicos em seis municípios, embora a<br />
absorção das Fundações não tenha se concretizado da maneira prevista na Lei de sua criação.<br />
Na vigência do último Plano de Desenvolvimento Institucional, 2004-2008, as Unidades que<br />
compunham a Universidade no início do período, e aquelas que foram implantadas em parceria com os<br />
municípios, cresceram e expandiram a oferta de cursos e vagas, bem como de bolsas de ensino, pesquisa e<br />
extensão para alunos e professores, não obstante as imensas dificuldades orçamentárias e financeiras.<br />
Destacam-se as seguintes realizações no período:<br />
No Campus de Belo Horizonte:<br />
-foi criada a Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves;<br />
-foram instaladas em novos prédios a Escola de Design e a Faculdade de<br />
Educação;<br />
-foram iniciados os programas de mestrado da Escola de Design e da<br />
Faculdade de Educação, com a aprovação do Conselho Estadual de<br />
Educação e recomendação da CAPES;<br />
-consolidou-se o importante papel das Escolas de Música e Guignard no<br />
cenário artístico e cultural de Minas e do Brasil.<br />
No interior do Estado, foram instaladas Unidades universitárias nas cidades de Barbacena, Frutal,<br />
João Monlevade e Ubá, mediante convênio com as respectivas Prefeituras.<br />
De 2004 a 2009, o total de cursos de graduação da Universidade passou de 10 para 28, cobrindo<br />
diversas áreas do conhecimento. Nesse período, entre 2006 e 2009, foram criados 17 novos cursos: 3 em<br />
Belo Horizonte, 1 em Barbacena, 7 em Frutal, 3 em João Monlevade, 1 em Poços de Caldas e 2 em Ubá.<br />
O número de vagas oferecidas no processo seletivo elevou-se, passando de 1.030, em 2004, para<br />
1.890, em 2010. O número de alunos matriculados cresceu, de 3.529 em 2004, para 5.856 no primeiro<br />
semestre de 2010.<br />
A qualificação do corpo docente evoluiu. Para isso contribuiu a instituição do Programa Mineiro<br />
de Capacitação Docente – PMCD –, em parceria com a SECTES, FAPEMIG, CAPES e instituições<br />
federais de ensino superior mineiras, visando a qualificar professores das universidades públicas do<br />
Estado. Convênio realizado com a UERJ permitiu a realização de um mestrado interinstitucional que<br />
possibilitou significativo aumento do número de mestres na Faculdade de Educação. Convênios firmados<br />
com o Politecnico di Torino – POLITO –, da Itália, viabilizam a realização do curso de graduação nos<br />
dois países, para formação bilingue e bicultural, na UEMG e no POLITO. Outro convênio com o<br />
POLITO também assegura a reserva de vagas para que, anualmente, três docentes da UEMG se<br />
matriculem em curso de doutorado naquela Instituição.<br />
Convênio firmado entre a Universita degli Studi Del Piemonte Orientale Amedeo Avogrado -<br />
Facoltá di Giurisprudenza e a Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves permite a participação de<br />
professores e estudantes em cursos de mestrado e doutorado nas áreas de Informática Jurídica, Direito<br />
Internacional e da União Européia, Direito das Administrações Locais.<br />
Em dezembro de 2008, a UEMG estabeleceu as bases de seu primeiro Programa Institucional de<br />
Qualificação Docente. Destaca-se também, no período, a realização dos primeiros concursos para a<br />
Instituição UEMG, desde sua criação. Em 2009, foram realizados concursos para admissão de 30<br />
docentes doutores para a UEMG.<br />
No âmbito da pesquisa, cresceu o número de projetos com bolsas de iniciação científica<br />
financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG –, e pelo CNPq. Merece<br />
ser ressaltada a realização anual de Seminários de Iniciação Científica e Extensão e de Encontros de<br />
Divulgação da Produção Científica, quando trabalhos nas mais variadas áreas de conhecimento são<br />
apresentados pela comunidade acadêmica dos diversos campi.<br />
2
As atividades de extensão realizadas nas diferentes Unidades cresceram, em termos de<br />
abrangência e quantidade. A partir de 2007, ampliou-se a oferta de bolsas de pesquisa e extensão como<br />
resultado da criação do PROUEMG – Programa de Desenvolvimento do Ensino Superior, pelo Governo<br />
do Estado.<br />
Não obstante o que já foi realizado, muito precisa ser feito. O PDI ora apresentado, elaborado<br />
para o período 2010-2014 e aprovado pelo Conselho Universitário, contempla os objetivos de<br />
desenvolvimento das Unidades existentes, em termos de infra-estrutura física, qualificação de docentes,<br />
criação de novos cursos, melhoria da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão, modernização<br />
administrativa, necessidade de recursos financeiros, dentre outros. Como parte da metodologia adotada<br />
para sua elaboração, as Unidades foram instadas a avaliar seus pontos fortes e fracos, em termos de<br />
ensino, pesquisa e extensão, e, a partir dessa análise, delinearem seus objetivos para os próximos cinco<br />
anos.<br />
O PDI redefine metas, estabelece novos mecanismos de atuação e organiza as ações no sentido de<br />
impulsionar o desenvolvimento da UEMG, ampliando sua atuação na capital e no interior. Para tanto,<br />
enfatiza a necessidade de: ampliar e valorizar o quadro docente e administrativo, melhorar as condições<br />
de instalações e infra-estrutura, oferecer outros níveis e modalidades de ensino, aumentar a produção<br />
acadêmica e a oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu, lograr melhor orçamento, organizar-se<br />
adequadamente no plano didático-pedagógico, ajustando-o às perspectivas das vocações regionais e<br />
demandas contemporâneas.<br />
As principais metas propostas no Plano são: (1) recredenciamento da UEMG como Universidade;<br />
(2) consolidação dos cursos recém-criados; (3) atualização e melhoria da qualidade do ensino, da pesquisa<br />
e da extensão; (4) incremento da pós-graduação e consolidação do stricto sensu; (5) ampliação e<br />
atualização do quadro de docentes e servidores técnico-administrativos (6) atuação estratégica em busca<br />
de parcerias para a expansão da UEMG.<br />
No que se refere ao conteúdo, o PDI contempla todos os quesitos estabelecidos na Resolução nº<br />
450, de 26 de março de 2003, do Conselho Estadual de Educação, que disciplina o credenciamento e<br />
recredenciamento de Universidades. A organização do texto acompanhou a sequência temática adotada<br />
no „Relatório de Verificação in loco‟, de modo a favorecer o trabalho dos avaliadores. Em cada tópico,<br />
são apresentadas as realizações da UEMG na vigência do último PDI e as metas que nortearão o<br />
planejamento da Instituição no período 2010-2014. Os compromissos firmados estão ancorados em metas<br />
e estratégias flexíveis e que estarão sujeitas à avaliação e re-ordenamento ao longo do período.<br />
O detalhamento das informações do PDI está expresso no material que compõe o Projeto de<br />
Recredenciamento apenso ao mesmo. É necessário destacar ainda que, como instituição pública, a UEMG<br />
depende de financiamento pelo Governo do Estado. O cumprimento pleno das metas fixadas estará,<br />
assim, condicionado, em grande parte, aos recursos disponibilizados pelo Estado e aos que buscaremos<br />
obter junto aos órgãos de fomento.<br />
Dijon Moraes Júnior<br />
Reitor<br />
3
Sumário<br />
1. A INSTITUIÇÃO ............................................................................................ 6<br />
1.1. Condição jurídica ........................................................................................................................................ 6<br />
1.2. Capacidade financeira e patrimonial ........................................................................................................... 6<br />
1.3. Histórico ...................................................................................................................................................... 6<br />
2. I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> ORGANIZACIONAL – MISSÃO DA UEMG .................. 7<br />
2.1. Objetivos da Instituição ............................................................................................................................... 8<br />
3. ESTATUTO E REGIMENTO GERAL ........................................................ 8<br />
4. MO<strong>DE</strong>LO <strong>DE</strong> GESTÃO INSTITUCIONAL ............................................... 8<br />
4.1. Definição do Modelo de Gestão Institucional ............................................................................................. 8<br />
4.2. Organograma Funcional da UEMG ............................................................................................................. 9<br />
4.3. Funções principais na gestão da Universidade, composição dos órgãos colegiados e forma de acesso aos<br />
cargos ................................................................................................................................................................. 9<br />
4.3.1. Administração Superior ................................................................................................................. 10<br />
4.3.2. Administração Intermediária .......................................................................................................... 11<br />
4.3.3. Órgãos de Apoio às Atividades Acadêmicas ................................................................................. 12<br />
4.4. Planejamento estratégico como ferramenta de gestão acadêmica ............................................................. 13<br />
5. CORPO DOCENTE ...................................................................................... 15<br />
5.1. Dimensões do Quadro e Vinculação Funcional ......................................................................................... 15<br />
5.2. Regime de Trabalho .................................................................................................................................. 16<br />
5.3. Titulação do corpo docente........................................................................................................................ 18<br />
5.4. Corpo Docente por curso ........................................................................................................................... 19<br />
6. PROJETO <strong>DE</strong> QUALIFICAÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA DO<br />
CORPO DOCENTE .......................................................................................... 19<br />
7. <strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> CARREIRA DOCENTE ......................................................... 21<br />
8. PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ............................................. 24<br />
8.1. Dimensões do quadro administrativo ........................................................................................................ 24<br />
8.2. Programa de Qualificação do Corpo Técnico-administrativo ................................................................... 26<br />
9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ............................................................... 27<br />
10. PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - ÁREAS <strong>DE</strong><br />
ATUAÇÃO ACADÊMICA .............................................................................. 28<br />
11. OS CURSOS <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO .............................................................. 29<br />
11.1. Cursos oferecidos .................................................................................................................................... 29<br />
11.2. O Processo Seletivo - Ampliação de Vagas............................................................................................. 32<br />
11.3. Políticas de Ampliação do Acesso dos Estudantes ao Ensino Superior e de Permanência na<br />
Universidade ..................................................................................................................................................... 34<br />
11.4. O Perfil do Egresso - O Aluno que a UEMG Busca Formar ................................................................... 35<br />
12. A QUALIDA<strong>DE</strong> DO ENSINO <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO – <strong>DE</strong>SEMPENHO<br />
NA AVALIAÇÃO <strong>DE</strong> CURSOS ...................................................................... 41<br />
13. POLÍTICA INSTITUCIONAL VISANDO A PRÁTICA<br />
PROFISSIONAL DOS ALUNOS .................................................................... 43<br />
13.1. Política de Estágios.................................................................................................................................. 43<br />
13.2. Oportunidades de iniciação científica para os alunos dos cursos de graduação ...................................... 45<br />
14. MELHORIA DA QUALIDA<strong>DE</strong> DOS CURSOS <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO ... 45<br />
14.1. Projetos de atualização e inovação curricular .......................................................................................... 46<br />
14.2. Políticas de Atendimento aos Discentes .................................................................................................. 46<br />
14.3. Intercâmbio com Outras Instituições Acadêmicas ................................................................................... 47<br />
15. <strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> EXPANSÃO DO ENSINO <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO .................. 47<br />
16. PROGRAMAS <strong>DE</strong> PÓS-GRADUAÇÃO ................................................. 49<br />
16.1. Pós-Graduação Lato Sensu ...................................................................................................................... 49<br />
4
16.2. Pós-Graduação Stricto Sensu – Cursos em Funcionamento e Planejados ............................................... 51<br />
17. ENSINO A DISTÂNCIA ............................................................................ 53<br />
18. ATIVIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> PESQUISA .................................................................. 56<br />
18.1. Orientação de Bolsistas de Iniciação Científica ...................................................................................... 57<br />
18.2. Número de Projetos de Pesquisa realizados ............................................................................................ 57<br />
18.3. Trabalhos Publicados ............................................................................................................................... 58<br />
18.4. Produções Técnicas, Artísticas e Culturais .............................................................................................. 58<br />
18.5. Participação em Bancas de Dissertações e Teses e em Comitês de Revistas .......................................... 59<br />
18.6. Incentivo à Pesquisa ................................................................................................................................ 60<br />
19. EXTENSÃO ................................................................................................. 62<br />
19.1. Atividades Desenvolvidas ....................................................................................................................... 62<br />
19.2. Formas de Fomento para a Melhoria da Qualidade das Atividades de Extensão .................................... 67<br />
20. INFRA-ESTRUTURA ................................................................................ 68<br />
20.1. Bibliotecas ............................................................................................................................................... 68<br />
20.1.1. Política de Desenvolvimento e Atualização de Acervo ............................................................... 70<br />
20.2. A questão do Espaço Físico nas Diversas Unidades ................................................................................ 71<br />
20.2.1. Localização das Unidades ............................................................................................................ 71<br />
20.2.2. Laboratórios, Salas de aula, Anfiteatros e Outros Espaços .......................................................... 73<br />
20.2.3. Melhoria das Condições de espaço Físico e de infra-estrutura .................................................... 73<br />
21. SISTEMAS <strong>DE</strong> REGISTRO <strong>DE</strong> INFORMAÇÕES ACADÊMICAS ... 82<br />
21.1. Registro Acadêmico ................................................................................................................................ 82<br />
21.2. Necessidade de Implantação de um Sistema de Gestão Acadêmica ........................................................ 82<br />
21.3. Sistema de Comunicação Interno e Externo ............................................................................................ 83<br />
22. FINANCIAMENTO .................................................................................... 83<br />
22.2. Despesas com Pessoal e “Outros Custeios” ............................................................................................. 84<br />
22.3. Despesas de Investimento ou de Capital ................................................................................................. 89<br />
22.4. Parcerias com Entidades Públicas e Privadas .......................................................................................... 90<br />
23. NECESSIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AUTONOMIA ......................................................... 91<br />
24. CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS ..................................................................... 92<br />
5
1. A INSTITUIÇÃO<br />
A UEMG foi criada em 1989, por disposição contida na Constituição do Estado. Seu<br />
credenciamento foi prorrogado até 18 de outubro de 2010, mediante decreto do Senhor Governador do<br />
Estado publicado em 18/10/2005, em atendimento ao Parecer n° 897 do egrégio Conselho Estadual de<br />
Educação.<br />
1.1. Condição jurídica<br />
É uma autarquia de regime especial, pessoa jurídica de direito público, CNPJ 65172579/0001-15,<br />
com estrutura multicampi. Tem sede em Belo Horizonte, onde se localizam sua Reitoria e as cinco<br />
Unidades que compõem o Campus BH, além de Unidades funcionando em Barbacena (Instituto de<br />
Ensino Superior Dona Itália Franco), Frutal, João Monlevade (FAENGE) e Ubá, e um curso fora de sede<br />
em Poços de Caldas.<br />
1.2. Capacidade financeira e patrimonial<br />
A UEMG possui patrimônio e receita próprios e goza de autonomia didático-científica,<br />
administrativa e disciplinar, incluída a gestão financeira e patrimonial, nos limites da legislação.<br />
Os documentos que atestam a Capacidade Financeira e Patrimonial da Instituição e as<br />
certidões que demonstram sua Situação Fiscal e Parafiscal constam do primeiro volume do documento<br />
„Projeto de Credenciamento da UEMG‟, anexo.<br />
1.3. Histórico<br />
Criação e projeto de constituição<br />
A Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG –, foi criada em 1989, mediante<br />
determinação expressa no Art. 81 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). A<br />
estrutura da Universidade foi regulamentada na Lei 11.539, de 22/07/94, que também autorizou a<br />
incorporação à mesma da Fundação Mineira de Arte Aleijadinho - FUMA, da Fundação Escola Guignard,<br />
do Curso de Pedagogia do Instituto de Educação de Belo Horizonte e do Serviço de Orientação e Seleção<br />
Profissional - SOSP.<br />
Na estrutura orgânica do Estado, a Universidade vincula-se à Secretaria de Estado de Ciência,<br />
Tecnologia e Ensino Superior – SECTES - à qual compete formular e implementar políticas públicas que<br />
assegurem o desenvolvimento científico e tecnológico, a inovação e o ensino superior.<br />
Constitucionalmente, a UEMG tem ainda relação com outros estabelecimentos de ensino<br />
superior, as chamadas „Fundações Associadas‟.<br />
Fundações Associadas/ Agregadas no projeto de constituição da UEMG<br />
O Art. 82 do ADCT da Constituição Estadual de 1989 facultou às Fundações Educacionais de<br />
Ensino Superior, instituídas pelo Estado, optar por serem absorvidas como Unidades da UEMG. Esta<br />
opção foi manifestada por nove fundações, sediadas nas cidades de Campanha, Carangola, Diamantina,<br />
Divinópolis, Ituiutaba, Lavras, Passos, Patos de Minas e Varginha.<br />
A Lei 11.539/94 determinou a absorção gradativa dessas nove Fundações, permanecendo elas<br />
como Unidades Agregadas enquanto não ocorresse sua incorporação pelo Estado.<br />
Em 2005, anos após a regulamentação do processo de absorção, nenhuma das Fundações optantes<br />
fora, de fato, absorvida. Nesse ano, a Emenda à Constituição nº 70, de 30/06/2005 deu nova redação ao<br />
inciso II do art. 82 da Constituição, consolidando o entendimento de que tais Fundações, por serem<br />
instituídas pelo Estado, integravam o Sistema Estadual de Educação.<br />
No mesmo ano, a Emenda Constitucional de número 72, de 24/11/2005, acrescentou ao Ato das<br />
Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado o art. 129, transformando aquelas<br />
fundações „agregadas‟, em „Fundações Associadas‟ à UEMG, „com vistas ao estabelecimento de<br />
cooperação mútua, mantida a autonomia administrativa, financeira e patrimonial das fundações‟. Além<br />
disso, estabeleceu que a absorção das Fundações que haviam optado pela UEMG, antes impositiva e<br />
obrigatória, passava a ser facultativa e dependente do interesse do Estado e da Fundação. Assim, abriu-se<br />
a possibilidade de que aquelas fundações se desligassem da Instituição. Usando dessa prerrogativa,<br />
desvincularam-se da UEMG as Fundações mantenedoras dos Centros Universitários situados em Lavras,<br />
Patos de Minas e Varginha.<br />
6
A relação da UEMG com as Fundações foi também afetada por uma Ação Direta de<br />
Inconstitucionalidade - ADIN 2501 –, ajuizada pelo Senhor Procurador-Geral da República, que se<br />
contrapôs às disposições da Constituição do Estado introduzidas pela Emenda 70. Por força da decisão do<br />
STF, emitida no julgamento dessa ação, as Fundações Associadas, por serem de direito privado, foram<br />
transferidas para o Sistema Federal de Ensino. Embora o instituto da associação, estabelecido na<br />
Constituição do Estado não tenha sido declarado ilegal no julgamento dessa ADIN, a decisão reabriu uma<br />
série de questionamentos sobre a possibilidade de absorção das Fundações e sobre a prevalência e o<br />
alcance da condição de „associadas‟.<br />
A continuidade da relação depende de edição de lei que complemente o disposto no art. 129 da<br />
Constituição do Estado, definindo a natureza da associação. Essa necessidade foi parcialmente<br />
contemplada na Lei 18.384, de 15/09/2009, que, em seu Art. 9°, reiterou a condição de „associadas‟<br />
prevista no art. 129 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado, para<br />
seis fundações, „mantida a autonomia administrativa, financeira, patrimonial e acadêmico-pedagógica da<br />
UEMG e das fundações e respeitados os vínculos aos respectivos sistemas de ensino‟.<br />
A questão do vínculo com as „associadas‟ provavelmente será melhor definida através de outros<br />
instrumentos da legislação estadual. Adaptações no Estatuto da UEMG devem estabelecer a exata<br />
abrangência, competência e responsabilidade dessa associação.<br />
Uma vez que não há dúvidas quanto à vinculação das Associadas ao sistema federal de ensino, o<br />
objeto deste pedido de recredenciamento junto ao CEE é a UEMG pública, constituída pelas Unidades<br />
Acadêmicas que compõem o Campus BH e pelas Unidades de Barbacena, Frutal, João Monlevade e Ubá,<br />
além de curso (fora de sede) em Poços de Caldas. A essa estrutura, a partir do próximo ano, adicionar-seá<br />
a Unidade de Leopoldina, com proposta de primeiro curso já submetida ao Conselho Estadual de<br />
Educação.<br />
2. I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> ORGANIZACIONAL – MISSÃO DA UEMG<br />
Em 2008, um trabalho de planejamento estratégico participativo foi realizado na Instituição, quando<br />
foram definidas a identidade organizacional e a cadeia de valores da UEMG:<br />
Missão - Promover o ensino, a pesquisa e a extensão de modo a contribuir para a formação de<br />
cidadãos comprometidos com o desenvolvimento e a integração dos setores da sociedade e das regiões do<br />
estado.<br />
Visão – Ser referência como instituição promotora de ensino, pesquisa e extensão em<br />
consonância com políticas, demandas e vocações regionais do estado.<br />
Crenças e Valores:<br />
Mérito da Qualidade Acadêmica - Formação de uma comunidade científica que oportunize a<br />
interação com outras instituições produtoras de conhecimento e, ao mesmo tempo, estabeleça uma<br />
sinergia na busca da excelência da UEMG. Formação e atuação de grupos de pesquisa com forte base<br />
científica e tecnológica para o fortalecimento do stricto sensu (atendendo os critérios da CAPES).<br />
Avaliação interna e externa na busca do mérito da qualidade acadêmica.<br />
Compromisso Ético - A Universidade deve ser o cenário em que a Ética profissional norteie as<br />
relações e ações, oportunizando a dignidade humana, a construção do conhecimento e da convivência<br />
harmoniosa no contexto sócio-cultural no qual seus cidadãos irão operar, estendendo a produção da<br />
Universidade à sociedade em que está inserida.<br />
Responsabilidade Social - Responsabilidade social, na UEMG, significa formar cidadãos éticos,<br />
críticos e inovadores, desenvolver pesquisas nas diferentes áreas do conhecimento que possam contribuir<br />
para o avanço tecnológico do Estado e implementar um trabalho extensionista com compromisso de<br />
interagir com a comunidade na busca da transformação social, da preservação ambiental, da melhoria da<br />
qualidade de vida e da inclusão social.<br />
Inovação e trabalho cooperativo - A Universidade, ao promover a inovação, por via de novas<br />
tecnologias, estimula a competitividade e a cooperação em todos os setores que colaboram para o<br />
desenvolvimento científico e sociocultural e interfere sobre múltiplos processos econômicos, sociais e<br />
culturais. A UEMG deverá ser essa agência geradora de conhecimento, formando pesquisadores capazes<br />
de competir e cooperar com o setor produtivo e de contribuir, efetivamente, para o desenvolvimento do<br />
Estado e da Nação.<br />
7
Compromisso com as Políticas Públicas - A Universidade do Estado de Minas Gerais tem o<br />
compromisso de participar e fortalecer as políticas públicas em todas as áreas do conhecimento mediante<br />
ações efetivas para potencializar as demandas e otimizar a qualidade dos serviços prestados.<br />
2.1. Objetivos da Instituição<br />
As finalidades da UEMG, que direcionaram sua consolidação e expansão, foram estabelecidas no<br />
art. 3º da Lei n° 11.539/94. Essas finalidades definem a missão, crenças e valores da Instituição, acima<br />
mencionados. Nos termos do Art. 3º dessa Lei, compete à Universidade, observados o princípio da<br />
indissociabilidade da pesquisa, do ensino e da extensão e sua função primordial de promover o<br />
intercâmbio e a modernização das regiões mineiras:<br />
I - contribuir para a formação da consciência regional, produzindo e difundindo o conhecimento<br />
dos problemas e das potencialidades do Estado;<br />
II – promover a articulação entre ciência, tecnologia, arte e humanidade em programas de ensino,<br />
pesquisa e extensão;<br />
III – desenvolver as bases científicas e tecnológicas necessárias ao melhor aproveitamento dos<br />
recursos humanos e materiais disponíveis, dos bens e dos serviços requeridos para o bem-estar social;<br />
IV – formar recursos humanos necessários à reprodução e à transformação das funções sociais;<br />
V – construir referencial crítico para o desenvolvimento científico e tecnológico, respeitadas suas<br />
características culturais e ambientais;<br />
VI – elevar o padrão de qualidade do ensino e promover a sua expansão, em todos os níveis;<br />
VII – oferecer alternativas de solução para os problemas específicos das populações à margem da<br />
produção da riqueza material e cultural;<br />
VIII – assessorar governos municipais, grupos sócio-culturais e entidades representativas no<br />
planejamento e na execução de projetos específicos;<br />
IX – promover ideais de liberdade e solidariedade para a formação da cidadania nas relações<br />
sociais, bem como o intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições nacionais, internacionais e<br />
estrangeiras;<br />
X – contribuir para a melhoria da qualidade de vida das regiões mineiras.<br />
Os cursos atualmente oferecidos pela UEMG, em diversas áreas do conhecimento, bem como as<br />
atividades de pesquisa e extensão realizadas em suas Unidades acadêmicas, buscam atender a esses<br />
objetivos, nos limites das possibilidades da Instituição. As metas estabelecidas ao longo deste PDI<br />
expressam a continuidade desse compromisso.<br />
3. ESTATUTO E REGIMENTO GERAL<br />
O Estatuto da UEMG (anexo) foi aprovado pelo Decreto 36.898, de 24 de maio de 1995, do<br />
Senhor Governador do Estado, tendo em vista Parecer CEE n°28/1995. O texto do Estatuto em vigor<br />
precisa ser atualizado, tendo em vista modificações ocorridas, por força de legislação, na estrutura da<br />
carreira, em 2005, e na própria estrutura da UEMG, de 2005 a 2008. O Conselho Universitário está<br />
procedendo à revisão geral do Estatuto. Quando concluída, a proposta do novo Estatuto será submetida ao<br />
Conselho Estadual de Educação. Enquanto tais procedimentos não são concluídos, permanece em vigor o<br />
Estatuto aprovado em 1995.<br />
O Regimento Geral (anexo) foi aprovado pelo CONUN em 4/04/2006. Em decorrência das<br />
modificações que forem realizadas no Estatuto, o Regimento também terá que sofrer alterações.<br />
4. MO<strong>DE</strong>LO <strong>DE</strong> GESTÃO INSTITUCIONAL<br />
4.1. Definição do Modelo de Gestão Institucional<br />
A estrutura, a competência, a integração e o funcionamento dos diversos setores que compõem a<br />
Universidade são estabelecidos no seu Estatuto e no Regimento Geral. A estrutura delineada nesses<br />
documentos privilegia a gestão colegiada e a participação dos três segmentos da comunidade universitária<br />
(docentes, discentes e servidores técnico-administrativos) no estabelecimento das políticas da Instituição.<br />
8
Além disso, em alguns dos órgãos colegiados, o Estatuto prevê a participação também de segmentos da<br />
sociedade externos à UEMG, incluindo ex-alunos.<br />
A gestão da Instituição é orientada pelas normas contidas na Legislação Federal e Estadual, no<br />
Estatuto e no Regimento e nas Resoluções e Decisões dos Colegiados Superiores (Conselho Universitário<br />
– CONUN – e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – COEPE), que detalham as políticas da<br />
Instituição e normatizam seu cotidiano e completam o arcabouço legal ao qual ela se sujeita. A<br />
operacionalização dessas resoluções e decisões se dá através da adoção de planos e estratégias de gestão e<br />
de ações desenvolvidas pelos gestores de diferentes níveis, coordenados pelo Reitor e, nas respectivas<br />
esferas de competência, pelos Pró-Reitores.<br />
Demandas e sugestões das Unidades são encaminhadas, usualmente, pelos Diretores de Unidades,<br />
pelo Diretor Geral do Campus, quando é o caso, ou pelos representantes da comunidade acadêmica junto<br />
aos Colegiados Superiores. Sugestões encaminhadas por essas instâncias, bem como aquelas propostas<br />
pelo Reitor e pelas Pró-Reitorias podem resultar na alteração das políticas estabelecidas, mediante novas<br />
decisões e resoluções do CONUN e COEPE.<br />
Organização Administrativa<br />
A estrutura da UEMG é objeto de vários documentos legais. O primeiro deles é a Lei 11.539, de<br />
22 de julho de 1994, que determinou sua estrutura básica, além de dispor sobre diversos outros aspectos<br />
relativos à UEMG. A estrutura prevista na Lei foi totalmente assumida no Estatuto e no Regimento<br />
Geral.<br />
Além da norma citada, a estrutura da UEMG é objeto de outros dispositivos legais. Entre eles, o<br />
Decreto 36.896, de 24 de maio de 1995, do Senhor Governador de Estado, que estabeleceu a estrutura<br />
dos campi regionais. Posteriormente, a estrutura orgânica básica da UEMG foi alterada pela Lei<br />
Delegada 91/2003, de 29/01/2003, atualizada pela Lei Delegada n°143, de 25/1/2007, e pela Lei 17356,<br />
de 18/01/2008. Também trata da estrutura da UEMG o Decreto n° 44.466, de 16 de fevereiro de 2007,<br />
do Senhor Governador do Estado, que detalha a estrutura orgânica do Campus Belo Horizonte.<br />
As últimas alterações de estrutura contempladas nesses instrumentos legais estão incorporadas na<br />
nova versão do Estatuto da UEMG, ora em tramitação nos Colegiados Superiores. Tão logo ocorra sua<br />
aprovação, o novo Estatuto será submetido ao Conselho Estadual de Educação e ao Governo do Estado.<br />
Neste PDI, a meta da UEMG, com relação aos seus ordenamentos superiores, é concluir a modificação do<br />
Estatuto, já iniciada, aprová-lo no CEE-MG e promover a consequente revisão de seu Regimento Geral.<br />
4.2. Organograma Funcional da UEMG<br />
Em conformidade com os instrumentos legais mencionados, a UEMG tem Reitoria sediada na<br />
Capital, onde também funcionam as cinco Unidades Universitárias que compõem o Campus BH, e<br />
Unidades em quatro outros municípios: Barbacena, Frutal, João Monlevade e Ubá, aos quais somar-se-á o<br />
de Leopoldina.<br />
Todas as Unidades estão subordinadas, administrativamente, à Unidade de Administração<br />
Superior e, tecnicamente, às Unidades de Coordenação e Execução e de Assessoramento Superior. Essa<br />
estrutura é mostrada na Figura 1.<br />
4.3. Funções principais na gestão da Universidade, composição dos órgãos colegiados e forma de<br />
acesso aos cargos<br />
A gestão da Universidade é colegiada. As competências e forma de escolha dos dirigentes, bem<br />
como a composição e atribuições dos diversos órgãos são estabelecidas estatutariamente, como é<br />
mostrado a seguir.<br />
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Fig. 1 Organograma Funcional<br />
Unidades Colegiadas de Deliberação Superior<br />
Conselho Universitário<br />
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Conselho Curador<br />
Unidades de Apoio Técnico e Administrativo aos Conselhos Superiores<br />
Secretaria dos Conselhos Superiores Auditoria Seccional<br />
Unidades de Direção Superior<br />
Unidades de Coordenação e Execução<br />
. Pró-Reitoria de Ensino e Extensão<br />
. Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-<br />
Graduação<br />
. Pró-Reitoria de Planejamento, Gestão e<br />
Finanças<br />
Campi Regionais<br />
Diretoria-Geral do Campus<br />
Conselho Diretor do Campus<br />
Diretoria-Geral<br />
Reitoria e Vice-Reitoria<br />
Unidades de Assessoramento<br />
Superior<br />
. Gabinete<br />
. Procuradoria<br />
. Assessoria de Comunicação Social<br />
Unidades Universitárias<br />
Colegiado<br />
de Curso<br />
Conselho Departamental<br />
Departamento<br />
Assembléia de<br />
Departamento<br />
Câmara de<br />
Departamento<br />
Diretoria e Vice-Diretoria<br />
4.3.1. Administração Superior<br />
A Administração Superior da Instituição é composta dos seguintes órgãos:<br />
O Conselho Universitário é a unidade máxima de deliberação e supervisão da UEMG,<br />
incumbindo-lhe a definição da política geral da instituição, no âmbito acadêmico, administrativo,<br />
financeiro, disciplinar e patrimonial. Nos termos do Art. 14 do Estatuto da UEMG, entre as atribuições do<br />
Conselho Universitário, figuram: aprovar o Estatuto, o Regimento Geral, os regimentos específicos, as<br />
resoluções, bem como modificá-los; aprovar os planos de desenvolvimento e expansão da UEMG;<br />
aprovar o orçamento anual e plurianual da Universidade; julgar as contas da gestão do Reitor, após<br />
pronunciamento do Conselho Curador; criar, desmembrar, fundir, agregar, absorver, incorporar ou<br />
extinguir unidades, departamentos e outros órgãos; autorizar o funcionamento de cursos de graduação e<br />
10
de pós- graduação; determinar a suspensão de atividades de qualquer órgão ou curso; estabelecer a<br />
política de pessoal e aprovar a organização do respectivo quadro; deliberar sobre a estrutura e o<br />
funcionamento dos campi regionais.<br />
Nos termos do Estatuto, o Conselho Universitário é presidido pelo Reitor e tem, entre seus<br />
componentes, os pró-reitores, diretores de campus, representantes de cada categoria docente,<br />
representantes dos servidores técnico-administrativos e representantes discentes.<br />
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão é a unidade colegiada de deliberação superior em<br />
matéria de ensino, pesquisa e extensão. Entre suas atribuições, descritas no Art. 21 do Estatuto, figuram:<br />
estabelecer as diretrizes do ensino, da pesquisa e da extensão, coordenando as ações dos diferentes órgãos<br />
da UEMG; aprovar o planejamento geral anual das atividades acadêmicas da Universidade; pronunciar-se<br />
sobre os planos de expansão da UEMG nas áreas de sua competência; propor ao Conselho Universitário a<br />
criação e a suspensão de cursos de graduação e de pós-graduação; aprovar os currículos e os projetos de<br />
funcionamento dos cursos de graduação e de pós-graduação.<br />
O Conselho Curador é a unidade de fiscalização econômico-financeira da UEMG. Compete-lhe<br />
pronunciar-se sobre a proposta de orçamento da UEMG e de suas alterações; sobre aquisição, locação,<br />
gravação, permuta ou alienação de bens imóveis e pronunciar-se, conclusivamente, sobre balanços e<br />
prestação de contas do Reitor.<br />
Em todos os três Conselhos Superiores da UEMG o Estatuto prevê representação docente e<br />
discente. A representação dos servidores técnico-administrativos ocorre no Conselho Universitário e no<br />
Conselho Curador. Em qualquer dos casos, a representação de cada categoria é eleita pelos membros da<br />
mesma, com mandato definido.<br />
A Reitoria tem por finalidade controlar a realização das atividades básicas da UEMG, bem como<br />
desenvolver política institucional que assegure a autonomia didático-científica, administrativa, financeira<br />
e disciplinar na forma das Constituições da República e do Estado, da legislação vigente, do Estatuto e do<br />
Regimento Geral da UEMG.<br />
As três Pró-Reitorias (de Ensino e Extensão, de Pós-graduação e Pesquisa, e de Planejamento,<br />
Gestão e Finanças) completam o núcleo administrativo central da Instituição. Os pró-Reitores são de livre<br />
indicação do Reitor.<br />
A representação discente prevista nos Colegiados Superiores não está preenchida. A não<br />
constituição formal de um Diretório Central dos Estudantes – DCE –, que realmente represente o alunado<br />
do conjunto das Unidades da UEMG deve-se, em parte, ao fato de muitas delas serem bastante recentes.<br />
Para assegurar maior participação discente na tomada de decisões pela Instituição, a meta, para a vigência<br />
deste PDI, é<br />
Incentivar a criação e consolidação dos DAs nas Unidades da UEMG e revitalizar o DCE.<br />
4.3.1.1.Mandato do Dirigente Máximo:<br />
O Reitor, dirigente máximo da Universidade, e o Vice-Reitor são nomeados pelo Governador do<br />
Estado, escolhidos entre os indicados em lista tríplice. Essa lista é composta pelo Colégio Eleitoral<br />
(integrado pelo Conselho Universitário, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, Conselho Curador e<br />
pelos corpos docente, discente e técnico-administrativo), mediante normas estabelecidas pelo Conselho<br />
Universitário.<br />
Reitor e Vice-Reitor têm mandato de quatro anos, contados da data da posse e exercem suas<br />
funções em regime de tempo integral.<br />
A gestão da Instituição se dá através desse modelo, previsto no Estatuto e Regimento da UEMG,<br />
viabilizado pelas Resoluções e Decisões dos Colegiados Superiores, respeitadas a legislação federal e<br />
estadual.<br />
4.3.2. Administração Intermediária<br />
Os órgãos de Administração Intermediária incluem diversas estruturas colegiadas, no nível de<br />
Unidade. Cada Unidade Acadêmica tem um Diretor, um Conselho Departamental, Colegiados de Curso e<br />
Departamentos Acadêmicos.<br />
Cada Departamento tem como instâncias administrativas mais próximas a Câmara e a Assembléia<br />
Departamentais.<br />
11
O Conselho Departamental inclui as chefias dos departamentos, representantes de docentes de<br />
cada nível, coordenadores de curso, representação de servidores administrativos e representação discente.<br />
No Campus BH, as Unidades têm ainda uma instância coletiva, o Conselho Diretor do Campus,<br />
do qual participam todos os Diretores de Unidade. A coordenação do órgão é feita pelo Diretor Geral,<br />
escolhido mediante eleição. Nas Unidades, o Diretor, o Vice-Diretor e os Chefes de Departamento são<br />
eleitos pela comunidade acadêmica. Excepcionalmente, quando da instalação de unidades novas, sem<br />
ainda um corpo docente efetivo, o Diretor é indicado pelo Reitor. As atribuições e competências de cada<br />
uma dessas unidades são definidas no Estatuto e no Regimento.<br />
Em todos esses órgãos há representação docente e discente. Os servidores técnico-administrativos<br />
também têm neles assegurada representação, exceção feita aos Colegiados de Curso. Destacamos, a<br />
seguir, alguns aspectos relativos a esses Colegiados.<br />
4.3.2.1. Colegiados de Curso<br />
Nos termos do Art. 69 do Estatuto, a gestão mais direta dos cursos de graduação e de pósgraduação<br />
é realizada pelos respectivos Colegiados, sediados nas Unidades Acadêmicas. Esses colegiados<br />
são constituídos por representantes dos departamentos que participam do curso, dos professores que nele<br />
atuam e dos estudantes matriculados no mesmo. Cada Colegiado de Curso tem um Coordenador e um<br />
Subcoordenador eleitos pelos membros do órgão.<br />
São atribuições do Colegiado: orientar, coordenar e supervisionar as atividades do curso; elaborar<br />
currículo do curso, com indicação dos pré-requisitos e dos créditos que o compõem, para aprovação do<br />
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão; fixar diretrizes dos programas das disciplinas e recomendar<br />
modificações aos departamentos; elaborar a programação das atividades letivas, para apreciação dos<br />
departamentos envolvidos; avaliar periodicamente a qualidade e a eficácia do curso e o aproveitamento<br />
dos alunos; recomendar ao departamento a designação ou substituição de docentes; decidir as questões<br />
referentes à matrícula, reopção, dispensa de disciplina, transferência, obtenção de novo título, assim como<br />
as representações e os recursos sobre matéria didática.<br />
Essa estrutura de Administração Intermediária, extremamente necessária para que se efetive o<br />
modelo de gestão interna democrática estabelecida no Estatuto e no Regimento, está totalmente<br />
consolidada apenas nas Unidades mais antigas do Campus BH (FAE, Design, Guignard, ESMU).<br />
Nas Unidades criadas a partir de 2005, à vista da decisão tomada, em setembro último, pelo<br />
Conselho Universitário, que aprovou a estruturação, em Departamentos e Colegiados dessas Unidades.<br />
sua composição está em fase de implantação,<br />
A meta da UEMG, para o período 2010-2014, é efetivar a implantação da estruturação em<br />
Departamentos, o Conselho Departamental e Colegiados de Curso aprovados na Faculdade de Políticas<br />
Públicas e nas Unidades de Barbacena, Frutal, Ubá e João Monlevade.<br />
4.3.3. Órgãos de Apoio às Atividades Acadêmicas<br />
Como parte da sua estrutura formal, para apoio às atividades acadêmicas, além das Pró-reitorias,<br />
responsáveis pela implementação e acompanhamento das políticas definidas pelos Conselhos Superiores<br />
da Instituição, e dos Colegiados de Curso, a Universidade conta também com órgãos suplementares,<br />
como o CENPA e o CENDRHE, e com núcleos, como o Núcleo de Educação a Distância, vinculado à<br />
Pró-Reitoria de Ensino e Extensão,<br />
O Setor de Informática presta o suporte necessário às atividades acadêmicas, tanto na<br />
Administração Central, quanto nas Unidades. No que tange às atividades ligadas ao processo seletivo,<br />
atua a COPEPS. Na divulgação oficial das atividades para a comunidade externa e externa, e na interface<br />
com outros setores da mídia, atua a Assessoria de Comunicação Social.<br />
Como elementos de apoio às atividades, existem ainda diversas Comissões Permanentes,<br />
constituídas com representação das Unidades, como a Câmara de Pós-Graduação, a Comissão de<br />
Avaliação Institucional, o Comitê de Ética na Pesquisa, a Comissão de Ética do Servidor, e a Comissão<br />
de Avaliação de Desempenho Individual.<br />
Além da estrutura formal, que serve ao conjunto das Unidades, as Unidades contam com<br />
Coordenadores de Pesquisa e Extensão, que supervisionam as ações relativas a cada uma dessas áreas e<br />
estabelecem uma ligação mais direta dos docentes com as respectivas Pró-Reitorias, facilitando a<br />
12
implementação das políticas estabelecidas, a disseminação de informações e o levantamento de dados.<br />
Em algumas Unidades também há estruturas denominadas „Centros‟, que agrupam professores que atuam<br />
em áreas de estudo e de pesquisas específicas.<br />
4.4. Planejamento estratégico como ferramenta de gestão acadêmica<br />
A gestão da Instituição é orientada pelas normas contidas na Legislação Federal e Estadual, no<br />
Estatuto e no Regimento, Resoluções e Decisões dos Colegiados Superiores. A operacionalização dessas<br />
resoluções e decisões se dá através da adoção de planos e estratégias de gestão, coordenados pela<br />
Administração Superior. Nos últimos anos, além de realizar planejamentos por sua própria iniciativa, a<br />
Universidade inseriu-se no „Programa de Acordo de Resultados‟, criado pelo Governo, no âmbito do<br />
Poder Executivo, pela Lei N° 14.694.<br />
O Acordo de Resultados se dá através de um contrato de gestão no qual são definidos os<br />
resultados esperados para cada área de atuação governamental. O principal objetivo desse instrumento é a<br />
definição de prioridades, representadas por indicadores e produtos, que deverão ser alcançados e<br />
concretizados ao longo do ano. Em contrapartida, em caso de desempenho satisfatório, é concedido aos<br />
servidores, como forma de incentivo, pagamento de prêmio por produtividade.<br />
A UEMG, como parte do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, também<br />
elaborou seu Acordo de Resultados. Para isso, implementou o Planejamento Estratégico Participativo,<br />
utilizando a metodologia „Balanced Score Card – BSC‟. Inicialmente, foram definidas a Identidade<br />
Organizacional e Cadeia de Valores da UEMG. A seguir, por meio de pesquisa realizada com todos os<br />
servidores de todas as Unidades, foram identificadas as principais oportunidades, ameaças, forças e<br />
fraquezas da UEMG.<br />
A partir dessas análises, foram definidos os objetivos estratégicos necessários e hábeis à UEMG<br />
cumprir sua Missão e atingir sua Visão. A Figura 2 mostra os objetivos traçados nesse planejamento.<br />
Composto esse mapa, com objetivos estratégicos decodificados em indicadores e produtos, a<br />
UEMG foi dividida em 16 equipes responsáveis por seu cumprimento, resultando no Acordo de<br />
Resultados – AR 2008/2010 –celebrado com o Governo do Estado.<br />
Para garantir o cumprimento do Acordo de Resultados, foi estabelecida sistemática de<br />
acompanhamento e avaliação contínua de resultados, que incluiu e inclui instrumentos de avaliação<br />
individual, por equipe e para a instituição como um todo. As coordenações de equipe se reúnem,<br />
mensalmente, sob a coordenação da Equipe de Apoio à Gestão Estratégica – EAGE –, para avaliar o<br />
desenvolvimento dos trabalhos. Quando uma meta não é cumprida ou o é apenas parcialmente, são<br />
propostas novas ações para resolver os problemas que levaram ao seu não cumprimento. O processo tem<br />
uma margem para correção de rumos, através da re-pactuação de metas, o que lhe confere alguma<br />
flexibilidade.<br />
Na estratégia adotada, o desempenho individual, o de cada equipe e o da Instituição interessam a todos,<br />
pois constituem parte do resultado que lhes é imputado ao final de cada exercício.<br />
O fato de o cumprimento das metas pactuadas no Acordo de Resultados ter como consequência<br />
uma bonificação salarial significa, em alguma extensão, associar parte da remuneração de docentes e<br />
servidores ao seu desempenho, constituindo-se em importante ferramenta gerencial de incremento da ação<br />
institucional.<br />
13
Fig. 2. Mapa Estratégico da UEMG<br />
Os trabalhos realizados em 2008, 2009 e em fase de realização em 2010 são, na verdade, o início<br />
de um processo que demanda tempo, espírito crítico, visão institucional e continuidade. As metas<br />
pactuadas em 2008 e 2009 foram preferencialmente ligadas às atividades-meio e refletiram, em grande<br />
parte, metas comuns aos demais setores do Estado. Em 2010, os indicadores começam a apontar para as<br />
atividades-fim da UEMG e para suas especificidades, o que resultará em maior efeito sobre os serviços<br />
prestados pela instituição à sociedade.<br />
A meta para o período 2010-2014 é a continuidade da sistemática de planejamento estratégico,<br />
com a avaliação dos resultados obtidos, correção dos problemas detectados, redefinição das metas e,<br />
principalmente, estabelecimento de indicadores e produtos mais ligados às atividades-fim da Instituição.<br />
O trabalho visando à definição de metas mais ligadas ao desempenho acadêmico da Instituição foi<br />
priorizado, em setembro de 2010, através de uma oficina de Planejamento Estratégico Situacional que<br />
envolveu 30 gestores da UEMG. Na ocasião, foram redefinidas as principais metas da UEMG até 2014.<br />
14
5. CORPO DOCENTE<br />
5.1. Dimensões do Quadro e Vinculação Funcional<br />
Quando da elaboração do PDI anterior, em dezembro de 2003, 80% do corpo docente da UEMG<br />
eram constituídos de professores temporários, designados. Naquele planejamento, considerava-se<br />
essencial a realização de concursos para a admissão de docentes permanentes.<br />
Em 2005, foi aprovada a Lei 15.463, que estabeleceu a carreira de Professor de Educação<br />
Superior e as carreiras técnico-administrativas das universidades estaduais. No mesmo ano, a UEMG foi<br />
autorizada a realizar concursos públicos para ingresso de docentes. Tal medida liberaria a Instituição do<br />
excesso de designações, que acabavam por transformar em permanentes arranjos criados para serem<br />
emergenciais e transitórios. Concursos resultariam em maior titulação do quadro docente e em situação de<br />
maior segurança e estabilidade para os professores, associada que estava à idéia de maior<br />
responsabilidade e comprometimento com a Instituição.<br />
A autorização para realização dos concursos implicou medidas de organização, de adoção de<br />
normas, de dimensionamento do quadro de professores necessário para cada curso e cada uma das<br />
Unidades Acadêmicas então existentes. Esse trabalho, que demandaria algum tempo devido à natureza<br />
dos indicadores a serem levantados, sofreu um atraso adicional, decorrente da resistência de parte da<br />
comunidade aos concursos. Essa resistência ocorreu porque a autorização para realizar concursos só<br />
previu ingresso de mestres e doutores. Mais de metade dos designados não tinha essa titulação e, portanto,<br />
não poderia concorrer aos cargos. Além disso, a posse dos concursados estava condicionada à demissão<br />
de igual número de designados.<br />
A morosidade causada por esses dois fatores permitiu que, ao longo do processo, fosse<br />
promulgada a Lei Complementar 100/2007, que efetivou todos os professores contratados<br />
temporariamente, desde que estivessem em exercício em dezembro de 2006. A edição da Lei foi<br />
precedida pelo cancelamento da autorização para realização dos concursos. Como resultado, todo o<br />
trabalho realizado pelas Unidades para preparação dos concursos, cujos editais já estavam sendo<br />
compostos, foi perdido.<br />
Em 2008, a Universidade conseguiu autorização para realização de concursos para 30 vagas no<br />
nível V, que exige o doutorado. Esses concursos tiveram edital publicado em julho de 2008 e ocorreram<br />
entre janeiro e março de 2009. Em 2010, nove outros concursos foram realizados para ocupar vagas que<br />
não haviam sido providas nos concursos anteriores, ou cujos empossados se exoneraram.<br />
A despeito da efetivação ocorrida e dos concursos realizados, a Universidade teve que continuar<br />
contratando professores temporários para os cursos novos, criados a partir de 2006.<br />
A Tabela 1 mostra o número de professores efetivos, efetivados e designados no ano que<br />
precedeu o último PDI e aquele registrado em setembro de 2010.<br />
Tab.1 – Composição do corpo docente da UEMG, segundo a forma de vínculo, no início da<br />
vigência do PDI anterior e em setembro de 2010<br />
Tipo de vínculo<br />
Dezembro de 2003 Setembro de 2010<br />
N° % N° %<br />
Efetivos por concurso 75 17,6 74 10,0<br />
Efetivados 8 1,9 375 50,7<br />
Designados 342 80,5 290 39,2<br />
Total 425 100,0 739 100,0<br />
Apesar da efetivação resultante da LC100/2007, a UEMG continua tendo um problema<br />
extremamente grave que é o da proporção elevada de docentes temporários. Esse problema cresceu em<br />
2010, com o quantitativo, no segundo semestre, de cerca de 40% do corpo docente constituído de<br />
professores designados.<br />
15
Mais grave ainda é o fato de que os docentes permanentes estão concentrados nas escolas do<br />
Campus BH (exceto na FaPP, que por ser mais recente tem elevada proporção de designados) e em<br />
Barbacena, como pode ser visto na Tabela 2.<br />
Tab.2 Distribuição dos docentes da UEMG, por Unidade, de acordo com a forma de vínculo funcional<br />
UNIDA<strong>DE</strong> EFETIVOS EFETIVADOS <strong>DE</strong>SIGNADOS TOTAL<br />
Escola de Design 31 102 27 160<br />
Escola de Música 9 79 15 103<br />
Escola Guignard 7 36 28 71<br />
Faculdade de Educação 21 80 28 129<br />
FaEnge 10 40 50<br />
FaPP 1 4 20 25<br />
Int.Sup.Educ.D.Itália Franco 25 9 34<br />
Poços de Caldas 21 1 22<br />
Campus Frutal 4 12 89 105<br />
Ubá 1 6 33 40<br />
TOTAL 74 375 290 739<br />
No conjunto das quatro Unidades criadas a partir de 2005 (FaPP, FaEnge, FRUTAL e UBÁ), a<br />
proporção de professores temporários ultrapassa 80%. Isso se deve ao fato de que a data referência para<br />
efetivação de docentes foi dezembro de 2006, ocasião em que os cursos novos criados pela Instituição,<br />
nessas Unidades, tinham oferecido, no máximo, um ou dois períodos e, portanto, praticamente não tinham<br />
professores a serem efetivados. Toda a oferta para os períodos subseqüentes foi viabilizada mediante<br />
contratação de professores designados.<br />
A proporção de designados cresce à medida que novos períodos daqueles cursos são implantados,<br />
e será elevada com o início dos dois novos cursos previstos para 2011. Uma agravante é o fato de que, por<br />
força da Lei 10.250, a designação de professores temporários não pode ultrapassar o término do ano<br />
letivo. Isso significa que boa parte do pessoal é substituída anualmente, uma vez que a seleção se faz<br />
mediante processo seletivo simplificado, mediado através de edital coletivo, de ampla concorrência. A<br />
rotatividade, decorrente da má remuneração e dessa falta de estabilidade, certamente afeta qualquer<br />
instituição universitária. E esse problema só pode ser resolvido mediante abertura de concurso público<br />
para docentes.<br />
A principal meta da UEMG com relação à vinculação funcional de seu corpo docente é obter<br />
autorização do Governo do Estado para promoção de concursos públicos, de modo que pelo menos 70%<br />
do corpo docente total da UEMG sejam constituídos de professores permanentes e, em todas as Unidades,<br />
a maior parte do corpo docente seja formada por professores recrutados mediante concurso público.<br />
Evidentemente, o cumprimento dessa meta não depende apenas de iniciativas da Instituição, mas,<br />
fundamentalmente, da disposição do Governo do Estado em autorizar os concursos públicos necessários.<br />
5.2. Regime de Trabalho<br />
A UEMG atende à exigência de docentes em tempo integral estabelecida pela LDB.<br />
Considerando-se como tempo integral o limite mínimo de 30 horas semanais de trabalho, conforme<br />
previsto no Instrumento de Verificação do CEE, a UEMG, em setembro de 2010, tem 56,3 % dos<br />
professores nesse regime, como pode ser visto na Tabela 3 e Figura 3.<br />
16
Tab.3. Distribuição do corpo docente total da UEMG, por regime de trabalho, em setembro de 2010*<br />
Regime de Trabalho Docentes<br />
Número %<br />
Horista (menor que 12h) 24 3,2<br />
Tempo Parcial (12 até 29h) 299 40,5<br />
Tempo Integral (maior ou igual a 30 horas) 416 56,3<br />
Total 739 100,0<br />
*Obs. Nessa Tabela, foram considerados como docentes em tempo integral todos os professores que trabalham na<br />
Instituição por tempo igual ou superior a 30horas por semana, conforme previsto no ‘Instrumento de Verificação<br />
´in loco´ do CEE’<br />
Fig.3. Distribuição do corpo docente total da UEMG, por regime de trabalho, em setembro de 2010 *<br />
40%<br />
Docentes por Regime de Trabalho<br />
3%<br />
57%<br />
Horista<br />
T.Integral<br />
T.Parcial<br />
Um aspecto a destacar é que a efetivação dos docentes designados em 2007 se deu no regime de<br />
trabalho em que estes se achavam na data da Lei. Como resultado, muitos docentes foram efetivados em<br />
regimes de trabalho entre 20 e 39 horas semanais, e alguns em regime inferior a 20 horas. Uma questão<br />
repetidamente colocada pelas Unidades, como importante para melhorar a qualidade do ensino, pesquisa e<br />
extensão, é o enquadramento desses docentes, que agora são permanentes, nos regimes de trabalho<br />
previstos na carreira (20 e 40 horas).<br />
A distribuição desses regimes de trabalho entre os docentes, nas diferentes Unidades, é mostrada<br />
na Tabela 4.<br />
Tab. 4. Composição do corpo docente, de acordo com o regime de trabalho, nas Unidades da UEMG,<br />
em Setembro de 2010<br />
HORISTA PARCIAL INTEGRAL TOTAL<br />
UNIDA<strong>DE</strong><br />
As informações sobre regime de trabalho de cada docente da UEMG, por curso, constam do<br />
„Projeto de Recredenciamento da UEMG‟.<br />
Outra questão relativa ao regime de trabalho à qual a Instituição dedica especial atenção é a<br />
necessidade de aumento da proporção de docentes em 40 horas. Evidentemente, os regimes de 40horas e<br />
de Dedicação Exclusiva permitem maior envolvimento dos docentes nos programas de ensino, pesquisa e<br />
extensão.<br />
Como parte das estratégias para melhorar efetivamente sua produção, a UEMG pretende ampliar<br />
o número de docentes nesses dois regimes, especialmente entre os professores titulados, com critérios<br />
claros de concessão e avaliação, e remuneração condizente,<br />
A meta da UEMG, com relação ao regime de trabalho, é<br />
- Ampliar a proporção de docentes titulados com regime de trabalho de 40h e de Dedicação Exclusiva,<br />
avaliados adequadamente, como uma das estratégias para garantir a produção científica, cultural e<br />
artística da Instituição;<br />
- Realizar gestões no sentido de ampliar o percentual recebido pelo exercício do regime de Dedicação<br />
Exclusiva;<br />
- Fazer gestões junto ao Governo do Estado no sentido de regularizar a situação de regime de trabalho dos<br />
professores efetivados.<br />
5.3. Titulação do corpo docente<br />
A UEMG atende plenamente ao quesito de titulação exigido na Lei de Diretrizes e Bases da<br />
Educação. A Instituição tem quase 55% de seu corpo docente constituído de mestres e doutores, sendo<br />
11% de doutores e 54% de mestres (Tab.5 e Fig.4).<br />
Tab.5. Titulação do corpo docente da UEMG, em Setembro de 2010<br />
TITULAÇÃO Docentes<br />
Número %<br />
Doutorado 81 10,96<br />
Mestrado 324 43,84<br />
Especialização 263 35,59<br />
Graduação 71 9,61<br />
TOTAL 739 100,0<br />
Fig.4. Titulação do corpo docente da UEMG, em Setembro de 2010<br />
43,8%<br />
9,6%<br />
Docentes por Titulação<br />
11,0%<br />
35,6%<br />
DOUTORADO STRICTO SENSU<br />
ESPECIAL./APERFEI.(LATO SENSU)<br />
MESTRADO STRICTO SENSU<br />
SUPERIOR COMPLETO<br />
18
5.4. Corpo Docente por curso<br />
A relação nominal dos docentes que atuam em cada um dos cursos da UEMG, o regime de trabalho,<br />
titulação e experiência profissional dos mesmos são apresentados no „Projeto de Recredenciamento da<br />
UEMG‟.<br />
6. PROJETO <strong>DE</strong> QUALIFICAÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DOCENTE<br />
A UEMG tem, em setembro de 2010, quase 55% de seu corpo docente formado por mestres e<br />
doutores. Entretanto, apenas 11% do quadro têm o doutorado (Fig.3). A Instituição necessita de maior<br />
número de professores titulados para melhorar a qualidade do ensino de graduação, oferecer novos cursos<br />
de pós-graduação, aumentar o número de projetos de pesquisa, o aporte de recursos para pesquisa e<br />
extensão e sua produção em ciência e tecnologia. Ao lado da conquista de maior proporção de professores<br />
efetivos, a titulação do corpo docente atual é meta prioritária da Universidade.<br />
O percentual de doutores poderia ser muito maior caso, na vigência do último PDI, tivesse<br />
ocorrido o ingresso de maior número de docentes por concurso, ao invés da efetivação ocorrida em<br />
função da LC100/2007. Ao efetivar todos os docentes designados, essa Lei corrigiu a situação de<br />
precariedade do vínculo empregatício, mas manteve o problema de baixa titulação dos professores, uma<br />
vez que cerca de 60% dos professores efetivados não tinham mestrado nem doutorado.<br />
A Universidade tem buscado resolver essa questão através de um Programa Institucional de<br />
Qualificação dos docentes efetivos e efetivados.<br />
Em dezembro de 2008, o Conselho Universitário aprovou uma resolução (Resolução CONUN nº<br />
157, de 13/12/2008) sistematizando a política de qualificação e determinando às Unidades Acadêmicas<br />
que encaminhassem à Reitoria, em 2009, um Plano Quinquenal de Qualificação dos seus professores<br />
efetivos e efetivados. Esse plano visava ao cumprimento das metas gerais de titulação a serem atingidas<br />
anualmente, delineadas por Departamento/Setor ou área de conhecimento, com a relação nominal de<br />
professores envolvidos, a data prevista de conclusão e os recursos adicionais eventualmente demandados.<br />
Nos termos da Resolução, cada Unidade deveria assegurar que:<br />
I - anualmente, todos os Departamentos e Cursos tivessem docentes realizando qualificação em<br />
nível de mestrado e doutorado;<br />
II - no primeiro ano do programa, pelo menos 15% dos docentes efetivos estariam inseridos em<br />
programas de mestrado ou doutorado;<br />
III - anualmente, a partir do segundo ano, pelo menos mais 10% do corpo de professores efetivos<br />
iniciariam cursos de mestrado ou de doutorado;<br />
IV - ao término de cinco anos, todos os cursos contariam com, pelo menos, 70% de professores<br />
com mestrado ou doutorado.<br />
Como resultado desse Plano, as metas estabelecidas para os próximos cinco anos para o conjunto<br />
da UEMG são:<br />
- Qualificar, como mestres, 60% dos professores efetivos/efetivados não detentores desse título;<br />
- Qualificar, como doutores, 30% dos atuais mestres;<br />
- Assegurar que, em todos os cursos da UEMG, pelo menos 70% do corpo docente seja constituído de<br />
professores com mestrado ou doutorado.<br />
Nessa perspectiva, cerca de 200 docentes, ou seja, quase metade do corpo docente permanente da<br />
UEMG, deveria melhorar seu nível de titulação nos próximos cinco anos. O planejamento elaborado pelas<br />
Unidades, em atendimento à Resolução 157, só se completou no início de 2010. Conforme os dados<br />
enviados, em algumas Unidades o número previsto de docentes que estarão envolvidos em qualificação<br />
ficou aquém das metas estipuladas pelo CONUN. Isso ocorreu, principalmente, em Unidades onde o<br />
número de professores efetivados existente é muito pequeno para permitir um envolvimento<br />
percentualmente significativo, e/ou onde a faixa etária dos docentes, em alguns casos, desestimula a<br />
participação em um programa de qualificação stricto sensu. Em decorrência, a titulação resultante na<br />
UEMG deverá ficar um pouco aquém do resultado pretendido.<br />
Outra estratégia para melhorar o nível de qualificação do corpo docente diz respeito à seleção dos<br />
professores designados. Face à natureza do contrato administrativo que vincula os designados à<br />
Universidade, e que, por força de Lei, se encerra no final de cada exercício, a Universidade está impedida<br />
19
de oferecer programas de qualificação e formação continuada a esses docentes. Por outro lado, como<br />
professores designados constituem uma proporção muito alta do quadro, os esforços de qualificação do<br />
corpo permanente ficariam diluídos caso a contratação de temporários não enfatizasse a titulação. A partir<br />
de 2008, os Diretores foram instados a privilegiar a titulação nos critérios para seleção de designados. No<br />
final de 2009, a Universidade resolveu promover a seleção de designados mediante edital coletivo, em<br />
que se explicitou a prioridade da contratação de mestres e doutores. Em decorrência dessa medida, a<br />
proporção de professores mestres e doutores entre os designados que atuavam na Instituição no início do<br />
semestre foi de 42 e 9%, respectivamente, mantendo, pelo menos, o mesmo padrão que se observava, à<br />
ocasião, no corpo permanente.<br />
Considerando o conjunto do quadro docente (efetivos, efetivados e designados), a Instituição tem,<br />
em setembro de 2010, 146 professores (quase 20% do corpo docente) realizando programas de<br />
qualificação (Tabela 7).<br />
Tab. 7. Professores da UEMG realizando qualificação, em Setembro de 2010<br />
Nível de titulação pretendido Número de docentes em<br />
qualificação<br />
Pós- Doutorado 02<br />
Doutorado 80<br />
Mestrado 56<br />
Especialização 08<br />
Total 146<br />
A política de qualificação do pessoal docente efetivo e efetivado, aliada à captação de doutores<br />
mediante concurso público e à designação preferencial de professores titulados, vem, de forma lenta, mas<br />
contínua, obtendo relativo sucesso, reduzindo a proporção de professores detentores apenas de graduação<br />
e aumentando o do percentual de mestres e doutores, conforme demonstra a Tabela 6.<br />
Tab. 6. Titulação dos professores da UEMG, de 2008 a 2010, considerando o corpo docente total*<br />
TITULAÇÃO DO<br />
CORPO<br />
DOCENTE*<br />
2008 2009 2010<br />
N° % N° % N° %<br />
Graduação 105 14,9 98 13,4 71 9,6<br />
Especialização 282 40,1 290 39,6 263 35.6<br />
Mestrado 268 38,1 288 39,3 324 43,8<br />
Doutorado 49 7,0 56 7,7 81 11,0<br />
TOTAL 704 100,0 732 100,0 739 100,0<br />
*Inclui efetivos, efetivados e designados<br />
As estratégias de qualificação também podem ser aceleradas através do desenvolvimento dos<br />
programas próprios de capacitação docente no nível de mestrado e de doutorado e da expansão das<br />
atividades de intercâmbio, nacional e internacional.<br />
Nas Unidades em que a proporção de efetivos realmente é muito pequena, a melhoria de titulação<br />
precisará ser resolvida, prioritariamente, a partir dos concursos públicos para mestres e doutores e,<br />
enquanto eles não ocorrerem, pela designação prioritária de docentes titulados.<br />
O ritmo de mudança poderia ser mais rápido, caso não perdêssemos parte do pessoal titulado para<br />
outras instituições. Esse evento ocorre com certa frequência, devido, principalmente, a questões salariais.<br />
As metas da Universidade quanto à titulação de seu corpo docente, para o período 2010-2014,<br />
considerando todo o conjunto do corpo docente (efetivos, efetivados e designados), foram<br />
recentemente redefinidas, como parte do Planejamento Estratégico Situacional realizado, como:<br />
- Aumentar para 75% a proporção de mestres e doutores no corpo docente global da Instituição.<br />
20
O cumprimento dessas metas tem dois componentes cuja execução cabe à Instituição: (1)<br />
qualificar rapidamente seu corpo docente efetivo e (2) designar um número de professores doutores e<br />
mestres que seja suficiente para elevar a proporção dessa titulação, no corpo docente total, no nível<br />
previsto. O primeiro desses componentes dar-se-á no ritmo do Programa de Qualificação dos Professores<br />
Efetivos e Efetivados acima descrito. O segundo, pela designação prioritária de doutores, um objetivo que<br />
tem que ser perseguido e monitorado ao longo de todo o ano.<br />
O terceiro componente é a contratação, mediante concurso, de novos docentes titulados para a<br />
UEMG. Esse fator exige gestões que a Instituição certamente fará, mas depende, fundamentalmente, da<br />
autorização do Governo.<br />
A qualificação do corpo docente permanente pretendida depende também do interesse e<br />
envolvimento dos professores e da adoção de medidas de apoio. A UEMG pretende realizar gestões no<br />
sentido de aumentar a oferta de programas de intercâmbio, nacionais e internacionais, para capacitação de<br />
docentes, nos diversos níveis de formação acadêmica, cujas bases foram lançadas em 2008. Esses projetos<br />
têm contado com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG –<br />
e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES –, para fornecimento de<br />
bolsas de estudo e de pesquisa para docentes. Como resultado dessas iniciativas, a Instituição pretende<br />
conseguir o aumento da participação de docentes da UEMG no Programa Mineiro de Capacitação<br />
Docente (PMCD) e no Programa de Capacitação de Recursos Humanos (PCRH), ampliando o número de<br />
bolsas para professores da UEMG em qualificação.<br />
Além disso, ações precisam ser desenvolvidas visando a obter do Governo do Estado:<br />
- A manutenção da possibilidade de concessão de substitutos para os docentes que se afastarem<br />
para qualificação, nos casos em que a redistribuição de encargos entre os professores que já<br />
estão na Unidade se mostre impossível;<br />
- Modificação na legislação, de modo a permitir que os afastamentos de docentes para<br />
qualificação se dêem sem a perda de remuneração (supressão do ‘pó de giz’) que hoje ocorre.<br />
- Modificação na legislação relativa ao desenvolvimento na carreira, de modo a assegurar que o<br />
professor que obtém a qualificação tenha promoção imediata para o nível correspondente à<br />
nova titulação obtida.<br />
Esse último aspecto já terá sido parcialmente conseguido, a partir de Janeiro 2011, com a vigência<br />
da Lei N° 18.975, de 29/06/2010. Essa Lei prevê uma data anual para promoção (1° de janeiro) para todos<br />
aqueles docentes que, no último ano, tenham apresentado, até 30 de junho, comprovação da obtenção de<br />
titulação superior à exigida para o nível em que se encontram („escolaridade adicional‟). Essa<br />
modificação reduzirá, em muito, o intervalo entre a obtenção da titulação e a promoção hoje existente, o<br />
que constituirá forte estímulo à capacitação.<br />
Além da titulação formal de docentes, que é a prioridade definida pelo Conselho Universitário, a<br />
UEMG também precisa promover atividades de atualização e qualificação continuada, considerando<br />
especialmente os docentes que não se envolverem em programas de mestrado e doutorado. Sem<br />
comprometer o programa de qualificação aprovado, esse objetivo poderá ser realizado mediante oferta de<br />
cursos de atualização de curta duração, voltados, principalmente, para a correção de deficiências<br />
apontadas nos processos de avaliação. A implementação desses cursos poderá ser viabilizada à medida<br />
que a Instituição dispuser de corpo titulado para tanto.<br />
7. <strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> CARREIRA DOCENTE<br />
A Carreira de Professor de Educação Superior e as carreiras dos servidores técnicoadministrativos<br />
da UEMG são regidas pela Lei 15.463/2005, modificada pelas Leis 15.785/2005 e<br />
17.988/2008. A versão atualizada da Lei de Carreira é apresentada no Projeto de Recredenciamento da<br />
UEMG.<br />
Estrutura da Carreira Docente:<br />
Destacam-se, no plano de carreira em vigor, a valorização da titulação como critério de ingresso e<br />
de movimentação na carreira e a remuneração diferenciada, conforme sejam a titulação e o desempenho.<br />
A carreira é estruturada em níveis, de I a VII. O ingresso se dá nos níveis I, III e V. Cada nível<br />
tem 10 graus, de A até J. Para o nível inicial, a titulação mínima exigida é a especialização. Para o nível<br />
III, exige-se o mestrado e, para o nível V, o doutorado.<br />
21
A Lei 18.975, de 29/06/2010, que entrará em vigor em 1/01/2011, determinou alterações nas<br />
exigências de titulação mínima para ingresso em cada nível da carreira de Professor de Educação<br />
Superior. A partir de janeiro, a especialização será exigência para ingresso no nível II, o mestrado para<br />
ingresso no nível IV e o doutorado para o nível VI. O texto deste PDI considera a estrutura em vigor em<br />
2010.<br />
Desenvolvimento na Carreira:<br />
A carreira tem mecanismos de desenvolvimento que consideram o tempo de serviço, a<br />
participação em atividades de qualificação (titulação) e o desempenho alcançado pelo docente nos<br />
processos anuais de avaliação.<br />
As formas de desenvolvimento são duas: progressão e promoção. Progressão é a mudança de grau, dentro<br />
de um mesmo nível, baseada no cumprimento de um tempo de serviço em cada grau (interstício entre<br />
progressões), na exigência de aprovação nos processos de avaliação institucional periódicos e na<br />
participação em atividades de qualificação.<br />
A promoção na carreira (mudança de nível), também valoriza o tempo de serviço (ao exigir o<br />
cumprimento de tempo no último grau de cada nível para se candidatar à promoção), a obtenção de<br />
qualificação e a aprovação nas avaliações individuais realizadas. Os docentes têm acesso aos níveis II, IV,<br />
VI e VII apenas por promoção. A promoção pode ser acelerada, reduzindo o número de interstícios e de<br />
avaliações exigidas, se o servidor obtiver titulação superior à requerida para o nível em que se encontra<br />
(promoção por escolaridade adicional).<br />
Remuneração de Acordo com a Titulação:<br />
Na carreira em vigor, o professor com especialização só tem acesso aos níveis I e II; o mestre aos<br />
níveis III e IV e os doutores a todos os níveis, a partir do V.<br />
O quadro de remuneração incorpora diferenças significativas, de acordo com a titulação, como é<br />
mostrado na Tabela 8, em que se compara o vencimento pago a docentes no grau inicial de cada nível da<br />
carreira. Um professor doutor, recém contratado, (nível V, grau A), em regime de 40horas semanais, sem<br />
dedicação exclusiva, recebe duas vezes mais que um docente especialista (nível I, grau A) no mesmo<br />
regime. Se o doutor tiver sua proposta de trabalho aprovada para o regime de dedicação exclusiva, seu<br />
vencimento equivalerá a dois salários e meio de especialista, cumprindo as mesmas 40horas.<br />
Tab.8. Vencimento bruto de professores dos níveis I a VII, grau A, na carreira de Professor de Ensino<br />
Superior na UEMG<br />
Nível Componentes da remuneração Total bruto<br />
Vencimento<br />
Básico<br />
Grat. de Inc. à<br />
Docência (Pó de<br />
Giz) 20%<br />
GDPES *<br />
pago ao<br />
docente em<br />
regime de<br />
40h/semana<br />
Adicional<br />
de<br />
Dedicação<br />
Exclusiva**<br />
Total bruto, com<br />
adicional de<br />
Dedicação<br />
Exclusiva<br />
I 1.606,60 321,32 607,60 2.535,52 _ 2.535,52<br />
II 1.863,66 372,73 912,71 3.149,10 _ 3.149,10<br />
III 2.161,84 432,37 1.115,68 3.709,89 864,74 4.574,62<br />
IV 2.507,74 501,55 1.318,65 4.327,94 1.003,10 5.331,03<br />
V 3.009,28 601,86 1.623,76 5.234,90 1.203,71 6.438,61<br />
VI 3.611,14 722,23 2.027,08 6.360,45 1.444,46 7.804,90<br />
VII 4.333,37 866,67 2.435,64 7.635,68 1.733,35 9.369,03<br />
* Gratificação de Desempenho da Carreira de Professor de Educação Superior - GDPES, Decreto nº<br />
45.042 de 12.02.2009 que regulamenta a Lei nº 17.988 de 30.12.2008.<br />
** A gratificação de Dedicação Exclusiva, só pode ser recebida por professores Mestres e Doutores,<br />
portanto, só a partir do nível III.<br />
Os mecanismos de promoção e de progressão que permitem o desenvolvimento na carreira<br />
recompensam financeiramente o docente que se qualifica. As recentes alterações na sistemática de<br />
22
promoção por escolaridade adicional, instituídas na Lei 18.975/2010, que vigorarão a partir de janeiro de<br />
2011, aceleram em anos a evolução na carreira.<br />
Adicional por Produção Científica/Técnica e pela Extensão<br />
Não existe na Carreira uma remuneração específica por produção científica, técnica, pela<br />
realização de projetos de pesquisa ou pela participação em atividades de extensão. Entretanto, a Carreira<br />
contempla os regimes de trabalho de 20 horas e 40 horas, este com ou sem dedicação exclusiva. A<br />
atribuição de jornada de trabalho aos docentes é feita com base nas atividades previstas no ensino,<br />
pesquisa, extensão e administração acadêmica. O tempo de atividades extra-classe é dedicado a essas<br />
atividades, além do atendimento aos alunos. Além disso, a carreira estabelece a obrigatoriedade da<br />
avaliação anual. Os docentes são avaliados por meio de instrumento que contempla toda a sua atividade<br />
acadêmica, incluindo sua atuação em projetos de pesquisa e extensão, sua produção científica e técnica. E<br />
recebem pontuação específica por essas atividades e sua produção. Como resultado direto da avaliação<br />
bem sucedida, individual e institucional, os professores recebem a Gratificação de Desempenho de<br />
Professores do Ensino Superior (GDPES), criada através da Lei 17.988, de 30/12/2008, que incorpora um<br />
ganho significativo ao seu salário mensal. Docentes também podem apresentar ao Conselho Universitário<br />
propostas de trabalho em regime de dedicação exclusiva, para realização de projetos de pesquisa ou<br />
extensão. Esse regime significa, para mestres e doutores, um acréscimo correspondente a 40% do<br />
vencimento básico e sua manutenção depende dos resultados obtidos pelo docente. Uma produção<br />
científica ou técnica compatível com o regime assegura a manutenção do recebimento desse adicional.<br />
Portanto, as atividades de pesquisa e extensão são remuneradas.<br />
Remuneração por Tempo Dedicado ao Atendimento a Alunos<br />
O regime de trabalho de todos os docentes inclui, além da carga horária dedicada à sala de aula, tempo<br />
para apoio pedagógico, que contempla o preparo de aulas e de provas e o atendimento aos alunos. Além<br />
disso, todos os currículos contêm, formalmente, atividades de iniciação à pesquisa, ou de elaboração de<br />
monografias e de trabalhos de conclusão de curso, que exigem um número enorme de docentes<br />
orientadores. Essas atividades de orientação de alunos são relatadas anualmente pelos docentes, como<br />
parte substantiva de sua jornada de trabalho, e, também por essa via, o atendimento aos alunos é<br />
remunerado.<br />
Apoio aos Docentes na Realização de Pós-graduação e na Participação em Eventos:<br />
Além de estimular a titulação, através dos mecanismos previstos na Carreira, e da elaboração de<br />
um Programa Institucional de Qualificação, a Instituição tem mecanismos para apoiar o professor, durante<br />
a titulação. Docentes têm a possibilidade de afastamento remunerado para qualificação, prevista na<br />
legislação estadual e na Resolução 156/2008 do Conselho Universitário. Nos casos em que a concessão<br />
de afastamento não seja possível, a Resolução citada prevê a redução de encargos didáticos à metade.<br />
Também para favorecer o ingresso dos docentes na pós-graduação, a UEMG participa de<br />
programas institucionais que facilitam o acesso de seus professores aos cursos de mestrado e doutorado<br />
de outras universidades. Uma das medidas tomadas para isso, na vigência do último PDI, foi o<br />
desenvolvimento, na Faculdade de Educação, de um mestrado interinstitucional com a Universidade<br />
Estadual do Rio de Janeiro. Esse mestrado foi aprovado pela CAPES em 2006, funcionou até 2009, e<br />
capacitou vários mestres, contribuindo significativamente para a qualificação do quadro docente daquela<br />
Unidade.<br />
O acesso dos docentes aos programas de mestrado e doutorado também é favorecido através da<br />
participação da UEMG em programa de cooperação com outras Universidades do Estado, com apoio da<br />
FAPEMIG, através do PMCD e PCRH. A Instituição conseguiu ainda, mediante convênio institucional<br />
com o Politécnico de Torino (POLITO), a reserva anual de vagas para qualificação de três docentes,<br />
selecionados pela UEMG, para ingresso no doutorado. A FAPEMIG fornece bolsas aos doutorandos.<br />
Quanto à participação em eventos, a Instituição, libera os docentes para os mesmos e, no limite<br />
de sua disponibilidade de recursos financeiros, fornece auxílio para a participação. Essa atividade, muitas<br />
vezes bancada pela UEMG com recursos próprios, ou pelo próprio servidor, precisa ser incrementada na<br />
Instituição. Uma alternativa seria buscar incluí-la no Programa de Capacitação de Servidores do Estado.<br />
Tendo em vista o fato de que os mecanismos de progressão e promoção nas carreiras de docentes<br />
e servidores administrativos consideram o resultado dos processos de avaliação aos quais esses<br />
23
profissionais são submetidos, e que a produção da Universidade e a qualidade de seus cursos dependem,<br />
diretamente, do trabalho de seus docentes e servidores, constitui meta da Instituição, para este PDI<br />
- Aprimorar os procedimentos de avaliação de docentes e técnico-administrativos.<br />
8. PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO<br />
8.1. Dimensões do quadro administrativo<br />
No exercício de 2002, quando só existiam as Unidades do Campus BH, a Universidade foi<br />
autorizada a realizar concurso público para ingresso de servidores técnico-administrativos. Isso ocorreu<br />
antes da criação de cinco das dez Unidades hoje existentes, e da criação de muitos dos 28 cursos atuais.<br />
Um concurso para admissão de servidores foi realizado no mesmo ano, embora a homologação tenha<br />
acontecido somente dois anos depois. Muitos dos servidores contratados no último concurso deixaram a<br />
Universidade, devido aos baixos salários. A validade do concurso se esgotou, e muitos cargos<br />
permanecem vagos.<br />
O número de servidores que hoje existe na Instituição é insuficiente para a dimensão que a UEMG<br />
apresenta. Além de escasso, o quadro de servidores efetivos tem uma distribuição restrita às Unidades do<br />
Campus BH, uma vez que não houve concurso para as Unidades do Interior. Há carência de servidores<br />
em diversos cargos. Parte dessa demanda é atendida por meio de servidores de recrutamento amplo e,<br />
portanto, temporários.<br />
Como pode ser visto na Tabela 9, o número de servidores é muito reduzido. Além disso, entre os<br />
servidores efetivos que hoje atuam na Instituição, há 17 que pertencem aos quadros de outros órgãos e<br />
dez na situação inversa, isto é, pertencem ao quadro da UEMG, mas estão à disposição de outros órgãos,<br />
sem atuação na Instituição. Descontados esses últimos, para os 28 cursos, e quase seis mil alunos<br />
matriculados, há apenas 246 servidores, aí incluídos os de „recrutamento amplo‟ (Tab.9).<br />
Tab.9. Composição do pessoal técnico-administrativo da UEMG e distribuição por Unidade, em<br />
setembro de 2010<br />
Lotação<br />
Analista<br />
Técnico<br />
SERVIDORES EFETIVOS<br />
Auxiliar<br />
Administrativo<br />
Universitário<br />
Servidores de<br />
outro órgão, à<br />
disposição<br />
da UEMG<br />
Servidores<br />
da UEMG à<br />
disposição de<br />
outros órgãos<br />
recrutamento<br />
amplo<br />
Escola de Design 4 10 2 1 0 7 24<br />
Escola de Música 7 8 1 0 0 1 17<br />
Escola Guignard 6 3 2 1 0 4 16<br />
Fac. de Educação 8 10 1 1 0 6 26<br />
Reitoria 29 24 0 9 10 52 124<br />
Barbacena 0 2 0 1 0 4 7<br />
Campus de Frutal 0 0 0 0 0 21 21<br />
Total<br />
Poços de Caldas 0 0 0 0 0 2 2<br />
Diretoria<br />
Campus BH<br />
0 0 0 0 0 1 1<br />
Fac. Pol. Públicas.<br />
“Tancredo Neves”<br />
0 1 0 4 0 4 9<br />
Ubá 0 0 0 0 0 4 4<br />
Fac Eng. de João<br />
Monlevade<br />
1 0 0 0 0 4 5<br />
Soma 55 58 6 17 10 110 256<br />
24
Esse quantitativo é muito inferior ao necessário para o funcionamento das Unidades e cursos<br />
instalados.<br />
Cerca de 40% do quadro de servidores técnico-administrativos são ocupados por recrutamento<br />
amplo, enquanto não ocorrem concursos (Tab.9 e Fig.5).<br />
Fig.5. Composição do corpo técnico-administrativo da UEMG, em setembro de 2010<br />
Recrutamento<br />
amplo<br />
40%<br />
À disposição<br />
com cargo em<br />
comissão<br />
6%<br />
De outro Órgão à disposição da<br />
UEMG<br />
0,07<br />
Administrativos<br />
Analista<br />
Universitário<br />
24%<br />
Auxiliar<br />
Administrativo<br />
Universitário<br />
3%<br />
Técnico<br />
Universitário<br />
26%<br />
Analista Universitário<br />
Técnico Universitário<br />
Auxiliar Administrativo Universitário<br />
De outro Órgão à disposição da UEMG<br />
Da UEMG à disposição de outros òrgãos<br />
Recrutamento amplo<br />
A despeito da reduzida dimensão do quadro, esses servidores vêm assumindo os encargos<br />
administrativos da Instituição e, além disso, se envolvendo em programas de titulação. Evidentemente, a<br />
situação não pode ser mantida por muito tempo, pois, inevitavelmente, a qualidade das atividades-fim da<br />
UEMG fica comprometida pela escassez de pessoal.<br />
Todas as Unidades apontam para a necessidade de ampliação do corpo de servidores técnicoadministrativos<br />
como fator essencial à melhoria de sua produção em ensino, pesquisa e extensão. As<br />
metas da Instituição, quanto ao tamanho e composição do quadro de servidores técnico-administrativos,<br />
são:<br />
- Ampliar o corpo de servidores técnico-administrativos da Instituição;<br />
- Estabelecer o tamanho do quadro de pessoal necessário para o desempenho do conjunto das atividades<br />
da Instituição;<br />
- Desenvolver estratégias no sentido de conseguir, através de negociação com o Governo do Estado, o<br />
estabelecimento de um indicador do número necessário de servidores em relação ao tamanho do alunado<br />
e à natureza das atividades, e a garantia da manutenção dessa proporção, através de concursos<br />
periódicos para servidores técnico-administrativos;<br />
- Obter autorização para realizar concursos públicos para contar com servidores técnico-administrativos<br />
suficientes para as atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração acadêmicas instaladas.<br />
O número de cargos para exercício das funções de gestão acadêmica de que a UEMG dispõe sofre<br />
da mesma defasagem. Não há número suficiente para suprir as funções de chefias de departamento<br />
criadas nas Unidades novas, nem para as Coordenações de Colegiados dos novos cursos, por exemplo. A<br />
esse respeito, as metas da Instituição incluem:<br />
- Dimensionar a real necessidade de funções de administração acadêmica para a atual estrutura da<br />
Universidade;<br />
- Criar um sistema mais transparente de distribuição de funções de administração;<br />
- Fazer gestões junto ao Governo do Estado e ao Poder Legislativo no sentido de que seja criada uma<br />
estrutura de funções compatível com as atividades atualmente desempenhadas pela UEMG.<br />
Com relação ao conjunto dos quadros, docente e de servidores administrativos, uma preocupação<br />
da Instituição é reduzir a evasão. Para tanto, uma questão a ser enfrentada ainda é a da remuneração. Com<br />
relação a esse aspecto, a estratégia da Instituição é<br />
25
- Encaminhar demandas no sentido de melhorias salariais que consigam reduzir a evasão de servidores e<br />
docentes qualificados<br />
Evidentemente, a execução desse conjunto de metas depende de decisões do Governo do Estado.<br />
8.2. Programa de Qualificação do Corpo Técnico-administrativo<br />
Anualmente, servidores da Universidade participam de cursos de capacitação oferecidos pelo<br />
Governo do Estado. Um elenco geral de cursos, comum aos diversos órgãos, é divulgado e os servidores<br />
se inscrevem, com o aval das respectivas chefias. Nem sempre o curso oferecido atende às necessidades<br />
do serviço, e nem sempre a escolha feita pelo servidor está ligada à função que exerce.<br />
A capacitação de servidores envolvidos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão está<br />
prevista no Planejamento Estratégico da UEMG e no Acordo de Resultados - 2ª etapa. Além de essencial<br />
para a melhoria das atividades da Instituição, a qualificação de servidores técnico-administrativos é<br />
importante para que sejam abertas as possibilidades de progressão e promoção na carreira.<br />
Em 2010, a Instituição elaborou um Plano de Capacitação dos Servidores Administrativos que<br />
pretende uma qualificação mais eficaz, voltada para a melhoria do desempenho do servidor, atendendo às<br />
especificidades do ambiente de trabalho acadêmico. O plano prevê a identificação de demandas, a partir<br />
das necessidades do serviço, e a elaboração de elenco de cursos e treinamentos a serem oferecidos aos<br />
servidores, em função dessa demanda.<br />
Os Objetivos do Plano são:<br />
- Promover a capacitação dos quadros da Universidade para equacionar problemas<br />
relacionados à carência de recursos humanos com qualificação adequada para o desempenho<br />
das funções inerentes ao seu cargo;<br />
- Contribuir para o desenvolvimento de competências institucionais, por meio de melhoria das<br />
competências individuais;<br />
- Desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao bom desempenho das<br />
funções dos servidores;<br />
- Promover cursos, seminários, aprendizagem em serviço, que contribuam para o<br />
desenvolvimento do servidor e que atendam aos interesses da Instituição;<br />
- Melhorar a percepção da Instituição pelo servidor;<br />
- Aumentar a identidade do servidor com a Instituição;<br />
- Permitir o desenvolvimento do servidor no Plano de Carreiras vigente.<br />
As estratégias da qualificação iniciar-se-ão por uma chamada a todas as unidades acadêmicas e<br />
administrativas, para que indiquem os conteúdos ou as habilidades que devem ser trabalhados no<br />
programa de capacitação, bem como os cursos ou atividades de capacitação que lhes pareçam necessários<br />
ao melhor desempenho das atividades meio e fim da Universidade. A indicação poderá ser feita para o<br />
conjunto de servidores da Unidade ou setor, ou para grupos específicos de servidores.<br />
Essa demanda norteará a oferta de cursos próprios e a inclusão dos servidores em cursos de<br />
capacitação já oferecidos rotineiramente por entidades publicas e, se necessário, a proposição de novos<br />
cursos.<br />
De posse dessas informações, será planejada a participação dos servidores em cursos e atividades<br />
de diversas naturezas, mediante oferta de cursos próprios, participação nos cursos oferecidos pelo Estado,<br />
desde que ajustados à demanda e, na medida do possível, contratação de novos cursos.<br />
Como parte de uma estratégia de desenvolvimento de competências básicas, que deverão ser de<br />
domínio mais geral, serão oferecidos cursos de Redação Oficial, Português Básico, Reforma Ortográfica,<br />
atualização em informática: Excel e Word, por profissionais da Universidade. Cursos poderão utilizar<br />
como tutores, inclusive, servidores da Universidade, se forem detentores de uma habilidade específica<br />
cujo domínio venha a ser demandado por outros setores.<br />
No que diz respeito à demanda por cursos externos, a ênfase será dada aos cursos oferecidos por<br />
entidades publicas, como a Fundação João Pinheiro, que já estão inseridas no programa de capacitação<br />
promovido pelo Estado, mas buscando influenciar o elenco de cursos oferecidos, ajustando-o melhor às<br />
necessidades da Instituição.<br />
26
Também poderão ser oferecidos cursos de pós-graduação lato sensu, se demandados pelo serviço,<br />
e na medida das possibilidades da UEMG.<br />
Além de cursos, as atividades de capacitação poderão incluir seminários, oficinas e outros<br />
instrumentos.<br />
As metas estabelecidas pela Instituição em seu Planejamento Estratégico, no que diz respeito à<br />
qualificação dos servidores administrativos são:<br />
- Desenvolver o Programa de Capacitação de Servidores;<br />
- Assegurar que, anualmente, a partir de 2011, 50% dos servidores participem de cursos ou atividades de<br />
qualificação voltados para as necessidades do serviço;<br />
- Aprimorar os processos de avaliação de servidores e utilizar o programa de qualificação como uma das<br />
formas de correção dos problemas identificados no processo.<br />
9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL<br />
Na vigência do último PDI, a Instituição estabeleceu processos de avaliação de ensino, pesquisa e<br />
extensão com o propósito de obter informações sistemáticas sobre a qualidade do trabalho realizado, obter<br />
subsídios para correção dos problemas detectados e para a implementação de futuras políticas de<br />
desenvolvimento. O primeiro desses processos, denominado „Avaliação Institucional‟, propriamente dita,<br />
é mais voltado para as atividades-fim. Além disso, é realizado um sistema de acompanhamento, ligado ao<br />
projeto de „Acordo de Resultados‟, já mencionado, em que se avalia também o desempenho dos setores<br />
administrativos, através de metas definidas no Planejamento Estratégico.<br />
A Avaliação Institucional é um processo contínuo, por meio do qual a instituição constrói<br />
conhecimento sobre sua própria realidade, buscando compreender os significados do conjunto de suas<br />
atividades para melhorar a qualidade das ações desenvolvidas e alcançar maior relevância social. Para<br />
tanto, levanta e sistematiza informações, analisa coletivamente os significados de suas realizações,<br />
desvenda formas de organização, administração e ação, identifica pontos fracos, bem como pontos fortes<br />
e potencialidades, e estabelece estratégias de superação de problemas. É um processo cíclico, criativo e<br />
renovador de análise, interpretação e síntese das dimensões que definem a Instituição.<br />
Nesse processo avaliativo, a Universidade busca a participação de todos os seus segmentos<br />
(discentes, docentes, coordenadores, servidores técnico-administrativos), além de alunos egressos e<br />
comunidade externa, como forma de reafirmar seu compromisso com os princípios que nortearam sua<br />
criação como universidade pública. Cada participante constitui um agente de melhoria da qualidade e<br />
fortalecimento da imagem institucional.<br />
Para implantar a Avaliação Institucional, pela Portaria Nº 023/2008, de 22 de julho de 2008, foi<br />
constituída a Comissão de Avaliação Institucional da UEMG, com um representante de cada Unidade<br />
acadêmica e de cada Pró-Reitoria. Sob a coordenação da Pró-Reitoria de Ensino e Extensão, essa<br />
Comissão desenvolveu estudos sobre várias teorias de avaliação, examinou os processos de avaliação<br />
institucional desenvolvidos em diversas instituições dos sistemas federal e estadual, buscando conhecer<br />
modelos e obter elementos que subsidiassem a elaboração dos instrumentos de avaliação da UEMG.<br />
O material levantado foi encaminhado às Unidades, que enviaram, através de seus representantes,<br />
as sugestões para elaboração dos instrumentos de avaliação. Com a contribuição das Unidades, foram<br />
fixados os parâmetros a serem avaliados para cada segmento: aluno, professor, coordenador, técnicoadministrativo,<br />
aluno egresso e comunidade externa. O processo de avaliação delineado e o instrumento<br />
avaliativo elaborado pela Comissão foram submetidos ao COEPE, e aprovados em 26/02/2009. Para<br />
implementação da proposta, foi elaborado um software, que permite a participação da comunidade<br />
acadêmica e do público externo, com acesso através da internet, dinamizando o processo de respostas e a<br />
emissão de relatórios.<br />
27
O processo Avaliativo<br />
A avaliação Institucional é realizada ao final de cada ano letivo. A campanha de mobilização para<br />
preenchimento dos instrumentos é realizada durante 15 dias. Além da divulgação através da página da<br />
UEMG, são confeccionados cartazes, folders e faixas.<br />
A participação se dá através do preenchimento eletrônico, via internet, de formulários<br />
direcionados a cada grupo de respondentes (alunos, professores, coordenadores de curso, técnico-<br />
administrativos, comunidade externa e alunos egressos). As perguntas são agrupadas sob os seguintes<br />
temas: a Universidade; a Unidade em que estuda, atua ou presta serviço; a Direção; os Projetos e a<br />
Política Educacional; a Infra-estrutura física; a Infra-estrutura para o trabalho; as Relações interpessoais.<br />
Os resultados são computados por unidade acadêmico/administrativa (Geral / Reitoria, Unidade<br />
de Barbacena, Unidade de Frutal, Escola de Design, Escola de Música, Faculdade Educação, FAE - Curso<br />
fora de Sede de Poços de Caldas, Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves, Escola Guignard,<br />
Faculdade de Engenharia de João Monlevade, Unidade de Ubá). Os resultados são apurados pela<br />
Comissão de Avaliação.<br />
O resultado consolidado da avaliação é disponibilizado na página da UEMG e também através de<br />
painéis afixados em cada Unidade, visando dar retorno à comunidade, divulgando os dados e proposições<br />
de melhoria, para que a mesma possa acompanhar o efeito das propostas apresentadas.<br />
Os problemas e/ou sugestões apontados na avaliação, pelos diversos segmentos, cuja solução<br />
ultrapassa as possibilidades da Unidade, são encaminhados ao dirigente máximo para providências junto<br />
aos órgãos competentes. As Unidades e as instâncias da administração central lançam mão de todo o<br />
material elaborado, como forma de acompanhar o impacto das políticas apresentadas, detectar problemas<br />
e buscar soluções para os mesmos, além de identificar novas propostas.<br />
A realização dessa avaliação e o percentual de participação na mesma passaram a fazer parte do<br />
Acordo de Resultados firmado entre a UEMG e a SEPLAG para o exercício 2009, integrando os dois<br />
sistemas de avaliação.<br />
A Comissão de Avaliação Institucional teve parte de seus membros substituída em 2010, por<br />
Portaria UEMG 009/2010, de 3 de março de 2010.<br />
Com relação à Avaliação Institucional, a Instituição pretende:<br />
- Manter a Avaliação Institucional anual, ampliar a participação da comunidade interna e do público<br />
externo e, principalmente, que os resultados da mesma efetivamente contribuam para a melhoria dos<br />
serviços prestados pela UEMG.<br />
10. PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - ÁREAS <strong>DE</strong> ATUAÇÃO ACADÊMICA<br />
As políticas de ensino, pesquisa e extensão na UEMG, fiéis aos propósitos para os quais a<br />
Instituição foi criada, têm sido pautadas: pelo atendimento às demandas regionais, através da<br />
interiorização do ensino público e gratuito, pela contribuição para o desenvolvimento do Estado, através<br />
da formação de recursos humanos capacitados em diversas áreas do conhecimento e pelo<br />
desenvolvimento de pesquisas e extensão do resultado de seus projetos à comunidade, através de oficinas,<br />
cursos, palestras, concertos, mostras e outros.<br />
A Instituição vem, gradativamente, buscando formas de inserir os estudantes nos projetos em<br />
desenvolvimento nas diversas áreas, assumindo a vinculação entre ensino, pesquisa e extensão como fator<br />
essencial à melhoria da qualidade da formação acadêmica que pode oferecer aos alunos.<br />
Para melhorar a qualidade de seus cursos de graduação e pós-graduação, aumentar o número de<br />
projetos de pesquisa e extensão e ampliar os produtos oferecidos à sociedade na forma de publicações,<br />
cursos, oficinas, novas tecnologias, e outros, a UEMG vem buscando qualificar seu corpo docente,<br />
ampliar bolsas e parcerias com outras Instituições.<br />
Alinhada às políticas públicas de ampliação do acesso ao ensino superior, a Instituição tem<br />
implementado medidas que favorecem o ingresso e a permanência de afro-descendentes e de alunos<br />
economicamente desfavorecidos. Embora mais timidamente do que seria desejável, também tem<br />
aumentado o atendimento às demandas específicas dos alunos portadores de necessidades especiais.<br />
As ações desenvolvidas em cada uma dessas áreas e as respectivas metas são apresentadas ao<br />
longo desse PDI.<br />
28
11. OS CURSOS <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
11.1. Cursos oferecidos<br />
Até 2001, os cursos oferecidos pela UEMG restringiam-se ao Município de Belo Horizonte. A<br />
primeira expansão ocorreu em 2002, com o início do Curso Normal Superior, em Barbacena e a oferta,<br />
pela Faculdade de Educação do Campus BH, de um curso de Pedagogia fora de sede, em Poços de<br />
Caldas. Em 2004, foi oferecido um curso de Pedagogia, fora de sede, em Santa Maria do Suaçuí. Em<br />
2006, a UEMG acelerou o processo de interiorização, através de oferta de cursos em Frutal, e de novo<br />
curso fora de sede, de Design, da Escola de Design do Campus BH, na cidade de Ubá, onde depois foi<br />
criada uma Unidade. Em 2007, a Instituição ofereceu o primeiro curso de Tecnólogo, no Campus de Belo<br />
Horizonte e, em 2008, teve início a oferta de cursos de Engenharia na cidade de João Monlevade.<br />
Para a abertura de novos cursos na Universidade, o ponto de partida é sempre a demanda<br />
regional, mas a escolha do elenco de cursos que deve ser oferecido resulta de avaliações técnicas. Em<br />
cada caso, são avaliadas as atividades econômicas principais, as vocações e potencialidades locais e<br />
regionais, a existência de cursos públicos nas mesmas áreas na região e de clientela suficiente para<br />
justificar a criação dos novos cursos. Um exemplo dessa abordagem é a criação dos três cursos de<br />
Engenharia da FAENGE-UEMG em João Monlevade. Situado no Vale do Aço, o município apresenta<br />
atividade econômica intensamente voltada para a lavra e tratamento de minérios e, consequentemente,<br />
enormes demandas por preservação e recuperação dos danos ambientais causados pelos dois processos.<br />
Com base nesses elementos, e na linha de demanda da população, os cursos de Engenharia de Minas,<br />
Engenharia Metalúrgica e Engenharia Ambiental foram propostos aos Conselhos Superiores da UEMG,<br />
aprovados e implementados.<br />
Processo similar ocorreu na cidade de Frutal, região produtora de leite e que abriga no momento<br />
várias indústrias de álcool, onde foram implantados os cursos de Ciências e Tecnologia de Laticínios e<br />
Tecnologia em Processos Sucroalcooleiro. Os riscos ambientais que podem resultar das atividades<br />
econômicas, aliados à disponibilidade de recursos hídricos na região, levaram a UEMG a colocar como<br />
uma das prioridades para essa Unidade, onde já é oferecido um curso de Graduação em Geografia, a<br />
criação de um curso de mestrado na área de Conservação de Recursos Hídricos.<br />
No Campus Belo Horizonte, os cursos abertos na Faculdade de Políticas Públicas (Tecnologia em<br />
Gestão Pública e Auditoria Governamental, Tecnologia em Gestão das Organizações do Terceiro Setor e<br />
Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos) foram montados para atender à demanda do serviço<br />
público municipal e estadual.<br />
Em Ubá, pólo moveleiro de Minas Gerais, foi aberto o curso fora de sede em Design de Produtos.<br />
Essas iniciativas evidenciam a preocupação da UEMG em contribuir para a formação de recursos<br />
humanos, produção de conhecimento, geração de novas tecnologias, geração de empregos e aumento de<br />
valor agregado dos produtos tradicionalmente elaborados, respeitando as vocações regionais e assim<br />
contribuir para a melhoria das condições de vida da população local.<br />
A estrutura e o elenco de cursos ora oferecidos pela UEMG refletem esses processos. A<br />
Universidade tem um Campus em Belo Horizonte, e quatro Unidades no interior, instaladas nas cidades<br />
de Barbacena, Frutal, João Monlevade e Ubá (as duas últimas em convênio com entidades municipais).<br />
Oferece cursos fora de sede em Poços de Caldas (Pedagogia) e Ubá (Design de Produto).<br />
A UEMG, em 2010, oferece 28 cursos de graduação, que abrangem diversas áreas de<br />
conhecimento.<br />
No Campus BH, composto por cinco Unidades, são oferecidos 13 cursos:<br />
►quatro na Escola de Design;<br />
►um na Faculdade de Educação;<br />
►dois na Escola Guignard;<br />
►três na Escola de Música e<br />
►três cursos superiores de Tecnologia na Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves.<br />
A UEMG oferece, ainda, no Interior do Estado, 15 outros cursos: um no Instituto Itália Franco,<br />
em Barbacena (Pedagogia); sete em Frutal (Administração, Tecnologia em Processo Sucroalcooleiro,<br />
Ciência e Tecnologia de Laticínios, Direito, Geografia, Sistemas de Informação e Comunicação Social),<br />
três em João Monlevade (Engenharia Ambiental, Engenharia de Minas e Engenharia Metalúrgica) três em<br />
29
Ubá (Ciências Naturais e Exatas/Biologia, Ciências Naturais e Exatas/Química e curso fora de sede de<br />
Design de Produto) e um em Poços de Caldas (Pedagogia, fora de sede). Os dados gerais relativos a esse<br />
elenco de cursos são mostrados na Tabela 10<br />
Tab.10. Cursos em funcionamento na UEMG, por Unidade Acadêmica, em 2010<br />
Curso<br />
Habilitação<br />
Modalidade<br />
N° alunos/<br />
n° entradas<br />
N°<br />
turmas<br />
Turno(s)<br />
Funciona<br />
mento.<br />
Ano da última<br />
autorização pelo CEE<br />
Campus BH - Escola de Design<br />
Artes Visuais Bacharel 40/1 01 Noite Dec. S/Nº 14/08/2008<br />
Design<br />
Bacharel 40/1 02 Manhã/ Dec. S/Nº<br />
de Ambientes<br />
Tarde 14/07/2008. Parecer nº<br />
589/2008<br />
Design Gráfico Bacharel 40/1 02 Manhã/ Dec. S/Nº de 14/07/2008.<br />
Noite Parecer Nº 589/2008<br />
Design de Produto Bacharel 40/1 02 Manhã/ Dec. S/Nº de 14/07/2008.<br />
Noite Parecer Nº589/2008<br />
Campus BH - Escola Guignard<br />
Artes Plásticas Bacharel 25/1 03 Manhã/Ta<br />
rde/Noite<br />
Dec. S/Nº de 02/02/2009<br />
Educação Artística Licenciado 25/1 03 Manhã/Ta<br />
rde/Noite<br />
Dec. S/Nº de 29/01/2009<br />
Campus BH - Escola de Música<br />
Licenciatura<br />
em Música<br />
Licenciado Canto 04/1 01 Noite Parecer Nº 584/2009<br />
Licenciado Instrumento 36/1 01 Noite Parecer Nº 584/2009<br />
Licenciatura<br />
Educação<br />
em Música<br />
Bacharelado<br />
Licenciado Musical<br />
Escolar<br />
40/1 01 Manhã Dec. S/Nº de 09/07/2009<br />
em Música<br />
Bacharel Canto 07/1 01 Tarde Dec. S/Nº de 09/07/2009<br />
Bacharel Instrumento 33/1 01 Tarde Dec. S/Nº de 09/07/2009<br />
Campus BH - Faculdade de Educação<br />
Pedagogia Licenciado 240/2 03 Manhã/Ta<br />
rde/Noite<br />
Dec. S/Nº de 31/01/2009<br />
Campus BH - Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves<br />
Gestão de Finanças<br />
Públicas<br />
Auditoria<br />
Governamental,<br />
e Tecnólogo<br />
40/1 01 Noite Dec. S/Nº de 02/02/2009<br />
Gestão das<br />
Resolução<br />
Organizações de Tecnólogo<br />
40/1 01 Noite CONUN/UEMG nº<br />
Terceiro Setor<br />
146/2008<br />
Gestão de Recursos<br />
Resolução<br />
Humanos<br />
Tecnólogo<br />
40/1 01 Noite CONUN/UEMG<br />
Nº 135/2008<br />
Barbacena - Instituto de Ensino Superior Dona Itália Franco<br />
Pedagogia<br />
Campus Frutal<br />
Licenciado 120/1 03 Noite Dec. S/Nº de 10/02/2010<br />
Administração Bacharel 100/1 02 Manhã/<br />
Noite<br />
Dec. S/Nº de 22/07/2008<br />
Ciência e<br />
Tecnologia de Bacharel<br />
50/1 01 Noite Dec. S/Nº de 29/01/2009<br />
30
Laticínios<br />
Comunicação Bacharel 50/1 01 Noite Res. CONUN/UEMG nº<br />
Social<br />
124/2006<br />
Manhã/ Dec. S/Nº de 03/04/2009<br />
Direito<br />
Bacharel<br />
100/1 02 noite<br />
Geografia<br />
Sistemas<br />
Licenciado 50/1 01 Noite Dec. S/Nº de 10/02/2010<br />
de Informação<br />
Tecnologia em<br />
Bacharel<br />
50/1 01 Noite Dec. S/Nº de 21/07/2008<br />
Processo<br />
Sucroalcooleiro<br />
Tecnólogo<br />
50/1 01 Noite Dec. S/Nº de 01/03/2010<br />
Faculdade de Engenharia de João MonlevadeFaENGE<br />
CONUN/UEMG nº<br />
Engenharia<br />
Bacharel<br />
80/2 02 Noite 111/2006, nos termos da<br />
Ambiental<br />
lei Nº 14949/2004<br />
CONUN/UEMG nº<br />
Engenharia de Bacharel<br />
80/2 02 Noite 110/2006, nos termos da<br />
Minas<br />
lei Nº 14949/2004<br />
Engenharia<br />
Metalúrgica<br />
Ubá<br />
Bacharel 80/2 02 Diurno Dec. S/Nº de 03/02/2009<br />
Ciências Biológicas Licenciado 30/1 01 Noite Dec. S/Nº de 28/12/2007<br />
Química Licenciado 30/1 01 Noite Dec. S/Nº de 28/12/2007<br />
Curso fora de Sede - Ubá<br />
Design de Produto Bacharel 30/1 01 Noite Dec. S/Nº de 02/03/2010<br />
Curso fora de Sede - Poços de Caldas<br />
Pedagogia<br />
Licenciado<br />
80/2<br />
28 cursos<br />
02 Noite<br />
Dec. S/Nº de 12/12/2005<br />
(Val. 05 anos)<br />
O caráter multicampi da Universidade, previsto na sua criação, fica evidente na distribuição<br />
desses cursos pelas áreas de conhecimento e região (Tabela 11 e Figura 6)<br />
Tab.11. Distribuição dos Cursos oferecidos, pela UEMG, em 2010, por Área de Conhecimento e<br />
Modalidade<br />
ÁREAS<br />
CONHECIMENTO<br />
<strong>DE</strong><br />
Nº<br />
<strong>DE</strong> CURSOS<br />
2001* 2010<br />
MODALIDA<strong>DE</strong>S<br />
Bacharelado Licenciatura Tecnológico<br />
Ciências Agrárias - 2 1 - 1<br />
Ciências Biológicas - 1 - 1 -<br />
Ciências Exatas<br />
e da Terra<br />
- 2 1 1 -<br />
Ciências Humanas 1 4 - 4 -<br />
Ciências<br />
Sociais Aplicadas<br />
3 7 7 - -<br />
Engenharias - 3 3 - -<br />
Linguistica, Letras e Artes 3 6 2 4 -<br />
Tecnologia e Gestão - 3 - - 3<br />
Total 7 28 14 10 4<br />
31
A Figura 6 mostra os cursos oferecidos, no primeiro semestre de 2010, conforme a sua<br />
localização no território do Estado de Minas Gerais<br />
Fig.6. Distribuição dos cursos de graduação da UEMG, no Estado de Minas Gerais<br />
C U R S O S <strong>DE</strong> G R A D U A Ç Ã O<br />
Campus BH e Unidades do interior– 28 cursos<br />
Cursos fora de sede do Campus BH - 2<br />
FRUTAL – 7 cursos<br />
- Administração<br />
- Ciência e Tecnologia de Laticínios<br />
- Comunicação Social:<br />
Jornalismo, Publicidade e<br />
Propaganda<br />
- Direito<br />
- Geografia<br />
- Sistemas de Informação<br />
-Tecnologia em Processos<br />
Sucroalcooleiro<br />
POÇOS <strong>DE</strong> CALDAS – 1 curso<br />
- Pedagogia (Curso fora de sede da<br />
FaE/ CBH)<br />
CAMPUS BELO HORIZONTE – 13 cursos<br />
- Design de ambientes – Design Gráfico<br />
- Design de Produto Artes Visuais<br />
- Educação Artística<br />
- Artes Plásticas<br />
- Educação Musical Escolar<br />
- Música(bach)/ Canto/ Instrumento<br />
- Música (lic.) Canto/ Instrumento<br />
- Pedagogia<br />
- Tecnologia em Gestão de Finanças Públicas<br />
e Auditoria<br />
- Tecnologia em Gestão de Recursos<br />
Humanos (ênfase em administração pública)<br />
- Tecnologia em Gestão das Organizações do<br />
Terceiro Setor<br />
BARBACENA – 1 curso<br />
- Pedagogia<br />
JOÃO MONLEVA<strong>DE</strong> –<br />
3 cursos<br />
- Engenharia Ambiental<br />
- Engenharia de Minas<br />
- Engenharia<br />
Metalúrgica<br />
UBÁ – 3 cursos<br />
- Ciências Biológicas<br />
- Química<br />
- Design de Produto<br />
(Curso fora de sede da<br />
Escola de Design/ CBH)<br />
11.2. O Processo Seletivo - Ampliação de Vagas<br />
O processo seletivo da Universidade é realizado anualmente, e ocorre em um único dia, para<br />
todas as Unidades e Cursos. Compreende a realização de redação e de provas em que são cobradas<br />
questões relativas aos conteúdos ministrados no ensino médio. Uma mesma prova tem pesos diferentes,<br />
de acordo com a área do curso pretendido. Para os cursos de artes, ministrados na Escola Guignard e para<br />
os cursos da Escola de Música, existe ainda uma prova de habilidades específicas, aplicada previamente.<br />
Em função da criação de cursos novos, excepcionalmente, em alguns anos são realizados vestibulares<br />
extemporâneos.<br />
Em 2001, a UEMG oferecia 790 vagas no Vestibular, todas elas no Campus BH. Em 2005, no<br />
início da vigência do PDI anterior, a UEMG oferecia além dessas vagas, 120 outras em Barbacena e 40<br />
em um curso fora de sede em Poços de Caldas, totalizando 1.150 vagas. Nos últimos cinco anos, a UEMG<br />
ampliou acentuadamente a oferta, atingindo 1.890 vagas em 2010 (Tab. 12.).<br />
32
Tab. 12. Evolução da oferta de vagas no vestibular UEMG, de 2001 a 2010<br />
CIDA<strong>DE</strong> 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Belo Horizonte 790 790 790 790 790 830 830 830 910 910<br />
Barbacena 120 120 120 120 120 120 120 120 120<br />
Frutal - - - 80 200 350 450 480 480 450<br />
João Monlevade - - - - - 80 80 200 240 240<br />
Poços de Caldas 80 80 80 40 40 40 40 40 80<br />
Sta. Mª Suaçuí - - - 40 - - - - - -<br />
Ubá - - - - - 40 80 80 90 90<br />
TOTAL 790 990 990 1.150 1150 1460 1600 1750 1880 1890<br />
Fonte: Editais de processos seletivos.<br />
Como resultado dessa expansão na oferta de vagas do Vestibular, o número de alunos da<br />
Universidade também tem crescido. No primeiro semestre de 2010, tínhamos 5.856 alunos matriculados<br />
nos cursos de graduação. Como pode ser visto na Tabela 13, o número de alunos da UEMG, no interior<br />
do Estado, já se aproxima do número de estudantes que temos na Capital.<br />
Tab.13. Alunos de graduação matriculados, por Unidade Universitária, no 1° semestre 2010:<br />
CAMPUS BH<br />
UNIDA<strong>DE</strong>S DO<br />
INTERIOR<br />
UNIDA<strong>DE</strong> UNIVERSITÁRIA ALUNOS<br />
Faculdade de Educação 850<br />
Escola de Música 390<br />
Escola Guignard 586<br />
Escola de Design 1087<br />
Faculdade de Políticas Públicas<br />
Tancredo Neves<br />
212<br />
Total Campus BH 3125<br />
Barbacena 377<br />
João Monlevade 584<br />
Frutal 1.312<br />
Ubá<br />
Cursos fora de sede<br />
161<br />
Ubá 98<br />
Poços de Caldas 199<br />
Total nas Unidades do interior do Estado 2731<br />
TOTAL <strong>DE</strong> ALUNOS NA GRADUAÇÃO 5.856<br />
Como diversos cursos oferecidos são recentes, e ainda não tiveram todos os períodos<br />
implantados, esse número crescerá nos próximos semestres. Completada a implantação de todos os cursos<br />
iniciados até 2010, a UEMG terá cerca de 7.500 alunos matriculados na Graduação, dos quais 3.400<br />
estarão nos cursos da capital e 4.160 no interior. Com a implantação total dos dois cursos já aprovados,<br />
em João Monlevade e Leopoldina, as Unidades do interior somarão cerca de 5.000 alunos.<br />
Por esses números verifica-se que, realmente, a UEMG vem cumprindo seu papel de aumentar a<br />
oferta de vagas nos cursos de graduação, ampliar o elenco de cursos oferecidos nas diversas áreas do<br />
conhecimento e garantir o acesso ao ensino superior público e gratuito em diversas regiões do Estado.<br />
Quanto a estes aspectos, a Instituição cumpriu totalmente as expectativas expressas no PDI anterior.<br />
33
11.3. Políticas de Ampliação do Acesso dos Estudantes ao Ensino Superior e de Permanência na<br />
Universidade<br />
Além do aumento do número de vagas e da interiorização da oferta de ensino público gratuito,<br />
resultante da criação das novas Unidades e cursos, a UEMG desenvolveu medidas visando a possibilitar<br />
uma melhor escolha de cursos pelos alunos. Para isso, criou um programa chamado “Conheça a UEMG”<br />
desenvolvido em todas as Unidades, no período que antecede o Vestibular. Esse programa consta de uma<br />
ampla campanha de divulgação dos cursos da UEMG, com visitas às escolas públicas, palestras e<br />
distribuição de folhetos, em que se apresentam os cursos oferecidos e o perfil dos profissionais que a<br />
Instituição pretende formar em cada um deles.<br />
A UEMG também realiza ações para ampliar o acesso de alunos de baixa renda e de alunos de<br />
grupos especiais à Instituição. Em 27 de julho de 2004, o Estado editou a Lei nº 15.259 criando o sistema<br />
de reserva de vagas e estabelecendo uma quota geral de 45% das vagas oferecidas nos cursos de<br />
graduação, destinando 20% a afro-descendentes, 20% a estudantes originários da escola pública, desde<br />
que carentes, e 5% a portadores de deficiência e a indígenas. Essas diretrizes foram adotadas nos<br />
processos seletivos realizados pela UEMG. Também em função do disposto na Lei 15.150/2004, é<br />
oferecida uma cota de 10% para isenção do pagamento da taxa de inscrição no processo seletivo,<br />
destinada aos mais carentes.<br />
Para viabilizar essas medidas, a UEMG criou o Programa de Seleção Socioeconômica –<br />
PROCAN – que é aplicado a cada ano. Alguns meses antes do Processo Seletivo, é divulgada a forma de<br />
inscrição, a documentação necessária e os critérios que regerão o programa. Nesse processo, é analisado o<br />
índice de carência dos alunos e identificam-se, entre os que se candidatam, aqueles que terão a isenção de<br />
taxa de Inscrição no Processo Seletivo e aqueles que cumprem as condições para concorrer à Reserva de<br />
Vagas acima referida.<br />
Ainda como estratégia para favorecer a permanência e o desenvolvimento acadêmico dos alunos<br />
que ingressaram através das cotas referidas, há bolsas de iniciação científica destinadas especificamente a<br />
essa clientela.<br />
Além disso, a oferta de vagas e cursos também tem uma peculiaridade que favorece o acesso do<br />
aluno que precisa trabalhar. Das 1.890 vagas oferecidas no Vestibular 2010, 470 foram para o turno da<br />
manhã (10 cursos), 210 para o turno da tarde (cinco cursos) e 1.210 (24 cursos) para o turno da noite. Seis<br />
cursos são oferecidos em dois ou três turnos. Essa incidência elevada de oferta de vagas noturnas<br />
contempla amplamente a possibilidade de que os alunos trabalhem e estudem, aumentando a<br />
acessibilidade e a permanência dos alunos com menor renda nos cursos.<br />
A permanência dos estudantes com necessidades especiais é favorecida ainda pela existência da<br />
disciplina Libras, nos currículos dos cursos de Pedagogia do Campus Belo Horizonte e do Campus de<br />
Barbacena. Também as estruturas curriculares dos cursos de Licenciatura em Artes Visuais, da Escola de<br />
Design, Geografia, do Campus de Frutal, Química e Biologia do Campus de Ubá estão sendo reformadas<br />
para a introdução de Libras, a partir do segundo semestre de 2010. A oferta dessa disciplina, a par de<br />
cumprir exigência legal na formação desses professores, favorece a permanência de alunos com<br />
necessidades especiais na própria Instituição.<br />
Para atender às necessidades de alunos com deficiências visuais, a Faculdade de Educação do<br />
Campus Belo Horizonte conta, desde 2006, com uma impressora Braille e mantém contatos permanentes<br />
com o Instituto São Rafael de Belo Horizonte, buscando fornecer melhores condições de aprendizagem a<br />
esses alunos.<br />
Uma medida que a UEMG precisa implementar, mas para a qual ainda não conseguiu recursos<br />
orçamentários é a possibilidade de monitoria remunerada para atendimento a alunos com demandas<br />
especiais. Enquanto isso não ocorre, monitorias voluntárias, atendimento por docentes com habilidades<br />
específicas para esse fim e produção de material em Braille são algumas das alternativas adotadas.<br />
Em termos de arquitetura das construções, mesmo não tendo prédios próprios em todas as<br />
Unidades, a UEMG tem, no limite de suas possibilidades, feito as adaptações necessárias para favorecer o<br />
acesso dos portadores de deficiência. Entretanto, muito ainda pode ser feito nessa área.<br />
34
METAS:<br />
- Aprovar e implementar, nas estruturas curriculares dos cursos de Licenciatura, a disciplina Libras;<br />
- Ampliar a produção de material pedagógico para alunos com necessidades especiais;<br />
- Assegurar que a arquitetura das novas Unidades acadêmicas que venham a ser construídas na vigência<br />
deste PDI contemple critérios de acessibilidade.<br />
11.4. O Perfil do Egresso - O Aluno que a UEMG Busca Formar<br />
A educação é uma condição indispensável à construção dos ideais de paz, de liberdade e de<br />
justiça social. Nesse contexto, a UEMG, enquanto Universidade pública, exerce um papel relevante,<br />
formando cidadãos capazes não apenas de acumular conhecimentos e executar adequadamente técnicas e<br />
procedimentos, mas de raciocinar, interpretar, inovar, discernir e, principalmente, assumir sua<br />
responsabilidade na construção da realidade, na redução das desigualdades sociais e no compromisso com<br />
a preservação do ambiente.<br />
A educação superior precisa habilitar o aluno a realizar todas as suas potencialidades,<br />
acompanhar o progresso científico, selecionando criticamente a aplicação das novas tecnologias, sem<br />
perder de vista os aspectos éticos e sociais de sua profissão. Consciente da impossibilidade de transmitir<br />
todo o conhecimento existente no momento, em qualquer área, a Universidade busca formar alunos<br />
capazes de buscar o constante aprimoramento.<br />
Sensível à dinâmica do mercado de trabalho, a Universidade implementa currículos formulados<br />
de maneira interdisciplinar, em que os conhecimentos básicos e específicos se articulam com os de outras<br />
áreas, numa relação em que a prática se alie à teoria, desde os períodos iniciais, para a formação de<br />
estudantes detentores de competências e habilidades necessárias à prática profissional.<br />
Esses currículos devem apoiar-se, dentre outros princípios, nos quatro pilares indicados pela<br />
Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI da UNESCO: aprender a conviver, aprender<br />
a conhecer, aprender a fazer e, sobretudo, aprender a ser. Sem que se percam de vista as Diretrizes<br />
Curriculares Nacionais e as peculiaridades das regiões onde seus cursos se situam, esses pilares se<br />
refletem nos processos de estruturação dos projetos pedagógicos dos cursos e constituem referências para<br />
as relações internas e externas da UEMG.<br />
Apresentamos a seguir, de maneira bastante sintética, o perfil que a UEMG considera adequado<br />
para os egressos de seus cursos, conforme consta do Projeto Pedagógico dos mesmos.<br />
CAMPUS BH<br />
Escola de Design:<br />
A proposta pedagógica orienta-se pela premissa da flexibilização dos métodos que conjugam a<br />
sala de aula com trabalhos desenvolvidos nos núcleos e centros de estudos e experimentação. Busca-se a<br />
produção de conhecimento em que se articulem os conceitos teóricos com as atividades práticas e a<br />
realidade do universo produtivo circundante. O potencial desenvolvido pelos centros e núcleos da Escola<br />
de Design sinaliza para a possibilidade de se integrarem a uma política científica que se articule e se some<br />
à conjuntura nacional e regional, no debate e construção de conhecimentos. Os resultados dessas<br />
pesquisas devem incidir tanto sobre o ambiente acadêmico como na vida produtiva, no cotidiano das<br />
pessoas e no desenvolvimento do Estado e do País.<br />
Em 2008, o curso de Design de Produto da Escola de Design recebeu a certificação de cinco<br />
estrelas do Guia de Estudante, da Editora Abril, o que confirma a qualidade do ensino alcançada pelo<br />
corpo docente, coordenadores, diretores e alunos da Escola de Design. Alunos, ex-alunos dos cursos de<br />
graduação e pós-graduação da Escola, bem como seus professores, têm recebido premiações em diversas<br />
competições, em nível nacional e internacional, nas áreas de design de móveis, design de jóias, transporte<br />
e outras, que evidenciam a relevante contribuição da Escola para a economia do Estado e do país.<br />
Curso de ARTES VISUAIS – LICENCIATURA<br />
O curso de Licenciatura em Artes Visuais destina-se à formação do profissional de Educação<br />
Básica para a área da arte, dentro do campo das artes visuais. O licenciado em Artes Visuais estará apto a<br />
lecionar Desenho Artístico e Técnico, História das Artes, bem como todas as disciplinas da área das artes<br />
visuais nas escolas de Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) e nos cursos técnicos e<br />
35
profissionalizantes. Poderá ter sua atuação ampliada nas áreas de artes em geral, ministrando oficinas<br />
culturais, cursos livres voltados ou não para o magistério, podendo ainda dedicar-se à pesquisa na área de<br />
arte-educação.<br />
Curso de <strong>DE</strong>SIGN <strong>DE</strong> AMBIENTES – BACHARELADO<br />
O curso de Design de Ambientes promove a interação entre a arte, a criatividade e a tecnologia<br />
moderna, habilitando o Designer de Ambientes a propor soluções que integrem conforto, funcionalidade,<br />
estética e economia para atender às necessidades físicas e psicológicas do homem. O Designer de<br />
Ambientes poderá desenvolver projetos de ambientes de interiores e exteriores, residenciais, empresariais<br />
e comerciais, de paisagismo, de eventos e projetos especiais de elementos decorativos, móveis e<br />
maquetes.<br />
Curso de <strong>DE</strong>SIGN GRÁFICO – BACHARELADO<br />
O Designer Gráfico é um especialista que atua no campo do design, na geração e produção e<br />
organização de signos visuais. Seu perfil está associado à resolução de problemas relacionados ao<br />
processo de desenvolvimento de produtos adequados ao homem e ao contexto. É um organizador da<br />
informação e um gestor de design, que desenvolve suas atividades através de projetos nas áreas de<br />
produção gráfica, fotografia, vídeo, animação, cinema, televisão e web design. Desse modo, o Designer<br />
Gráfico está habilitado a atuar na criação e organização de sistemas de identidade visual, editoriais,<br />
promocionais, de embalagens, de sinalização e sistemas eletrônicos.<br />
Curso de <strong>DE</strong>SIGN <strong>DE</strong> PRODUTO – BACHARELADO<br />
O Designer de Produto atuará na criação de objetos tridimensionais, como máquinas,<br />
equipamentos e ferramentas, eletrodomésticos, móveis, etc., considerando as necessidades de uso,<br />
produção e comercialização, podendo também atuar no nível estratégico de qualquer organização, para o<br />
desenvolvimento de novos produtos e „re-design‟ dos existentes.<br />
Escola Guignard<br />
Curso de ARTES PLÁSTICAS – BACHARELADO<br />
O curso de Artes Plásticas visa à formação do artista, o desenvolvimento da capacidade criadora e<br />
a abertura de possibilidades no setor das artes em geral. O bacharel poderá participar do mercado de<br />
trabalho especializado como artista e/ou artífice, conhecendo e dominando as várias técnicas e<br />
modalidades de expressão artística, como desenho, pintura, cerâmica, escultura, gravação, litografia e<br />
fotografia, incluindo as mídias interativas e contemporâneas.<br />
Curso de EDUCAÇÃO ARTÍSTICA – LICENCIATURA (Habilitação em Artes Plásticas)<br />
O curso de Educação Artística visa à formação de professor para atuar na área de arte-educação,<br />
em escolas de educação básica (ensino fundamental e médio), bem como na elaboração e execução de<br />
projetos culturais.<br />
Escola de Música<br />
Curso de MÚSICA – BACHARELADO (Habilitação em Instrumento ou Canto)<br />
O curso de Música objetiva à formação do bacharel, apto a atuar profissionalmente como<br />
instrumentista ou cantor. São oferecidas habilitações em: canto lírico ou instrumentos (alaúde, clarineta,<br />
contrabaixo, fagote, flauta doce, flauta transversa, oboé, piano, saxofone, trombone, trompa, trompete,<br />
tuba, viola de orquestra, violão, violino e violoncelo). Assim, o profissional estará capacitado a atuar em<br />
um amplo e diversificado campo de trabalho que inclui: performance musical (como solista; em conjuntos<br />
de câmara, orquestras, em conjuntos vocais e grupos musicais), pesquisa e atividades integradas com<br />
outras áreas artísticas.<br />
Curso de MÚSICA – LICENCIATURA /Habilitação em Instrumento ou Canto<br />
O curso de Música-Licenciatura /Habilitação em Instrumento ou Canto objetiva a formação de<br />
profissionais que poderão exercer atividades docentes na área de Educação Musical em instituições de<br />
educação básica (ensino infantil, fundamental e médio) e em escolas de ensino específico de Música<br />
(curso técnico e livre). Além de atividades docentes, ele também poderá atender às diversas necessidades<br />
existentes no mercado de trabalho na área da música como: orquestras, bandas, corais e conjuntos<br />
musicais diversos.<br />
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Curso de MÚSICA – LICENCIATURA /Habilitação em Educação Musical Escolar<br />
O Curso de Música-Licenciatura/ Habilitação em Educação Musical Escolar objetiva formar<br />
professor com conhecimento específico em música para atuar em escolas de ensino infantil, fundamental<br />
e médio e em cursos afins, intensificando a abordagem pedagógico-musical específica para grandes<br />
grupos de educandos. Por meio de Oficinas Interdisciplinares, o curso proporciona aos alunos, além do<br />
enriquecimento cultural e humanístico, a habilidade de elaborar e implementar projetos, integrando<br />
disciplinas curriculares da educação básica e outras áreas artísticas com a música. Assim, além do<br />
magistério em escolas de ensino infantil, fundamental e médio, o profissional também estará apto para<br />
exercer atividades em cursos livres de música e oficinas culturais, reger coros infantis, trabalhar com a<br />
construção de instrumentos e desenvolver pesquisas na área de pedagogia artístico-musical, atendendo a<br />
uma clientela diversificada e às demandas sociais.<br />
Faculdade de Educação<br />
Curso de PEDAGOGIA – LICENCIATURA – Belo Horizonte e Poços de Caldas (FaE/CBH, curso<br />
fora de sede)<br />
O curso de Pedagogia – Licenciatura – visa à formação de um profissional que saiba lidar de<br />
forma dinâmica e dialética com a prática educativa em suas várias modalidades, sendo a docência a base<br />
de sua formação, e tendo o trabalho pedagógico como base de sua identidade profissional. Poderá atuar<br />
como docente da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, em unidades do sistema<br />
educacional, projetos e experiências educacionais, na produção e difusão do conhecimento científico e<br />
tecnológico, em diversas áreas da educação e em instituições educativas não escolares. Sua formação lhe<br />
dará competência para se inserir em diferentes estruturas, contextos e situações educacionais, sendo capaz<br />
de analisar a realidade em que se insere como cidadão e trabalhador. Será capaz, também, de articular<br />
questões educativas e questões sociais amplas, visando à efetividade das ações pedagógicas.<br />
Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves – FaPP<br />
Curso SUPERIOR <strong>DE</strong> TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – TECNOLÓGICO<br />
O tecnólogo em Gestão Pública desenvolve atividades ligadas ao planejamento, operação,<br />
controle e avaliação dos processos relacionados a recursos materiais, patrimônio, sistemas de informação,<br />
tributos, finanças e contabilidade; contribui na consolidação de políticas públicas relativas à gestão de<br />
finanças e auditoria, numa visão ampla e sistêmica da administração pública, catalisando redes e práticas<br />
institucionais empreendedoras e dinâmicas. Este profissional poderá atuar nos setores da economia, em<br />
organizações públicas federal, estadual ou municipal - com ênfase na administração estadual e em<br />
organizações não governamentais.<br />
Curso SUPERIOR <strong>DE</strong> TECNOLOGIA EM GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO<br />
SETOR – TECNOLÓGICO<br />
O tecnólogo em Gestão das Organizações do Terceiro Setor atua no desenho e na gestão de<br />
organizações do terceiro setor, por meio de atividades relacionadas à sustentabilidade, qualidade de<br />
serviços e capacidade de articulação institucional, com ampla e sistêmica visão da gestão de projetos<br />
sociais, catalisando programas de qualidade, redes interativas e práticas empreendedoras. Gerencia, media<br />
e orienta os processos de criação, desenvolvimento e sustentabilidade das organizações do terceiro setor<br />
(fundações, associações de comércio, entidades civis, sociais, religiosas, fraternais, culturais, artísticas e<br />
de preservação do meio ambiente). Este profissional poderá atuar como administrador, assessor e/ou<br />
consultor de organizações do terceiro setor, no âmbito local, regional, municipal, estadual ou federal, bem<br />
como, coordenar e supervisionar projetos sociais e culturais em empresas da sociedade civil.<br />
Curso SUPERIOR <strong>DE</strong> TECNOLOGIA EM GESTÃO <strong>DE</strong> RECURSOS HUMANOS -–<br />
TECNOLÓGICO<br />
O tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos (GRH) – Ênfase na Administração Pública – atua<br />
no desenho e na gestão de RH na administração pública, por meio de atividades relacionadas à seleção de<br />
pessoal, cargos e salários, formação, qualificação e capacitação profissional, avaliação de desempenho,<br />
rotina de pessoal, benefícios, gestão de carreiras e de trabalho, sistemas de informação e de comunicação<br />
em GRH. Detentor de uma visão ampla e sistêmica da gestão pública, catalisa programas de qualidade de<br />
vida, do trabalho e do trabalhador, de redes e práticas institucionais empreendedoras. Este profissional<br />
37
poderá exercer atividades nas instituições públicas, como mediador/orientador do desenvolvimento de<br />
condições cognitivas, psico-emocionais, sócio-culturais, tecnológicas e de comunicação, vinculadas aos<br />
processos de trabalho em GRH, nos níveis individual, grupal (negociação, liderança, poder e conflito) e<br />
organizacional (cultura, estrutura e tecnologias).<br />
UNIDA<strong>DE</strong>S DO INTERIOR:<br />
Barbacena - Instituto Superior de Educação Dona Itália Franco:<br />
Curso de PEDAGOGIA – LICENCIATURA<br />
A UEMG pretende formar, através desse curso, profissionais capacitados para atuar na educação<br />
infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, em instituições escolares e não escolares, que<br />
demonstrem capacidade de conhecer e dominar os conteúdos básicos relacionados às áreas do<br />
conhecimento que serão objeto de sua atividade docente, a partir de uma base teórico-prática articulada,<br />
consistente, pautada no desenvolvimento do ensino/pesquisa/extensão.<br />
O professor formado no curso deverá identificar o seu papel como agente de transformação<br />
social, refletir criticamente sobre a prática docente cotidiana com o compromisso de provocar a formação<br />
da consciência dos cidadãos na ação e sobre a ação, e intervir de modo ético nos aspectos que afetam a<br />
realização dos valores educativos.<br />
Pretende-se, ainda, que o pedagogo formado no Instituto Superior de Educação Dona Itália<br />
Franco seja professor-educador, com capacidade de participar ativamente da vida da escola,<br />
compreendendo os processos de gestão e neles atuando, a partir da convivência com a comunidade<br />
escolar, demonstrando habilidade de trabalhar em equipe e respeitando a diversidade nela presente,<br />
desenvolvendo ações de inclusão social.<br />
Campus Frutal:<br />
Curso de ADMINISTRAÇÃO – BACHARELADO<br />
O curso de Administração objetiva preparar pessoal técnico-administrativo, com formação teórica<br />
e humanística para o exercício das atividades voltadas para a administração de bens e serviços em um<br />
contexto local e global. Objetiva, ainda, contribuir para o aprimoramento da formação do futuro<br />
administrador, transformando-o num cidadão capaz de colaborar na elevação das condições de vida da<br />
sociedade.<br />
Curso de CIÊNCIA E TECNOLOGIA <strong>DE</strong> LATICÍNIOS – BACHARELADO<br />
A Instituição pretende formar, no Curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia de Laticínios,<br />
profissionais aptos para desempenharem suas atividades nos setores de produção, controle de qualidade,<br />
inspeção governamental, assessoria, gerenciamento e administração de indústrias de laticínios, uso e<br />
desenvolvimento de tecnologia de produtos lácteos.<br />
O profissional graduado deverá atender às demandas e especificidades regionais, caracterizandose<br />
por uma formação estruturada nas áreas de conhecimento científico, tecnológico e de gestão que lhe<br />
permita apresentar postura ativa e empreendedora, capacidade de enfrentar desafios e mudanças,<br />
capacidade gerencial, técnica e social, além de uma visão ampla do ambiente no qual se insere seu<br />
trabalho.<br />
Curso de COMUNICAÇÃO SOCIAL – BACHARELADO - HABILITAÇÃO EM JORNALISMO<br />
OU PUBLICIDA<strong>DE</strong> E PROPAGANDA<br />
O Curso de Comunicação Social – Bacharelado –_Habilitação em Jornalismo ou Publicidade e<br />
Propaganda pretende formar profissionais com uma consistente bagagem ética, propiciada através de uma<br />
substancial teorização e de uma pungente prática profissional que lhes confira legitimidade e competência<br />
para atuarem, em bases sólidas, em diferentes estruturas, contextos e situações abrangidas pela<br />
comunicação social.<br />
O profissional da área de jornalismo deverá estar apto a relacionar-se com fontes de informação<br />
de qualquer natureza, trabalhar em equipe com profissionais da área, compreender, saber sistematizar e<br />
organizar os processos de produção jornalística, desenvolvendo, planejando, propondo, executando e<br />
avaliando projetos, produtos, práticas e empreendimentos, com postura ética e compromisso com a<br />
cidadania.<br />
38
O profissional da área de publicidade e propaganda estará apto para a formulação de campanhas<br />
publicitárias, atento aos fins lícitos e éticos das manipulações linguísticas e imagéticas relacionadas ao<br />
marketing e ao merchandising.<br />
Curso SUPERIOR <strong>DE</strong> TECNOLOGIA EM PRODUÇÃO SUCROALCOOLEIRA –<br />
TECNOLÓGICO<br />
O Curso Superior de Tecnologia em Produção Sucroalcooleira pretende formar profissionais com<br />
competência para a implantação e gestão da produção sucroalcooleira, através da orientação sobre<br />
tecnologias atuais que atendam às necessidades do mercado regional, nacional e internacional.<br />
O egresso do curso deverá se mostrar apto a elaborar, implantar, executar, acompanhar e avaliar<br />
projetos na sua área de atuação, bem como a programar modificações nos principais processos de<br />
produção sucroalcooleira. Deverá mostrar-se preparado para dialogar com a comunidade, visando inserir<br />
sua prática em ações voltadas à educação e ao desenvolvimento sustentável e buscando constante<br />
atualização do conhecimento e dos avanços científicos.<br />
Curso de DIREITO – BACHARELADO<br />
O Bacharel em Direito deverá estar capacitado para atuar nas diversas áreas jurídicas como a<br />
advocacia pública e privada, a magistratura, o ministério público e outros cargos exclusivos de bacharéis<br />
em direito. Deverá ter a formação voltada para a busca de soluções dos problemas decorrentes do mundo<br />
contemporâneo, objetivando a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.<br />
O egresso deverá mostrar-se apto a aprofundar a consciência da função social que desempenha<br />
como elemento transformador da sociedade. Os profissionais do direito estarão preparados para a<br />
assimilação e síntese do teórico e do prático, no que diz respeito a conhecimentos básicos, sem abdicarem<br />
de sua qualidade de cidadãos ou se alhearem da realidade social que os acolhe.<br />
Curso de GEOGRAFIA – LICENCIATURA<br />
O Licenciado em Geografia deverá mostrar-se apto a atuar como professor nos anos finais do<br />
ensino fundamental e médio, em escolas públicas e privadas. Seu campo de ação pode envolver, além da<br />
regência de classe, atividades como elaboração, execução e acompanhamento de projeto de ensino.<br />
Poderá, ainda, atuar em órgãos públicos e privados, instituições de pesquisa, CO<strong>DE</strong>MAS municipais,<br />
secretarias municipais de educação ambiental, avaliação dos impactos ambientais e meio antrópico.<br />
Curso de SISTEMAS <strong>DE</strong> INFORMAÇÃO – BACHARELADO<br />
O Curso de Sistemas de Informação – Bacharelado – visa formar profissionais aptos a lidar com<br />
as constantes mudanças na área da tecnologia da informação, atuando no desenvolvimento, instalação e<br />
gerenciamento de projetos, softwares, aplicativos e sistemas computacionais e na aplicação das<br />
tecnologias existentes e emergentes, para superar os desafios do mercado de trabalho.<br />
Estarão municiados com conhecimentos teóricos sobre os fundamentos da ciência da computação<br />
e da tecnologia da informação que os habilite a utilizar, compreender e adaptar modernas tecnologias da<br />
informação.<br />
FaEnge-João Monlevade<br />
Curso de ENGENHARIA AMBIENTAL - BACHARELADO<br />
O Curso de Engenharia Ambiental – Bacharelado – pretende formar profissionais com capacidade para<br />
realizar análise e desenvolvimento de sistemas de controle da qualidade ambiental e seus componentes. O<br />
propósito principal do curso é a preparação de lideranças técnicas para as áreas industrial, governamental<br />
e de consultoria.<br />
Ao final do curso, o engenheiro ambiental estará preparado para um vasto campo de atuação, com<br />
enfoque em planejamento, execução, acompanhamento e monitoramento de atividades voltadas para o<br />
controle de poluição atmosférica, hídrica e do solo. Poderá atuar de maneira a prever, evitar e corrigir<br />
danos ambientais oriundos de atividades antrópicas como também no controle da emissão de licenças<br />
ambientais destinadas aos diversos segmentos industriais.<br />
São ainda atividades inerentes ao campo de ação deste profissional: a recuperação de áreas<br />
degradadas, gerenciamento de resíduos (urbanos, agrícolas e industriais), avaliação de impactos<br />
ambientais, educação ambiental e planejamento e implementação de sistemas de gerenciamento ambiental<br />
(SGA) e outras pertinentes ao campo de trabalho do engenheiro ambiental.<br />
39
Curso de ENGENHARIA <strong>DE</strong> MINAS – BACHARELADO<br />
O Curso de Engenharia de Minas – Bacharelado – forma profissionais habilitados para o<br />
desempenho das atividades referentes à prospecção e à pesquisa mineral, lavra de minas; captação de<br />
água subterrânea; beneficiamento de minérios; aberturas de vias subterrâneas e aos serviços correlatos aos<br />
aspectos ambientais.<br />
O engenheiro de minas também estará habilitado a trabalhar nas diversas etapas do processo de<br />
produção e comercialização de bens minerais. Planeja, projeta, desenvolve, explora, avalia e opera minas<br />
a céu aberto e subterrâneas. Os principais ramos de atuação compreendem empresas de mineração,<br />
petróleo, rochas ornamentais, fertilizantes, cerâmicas, cimenteiras, entre outras. Também está habilitado a<br />
atuar em empresas de consultoria, órgãos governamentais, instituições de ensino e pesquisa, órgãos<br />
ambientais, perícias e avaliações judiciais e na venda de equipamentos e insumos para a indústria mineral<br />
e de construção civil.<br />
Curso de ENGENHARIA METALÚRGICA - BACHARELADO<br />
O engenheiro metalúrgico deverá mesclar conhecimentos dos mais diversos campos da<br />
metalurgia, bem como estar preparado para enfrentar as inovações que esta área produz, não só<br />
dominando novas tecnologias, mas também gerindo-as. O engenheiro metalúrgico é um profissional que<br />
se ocupa da extração de minérios, sua transformação em metais e ligas metálicas, bem como na utilização<br />
dessas ligas na produção de máquinas, estruturas metálicas ou peças. Cabe ao engenheiro metalúrgico a<br />
tarefa de adequar os materiais metálicos às funções a que serão submetidos, atividade que exige profundo<br />
conhecimento da composição e das características dos metais.<br />
Unidade Ubá:<br />
Curso de CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA<br />
Licenciados em Ciências Biológicas serão profissionais habilitados para o ensino de ciências<br />
biológicas nos anos finais do ensino fundamental e biologia no ensino médio. O curso deve possibilitar<br />
aquisição de competências e habilidades relacionadas ao desempenho da prática pedagógica, preparando<br />
profissionais para o exercício crítico e competente da docência, pautado nos valores e princípios éticos,<br />
mediante aplicação de conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais, em bases socialmente justas e<br />
ecologicamente compatíveis, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade de vida.<br />
O profissional estará apto a atuar, como professor da educação básica, no planejamento,<br />
organização e gestão de sistemas de ensino, nas esferas administrativas e pedagógicas, com competências<br />
técnico-científicas, sensibilidade, ética e compromisso com a democratização das relações sociais; atuar<br />
em instituições técnicas, científicas e financeiras que demandem a aplicação de conhecimentos e<br />
habilidades afins; participar de atividades de pesquisa, produção e extensão concernentes à sua área de<br />
atuação.<br />
Curso de QUÍMICA - LICENCIATURA<br />
Profissionais licenciados em Química estarão habilitados para atuação nos anos finais do ensino<br />
fundamental e no ensino médio. O curso propiciará a aquisição de competências e habilidades<br />
relacionadas com o desempenho da prática pedagógica, preparando-os para o exercício crítico e<br />
competente da docência, mediante aplicação de conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais, em<br />
bases socialmente justas e ecologicamente compatíveis, de modo a contribuir para a melhoria da<br />
qualidade de vida.<br />
O licenciado em química estará apto a atuar, como professor da educação básica, no<br />
planejamento, organização e gestão de sistemas de ensino, nas esferas administrativas e pedagógicas.<br />
Poderá também atuar em instituições técnicas, científicas e financeiras que demandem a aplicação de<br />
conhecimentos e habilidades afins, bem como participar de atividades de pesquisa, produção e extensão<br />
concernentes à sua área de atuação.<br />
40
Curso de <strong>DE</strong>SIGN <strong>DE</strong> PRODUTO – BACHARELADO – (Escola de Design/CBH, curso fora de<br />
sede, Ubá)<br />
O Designer de Produto atua na criação de objetos tridimensionais, máquinas, equipamentos e<br />
ferramentas, considerando as necessidades de uso, produção e comercialização, podendo também exercer<br />
atividades no nível estratégico de qualquer organização para o desenvolvimento de novos produtos.<br />
12. A QUALIDA<strong>DE</strong> DO ENSINO <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO – <strong>DE</strong>SEMPENHO NA AVALIAÇÃO <strong>DE</strong><br />
CURSOS<br />
Os resultados dos cursos da UEMG nos processos avaliativos realizados pelo Conselho<br />
Estadual de Educação são apresentados na Tabela 12. Três cursos ainda não foram avaliados e outros<br />
sofrerão novas avaliações pelo CEE, proximamente. Entre os cursos avaliados, 11 obtiveram conceito A e<br />
14 o conceito B:<br />
Tab.12. Resultados obtidos pelos cursos da UEMG na última avaliação realizada pelo Conselho<br />
Estadual de Educação<br />
Unidade<br />
Curso<br />
Ano<br />
Nota/<br />
Conceito<br />
de avaliação CEE<br />
Escola de Design Artes Visuais/Licenciatura 2008 A<br />
Design de Ambientes/Bacharelado 2008 A<br />
Design Gráfico/Bacharelado 2008 A<br />
Design de Produto/Bacharelado 2008 A<br />
Design de Produto/Bacharelado<br />
(Curso fora de Sede em Ubá)<br />
2009 B<br />
Escola Guignard Artes Plásticas/Bacharelado 2008 A<br />
Educação Artística/Licenciatura 2008 A<br />
Escola de Música Música/Licenciatura<br />
Habilitação em Educação Musical Escolar<br />
2009 B<br />
Música/Bacharelado<br />
Habilitação em Canto/ Instrumento<br />
2009 B<br />
Música/Licenciatura<br />
Habilitação em Canto/ Instrumento<br />
2009 B<br />
Faculdade<br />
Pedagogia/Licenciatura 2008 A<br />
de Educação<br />
Pedagogia/Licenciatura<br />
(Curso fora de Sede em Poços de Caldas)<br />
2005 A<br />
Faculdade<br />
Curso Superior de Tecnologia<br />
2008 A<br />
de Políticas Públicas em Gestão Pública<br />
“Tancredo Neves” Curso Superior de Tecnologia<br />
Previsão de -<br />
em Gestão das Organizações do Terceiro Visita CEE/MG:<br />
Setor<br />
03/11/2010<br />
Curso Superior de Tecnologia<br />
Previsão de -<br />
em Gestão de Recurso Humanos<br />
Visita CEE/MG:<br />
abril de 2011<br />
Unidade Barbacena Pedagogia/Licenciatura 2009 B<br />
Unidade Frutal Administração/Bacharelado 2007 B<br />
Ciência e Tecnologia de 2008 B<br />
Laticínios/Bacharelado<br />
Previsão de -<br />
Comunicação Social/Bacharelado<br />
Visita CEE/MG:<br />
outubro de 2010<br />
Curso Superior de Tecnologia<br />
em Produção Sucroalcooleira<br />
2009 B<br />
41
Unidade<br />
João Monlevade<br />
Direito/Bacharelado 2008 B<br />
Geografia/Licenciatura 2009 B<br />
Sistemas de Informação/Bacharelado 2007 A<br />
Engenharia Ambiental/Bacharelado 2010 B<br />
Engenharia de Minas/Bacharelado 2010 B<br />
Engenharia Metalúrgica/Bacharelado 2008 A<br />
Unidade Ubá Ciências Biológicas/Licenciatura 2007 B<br />
Química/Licenciatura 2007 B<br />
Resultados obtidos na Avaliação Nacional de Avaliação de Cursos<br />
A partir de 2008, cursos da UEMG passaram a ser avaliados também através do ENA<strong>DE</strong>. Alguns<br />
cursos da UEMG já foram submetidos a essa avaliação, mas poucos dispõem do resultado do processo.<br />
Os conceitos obtidos no ENA<strong>DE</strong> são apresentados na Tabela 13. Diversos cursos foram avaliados em<br />
2009, mas os resultados ainda não estão disponíveis. A previsão inicial de divulgação oficial dos<br />
resultados era de seis meses mas, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais<br />
Anísio Teixeira/ INEP, não há estimativa de data para a divulgação oficial dos mesmos.<br />
Tab. 13. Resultados obtidos pelos cursos da UEMG no ENA<strong>DE</strong><br />
Unidade<br />
Escola de Música<br />
Faculdade<br />
de Educação<br />
Frutal<br />
Curso<br />
Ano da<br />
avaliação Nota no ENA<strong>DE</strong><br />
Música 2006 4<br />
Música/Licenciatura Habilitação em 2009 A nota não está<br />
Instrumento/Canto<br />
disponível no site<br />
do INEP<br />
Música/Licenciatura Habilitação em 2009 A nota não está<br />
Educação Musical Escolar<br />
disponível no site<br />
do INEP<br />
Música/Bacharelado Habilitação em 2009 A nota não está<br />
Instrumento/Canto<br />
disponível no site<br />
do INEP<br />
Pedagogia/CBH 2008 5<br />
Pedagogia _ curso fora de sede em<br />
Poços de Caldas<br />
2008 5<br />
Administração/Bacharelado 2009 A nota não está<br />
disponível no site<br />
do INEP<br />
Comunicação Social/Bacharelado 2009 A nota não está<br />
disponível no site<br />
do INEP<br />
Direito/Bacharelado 2009 A nota não está<br />
disponível no site<br />
do INEP<br />
Sistemas de Informação/Bacharelado 2008 3<br />
Como forma de identificar problemas e fomentar a melhoria da qualidade do ensino de<br />
graduação, além dos processos de avaliação externa, da maior importância, a Universidade vem<br />
realizando o projeto de Avaliação Institucional (item 9 deste documento).<br />
Os problemas apontados durante as diversas avaliações têm sido sanados pela Instituição, na<br />
medida de suas possibilidades. A recente aquisição de material bibliográfico, por exemplo, além de<br />
atender a uma necessidade detectada pela própria Instituição, corrige um problema apontado pelos<br />
avaliadores do CEE, em alguns cursos. A solução do sério problema relativo ao espaço físico da Escola<br />
de Música, apontado pelos avaliadores do CEE, será resolvido através da construção do novo prédio, no<br />
Campus UEMG. O projeto do novo prédio já foi elaborado e foi assinado convênio com a FAPEMIG, que<br />
42
arcará com os custos da construção. Conforme o acordo assinado, a obra deverá estar concluída em dois<br />
anos.<br />
É meta da UEMG, para o período 2010-2014, melhorar o resultado obtido pelo conjunto de seus<br />
cursos nas avaliações estadual e nacional.<br />
13. POLÍTICA INSTITUCIONAL VISANDO A PRÁTICA PROFISSIONAL DOS ALUNOS<br />
13.1. Política de Estágios<br />
A preocupação da Instituição com a preparação do aluno para o mercado de trabalho em que<br />
atuará se expressa, de forma mais sistematizada, por estágios nos cursos oferecidos. A realização do<br />
estágio supervisionado é requisito curricular obrigatório, previsto no projeto pedagógico de todos os<br />
cursos de graduação, para obtenção do grau acadêmico. As atividades devem ser acompanhadas por<br />
pessoas designadas pela instituição onde se realiza o estágio, e por professores da Instituição.<br />
A UEMG concebe o estágio supervisionado como um importante procedimento didáticopedagógico,<br />
interdisciplinar e avaliativo, que visa a oferecer aos alunos oportunidades de conhecer seu<br />
campo de atuação profissional e os desafios colocados pelo mercado de trabalho. A teoria e a prática,<br />
vivenciada em situações problema relativas à profissão escolhida, além de propiciar treinamento,<br />
estimulam o pensar, contribuindo para a formação de um profissional mais próximo dos desafios reais da<br />
área escolhida, e mais apto a enfrentá-los. Além disso, como o estágio é supervisionado por professores,<br />
constitui-se em ferramenta para que a própria Instituição perceba aspectos em que a formação concedida<br />
aos alunos precisa ser aprimorada e os incorpore às disciplinas.<br />
Considerando a diversidade de cursos oferecidos, os objetivos do estágio na UEMG podem ser<br />
assim resumidos:<br />
- Propiciar ao aluno-estagiário vivência da realidade profissional e familiarização com o futuro<br />
ambiente de trabalho;<br />
- Propiciar ao aluno oportunidades para utilizar os conhecimentos teóricos e instrumentos<br />
desenvolvidos em sala de aula, através de experiências concretas, da observação, reflexão e<br />
formação de conceitos, levantando problemas e propondo soluções, elaborando sistemas,<br />
planos e programas nos múltiplos ambientes.<br />
- Proporcionar ao discente oportunidades de aprender novas tecnologias, e desenvolver<br />
habilidades, analisar situações, organização do trabalho, e propor alternativas, para<br />
solucionar problemas detectados em situaçãoes práticas;<br />
- Incentivar o desenvolvimento das potencialidades individuais, propiciando a formação de<br />
profissionais empreendedores, capazes de adotar modelos de gestão, métodos e processos<br />
inovadores, novas tecnologias e metedologias alternativas.<br />
- Estabelecer integração efetiva entre a Universidade e o local onde o estágio se desenvolveu,<br />
contribuindo para a atualização e o aprimoramento constante do currículo escolar.<br />
O estágio ocorre, na mair parte dos cursos, a partir do 5° período. A duração total varia entre 100<br />
e 400 horas, podendo ocupar de um a sete períodos. A Tabela 14 apresenta a sintese de informaçãoes<br />
sobre o estágio nos diferentes cursos da UEMG.<br />
43
Tab. 14. Carga horária, períodos de realização e carga horária total do Estágio, por curso.<br />
.CURSO ESTÁGIO<br />
<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO DURAÇÃO<br />
PERÍODOS <strong>DE</strong><br />
REALIZAÇÃO<br />
CARGA<br />
HORÁRIA<br />
TOTAL<br />
Artes Visuais/Licenciatura 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />
Administração/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 370 horas<br />
Artes Plásticas/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />
Ciência e Tecnologia de Laticínios/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 300 horas<br />
Ciências Biológicas/Licenciatura 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />
Comunicação Social/Bacharelado 4 anos 6º, 7º e 8º 340 horas<br />
Curso Superior de Tecnologia em Gestão das<br />
Organizações do Terceiro Setor<br />
Curso Superior de Tecnologia em Gestão de<br />
Recursos Humanos<br />
2 anos 3º e 4º 100 horas<br />
2 anos 3º e 4º 100 horas<br />
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública 2 anos 2º, 3º e 4º 200 horas<br />
Curso Superior de Tecnologia em Produção<br />
Sucroalcooleira<br />
3 anos 4º e 6º 200 horas<br />
Design de Ambientes/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 240 horas<br />
Design de Produto/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 240 horas<br />
Design de Produto/Bacharelado - curso fora de<br />
sede do Campus BH<br />
4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 240 horas<br />
Design Gráfico/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 240 horas<br />
Direito/Bacharelado 5 anos 7º, 8º, 9º e 10º 400 horas<br />
Educação Artística/Licenciatura<br />
Habilitação em Artes Plásticas<br />
4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />
Engenharia Ambiental/Bacharelado 5 anos 9º e 10º 200 horas<br />
Engenharia de Minas/Bacharelado 5 anos 9º e 10º 200 horas<br />
Engenharia Metalúrgica/Bacharelado 5 anos 9º e 10º 200 horas<br />
Geografia/Licenciatura 3 anos 4º, 5º e 6º 400 horas<br />
Música/Bacharelado Habilitação<br />
em Canto ou Instrumento<br />
Música/Licenciatura Habilitação<br />
em Canto ou Instrumento<br />
Música/Licenciatura Habilitação<br />
em Educ. Musical Escolar<br />
4 anos 8º 100 horas<br />
4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />
4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />
Pedagogia/Licenciatura FaE/CBH 4 anos 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º 304 horas<br />
Pedagogia/Licenciatura FaE/CBH<br />
Poços de Caldas (fora de sede)<br />
4 anos 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º 304 horas<br />
Pedagogia/Licenciatura Barbacena 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 300 horas<br />
Química/Licenciatura 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />
Sistemas de Informação/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º<br />
300 horas<br />
Fonte: Coordenadoria de Graduação, 2010<br />
44
A vinculação entre o fazer e o aprender é evidente, não apenas nos estágios e aulas práticas<br />
previstas ao longo do currículo dos cursos da UEMG. O envolvimento de alunos nos projetos de<br />
graduação, pesquisa e extensão desenvolvidos revela uma crescente atuação da Universidade na formação<br />
de bons profissionais e de cidadãos conscientes de seu comprometimento com a sociedade.<br />
13.2. Oportunidades de iniciação científica para os alunos dos cursos de graduação<br />
Também como parte da melhoria da qualidade da formação propiciada aos alunos, a UEMG tem<br />
ampliado o acesso dos mesmos às bolsas de iniciação científica e de extensão. No início da vigência do<br />
PDI anterior, apenas 45 alunos da UEMG tinham bolsas de iniciação científica. Em 2010, 156 alunos<br />
foram contemplados com esta modalidade de bolsa.<br />
A Tabela 15 mostra o número de bolsas de iniciação científica na UEMG, nos últimos três anos<br />
Tab. 15. Distribuição das Bolsas de Iniciação Científica - IC na UEMG, por Unidade, no período 2008-<br />
2010<br />
UNIDA<strong>DE</strong><br />
ANO<br />
2008 2009 2010<br />
Escola de Design 18 40 31<br />
Escola de Música 4 4 4<br />
Escola Guignard 12 15 13<br />
Faculdade de Educação 19 25 23<br />
Faculdade de Engenharia de João Monlevade 5 15 23<br />
Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves 1 2 1<br />
Instituto Superior de Educação Dona Itália Franco 22 22 28<br />
Unidade de Frutal 20 17 20<br />
Unidade de Ubá 4 12 13<br />
TOTAL 105 152 156<br />
Embora o número de bolsistas tenha crescido 50% entre 2008 e 2010, o número de bolsistas ainda<br />
é pequeno, se considerarmos o tamanho do alunado e a capacidade de orientação dos docentes. A meta da<br />
UEMG para a vigência deste PDI é, à medida que cresce o número de doutores da Instituição, ampliar o<br />
número de projetos apresentados e<br />
- Aumentar o número de alunos bolsistas de iniciação científica, em todas as Unidades.<br />
14. MELHORIA DA QUALIDA<strong>DE</strong> DOS CURSOS <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
Além de aumentar a oferta de cursos e vagas, a UEMG tem se preocupado em melhorar as<br />
condições de oferta dos cursos e a qualidade dos mesmos.<br />
Uma das principais medidas no sentido de incrementar a qualidade do ensino de graduação tem<br />
sido a melhoria da qualificação do corpo docente, essencial para todo o projeto de melhoria da<br />
qualidade das atividades finalísticas da Instituição. Registra-se nesse sentido, como fatos importantes, na<br />
vigência do último PDI, a elaboração do pano de Qualificação dos Professores e a publicação, em 2008,<br />
do primeiro edital para realização de concurso e admissão de docentes como exigido pelo formato em que<br />
a UEMG está hoje organizada. Durante o ano de 2009, foram realizados 30 concursos para seleção de<br />
docentes doutores. Nove outros foram realizados em 2010. Além disso, a seleção de professores<br />
temporários mediante edital coletivo, a partir de 2009, em que a prioridade de contratação de mestres e<br />
doutores é explicitada, também tem aumentado a qualificação do corpo docente e refletir-se-á na<br />
qualidade dos cursos.<br />
45
14.1. Projetos de atualização e inovação curricular<br />
Como resultado dos processos avaliativos internos e externos, e por força de modificações nas<br />
diretrizes curriculares, na vigência do último PDI, diversos cursos sofreram ajustes ou modificações<br />
curriculares. Foram implantadas alterações nos currículos dos cursos da Escola de Design, houve<br />
alterações curriculares no curso de Pedagogia, em Barbacena, nos cursos do Campus Frutal (à exceção do<br />
curso de Administração), em cursos da FaPP e outros.<br />
Como a maior parte dos cursos da UEMG tem currículos elaborados ou modificados nos últimos<br />
cinco anos, os projetos de melhoria dos cursos apresentados pelas Unidades, detalhados no Projeto de<br />
Recredenciamento da UEMG ao qual esse PDI está apenso, enfatizam, especialmente, a melhoria de<br />
infra-estrutura e não as reformas curriculares. A despeito disso, as metas para o atual PDI, com relação à<br />
atualização curricular incluem:<br />
- Alterar os currículos dos cursos de Engenharia Metalúrgica (João Monlevade) e Administração (Frutal),<br />
cujas propostas já estão sendo avaliadas;<br />
- Promover os ajustes curriculares nos cursos de Licenciatura, para inclusão da disciplina LIBRAS;<br />
- Promover a revisão dos currículos dos cursos da Escola Guignard;<br />
- Implantar a matrícula por disciplina<br />
14.2. Políticas de Atendimento aos Discentes<br />
A política de atendimento aos discentes constitui parte das ações da Universidade para a melhoria<br />
dos cursos e do desempenho dos estudantes. Essa política vem se institucionalizando, com maior vigor, a<br />
partir do ano de 2005, com ações próprias e através de parcerias com outros órgãos, que as Pró-reitorias<br />
têm buscado para a complementação de suas ações.<br />
Como parte dos programas de atendimento ao aluno, destaca-se o Programa de Monitoria<br />
Voluntária, aprovado nos Conselhos Superiores e implantado, de maneira experimental, na Escola de<br />
Design, a partir de 2009. Também nessa Unidade já vem funcionando um núcleo interno de atendimento<br />
ao estudante. A Faculdade de Educação mantém um programa de apoio pedagógico aos estudantes.<br />
O apoio psicológico ao estudante e a orientação profissional são parte dessa política. Em 2010, o<br />
Centro de Psicologia Aplicada da UEMG – CENPA – propôs ao Conselho Universitário a criação de um<br />
Núcleo de Apoio ao Estudante-NAE. Aprovado em 24/06/2010, pelo CONUN, o NAE começou a<br />
funcionar a partir do segundo semestre de 2010, atendendo inicialmente ao Campus de Belo Horizonte.<br />
Em relação ao incentivo à participação de alunos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, a<br />
UEMG implantou, a partir de 2006, o PROUEMG. Esse programa, promovido pelo Governo do Estado,<br />
fornece bolsas de pesquisa e de extensão para alunos de todos os campi da UEMG. Além disso, fornece<br />
material de consumo básico para os projetos desenvolvidos e algumas bolsas de incentivo à orientação,<br />
para professores. Adicionalmente, o programa concede bolsas aos alunos carentes das Fundações<br />
Associadas à Universidade. As condições de acesso a todas as bolsas são divulgadas por meio de edital<br />
público.<br />
Também como incentivo à participação dos estudantes em atividades de pesquisa, para melhorar<br />
a sua formação acadêmica, a Universidade estabeleceu parceria com a FAPEMIG, desde 2003, recebendo<br />
cotas de bolsas de iniciação científica do órgão de fomento. O mesmo foi conseguido com o CNPq, a<br />
partir de 2004.<br />
Visando ampliar o atendimento ao estudante e possibilitar maior inclusão social, no período<br />
2004/2005 a UEMG realizou uma parceria com o Ministério da Saúde para o financiamento de bolsas de<br />
pesquisa e extensão para os alunos que ingressaram na Universidade, mediante políticas de cotas, dentro<br />
da categoria afro-descendentes. O programa se chamou „Brasil Afro-atitude‟ e teve uma nova versão<br />
implantada de 2006 a 2009, desta feita com financiamento da UNESCO. Uma nova parceria foi firmada a<br />
partir de 2010 com o CNPq, que financia uma cota de bolsas de iniciação científica para essa mesma<br />
categoria de discentes.<br />
Anualmente, uma publicação intitulada “Construção de Identidade e Inclusão social do afrobrasileiro”,<br />
iniciada em 2005, divulga todas as pesquisas realizadas na Universidade sobre a temática do<br />
afro-descendente, tanto por discentes como por servidores ou docentes. Essa publicação, em 2010, chegou<br />
à sua sétima edição.<br />
46
Outra atividade que faz parte do calendário da UEMG e merece ser destacada são os Jogos<br />
Universitários da UEMG – JUEMG –, que têm periodicidade anual e que, em 2010, realizados na cidade<br />
de João Monlevade, alcançaram sua décima terceira edição. Constituem uma maneira eficiente de<br />
proporcionar aos estudantes de todos os campi da UEMG, bem como aos das Fundações Associadas, da<br />
UNIMONTES e da Fundação João Pinheiro, um momento de disputa desportiva, interação,<br />
congraçamento e de debates.<br />
A troca de experiências e a interação entre os estudantes dos diferentes campi da UEMG também<br />
ocorre durante os seminários anuais de pesquisa e extensão.<br />
Constituem metas para ampliação do atendimento aos estudantes:<br />
- Implantar definitivamente o Núcleo de Apoio ao Estudante – NAE, no Campus Belo Horizonte;<br />
- Implantar a monitoria voluntária em todas as Unidades do Campus Belo Horizonte e também nos<br />
outros campi UEMG;<br />
- Direcionar esforços para a busca de maior número de parcerias com órgãos públicos e privados no<br />
sentido de ampliar o número de bolsas e abrir novas oportunidades para um melhor atendimento<br />
aos nossos discentes.<br />
14.3. Intercâmbio com Outras Instituições Acadêmicas<br />
Outra forma de melhoria do ensino de graduação utilizada, com repercussão nos demais níveis, é<br />
o intercâmbio com outras universidades.<br />
Como exemplos dessa interação, temos as parcerias estabelecidas para acelerar a qualificação<br />
docente, como o Minter realizado na Faculdade de Educação, em parceria com a UERJ, na vigência do<br />
último PDI e o apoio de outras universidades mineiras participantes do PMCD, que têm recebido<br />
professores da UEMG para realização de mestrado e doutorado. A melhoria da titulação de nossos<br />
professores alcançada através dessas parcerias se reflete na qualidade do ensino que oferecemos.<br />
Cabe também destacar os acordos firmados com universidades italianas:<br />
-com o Politecnico di Torino – POLITO –, da Itália, que viabiliza aos respectivos estudantes uma<br />
formação internacional, bilingue e bicultural na UEMG e no POLITO, obtendo o diploma de Bacharel em<br />
Design de Produto e Laurea Magistrale in Ecodesign (Desing del Prodotto Ecocompatibile). Como parte<br />
da viabilização dessa parceria, já está sendo realizado um projeto conjunto: „Projeto Estrada Real‟, com<br />
dez alunos selecionados em cada instituição. O trabalho é realizado através de um convênio entre a<br />
UEMG, O POLITO, a FAPEMIG e o Centro Minas Design. Outro convênio com o POLITO assegura a<br />
reserva de vagas para que, a cada ano, no período 2009-2013, três novos docentes da UEMG possam<br />
ingressar no POLITO e obter o título de doutor em pesquisa (Ph.D);<br />
-entre a Università degli Studi Del Piemonte Orientale Amedeo Avogrado- Facoltà di<br />
Giurisprudenza e a Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves nas áreas de Informática Jurídica,<br />
Direito Internacional e da União Européia, Direito das Administrações locais (região, Estado,<br />
municípios). Esse convênio prevê a participação de professores e estudantes em cursos de mestrado e<br />
doutorado.<br />
Os capítulos deste documento e do Projeto de Recredenciamento que tratam da pós-graduação e<br />
extensão mencionam diversas outras parcerias.<br />
15. <strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> EXPANSÃO DO ENSINO <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />
A expansão do ensino de graduação na UEMG tem ocorrido, basicamente, através da criação de<br />
novas unidades e cursos no interior do Estado, atendendo às finalidades ditadas na legislação que a criou<br />
e às demandas da comunidade.<br />
O projeto da UEMG nesse campo tem contado com a participação do Governo Estadual e<br />
das Prefeituras, construção e/ou manutenção das Unidades da UEMG em Barbacena, Belo Horizonte,<br />
Frutal, João Monlevade e Ubá.<br />
Aumento no número de vagas oferecidas no Vestibular:<br />
Durante a vigência do último PDI, a oferta de vagas no vestibular cresceu de 990, em 2003, para 1.890,<br />
em 2010. Nos últimos dez anos, a UEMG mais que duplicou as vagas de Vestibular:<br />
47
Tab.16 Crescimento na oferta de vagas por vestibular na UEMG<br />
ANO<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Vagas<br />
oferecidas 790 990 990 1150 1150 1460 1600 1750 1880 1890<br />
Fonte: Editais de processos seletivos<br />
Entretanto, vale destacar que esse ritmo se baseia em períodos de forte expansão, que dificilmente<br />
se repetirão na história da Instituição. Para 2011, às vagas oferecidas no Processo Seletivo Unificado<br />
foram acrescidas aquelas correspondentes aos novos cursos de Engenharia Civil, em João Monlevade, e<br />
de Pedagogia, em Leopoldina.<br />
Como resultado da expansão das vagas de ingresso no vestibular, concluída a instalação dos<br />
períodos ainda não oferecidos desses cursos, a UEMG terá, como dito anteriormente, mais de 7.500<br />
alunos, e mais de metade deles no interior.<br />
Para que esse crescimento se faça acompanhar da necessária qualidade, a UEMG precisa priorizar<br />
a consolidação dos cursos recém criados. É necessário que esse contingente de alunos tenha acesso não<br />
apenas ao ensino superior, mas a cursos de boa qualidade. Uma vez que vários deles foram criados muito<br />
recentemente, há carências a serem supridas, especialmente no que diz respeito à infra-estrutura física e à<br />
necessidade de formação de corpo docente e técnico-administrativo permanentes, aspectos esses que<br />
serão detalhados em outro capítulo deste documento.<br />
-A principal meta da Universidade com relação ao ensino de graduação, apresentada neste PDI, é a<br />
consolidação dos cursos já criados, através da melhoria das condições de infra-estrutura - especialmente<br />
instalações, bibliotecas, laboratórios e equipamentos - e de recursos humanos.<br />
-Em função das medidas que já vem adotando para o cumprimento dessa meta, a Universidade visa<br />
- Garantir o reconhecimento de todos os cursos de graduação;<br />
- Ter todos os coordenadores de curso atuando em regime de 40h, e titulados, pelo menos, com o<br />
mestrado.<br />
Criação de novos cursos<br />
A despeito de estabelecer como prioridade, até 2014, a melhoria das condições de oferta dos<br />
cursos existentes, a UEMG não vedará a possibilidade de expansão de vagas através da criação de cursos<br />
novos. Quanto a esse aspecto, como ocorreu até o momento, a consolidação e expansão da UEMG devem<br />
continuar sendo ditadas por diretrizes de comprometimento regional.<br />
A criação de novos cursos pela Universidade, na vigência do último PDI, levou em conta, em<br />
diferentes momentos, aspectos como:<br />
- existência de demanda pela comunidade local;<br />
- ser município pólo de região densamente povoada não atendida por ensino público superior, observada a<br />
vocação regional;<br />
- possibilidade de melhor utilização de recursos humanos e/ou materiais disponíveis;<br />
- oferta de cursos que respondam às necessidades da administração pública e às expectativas das<br />
diferentes regiões do Estado.<br />
- participação dos municípios na oferta das condições necessárias (espaço físico e instalações) e na<br />
responsabilidade financeira pelo atendimento das despesas correntes e de capital;<br />
- vontade política de criação dos cursos pelo Estado, essencial para o aporte de recursos necessários para<br />
a instalação e manutenção dos mesmos.<br />
Visando a atender demanda regional e otimizar os recursos utilizados para a oferta dos cursos já<br />
oferecidos em João Monlevade, o Conselho Universitário aprovou, em julho de 2010, a criação de um<br />
curso de Engenharia Civil.<br />
Na mesma reunião do CONUN, foi aprovada a criação de curso superior de Pedagogia, em<br />
Leopoldina. O Conselho Estadual de Educação já aprovou desses dois cursos, que terão início em 2011,<br />
com processo seletivo ainda em 2010.<br />
48
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, há possibilidade de oferta de cursos de graduação<br />
nas áreas de interesse da administração pública, de licenciatura, conforme pretendido pela FAE, e em<br />
Artes, valendo-se de recursos e potencial já existentes e outros com vistas à ampliação dos benefícios para<br />
a população, nas áreas em que o Estado mostra carências.<br />
Para os próximos cinco anos, a meta para expansão de cursos, já aprovada, é:<br />
- Instalar o Curso de Engenharia Civil na FaEnge, em João Monlevade, e o de Pedagogia, em<br />
Leopoldina.<br />
Quanto a outros cursos novos, no entanto, a Instituição, nesse momento, identifica a necessidade<br />
de elaborar um Plano de Expansão que explicite claramente a política de criação de cursos, estabeleça o<br />
formato que a Universidade pretende alcançar à medida que cria esses cursos, as prioridades e condições<br />
mínimas para sua criação. A primeira meta, com relação à criação de outros cursos, para os próximos<br />
cinco anos é<br />
- Elaborar o Plano de Expansão dos Cursos de Graduação da UEMG;<br />
- Dar início à execução do mesmo, desde que asseguradas condições adequadas de funcionamento dos<br />
mesmos.<br />
16. PROGRAMAS <strong>DE</strong> PÓS-GRADUAÇÃO<br />
No último PDI, as metas da UEMG incluíam a oferta de novos cursos de pós-graduação stricto<br />
sensu. Demandas da própria comunidade universitária e da sociedade remeteram a Universidade à<br />
aplicação e aprofundamento de novos estudos e pesquisas em áreas para as quais ela identificou<br />
possibilidades de avanço. Essa constatação levou à criação de linhas e grupos de pesquisa e de extensão e<br />
de programas de pós-graduação lato e stricto sensu.<br />
A UEMG oferece educação continuada por meio de cursos de atualização e lato sensu em<br />
diversas áreas do conhecimento. Oferece também, em parceria com outras instituições, na RE<strong>DE</strong>MAT,<br />
mestrado e doutorado em Engenharia de Materiais. Além disso, a partir de 2009, oferece dois cursos de<br />
Pós-graduação stricto sensu, em nível de mestrado, um em Educação, na FAE, e outro em Design, na<br />
Escola de Design, ambos no Campus BH. A criação desses dois cursos, e a de um mestrado em Ciências<br />
Ambientais, que também foi oferecido pela UEMG, eram as metas para a pós-graduação no último PDI.<br />
16.1. Pós-Graduação Lato Sensu<br />
A UEMG oferece diversos cursos de pós-graduação lato sensu que atendem a alunos em<br />
diferentes Unidades, viabilizados mediante convênio com a Fundação Renato Azeredo – FRA. Os cursos<br />
oferecidos abrangem as áreas de Design de Modas; Design de Jóias; Gestão de Design em Micro e<br />
Pequenas Empresas; Práticas Interpretativas: Música Brasileira; Princípios e Recursos Pedagógicos em<br />
Música; Artes Plásticas e Contemporaneidade; Ensino e Pesquisa no Campo da Arte e da Cultura; Meio<br />
Ambiente: Gestão, Saúde e Biotecnologia; Psicopedagogia Clínica e Institucional; Arte-Educação;<br />
Práticas Educativas, Inclusão para a Diversidade; Educação Ambiental; Educação, Comunicação e<br />
Tecnologia; Educação Infantil; Análise Bioenergética: Abordagem Corporal na Saúde, Educação e<br />
Recursos Humanos; Educação em Matemática; Educação de Jovens e Adultos: Múltiplas Perspectivas;<br />
Gestão Pública para Resultados.<br />
Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos pela Universidade do Estado de Minas Gerais –<br />
UEMG – são organizados de acordo com as determinações contidas na Resolução nº 453/05, do Conselho<br />
Estadual de Educação de Minas Gerais – CEE/MG – e nas Normas de Pós-graduação da UEMG. São<br />
ministrados com uma carga horária mínima de 360 horas (correspondentes a 432 horas-aula de 50<br />
minutos), em um período máximo de dois anos, depois de aprovados pelos órgãos competentes da<br />
UEMG.<br />
49
A Tabela 17 mostra os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos pela UEMG, de 2008 a<br />
2010.<br />
Tab.17. Cursos de Pós-graduação lato sensu oferecidos pela UEMG, de 2008 a 2010.<br />
ANO<br />
2008<br />
2009<br />
Unidade<br />
(Nome)<br />
<strong>DE</strong>SIGN<br />
Cursos Oferecidos<br />
(Nome)<br />
Número<br />
de<br />
vagas<br />
Número de<br />
alunos<br />
Matriculados<br />
Relação<br />
Candidato/ Vaga<br />
Design de Moveis 45 43 1<br />
Design de Gemas e Jóias 40 25 0,5<br />
Design nas Micro e Pequenas<br />
ESMU<br />
Empresas<br />
Princípios e Recursos Pedagógicos<br />
em Música (Curso fora de sede, em<br />
Visconde do Rio Branco - MG)<br />
FAE Especialização em Análise<br />
Bioenergética turma I<br />
Especialização Em Assistência a<br />
Usuários de Álcool e Outras Drogas<br />
(Turma II)<br />
Especialização em Práticas<br />
Educativas: Ênfase em Gênero e<br />
Sexualidade (Turma III)*<br />
Especialização em Práticas<br />
Educativas: Ênfase em Inclusão de<br />
Pessoas com Deficiência (Turma I, II<br />
E IV)*<br />
GUIGNARD<br />
40 40 1,3<br />
25 21 0,8<br />
40 33 0,8<br />
40 37 0,9<br />
40 39 1<br />
120 116 1<br />
Artes Plásticas e Contemporaneidade 35 24 1,5<br />
Ensino e Pesquisa no Campo da Arte<br />
e da Cultura_EPCAC<br />
44 44 1<br />
Total/Ano Total: 10 469 422 _<br />
Design de Moveis* 45 43 1<br />
<strong>DE</strong>SIGN*<br />
Design de Gemas E Jóias 40 25 0,5<br />
Design nas Micro e Pequenas<br />
ESMU<br />
Empresas*<br />
Princípios e Recursos Pedagógicos<br />
em Música<br />
FAE Especialização em Análise<br />
Bioenergética turma I<br />
Especialização Em Assistência a<br />
Usuários de Álcool e Outras Drogas<br />
(Turma II)<br />
Psicopedagogia Clínica e<br />
Institucional (Turma XX)<br />
Psicopedagogia Clínica e<br />
Institucional (turma XXI)<br />
Psicopedagogia Clínica e<br />
Institucional (turma XXII)<br />
Psicopedagogia Clínica e<br />
Institucional (turma XXIII)<br />
FAPP Gestão Pública para Resultados<br />
(Turma I)<br />
GUIGNARD<br />
40 40 1,3<br />
15 8 2<br />
40 33 0,8<br />
40 37 0,9<br />
40 40 2<br />
40 40 2<br />
40 40 2<br />
40 40 1<br />
35 18 0,5<br />
Artes Plásticas e Contemporaneidade 35 24 1,5<br />
Ensino e Pesquisa no Campo da Arte<br />
e da Cultura<br />
Ensino e Pesquisa no Campo da Arte<br />
e da Cultura Turma V -fora de sede-<br />
Bom Despacho<br />
40 24 1,6<br />
40 34 0,8<br />
Total/Ano Total: 14 530 446<br />
__<br />
50
2010<br />
Design de Moveis 40 24 1<br />
Design de Gemas e Jóias 30 19 0,8<br />
<strong>DE</strong>SIGN<br />
ESMU<br />
Design nas Micro e Pequenas<br />
Empresas<br />
Princípios e Recursos Pedagógicos<br />
em Música-BH*<br />
Música Brasileira: Práticas<br />
FAE<br />
Interpretativas<br />
Psicopedagogia Clínica e<br />
Institucional (Turma XX) *<br />
Psicopedagogia Clínica e<br />
Institucional (turma XXI) *<br />
Psicopedagogia Clínica e<br />
Institucional (turma XXII) *<br />
Psicopedagogia Clínica e<br />
Institucional (turma XXIII)*<br />
FAPP Gestão Pública para Resultados<br />
(Turma II)<br />
GUIGNARD<br />
40 23 0,6<br />
15 8 2<br />
20 15 1,3<br />
40 40 2<br />
40 40 2<br />
40 40 2<br />
40 40 1<br />
40 34 0,9<br />
Artes Plásticas e Contemporaneidade 35 24 1,5<br />
Ensino e Pesquisa no Campo da Arte<br />
e da Cultura 40<br />
Ensino e Pesquisa no Campo da Arte<br />
e da Cultura TurmaV-fora de sede-<br />
Bom Despacho<br />
24 1,7<br />
40 34 0,8<br />
Total/Ano Total: 13 460 365<br />
__<br />
*Obs. Não houve ingresso de novos alunos no ano; a turma anterior deu continuidade ao curso.<br />
Como o levantamento foi realizado em Agosto, ainda há possibilidade de oferta, até dezembro, de novos cursos.<br />
Como o levantamento foi realizado em Agosto, ainda há possibilidade de oferta, até dezembro, de<br />
novos cursos.<br />
Informações detalhadas quanto aos cursos de pós-graduação lato sensu acham-se no „Projeto de<br />
Recredenciamento da UEMG‟. A oferta de cursos de pós-graduação lato sensu pode ser ampliada como<br />
forma de aumentar os serviços à comunidade, especialmente nas Unidades situadas no interior, que, por<br />
serem mais recentes, ainda não têm uma oferta significativa de cursos dessa natureza.<br />
Estão em fase de aprovação nos Colegiados Superiores da UEMG dois novos cursos lato sensu<br />
para a Unidade de Frutal (Direito e Gestão Ambiental, Gestão de Negócios e Tecnologia da Informação) e<br />
um para a Faculdade de Engenharia de João Monlevade, em Tecnologias Ambientais Aplicadas à<br />
Mineração. Foi aprovado recentemente um curso de especialização em Direito Municipal, a ser oferecido<br />
pela FAPP. Todos esses cursos serão implementados na vigência deste PDI.<br />
Além disso, deve-se buscar ampliar a clientela dos cursos já existentes. Com esse objetivo,<br />
estratégias como a maior divulgação dos mesmos e a inclusão dos cursos lato sensu da área de Gestão no<br />
Plano de Treinamento de Pessoal do Estado serão adotadas.<br />
Com relação aos cursos de pós-graduação lato sensu, a meta é fortalecer os cursos já implantados,<br />
ampliar a oferta em novas áreas de conhecimento, garantindo sua existência em todas as unidades<br />
universitárias.<br />
16.2. Pós-Graduação Stricto Sensu – Cursos em Funcionamento e Planejados<br />
MESTRADOS OFERECIDOS EXCLUSIVAMENTE PELA UEMG:<br />
Os esforços de qualificação do corpo docente da UEMG e a recente captação de novos doutores,<br />
mediante concurso, além de atenderem à melhoria do ensino de graduação, têm visado à criação de cursos<br />
de pós-graduação stricto sensu.<br />
Mestrado em Educação<br />
A partir de 2009, a FaE – Faculdade de Educação/UEMG – oferece Programa de Mestrado em<br />
Educação, Área de Concentração-Educação e Formação Humana. O curso foi homologado pelo CNE<br />
(Portaria MEC 590, DOU 19/06/2009 - Parecer CES/CNE 122/2009 , 18/06/2009), com dez vagas anuais.<br />
51
Este programa foi recomendado inicialmente pela CAPES com conceito 3. Já ingressaram duas turmas. A<br />
primeira seleção de candidatos, para 2009, contou com a concorrência de 144 candidatos para 10 vagas. A<br />
segunda, para 2010, teve 127 candidatos para 10 vagas. Edital para ingresso da terceira turma já foi<br />
publicado.<br />
A Faculdade de Educação, na qual se insere o Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE),<br />
vem intensificando a integração do mestrado com a graduação e contribuindo diretamente para o<br />
fortalecimento do curso de graduação em Pedagogia, ensejando a participação dos docentes em esforços<br />
relacionados ao ensino, à pesquisa e à extensão. Os docentes do PPGE ministram aulas regulares na<br />
graduação, orientam monografias de final de curso no curso de Pedagogia, fazem parte das atividades de<br />
aulas de integração pedagógica. Em conjunto com os demais professores e orientadores, constituem uma<br />
equipe de trabalho cujo objetivo é o desenvolvimento de atividades formativas nas quais se integram os<br />
alunos do curso de graduação em Pedagogia e do de pós-graduação.<br />
A criação desse programa de mestrado vem permitindo também a rápida ampliação das parcerias<br />
da UEMG com outros programas de pós-graduação em educação no Brasil e no exterior. Como exemplos,<br />
podem ser citadas as parcerias estabelecidas com a UERJ, com a USP, com a Universidade do Minho, em<br />
Portugal e com a Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, para pesquisas conjuntas e<br />
atividades integradas.<br />
A estrutura do programa, as linhas de pesquisa, as produções de seus docentes, as atividades<br />
realizadas pelo programa e outras informações relativas ao mesmo são detalhadas no Projeto de<br />
Recredenciamento da UEMG.<br />
Mestrado em Design<br />
Também em 2009, no segundo semestre, foi iniciado o Programa de Mestrado em Design,<br />
homologado pelo CNE (Portaria MEC 590, DOU 19/06/2009 - Parecer CES/CNE 122/2009 , 18/06/2009.<br />
Recomendado pela CAPES, com conceito 3, com oito vagas anuais.<br />
A área de concentração do curso é Design, Inovação e Sustentabilidade. Há duas linhas de<br />
pesquisa: Design, Cultura e Sociedade e Design, Materiais, Tecnologia e Processos, cuja proposta é<br />
viabilizar a coerência, a consistência e a abrangência da sua área de concentração.<br />
Como este é o único curso de mestrado em design em Minas Gerais, registra-se uma grande<br />
demanda de aprofundamento da qualificação acadêmica nessa área. A primeira seleção de candidatos ao<br />
curso de mestrado (2009) contou com a concorrência de 44 candidatos para 8 vagas. A segunda, em 2010,<br />
contou com 25 candidatos para 8 vagas.<br />
Entre as parcerias viabilizadas ou incrementadas por esse programa, destacam-se as parcerias<br />
com o Instituto Politécnico di Torino, Itália, iniciado em decorrência do Memorando de Entendimentos<br />
assinado em abril de 2005 pelo Politécnico di Torino e pelo Governo do Estado de Minas Gerais e o<br />
Programa de Cooperação com a Université Cergy Pontoise /França.<br />
Informações detalhadas sobre esse curso também estão disponíveis no Projeto de<br />
Recredenciamento da UEMG.<br />
PROGRAMAS STRICTO SENSU OFERECIDOS EM PARCERIA COM OUTRAS<br />
INSTITUIÇÕES ACADÊMICAS:<br />
Mestrado e doutorado em Engenharia de Materiais-RE<strong>DE</strong>MAT.<br />
Em consórcio com a Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – e o Centro Federal de<br />
Educação Tecnológica_– CETEC – de Minas Gerais, a UEMG participa da oferta do curso de mestrado e<br />
doutorado em Engenharia de Materiais da RE<strong>DE</strong>MAT – Rede Temática de Engenharia de Materiais.<br />
Desde dezembro de 1995, o Programa de mestrado e doutorado foi homologado pelo CNE (Portaria<br />
MEC 524, DOU 30/04/2008 - Parecer CES/CNE 33/2008 , 29/04/2008. As áreas de concentração são<br />
Engenharia de Superfícies, Processos de Fabricação e Análise e Seleção de Materiais.<br />
Em sua última avaliação pela CAPES, a RE<strong>DE</strong>MAT obteve conceitos cinco para o curso de<br />
mestrado e para o doutorado. Nesse programa foram defendidas, até 15.09.2010, 233 dissertações e 17<br />
teses. Entre os alunos que concluíram o mestrado e o doutorado há vários docentes da Escola de Design<br />
da UEMG.<br />
52
Mestrado em Ciências Ambientais.<br />
Na vigência do último PDI, a Universidade também ofereceu, até 2008, um Mestrado<br />
Interinstitucional em Rede, em Ciências Ambientais (RE<strong>DE</strong>INCA), com 40 vagas. Esse mestrado foi<br />
criado em associação com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e com as Unidades<br />
Fundacionais Agregadas à UEMG: FUNEDI (Fundação Educacional de Divinópolis), FEIT (Fundação<br />
Educacional de Ituiutaba), FESP (Fundação de Ensino Superior de Passos) e FEPAM (Fundação<br />
Educacional de Patos de Minas).<br />
Esse mestrado foi aprovado na UEMG pela Resolução CONUN/UEMG N° 73/2004. Seu<br />
reconhecimento pelo Conselho Estadual de Educação deu-se em 13 de julho de 2007 (parecer N°<br />
640/2007).<br />
O curso funcionou até 2008. Durante o curto período de sua duração, 43 alunos concluíram o<br />
mestrado. Em razão de dificuldades encontradas na execução do projeto, a Instituição considerou mais<br />
adequado deixar de oferecê-lo. Suas atividades foram encerradas em 30 de abril de 2008, conforme<br />
Portaria/UEMG Nº 010/2008.<br />
Embora o curso, aprovado pelo CEE, não tenha sido submetido previamente à CAPES, o MEC<br />
reconheceu, recentemente, a validade nacional dos certificados de conclusão desse mestrado emitidos<br />
pela UEMG.<br />
Em substituição a esse mestrado, a UEMG considerou adequado desenvolver outro na área de<br />
Meio Ambiente, que fosse assumido exclusivamente pela Instituição, que é o Mestrado em Conservação<br />
de Recursos Hídricos, acima mencionado.<br />
Mestrados a serem implementados.<br />
Encontra-se em processo de elaboração o Programa de Mestrado em Conservação e Gestão de<br />
Recursos Hídricos, a ser ministrado na Unidade de Frutal. Uma primeira versão da proposta foi<br />
encaminhada à CAPES, mas não foi recomendada, principalmente devido a problemas com relação ao<br />
corpo docente. Uma nova proposta está sendo formulada.<br />
Estão sendo realizados estudos para a criação de programa de mestrado em duas áreas: Música<br />
(Escola de Música) e Arte e Cultura Contemporânea (Escola Guignard). Os concursos realizados para<br />
captação de professores doutores para essas duas Escolas, em 2009 e 2010, tiveram como um dos<br />
objetivos criar as condições iniciais para elaboração das referidas propostas.<br />
As metas a serem alcançadas no período de vigência desse PDI, com relação ao stricto sensu, são:<br />
- Ampliar a proporção de doutores no corpo docente, condição essencial para a criação de novos<br />
cursos;<br />
- Obter um bom conceito na avaliação dos cursos strico sensu hoje em funcionamento;<br />
- Implantar o Mestrado em Conservação de Recursos Hídricos;<br />
- Implantar, pelo menos, um mestrado na área de artes;<br />
- Fortalecer as estruturas físicas e operacionais dos cursos de pós-graduação;<br />
- Preparar-se para oferecer, pelo menos, um curso em nível de doutorado, ministrado exclusivamente<br />
pela Instituição, nos próximos cinco anos.<br />
17. ENSINO A DISTÂNCIA<br />
.A Educação a distância e as políticas de ensino da UEMG.<br />
A EaD firmou-se como uma resposta a desafios de diferentes ordens que têm sido postos à<br />
sociedade. Reflete as transformações que vêm ocorrendo na vida política, social e econômica e a<br />
velocidade com que surgem novas formas de produção do conhecimento e novas tecnologias de<br />
comunicação.<br />
É a modalidade de ensino que mais rapidamente poderá cumprir a tarefa de qualificar e<br />
requalificar grande número de pessoas, atingindo, por suas características especiais, um número<br />
expressivo de destinatários, prioritariamente adultos, em programas de diferentes níveis, nos mais<br />
variados campos do conhecimento. Isso porque é a modalidade educacional na qual a mediação didáticopedagógica<br />
nos processos de ensino e aprendizagem ocorre, prioritariamente, com a utilização de meios e<br />
53
tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades<br />
educativas em lugares e tempos diferentes.<br />
O objetivo primeiro do trabalho com EaD deve ser sempre o da educação dos indivíduos,<br />
principalmente aqueles que se encontram em desvantagem social ou impossibilitados de construírem sua<br />
educação em condições presenciais, por qualquer razão. Deve ser encarada como uma opção adicional<br />
para que o indivíduo consiga alcançar sua formação, aprimorar-se e atualizar-se, com qualidade,<br />
utilizando as novas linguagens da comunicação.<br />
Investir significativamente em educação a distância ratifica o compromisso da UEMG de atuar<br />
em diversas regiões de Minas Gerais, buscando a redução das desigualdades regionais e carências sociais<br />
do Estado.<br />
Com essa perspectiva, um importante passo foi dado pela Universidade, em 1997, através da<br />
criação, pelo Conselho Universitário, do Núcleo de Educação a Distância (NEAD), que estabeleceu como<br />
finalidade atuar na coordenação geral dos trabalhos de EaD das Unidades, subsidiando, acompanhando e<br />
apoiando professores e pesquisadores no desenvolvimento e execução de projetos de ensino, pesquisa e<br />
extensão, na modalidade a distância.<br />
A criação do NEAD buscou favorecer o pleno desenvolvimento das atividades de educação a<br />
distância na Instituição. Com a mesma perspectiva, na vigência do PDI anterior, foi criado, em 2005, o<br />
Centro de Educação e Pesquisas em Educação a Distância – CEPEAD. Vinculado ao NEAD, esse Centro<br />
é equipado com um laboratório composto por modernos equipamentos tecnológicos e representa um<br />
investimento da Universidade no atendimento à formação de recursos humanos para o uso eficaz das<br />
tecnologias da comunicação e da informação no ensino, pesquisa e extensão.<br />
Atividades desenvolvidas pelo NEAD/CEPEAD<br />
O NEAD/CEPEAD tem desenvolvido diversos cursos de educação a distância, atendendo às demandas<br />
específicas. Destacam-se, na vigência do último PDI, as seguintes atividades:<br />
1. Curso de formação de professores para utilização de softwares para inclusão de pessoas<br />
com necessidades educacionais especiais, trabalho realizado com 60 APAES de MG;<br />
2. Curso de formação de médicos, dentistas e enfermeiros do Programa Minas Saúde, em<br />
parceria com a Secretaria de Estado da Saúde;<br />
3. Curso de formação de professores e pessoal técnico para realização de transposição<br />
didática de material impresso para educação a distância, em parceria com a Cátedra da UNESCO;<br />
4. Implantação de quatro laboratórios de educação a distância em unidades do interior;<br />
5. Formatação do Projeto Pedagógico do curso de pós-graduação “Necessidades<br />
Educacionais Especiais – saberes e prática da inclusão social”.<br />
6. Início de processo de credenciamento da UEMG junto ao MEC para oferta de cursos<br />
superiores a distância, em andamento;<br />
7. Inserção da UEMG na Universidade Aberta do Brasil – UAB/CAPES – com<br />
credenciamento em caráter experimental, por cinco anos, para oferta de dois cursos de graduação:<br />
Pedagogia, pela Faculdade de Educação e Artes Visuais, pelas Escolas Guignard e Design.<br />
A despeito dessas realizações, a educação a distância ainda não se tornou uma ferramenta<br />
implantada efetivamente na Instituição. Há um amplo espaço a preencher nessa direção. Dentro das<br />
prerrogativas legais, a EaD pode ser uma ferramenta adicional importante usada nos cursos presenciais.<br />
Em uma Universidade multicampi, como a UEMG, o elenco de cursos oferecidos em uma<br />
Unidade contempla áreas muito diferentes daquele oferecido nas demais. Em uma situação como essa,<br />
ferramentas de educação a distância podem favorecer a integração entre profissionais de diferentes áreas,<br />
aumentando, em muito, a qualidade do ensino nas questões essencialmente multidisciplinares, como<br />
aquelas ligadas à temática ambiental. Pode possibilitar o enriquecimento de currículos dos alunos,<br />
favorecendo, por exemplo, o aumento do número de disciplinas optativas oferecidas nos cursos fora de<br />
sede, como o de Design de Produto, em Ubá.<br />
A utilização dessas alternativas depende, inicialmente, do estabelecimento e divulgação de uma<br />
política de educação a distância na Instituição, com a participação da comunidade, através de seminários,<br />
colóquios, palestras e encontros para discutir a EaD no âmbito da UEMG. Para que a Instituição<br />
efetivamente incorpore ferramentas de EaD ao ensino que ministra, precisa atender os quesitos exigidos<br />
para credenciamento junto ao MEC. Precisa de equipamentos e formação de recursos humanos<br />
54
capacitados no uso de tecnologias, para criação e utilização de materiais pedagógicos adequados. Para os<br />
próximos cinco anos, as metas da UEMG, com relação à EaD são:<br />
- Formular política de educação a distância para a UEMG, com ampla participação da comunidade,<br />
que embase, legitime e estimule sua utilização.<br />
- Conseguir o credenciamento da Universidade pelo Ministério da Educação para oferta de cursos de<br />
graduação e pós-graduação lato sensu na modalidade a distância.<br />
- Estimular a utilização de educação a distância nos cursos de graduação e pós-graduação da UEMG,<br />
observados os quesitos legais.<br />
- Ampliar a oferta de cursos e atividades de extensão a distância.<br />
55
As ações previstas para atingir essas metas incluem:<br />
- Implementar a EaD como ferramenta complementar na oferta de cursos na graduação e pósgraduação<br />
na UEMG, observadas as exigências legais;<br />
- Ampliar a equipe de trabalho voltada para a elaboração, implementação e desenvolvimento dos<br />
programas na modalidade educação a distância:<br />
- Treinar docentes no uso de metodologias de EaD;<br />
- Oferecer cursos e atividades em EaD por meio do Núcleo de Educação a Distância.<br />
- Identificar formas alternativas de financiamento para o desenvolvimento do Ambiente Virtual de<br />
Aprendizagem (AVA) da Universidade.<br />
- Ampliar e otimizar as atividades e pesquisas realizadas no Centro de Pesquisas em Educação a<br />
Distância (CEPEAD).<br />
- Estruturar pólo(s) de apoio presencial em unidade(s) do interior.<br />
- Implementar projeto pedagógico adequado à modalidade a distância que utilize ferramentas das<br />
tecnologias da comunicação e informação.<br />
Evidentemente, o cumprimento das metas e o alcance dessas medidas dependem dos recursos que a<br />
Instituição venha a conseguir para esses programas.<br />
18. ATIVIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> PESQUISA<br />
A produção de conhecimento, resultado da realização sistemática de pesquisas, é condição<br />
essencial para que as instituições de ensino superior sejam consideradas universidades. As atividades de<br />
pesquisa, além de se constituírem em fonte de conhecimento e inovação e, dessa forma, possibilitarem o<br />
desenvolvimento da ciência, de um modo geral, são fonte de dividendos, e são essenciais para o<br />
crescimento do Estado e do país, bem como para a melhoria do ensino ministrado por qualquer<br />
universidade. Não é possível dissociar o próprio conceito de Universidade da realização de pesquisas.<br />
No campo da pesquisa, as ações da UEMG, na vigência do último PDI, tiveram como objetivos:<br />
-fazer com que o processo investigativo seja um procedimento inerente ao trabalho dos professores e dos<br />
alunos;<br />
-tornar a pesquisa desenvolvida, cada vez mais, um importante agente para o desenvolvimento do Estado<br />
de Minas Gerais, traduzindo seu comprometimento com as demandas regionais;<br />
-além de atender à demanda das regiões em que seus campi estão inseridos, estar aberta para todas as<br />
áreas do conhecimento.<br />
-consolidar a pesquisa como atividade institucional sistematizada e permanente.<br />
A produção intelectual sistematizada exige, além da opção expressa pela Universidade, docentes<br />
com melhor titulação e que se dediquem integralmente à Instituição, recursos financeiros e de infraestrutura.<br />
A UEMG atende aos quesitos estabelecidos para as Universidades na Lei de Diretrizes e Bases<br />
da Educação, no que diz respeito ao percentual mínimo de professores em tempo integral e de mestres e<br />
doutores. A despeito das dificuldades, a UEMG vem aumentando sua produção em pesquisa e hoje<br />
também atende às condições de produção em pesquisa exigidas, contribuindo significativamente para o<br />
desenvolvimento do Estado.<br />
O crescimento e a sistematização da pesquisa na UEMG podem ser evidenciados através de<br />
diversos indicadores. Em 1992, o CNPq criou o „Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil‟. No ano de<br />
2002, na versão 5 do Diretório, a Universidade do Estado de Minas Gerais participou pela primeira vez,<br />
através do registro de 20 grupos. Em 2009, na relação dos grupos cadastrados no CNPq, verificava-se<br />
que a UEMG tinha 30 grupos de pesquisa cadastrados, desenvolvendo pesquisas em diversas áreas do<br />
conhecimento e em diferentes regiões do Estado (Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra,<br />
Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes).<br />
Em outubro de 2010, a UEMG tem 33 grupos de pesquisa registrados no „Diretório dos Grupos<br />
de Pesquisa‟ do CNPq (ver relação completa no „Projeto de recredenciamento‟).<br />
A Instituição realiza um grande evento relacionado à pesquisa: o Seminário de Iniciação<br />
Científica, que congrega todos os alunos de iniciação científica, mestrandos e professores pesquisadores.<br />
Os trabalhos apresentados nos Seminários de Iniciação Científica que integram todos os Campi da UEMG<br />
têm aumentado anualmente. No primeiro Seminário, em 1997, foram apresentados apenas 22 (vinte e<br />
56
dois) trabalhos. Em 2009, o número cresceu para 205 (duzentos e cinco) trabalhos de pesquisa<br />
apresentados.<br />
Alguns outros indicadores mostram que a pesquisa na UEMG tem evoluído em número e em<br />
qualidade:<br />
18.1. Orientação de Bolsistas de Iniciação Científica<br />
Um dos parâmetros que evidenciam o crescimento da pesquisa é o número de bolsas de iniciação<br />
científica apoiadas pelos diversos órgãos de fomento, que, conforme mostrado no item 13.2 deste<br />
documento, triplicou entre 2004 e 2010. A contribuição dos professores doutores para essa atividade é,<br />
proporcionalmente, muito maior que a dos docentes menos titulados. Em 2010, por exemplo, professores<br />
doutores, que constituem 11% do corpo docente, respondem por 34% das atividades de orientação de<br />
iniciação científica (Tabela 17).<br />
Tab. 17. Número de Bolsistas de Iniciação científica na UEMG, de 2008 a 2010, segundo o Nível de<br />
Titulação dos Orientadores<br />
2008 2009 2010<br />
Titulação dos Bolsistas<br />
Bolsistas<br />
Bolsistas<br />
Orientadores orientados (N) % orientados (N) % orientados (N) %<br />
Doutores 38 36,2 53 34,9 53 34,0<br />
Mestres 59 56,2 82 53,9 101 64,7<br />
Especialistas 8 7,6 17 11,2 2 1,3<br />
Total 105 100,0 152 100,0 156 100,0<br />
18.2. Número de Projetos de Pesquisa realizados<br />
À medida que o corpo docente se titula e a pós-graduação se instala, também cresce o número de<br />
projetos de pesquisa realizados. A Tabela 18 mostra alguns dados sobre o número de projetos de pesquisa<br />
desenvolvidos na UEMG, de 2008 a 2010.<br />
Tab.18. Número de projetos de pesquisa desenvolvidos na UEMG, de 2008 a 2010, e de professores e<br />
alunos que participaram dos mesmos.<br />
ANO<br />
Projetos de<br />
Pesquisa<br />
Realizados(N)<br />
Doutores<br />
Mestres<br />
Docentes Participantes<br />
Especialistas/<br />
Graduados<br />
Total de<br />
Docentes<br />
Alunos<br />
(N)<br />
2008 121 34 46 13 93 164<br />
2009 182 41 79 24 144 214<br />
2010 184 45 89 25 159 243<br />
O número de projetos de pesquisa relatado cresceu quase 60% entre 2008 e 2010. Nos últimos<br />
dois anos, mais de 50% dos doutores, e mais de 20% do número total de professores atuando na<br />
Instituição realizaram projetos de pesquisa, a cada ano. A maior parte dos projetos foi desenvolvida na<br />
Faculdade de Educação, Campus Frutal e Escola de Design. Informações detalhadas sobre os projetos<br />
realizados acham-se no capítulo relativo à pesquisa no „Projeto de Recredenciamento da UEMG‟.<br />
Muitas das pesquisas têm um componente de aplicabilidade na solução de problemas da<br />
comunidade. Como exemplo disso, em 2010, dois ex-alunos da Escola de Design receberam a quarta<br />
maior premiação na categoria de Design Industrial, em concurso internacional, o IF Concept Award, que<br />
contempla o design de produtos e tecnologia de todo o mundo, e é considerado o prêmio de maior<br />
relevância do setor na Europa. O projeto desses alunos, Sistema de Transporte Coletivo Suspenso (STCS)<br />
pretende erguer sobre os canteiros centrais das principais avenidas de Belo Horizonte um transporte<br />
coletivo rápido, barato e movido por energia limpa.<br />
57
18.3. Trabalhos Publicados<br />
O número de trabalhos publicados por docentes da UEMG no período de 2008-2010 é mostrado<br />
na Tabela 19. Foi relatado pelas Unidades um total de 426 publicações em 2008, 517 em 2009 e 254 em<br />
2010. Os dados relativos à produção de 2010, que poderiam sugerir uma queda acentuada do número de<br />
trabalhos publicados, na verdade, não podem ser interpretados dessa maneira, porque só consideram a<br />
produção relatada até agosto. Nessa ocasião, boa parte dos volumes e fascículos de revistas relativos a<br />
2010 ainda não foi publicada.<br />
.<br />
Tab.19. Trabalhos publicados por docentes da UEMG, por categoria de publicação e contribuição para<br />
a publicação total, de acordo com a titulação, no período 2008-2010<br />
Tipo de<br />
Artigo<br />
Douto<br />
res<br />
Ano 2008 Ano 2009 Ano 2010*<br />
Mestres Espec/<br />
Grad.<br />
Total Douto<br />
res<br />
Mestres<br />
Espec<br />
/<br />
Grad.<br />
Total Douto<br />
res<br />
Mestres<br />
Espec<br />
/<br />
Grad.<br />
Trabalhos<br />
em Anais<br />
(N) 66 140 16 222 82 119 30 231 39 55 7 101<br />
Artigos em<br />
Periódicos<br />
(N) 41 53 16 110 62 26 7 95 28 25 6 59<br />
Livros (N)<br />
7 8 3 18 9 13 1 23 5 7 3 15<br />
Capítulos<br />
de Livros<br />
(N)<br />
Coletânea,<br />
Orelha de<br />
26 4 3 33 39 17 5 61 9 13 1 23<br />
Livro e<br />
Verbete (N)<br />
Artigo em<br />
1 4 2 7 2 7 1 10 0 0 0 0<br />
Jornal e<br />
Revistas (N)<br />
Outra<br />
Produção<br />
11 5 4 20 12 16 36 64 20 15 11 46<br />
Bibliográfica<br />
(N) 6 8 2 16 8 16 9 33 1 4 5 10<br />
TOTAL<br />
GERAL<br />
Total<br />
158 222 46 426 214 214 89 517 102 119 33 254<br />
% 37 52,1 10,8 100 41,4 41,4 17,2 100 40,1 46,9 13 100<br />
*Obs. A coleta de dados para o Projeto de Recredenciamento ocorreu em Agosto de 2010. Em decorrência, os<br />
números registrados acima correspondem apenas a parte das publicações efetivamente produzidas no ano.<br />
Como esperado, a contribuição dos professores doutores para a produção global da instituição, em<br />
termos de publicações, é, proporcionalmente, muito maior que a dos professores menos titulados. Embora<br />
só em 2010 os doutores tenham atingido 11% do número total de professores, sua produção em<br />
publicações representa, nesse ano, 40,1% da produção total relatada, até agosto, na Instituição.<br />
18.4. Produções Técnicas, Artísticas e Culturais.<br />
A constituição inicial da UEMG baseou-se, fortemente, em escolas das áreas de artes e de<br />
tecnologia, importantes no cenário do Estado. Como consequência, o elenco de cursos oferecidos pela<br />
UEMG inclui vários nessas áreas e uma grande parte da atividade acadêmica docente resulta em produtos<br />
58
técnicos, artísticos e culturais. Esse componente da produção acadêmica da Instituição é mostrado na<br />
Tabela 20.<br />
Nesse quadro, onde os dados relativos a 2010, mais uma vez, só refletem a produção relatada até<br />
agosto e por esse motivo, parecem inferiores aos de 2009, destaca-se o grande volume de produções<br />
técnicas, artísticas e culturais dos docentes da UEMG, que reafirma a importância da Instituição no<br />
cenário do Estado.<br />
Verifica-se também que a maior parte dessa produção se dá sob a forma de „Produções Artístico-<br />
Culturais‟(abrangendo: concerto, orquestra, composição, arranjo, interpretação, trilha sonora, aderecista,<br />
animação, cenografia, curadoria, desenho, escultura, web maker, pintura, fotografia, ilustração,<br />
performance etc..), seguidas por „Apresentação de Trabalhos em Congressos‟, „Organização de Eventos‟<br />
e „Cursos‟ A relação detalhada das atividades realizadas em cada uma dessas categorias, por docente e<br />
por Unidade, acha-se no „Projeto de Recredenciamento da UEMG‟.<br />
Tab. 20. Produção Técnica, Artística e Cultural da UEMG, no período 2008-2010<br />
Produção<br />
(N°)<br />
Douto-<br />
res<br />
Ano 2008 Ano 2009 Ano 2010<br />
Mestres<br />
Espec,<br />
/<br />
Grad.<br />
Total Douto<br />
-res<br />
Mestres Espec,/<br />
Grad<br />
Total Douto<br />
-res<br />
Mestre<br />
s<br />
Espec,/<br />
Grad<br />
Org. de<br />
Evento 3 94 8 105 13 76 16 105 11 39 8 58<br />
Apresentação<br />
de Trabalho 52 83 44 179 76 79 29 184 25 28 16 69<br />
Curso de<br />
Curta 9 14 21 44 10 16 10 36 1 15 16 32<br />
Duração<br />
Programa de<br />
Rádio e TV 64 3 26 93 69 1 12 82 34 3 1 38<br />
Relatórios<br />
3 13 2 18 0 3 0 3 0 26 15 41<br />
Produções<br />
Artístico-<br />
Culturais<br />
86 156 320 562 75 156 320 551 40 114 283 437<br />
Outras<br />
Produções) 19 33 15 67 29 35 31 95 25 32 11 68<br />
TOTAL<br />
GERAL<br />
236 396 436 1068 272 366 418 1056 136 257 350 743<br />
% 22,1 37,1 40,8 100 25,7 34,7 39,6 100 18,3 34,6 47,1 100<br />
Observa-se na Tabela 20 que a contribuição dos doutores para o conjunto de produções técnicoartístico-culturais<br />
continua sendo, proporcionalmente, maior que o esperado pela sua representação na<br />
quantidade total de professores, especialmente no que diz respeito, por exemplo, à categoria<br />
„Apresentação de Trabalhos‟. Entretanto, considerado o conjunto dessas produções, a participação dos<br />
docentes que não têm mestrado ou doutorado representa de 39,6 a 47,1% de toda a produção técnicoartística<br />
cultural relatada pela Universidade.<br />
18.5. Participação em Bancas de Dissertações e Teses e em Comitês de Revistas<br />
No ano de 2008, 14 professores da UEMG participaram de bancas de defesa de tese de doutorado<br />
ou de dissertações de mestrado, totalizando 42 bancas. Em 2009, 26 professores fizeram parte de um total<br />
de 42 bancas de defesa de dissertação ou tese de doutorado e vinte e dois professores da UEMG relataram<br />
participar de Conselhos Editorias de Periódicos.<br />
Todos os registros que permitem caracterizar a produção científica, técnica-artística e cultural<br />
relatada constam do „Projeto de Recredenciamento-UEMG‟.<br />
Total<br />
59
18.6. Incentivo à Pesquisa<br />
A realização de pesquisas na UEMG cresce à medida que seu pessoal se titula. Além disso, o<br />
fornecimento de bolsas a pesquisadores e alunos, pelo CNPq, FAPEMIG e dentro do Programa<br />
PROUEMG, estimula a participação de maior número de docentes.<br />
Como parte de suas medidas para estimular a pesquisa, uma vez que é uma Universidade<br />
multicampi, a UEMG criou, como ferramenta de divulgação de informações pela Pró-Reitoria de<br />
Pesquisa e Pós-Graduação, junto aos docentes, o „Boletim de Pesquisa‟. Este Boletim eletrônico tem sido<br />
um eficiente meio de comunicação entre a Pró-Reitoria e a comunidade acadêmica.<br />
A Instituição mantém publicações próprias, que estimulam a divulgação de resultados de<br />
pesquisas ( Tabela 21):<br />
Tab.21. Publicações próprias da UEMG, para divulgação de Pesquisas<br />
Unidade Publicação<br />
Cadernos de<br />
Início Periodicidade Último volume<br />
publicado<br />
Design<br />
Estudos Avançados<br />
em Design<br />
2008 Não é seriada 2009<br />
Cadernos de<br />
Educação*<br />
novembro de 1995 trimestral 44<br />
FAE<br />
Anual até 2008<br />
Educação em Foco Novembro de e Semestral Número 14<br />
1995 desde 2009<br />
FaPP Perspectivas em<br />
Políticas Públicas 2008<br />
semestral Jan/jun 2009<br />
Instituto dona Itália Mal-estar e<br />
Novembro de<br />
Franco<br />
Sociedade Novembro 2008 semestral 2009<br />
ESMU Modus jan. 2000 semestral 2008<br />
*tem conceito B2 no Qualis;<br />
Além dessas publicações, a Faculdade de Educação mantém, desde 1984, um boletim<br />
informativo, bimensal, para divulgação ampla de trabalhos e temas junto à comunidade da própria Escola,<br />
intitulado „Pedagogia Informa‟.<br />
Também como parte de seus esforços para estimular a pesquisa, a UEMG criou, a partir de 2008,<br />
uma Editora própria, a EdUEMG, que se acha em fase de implantação.<br />
Para que a UEMG modifique ainda mais seu patamar de produção em pesquisa, com reflexos na<br />
melhoria dos cursos e dos serviços prestados à sociedade, a Instituição vem realizando gestões no sentido<br />
de:<br />
melhorar a titulação do corpo docente da UEMG, especialmente no que diz respeito ao<br />
número de doutores;<br />
aumentar a proporção de professores em tempo integral, entre os professores titulados;<br />
aumentar a proporção de professores efetivos em todas as Unidades;<br />
estabelecer mecanismos de avaliação de docentes que, efetivamente, favoreçam o<br />
acompanhamento, dimensionamento e a sistematização da produção acadêmica,<br />
considerando o regime de trabalho e titulação dos docentes;<br />
incentivar a consolidação e a criação de novos cursos de pós-graduação, uma vez que o<br />
desenvolvimento da pesquisa necessariamente cresce com a expansão da pós-graduação;<br />
fazer com que a Iniciação Científica sirva de atrativo para os estudantes, resultando na<br />
melhoria da qualidade dos profissionais que formamos;<br />
estimular os atuais pesquisadores a buscar financiamentos para que possam desenvolver as<br />
pesquisas propostas por seus grupos;<br />
estimular a divulgação das pesquisas realizadas, através de veículos indexados e de<br />
qualidade;<br />
60
estimular a pesquisa para promover a formação de novos pesquisadores, de modo a<br />
favorecer a continuidade dos projetos em andamento e futuros.<br />
atualizar, informatizar e modernizar bibliotecas;<br />
ampliar a informatização da Universidade;<br />
viabilizar a construção de novas instalações para ensino e pesquisa nos Campi da UEMG.<br />
Um dos resultados dessas estratégias foi a recente concessão pelo CNPq de quota de 35 novas<br />
bolsas de PIBICT à UEMG, ocorrida em julho.<br />
METAS<br />
As metas da UEMG, com relação à pesquisa, na vigência deste PDI, são:<br />
- Ampliar, qualitativa e quantitativamente, as atividades e a produção em pesquisa na UEMG e o<br />
número de docentes envolvidos na mesma;<br />
- Implementar e divulgar, amplamente, um cadastro geral de projetos de pesquisa da Instituição, por<br />
área de conhecimento;<br />
- Consolidar a iniciação científica como uma atividade essencial à formação dos alunos e ao<br />
desenvolvimento da pesquisa;<br />
- Ampliar o número de alunos realizando iniciação científica na Instituição.<br />
Para cumprir sua missão coordenadora e incentivadora da pesquisa em todas as Unidades, a<br />
Universidade deve desenvolver e implementar ações que favoreçam o cumprimento dessas metas, como:<br />
- Obter, junto ao Governo estadual, autorização para novos concursos públicos, especialmente para<br />
doutores;<br />
- Fazer gestões, junto aos órgãos competentes, que viabilizem o total cumprimento do Programa de<br />
Qualificação Docente elaborado pela Instituição;<br />
- Ampliar o acesso dos docentes da UEMG aos programas de capacitação docente;<br />
- Manter as atuais bolsas, e ampliar a solicitação de novas, a exemplo do “Programa Institucional de<br />
Bolsas de Iniciação Científica”, com bolsas concedidas pelo CNPq e pela Fundação de Amparo à<br />
Pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG -, mediante a obtenção de quota anual crescente;<br />
- Realizar, permanentemente, gestões junto a outras agências de fomento com o objetivo de conseguir<br />
novas quotas de bolsas;<br />
- Dar continuidade à realização de “Reuniões Temáticas” que têm como objetivo reunir<br />
professores/pesquisadores de diferentes campi, possibilitando a troca de informações e o<br />
desenvolvimento de pesquisas intercampi;<br />
- Estimular o pesquisador a solicitar financiamento às agências de fomento;<br />
- Estimular a publicação das pesquisas realizadas uma vez que pesquisar e publicar são<br />
responsabilidades indissociáveis;<br />
- Manter os atuais veículos de divulgação de pesquisa com corpo editorial de qualidade na Instituição<br />
e estimular a criação de outros;<br />
- Repassar aos pesquisadores, através de diferentes veículos de comunicação, as ações e informações<br />
pertinentes;<br />
- Manter permanentemente atualizado o sistema de cadastramento das pesquisas em andamento e<br />
realizadas na Universidade, mediante a criação de cultura e rotina de comunicação;<br />
- Ampliar a participação nos “Seminários de Divulgação de Produção e de Iniciação Científica”, tendo<br />
em vista a necessidade de estimular o desenvolvimento de pesquisas.<br />
Com essas estratégias, a UEMG estará integrando pesquisa, ensino de graduação e de pósgraduação,<br />
melhorará a qualidade dos cursos e aumentará o retorno dos investimentos nela realizados à<br />
sociedade.<br />
61
19. EXTENSÃO<br />
19.1. Atividades Desenvolvidas<br />
A Universidade do Estado de Minas Gerais tem nas atividades de extensão um poderoso<br />
instrumento de integração do ensino e da pesquisa e de prestação de serviços à comunidade. Ao mesmo<br />
tempo, a extensão possibilita a mobilização da comunidade acadêmica para o debate e o diálogo com a<br />
sociedade, numa troca enriquecedora do conhecimento.<br />
A classificação das atividades de extensão aqui utilizada baseou-se nas orientações do Plano<br />
Nacional de Extensão e nos conceitos que orientam a base de dados do SIEX BRASIL, um aplicativo web<br />
criado especialmente para atender à demanda de registro das atividades de extensão desenvolvidas nas<br />
universidades participantes do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas<br />
Brasileiras. Esse sistema é utilizado desde 2004 pela UEMG, alimentado anualmente pelas<br />
coordenadorias de extensão das unidades e coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão e Ensino –<br />
PROENEX/UEMG. O registro de atividades de extensão nesse sistema ainda não abrange a totalidade das<br />
ações realizadas.<br />
Embora o registro no SIEX ainda se mostre incompleto, quando comparamos os dados de 2006<br />
àqueles registrados em 2010, verifica-se, ao considerar o conjunto das Unidades da UEMG na vigência do<br />
último PDI, uma tendência ao crescimento das atividades de extensão em geral, e, especialmente dos<br />
cursos e projetos de extensão registrados, como pode ser visto na Figura 7. Os números referentes a 2010<br />
naturalmente são mais baixos, uma vez que o levantamento realizado contempla apenas as atividades<br />
realizadas até agosto.<br />
Fig.7. Atividades de Extensão da UEMG registradas, por ano, de 2006 a 2010<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
30 31<br />
41<br />
33<br />
66<br />
51<br />
42<br />
61 61<br />
Número<br />
58 65<br />
90<br />
56 65<br />
2006 2007 2008 2009 2010<br />
44<br />
Curso<br />
Projeto<br />
Outras Ativ.<br />
Como o lançamento de dados pelos docentes no Sistema SIEX ainda é apenas parcial, esses<br />
números expressam apenas uma fração do que é realizado. Além disso, o Sistema não contempla todos os<br />
parâmetros demandados no „Instrumento de Verificação in loco do CEE‟, Em vista disso, para fins de<br />
recredenciamento, foi realizado um levantamento detalhado das atividades de extensão realizadas em<br />
cada Unidade da UEMG, no período 2008-2010.<br />
As informações completas obtidas através esse levantamento acham-se no „Projeto de<br />
Recredenciamento da UEMG‟. Alguns aspectos dessa produção em extensão são destacados a seguir.<br />
As atividades de extensão na UEMG têm contemplado oito áreas de conhecimento e mostram<br />
estreita vinculação com a natureza dos cursos desenvolvidos (Tabela 22). Em função disso, pode-se<br />
identificar o predomínio de atividades em três grandes áreas: Ciências Sociais, Ciências Humanas e<br />
Linguísticas, Letras e Artes. O maior volume nessas três áreas decorre da produção das Unidades e<br />
cursos que se encontram mais consolidados.<br />
62
Como também pode ser observado na Tabela 22, em algumas áreas, onde os cursos são recentes,<br />
a extensão ainda está se articulando e a produção ainda é incipiente. Também se destaca o volume<br />
considerável de projetos e de cursos de extensão desenvolvidos no período. Os dados demonstram um<br />
grande potencial e sugerem a necessidade de que a Universidade desenvolva processos de análise e<br />
reflexão em torno das atividades de extensão, tanto internamente quanto estabelecendo interlocuções com<br />
outras instituições, no sentido de ampliar essa produção.<br />
Tab. 22 - Número Total de Atividades de Extensão desenvolvidas na UEMG, entre 2008 e 2010, por área<br />
do conhecimento.<br />
Áreas<br />
de Conhecimento<br />
Ciências Agrárias<br />
Ciências Biológicas<br />
Projeto Evento Curso Programa Prestação de<br />
Serviços<br />
4 1 - - -<br />
Publicação<br />
-<br />
Total de<br />
Atividades<br />
Realizadas<br />
10 15 6 - - 1 32<br />
Ciências Exatas e<br />
da Terra 10 3 - - - 13<br />
Ciências Humanas<br />
Ciências Sociais<br />
59 44 29 5 - 3 140<br />
37 26 94 1 20 4 182<br />
Engenharia/<br />
Tecnologia 8 9 5 1 - - 23<br />
Linguística, Letras<br />
e Artes 59 34 22 24 - 139<br />
Ciências da Saúde<br />
4 4 - - - - 8<br />
TOTAL <strong>DE</strong><br />
ATIVIDA<strong>DE</strong>S 191 136 156 31 20 8 542<br />
As atividades de extensão também podem ser distribuídas por áreas temáticas, conforme previsto<br />
no Sistema SIEX. O resultado desse grupamento é mostrado na Tabela 23.<br />
As áreas temáticas Educação, Cultura, Comunicação e Tecnologia e Produção abrangem a maior<br />
parte das atividades de extensão. Essa constatação sugere que as diferentes instâncias (Cursos, Unidades e<br />
a Universidade como um todo) analisem quais atividades, dentro dessas áreas temáticas, podem vir a<br />
constituir programas e linhas de extensão mais consolidados.<br />
Três outras áreas apresentam um número significativo de atividades: Meio Ambiente, Saúde e<br />
Direitos Humanos. Essas áreas temáticas, que têm um caráter de inter e transdisciplinaridade muito<br />
acentuado, têm alto potencial a ser desenvolvido na Instituição.<br />
Embora a maioria dos projetos seja ainda desenvolvida de forma isolada, é possível identificar, no<br />
conjunto de informações obtidas junto às Unidades, a emergência de programas, entendidos como um<br />
conjunto de ações de caráter orgânico-institucional, com clareza de diretrizes e voltado a um objetivo<br />
comum. Um programa incorpora projetos, cursos, eventos, prestações de serviços e produtos acadêmicos<br />
de extensão, e lhes confere integração. Os dados sugerem a possibilidade de uma maior articulação entre<br />
as várias experiências em curso, que resulte na integração de projetos em programas.<br />
5<br />
63
Tab. 23. Distribuição do total de atividades de Extensão realizadas no período 2008-2010, por Área<br />
Temática<br />
Prestação<br />
Total de<br />
Áreas<br />
Projeto Evento Curso Programa de Publicação Atividades<br />
Temáticas<br />
Serviços<br />
Realizadas<br />
Comunicação 12 11 15 1 17<br />
Cultura 57 46 40 22 - 1 166<br />
Direitos<br />
Humanos e<br />
Justiça 13 4 0 - - - 17<br />
Educação 57 36 70 5 - 3 171<br />
Meio Ambiente 19 18 7 3 1 01 49<br />
Saúde 9 8 3 - - - 20<br />
Tecnologia e<br />
Produção 21 13 19 - 2 - 55<br />
Trabalho 3 - 2 - - - 5<br />
Total 191 136 156 31 20 8 542<br />
Fonte: Informações fornecidas pelas Unidades da UEMG, 2010.<br />
A tabela 24 mostra o número de atividades desenvolvidas, por Unidade, os municípios atendidos<br />
pelas ações de extensão e o público atingido.<br />
Tab.24 - Número Total de Atividades de Extensão desenvolvidas na UEMG, entre 2008 e 2010,<br />
por Unidade<br />
Unidade<br />
Projeto<br />
Evento<br />
Curso<br />
Programa<br />
Prest. de<br />
Serviços<br />
Publicação<br />
Total<br />
Municípios<br />
atendidos<br />
(Nº)<br />
3<br />
Produtos<br />
Público<br />
atingido<br />
(N°)<br />
Escola de<br />
Design 25 17 90 1 18 1 152 17 19.469 1<br />
59<br />
Publicações<br />
Nº Tiragem<br />
Escola de<br />
Música<br />
Escola<br />
33 19 6 22 -<br />
80 7 408.956<br />
Guignard<br />
Faculdade<br />
19 10 14 2 -<br />
45 4 19.910<br />
de<br />
Educação<br />
FaE/Peda<br />
gogia<br />
Poços de<br />
34 27 6 5 1 3 76 236 10.750 3<br />
Caldas<br />
Faculdade<br />
de<br />
Políticas<br />
2 1 8 - 0<br />
11 3 456<br />
Públicas<br />
I. S. E.<br />
Dona<br />
Itália<br />
1 2 0 - - 2 05 - 774 2 3200<br />
Franco 18 24 20 - -<br />
62 4 4.750<br />
Frutal<br />
20 - - - -<br />
20 8 17.435<br />
FaEnge<br />
31 18 6 1 1 1 58 15 104.417 1<br />
64
João<br />
Monlevade<br />
Ubá<br />
8 18 6 - - 1 33 12 4.612 1 700<br />
TOTAL<br />
UEMG 191 136 156 31 20 8 542 306 591.259 8 3900<br />
A extensão na UEMG, além de abranger várias áreas, tem um grande alcance na comunidade. As<br />
atividades de extensão relatadas pelos docentes, no período analisado, atingiram um grande número de<br />
municípios e quase 600.000 pessoas.<br />
Na vigência do último PDI, cresceu o envolvimento de professores e alunos da UEMG nas<br />
atividades de extensão, que hoje ocorrem em todas as Unidades. Entretanto, verifica-se ainda uma<br />
concentração nas Unidades mais antigas (ESMU, FAE, Design, Guignard e Barbacena). Entre as Escolas<br />
mais recentes, destaca-se a produção relatada pela Faculdade de Engenharia de João Monlevade.<br />
Na Escola de Música, busca-se estimular a produção de alunos e professores em projetos e<br />
eventos de extensão. Programas de rádio são promovidos rotineiramente pela Escola de Música. Há<br />
cursos de extensão permanentes, como o Curso de Musicalização Infantil e o curso Básico de Música, que<br />
fazem parte da tradição da Escola.<br />
Na Faculdade de Educação, os diversos projetos, programas e atividades de extensão da Escola<br />
envolvem grande número de professores e alunos. Há grupos consolidados, como o programa<br />
PRONERA, que realiza atividades de relevância nacional, contando com a participação de muitos<br />
docentes e discentes, o Programa „A Pedagogia vai à Escola‟, que acompanha e orienta alunos da rede<br />
pública em seus processos de aprendizagem, projetos como Mídias Educacionais na Escola Pública,<br />
Softwares Auditivos para Inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais, etc..<br />
A extensão da Escola de Design, a mais numerosa no período considerado, tem mostrado<br />
aumento, com equipes coesas e diversificadas. Coerentemente com a proposta pedagógica do curso, as<br />
atividades de ensino e pesquisa estendem seus resultados à comunidade. Alunos, ex-alunos dos cursos de<br />
graduação e pós-graduação da Escola de Design, bem como seus professores, têm recebido premiações<br />
em diversas competições, em nível nacional e internacional, nas áreas de design de móveis, de jóias,<br />
transporte e outras. Só como exemplo, destacamos algumas das competições mais recentes em que<br />
ocorreram essas premiações: Prêmio Inova Latin América 2009/2010 (primeiro lugar na categoria<br />
Design), Thailand International Jewelry Awards (TIJA) 2009, Premio ALCOA 2009, 4º Prêmio<br />
Tok&Stok de Design Universitário, em 2009, Prêmio Minas Design, em 2009,1º Prêmio Amapá Design,<br />
X House&Gift Design 2009, Prêmio Craft Design 2009, Prêmio Luiz Dumont Villares, de<br />
Reconhecimento Técnico, conferido pela Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM) em<br />
2009, primeiro lugar na categoria de Design Inovador, na Shell Eco-marathon -Américas, na Califórnia,<br />
Salão Design Móvel-sul 2010, Prêmio IBGM de Design de Jóias 2010, Prêmio Design-Abimóvel 2009,<br />
promovido pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário. Os prêmios conseguidos evidenciam<br />
a relevante contribuição da Escola para o Design no Estado e no país.<br />
Na Escola Guignard, projetos de extensão são mantidos há anos, com qualidade, como o Projeto<br />
Arte-Expressão, Projeto Gravura, Projeto Redesenho, Projeto Galeria, etc., realizados através de parcerias<br />
e convênios. No Instituto de Educação Superior Dona Itália Franco, em Barbacena, são promovidos<br />
rotineiramente eventos acadêmico-culturais, como os Seminários Temáticos, Semana Didático-Cultural e<br />
outras. A Escola registra uma acentuada melhoria na qualidade dos projetos desenvolvidos, com grande<br />
repercussão sobre a comunidade.<br />
A atuação das Unidades criadas a partir de 2006, em atividades de extensão, pode crescer muito<br />
nos próximos anos, à medida que as mesmas venham a contar com professores permanentes. Essas<br />
Unidades ainda têm uma proporção reduzida de professores efetivos, estáveis. A despeito disso,<br />
estabelecem a vinculação da extensão realizada com as atividades de ensino, e a produção em extensão já<br />
se mostra expressiva, em alguns casos. Na FAENGE, em João Monlevade, a extensão tem se dado através<br />
da oferta de cursos de curta duração, palestras e outras atividades, com intensa participação dos alunos,<br />
buscando aumentar as parcerias, inclusive com outras escolas da cidade.<br />
Em Ubá, são realizados projetos e atividades de extensão, oficinas, eventos, com ou sem fomento.<br />
A Unidade destaca o aspecto interdisciplinar e a diversificação dos mesmos, além do grande<br />
envolvimento dos alunos na sua realização.<br />
65
O Campus de Frutal, a despeito de oferecer a maior parte de seus cursos no período da noite, vem<br />
desenvolvendo atividades de extensão que devem ser aumentadas, pela própria natureza dos cursos. Há<br />
projetos de extensão com impacto direto sobre a sociedade, como „Capacitação de professores da rede<br />
municipal para uso de computadores como ferramenta pedagógica‟, „Software como ferramenta de gestão<br />
escolar‟, „Conscientização do produtor agrícola sobre uso, armazenamento e descarte correto de produtos<br />
fito-sanitários‟, „Caminhos da Cidadania- Educação Ambiental‟, „Avaliação da qualidade e do índice de<br />
aceitabilidade do cardápio escolar‟, entre outros.<br />
A extensão é um componente importante do fazer de professores e alunos. Há um número<br />
significativo de docentes que dedicam, semanalmente, 10 horas ou mais às atividades de extensão<br />
universitária. A Tabela 25 mostra o número de professores e alunos que atuaram em atividades de<br />
extensão na UEMG, de 2008 a 2010, por Unidade, bem como as instituições parceiras nessa atividade.<br />
Tab. 25. Número de professores e alunos que atuaram nas atividades de extensão na UEMG, por<br />
Unidade, e instituições parceiras nessas ações, entre 2008 e 2010<br />
UNIDA<strong>DE</strong>S PROFES-<br />
SORES<br />
ATUAN<br />
DO EM<br />
EXTEN-<br />
Escola de<br />
Design<br />
SÃO (Nº)<br />
Nº <strong>DE</strong> PRO<br />
FES-SORES<br />
QUE <strong>DE</strong>DI<br />
CAM MAIS <strong>DE</strong><br />
10H/S À<br />
EXTENSÃO<br />
ALUNOS<br />
DA UEMG<br />
ATUANDO<br />
EM EXTEN<br />
SÃO (Nº)<br />
INSTITUIÇÕES PARCEIRAS (NOMES)<br />
76 30 112 SEMAD, FEAM, Fundação Clóvis Salgado, Prefeitura de Nova<br />
Lima, UFVJM - Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha<br />
e Mucuri, FUMEC, Comunidades e Agremiações do Recife/PE,<br />
Comunidades Congas da RMBH, Rede Cidadã, AFFAS, Centro<br />
Minas Design SECTES, FAPEMIG, CMD, Centro Universitário<br />
UMA, UFMG, Produtora Maria Filmes, CE<strong>DE</strong>PLAR, Fundação<br />
IPEAD, VIVO Arte.Mov., SECTES, CETEC, CDTN, GEA<br />
CMRR, SEBRAE-MG<br />
ESMU 165 22 169 Fundação Renato Azeredo, Rádio Inconfidência de Belo<br />
Horizonte<br />
Escola<br />
56 8 35 Rede municipal de ensino de Belo Horizonte<br />
Guignard<br />
Rede municipal de ensino de Betim ; Secretaria de Estado de<br />
Defesa Social; Associação dos Amigos da Escola Guignard<br />
Faculdade<br />
de<br />
Educação<br />
FaE/ Poços<br />
de Caldas<br />
Fac.Pol.<br />
Públicas<br />
I.E.S Dona<br />
Itália<br />
Franco<br />
80 68 187 Prefeitura de Belo Horizonte; Escolas públicas e particulares<br />
de Belo Horizonte; Instituto de Educação de Belo Horizonte,<br />
INSEA ; CMRR - Centro Mineiro de Referência em Resíduos ,<br />
INCRA/MG<br />
18 - 2<br />
4 1 1<br />
42 19 12 Polícia Militar de MG<br />
Frutal 31 14 56 Prefeitura Municipal de Frutal - MG<br />
FaEnge-<br />
João<br />
Monlevade<br />
Unidade de<br />
Ubá<br />
39 - 47 Ministério da Defesa, Rio Grande Consultoria, Serviços de<br />
Mineração e Meio Ambiente, Departamento de Água e Esgoto,<br />
Sésamo - Serviço de Saúde Mental de João Monlevade,<br />
Prefeitura Municipal de João Monlevade, EE Geraldo Parreiras<br />
25 13 37 Secretaria Municipal de Educação de Ubá; CEFET Barbacena;<br />
Pastoral da Saúde Alternativa; Secretaria da Saúde de Ubá;<br />
Universidade Federal de Viçosa ; CEFET-Leopoldina ;<br />
EMATER<br />
TOTAL<br />
UEMG 536 175 658<br />
66
A participação de alunos nos projetos de extensão na UEMG recebeu um incentivo adicional com<br />
a dotação de recursos pelo Governo do Estado, através do Programa Institucional de Apoio à Extensão -<br />
PAEX, vinculado ao PROUEMG. Esse programa permite a concessão de bolsas de extensão, distribuídas<br />
anualmente, mediante edital de seleção e será detalhado mais à frente, neste documento.<br />
As unidades da UEMG têm construído relações importantes com instituições públicas e privadas,<br />
em nível estadual e municipal, para a realização das atividades de extensão (Tabela 25).<br />
Vale ainda ressaltar a parceria com a FAPEMIG. Nos últimos anos, a FAPEMIG tem lançado um<br />
edital para projetos de pesquisa em interface com a extensão. Os princípios e as condições desse edital<br />
fazem do programa uma alternativa de fomento importante para a UEMG que pode ser melhor explorada<br />
nos próximos anos. Isso aumentaria a vinculação entre projetos de pesquisa e de extensão, que já vem<br />
sendo registrada, independentemente de fomento específico, em alguns projetos nas unidades de Frutal,<br />
Barbacena, FaPP e FAE, por exemplo.<br />
Todos os elementos acima expostos confirmam, mais uma vez, o quanto a Instituição vem<br />
trabalhando, também através da extensão, para concretizar o seu compromisso com a sociedade.<br />
Evidenciam também como a UEMG vem se firmando no cenário das Instituições de Ensino Superior do<br />
Estado de Minas Gerais.<br />
Todas as informações sobre a Extensão acima resumidas estão detalhadas e devidamente<br />
identificadas no Projeto de Recredenciamento da UEMG.<br />
19.2. Formas de Fomento para a Melhoria da Qualidade das Atividades de Extensão<br />
Os projetos de extensão da Universidade têm ganhado estímulo adicional com a concessão de<br />
bolsas de extensão à comunidade, através do PAEx-PROUEMG. Nesse programa, com recursos do<br />
Governo do Estado, bolsas de extensão são concedidas a alunos e professores. O critério de distribuição<br />
das bolsas entre as Unidades baseia-se no número de alunos matriculados no último semestre de cada ano.<br />
A Tabela 26 mostra o número de bolsas atribuídas a docentes e alunos, desde a criação do programa.<br />
Uma medida utilizada para dar maior visibilidade às atividades e projetos de extensão realizados<br />
na Instituição e favorecer o intercâmbio entre professores e alunos das diversas Unidades, é o Seminário<br />
de Extensão e Iniciação Científica, que já realizou sua XI edição.<br />
Tabela 26. Quantitativo de Bolsas do Programa Institucional de Apoio à Extensão – PAEX/UEMG -<br />
2007/2008/2009/2010<br />
UNIDA<strong>DE</strong> 2007 2008 2009 2010<br />
Alunos Docentes Alunos Docentes Alunos Docentes Alunos Docentes<br />
BARBACENA 4 1 4 1 3 1 5 1<br />
<strong>DE</strong>SIGN/BH 13 2 9 2 9 2 8 2<br />
GUIGNARD/BH 6 1 4 1 5 1 5 1<br />
MÚSICA/BH 4 1 4 1 3 1 3 1<br />
FaE/BH 11 1 9 2 9 2 6 2<br />
FaPP/BH 1 0 1 0 1 0 0 0<br />
FRUTAL 7 1 5 1 8 1 11 3<br />
FAENGE- João 1 1 1 0 3 1 5 1<br />
Monlevade<br />
UBÁ 2 1 1 0 1 0 2 0<br />
TOTAL 49 9 38 8 42 9 45 11<br />
Publicações Ligadas à Extensão:<br />
A Instituição mantém publicações vinculadas à extensão: o Catálogo de Extensão é publicado<br />
anualmente; a revista „Construção de Identidade e Inclusão Social do Afro-Brasileiro‟ também anual, está<br />
67
no número V. Atividades culturais desenvolvidas pela comunidade são divulgadas através da publicação<br />
„Cultura na Universidade‟.<br />
As atividades de extensão podem ser aumentadas, especialmente nas Unidades do interior, à<br />
medida que se identificarem novas formas de financiamento, a disponibilidade de espaço físico e<br />
aumentarem tanto a proporção de professores em tempo integral quanto o número de bolsas de extensão.<br />
Além disso, embora várias Unidades tenham Centros de Extensão devidamente equipados e espaços para<br />
atividades extensionistas (Ver „projeto de Recredenciamento da UEMG), outras ainda reportam a<br />
necessidade de dotar os Centros de Extensão com melhores equipamentos e condições.<br />
Metas:<br />
Para cumprir o seu papel na busca de soluções alternativas para as diferentes questões sociais que<br />
permeiam a sociedade mineira, principalmente aquelas que se referem à inclusão social, e ampliar a<br />
participação de docentes e alunos nas atividades de extensão, a Universidade do Estado de Minas Gerais<br />
tem as seguintes metas:<br />
- Manter e ampliar o processo de desenvolvimento e institucionalização da extensão;<br />
- Manter o Banco de Dados de Extensão da UEMG permanentemente atualizado.<br />
- Avaliar sistematicamente as atividades extensionistas, para garantir a qualidade do trabalho num<br />
processo contínuo de aperfeiçoamento e ter seus resultados considerados no planejamento e na tomada<br />
de decisões da Universidade;<br />
- Assegurar a manutenção dos recursos alocados ao Programa de Bolsas de Extensão – PAEx;<br />
- Dar continuidade à realização dos Seminários de Pesquisa e Extensão como instrumento de<br />
socialização dos trabalhos extensivos desenvolvidos no ano, e de integração das atividades intercampi;<br />
- Aumentar a articulação com órgãos e entidades públicos no desenvolvimento de projetos, nas áreas<br />
de educação, cultura, turismo, meio ambiente, saúde, agricultura e outras, na busca do<br />
desenvolvimento regional do Estado;<br />
- Ampliar o número de projetos e atividades de extensão, em todas as Unidades, e aumentar o número<br />
de professores e alunos envolvidos nos mesmos;<br />
- Aumentar as publicações em extensão;<br />
- Melhorar a interação com entidades privadas na realização de projetos de interesse comum que<br />
envolvam maior número de professores e alunos.<br />
20. INFRA-ESTRUTURA<br />
20.1. Bibliotecas<br />
A rede de Bibliotecas da UEMG é formada por seis bibliotecas nas Unidades do Campus de Belo<br />
Horizonte e uma biblioteca em cada uma de suas unidades do interior. A UEMG possui uma<br />
Coordenadoria de Biblioteca, sediada na Reitoria, subordinada à Pró-Reitoria de Ensino e Extensão.<br />
A Coordenadoria de Bibliotecas tem como competências supervisionar a implantação e o<br />
desenvolvimento das atividades do sistema de bibliotecas da UEMG, servir de apoio aos programas<br />
desenvolvidos na Universidade, propor políticas compatíveis com o planejamento da Instituição, segundo<br />
as necessidades de informação bibliográfica, estabelecer diretrizes, normas e procedimentos para o<br />
sistema de bibliotecas, programar ações entre os integrantes do sistema, estabelecendo prioridades,<br />
desenvolver procedimentos para a indicação, seleção e aquisição de obras de interesse das unidades<br />
acadêmicas da UEMG, receber o material bibliográfico adquirido, doado ou permutado e providenciar sua<br />
incorporação ao patrimônio da UEMG.<br />
Todas as bibliotecas da UEMG são coordenadas por bibliotecários, o que permite a catalogação<br />
do acervo nas normas dos serviços bibliográficos. Todas têm computadores para os estudantes e acesso à<br />
Internet. Em todas elas, é possível a consulta ao acervo através da Internet.<br />
68
Nas bibliotecas das Unidades do Campus BH e também na Unidade de João Monlevade, o acervo<br />
é informatizado através do software Pergamum – Sistema Integrado de Bibliotecas. Por ser um sistema<br />
amplo e em formato internacional, permite não só a ligação de todas as bibliotecas do Sistema UEMG<br />
como também a catalogação cooperativa de artigos de periódicos com todos os participantes da Rede<br />
Pergamum. Assim, permite que todo o acervo esteja disponível, além de propiciar a importação de dados<br />
de bases nacionais e internacionais.<br />
As bibliotecas que utilizam o PERGAMUM oferecem a seus usuários serviços de consulta ao<br />
acervo, através do site www.uemg.br/bibliotecas, bem como renovação e reserva dos materiais via<br />
internet no link: www.uemg.br/biblioteca/renovação e www.uemg.br/biblioteca/reserva.<br />
As bibliotecas de Barbacena, Poços de Caldas e Ubá estão informatizadas através do software<br />
ARGONAUTA, que não permite a integração com as outras bibliotecas do Sistema UEMG. A biblioteca<br />
da Unidade de Frutal tem o acervo informatizado através de um sistema próprio, que também não permite<br />
integração com as demais. Para consolidar o Sistema UEMG, torna-se necessário que todas as Unidades<br />
usem o mesmo software de gerenciamento de bibliotecas, o que está sendo providenciado,<br />
gradativamente.<br />
Com a criação dos cursos de pós-graduação stricto sensu, a CAPES disponibilizou para a UEMG<br />
o acesso ao Portal CAPES, o que assegura ao alunado condições de consulta a outras bases de dados e à<br />
bibliografia mais recente de cada área.<br />
As bibliotecas do Campus/BH funcionam de segunda a sexta feira, de 07:30 às 22:00 horas, e aos<br />
sábados, das 7:30 às 12:00 horas. Somente a biblioteca da Faculdade de Políticas Públicas funciona das<br />
13:00 às 21:00 de segunda a sexta feira e aos sábados, das 8:00 às 12;00 horas. As bibliotecas dos Campi<br />
do interior funcionam de 13:00 às 22:30 horas.<br />
Acervo<br />
O acervo geral da UEMG é mostrado na Tabela 27. Esses dados ainda não incorporam as<br />
aquisições de livros realizadas neste segundo semestre para diversas Unidades, que estão sendo<br />
processadas e catalogadas.<br />
Tab. 27. Acervo Bibliográfico da UEMG em 2010<br />
ACERVO GERAL DA UEMG<br />
REVISTA<br />
MULTI-<br />
<strong>DE</strong><br />
MEIOS<br />
ÁREA DO<br />
PERIÓ- DIVULGA- JORNAI (CDS, PARTITURA OUTROS<br />
CONHECIMENTO LIVROS<br />
Ciências Exatas e<br />
DICOS ÇÃO S DVDS) S<br />
*<br />
da Terra<br />
Ciências biológicas<br />
2.800 4 1 1 0 0 0<br />
e fisiológicas 722 16 1 0 0 0 0<br />
Engenharias 971 62 1 0 0 0 0<br />
Ciências da saúde<br />
Ciências agrárias e<br />
672 7 1 0 0 0 0<br />
veterinárias 268 18 1 0 0 0 149<br />
Ciências sociais<br />
aplicadas 2.098 253 1 0 0 0 0<br />
Ciências humanas<br />
Linguísticas,<br />
33.220 468 2 1 62 0 0<br />
Letras e artes 17.749 80 4 0 3459 6584 0<br />
Outros 10.220 54 0 0 0 0 0<br />
TOTAL 68720 962 12 2 3521 6584 149<br />
Fonte: Biblioteca das unidades, 2010<br />
Obs.: Cartas geológicas e fotos aéreas.<br />
Todo o acervo acima está catalogado de acordo com as normas bibliográficas. O acervo da<br />
UEMG tem sido ampliado, mas ainda apresenta deficiências que a Instituição vem corrigindo, na medida<br />
69
de suas possibilidades. Detalhes sobre a situação do acervo das Unidades acham-se no „Projeto de<br />
Recredenciamento da UEMG‟<br />
20.1.1. Política de Desenvolvimento e Atualização de Acervo<br />
A formação dos acervos das bibliotecas da UEMG é de responsabilidade dos coordenadores de<br />
cursos de graduação e pós-graduação, em conjunto com os diretores de bibliotecas e a Coordenadoria de<br />
Bibliotecas. Os acervos deverão ser constituídos com os recursos financeiros disponíveis e têm a<br />
preocupação de atender aos programas de ensino da graduação, pós-graduação e extensão, e à memória da<br />
Instituição, contemplando os diversos tipos de materiais, em seus variados suportes.<br />
As normas para formação de acervos são regidas pelos critérios de qualidade e quantidade. A<br />
garantia da qualidade dos materiais a serem selecionados é definida observando-se os seguintes aspectos:<br />
• projeto pedagógico dos cursos abrangidos;<br />
• atualização periódica das bibliografias básicas dos planos de ensino feita pelos docentes;<br />
• coleta de sugestões de materiais feitas pelo corpo docente e discente, através de formulário de<br />
sugestões;<br />
• novas assinaturas e renovação da assinatura de periódicos;<br />
• cursos de graduação e pós-graduação em implantação e/ou fase de reconhecimento,<br />
credenciamento e recredenciamento;<br />
• programas de stricto e lato sensu a serem implantados.<br />
A política de desenvolvimento de coleções do Sistema de Bibliotecas da Universidade<br />
tem por finalidades:<br />
• estabelecer normas para seleção e aquisição de material bibliográfico;<br />
• disciplinar o processo de seleção, tanto em quantidade como em qualidade, de acordo com as<br />
características de cada curso oferecido pela UEMG;<br />
• atualizar de forma contínua o acervo, permitindo o crescimento e o equilíbrio nas áreas de<br />
atuação da instituição;<br />
• determinar critérios para duplicação de títulos;<br />
• estabelecer prioridades de aquisição de material;<br />
• estabelecer formas de intercâmbio de publicações;<br />
• traçar diretrizes para a avaliação das coleções.<br />
• traçar diretrizes para o descarte do material;<br />
• direcionar o uso racional dos recursos materiais e financeiros.<br />
De acordo com as diretrizes estabelecidas para aquisição de livros, cada disciplina pode indicar<br />
até 3 (três) títulos constantes do Plano de Ensino, a serem adquiridos como bibliografia básica. Outros<br />
títulos podem ser indicados, como bibliografia complementar.<br />
A proporção estabelecida para compra de exemplares de cada título, para as bibliografias básicas,<br />
para os cursos de graduação, é definida de acordo com o número de alunos, conforme mostrado na Tabela<br />
28.<br />
Tab.28. Critérios para aquisição de títulos componentes da Bibliografia Básica<br />
Proporção<br />
Coeficiente<br />
Faixa Alunos<br />
por alunos matriculados<br />
de variação<br />
1ª 0 – 50 1 exemplar para cada 07 alunos Mínimo 02 máximo 07<br />
2ª 51-100 1 exemplar para cada 10 alunos Mínimo 07 máximo 12<br />
3ª 101-250 1 exemplar para cada 30 alunos Mínimo 12 máximo 17<br />
4ª Mais de 251 1 exemplar para cada 50 alunos Mínimo 17 máximo 20<br />
Para bibliografia em língua estrangeira, recomenda-se a aquisição de 1 (um) exemplar para cada<br />
título sugerido.<br />
Além disso, para os livros que compõem a bibliografia básica, adota-se o procedimento de manter<br />
um exemplar para consulta local.<br />
A aquisição de número de exemplares superior ao convencionado nesta diretriz ocorre quando<br />
comprovada a necessidade, indicada pelo número de reservas, e de acordo com os recursos disponíveis.<br />
70
Os títulos indicados no Plano de Ensino como bibliografia complementar são adquiridos,<br />
considerando-se a ordem de prioridade indicada pelos docentes e de acordo com a verba existente.<br />
Para os cursos de especialização, a diretriz é adquirir, no mínimo, 3(três) títulos de bibliografia<br />
básica, por disciplina, até 2 (dois) títulos para complementá-la e 1 (um) título em língua estrangeira. Os<br />
livros indicados para esses cursos deverão ser adquiridos com recursos próprios.<br />
Para os cursos de mestrado, o número de volumes adquiridos, por título, por aluno, segue as<br />
seguintes proporções: 02 exemplares para cada 01 a 10 alunos e três exemplares para acima de 10 alunos.<br />
Evidentemente, todas as proporções acima foram estipuladas considerando que a disponibilidade<br />
de verbas é limitada e deve permitir o atendimento às exigências de acervo para todos os cursos<br />
oferecidos.<br />
Melhorar o acervo e as condições de infra-estrutura das bibliotecas tem sido uma preocupação da<br />
Reitoria e das Diretorias de Unidades. Este ano, um grande volume de livros está sendo adquirido para<br />
aquelas Unidades onde isso se fazia mais necessário, como Ubá, Frutal, Barbacena e João Monlevade.<br />
Compras já foram feitas e o material já está sendo distribuído. Em algumas Unidades, ações precisam ser<br />
dirigidas para a ampliação de espaço, aumento do número de servidores, aumento do número de<br />
assinaturas de periódicos e de jornais, e atualização da infra-estrutura computacional.<br />
Quanto ao aspecto espacial, todas as unidades possuem sala de estudos e mesas para consultas ao<br />
acervo e estão organizadas em estantes adequadas. Em alguns casos, o espaço físico da biblioteca precisa<br />
ser ampliado para fornecer maior conforto aos usuários.<br />
Dados detalhados sobre o acervo e espaço físico das bibliotecas constam do „Projeto de<br />
Recredenciamento‟.<br />
Metas<br />
Para os próximos 05 anos, as prioridades para o sistema de bibliotecas da UEMG são:<br />
- Consolidar e unificar os softwares usados nas bibliotecas da UEMG, possibilitando a plena<br />
integração entre as mesmas.<br />
-Dotar as bibliotecas do Sistema UEMG de condições tecnológicas que as tornem capazes de atender,<br />
simultaneamente, a um numero ilimitado de usuários, não só no recinto das bibliotecas, como também<br />
on-line.<br />
- Dotar as bibliotecas dos campi do interior das mesmas condições tecnológicas das bibliotecas dos<br />
Campi de Belo Horizonte e de João Monlevade.<br />
- Atualizar o equipamento de informática e o acesso à internet nas bibliotecas da UEMG.<br />
- Dotar as bibliotecas do Sistema UEMG de acervo bibliográfico e não bibliográfico compatível com<br />
as necessidades dos usuários.<br />
- Aumentar, em 10% por ano, o acervo bibliográfico das bibliotecas do Sistema UEMG.<br />
- Realizar “Encontros de Bibliotecários da UEMG”, visando divulgar informações, treinar pessoal para<br />
adoção dos mesmos padrões e procedimentos técnicos de trabalho.<br />
- Elaborar manual de normas para referência de trabalhos e publicações acadêmicas da UEMG,<br />
baseado nas normas da ABNT.<br />
- Criar um banco de produções acadêmicas que registre todas as produções geradas nos cursos da<br />
UEMG.<br />
20.2. A questão do Espaço Físico nas Diversas Unidades<br />
20.2.1. Localização das Unidades<br />
Os prédios da UEMG no Campus de Belo Horizonte estão dispersos em diferentes regiões da<br />
cidade. Parte dos imóveis é própria (Escola de Design, Escola Guignard, Escola de Música) e parte<br />
alugada (Reitoria, FAE, FaPP).<br />
No período de vigência do último PDI, a infra-estrutura física da UEMG cresceu e, na maior<br />
parte dos casos, melhorou. A Reitoria, a Faculdade de Educação e a Escola de Design passaram a ocupar<br />
espaços físicos mais adequados às atividades nelas desenvolvidas, embora ainda não ideais.<br />
Campus BH<br />
71
A Reitoria, que, no início da vigência do último PDI, funcionava na Praça da Liberdade, em<br />
espaço muito reduzido, ocupa atualmente prédio alugado, situado na Rua Rio de Janeiro nº 1.801,<br />
Lourdes, esquina com Gonçalves Dias. Embora tenha condições melhores que o prédio anterior, as<br />
dimensões do prédio atual ainda são insuficientes para abrigar adequadamente os setores da administração<br />
superior da Instituição. Com a transferência de órgãos do Estado para a nova Cidade Administrativa, a<br />
Reitoria será deslocada para um prédio do Estado, para eliminar a despesa com pagamento de aluguéis e<br />
melhorar a disponibilidade de espaço.<br />
A Faculdade de Educação– FaE , no início da vigência do PDI anterior, funcionava no prédio<br />
do Instituto de Educação, em condições bastante precárias. Agora está instalada em prédio alugado, na<br />
Rua Paraíba 29, Bairro dos Funcionários. O atual espaço é dotado de muito melhores condições que o<br />
anterior, e é suficiente para abrigar as atuais atividades da Escola. A despeito disso, o espaço precisará ser<br />
ampliado quando se concretizarem as propostas de expansão de atividades da Unidade. A Escola<br />
precisará contar, em seu futuro prédio próprio, com mais salas para professores em regime de tempo<br />
integral, mais espaço para os quatro departamentos, e um número maior de laboratórios. O atendimento a<br />
essas demandas deverá ser contemplado na construção do novo Campus BH.<br />
A Escola de Música 1 está localizada em prédio próprio, na Rua Riachuelo 1351, Bairro Padre<br />
Eustáquio. A natureza dos cursos oferecidos requer, na maioria das atividades, salas para grupos<br />
pequenos de alunos, com isolamento acústico e ventilação mecânica especial. Na vigência do último PDI,<br />
foram realizadas intervenções para adaptação do prédio a essas exigências, isolamento acústico em<br />
algumas salas e ampliação da área disponível. A despeito das obras realizadas, a Unidade continua<br />
instalada em um prédio inadequado. A solução para o problema já está encaminhada. Através de parceria<br />
com a FAPEMIG, dentro de dois anos, será construído um novo prédio, no Campus UEMG no Horto.<br />
A Escola Guignard funciona em prédio de propriedade da UEMG, situado na Rua Ascânio<br />
Burlamarque, 540 – Bairro Mangabeiras. A construção foi feita para abrigar a Escola, e o espaço é<br />
suficiente para as atividades atuais.<br />
A Escola de Design, na vigência do último PDI conquistou um novo espaço. Está instalada em<br />
prédio próprio, verticalizado, na Av. Antônio Carlos, 7545, Bairro São Luiz, com 6.000 m². Tendo área<br />
três vezes maior que a do prédio onde funcionava anteriormente, a Escola dispõe de boas salas de aula,<br />
salas de reunião, laboratórios, oficinas, espaço específico destinado à pós-graduação, bons equipamentos<br />
e bom mobiliário. Tem a estrutura, benefícios e conforto necessários à manutenção e expansão de suas<br />
atividades.<br />
A Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves 2 ocupa prédio alugado, situado na Rua<br />
Major Lopes 574, Bairro São Pedro. Embora tenha sido construído para abrigar estabelecimento de<br />
ensino fundamental e médio, as instalações têm sido consideradas adequadas aos cursos ali oferecidos.<br />
Unidades do Interior:<br />
O Instituto Superior de Educação Dona Itália Franco funciona na Av. Coronel José Máximo<br />
200, Bairro São Sebastião. Foi criado pelo Decreto nº 42.235, de 03/01/02. Em 2005, foram concluídas<br />
as obras de adaptação e ampliação do prédio do Colégio Tiradentes que, mediante convênio com a Polícia<br />
Militar de Minas Gerais, sedia, temporariamente, o Instituto.<br />
O Campus Frutal da UEMG está situado na Av. Professor Mário Palmério 1000, Bairro<br />
Universitário.<br />
Entre as realizações da UEMG, na vigência do último PDI, destaca-se a construção desse<br />
Campus. O funcionamento da Unidade teve início com a assinatura de convênio com a Fundação<br />
Educacional de Ensino Superior de Frutal. Em 2005, a UEMG recebeu 17 675m2, como doação, para<br />
construção do referido Campus. O Governo do Estado desapropriou mais 351 300m2 para expansão da<br />
UEMG e construção de um pólo Universitário em Meio Ambiente e recursos Hídricos_HIDROEX, em<br />
1<br />
Proveniente da Fundação Mineira de Arte Aleijadinho – FUMA, incorporada à UEMG pelo art. 24 da Lei<br />
11.539/94.<br />
2<br />
Criada pela Resolução CONUN/UEMG Nº 78, de 10/09/2005.<br />
72
parceria com a UNESCO. O Campus Frutal já está funcionando nos novos prédios, construídos nessa área<br />
e dotados de excelentes condições físicas.<br />
A FAENGE de João Monlevade ocupa prédio cedido e mantido pela Prefeitura Municipal,<br />
localizado na Avenida Brasília 1.304, Bairro Baú. A instalação da Faculdade de Engenharia em João<br />
Monlevade teve início em julho de 2006, com a cessão de imóvel para sediar as primeiras séries dos dois<br />
primeiros cursos oferecidos – Engenharia Ambiental e Engenharia de Minas. Atualmente, o prédio abriga<br />
três cursos, e terá um quarto, a partir de 2011.<br />
A Unidade UEMG de Ubá, também criada na vigência do PDI anterior, foi instalada em<br />
convênio com a Prefeitura do Município, através da Fundação Municipal Irailda dos Santos Ribeiro, e<br />
funciona na Avenida Olegário Maciel, 1427, Bairro Industrial. Nos termos do convênio celebrado com<br />
a Prefeitura, compete ao poder público municipal disponibilizar instalações móveis e imóveis, material de<br />
consumo, serviços e outros encargos para o funcionamento dos cursos.<br />
20.2.2. Laboratórios, Salas de aula, Anfiteatros e Outros Espaços<br />
As informações completas relativas ao espaço físico, salas de aula, laboratórios, oficinas, e outros<br />
ambientes, de cada Unidade, são apresentadas no Documento „Projeto de Recredenciamento da UEMG‟.<br />
Nossas unidades possuem salas para aulas teóricas que atendem no máximo a 40 alunos, apesar<br />
de, em vários casos, comportarem maior número. É política da Universidade que esse número seja<br />
respeitado visando garantir a qualidade do ensino e evitando excesso de alunos em sala.<br />
Dada a diversidade de cursos oferecidos, a UEMG possui uma grande variedade de laboratórios e<br />
oficinas, como Laboratórios de Análise de Águas, de Fotografia, de Imagem, de Gravura, de Serigrafia,<br />
de Escultura, de Cerâmica, de Laticínios, de Brinquedos, etc.<br />
Além dos laboratórios específicos de cada área, há também, em todas as unidades da UEMG,<br />
Laboratórios de Informática. Em algumas Unidades, como a FaE, há um Setor de Áudio Visual,<br />
responsável pela montagem, criação, manutenção dos equipamentos que podem ser utilizados vinculados<br />
ao laboratório de informática.<br />
Em muitos dos laboratórios, os equipamentos são totalmente adequados às necessidades dos<br />
cursos e ao número de alunos. Em alguns outros, ainda são necessárias melhorias, efetuadas à medida que<br />
se conseguem recursos. Um exemplo disso é a aplicação, neste semestre, de um grande volume de<br />
recursos, no Projeto de Melhoria de Equipamentos de Laboratórios de Frutal, também descrito no „Projeto<br />
de Recredenciamento da UEMG‟.<br />
Além de atender à variedade dos cursos, temos laboratórios e oficinas atendendo à pesquisa e à<br />
extensão. Em algumas Unidades, possuímos mais de um laboratório com alto grau de complexidade como<br />
é o caso dos laboratórios das Escolas de Design e Guignard. Em muitos laboratórios e oficinas, ensino e<br />
pesquisa acontecem simultaneamente. É o caso do Laboratório de Brinquedos, da Unidade de Barbacena.<br />
Em algumas unidades existem empresas Junior, laboratórios-modelo nos quais os estudantes têm<br />
oportunidade de vivenciar as dimensões do fazer de sua área, e onde se preparam para as complexidades<br />
dessa realidade.<br />
A Instituição vem buscando assegurar, como resultado do aumento do número e variedade desses<br />
laboratórios, a melhoria da qualidade dos cursos e também o crescimento da produção que deles pode<br />
advir, em termos de aumento do número de projetos de pesquisa e extensão, de publicações e de produtos<br />
artísticos, técnicos e culturais. Assim, a Universidade está ampliando suas potencialidades e melhor<br />
desempenhando seu compromisso com a sociedade.<br />
Todas as Unidades possuem salas para os trabalhos da coordenação, direção e sala dos<br />
professores. Possuímos auditórios ou anfiteatro nas Unidades, com mobiliários adequados. Em alguns<br />
casos, esses auditórios ou anfiteatros são cedidos à comunidade, para apresentações teatrais, sessões de<br />
cinema como ocorre na Unidade de Frutal. Em várias Unidades, as atividades de extensão também têm<br />
espaços próprios.<br />
Algumas Escolas ainda enfrentam problemas relativos ao espaço físico, o que, em parte, se deve<br />
ao fato de terem sido criadas há pouco tempo.<br />
20.2.3. Melhoria das Condições de espaço Físico e de infra-estrutura<br />
Os projetos de expansão e melhoria da infra-estrutura da UEMG desdobram-se em dois grupos de<br />
atividades. Um conjunto de obras, de caráter emergencial, vem sendo executado, ao longo dos anos, e na<br />
medida dos recursos disponíveis, nas instalações onde hoje se encontram as Unidades acadêmicas, para<br />
73
mantê-las em boas condições de funcionamento. Outra prioridade da UEMG tem sido direcionar esforços<br />
no sentido de construir prédios próprios, definitivos, para abrigar suas Unidades, nos terrenos já<br />
disponíveis.<br />
Paralelamente, outras iniciativas têm sido dirigidas, em Belo Horizonte, à mudança para prédios<br />
do Governo do Estado, liberados como resultado da transferência de outros órgãos para a Cidade<br />
Administrativa. Essa mudança implicaria a redução das despesas com o pagamento de aluguéis, enquanto<br />
não ocorre a construção de prédios próprios. Com relação à Reitoria, por exemplo, que hoje funciona em<br />
prédio alugado, a perspectiva, no curto prazo, é a mudança para um prédio cedido pelo Governo. Nesse<br />
caso, a meta é<br />
- No curto prazo, a UEMG deverá ter sua Reitoria instalada em prédio do Estado, com disponibilidade<br />
de espaço suficiente para melhor acomodar todos os setores da administração superior.<br />
Os recursos economizados poderão ser investidos no atendimento de outras necessidades da Instituição.<br />
20.2.3.1. Melhoria das Condições de Infra-estrutura, nos Prédios em Funcionamento<br />
A UEMG tem buscado a melhoria da infra-estrutura existente, com a adequação de ambientes<br />
(salas de aula, laboratórios, banheiros, e outros) para o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão.<br />
Essas reformas contemplam também preocupações com a iluminação, ventilação, segurança e biosegurança,<br />
tratamento de lixo químico, deposição de dejetos, entre outros. Leva-se em conta, também,<br />
nesse aspecto, o acesso de toda a comunidade, incluindo os portadores de deficiências, a todos os espaços<br />
físicos e aos equipamentos. Essas medidas vêm sendo adotadas, no limite de nossos recursos, sem perder<br />
de vista o objetivo principal que é a construção de prédios próprios e definitivos. .Os imóveis em que<br />
funcionam as Unidades da UEMG apresentam condições de infra-estrutura bastante variadas. A descrição<br />
detalhada dos espaços físicos de cada Unidade, nos moldes previstos no „Instrumento de Verificação in<br />
loco‟ do CEE, acha-se no documento „Projeto de Recredenciamento da UEMG‟.<br />
Enquanto alguns prédios apresentam ótimas condições, outros demandam reparos e adaptações. A<br />
Faculdade de Educação e a Escola de Design, do Campus BH, por exemplo, além de mudarem para novas<br />
instalações, receberam investimentos para melhoria do espaço físico para acolher os cursos de mestrado.<br />
Suas instalações têm hoje condições muito boas. Além disso, recentemente, a Faculdade de Educação<br />
teve aprovado um projeto encaminhado à FINEP, cujos recursos permitirão melhorar ainda mais as<br />
condições de infra-estrutura. Embora mais direcionadas à melhoria das condições de oferta do stricto<br />
sensu, essas modificações terão repercussões positivas para toda a Escola.<br />
Nesse caso específico, a meta da UEMG é<br />
- Criar condições para implantar o projeto FINEP, recentemente aprovado, de melhoria de infraestrutura<br />
para consolidação da pós-graduação stricto sensu.<br />
Outras Unidades demandam obras de manutenção e reforma. Mesmo na Escola de Design, alvo<br />
de intervenções recentes, ainda há necessidade de obras para minimizar ou eliminar problemas relativos à<br />
necessidade de ampliar a capacidade da rede elétrica e circulação vertical. Também nas Unidades do<br />
Interior, há demandas por pequenas reformas ou obras de manutenção nos prédios atuais. A administração<br />
da UEMG está atenta à necessidade de manutenção constante em todas as Unidades. O atendimento<br />
dessas demandas é feito na medida dos recursos da Instituição.<br />
Algumas metas da Instituição, com relação à melhoria das condições de espaço físico e infraestrutura<br />
do conjunto de suas Escolas são:<br />
- Continuar se empenhando, junto ao Governo, para conseguir recursos para executar as obras de<br />
manutenção necessárias para assegurar condições de funcionamento das Unidades, nas instalações<br />
existentes;<br />
- Desenvolver esforços no sentido de obter recursos para executar as obras de reforma e ampliação<br />
necessárias à melhoria das condições das instalações existentes, naquelas Unidades onde não há<br />
perspectiva de construção de novos prédios no curto prazo;<br />
74
- Promover a readequação do mobiliário das salas às disciplinas, onde necessário;<br />
- Aumentar a disponibilidade de equipamentos e instrumentos;<br />
- Aumentar o número de computadores e melhorar o acesso à Internet;<br />
- Aumentar a capacidade de navegação e transmissão de dados nas Unidades;<br />
- Aumentar o número de softwares licenciados, para atender às necessidades do ensino, pesquisa e<br />
extensão;<br />
- Substituir o mobiliário que não se acha em condições adequadas de uso.<br />
A descrição detalhada da infra-estrutura física das Unidades, com os diferentes tipos de espaço,<br />
incluindo salas de aula, oficinas, laboratórios, auditórios, etc. e os projetos de melhoria de infra-estrutura<br />
constam do documento „Projeto de Recredenciamento-UEMG‟. Também constam do mesmo documento<br />
a descrição dos Laboratórios de Informática e os projetos de melhoria e atualização de equipamentos dos<br />
mesmos.<br />
20.2.3.2. Construção de Novos Prédios<br />
O funcionamento da Universidade em prédios próprios é uma aspiração permanente da UEMG.<br />
Na vigência do último PDI, foram conseguidos avanços significativos, com a construção de grande parte<br />
do Campus Frutal, mas muito ainda precisa ser feito. Há planos para a construção de novos prédios em<br />
Belo Horizonte e no Interior. Há demandas pela construção de prédios próprios para os Campi de<br />
Barbacena e Ubá. Diversas ações estão em curso, visando melhorar e expandir o Campus de João<br />
Monlevade. Alguns aspectos a respeito desse tema são resumidos a seguir.<br />
20.2.3.2.1.Campus de Belo Horizonte<br />
A UEMG recebeu, mediante doação, dois terrenos, situados na Avenida Cândido da Silveira, no<br />
Horto, totalizando 129.000 m2. A pretensão da Instituição é abrigar, nesse terreno, todas as unidades do<br />
Campus BH e a Reitoria. Já foram elaborados o Plano Diretor e o Projeto Executivo do novo Campus. O<br />
projeto geral do Campus é mostrado na Figura 8.<br />
A primeira Unidade a ser construída será a Escola de Música, uma vez que, no prédio onde a<br />
Escola funciona atualmente, a despeito das reformas realizadas, persistem problemas de iluminação e as<br />
salas de aula não atendem às condições ideais de acústica e circulação.<br />
A solução para esses problemas será viabilizada através de construção de um novo prédio, no<br />
terreno destinado ao Campus BH. Através de acordo já firmado, a FAPEMIG construirá, no prazo de dois<br />
anos, o prédio da ESMU, com quatro pavimentos, e totalmente adaptado às demandas da Escola. Em<br />
contrapartida, a UEMG cedeu à FAPEMIG uma pequena parte do terreno de que dispunha no local. As<br />
plantas da ESMU já foram elaboradas e estão recebendo os últimos ajustes. Constam do „Projeto de<br />
Recredenciamento‟.<br />
A Instituição espera conseguir recursos para construir, no prazo de cinco anos, pelo menos mais<br />
uma Unidade desse Campus. As metas da UEMG para o Campus BH, na vigência deste PDI são,<br />
portanto:<br />
- Construir o prédio da Escola de Música no novo Campus BH;<br />
- Continuar se empenhando no sentido de obter recursos para construir mais uma Unidade nesse<br />
Campus.<br />
Evidentemente, o cumprimento dessa segunda meta depende de recursos provenientes do<br />
Governo, cuja liberação não é possível assegurar.<br />
No médio e longo prazos, ultrapassando a vigência deste PDI, a UEMG pretende ter a Reitoria e<br />
suas Unidades de Belo Horizonte funcionando em prédios adequados às suas atividades, no novo espaço<br />
destinado ao campus BH.<br />
75
Fig 8. Projeto do futuro Campus da UEMG em Belo Horizonte<br />
Obs. Parte da área de Estacionamento prevista nesse Projeto original foi cedida à FAPEMIG.<br />
20.2.3.2.2. Campi do Interior do Estado<br />
Campus Barbacena<br />
Essa Unidade funciona em espaço limitado, utilizado durante parte do tempo pelo Colégio<br />
Tiradentes, constituído por 12 salas de aula, todas ocupadas pelos cursos da UEMG. A Unidade tem<br />
problemas de falta de espaço, especialmente na Biblioteca, e as possibilidades de ampliação são<br />
reduzidas, uma vez que o espaço é partilhado. A solução para o problema dar-se-á através da construção<br />
de prédio próprio.<br />
Recentemente, um grande passo foi dado nessa direção. O Poder Legislativo, através da edição da<br />
Lei nº 18.707, de 7/01/2010, autorizou o Poder Executivo a doar à UEMG, para construção do Campus<br />
76
Barbacena, imóvel no Bairro Roman, com área de 322.208 m², às margens da Av. Amilcar Martins e Rua<br />
Luiz Delben ( Figura 9). As próximas medidas dizem respeito à elaboração do projeto de construção do<br />
imóvel e busca de recursos para sua construção.<br />
As metas com relação à infra-estrutura do Campus Barbacena são:<br />
- Elaborar o Plano Diretor para o Campus: desenvolver estudos de necessidades e dimensionar os<br />
ambientes físicos para salas de aulas em suas diversas modalidades de uso, para atividades<br />
administrativas, de apoio e de convivência acadêmica, etc.;<br />
- Elaborar projeto executivo;<br />
- Fazer gestões no sentido de obter recursos para iniciar as primeiras intervenções.<br />
Fig.9 Localização do futuro Campus do Instituto Superior de Educação Dona Itália<br />
Franco,Barbacena<br />
77
Frutal<br />
Em uma área de 17.675 m², recebida em doação, em 2005, e outra, de 351.300 m², desapropriada<br />
pelo Estado, teve início, em 2008, a construção de um pólo universitário e de um centro especializado na<br />
formação em Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Instituto HIDROEX - um projeto do Governo<br />
Mineiro em parceria com a UNESCO, voltado para a pesquisa e o ensino da ciência das águas.<br />
Os dois complexos – UEMG e HIDROEX – são absolutamente distintos em seus objetivos, mas<br />
se complementam. Partilham alguns espaços comuns e se integram no estabelecimento de uma política de<br />
educação ambiental que atenderá a toda Minas Gerais e também será usado pela UNESCO para sua ação<br />
educacional voltada para recursos hídricos e dedicada à América Latina e aos países de língua portuguesa<br />
da África.<br />
Na vigência do último PDI, um grande volume de recursos foi obtido pela Instituição para<br />
edificação do Campus Frutal. A primeira etapa da construção das instalações da UEMG está pronta, em<br />
prédio com dois blocos e três pavimentos, totalizando aproximadamente 6.600 m2 (incluindo pátios). O<br />
prédio dispõe de 30 salas de aulas, 4 laboratórios, auditório para 429 pessoas, foyer para exposições,<br />
biblioteca, salas para professores, laboratório de informática, laboratórios e estrutura administrativa,<br />
Centro de Memória, cantina e área para estacionamento. Todas as salas de aulas e laboratórios se voltam<br />
para um pátio central, contribuindo para a integração dos estudantes (Figura 10)<br />
É contemplada, no projeto de expansão do complexo, a construção de outras instalações tais<br />
como biblioteca, alojamentos para professores e alunos, bloco para administração com auditório, praça de<br />
águas, restaurante, vila olímpica, casa de hóspedes, quiosques, além de outras para utilização em comum<br />
com o HIDROEX.<br />
Durante a vigência do PDI ora apresentado, a prioridade é:<br />
- Dotar os laboratórios de equipamentos compatíveis com as novas instalações e com as demandas dos<br />
vários cursos da Unidade.<br />
Recursos já obtidos mediante emenda parlamentar permitirão, ainda em 2010, a compra de um<br />
grande volume de equipamentos para os laboratórios recém-construídos, equipamentos de informática,<br />
mobiliário, etc.<br />
78
Fig.10. Planta do Complexo UEMG-Hidroex<br />
79
João Monlevade<br />
O prédio em que a escola funciona atualmente conta com salas para administração e de<br />
professores, pequena biblioteca, 6 salas de aula e 3 laboratórios (Biologia, Química e Informática). A<br />
Unidade funciona em três turnos.<br />
O local e infra-estrutura atuais, embora pequenos, são de boa qualidade. Alguns espaços são<br />
improvisados, como sala dos professores e biblioteca. Há necessidade de construir e equipar novos<br />
laboratórios. Embora a atual localização da Escola dificulte sua ampliação para abrigar um Campus mais<br />
completo, diversas iniciativas vêm sendo tomadas para melhoria das condições de infra-estrutura e alguns<br />
avanços têm sido conseguidos. A Instituição tem as seguintes metas quanto à construção de edificações<br />
na Unidade:<br />
- Fazer gestões junto ao Governo para conseguir recursos para ampliar o prédio, com a construção de<br />
mais dois andares;<br />
- Complementar os laboratórios existentes e instalar outros para aulas práticas e projetos de pesquisa.<br />
A consecução dessas metas depende, totalmente, da obtenção de recurso junto ao Governo.<br />
Ubá<br />
Em 2005, no início da oferta de curso da UEMG nesse Município, era utilizado, provisoriamente,<br />
o prédio do Instituto São Judas Tadeu, uma escola de ensino fundamental e médio. Em 2009, a Unidade<br />
passou a funcionar em novo local, em instalações cedidas pela Prefeitura de Ubá, ainda provisórias,<br />
porém preparadas para os requisitos dos três cursos (Química, Ciências Biológicas e Design de Produto).<br />
O prédio, conhecido como “Zomata”, era, originalmente, um galpão de dois pisos, com 2.250 m² de área,<br />
em terreno de 3.355 m2. Foi adaptado para funcionar como escola, enquanto são sanadas as dificuldades<br />
enfrentadas pela Prefeitura para construir o primeiro bloco (denominado “Bloco Multiuso‟‟), em terreno<br />
doado à Universidade.<br />
Dispõe de 11 salas de aula, biblioteca, laboratórios de Química, de Biologia, de Design, de<br />
Águas, e três salas para secretaria, professores e diretoria, bem como um espaço próprio para cantina. O<br />
prédio, entretanto, ainda apresenta deficiências que precisam ser sanadas. A solução definitiva para os<br />
problemas de infra-estrutura da Unidade depende da edificação de novo prédio. A Universidade tem um<br />
terreno de 38,5 hectares, na margem da rodovia Ubá-Ligação, adquirido pela Prefeitura e doado à UEMG,<br />
onde será construído seu Campus.<br />
O Plano Diretor para construção do Campus no terreno doado, elaborado pela equipe de<br />
professores da Unidade com a supervisão do Departamento de Obras da Reitoria, já foi aprovado pelo<br />
Conselho Universitário (Figura 11). A meta da UEMG para o médio prazo, com relação a essa Unidade, é<br />
- Desenvolver esforços, junto ao Governo, a fim de conseguir recursos para construir o primeiro bloco<br />
do novo Campus, denominado „Multiuso‟. Como se trata do primeiro bloco a ser instalado, demandará<br />
a construção de infra-estrutura para o fornecimento de água potável, esgotamento sanitário,<br />
armazenamento e lançamento de água pluvial, as redes elétricas e de comunicação que alimentarão o<br />
campus, bem como de parte da malha viária interna e de guarita de controle de acesso e segurança do<br />
Campus.<br />
A concretização dessa meta depende da liberação de recursos junto ao Governo.<br />
80
Fig. 11. Futuro Campus da UEMG, em Ubá<br />
81
21. SISTEMAS <strong>DE</strong> REGISTRO <strong>DE</strong> INFORMAÇÕES ACADÊMICAS<br />
21.1. Registro Acadêmico<br />
Os registros das informações relativas à matrícula, integralização curricular e à vida acadêmica do<br />
aluno são feitos de maneira informatizada, através do Sistema „Giz‟.<br />
O sistema foi adquirido pela UEMG há mais ou menos 10 anos e vem sendo adaptado às<br />
especificidades dos cursos ministrados pela UEMG, atendendo a uma demanda frequente das Unidades. É<br />
utilizado por todas as Unidades, exceto Frutal, que possuía sistema próprio antes de ser absorvida pelo<br />
Estado e o mantém até a presente data.<br />
Atualmente, temos 21 cursos de graduação que utilizam o Sistema Giz, abrangendo mais ou<br />
menos 5.000 alunos. Todas as rotinas da secretaria são automatizadas, os históricos escolares são gerados<br />
automaticamente ao final de cada período letivo, bem como são emitidos os documentos necessários à<br />
secretaria acadêmica.<br />
O registro de frequência, notas e conteúdo é feito pelo professor, através do sistema webprof,<br />
realizado via internet e disponibilizado para consulta do aluno, através do mesmo sistema. A coordenação<br />
de curso tem acesso a todas as informações dos alunos, através do módulo especialmente dedicado à<br />
emissão de relatórios e gráficos estatísticos. Com relação aos procedimentos de controle acadêmico, a<br />
meta é, ainda no ano de 2010,<br />
Implantar o sistema de matrícula „on line‟, em todas as Unidades.<br />
Esse sistema de matrículas é essencial para a viabilização da matrícula por disciplinas, desejada<br />
por algumas Unidades, a qual, por sua vez, favorecerá, ao longo do tempo, a flexibilização de currículos.<br />
21.2. Necessidade de Implantação de um Sistema de Gestão Acadêmica<br />
Além dos registros relativos à vida acadêmica dos alunos, já existentes, a Instituição carece de um<br />
sistema de registro de todas as atividades acadêmicas realizadas pelos docentes. Algumas das dificuldades<br />
que a Universidade tem para obter informações, elaborar relatórios, elaborar e acompanhar políticas<br />
ligadas à produção da Instituição estão relacionadas não apenas à falta de pessoal, mas à deficiência de<br />
sistemas informatizados.<br />
A UEMG utiliza diversos sistemas que colhem informações segmentadas. Assim, para controle<br />
de pessoal, lançamento de frequência de docentes e pagamentos, usa os sistemas adotados pelo Estado,<br />
em geral. Para lançamento das atividades de extensão, usa o Sistema SIEX. Para fornecimento de dados<br />
relativos à pós-graduação, usa o DATACAPES. Para informações relativas ao corpo docente dos cursos<br />
de graduação, preenche os formulários dos sistemas implantados pelo MEC (Cadastro Docente e E-Mec).<br />
Para avaliação de docentes e servidores, usa os formulários de avaliação acordados com o Governo do<br />
Estado.<br />
Esses sistemas, embora atendam às finalidades dos órgãos que os implantaram e mantêm, são<br />
totalmente isolados e, muitas vezes cobrem apenas uma parcela do quadro docente. Não possibilitam a<br />
emissão de relatórios gerenciais nos modelos necessários à Instituição, não trocam informações e não são<br />
passíveis de modificação pela Instituição.<br />
O esforço da UEMG deve ser direcionado no sentido da correção dessas deficiências e da<br />
implantação de bases de dados indispensáveis aos sistemas de informação, de avaliação, de planejamento<br />
das atividades e de comunicação, como é requerido pelos modernos procedimentos de administração. A<br />
meta para a vigência deste PDI é<br />
- Implantar um sistema de informações acadêmico gerenciais para levantamento e tratamento das<br />
informações relativas às atividades acadêmicas que permita à UEMG, efetivamente, conhecer e gerenciar<br />
sua produção, identificar seus problemas e acompanhar o efeito das iniciativas tomadas para saná-los.<br />
82
21.3. Sistema de Comunicação Interno e Externo<br />
A importância de um projeto de melhoria da comunicação interna e externa está patente em todos<br />
os diagnósticos realizados para elaboração do planejamento estratégico da UEMG.<br />
Na vigência do último PDI, ocorreram avanços que favoreceram a comunicação interna e externa,<br />
como a melhoria da página da UEMG, a criação do Boletim de Pesquisa, favorecendo a disseminação de<br />
informações para as Unidades. O processo avaliativo previsto no Acordo de Resultados também foi<br />
implementado com a preocupação de assegurar a transparência nas avaliações e o acompanhamento do<br />
desempenho pelo servidor.<br />
Entretanto, ainda há muito a ser feito. No tocante à comunicação interna, o objetivo é<br />
- Estruturar e implantar planos de comunicação formal e informal, conforme sejam as necessidades<br />
administrativas e de interação dos grupos e melhorar a comunicação que se processa entre os<br />
diversos órgãos e níveis da estrutura da Universidade, buscando formas mais ágeis e sistemáticas de<br />
divulgação de informações.<br />
Esses processos permitirão a veiculação mais ágil de:<br />
informações relacionada às diretrizes, regras, procedimentos, objetivos e atividades;<br />
definição de funções, autoridade e responsabilidades nos trabalhos objeto de ordens de<br />
serviços específicas;<br />
informações gerais sobre a Universidade, como seu progresso ou status;<br />
respostas a pedidos específicos de informação.<br />
Quanto à informação ascendente, conforme previsto no PDI anterior, como parte do Acordo de<br />
Resultados, foram estabelecidos sistemas e rotinas de encaminhamento de relatórios de desempenho<br />
indicando resultados, progresso e problemas. Entretanto, ainda é necessário avançar mais na criação de<br />
estímulos à produção de idéias e sugestões para a solução de problemas.<br />
A informação e comunicação com o público externo dependem de melhor ordenamento das bases<br />
de dados, melhoria da página da UEMG e da estruturação e implantação de meios mais eficazes de<br />
comunicação e divulgação externa. Isso contribuirá para que a sociedade conheça melhor a Universidade,<br />
modificando, de forma positiva, a imagem que tem da mesma. A questão da comunicação vem sendo<br />
priorizada pelo Reitorado recém empossado, que reforçou o Setor. A UEMG também tem como meta, na<br />
vigência desse PDI,<br />
- Reformular e modernizar o Portal da UEMG.<br />
22. FINANCIAMENTO<br />
O financiamento das Unidades da UEMG que compõem o Campus BH é feito, basicamente,<br />
através de recursos providos pelo Estado. O daquelas Unidades incorporadas recentemente à UEMG tem<br />
sido feito com recursos provenientes do Estado, para pagamento da totalidade das despesas com pessoal,<br />
e de parte das outras despesas correntes – material de consumo e serviços. O restante das despesas<br />
correntes e todas as despesas de capital dessas unidades tem sido custeado mediante aporte de recursos de<br />
convênio com o Governo Federal, com a FAPEMIG e com as Prefeituras. Além disso, uma pequena parte<br />
das despesas de todas as Unidades é coberta com recursos provenientes da receita própria da autarquia.<br />
Nas parcerias da UEMG com entidades públicas municipais quando da criação de Unidades no<br />
interior, o município tem assumido, em geral, a responsabilidade pelo provimento da infra-estrutura<br />
física, materiais de consumo e serviços. A realização de convênios não tem sido suficiente para assegurar<br />
à UEMG o cumprimento integral das responsabilidades assumidas, gerando, algumas vezes, dificuldades<br />
e prejuízos no provimento da atividade acadêmica assumida pelo estabelecimento de ensino e pela<br />
Universidade.<br />
22. 1 – Despesas nos Exercícios de 2002 a 2009<br />
As despesas da Universidade do Estado de Minas Gerais, nos exercícios de 2002 a 2009,<br />
autorizadas pela Lei Orçamentária Anual, foram financiadas por recursos oriundos do Tesouro Estadual,<br />
83
ecursos diretamente arrecadados e recursos oriundos de convênios com as diversas esferas de governo.<br />
Estas fontes caracterizam-se da seguinte maneira:<br />
Recursos do Tesouro Estadual: decorrem da dotação feita pela Secretaria de Estado do<br />
Planejamento e Gestão e aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais;<br />
Recursos Diretamente Arrecadados: decorrem da prestação de serviços à comunidade interna e<br />
externa;<br />
Recursos de Convênio: decorrem de subvenções e cooperações financeiras provenientes de<br />
acordos com entidades públicas, privadas e de terceiro setor, nacionais e internacionais.<br />
As despesas orçamentárias são divididas em três grandes grupos: „despesas com pessoal e encargos‟,<br />
„outras despesas correntes‟ e „despesas de investimentos ou capital‟.<br />
Pessoal e Encargos Sociais: são despesas orçamentárias de natureza remuneratória, decorrentes<br />
do efetivo exercício de cargo, emprego ou função de confiança no setor público, do pagamento<br />
dos proventos de aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de<br />
responsabilidade do empregador. Inclui os custos das contribuições incidentes sobre a folha de<br />
salários, contribuição a entidades fechadas de previdência, outros benefícios assistenciais, bem<br />
como soldo, gratificações, adicionais e outros direitos remuneratórios pertinentes a este grupo de<br />
despesa. Também são incluídas nesse item as despesas com o ressarcimento de pessoal<br />
requisitado, despesas com a contratação temporária para atender a necessidade de excepcional<br />
interesse público e despesas com contratos de terceirização de mão-de-obra que se refiram à<br />
substituição de servidores e empregados públicos, em atendimento ao disposto no artigo 18, § 1o,<br />
da Lei Complementar nº 101/2000.<br />
Outras Despesas Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas que não<br />
contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Exemplo: aquisição<br />
de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação,<br />
auxílio-transporte, além de outras despesas não classificáveis nos demais grupos de natureza de<br />
despesa.<br />
Despesa de Investimento ou Capital: despesas orçamentárias com o planejamento e a execução<br />
de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas<br />
últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.<br />
22.2. Despesas com Pessoal e “Outros Custeios”<br />
As despesas com „Pessoal‟ compreendem os valores de salários e benefícios concedidos<br />
conforme a legislação e autorizações dadas pelo Estado para contração de docentes e funcionários<br />
técnico-administrativos.<br />
As despesas com “Outros Custeios” são aquelas relacionadas com o pagamento de serviços e<br />
aquisição de materiais de consumo.<br />
No decorrer dos exercícios de 2002 a 2009, destacaram-se:<br />
a. despesas com pessoal e encargos sociais: fazem parte desse do grupo de despesas com<br />
pessoal e encargos: pessoal ativo e inativos, contribuições sociais encargos patronais,<br />
encargos fiscais e outras contribuições e benefícios<br />
as despesas com inativos representavam aproximadamente 30% em 2002, reduziram-se<br />
proporcionalmente ao total da despesa para 18% em 2009;<br />
em 2008 com a assinatura do Acordo de Resultados iniciou-se o pagamento do prêmio<br />
por produtividade no valor de R$ 1.103.419,43.<br />
houve aumento na despesa realizada da ordem de 272%.<br />
houve maior participação desse grupo de despesas frente à despesa total: 73,58% em<br />
2002 e 78,59% em 2009.<br />
b. despesas correntes: fazem parte desse grupo de despesas: diária de viagem, material de<br />
consumo, serviços de terceiros pessoas físicas e jurídicas, bolsas de estagio, pesquisa e<br />
extensão, manutenção de infra-estrutura, reformas, auxílios financeiros a estudantes e<br />
pesquisadores, consultorias e outras despesas correntes<br />
84
o prêmio de produtividade (Acordo de Resultados) em 2009 passou a integrar o grupo de<br />
despesas correntes,no valor de R$ 1.157.188,10.<br />
houve aumento na despesa realizada, da ordem de 116%.<br />
houve redução relativa frente à despesa total: 23,96% em 2002 e 14,89% em 2009.<br />
Abaixo, a descrição detalhada do significado das rubricas orçamentárias, necessária para o<br />
entendimento das tabelas que se seguem.<br />
Crédito Inicial - Entende-se por aquele aprovado pela lei orçamentária anual, constante dos orçamentos<br />
fiscal, da seguridade social e de investimentos das empresas estatais.<br />
Créditos Autorizados - É o soma dos créditos iniciais e créditos suplementares e especiais com a<br />
finalidade de complementar dotações orçamentárias, ou mesmo para atender situações não previstas no<br />
orçamento.<br />
Despesa Realizada - Despesa que foi validada pela autoridade de gestão e formalmente comunicada à<br />
autoridade de pagamento.<br />
Natureza da Despesa - Conjunto de informações em forma um código estruturado que agrega a categoria<br />
econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento.<br />
Prêmio de Produtividade - Remuneração decorrente do resultado alcançado no planejamento estratégico<br />
(Acordo de Resultado). Fará jus ao Prêmio por Produtividade o servidor em atividade, ocupante de cargo<br />
de provimento efetivo ou de provimento em comissão ou detentor de função pública que esteve em<br />
efetivo exercício, nos termos de ato formal, por período mínimo definido em regulamento; e obteve, na<br />
avaliação de produtividade por equipe.<br />
A Tabela 29 contém a evolução da Lei Orçamentária Anual - LOA - e da despesa realizada, entre<br />
os exercícios de 2002 a 2009. Contempla a consolidação de todos os programas de trabalho, naturezas de<br />
despesas e fontes de recursos disponíveis (Tesouro Estadual, convênios e recursos diretamente<br />
arrecadados). A Tabela 30 mostra a evolução per capita da despesa realizada.<br />
Tabela 29. Evolução da Lei Orçamentária Anual – LOA, no período de 2002 a 2009<br />
MODALIDA<strong>DE</strong><br />
(*)<br />
Despesa de<br />
Pessoal e<br />
Encargos<br />
Outras<br />
Despesas<br />
Correntes<br />
SOMA<br />
<strong>DE</strong>SCRIÇÃO (**) 2002 2003 2004 2005<br />
Valor Crédito Inicial 16.917.548,00 13.706.491,00 10.940.024,00 12.130.432,00<br />
Valor Crédito<br />
Autorizado<br />
16.917.548,00 15.117.947,00 12.438.624,00 15.174.866,00<br />
Valor Despesa<br />
Realizada<br />
Proventos<br />
9.919.941,78 10.357.042,92 12.064.935,04 14.898.653,66<br />
inativos e enc.<br />
soc. Inativos<br />
4.166.498,61 4.065.079,31 4.294.484,12 4.396.359,05<br />
Prêmio de<br />
produtividade<br />
- - - -<br />
Valor Crédito Inicial 26.650.126,00 3.979.501,00 2.565.721,00 3.135.486,00<br />
Valor Crédito<br />
Autorizado<br />
6.900.877,00 4.396.994,03 3.561.429,00 4.247.493,00<br />
Valor Despesa<br />
Realizada<br />
3.230.405,39 3.065.699,99 3.061.302,46 3.977.516,39<br />
PROUEMG - - - -<br />
Prêmio de<br />
produtividade.<br />
- - - -<br />
Valor Crédito<br />
Inicial<br />
43.567.674,00 17.685.992,00 13.505.745,00 15.265.918,00<br />
Valor Crédito<br />
Autorizado<br />
23.818.425,00 19.514.941,03 16.000.053,00 19.422.359,00<br />
Valor Despesa<br />
Realizada<br />
13.150.347,17 13.422.742,91 15.126.237,50 18.876.170,05<br />
85
MODALIDA<strong>DE</strong><br />
(*)<br />
Despesa de<br />
Pessoal e<br />
Encargos<br />
Outras<br />
Despesas<br />
Correntes<br />
SOMA<br />
Proventos<br />
inativos e enc.<br />
soc. Inativos<br />
4.166.498,61 4.065.079,31 4.294.484,12 4.396.359,05<br />
Prêmio de<br />
produtividade<br />
- - - -<br />
PROUEMG - - - -<br />
<strong>DE</strong>SCRIÇÃO (**) 2006 2007 2008 2009<br />
Valor Crédito Inicial 13.285.182,00 19.094.476,00 23.759.845,00 28.640.491,00<br />
Valor Crédito<br />
Autorizado<br />
18.995.262,30 23.114.166,00 26.927.439,11 36.802.040,98<br />
Valor Despesa<br />
Realizada<br />
Proventos<br />
inativos e<br />
18.598.734,25 22.872.169,76 25.340.737,35 36.909.292,93<br />
Encargos.<br />
Sociais de<br />
Inativos<br />
5.629.264,84 6.816.992,29 7.499.640,08 8.367.443,23<br />
Prêmio de<br />
produtividade<br />
- - 1.103.419,43 0,00<br />
Valor Crédito Inicial 11.650.319,00 11.571.458,00 13.728.400,00 15.905.663,00<br />
Valor Crédito<br />
Autorizado<br />
12.865.310,82 14.063.030,20 14.834.651,96 17.695.582,14<br />
Valor Despesa<br />
Realizada<br />
5.648.219,37 6.692.228,65 6.847.037,26 6.990.882,65<br />
PROUEMG 1.373.480,00 5.540.428,11 5.980.196,20 4.626.351,94<br />
Prêmio de<br />
prod.<br />
- - 0,00 1.157.188,10<br />
Valor Crédito Inicial 24.935.501,00 30.665.934,00 37.488.245,00 44.546.154,00<br />
Valor Crédito<br />
Autorizado<br />
31.860.573,12 37.177.196,20 41.762.091,07 54.497.623,12<br />
Valor Despesa<br />
Realizada<br />
Proventos<br />
24.246.953,62 29.564.398,41 32.187.774,61 43.900.175,58<br />
inativos e<br />
Enc. Soc.<br />
Inativos<br />
5.629.264,84 6.816.992,29 7.499.640,08 8.367.443,23<br />
Prêmio de<br />
-<br />
produtividade<br />
- 1.103.419,43 1.157.188,10<br />
PROUEMG 1.373.480,00 5.540.428,11 5.980.196,20 4.626.351,94<br />
86
A Figura 12 apresenta a evolução das Despesas de Pessoal e Encargos e de Outras Despesas<br />
Correntes no período 2002-2009<br />
Fig. 12– Evolução das despesas realizadas com Pessoal e Encargos e Outras Despesas Correntes no<br />
período de 2002 -2009<br />
50.000.000<br />
45.000.000<br />
40.000.000<br />
35.000.000<br />
30.000.000<br />
25.000.000<br />
20.000.000<br />
15.000.000<br />
10.000.000<br />
5.000.000<br />
0<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Despesa de Pessoal e Encargos<br />
Outras Despesas Correntes<br />
Para avaliar a disponibilidade de recursos da Instituição no período temos, na Tabela 30, em cada<br />
item, a evolução da despesa com „Pessoal e Encargos‟ e „Outras Despesas Correntes‟.<br />
Tab. 30 – Demonstrativo da despesa realizada com Pessoal e Encargos e Outras Despesas Correntes<br />
e relação despesa/ por aluno<br />
Parâmetro 2002 2003 2004 2005<br />
Despesa de Pessoal e Encargos (R$) 9.919.942 10.357.043 12.064.935 14.898.654<br />
Quantidade de Alunos 3.141 3.235 4.266 4.469<br />
Despesa de Pessoal e Encargos<br />
3.158 3.202 2.828 3.334<br />
(R$/aluno)<br />
Parâmetro 2002 2003 2004 2005<br />
Outras Despesas Correntes (R$) 3.230.405 3.065.700 3.061.302 3.977.516<br />
Outras Despesas Correntes (R$/aluno) 1.028 948 718 890<br />
Parâmetro 2006 2007 2008 2009<br />
Despesa de Pessoal e Encargos (R$) 18.598.734 22.872.170 25.340.737 36.909.293<br />
Quantidade de Alunos 4.268 4.687 5.352 5.856<br />
Despesa de Pessoal e Encargos<br />
4.358 4.880 4.735 6.303<br />
(R$/aluno)<br />
Valor (R$)<br />
Parâmetro *) 2006 2007 2008 2009<br />
Outras Despesas Correntes (R$) 5.648.219 6.692.229 6.847.037 6.990.883<br />
Outras Despesas Correntes (R$/aluno) 1.323 1.428 1.279 1.194<br />
O valor das despesas com „Pessoal e Encargos‟, por aluno, cresce no período, 2002-2009.<br />
Enquanto isso, os recursos para „Outras Despesas Correntes‟ que chegaram a ter algum aumento entre<br />
2004 e 2006 caíram, acentuadamente nos últimos dois anos.<br />
SOMA<br />
87
A Figura 13 mostra o aumento do número de alunos matriculados e a Figura 14 a evolução da<br />
„despesa realizada/por aluno‟, no período de 2002 a 2009.<br />
Figura 13 – Evolução do número de alunos matriculados no período de 2002 -2009<br />
Nº de Alunos<br />
7.000<br />
6.000<br />
5.000<br />
4.000<br />
3.000<br />
2.000<br />
1.000<br />
0<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Quantidade de Alunos<br />
Figura 14 – Evolução, por aluno, das despesas realizadas com Pessoal e Encargos e Outras<br />
Despesas Correntes no período de 2002 -2009<br />
Valor (R$)<br />
7.000<br />
6.000<br />
5.000<br />
4.000<br />
3.000<br />
2.000<br />
1.000<br />
0<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Despesa de Pessoal e Encargos<br />
Out ras Despesas Corrent es<br />
Observa-se que o aumento do número de alunos tem sido acompanhado, em boa parte, pelo<br />
suprimento, pelo Estado, de recursos para cobrir despesas de „Pessoal e Encargos‟. Enquanto isso, os<br />
recursos para “Outras Despesas Correntes” não acompanharam o crescimento do número de alunos. A<br />
relação recursos/aluno nessa rubrica cai em 2008 e 2009. A queda real desses recursos é muito maior que<br />
o sugerido pela Figura 14, uma vez que o poder de compra dessas verbas é diminuído, ao longo do<br />
período, pela inflação.<br />
No período de 2003 a 2009, a expansão do aporte de recursos do Estado esteve muito aquém do<br />
valor necessário para o atendimento das necessidades da Universidade, face aos sucessivos planos de<br />
contenção de despesas no nível do Estado, levando à redução no volume de investimentos. A quota de<br />
recursos por aluno caiu, na medida em que houve a expansão das atividades acadêmicas em novos<br />
municípios, houve a oferta de novos cursos, aumento do número de docentes e de alunos, e a inflação se<br />
acumulou. Os cursos criados são atividades permanentes, que demandam financiamento seguro e<br />
suficiente por parte do Estado, para despesas de pessoal, custeio e capital.<br />
Para que a Universidade tenha um mínimo de estabilidade no desenvolvimento de suas<br />
atividades, em sua condição de instituição pública executora de atividade de natureza continuada e que<br />
depende, substancialmente, do tesouro do Estado, estabeleceram-se as seguintes metas:<br />
-Conseguir um orçamento de custeio que realmente atenda às necessidades da Instituição;<br />
-Conseguir a inclusão, na Lei do Plano Plurianual de Ação do Governo – PPAG – de parâmetros para o<br />
aporte de recursos à UEMG que considerem tanto o número de alunos quanto as características dos<br />
88
cursos, das instalações especiais (laboratórios e bibliotecas), a área dos imóveis, sua distribuição no<br />
espaço territorial mineiro, os encargos atuais e previstos de todas as Unidades Acadêmicas.<br />
22.3. Despesas de Investimento ou de Capital<br />
Há alguns anos o orçamento da UEMG não contempla recursos para despesas de capital. A<br />
exceção é constituída pelos recursos obtidos através de Emenda Parlamentar, e as respectivas<br />
contrapartidas, destinados a finalidades específicas. A Unidade de Frutal, por exemplo, vem sendo<br />
implantada com aporte de recursos do Governo Federal, valendo-se de emendas ao orçamento defendidas<br />
por deputados ligados à região e de recursos adicionados pelo Governo do Estado, como contrapartida às<br />
mesmas.<br />
As despesas de capital evoluíram de R$330.678,91, em 2002, para R$3.063.248,57. em 2009,<br />
tendo alcançado um pico e R$10.097.414,61 em 2008, conforme se vê na Tabela 30 e na Figura 15.<br />
Tabela 31. Demonstrativo dos Créditos Iniciais, Créditos Autorizados e Despesa Realizada de todas<br />
as Fontes<br />
Despesas de Capital ou Investimento<br />
MODALIDA<br />
<strong>DE</strong> (*)<br />
Despesa de<br />
Investimento<br />
ou Capital<br />
Cont.<br />
MODALIDA<br />
<strong>DE</strong> (*)<br />
Despesa de<br />
Investimento<br />
ou Capital<br />
<strong>DE</strong>SCRIÇÃO<br />
(**)<br />
2002 2003 2004 2005<br />
Valor Crédito<br />
Inicial<br />
47.517.525,00 8.920.000,00 810.000,00 638.158,00<br />
Valor Crédito<br />
Autorizado<br />
15.069.274,29 9.569.990,47 1.845.062,00 2.181.005,54<br />
Valor Despesa<br />
Realizada<br />
330.678,91 431.761,31 672.920,88 1.467.619,43<br />
PROUEMG - - - -<br />
<strong>DE</strong>SCRIÇÃO<br />
(**)<br />
2006 2007 2008 2009<br />
Valor Crédito<br />
Inicial<br />
1.650.324,00 5.718.113,00 8.172.557,00 9.979.595,0<br />
0<br />
Valor Crédito<br />
Autorizado<br />
7.187.708,83 11.250.199,55 16.464.968,09 16.421.776,<br />
78<br />
Valor Despesa<br />
Realizada<br />
2.832.123,89 7.125.852,58 10.097.414,61 3.063.248,5<br />
7<br />
PROUEMG 0,00 34.897,00 0,00 0,00<br />
Fig 15. – Evolução das Despesas de Capital ou Investimentos do período de 2002 -2009<br />
Valor (R$)<br />
12.000.000<br />
10.000.000<br />
8.000.000<br />
6.000.000<br />
4.000.000<br />
2.000.000<br />
0<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Despesa de Investimento<br />
Para melhor explicar essa evolução das despesas de capital, devem ser destacados, no período, os<br />
seguintes eventos:<br />
89
em 2005 e 2006, houve investimento na nova sede da Escola de Design,<br />
em 2007, 2008 e 2009, houve investimento para a construção da Unidade de Frutal,<br />
também decorrentes de Emenda Parlamentar.<br />
Em decorrência, houve aumento total na despesa realizada da ordem de 826%.<br />
houve um aumento relativo das despesas de capital na composição da despesa total:<br />
2,45% em 2002, para 6,52% em 2009.<br />
A Figura 16 mostra a evolução per capita dos gastos com capital e ou investimentos no período.<br />
Fig.16. – Evolução Per Capita das Despesas de Capital ou Investimentos no Período de 2002 -2009<br />
Valor (R$)<br />
2.000<br />
1.800<br />
1.600<br />
1.400<br />
1.200<br />
1.000<br />
800<br />
600<br />
400<br />
200<br />
0<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Despesa de Investimento<br />
O crescimento observado nessa rubrica, em grande parte do período, deveu-se às citadas Emendas<br />
Parlamentares e à respectiva contrapartida pelo Estado. Nesses casos, no entanto, as verbas já vêm com<br />
destinação certa e não podem ser direcionadas a outras finalidades, ainda que igualmente urgentes. As<br />
reformas e obras de manutenção das unidades que compõem o Campus/BH, bem como as de Barbacena,<br />
João Monlevade e Ubá carecem de urgentes recursos, e não temos previsão orçamentária para as mesmas.<br />
A construção de novas instalações para melhor atender aos padrões de qualidade requeridos para<br />
os estabelecimentos de ensino, nos locais onde já temos terrenos disponíveis, demanda grandes<br />
investimentos que, à exceção do prédio da Escola de Música, ainda não estão assegurados.<br />
Vale destacar a necessidade de garantia de aporte de recursos para elaboração de projetos e<br />
contrapartida em convênios. Esses recursos precisam estar assegurados no Orçamento, porque são<br />
indispensáveis para que a UEMG possa qualificar-se, com bons projetos e em tempo hábil, ao aporte e<br />
recebimento dos recursos provenientes do orçamento do Governo Federal, obtidos após continuadas<br />
negociações junto aos deputados federais, como emenda de bancada. Embora a UEMG tenha sido bem<br />
sucedida em boa parte dessas gestões, a falta de melhor definição do Estado quanto às suas políticas para<br />
a Universidade, em alguns momentos dificultou a liberação dos recursos e a implantação de tais projetos.<br />
A meta da UEMG quanto a Despesas de Investimentos ou Capital é:<br />
-Desenvolver esforços junto ao Poder Executivo e Legislativo no sentido de conseguir incluir, no<br />
orçamento da UEMG, recursos que permitam, ao longo dos próximos cinco anos, a realização das<br />
reformas necessárias nos prédios existentes e a construção de, pelo menos, uma Unidade acadêmica,<br />
além da Escola de Música, no Campus BH.<br />
22.4. Parcerias com Entidades Públicas e Privadas<br />
A realização de parcerias com entidades públicas, especialmente o Poder Municipal, tem sido<br />
uma estratégia importante no estabelecimento de novas Unidades da UEMG no interior do Estado e para<br />
financiamento de parte dos cursos.<br />
Em Frutal, uma empresa privada construiu, recentemente, laboratório de laticínios, destinado às<br />
atividades dos alunos da UEMG, dentro da empresa.<br />
Parcerias entre a Universidade e os setores público e privado podem ser uma estratégia<br />
complementar de obtenção de recursos para financiar projetos que possibilitem aumentar as atividades de<br />
ensino e pesquisa na UEMG, e, ao mesmo tempo, ampliar a contribuição da Instituição para a solução de<br />
problemas concretos do interesse do setor privado.<br />
90
À medida que se amplia o número de professores doutores, a Universidade se habilita para<br />
concorrer à obtenção de recursos em agências de fomento, como a FINEP. Em 2010, a UEMG submeteu<br />
à FINEP um projeto composto de dois projetos, um relativo à Faculdade de Educação e outro à Escola de<br />
Design. O edital exige a contrapartida do Estado. O projeto da Faculdade de Educação foi aprovado.<br />
Em Unidades como a Escola de Engenharia de João Monlevade, a Escola de Design, ou o<br />
Campus Frutal, a própria natureza dos cursos ministrados oferece maiores possibilidades de interação<br />
com o setor privado, para o financiamento e desenvolvimento de projetos nas áreas de educação, ciência e<br />
tecnologia. Entretanto, essas parcerias não podem substituir o necessário papel do Estado no<br />
financiamento das atividades básicas e permanentes das Unidades.<br />
A meta é ampliar a interação com a sociedade e órgãos de fomento, identificar novos parceiros e<br />
ampliar as parcerias, com reflexos na melhoria do ensino, da pesquisa e da extensão.<br />
23. NECESSIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AUTONOMIA<br />
A UEMG é financiada, basicamente, por recursos provenientes do Governo Estadual, que assume<br />
todas as despesas de pessoal, bem como a maior parte das despesas de Custeio e Capital. Nas Escolas<br />
recém-inauguradas, o Poder Municipal, mediante convênio, tem assumido parte das despesas de Custeio<br />
e, em alguns casos, cedido os prédios para instalação das Unidades.<br />
Além de necessitar financiamento adequado, um aspecto extremamente importante neste<br />
momento para a UEMG, em termos de gestão, é a necessidade de maior autonomia.<br />
O artigo 207 da Constituição da República Federativa do Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da<br />
Educação e o artigo 199 da Constituição do Estado de Minas Gerais asseguram às universidades<br />
autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, observado o princípio<br />
da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.<br />
Embora prevista em Lei, essa autonomia, de fato, ainda não se realiza em toda a extensão<br />
necessária. A implementação de instrumentos administrativos e financeiros próprios para a gestão das<br />
universidades, tendentes à simplificação dos procedimentos administrativos em proveito do<br />
desenvolvimento das atividades-fins é questão da maior importância para a organização, o funcionamento<br />
e o cumprimento da missão institucional.<br />
A autonomia possibilitada por esses instrumentos permitiria procedimentos que favoreceriam a<br />
realização dos projetos de ensino, pesquisa e extensão da universidade, como:<br />
►o melhor gerenciamento de recursos humanos, com maior flexibilidade para estabelecimento<br />
de ferramentas para avaliação de desempenho, possibilidade de remuneração diferenciada por produção,<br />
maior liberdade para recrutamento de pessoal permanente, através de concursos, e de pessoal temporário;<br />
►maior liberdade na gestão de recursos financeiros e patrimoniais, com possibilidade de maior<br />
agilidade em alguns processos de compra de materiais, equipamentos e serviços, em circunstâncias<br />
definidas pelo Conselho Universitário;<br />
►possibilidade de uso de receitas provenientes de recursos próprios, sem necessidade de<br />
licitação, nos limites definidos pelo Conselho Universitário;<br />
►possibilidade de alienações patrimoniais para fins determinados pelo Conselho Universitário;<br />
►possibilidade de incorporação de excedentes financeiros ao exercício seguinte.<br />
A concessão da autonomia requerida pela Universidade poderia também redundar em concessão<br />
de alguma margem de autonomia às Unidades, em forma a ser definida pelo Conselho Universitário, o<br />
que é totalmente inviável no modelo atual.<br />
Para que a Universidade possa exercer essa autonomia, é necessário que sejam criadas condições<br />
jurídicas que a assegurem. A meta da UEMG, com relação à ampliação de sua autonomia é<br />
Conseguir, mediante articulações junto ao Governo e à Assembléia, a edição de instrumentos legais que<br />
assegurem às Universidades tratamento diferenciado, em relação a outros órgãos e setores do Executivo<br />
Estadual, no que diz respeito à execução orçamentária, às normas de ingresso e desenvolvimento de<br />
docentes e servidores na carreira e outras, dotando-as de prerrogativas que sejam adequadas à sua<br />
excepcionalidade, especificidade e características próprias.<br />
91
Esse tratamento diferenciado se justifica uma vez que, como instituições de ensino superior, além da<br />
legislação ordinária, as universidades têm que obedecer a padrões e parâmetros de composição de quadros<br />
e desempenho estabelecidos em legislação. Cumpridas essas exigências, e dentro dos limites<br />
orçamentários, também por força de Lei, gozam de autonomia.<br />
O crescimento da Instituição nos últimos anos ainda não se refletiu, proporcionalmente, nos<br />
recursos que lhe são destinados, em termos de orçamento, pessoal e infra-estrutura. A autonomia no uso<br />
de parte do orçamento, que o cumprimento do Acordo de Resultados poderia trazer, ainda não se faz<br />
sentir, dadas as limitações dos recursos orçamentários da UEMG.<br />
O avanço possível no Acordo de Resultados, com a pactuação de metas mais específicas para a<br />
Universidade, não suprirá a necessidade de um tratamento diferenciado, nem atenderá a necessidade de<br />
autonomia para o melhor exercício de nossa função, já reconhecido em Lei, mas pendente de<br />
regulamentação.<br />
Devem ser buscadas formas de garantir, em lei estadual, a qualificação do regime especial da<br />
autarquia, assegurando assim que normas administrativas baixadas para a administração direta e<br />
as autarquias em geral, inadequadas para as especificidades das instituições acadêmicas, venham a<br />
dificultar o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão.<br />
Por outro lado, o desenvolvimento de projetos de expansão, e a consolidação do crescimento<br />
realizado nos últimos anos, com a criação de novos cursos, requerem orçamento compatível,<br />
provimento de infra-estrutura física, de corpo docente e técnico-administrativo suficiente e<br />
permanente. Todas essas condições requerem o apoio formal do Estado.<br />
O cumprimento de grande parte das metas previstas no PDI da Instituição depende das condições<br />
que lhe forem asseguradas pelo Estado.Com relação a esses aspectos, a grande meta da Instituição é<br />
-Conseguir, junto ao Governo e à Assembléia, a institucionalização de instrumentos legais que<br />
assegurem maior autonomia à UEMG e que lhe garantam o orçamento e as condições necessárias<br />
para que possa cumprir as metas propostas em seu Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI.<br />
24. CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />
A análise do desempenho da UEMG nos últimos anos permite afirmar que ela cresceu,<br />
diversificou-se, evoluiu e hoje constitui-se em forma concreta e rica de intervenção do Estado no<br />
crescimento de suas regiões e na redução de desigualdades. Considerado o conjunto de suas realizações, a<br />
UEMG ultrapassou as metas contidas no PDI 2004-2008. Por sua vocação, a Universidade tem sido<br />
agente do setor público junto às comunidades, colaborando na solução de seus problemas, através do<br />
ensino, da pesquisa e da extensão, na formatação e implementação de seus projetos de desenvolvimento.<br />
Conforme registrado na Apresentação, o presente Plano define metas, estabelece os mecanismos<br />
de atuação e organiza as ações no sentido de impulsionar o desenvolvimento da Universidade na capital e<br />
no interior, respeitando e valorizando as vocações e demandas regionais.<br />
Nas atividades de Planejamento estratégico realizadas nesse semestre, os grandes desafios da<br />
UEMG foram resumidos em quatro eixos: consolidar a UEMG como Universidade multicampi;<br />
ter um corpo docente e administrativo permanente, qualificado e valorizado; aumentar os<br />
conceitos e notas da UEMG nas avaliações do MEC, CAPES e CEE e ter orçamento suficiente<br />
para realizar o planejado<br />
As metas detalhadas ao longo desse documento refletem as perspectivas da Instituição para os<br />
próximos anos e resultaram da construção coletiva de uma Universidade que tem como missão primeira o<br />
desenvolvimento regional para o desenvolvimento do Estado. Sua execução depende do desempenho e<br />
dedicação de toda a comunidade acadêmica, mas também, substancialmente, dos recursos providos por<br />
esse mesmo Estado.<br />
As propostas da Universidade para os próximos cinco anos são muitas, os desafios são grandes,<br />
mas o resultado da execução deste Plano será uma Instituição muito mais forte, mais apta a colaborar na<br />
solução dos problemas das comunidades onde está inserida, e muito mais próxima do papel que realmente<br />
pode e pretende desempenhar no cenário do Estado.<br />
Dijon Moraes Júnior<br />
Reitor e Presidente do Conselho Universitário<br />
92