16.04.2013 Views

PLANO DE DESENVOLVIMENTO - Intranet - Uemg

PLANO DE DESENVOLVIMENTO - Intranet - Uemg

PLANO DE DESENVOLVIMENTO - Intranet - Uemg

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO<br />

INSTITUCIONAL<br />

PDI – UEMG<br />

2010-2014<br />

Outubro 2010


APRESENTAÇÃO<br />

A Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG – foi criada por dispositivo da Constituição<br />

do Estado de Minas Gerais, em 1989, como uma instituição multicampi. Além das Unidades que<br />

comporiam o Campus BH, deveria absorver 9 (nove) Fundações Educacionais existentes em diferentes<br />

regiões mineiras e, com o correr do tempo, fazer-se presente em regiões densamente povoadas e<br />

desassistidas de ensino superior.<br />

Passados vinte e um anos, a Universidade do Estado de Minas Gerais não se distanciou de sua<br />

vocação multicampi, oferecendo cursos de ensino superior públicos em seis municípios, embora a<br />

absorção das Fundações não tenha se concretizado da maneira prevista na Lei de sua criação.<br />

Na vigência do último Plano de Desenvolvimento Institucional, 2004-2008, as Unidades que<br />

compunham a Universidade no início do período, e aquelas que foram implantadas em parceria com os<br />

municípios, cresceram e expandiram a oferta de cursos e vagas, bem como de bolsas de ensino, pesquisa e<br />

extensão para alunos e professores, não obstante as imensas dificuldades orçamentárias e financeiras.<br />

Destacam-se as seguintes realizações no período:<br />

No Campus de Belo Horizonte:<br />

-foi criada a Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves;<br />

-foram instaladas em novos prédios a Escola de Design e a Faculdade de<br />

Educação;<br />

-foram iniciados os programas de mestrado da Escola de Design e da<br />

Faculdade de Educação, com a aprovação do Conselho Estadual de<br />

Educação e recomendação da CAPES;<br />

-consolidou-se o importante papel das Escolas de Música e Guignard no<br />

cenário artístico e cultural de Minas e do Brasil.<br />

No interior do Estado, foram instaladas Unidades universitárias nas cidades de Barbacena, Frutal,<br />

João Monlevade e Ubá, mediante convênio com as respectivas Prefeituras.<br />

De 2004 a 2009, o total de cursos de graduação da Universidade passou de 10 para 28, cobrindo<br />

diversas áreas do conhecimento. Nesse período, entre 2006 e 2009, foram criados 17 novos cursos: 3 em<br />

Belo Horizonte, 1 em Barbacena, 7 em Frutal, 3 em João Monlevade, 1 em Poços de Caldas e 2 em Ubá.<br />

O número de vagas oferecidas no processo seletivo elevou-se, passando de 1.030, em 2004, para<br />

1.890, em 2010. O número de alunos matriculados cresceu, de 3.529 em 2004, para 5.856 no primeiro<br />

semestre de 2010.<br />

A qualificação do corpo docente evoluiu. Para isso contribuiu a instituição do Programa Mineiro<br />

de Capacitação Docente – PMCD –, em parceria com a SECTES, FAPEMIG, CAPES e instituições<br />

federais de ensino superior mineiras, visando a qualificar professores das universidades públicas do<br />

Estado. Convênio realizado com a UERJ permitiu a realização de um mestrado interinstitucional que<br />

possibilitou significativo aumento do número de mestres na Faculdade de Educação. Convênios firmados<br />

com o Politecnico di Torino – POLITO –, da Itália, viabilizam a realização do curso de graduação nos<br />

dois países, para formação bilingue e bicultural, na UEMG e no POLITO. Outro convênio com o<br />

POLITO também assegura a reserva de vagas para que, anualmente, três docentes da UEMG se<br />

matriculem em curso de doutorado naquela Instituição.<br />

Convênio firmado entre a Universita degli Studi Del Piemonte Orientale Amedeo Avogrado -<br />

Facoltá di Giurisprudenza e a Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves permite a participação de<br />

professores e estudantes em cursos de mestrado e doutorado nas áreas de Informática Jurídica, Direito<br />

Internacional e da União Européia, Direito das Administrações Locais.<br />

Em dezembro de 2008, a UEMG estabeleceu as bases de seu primeiro Programa Institucional de<br />

Qualificação Docente. Destaca-se também, no período, a realização dos primeiros concursos para a<br />

Instituição UEMG, desde sua criação. Em 2009, foram realizados concursos para admissão de 30<br />

docentes doutores para a UEMG.<br />

No âmbito da pesquisa, cresceu o número de projetos com bolsas de iniciação científica<br />

financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG –, e pelo CNPq. Merece<br />

ser ressaltada a realização anual de Seminários de Iniciação Científica e Extensão e de Encontros de<br />

Divulgação da Produção Científica, quando trabalhos nas mais variadas áreas de conhecimento são<br />

apresentados pela comunidade acadêmica dos diversos campi.<br />

2


As atividades de extensão realizadas nas diferentes Unidades cresceram, em termos de<br />

abrangência e quantidade. A partir de 2007, ampliou-se a oferta de bolsas de pesquisa e extensão como<br />

resultado da criação do PROUEMG – Programa de Desenvolvimento do Ensino Superior, pelo Governo<br />

do Estado.<br />

Não obstante o que já foi realizado, muito precisa ser feito. O PDI ora apresentado, elaborado<br />

para o período 2010-2014 e aprovado pelo Conselho Universitário, contempla os objetivos de<br />

desenvolvimento das Unidades existentes, em termos de infra-estrutura física, qualificação de docentes,<br />

criação de novos cursos, melhoria da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão, modernização<br />

administrativa, necessidade de recursos financeiros, dentre outros. Como parte da metodologia adotada<br />

para sua elaboração, as Unidades foram instadas a avaliar seus pontos fortes e fracos, em termos de<br />

ensino, pesquisa e extensão, e, a partir dessa análise, delinearem seus objetivos para os próximos cinco<br />

anos.<br />

O PDI redefine metas, estabelece novos mecanismos de atuação e organiza as ações no sentido de<br />

impulsionar o desenvolvimento da UEMG, ampliando sua atuação na capital e no interior. Para tanto,<br />

enfatiza a necessidade de: ampliar e valorizar o quadro docente e administrativo, melhorar as condições<br />

de instalações e infra-estrutura, oferecer outros níveis e modalidades de ensino, aumentar a produção<br />

acadêmica e a oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu, lograr melhor orçamento, organizar-se<br />

adequadamente no plano didático-pedagógico, ajustando-o às perspectivas das vocações regionais e<br />

demandas contemporâneas.<br />

As principais metas propostas no Plano são: (1) recredenciamento da UEMG como Universidade;<br />

(2) consolidação dos cursos recém-criados; (3) atualização e melhoria da qualidade do ensino, da pesquisa<br />

e da extensão; (4) incremento da pós-graduação e consolidação do stricto sensu; (5) ampliação e<br />

atualização do quadro de docentes e servidores técnico-administrativos (6) atuação estratégica em busca<br />

de parcerias para a expansão da UEMG.<br />

No que se refere ao conteúdo, o PDI contempla todos os quesitos estabelecidos na Resolução nº<br />

450, de 26 de março de 2003, do Conselho Estadual de Educação, que disciplina o credenciamento e<br />

recredenciamento de Universidades. A organização do texto acompanhou a sequência temática adotada<br />

no „Relatório de Verificação in loco‟, de modo a favorecer o trabalho dos avaliadores. Em cada tópico,<br />

são apresentadas as realizações da UEMG na vigência do último PDI e as metas que nortearão o<br />

planejamento da Instituição no período 2010-2014. Os compromissos firmados estão ancorados em metas<br />

e estratégias flexíveis e que estarão sujeitas à avaliação e re-ordenamento ao longo do período.<br />

O detalhamento das informações do PDI está expresso no material que compõe o Projeto de<br />

Recredenciamento apenso ao mesmo. É necessário destacar ainda que, como instituição pública, a UEMG<br />

depende de financiamento pelo Governo do Estado. O cumprimento pleno das metas fixadas estará,<br />

assim, condicionado, em grande parte, aos recursos disponibilizados pelo Estado e aos que buscaremos<br />

obter junto aos órgãos de fomento.<br />

Dijon Moraes Júnior<br />

Reitor<br />

3


Sumário<br />

1. A INSTITUIÇÃO ............................................................................................ 6<br />

1.1. Condição jurídica ........................................................................................................................................ 6<br />

1.2. Capacidade financeira e patrimonial ........................................................................................................... 6<br />

1.3. Histórico ...................................................................................................................................................... 6<br />

2. I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> ORGANIZACIONAL – MISSÃO DA UEMG .................. 7<br />

2.1. Objetivos da Instituição ............................................................................................................................... 8<br />

3. ESTATUTO E REGIMENTO GERAL ........................................................ 8<br />

4. MO<strong>DE</strong>LO <strong>DE</strong> GESTÃO INSTITUCIONAL ............................................... 8<br />

4.1. Definição do Modelo de Gestão Institucional ............................................................................................. 8<br />

4.2. Organograma Funcional da UEMG ............................................................................................................. 9<br />

4.3. Funções principais na gestão da Universidade, composição dos órgãos colegiados e forma de acesso aos<br />

cargos ................................................................................................................................................................. 9<br />

4.3.1. Administração Superior ................................................................................................................. 10<br />

4.3.2. Administração Intermediária .......................................................................................................... 11<br />

4.3.3. Órgãos de Apoio às Atividades Acadêmicas ................................................................................. 12<br />

4.4. Planejamento estratégico como ferramenta de gestão acadêmica ............................................................. 13<br />

5. CORPO DOCENTE ...................................................................................... 15<br />

5.1. Dimensões do Quadro e Vinculação Funcional ......................................................................................... 15<br />

5.2. Regime de Trabalho .................................................................................................................................. 16<br />

5.3. Titulação do corpo docente........................................................................................................................ 18<br />

5.4. Corpo Docente por curso ........................................................................................................................... 19<br />

6. PROJETO <strong>DE</strong> QUALIFICAÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA DO<br />

CORPO DOCENTE .......................................................................................... 19<br />

7. <strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> CARREIRA DOCENTE ......................................................... 21<br />

8. PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ............................................. 24<br />

8.1. Dimensões do quadro administrativo ........................................................................................................ 24<br />

8.2. Programa de Qualificação do Corpo Técnico-administrativo ................................................................... 26<br />

9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ............................................................... 27<br />

10. PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - ÁREAS <strong>DE</strong><br />

ATUAÇÃO ACADÊMICA .............................................................................. 28<br />

11. OS CURSOS <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO .............................................................. 29<br />

11.1. Cursos oferecidos .................................................................................................................................... 29<br />

11.2. O Processo Seletivo - Ampliação de Vagas............................................................................................. 32<br />

11.3. Políticas de Ampliação do Acesso dos Estudantes ao Ensino Superior e de Permanência na<br />

Universidade ..................................................................................................................................................... 34<br />

11.4. O Perfil do Egresso - O Aluno que a UEMG Busca Formar ................................................................... 35<br />

12. A QUALIDA<strong>DE</strong> DO ENSINO <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO – <strong>DE</strong>SEMPENHO<br />

NA AVALIAÇÃO <strong>DE</strong> CURSOS ...................................................................... 41<br />

13. POLÍTICA INSTITUCIONAL VISANDO A PRÁTICA<br />

PROFISSIONAL DOS ALUNOS .................................................................... 43<br />

13.1. Política de Estágios.................................................................................................................................. 43<br />

13.2. Oportunidades de iniciação científica para os alunos dos cursos de graduação ...................................... 45<br />

14. MELHORIA DA QUALIDA<strong>DE</strong> DOS CURSOS <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO ... 45<br />

14.1. Projetos de atualização e inovação curricular .......................................................................................... 46<br />

14.2. Políticas de Atendimento aos Discentes .................................................................................................. 46<br />

14.3. Intercâmbio com Outras Instituições Acadêmicas ................................................................................... 47<br />

15. <strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> EXPANSÃO DO ENSINO <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO .................. 47<br />

16. PROGRAMAS <strong>DE</strong> PÓS-GRADUAÇÃO ................................................. 49<br />

16.1. Pós-Graduação Lato Sensu ...................................................................................................................... 49<br />

4


16.2. Pós-Graduação Stricto Sensu – Cursos em Funcionamento e Planejados ............................................... 51<br />

17. ENSINO A DISTÂNCIA ............................................................................ 53<br />

18. ATIVIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> PESQUISA .................................................................. 56<br />

18.1. Orientação de Bolsistas de Iniciação Científica ...................................................................................... 57<br />

18.2. Número de Projetos de Pesquisa realizados ............................................................................................ 57<br />

18.3. Trabalhos Publicados ............................................................................................................................... 58<br />

18.4. Produções Técnicas, Artísticas e Culturais .............................................................................................. 58<br />

18.5. Participação em Bancas de Dissertações e Teses e em Comitês de Revistas .......................................... 59<br />

18.6. Incentivo à Pesquisa ................................................................................................................................ 60<br />

19. EXTENSÃO ................................................................................................. 62<br />

19.1. Atividades Desenvolvidas ....................................................................................................................... 62<br />

19.2. Formas de Fomento para a Melhoria da Qualidade das Atividades de Extensão .................................... 67<br />

20. INFRA-ESTRUTURA ................................................................................ 68<br />

20.1. Bibliotecas ............................................................................................................................................... 68<br />

20.1.1. Política de Desenvolvimento e Atualização de Acervo ............................................................... 70<br />

20.2. A questão do Espaço Físico nas Diversas Unidades ................................................................................ 71<br />

20.2.1. Localização das Unidades ............................................................................................................ 71<br />

20.2.2. Laboratórios, Salas de aula, Anfiteatros e Outros Espaços .......................................................... 73<br />

20.2.3. Melhoria das Condições de espaço Físico e de infra-estrutura .................................................... 73<br />

21. SISTEMAS <strong>DE</strong> REGISTRO <strong>DE</strong> INFORMAÇÕES ACADÊMICAS ... 82<br />

21.1. Registro Acadêmico ................................................................................................................................ 82<br />

21.2. Necessidade de Implantação de um Sistema de Gestão Acadêmica ........................................................ 82<br />

21.3. Sistema de Comunicação Interno e Externo ............................................................................................ 83<br />

22. FINANCIAMENTO .................................................................................... 83<br />

22.2. Despesas com Pessoal e “Outros Custeios” ............................................................................................. 84<br />

22.3. Despesas de Investimento ou de Capital ................................................................................................. 89<br />

22.4. Parcerias com Entidades Públicas e Privadas .......................................................................................... 90<br />

23. NECESSIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AUTONOMIA ......................................................... 91<br />

24. CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS ..................................................................... 92<br />

5


1. A INSTITUIÇÃO<br />

A UEMG foi criada em 1989, por disposição contida na Constituição do Estado. Seu<br />

credenciamento foi prorrogado até 18 de outubro de 2010, mediante decreto do Senhor Governador do<br />

Estado publicado em 18/10/2005, em atendimento ao Parecer n° 897 do egrégio Conselho Estadual de<br />

Educação.<br />

1.1. Condição jurídica<br />

É uma autarquia de regime especial, pessoa jurídica de direito público, CNPJ 65172579/0001-15,<br />

com estrutura multicampi. Tem sede em Belo Horizonte, onde se localizam sua Reitoria e as cinco<br />

Unidades que compõem o Campus BH, além de Unidades funcionando em Barbacena (Instituto de<br />

Ensino Superior Dona Itália Franco), Frutal, João Monlevade (FAENGE) e Ubá, e um curso fora de sede<br />

em Poços de Caldas.<br />

1.2. Capacidade financeira e patrimonial<br />

A UEMG possui patrimônio e receita próprios e goza de autonomia didático-científica,<br />

administrativa e disciplinar, incluída a gestão financeira e patrimonial, nos limites da legislação.<br />

Os documentos que atestam a Capacidade Financeira e Patrimonial da Instituição e as<br />

certidões que demonstram sua Situação Fiscal e Parafiscal constam do primeiro volume do documento<br />

„Projeto de Credenciamento da UEMG‟, anexo.<br />

1.3. Histórico<br />

Criação e projeto de constituição<br />

A Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG –, foi criada em 1989, mediante<br />

determinação expressa no Art. 81 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). A<br />

estrutura da Universidade foi regulamentada na Lei 11.539, de 22/07/94, que também autorizou a<br />

incorporação à mesma da Fundação Mineira de Arte Aleijadinho - FUMA, da Fundação Escola Guignard,<br />

do Curso de Pedagogia do Instituto de Educação de Belo Horizonte e do Serviço de Orientação e Seleção<br />

Profissional - SOSP.<br />

Na estrutura orgânica do Estado, a Universidade vincula-se à Secretaria de Estado de Ciência,<br />

Tecnologia e Ensino Superior – SECTES - à qual compete formular e implementar políticas públicas que<br />

assegurem o desenvolvimento científico e tecnológico, a inovação e o ensino superior.<br />

Constitucionalmente, a UEMG tem ainda relação com outros estabelecimentos de ensino<br />

superior, as chamadas „Fundações Associadas‟.<br />

Fundações Associadas/ Agregadas no projeto de constituição da UEMG<br />

O Art. 82 do ADCT da Constituição Estadual de 1989 facultou às Fundações Educacionais de<br />

Ensino Superior, instituídas pelo Estado, optar por serem absorvidas como Unidades da UEMG. Esta<br />

opção foi manifestada por nove fundações, sediadas nas cidades de Campanha, Carangola, Diamantina,<br />

Divinópolis, Ituiutaba, Lavras, Passos, Patos de Minas e Varginha.<br />

A Lei 11.539/94 determinou a absorção gradativa dessas nove Fundações, permanecendo elas<br />

como Unidades Agregadas enquanto não ocorresse sua incorporação pelo Estado.<br />

Em 2005, anos após a regulamentação do processo de absorção, nenhuma das Fundações optantes<br />

fora, de fato, absorvida. Nesse ano, a Emenda à Constituição nº 70, de 30/06/2005 deu nova redação ao<br />

inciso II do art. 82 da Constituição, consolidando o entendimento de que tais Fundações, por serem<br />

instituídas pelo Estado, integravam o Sistema Estadual de Educação.<br />

No mesmo ano, a Emenda Constitucional de número 72, de 24/11/2005, acrescentou ao Ato das<br />

Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado o art. 129, transformando aquelas<br />

fundações „agregadas‟, em „Fundações Associadas‟ à UEMG, „com vistas ao estabelecimento de<br />

cooperação mútua, mantida a autonomia administrativa, financeira e patrimonial das fundações‟. Além<br />

disso, estabeleceu que a absorção das Fundações que haviam optado pela UEMG, antes impositiva e<br />

obrigatória, passava a ser facultativa e dependente do interesse do Estado e da Fundação. Assim, abriu-se<br />

a possibilidade de que aquelas fundações se desligassem da Instituição. Usando dessa prerrogativa,<br />

desvincularam-se da UEMG as Fundações mantenedoras dos Centros Universitários situados em Lavras,<br />

Patos de Minas e Varginha.<br />

6


A relação da UEMG com as Fundações foi também afetada por uma Ação Direta de<br />

Inconstitucionalidade - ADIN 2501 –, ajuizada pelo Senhor Procurador-Geral da República, que se<br />

contrapôs às disposições da Constituição do Estado introduzidas pela Emenda 70. Por força da decisão do<br />

STF, emitida no julgamento dessa ação, as Fundações Associadas, por serem de direito privado, foram<br />

transferidas para o Sistema Federal de Ensino. Embora o instituto da associação, estabelecido na<br />

Constituição do Estado não tenha sido declarado ilegal no julgamento dessa ADIN, a decisão reabriu uma<br />

série de questionamentos sobre a possibilidade de absorção das Fundações e sobre a prevalência e o<br />

alcance da condição de „associadas‟.<br />

A continuidade da relação depende de edição de lei que complemente o disposto no art. 129 da<br />

Constituição do Estado, definindo a natureza da associação. Essa necessidade foi parcialmente<br />

contemplada na Lei 18.384, de 15/09/2009, que, em seu Art. 9°, reiterou a condição de „associadas‟<br />

prevista no art. 129 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado, para<br />

seis fundações, „mantida a autonomia administrativa, financeira, patrimonial e acadêmico-pedagógica da<br />

UEMG e das fundações e respeitados os vínculos aos respectivos sistemas de ensino‟.<br />

A questão do vínculo com as „associadas‟ provavelmente será melhor definida através de outros<br />

instrumentos da legislação estadual. Adaptações no Estatuto da UEMG devem estabelecer a exata<br />

abrangência, competência e responsabilidade dessa associação.<br />

Uma vez que não há dúvidas quanto à vinculação das Associadas ao sistema federal de ensino, o<br />

objeto deste pedido de recredenciamento junto ao CEE é a UEMG pública, constituída pelas Unidades<br />

Acadêmicas que compõem o Campus BH e pelas Unidades de Barbacena, Frutal, João Monlevade e Ubá,<br />

além de curso (fora de sede) em Poços de Caldas. A essa estrutura, a partir do próximo ano, adicionar-seá<br />

a Unidade de Leopoldina, com proposta de primeiro curso já submetida ao Conselho Estadual de<br />

Educação.<br />

2. I<strong>DE</strong>NTIDA<strong>DE</strong> ORGANIZACIONAL – MISSÃO DA UEMG<br />

Em 2008, um trabalho de planejamento estratégico participativo foi realizado na Instituição, quando<br />

foram definidas a identidade organizacional e a cadeia de valores da UEMG:<br />

Missão - Promover o ensino, a pesquisa e a extensão de modo a contribuir para a formação de<br />

cidadãos comprometidos com o desenvolvimento e a integração dos setores da sociedade e das regiões do<br />

estado.<br />

Visão – Ser referência como instituição promotora de ensino, pesquisa e extensão em<br />

consonância com políticas, demandas e vocações regionais do estado.<br />

Crenças e Valores:<br />

Mérito da Qualidade Acadêmica - Formação de uma comunidade científica que oportunize a<br />

interação com outras instituições produtoras de conhecimento e, ao mesmo tempo, estabeleça uma<br />

sinergia na busca da excelência da UEMG. Formação e atuação de grupos de pesquisa com forte base<br />

científica e tecnológica para o fortalecimento do stricto sensu (atendendo os critérios da CAPES).<br />

Avaliação interna e externa na busca do mérito da qualidade acadêmica.<br />

Compromisso Ético - A Universidade deve ser o cenário em que a Ética profissional norteie as<br />

relações e ações, oportunizando a dignidade humana, a construção do conhecimento e da convivência<br />

harmoniosa no contexto sócio-cultural no qual seus cidadãos irão operar, estendendo a produção da<br />

Universidade à sociedade em que está inserida.<br />

Responsabilidade Social - Responsabilidade social, na UEMG, significa formar cidadãos éticos,<br />

críticos e inovadores, desenvolver pesquisas nas diferentes áreas do conhecimento que possam contribuir<br />

para o avanço tecnológico do Estado e implementar um trabalho extensionista com compromisso de<br />

interagir com a comunidade na busca da transformação social, da preservação ambiental, da melhoria da<br />

qualidade de vida e da inclusão social.<br />

Inovação e trabalho cooperativo - A Universidade, ao promover a inovação, por via de novas<br />

tecnologias, estimula a competitividade e a cooperação em todos os setores que colaboram para o<br />

desenvolvimento científico e sociocultural e interfere sobre múltiplos processos econômicos, sociais e<br />

culturais. A UEMG deverá ser essa agência geradora de conhecimento, formando pesquisadores capazes<br />

de competir e cooperar com o setor produtivo e de contribuir, efetivamente, para o desenvolvimento do<br />

Estado e da Nação.<br />

7


Compromisso com as Políticas Públicas - A Universidade do Estado de Minas Gerais tem o<br />

compromisso de participar e fortalecer as políticas públicas em todas as áreas do conhecimento mediante<br />

ações efetivas para potencializar as demandas e otimizar a qualidade dos serviços prestados.<br />

2.1. Objetivos da Instituição<br />

As finalidades da UEMG, que direcionaram sua consolidação e expansão, foram estabelecidas no<br />

art. 3º da Lei n° 11.539/94. Essas finalidades definem a missão, crenças e valores da Instituição, acima<br />

mencionados. Nos termos do Art. 3º dessa Lei, compete à Universidade, observados o princípio da<br />

indissociabilidade da pesquisa, do ensino e da extensão e sua função primordial de promover o<br />

intercâmbio e a modernização das regiões mineiras:<br />

I - contribuir para a formação da consciência regional, produzindo e difundindo o conhecimento<br />

dos problemas e das potencialidades do Estado;<br />

II – promover a articulação entre ciência, tecnologia, arte e humanidade em programas de ensino,<br />

pesquisa e extensão;<br />

III – desenvolver as bases científicas e tecnológicas necessárias ao melhor aproveitamento dos<br />

recursos humanos e materiais disponíveis, dos bens e dos serviços requeridos para o bem-estar social;<br />

IV – formar recursos humanos necessários à reprodução e à transformação das funções sociais;<br />

V – construir referencial crítico para o desenvolvimento científico e tecnológico, respeitadas suas<br />

características culturais e ambientais;<br />

VI – elevar o padrão de qualidade do ensino e promover a sua expansão, em todos os níveis;<br />

VII – oferecer alternativas de solução para os problemas específicos das populações à margem da<br />

produção da riqueza material e cultural;<br />

VIII – assessorar governos municipais, grupos sócio-culturais e entidades representativas no<br />

planejamento e na execução de projetos específicos;<br />

IX – promover ideais de liberdade e solidariedade para a formação da cidadania nas relações<br />

sociais, bem como o intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições nacionais, internacionais e<br />

estrangeiras;<br />

X – contribuir para a melhoria da qualidade de vida das regiões mineiras.<br />

Os cursos atualmente oferecidos pela UEMG, em diversas áreas do conhecimento, bem como as<br />

atividades de pesquisa e extensão realizadas em suas Unidades acadêmicas, buscam atender a esses<br />

objetivos, nos limites das possibilidades da Instituição. As metas estabelecidas ao longo deste PDI<br />

expressam a continuidade desse compromisso.<br />

3. ESTATUTO E REGIMENTO GERAL<br />

O Estatuto da UEMG (anexo) foi aprovado pelo Decreto 36.898, de 24 de maio de 1995, do<br />

Senhor Governador do Estado, tendo em vista Parecer CEE n°28/1995. O texto do Estatuto em vigor<br />

precisa ser atualizado, tendo em vista modificações ocorridas, por força de legislação, na estrutura da<br />

carreira, em 2005, e na própria estrutura da UEMG, de 2005 a 2008. O Conselho Universitário está<br />

procedendo à revisão geral do Estatuto. Quando concluída, a proposta do novo Estatuto será submetida ao<br />

Conselho Estadual de Educação. Enquanto tais procedimentos não são concluídos, permanece em vigor o<br />

Estatuto aprovado em 1995.<br />

O Regimento Geral (anexo) foi aprovado pelo CONUN em 4/04/2006. Em decorrência das<br />

modificações que forem realizadas no Estatuto, o Regimento também terá que sofrer alterações.<br />

4. MO<strong>DE</strong>LO <strong>DE</strong> GESTÃO INSTITUCIONAL<br />

4.1. Definição do Modelo de Gestão Institucional<br />

A estrutura, a competência, a integração e o funcionamento dos diversos setores que compõem a<br />

Universidade são estabelecidos no seu Estatuto e no Regimento Geral. A estrutura delineada nesses<br />

documentos privilegia a gestão colegiada e a participação dos três segmentos da comunidade universitária<br />

(docentes, discentes e servidores técnico-administrativos) no estabelecimento das políticas da Instituição.<br />

8


Além disso, em alguns dos órgãos colegiados, o Estatuto prevê a participação também de segmentos da<br />

sociedade externos à UEMG, incluindo ex-alunos.<br />

A gestão da Instituição é orientada pelas normas contidas na Legislação Federal e Estadual, no<br />

Estatuto e no Regimento e nas Resoluções e Decisões dos Colegiados Superiores (Conselho Universitário<br />

– CONUN – e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – COEPE), que detalham as políticas da<br />

Instituição e normatizam seu cotidiano e completam o arcabouço legal ao qual ela se sujeita. A<br />

operacionalização dessas resoluções e decisões se dá através da adoção de planos e estratégias de gestão e<br />

de ações desenvolvidas pelos gestores de diferentes níveis, coordenados pelo Reitor e, nas respectivas<br />

esferas de competência, pelos Pró-Reitores.<br />

Demandas e sugestões das Unidades são encaminhadas, usualmente, pelos Diretores de Unidades,<br />

pelo Diretor Geral do Campus, quando é o caso, ou pelos representantes da comunidade acadêmica junto<br />

aos Colegiados Superiores. Sugestões encaminhadas por essas instâncias, bem como aquelas propostas<br />

pelo Reitor e pelas Pró-Reitorias podem resultar na alteração das políticas estabelecidas, mediante novas<br />

decisões e resoluções do CONUN e COEPE.<br />

Organização Administrativa<br />

A estrutura da UEMG é objeto de vários documentos legais. O primeiro deles é a Lei 11.539, de<br />

22 de julho de 1994, que determinou sua estrutura básica, além de dispor sobre diversos outros aspectos<br />

relativos à UEMG. A estrutura prevista na Lei foi totalmente assumida no Estatuto e no Regimento<br />

Geral.<br />

Além da norma citada, a estrutura da UEMG é objeto de outros dispositivos legais. Entre eles, o<br />

Decreto 36.896, de 24 de maio de 1995, do Senhor Governador de Estado, que estabeleceu a estrutura<br />

dos campi regionais. Posteriormente, a estrutura orgânica básica da UEMG foi alterada pela Lei<br />

Delegada 91/2003, de 29/01/2003, atualizada pela Lei Delegada n°143, de 25/1/2007, e pela Lei 17356,<br />

de 18/01/2008. Também trata da estrutura da UEMG o Decreto n° 44.466, de 16 de fevereiro de 2007,<br />

do Senhor Governador do Estado, que detalha a estrutura orgânica do Campus Belo Horizonte.<br />

As últimas alterações de estrutura contempladas nesses instrumentos legais estão incorporadas na<br />

nova versão do Estatuto da UEMG, ora em tramitação nos Colegiados Superiores. Tão logo ocorra sua<br />

aprovação, o novo Estatuto será submetido ao Conselho Estadual de Educação e ao Governo do Estado.<br />

Neste PDI, a meta da UEMG, com relação aos seus ordenamentos superiores, é concluir a modificação do<br />

Estatuto, já iniciada, aprová-lo no CEE-MG e promover a consequente revisão de seu Regimento Geral.<br />

4.2. Organograma Funcional da UEMG<br />

Em conformidade com os instrumentos legais mencionados, a UEMG tem Reitoria sediada na<br />

Capital, onde também funcionam as cinco Unidades Universitárias que compõem o Campus BH, e<br />

Unidades em quatro outros municípios: Barbacena, Frutal, João Monlevade e Ubá, aos quais somar-se-á o<br />

de Leopoldina.<br />

Todas as Unidades estão subordinadas, administrativamente, à Unidade de Administração<br />

Superior e, tecnicamente, às Unidades de Coordenação e Execução e de Assessoramento Superior. Essa<br />

estrutura é mostrada na Figura 1.<br />

4.3. Funções principais na gestão da Universidade, composição dos órgãos colegiados e forma de<br />

acesso aos cargos<br />

A gestão da Universidade é colegiada. As competências e forma de escolha dos dirigentes, bem<br />

como a composição e atribuições dos diversos órgãos são estabelecidas estatutariamente, como é<br />

mostrado a seguir.<br />

9


Fig. 1 Organograma Funcional<br />

Unidades Colegiadas de Deliberação Superior<br />

Conselho Universitário<br />

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Conselho Curador<br />

Unidades de Apoio Técnico e Administrativo aos Conselhos Superiores<br />

Secretaria dos Conselhos Superiores Auditoria Seccional<br />

Unidades de Direção Superior<br />

Unidades de Coordenação e Execução<br />

. Pró-Reitoria de Ensino e Extensão<br />

. Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-<br />

Graduação<br />

. Pró-Reitoria de Planejamento, Gestão e<br />

Finanças<br />

Campi Regionais<br />

Diretoria-Geral do Campus<br />

Conselho Diretor do Campus<br />

Diretoria-Geral<br />

Reitoria e Vice-Reitoria<br />

Unidades de Assessoramento<br />

Superior<br />

. Gabinete<br />

. Procuradoria<br />

. Assessoria de Comunicação Social<br />

Unidades Universitárias<br />

Colegiado<br />

de Curso<br />

Conselho Departamental<br />

Departamento<br />

Assembléia de<br />

Departamento<br />

Câmara de<br />

Departamento<br />

Diretoria e Vice-Diretoria<br />

4.3.1. Administração Superior<br />

A Administração Superior da Instituição é composta dos seguintes órgãos:<br />

O Conselho Universitário é a unidade máxima de deliberação e supervisão da UEMG,<br />

incumbindo-lhe a definição da política geral da instituição, no âmbito acadêmico, administrativo,<br />

financeiro, disciplinar e patrimonial. Nos termos do Art. 14 do Estatuto da UEMG, entre as atribuições do<br />

Conselho Universitário, figuram: aprovar o Estatuto, o Regimento Geral, os regimentos específicos, as<br />

resoluções, bem como modificá-los; aprovar os planos de desenvolvimento e expansão da UEMG;<br />

aprovar o orçamento anual e plurianual da Universidade; julgar as contas da gestão do Reitor, após<br />

pronunciamento do Conselho Curador; criar, desmembrar, fundir, agregar, absorver, incorporar ou<br />

extinguir unidades, departamentos e outros órgãos; autorizar o funcionamento de cursos de graduação e<br />

10


de pós- graduação; determinar a suspensão de atividades de qualquer órgão ou curso; estabelecer a<br />

política de pessoal e aprovar a organização do respectivo quadro; deliberar sobre a estrutura e o<br />

funcionamento dos campi regionais.<br />

Nos termos do Estatuto, o Conselho Universitário é presidido pelo Reitor e tem, entre seus<br />

componentes, os pró-reitores, diretores de campus, representantes de cada categoria docente,<br />

representantes dos servidores técnico-administrativos e representantes discentes.<br />

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão é a unidade colegiada de deliberação superior em<br />

matéria de ensino, pesquisa e extensão. Entre suas atribuições, descritas no Art. 21 do Estatuto, figuram:<br />

estabelecer as diretrizes do ensino, da pesquisa e da extensão, coordenando as ações dos diferentes órgãos<br />

da UEMG; aprovar o planejamento geral anual das atividades acadêmicas da Universidade; pronunciar-se<br />

sobre os planos de expansão da UEMG nas áreas de sua competência; propor ao Conselho Universitário a<br />

criação e a suspensão de cursos de graduação e de pós-graduação; aprovar os currículos e os projetos de<br />

funcionamento dos cursos de graduação e de pós-graduação.<br />

O Conselho Curador é a unidade de fiscalização econômico-financeira da UEMG. Compete-lhe<br />

pronunciar-se sobre a proposta de orçamento da UEMG e de suas alterações; sobre aquisição, locação,<br />

gravação, permuta ou alienação de bens imóveis e pronunciar-se, conclusivamente, sobre balanços e<br />

prestação de contas do Reitor.<br />

Em todos os três Conselhos Superiores da UEMG o Estatuto prevê representação docente e<br />

discente. A representação dos servidores técnico-administrativos ocorre no Conselho Universitário e no<br />

Conselho Curador. Em qualquer dos casos, a representação de cada categoria é eleita pelos membros da<br />

mesma, com mandato definido.<br />

A Reitoria tem por finalidade controlar a realização das atividades básicas da UEMG, bem como<br />

desenvolver política institucional que assegure a autonomia didático-científica, administrativa, financeira<br />

e disciplinar na forma das Constituições da República e do Estado, da legislação vigente, do Estatuto e do<br />

Regimento Geral da UEMG.<br />

As três Pró-Reitorias (de Ensino e Extensão, de Pós-graduação e Pesquisa, e de Planejamento,<br />

Gestão e Finanças) completam o núcleo administrativo central da Instituição. Os pró-Reitores são de livre<br />

indicação do Reitor.<br />

A representação discente prevista nos Colegiados Superiores não está preenchida. A não<br />

constituição formal de um Diretório Central dos Estudantes – DCE –, que realmente represente o alunado<br />

do conjunto das Unidades da UEMG deve-se, em parte, ao fato de muitas delas serem bastante recentes.<br />

Para assegurar maior participação discente na tomada de decisões pela Instituição, a meta, para a vigência<br />

deste PDI, é<br />

Incentivar a criação e consolidação dos DAs nas Unidades da UEMG e revitalizar o DCE.<br />

4.3.1.1.Mandato do Dirigente Máximo:<br />

O Reitor, dirigente máximo da Universidade, e o Vice-Reitor são nomeados pelo Governador do<br />

Estado, escolhidos entre os indicados em lista tríplice. Essa lista é composta pelo Colégio Eleitoral<br />

(integrado pelo Conselho Universitário, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, Conselho Curador e<br />

pelos corpos docente, discente e técnico-administrativo), mediante normas estabelecidas pelo Conselho<br />

Universitário.<br />

Reitor e Vice-Reitor têm mandato de quatro anos, contados da data da posse e exercem suas<br />

funções em regime de tempo integral.<br />

A gestão da Instituição se dá através desse modelo, previsto no Estatuto e Regimento da UEMG,<br />

viabilizado pelas Resoluções e Decisões dos Colegiados Superiores, respeitadas a legislação federal e<br />

estadual.<br />

4.3.2. Administração Intermediária<br />

Os órgãos de Administração Intermediária incluem diversas estruturas colegiadas, no nível de<br />

Unidade. Cada Unidade Acadêmica tem um Diretor, um Conselho Departamental, Colegiados de Curso e<br />

Departamentos Acadêmicos.<br />

Cada Departamento tem como instâncias administrativas mais próximas a Câmara e a Assembléia<br />

Departamentais.<br />

11


O Conselho Departamental inclui as chefias dos departamentos, representantes de docentes de<br />

cada nível, coordenadores de curso, representação de servidores administrativos e representação discente.<br />

No Campus BH, as Unidades têm ainda uma instância coletiva, o Conselho Diretor do Campus,<br />

do qual participam todos os Diretores de Unidade. A coordenação do órgão é feita pelo Diretor Geral,<br />

escolhido mediante eleição. Nas Unidades, o Diretor, o Vice-Diretor e os Chefes de Departamento são<br />

eleitos pela comunidade acadêmica. Excepcionalmente, quando da instalação de unidades novas, sem<br />

ainda um corpo docente efetivo, o Diretor é indicado pelo Reitor. As atribuições e competências de cada<br />

uma dessas unidades são definidas no Estatuto e no Regimento.<br />

Em todos esses órgãos há representação docente e discente. Os servidores técnico-administrativos<br />

também têm neles assegurada representação, exceção feita aos Colegiados de Curso. Destacamos, a<br />

seguir, alguns aspectos relativos a esses Colegiados.<br />

4.3.2.1. Colegiados de Curso<br />

Nos termos do Art. 69 do Estatuto, a gestão mais direta dos cursos de graduação e de pósgraduação<br />

é realizada pelos respectivos Colegiados, sediados nas Unidades Acadêmicas. Esses colegiados<br />

são constituídos por representantes dos departamentos que participam do curso, dos professores que nele<br />

atuam e dos estudantes matriculados no mesmo. Cada Colegiado de Curso tem um Coordenador e um<br />

Subcoordenador eleitos pelos membros do órgão.<br />

São atribuições do Colegiado: orientar, coordenar e supervisionar as atividades do curso; elaborar<br />

currículo do curso, com indicação dos pré-requisitos e dos créditos que o compõem, para aprovação do<br />

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão; fixar diretrizes dos programas das disciplinas e recomendar<br />

modificações aos departamentos; elaborar a programação das atividades letivas, para apreciação dos<br />

departamentos envolvidos; avaliar periodicamente a qualidade e a eficácia do curso e o aproveitamento<br />

dos alunos; recomendar ao departamento a designação ou substituição de docentes; decidir as questões<br />

referentes à matrícula, reopção, dispensa de disciplina, transferência, obtenção de novo título, assim como<br />

as representações e os recursos sobre matéria didática.<br />

Essa estrutura de Administração Intermediária, extremamente necessária para que se efetive o<br />

modelo de gestão interna democrática estabelecida no Estatuto e no Regimento, está totalmente<br />

consolidada apenas nas Unidades mais antigas do Campus BH (FAE, Design, Guignard, ESMU).<br />

Nas Unidades criadas a partir de 2005, à vista da decisão tomada, em setembro último, pelo<br />

Conselho Universitário, que aprovou a estruturação, em Departamentos e Colegiados dessas Unidades.<br />

sua composição está em fase de implantação,<br />

A meta da UEMG, para o período 2010-2014, é efetivar a implantação da estruturação em<br />

Departamentos, o Conselho Departamental e Colegiados de Curso aprovados na Faculdade de Políticas<br />

Públicas e nas Unidades de Barbacena, Frutal, Ubá e João Monlevade.<br />

4.3.3. Órgãos de Apoio às Atividades Acadêmicas<br />

Como parte da sua estrutura formal, para apoio às atividades acadêmicas, além das Pró-reitorias,<br />

responsáveis pela implementação e acompanhamento das políticas definidas pelos Conselhos Superiores<br />

da Instituição, e dos Colegiados de Curso, a Universidade conta também com órgãos suplementares,<br />

como o CENPA e o CENDRHE, e com núcleos, como o Núcleo de Educação a Distância, vinculado à<br />

Pró-Reitoria de Ensino e Extensão,<br />

O Setor de Informática presta o suporte necessário às atividades acadêmicas, tanto na<br />

Administração Central, quanto nas Unidades. No que tange às atividades ligadas ao processo seletivo,<br />

atua a COPEPS. Na divulgação oficial das atividades para a comunidade externa e externa, e na interface<br />

com outros setores da mídia, atua a Assessoria de Comunicação Social.<br />

Como elementos de apoio às atividades, existem ainda diversas Comissões Permanentes,<br />

constituídas com representação das Unidades, como a Câmara de Pós-Graduação, a Comissão de<br />

Avaliação Institucional, o Comitê de Ética na Pesquisa, a Comissão de Ética do Servidor, e a Comissão<br />

de Avaliação de Desempenho Individual.<br />

Além da estrutura formal, que serve ao conjunto das Unidades, as Unidades contam com<br />

Coordenadores de Pesquisa e Extensão, que supervisionam as ações relativas a cada uma dessas áreas e<br />

estabelecem uma ligação mais direta dos docentes com as respectivas Pró-Reitorias, facilitando a<br />

12


implementação das políticas estabelecidas, a disseminação de informações e o levantamento de dados.<br />

Em algumas Unidades também há estruturas denominadas „Centros‟, que agrupam professores que atuam<br />

em áreas de estudo e de pesquisas específicas.<br />

4.4. Planejamento estratégico como ferramenta de gestão acadêmica<br />

A gestão da Instituição é orientada pelas normas contidas na Legislação Federal e Estadual, no<br />

Estatuto e no Regimento, Resoluções e Decisões dos Colegiados Superiores. A operacionalização dessas<br />

resoluções e decisões se dá através da adoção de planos e estratégias de gestão, coordenados pela<br />

Administração Superior. Nos últimos anos, além de realizar planejamentos por sua própria iniciativa, a<br />

Universidade inseriu-se no „Programa de Acordo de Resultados‟, criado pelo Governo, no âmbito do<br />

Poder Executivo, pela Lei N° 14.694.<br />

O Acordo de Resultados se dá através de um contrato de gestão no qual são definidos os<br />

resultados esperados para cada área de atuação governamental. O principal objetivo desse instrumento é a<br />

definição de prioridades, representadas por indicadores e produtos, que deverão ser alcançados e<br />

concretizados ao longo do ano. Em contrapartida, em caso de desempenho satisfatório, é concedido aos<br />

servidores, como forma de incentivo, pagamento de prêmio por produtividade.<br />

A UEMG, como parte do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, também<br />

elaborou seu Acordo de Resultados. Para isso, implementou o Planejamento Estratégico Participativo,<br />

utilizando a metodologia „Balanced Score Card – BSC‟. Inicialmente, foram definidas a Identidade<br />

Organizacional e Cadeia de Valores da UEMG. A seguir, por meio de pesquisa realizada com todos os<br />

servidores de todas as Unidades, foram identificadas as principais oportunidades, ameaças, forças e<br />

fraquezas da UEMG.<br />

A partir dessas análises, foram definidos os objetivos estratégicos necessários e hábeis à UEMG<br />

cumprir sua Missão e atingir sua Visão. A Figura 2 mostra os objetivos traçados nesse planejamento.<br />

Composto esse mapa, com objetivos estratégicos decodificados em indicadores e produtos, a<br />

UEMG foi dividida em 16 equipes responsáveis por seu cumprimento, resultando no Acordo de<br />

Resultados – AR 2008/2010 –celebrado com o Governo do Estado.<br />

Para garantir o cumprimento do Acordo de Resultados, foi estabelecida sistemática de<br />

acompanhamento e avaliação contínua de resultados, que incluiu e inclui instrumentos de avaliação<br />

individual, por equipe e para a instituição como um todo. As coordenações de equipe se reúnem,<br />

mensalmente, sob a coordenação da Equipe de Apoio à Gestão Estratégica – EAGE –, para avaliar o<br />

desenvolvimento dos trabalhos. Quando uma meta não é cumprida ou o é apenas parcialmente, são<br />

propostas novas ações para resolver os problemas que levaram ao seu não cumprimento. O processo tem<br />

uma margem para correção de rumos, através da re-pactuação de metas, o que lhe confere alguma<br />

flexibilidade.<br />

Na estratégia adotada, o desempenho individual, o de cada equipe e o da Instituição interessam a todos,<br />

pois constituem parte do resultado que lhes é imputado ao final de cada exercício.<br />

O fato de o cumprimento das metas pactuadas no Acordo de Resultados ter como consequência<br />

uma bonificação salarial significa, em alguma extensão, associar parte da remuneração de docentes e<br />

servidores ao seu desempenho, constituindo-se em importante ferramenta gerencial de incremento da ação<br />

institucional.<br />

13


Fig. 2. Mapa Estratégico da UEMG<br />

Os trabalhos realizados em 2008, 2009 e em fase de realização em 2010 são, na verdade, o início<br />

de um processo que demanda tempo, espírito crítico, visão institucional e continuidade. As metas<br />

pactuadas em 2008 e 2009 foram preferencialmente ligadas às atividades-meio e refletiram, em grande<br />

parte, metas comuns aos demais setores do Estado. Em 2010, os indicadores começam a apontar para as<br />

atividades-fim da UEMG e para suas especificidades, o que resultará em maior efeito sobre os serviços<br />

prestados pela instituição à sociedade.<br />

A meta para o período 2010-2014 é a continuidade da sistemática de planejamento estratégico,<br />

com a avaliação dos resultados obtidos, correção dos problemas detectados, redefinição das metas e,<br />

principalmente, estabelecimento de indicadores e produtos mais ligados às atividades-fim da Instituição.<br />

O trabalho visando à definição de metas mais ligadas ao desempenho acadêmico da Instituição foi<br />

priorizado, em setembro de 2010, através de uma oficina de Planejamento Estratégico Situacional que<br />

envolveu 30 gestores da UEMG. Na ocasião, foram redefinidas as principais metas da UEMG até 2014.<br />

14


5. CORPO DOCENTE<br />

5.1. Dimensões do Quadro e Vinculação Funcional<br />

Quando da elaboração do PDI anterior, em dezembro de 2003, 80% do corpo docente da UEMG<br />

eram constituídos de professores temporários, designados. Naquele planejamento, considerava-se<br />

essencial a realização de concursos para a admissão de docentes permanentes.<br />

Em 2005, foi aprovada a Lei 15.463, que estabeleceu a carreira de Professor de Educação<br />

Superior e as carreiras técnico-administrativas das universidades estaduais. No mesmo ano, a UEMG foi<br />

autorizada a realizar concursos públicos para ingresso de docentes. Tal medida liberaria a Instituição do<br />

excesso de designações, que acabavam por transformar em permanentes arranjos criados para serem<br />

emergenciais e transitórios. Concursos resultariam em maior titulação do quadro docente e em situação de<br />

maior segurança e estabilidade para os professores, associada que estava à idéia de maior<br />

responsabilidade e comprometimento com a Instituição.<br />

A autorização para realização dos concursos implicou medidas de organização, de adoção de<br />

normas, de dimensionamento do quadro de professores necessário para cada curso e cada uma das<br />

Unidades Acadêmicas então existentes. Esse trabalho, que demandaria algum tempo devido à natureza<br />

dos indicadores a serem levantados, sofreu um atraso adicional, decorrente da resistência de parte da<br />

comunidade aos concursos. Essa resistência ocorreu porque a autorização para realizar concursos só<br />

previu ingresso de mestres e doutores. Mais de metade dos designados não tinha essa titulação e, portanto,<br />

não poderia concorrer aos cargos. Além disso, a posse dos concursados estava condicionada à demissão<br />

de igual número de designados.<br />

A morosidade causada por esses dois fatores permitiu que, ao longo do processo, fosse<br />

promulgada a Lei Complementar 100/2007, que efetivou todos os professores contratados<br />

temporariamente, desde que estivessem em exercício em dezembro de 2006. A edição da Lei foi<br />

precedida pelo cancelamento da autorização para realização dos concursos. Como resultado, todo o<br />

trabalho realizado pelas Unidades para preparação dos concursos, cujos editais já estavam sendo<br />

compostos, foi perdido.<br />

Em 2008, a Universidade conseguiu autorização para realização de concursos para 30 vagas no<br />

nível V, que exige o doutorado. Esses concursos tiveram edital publicado em julho de 2008 e ocorreram<br />

entre janeiro e março de 2009. Em 2010, nove outros concursos foram realizados para ocupar vagas que<br />

não haviam sido providas nos concursos anteriores, ou cujos empossados se exoneraram.<br />

A despeito da efetivação ocorrida e dos concursos realizados, a Universidade teve que continuar<br />

contratando professores temporários para os cursos novos, criados a partir de 2006.<br />

A Tabela 1 mostra o número de professores efetivos, efetivados e designados no ano que<br />

precedeu o último PDI e aquele registrado em setembro de 2010.<br />

Tab.1 – Composição do corpo docente da UEMG, segundo a forma de vínculo, no início da<br />

vigência do PDI anterior e em setembro de 2010<br />

Tipo de vínculo<br />

Dezembro de 2003 Setembro de 2010<br />

N° % N° %<br />

Efetivos por concurso 75 17,6 74 10,0<br />

Efetivados 8 1,9 375 50,7<br />

Designados 342 80,5 290 39,2<br />

Total 425 100,0 739 100,0<br />

Apesar da efetivação resultante da LC100/2007, a UEMG continua tendo um problema<br />

extremamente grave que é o da proporção elevada de docentes temporários. Esse problema cresceu em<br />

2010, com o quantitativo, no segundo semestre, de cerca de 40% do corpo docente constituído de<br />

professores designados.<br />

15


Mais grave ainda é o fato de que os docentes permanentes estão concentrados nas escolas do<br />

Campus BH (exceto na FaPP, que por ser mais recente tem elevada proporção de designados) e em<br />

Barbacena, como pode ser visto na Tabela 2.<br />

Tab.2 Distribuição dos docentes da UEMG, por Unidade, de acordo com a forma de vínculo funcional<br />

UNIDA<strong>DE</strong> EFETIVOS EFETIVADOS <strong>DE</strong>SIGNADOS TOTAL<br />

Escola de Design 31 102 27 160<br />

Escola de Música 9 79 15 103<br />

Escola Guignard 7 36 28 71<br />

Faculdade de Educação 21 80 28 129<br />

FaEnge 10 40 50<br />

FaPP 1 4 20 25<br />

Int.Sup.Educ.D.Itália Franco 25 9 34<br />

Poços de Caldas 21 1 22<br />

Campus Frutal 4 12 89 105<br />

Ubá 1 6 33 40<br />

TOTAL 74 375 290 739<br />

No conjunto das quatro Unidades criadas a partir de 2005 (FaPP, FaEnge, FRUTAL e UBÁ), a<br />

proporção de professores temporários ultrapassa 80%. Isso se deve ao fato de que a data referência para<br />

efetivação de docentes foi dezembro de 2006, ocasião em que os cursos novos criados pela Instituição,<br />

nessas Unidades, tinham oferecido, no máximo, um ou dois períodos e, portanto, praticamente não tinham<br />

professores a serem efetivados. Toda a oferta para os períodos subseqüentes foi viabilizada mediante<br />

contratação de professores designados.<br />

A proporção de designados cresce à medida que novos períodos daqueles cursos são implantados,<br />

e será elevada com o início dos dois novos cursos previstos para 2011. Uma agravante é o fato de que, por<br />

força da Lei 10.250, a designação de professores temporários não pode ultrapassar o término do ano<br />

letivo. Isso significa que boa parte do pessoal é substituída anualmente, uma vez que a seleção se faz<br />

mediante processo seletivo simplificado, mediado através de edital coletivo, de ampla concorrência. A<br />

rotatividade, decorrente da má remuneração e dessa falta de estabilidade, certamente afeta qualquer<br />

instituição universitária. E esse problema só pode ser resolvido mediante abertura de concurso público<br />

para docentes.<br />

A principal meta da UEMG com relação à vinculação funcional de seu corpo docente é obter<br />

autorização do Governo do Estado para promoção de concursos públicos, de modo que pelo menos 70%<br />

do corpo docente total da UEMG sejam constituídos de professores permanentes e, em todas as Unidades,<br />

a maior parte do corpo docente seja formada por professores recrutados mediante concurso público.<br />

Evidentemente, o cumprimento dessa meta não depende apenas de iniciativas da Instituição, mas,<br />

fundamentalmente, da disposição do Governo do Estado em autorizar os concursos públicos necessários.<br />

5.2. Regime de Trabalho<br />

A UEMG atende à exigência de docentes em tempo integral estabelecida pela LDB.<br />

Considerando-se como tempo integral o limite mínimo de 30 horas semanais de trabalho, conforme<br />

previsto no Instrumento de Verificação do CEE, a UEMG, em setembro de 2010, tem 56,3 % dos<br />

professores nesse regime, como pode ser visto na Tabela 3 e Figura 3.<br />

16


Tab.3. Distribuição do corpo docente total da UEMG, por regime de trabalho, em setembro de 2010*<br />

Regime de Trabalho Docentes<br />

Número %<br />

Horista (menor que 12h) 24 3,2<br />

Tempo Parcial (12 até 29h) 299 40,5<br />

Tempo Integral (maior ou igual a 30 horas) 416 56,3<br />

Total 739 100,0<br />

*Obs. Nessa Tabela, foram considerados como docentes em tempo integral todos os professores que trabalham na<br />

Instituição por tempo igual ou superior a 30horas por semana, conforme previsto no ‘Instrumento de Verificação<br />

´in loco´ do CEE’<br />

Fig.3. Distribuição do corpo docente total da UEMG, por regime de trabalho, em setembro de 2010 *<br />

40%<br />

Docentes por Regime de Trabalho<br />

3%<br />

57%<br />

Horista<br />

T.Integral<br />

T.Parcial<br />

Um aspecto a destacar é que a efetivação dos docentes designados em 2007 se deu no regime de<br />

trabalho em que estes se achavam na data da Lei. Como resultado, muitos docentes foram efetivados em<br />

regimes de trabalho entre 20 e 39 horas semanais, e alguns em regime inferior a 20 horas. Uma questão<br />

repetidamente colocada pelas Unidades, como importante para melhorar a qualidade do ensino, pesquisa e<br />

extensão, é o enquadramento desses docentes, que agora são permanentes, nos regimes de trabalho<br />

previstos na carreira (20 e 40 horas).<br />

A distribuição desses regimes de trabalho entre os docentes, nas diferentes Unidades, é mostrada<br />

na Tabela 4.<br />

Tab. 4. Composição do corpo docente, de acordo com o regime de trabalho, nas Unidades da UEMG,<br />

em Setembro de 2010<br />

HORISTA PARCIAL INTEGRAL TOTAL<br />

UNIDA<strong>DE</strong><br />


As informações sobre regime de trabalho de cada docente da UEMG, por curso, constam do<br />

„Projeto de Recredenciamento da UEMG‟.<br />

Outra questão relativa ao regime de trabalho à qual a Instituição dedica especial atenção é a<br />

necessidade de aumento da proporção de docentes em 40 horas. Evidentemente, os regimes de 40horas e<br />

de Dedicação Exclusiva permitem maior envolvimento dos docentes nos programas de ensino, pesquisa e<br />

extensão.<br />

Como parte das estratégias para melhorar efetivamente sua produção, a UEMG pretende ampliar<br />

o número de docentes nesses dois regimes, especialmente entre os professores titulados, com critérios<br />

claros de concessão e avaliação, e remuneração condizente,<br />

A meta da UEMG, com relação ao regime de trabalho, é<br />

- Ampliar a proporção de docentes titulados com regime de trabalho de 40h e de Dedicação Exclusiva,<br />

avaliados adequadamente, como uma das estratégias para garantir a produção científica, cultural e<br />

artística da Instituição;<br />

- Realizar gestões no sentido de ampliar o percentual recebido pelo exercício do regime de Dedicação<br />

Exclusiva;<br />

- Fazer gestões junto ao Governo do Estado no sentido de regularizar a situação de regime de trabalho dos<br />

professores efetivados.<br />

5.3. Titulação do corpo docente<br />

A UEMG atende plenamente ao quesito de titulação exigido na Lei de Diretrizes e Bases da<br />

Educação. A Instituição tem quase 55% de seu corpo docente constituído de mestres e doutores, sendo<br />

11% de doutores e 54% de mestres (Tab.5 e Fig.4).<br />

Tab.5. Titulação do corpo docente da UEMG, em Setembro de 2010<br />

TITULAÇÃO Docentes<br />

Número %<br />

Doutorado 81 10,96<br />

Mestrado 324 43,84<br />

Especialização 263 35,59<br />

Graduação 71 9,61<br />

TOTAL 739 100,0<br />

Fig.4. Titulação do corpo docente da UEMG, em Setembro de 2010<br />

43,8%<br />

9,6%<br />

Docentes por Titulação<br />

11,0%<br />

35,6%<br />

DOUTORADO STRICTO SENSU<br />

ESPECIAL./APERFEI.(LATO SENSU)<br />

MESTRADO STRICTO SENSU<br />

SUPERIOR COMPLETO<br />

18


5.4. Corpo Docente por curso<br />

A relação nominal dos docentes que atuam em cada um dos cursos da UEMG, o regime de trabalho,<br />

titulação e experiência profissional dos mesmos são apresentados no „Projeto de Recredenciamento da<br />

UEMG‟.<br />

6. PROJETO <strong>DE</strong> QUALIFICAÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DOCENTE<br />

A UEMG tem, em setembro de 2010, quase 55% de seu corpo docente formado por mestres e<br />

doutores. Entretanto, apenas 11% do quadro têm o doutorado (Fig.3). A Instituição necessita de maior<br />

número de professores titulados para melhorar a qualidade do ensino de graduação, oferecer novos cursos<br />

de pós-graduação, aumentar o número de projetos de pesquisa, o aporte de recursos para pesquisa e<br />

extensão e sua produção em ciência e tecnologia. Ao lado da conquista de maior proporção de professores<br />

efetivos, a titulação do corpo docente atual é meta prioritária da Universidade.<br />

O percentual de doutores poderia ser muito maior caso, na vigência do último PDI, tivesse<br />

ocorrido o ingresso de maior número de docentes por concurso, ao invés da efetivação ocorrida em<br />

função da LC100/2007. Ao efetivar todos os docentes designados, essa Lei corrigiu a situação de<br />

precariedade do vínculo empregatício, mas manteve o problema de baixa titulação dos professores, uma<br />

vez que cerca de 60% dos professores efetivados não tinham mestrado nem doutorado.<br />

A Universidade tem buscado resolver essa questão através de um Programa Institucional de<br />

Qualificação dos docentes efetivos e efetivados.<br />

Em dezembro de 2008, o Conselho Universitário aprovou uma resolução (Resolução CONUN nº<br />

157, de 13/12/2008) sistematizando a política de qualificação e determinando às Unidades Acadêmicas<br />

que encaminhassem à Reitoria, em 2009, um Plano Quinquenal de Qualificação dos seus professores<br />

efetivos e efetivados. Esse plano visava ao cumprimento das metas gerais de titulação a serem atingidas<br />

anualmente, delineadas por Departamento/Setor ou área de conhecimento, com a relação nominal de<br />

professores envolvidos, a data prevista de conclusão e os recursos adicionais eventualmente demandados.<br />

Nos termos da Resolução, cada Unidade deveria assegurar que:<br />

I - anualmente, todos os Departamentos e Cursos tivessem docentes realizando qualificação em<br />

nível de mestrado e doutorado;<br />

II - no primeiro ano do programa, pelo menos 15% dos docentes efetivos estariam inseridos em<br />

programas de mestrado ou doutorado;<br />

III - anualmente, a partir do segundo ano, pelo menos mais 10% do corpo de professores efetivos<br />

iniciariam cursos de mestrado ou de doutorado;<br />

IV - ao término de cinco anos, todos os cursos contariam com, pelo menos, 70% de professores<br />

com mestrado ou doutorado.<br />

Como resultado desse Plano, as metas estabelecidas para os próximos cinco anos para o conjunto<br />

da UEMG são:<br />

- Qualificar, como mestres, 60% dos professores efetivos/efetivados não detentores desse título;<br />

- Qualificar, como doutores, 30% dos atuais mestres;<br />

- Assegurar que, em todos os cursos da UEMG, pelo menos 70% do corpo docente seja constituído de<br />

professores com mestrado ou doutorado.<br />

Nessa perspectiva, cerca de 200 docentes, ou seja, quase metade do corpo docente permanente da<br />

UEMG, deveria melhorar seu nível de titulação nos próximos cinco anos. O planejamento elaborado pelas<br />

Unidades, em atendimento à Resolução 157, só se completou no início de 2010. Conforme os dados<br />

enviados, em algumas Unidades o número previsto de docentes que estarão envolvidos em qualificação<br />

ficou aquém das metas estipuladas pelo CONUN. Isso ocorreu, principalmente, em Unidades onde o<br />

número de professores efetivados existente é muito pequeno para permitir um envolvimento<br />

percentualmente significativo, e/ou onde a faixa etária dos docentes, em alguns casos, desestimula a<br />

participação em um programa de qualificação stricto sensu. Em decorrência, a titulação resultante na<br />

UEMG deverá ficar um pouco aquém do resultado pretendido.<br />

Outra estratégia para melhorar o nível de qualificação do corpo docente diz respeito à seleção dos<br />

professores designados. Face à natureza do contrato administrativo que vincula os designados à<br />

Universidade, e que, por força de Lei, se encerra no final de cada exercício, a Universidade está impedida<br />

19


de oferecer programas de qualificação e formação continuada a esses docentes. Por outro lado, como<br />

professores designados constituem uma proporção muito alta do quadro, os esforços de qualificação do<br />

corpo permanente ficariam diluídos caso a contratação de temporários não enfatizasse a titulação. A partir<br />

de 2008, os Diretores foram instados a privilegiar a titulação nos critérios para seleção de designados. No<br />

final de 2009, a Universidade resolveu promover a seleção de designados mediante edital coletivo, em<br />

que se explicitou a prioridade da contratação de mestres e doutores. Em decorrência dessa medida, a<br />

proporção de professores mestres e doutores entre os designados que atuavam na Instituição no início do<br />

semestre foi de 42 e 9%, respectivamente, mantendo, pelo menos, o mesmo padrão que se observava, à<br />

ocasião, no corpo permanente.<br />

Considerando o conjunto do quadro docente (efetivos, efetivados e designados), a Instituição tem,<br />

em setembro de 2010, 146 professores (quase 20% do corpo docente) realizando programas de<br />

qualificação (Tabela 7).<br />

Tab. 7. Professores da UEMG realizando qualificação, em Setembro de 2010<br />

Nível de titulação pretendido Número de docentes em<br />

qualificação<br />

Pós- Doutorado 02<br />

Doutorado 80<br />

Mestrado 56<br />

Especialização 08<br />

Total 146<br />

A política de qualificação do pessoal docente efetivo e efetivado, aliada à captação de doutores<br />

mediante concurso público e à designação preferencial de professores titulados, vem, de forma lenta, mas<br />

contínua, obtendo relativo sucesso, reduzindo a proporção de professores detentores apenas de graduação<br />

e aumentando o do percentual de mestres e doutores, conforme demonstra a Tabela 6.<br />

Tab. 6. Titulação dos professores da UEMG, de 2008 a 2010, considerando o corpo docente total*<br />

TITULAÇÃO DO<br />

CORPO<br />

DOCENTE*<br />

2008 2009 2010<br />

N° % N° % N° %<br />

Graduação 105 14,9 98 13,4 71 9,6<br />

Especialização 282 40,1 290 39,6 263 35.6<br />

Mestrado 268 38,1 288 39,3 324 43,8<br />

Doutorado 49 7,0 56 7,7 81 11,0<br />

TOTAL 704 100,0 732 100,0 739 100,0<br />

*Inclui efetivos, efetivados e designados<br />

As estratégias de qualificação também podem ser aceleradas através do desenvolvimento dos<br />

programas próprios de capacitação docente no nível de mestrado e de doutorado e da expansão das<br />

atividades de intercâmbio, nacional e internacional.<br />

Nas Unidades em que a proporção de efetivos realmente é muito pequena, a melhoria de titulação<br />

precisará ser resolvida, prioritariamente, a partir dos concursos públicos para mestres e doutores e,<br />

enquanto eles não ocorrerem, pela designação prioritária de docentes titulados.<br />

O ritmo de mudança poderia ser mais rápido, caso não perdêssemos parte do pessoal titulado para<br />

outras instituições. Esse evento ocorre com certa frequência, devido, principalmente, a questões salariais.<br />

As metas da Universidade quanto à titulação de seu corpo docente, para o período 2010-2014,<br />

considerando todo o conjunto do corpo docente (efetivos, efetivados e designados), foram<br />

recentemente redefinidas, como parte do Planejamento Estratégico Situacional realizado, como:<br />

- Aumentar para 75% a proporção de mestres e doutores no corpo docente global da Instituição.<br />

20


O cumprimento dessas metas tem dois componentes cuja execução cabe à Instituição: (1)<br />

qualificar rapidamente seu corpo docente efetivo e (2) designar um número de professores doutores e<br />

mestres que seja suficiente para elevar a proporção dessa titulação, no corpo docente total, no nível<br />

previsto. O primeiro desses componentes dar-se-á no ritmo do Programa de Qualificação dos Professores<br />

Efetivos e Efetivados acima descrito. O segundo, pela designação prioritária de doutores, um objetivo que<br />

tem que ser perseguido e monitorado ao longo de todo o ano.<br />

O terceiro componente é a contratação, mediante concurso, de novos docentes titulados para a<br />

UEMG. Esse fator exige gestões que a Instituição certamente fará, mas depende, fundamentalmente, da<br />

autorização do Governo.<br />

A qualificação do corpo docente permanente pretendida depende também do interesse e<br />

envolvimento dos professores e da adoção de medidas de apoio. A UEMG pretende realizar gestões no<br />

sentido de aumentar a oferta de programas de intercâmbio, nacionais e internacionais, para capacitação de<br />

docentes, nos diversos níveis de formação acadêmica, cujas bases foram lançadas em 2008. Esses projetos<br />

têm contado com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG –<br />

e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES –, para fornecimento de<br />

bolsas de estudo e de pesquisa para docentes. Como resultado dessas iniciativas, a Instituição pretende<br />

conseguir o aumento da participação de docentes da UEMG no Programa Mineiro de Capacitação<br />

Docente (PMCD) e no Programa de Capacitação de Recursos Humanos (PCRH), ampliando o número de<br />

bolsas para professores da UEMG em qualificação.<br />

Além disso, ações precisam ser desenvolvidas visando a obter do Governo do Estado:<br />

- A manutenção da possibilidade de concessão de substitutos para os docentes que se afastarem<br />

para qualificação, nos casos em que a redistribuição de encargos entre os professores que já<br />

estão na Unidade se mostre impossível;<br />

- Modificação na legislação, de modo a permitir que os afastamentos de docentes para<br />

qualificação se dêem sem a perda de remuneração (supressão do ‘pó de giz’) que hoje ocorre.<br />

- Modificação na legislação relativa ao desenvolvimento na carreira, de modo a assegurar que o<br />

professor que obtém a qualificação tenha promoção imediata para o nível correspondente à<br />

nova titulação obtida.<br />

Esse último aspecto já terá sido parcialmente conseguido, a partir de Janeiro 2011, com a vigência<br />

da Lei N° 18.975, de 29/06/2010. Essa Lei prevê uma data anual para promoção (1° de janeiro) para todos<br />

aqueles docentes que, no último ano, tenham apresentado, até 30 de junho, comprovação da obtenção de<br />

titulação superior à exigida para o nível em que se encontram („escolaridade adicional‟). Essa<br />

modificação reduzirá, em muito, o intervalo entre a obtenção da titulação e a promoção hoje existente, o<br />

que constituirá forte estímulo à capacitação.<br />

Além da titulação formal de docentes, que é a prioridade definida pelo Conselho Universitário, a<br />

UEMG também precisa promover atividades de atualização e qualificação continuada, considerando<br />

especialmente os docentes que não se envolverem em programas de mestrado e doutorado. Sem<br />

comprometer o programa de qualificação aprovado, esse objetivo poderá ser realizado mediante oferta de<br />

cursos de atualização de curta duração, voltados, principalmente, para a correção de deficiências<br />

apontadas nos processos de avaliação. A implementação desses cursos poderá ser viabilizada à medida<br />

que a Instituição dispuser de corpo titulado para tanto.<br />

7. <strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> CARREIRA DOCENTE<br />

A Carreira de Professor de Educação Superior e as carreiras dos servidores técnicoadministrativos<br />

da UEMG são regidas pela Lei 15.463/2005, modificada pelas Leis 15.785/2005 e<br />

17.988/2008. A versão atualizada da Lei de Carreira é apresentada no Projeto de Recredenciamento da<br />

UEMG.<br />

Estrutura da Carreira Docente:<br />

Destacam-se, no plano de carreira em vigor, a valorização da titulação como critério de ingresso e<br />

de movimentação na carreira e a remuneração diferenciada, conforme sejam a titulação e o desempenho.<br />

A carreira é estruturada em níveis, de I a VII. O ingresso se dá nos níveis I, III e V. Cada nível<br />

tem 10 graus, de A até J. Para o nível inicial, a titulação mínima exigida é a especialização. Para o nível<br />

III, exige-se o mestrado e, para o nível V, o doutorado.<br />

21


A Lei 18.975, de 29/06/2010, que entrará em vigor em 1/01/2011, determinou alterações nas<br />

exigências de titulação mínima para ingresso em cada nível da carreira de Professor de Educação<br />

Superior. A partir de janeiro, a especialização será exigência para ingresso no nível II, o mestrado para<br />

ingresso no nível IV e o doutorado para o nível VI. O texto deste PDI considera a estrutura em vigor em<br />

2010.<br />

Desenvolvimento na Carreira:<br />

A carreira tem mecanismos de desenvolvimento que consideram o tempo de serviço, a<br />

participação em atividades de qualificação (titulação) e o desempenho alcançado pelo docente nos<br />

processos anuais de avaliação.<br />

As formas de desenvolvimento são duas: progressão e promoção. Progressão é a mudança de grau, dentro<br />

de um mesmo nível, baseada no cumprimento de um tempo de serviço em cada grau (interstício entre<br />

progressões), na exigência de aprovação nos processos de avaliação institucional periódicos e na<br />

participação em atividades de qualificação.<br />

A promoção na carreira (mudança de nível), também valoriza o tempo de serviço (ao exigir o<br />

cumprimento de tempo no último grau de cada nível para se candidatar à promoção), a obtenção de<br />

qualificação e a aprovação nas avaliações individuais realizadas. Os docentes têm acesso aos níveis II, IV,<br />

VI e VII apenas por promoção. A promoção pode ser acelerada, reduzindo o número de interstícios e de<br />

avaliações exigidas, se o servidor obtiver titulação superior à requerida para o nível em que se encontra<br />

(promoção por escolaridade adicional).<br />

Remuneração de Acordo com a Titulação:<br />

Na carreira em vigor, o professor com especialização só tem acesso aos níveis I e II; o mestre aos<br />

níveis III e IV e os doutores a todos os níveis, a partir do V.<br />

O quadro de remuneração incorpora diferenças significativas, de acordo com a titulação, como é<br />

mostrado na Tabela 8, em que se compara o vencimento pago a docentes no grau inicial de cada nível da<br />

carreira. Um professor doutor, recém contratado, (nível V, grau A), em regime de 40horas semanais, sem<br />

dedicação exclusiva, recebe duas vezes mais que um docente especialista (nível I, grau A) no mesmo<br />

regime. Se o doutor tiver sua proposta de trabalho aprovada para o regime de dedicação exclusiva, seu<br />

vencimento equivalerá a dois salários e meio de especialista, cumprindo as mesmas 40horas.<br />

Tab.8. Vencimento bruto de professores dos níveis I a VII, grau A, na carreira de Professor de Ensino<br />

Superior na UEMG<br />

Nível Componentes da remuneração Total bruto<br />

Vencimento<br />

Básico<br />

Grat. de Inc. à<br />

Docência (Pó de<br />

Giz) 20%<br />

GDPES *<br />

pago ao<br />

docente em<br />

regime de<br />

40h/semana<br />

Adicional<br />

de<br />

Dedicação<br />

Exclusiva**<br />

Total bruto, com<br />

adicional de<br />

Dedicação<br />

Exclusiva<br />

I 1.606,60 321,32 607,60 2.535,52 _ 2.535,52<br />

II 1.863,66 372,73 912,71 3.149,10 _ 3.149,10<br />

III 2.161,84 432,37 1.115,68 3.709,89 864,74 4.574,62<br />

IV 2.507,74 501,55 1.318,65 4.327,94 1.003,10 5.331,03<br />

V 3.009,28 601,86 1.623,76 5.234,90 1.203,71 6.438,61<br />

VI 3.611,14 722,23 2.027,08 6.360,45 1.444,46 7.804,90<br />

VII 4.333,37 866,67 2.435,64 7.635,68 1.733,35 9.369,03<br />

* Gratificação de Desempenho da Carreira de Professor de Educação Superior - GDPES, Decreto nº<br />

45.042 de 12.02.2009 que regulamenta a Lei nº 17.988 de 30.12.2008.<br />

** A gratificação de Dedicação Exclusiva, só pode ser recebida por professores Mestres e Doutores,<br />

portanto, só a partir do nível III.<br />

Os mecanismos de promoção e de progressão que permitem o desenvolvimento na carreira<br />

recompensam financeiramente o docente que se qualifica. As recentes alterações na sistemática de<br />

22


promoção por escolaridade adicional, instituídas na Lei 18.975/2010, que vigorarão a partir de janeiro de<br />

2011, aceleram em anos a evolução na carreira.<br />

Adicional por Produção Científica/Técnica e pela Extensão<br />

Não existe na Carreira uma remuneração específica por produção científica, técnica, pela<br />

realização de projetos de pesquisa ou pela participação em atividades de extensão. Entretanto, a Carreira<br />

contempla os regimes de trabalho de 20 horas e 40 horas, este com ou sem dedicação exclusiva. A<br />

atribuição de jornada de trabalho aos docentes é feita com base nas atividades previstas no ensino,<br />

pesquisa, extensão e administração acadêmica. O tempo de atividades extra-classe é dedicado a essas<br />

atividades, além do atendimento aos alunos. Além disso, a carreira estabelece a obrigatoriedade da<br />

avaliação anual. Os docentes são avaliados por meio de instrumento que contempla toda a sua atividade<br />

acadêmica, incluindo sua atuação em projetos de pesquisa e extensão, sua produção científica e técnica. E<br />

recebem pontuação específica por essas atividades e sua produção. Como resultado direto da avaliação<br />

bem sucedida, individual e institucional, os professores recebem a Gratificação de Desempenho de<br />

Professores do Ensino Superior (GDPES), criada através da Lei 17.988, de 30/12/2008, que incorpora um<br />

ganho significativo ao seu salário mensal. Docentes também podem apresentar ao Conselho Universitário<br />

propostas de trabalho em regime de dedicação exclusiva, para realização de projetos de pesquisa ou<br />

extensão. Esse regime significa, para mestres e doutores, um acréscimo correspondente a 40% do<br />

vencimento básico e sua manutenção depende dos resultados obtidos pelo docente. Uma produção<br />

científica ou técnica compatível com o regime assegura a manutenção do recebimento desse adicional.<br />

Portanto, as atividades de pesquisa e extensão são remuneradas.<br />

Remuneração por Tempo Dedicado ao Atendimento a Alunos<br />

O regime de trabalho de todos os docentes inclui, além da carga horária dedicada à sala de aula, tempo<br />

para apoio pedagógico, que contempla o preparo de aulas e de provas e o atendimento aos alunos. Além<br />

disso, todos os currículos contêm, formalmente, atividades de iniciação à pesquisa, ou de elaboração de<br />

monografias e de trabalhos de conclusão de curso, que exigem um número enorme de docentes<br />

orientadores. Essas atividades de orientação de alunos são relatadas anualmente pelos docentes, como<br />

parte substantiva de sua jornada de trabalho, e, também por essa via, o atendimento aos alunos é<br />

remunerado.<br />

Apoio aos Docentes na Realização de Pós-graduação e na Participação em Eventos:<br />

Além de estimular a titulação, através dos mecanismos previstos na Carreira, e da elaboração de<br />

um Programa Institucional de Qualificação, a Instituição tem mecanismos para apoiar o professor, durante<br />

a titulação. Docentes têm a possibilidade de afastamento remunerado para qualificação, prevista na<br />

legislação estadual e na Resolução 156/2008 do Conselho Universitário. Nos casos em que a concessão<br />

de afastamento não seja possível, a Resolução citada prevê a redução de encargos didáticos à metade.<br />

Também para favorecer o ingresso dos docentes na pós-graduação, a UEMG participa de<br />

programas institucionais que facilitam o acesso de seus professores aos cursos de mestrado e doutorado<br />

de outras universidades. Uma das medidas tomadas para isso, na vigência do último PDI, foi o<br />

desenvolvimento, na Faculdade de Educação, de um mestrado interinstitucional com a Universidade<br />

Estadual do Rio de Janeiro. Esse mestrado foi aprovado pela CAPES em 2006, funcionou até 2009, e<br />

capacitou vários mestres, contribuindo significativamente para a qualificação do quadro docente daquela<br />

Unidade.<br />

O acesso dos docentes aos programas de mestrado e doutorado também é favorecido através da<br />

participação da UEMG em programa de cooperação com outras Universidades do Estado, com apoio da<br />

FAPEMIG, através do PMCD e PCRH. A Instituição conseguiu ainda, mediante convênio institucional<br />

com o Politécnico de Torino (POLITO), a reserva anual de vagas para qualificação de três docentes,<br />

selecionados pela UEMG, para ingresso no doutorado. A FAPEMIG fornece bolsas aos doutorandos.<br />

Quanto à participação em eventos, a Instituição, libera os docentes para os mesmos e, no limite<br />

de sua disponibilidade de recursos financeiros, fornece auxílio para a participação. Essa atividade, muitas<br />

vezes bancada pela UEMG com recursos próprios, ou pelo próprio servidor, precisa ser incrementada na<br />

Instituição. Uma alternativa seria buscar incluí-la no Programa de Capacitação de Servidores do Estado.<br />

Tendo em vista o fato de que os mecanismos de progressão e promoção nas carreiras de docentes<br />

e servidores administrativos consideram o resultado dos processos de avaliação aos quais esses<br />

23


profissionais são submetidos, e que a produção da Universidade e a qualidade de seus cursos dependem,<br />

diretamente, do trabalho de seus docentes e servidores, constitui meta da Instituição, para este PDI<br />

- Aprimorar os procedimentos de avaliação de docentes e técnico-administrativos.<br />

8. PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO<br />

8.1. Dimensões do quadro administrativo<br />

No exercício de 2002, quando só existiam as Unidades do Campus BH, a Universidade foi<br />

autorizada a realizar concurso público para ingresso de servidores técnico-administrativos. Isso ocorreu<br />

antes da criação de cinco das dez Unidades hoje existentes, e da criação de muitos dos 28 cursos atuais.<br />

Um concurso para admissão de servidores foi realizado no mesmo ano, embora a homologação tenha<br />

acontecido somente dois anos depois. Muitos dos servidores contratados no último concurso deixaram a<br />

Universidade, devido aos baixos salários. A validade do concurso se esgotou, e muitos cargos<br />

permanecem vagos.<br />

O número de servidores que hoje existe na Instituição é insuficiente para a dimensão que a UEMG<br />

apresenta. Além de escasso, o quadro de servidores efetivos tem uma distribuição restrita às Unidades do<br />

Campus BH, uma vez que não houve concurso para as Unidades do Interior. Há carência de servidores<br />

em diversos cargos. Parte dessa demanda é atendida por meio de servidores de recrutamento amplo e,<br />

portanto, temporários.<br />

Como pode ser visto na Tabela 9, o número de servidores é muito reduzido. Além disso, entre os<br />

servidores efetivos que hoje atuam na Instituição, há 17 que pertencem aos quadros de outros órgãos e<br />

dez na situação inversa, isto é, pertencem ao quadro da UEMG, mas estão à disposição de outros órgãos,<br />

sem atuação na Instituição. Descontados esses últimos, para os 28 cursos, e quase seis mil alunos<br />

matriculados, há apenas 246 servidores, aí incluídos os de „recrutamento amplo‟ (Tab.9).<br />

Tab.9. Composição do pessoal técnico-administrativo da UEMG e distribuição por Unidade, em<br />

setembro de 2010<br />

Lotação<br />

Analista<br />

Técnico<br />

SERVIDORES EFETIVOS<br />

Auxiliar<br />

Administrativo<br />

Universitário<br />

Servidores de<br />

outro órgão, à<br />

disposição<br />

da UEMG<br />

Servidores<br />

da UEMG à<br />

disposição de<br />

outros órgãos<br />

recrutamento<br />

amplo<br />

Escola de Design 4 10 2 1 0 7 24<br />

Escola de Música 7 8 1 0 0 1 17<br />

Escola Guignard 6 3 2 1 0 4 16<br />

Fac. de Educação 8 10 1 1 0 6 26<br />

Reitoria 29 24 0 9 10 52 124<br />

Barbacena 0 2 0 1 0 4 7<br />

Campus de Frutal 0 0 0 0 0 21 21<br />

Total<br />

Poços de Caldas 0 0 0 0 0 2 2<br />

Diretoria<br />

Campus BH<br />

0 0 0 0 0 1 1<br />

Fac. Pol. Públicas.<br />

“Tancredo Neves”<br />

0 1 0 4 0 4 9<br />

Ubá 0 0 0 0 0 4 4<br />

Fac Eng. de João<br />

Monlevade<br />

1 0 0 0 0 4 5<br />

Soma 55 58 6 17 10 110 256<br />

24


Esse quantitativo é muito inferior ao necessário para o funcionamento das Unidades e cursos<br />

instalados.<br />

Cerca de 40% do quadro de servidores técnico-administrativos são ocupados por recrutamento<br />

amplo, enquanto não ocorrem concursos (Tab.9 e Fig.5).<br />

Fig.5. Composição do corpo técnico-administrativo da UEMG, em setembro de 2010<br />

Recrutamento<br />

amplo<br />

40%<br />

À disposição<br />

com cargo em<br />

comissão<br />

6%<br />

De outro Órgão à disposição da<br />

UEMG<br />

0,07<br />

Administrativos<br />

Analista<br />

Universitário<br />

24%<br />

Auxiliar<br />

Administrativo<br />

Universitário<br />

3%<br />

Técnico<br />

Universitário<br />

26%<br />

Analista Universitário<br />

Técnico Universitário<br />

Auxiliar Administrativo Universitário<br />

De outro Órgão à disposição da UEMG<br />

Da UEMG à disposição de outros òrgãos<br />

Recrutamento amplo<br />

A despeito da reduzida dimensão do quadro, esses servidores vêm assumindo os encargos<br />

administrativos da Instituição e, além disso, se envolvendo em programas de titulação. Evidentemente, a<br />

situação não pode ser mantida por muito tempo, pois, inevitavelmente, a qualidade das atividades-fim da<br />

UEMG fica comprometida pela escassez de pessoal.<br />

Todas as Unidades apontam para a necessidade de ampliação do corpo de servidores técnicoadministrativos<br />

como fator essencial à melhoria de sua produção em ensino, pesquisa e extensão. As<br />

metas da Instituição, quanto ao tamanho e composição do quadro de servidores técnico-administrativos,<br />

são:<br />

- Ampliar o corpo de servidores técnico-administrativos da Instituição;<br />

- Estabelecer o tamanho do quadro de pessoal necessário para o desempenho do conjunto das atividades<br />

da Instituição;<br />

- Desenvolver estratégias no sentido de conseguir, através de negociação com o Governo do Estado, o<br />

estabelecimento de um indicador do número necessário de servidores em relação ao tamanho do alunado<br />

e à natureza das atividades, e a garantia da manutenção dessa proporção, através de concursos<br />

periódicos para servidores técnico-administrativos;<br />

- Obter autorização para realizar concursos públicos para contar com servidores técnico-administrativos<br />

suficientes para as atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração acadêmicas instaladas.<br />

O número de cargos para exercício das funções de gestão acadêmica de que a UEMG dispõe sofre<br />

da mesma defasagem. Não há número suficiente para suprir as funções de chefias de departamento<br />

criadas nas Unidades novas, nem para as Coordenações de Colegiados dos novos cursos, por exemplo. A<br />

esse respeito, as metas da Instituição incluem:<br />

- Dimensionar a real necessidade de funções de administração acadêmica para a atual estrutura da<br />

Universidade;<br />

- Criar um sistema mais transparente de distribuição de funções de administração;<br />

- Fazer gestões junto ao Governo do Estado e ao Poder Legislativo no sentido de que seja criada uma<br />

estrutura de funções compatível com as atividades atualmente desempenhadas pela UEMG.<br />

Com relação ao conjunto dos quadros, docente e de servidores administrativos, uma preocupação<br />

da Instituição é reduzir a evasão. Para tanto, uma questão a ser enfrentada ainda é a da remuneração. Com<br />

relação a esse aspecto, a estratégia da Instituição é<br />

25


- Encaminhar demandas no sentido de melhorias salariais que consigam reduzir a evasão de servidores e<br />

docentes qualificados<br />

Evidentemente, a execução desse conjunto de metas depende de decisões do Governo do Estado.<br />

8.2. Programa de Qualificação do Corpo Técnico-administrativo<br />

Anualmente, servidores da Universidade participam de cursos de capacitação oferecidos pelo<br />

Governo do Estado. Um elenco geral de cursos, comum aos diversos órgãos, é divulgado e os servidores<br />

se inscrevem, com o aval das respectivas chefias. Nem sempre o curso oferecido atende às necessidades<br />

do serviço, e nem sempre a escolha feita pelo servidor está ligada à função que exerce.<br />

A capacitação de servidores envolvidos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão está<br />

prevista no Planejamento Estratégico da UEMG e no Acordo de Resultados - 2ª etapa. Além de essencial<br />

para a melhoria das atividades da Instituição, a qualificação de servidores técnico-administrativos é<br />

importante para que sejam abertas as possibilidades de progressão e promoção na carreira.<br />

Em 2010, a Instituição elaborou um Plano de Capacitação dos Servidores Administrativos que<br />

pretende uma qualificação mais eficaz, voltada para a melhoria do desempenho do servidor, atendendo às<br />

especificidades do ambiente de trabalho acadêmico. O plano prevê a identificação de demandas, a partir<br />

das necessidades do serviço, e a elaboração de elenco de cursos e treinamentos a serem oferecidos aos<br />

servidores, em função dessa demanda.<br />

Os Objetivos do Plano são:<br />

- Promover a capacitação dos quadros da Universidade para equacionar problemas<br />

relacionados à carência de recursos humanos com qualificação adequada para o desempenho<br />

das funções inerentes ao seu cargo;<br />

- Contribuir para o desenvolvimento de competências institucionais, por meio de melhoria das<br />

competências individuais;<br />

- Desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao bom desempenho das<br />

funções dos servidores;<br />

- Promover cursos, seminários, aprendizagem em serviço, que contribuam para o<br />

desenvolvimento do servidor e que atendam aos interesses da Instituição;<br />

- Melhorar a percepção da Instituição pelo servidor;<br />

- Aumentar a identidade do servidor com a Instituição;<br />

- Permitir o desenvolvimento do servidor no Plano de Carreiras vigente.<br />

As estratégias da qualificação iniciar-se-ão por uma chamada a todas as unidades acadêmicas e<br />

administrativas, para que indiquem os conteúdos ou as habilidades que devem ser trabalhados no<br />

programa de capacitação, bem como os cursos ou atividades de capacitação que lhes pareçam necessários<br />

ao melhor desempenho das atividades meio e fim da Universidade. A indicação poderá ser feita para o<br />

conjunto de servidores da Unidade ou setor, ou para grupos específicos de servidores.<br />

Essa demanda norteará a oferta de cursos próprios e a inclusão dos servidores em cursos de<br />

capacitação já oferecidos rotineiramente por entidades publicas e, se necessário, a proposição de novos<br />

cursos.<br />

De posse dessas informações, será planejada a participação dos servidores em cursos e atividades<br />

de diversas naturezas, mediante oferta de cursos próprios, participação nos cursos oferecidos pelo Estado,<br />

desde que ajustados à demanda e, na medida do possível, contratação de novos cursos.<br />

Como parte de uma estratégia de desenvolvimento de competências básicas, que deverão ser de<br />

domínio mais geral, serão oferecidos cursos de Redação Oficial, Português Básico, Reforma Ortográfica,<br />

atualização em informática: Excel e Word, por profissionais da Universidade. Cursos poderão utilizar<br />

como tutores, inclusive, servidores da Universidade, se forem detentores de uma habilidade específica<br />

cujo domínio venha a ser demandado por outros setores.<br />

No que diz respeito à demanda por cursos externos, a ênfase será dada aos cursos oferecidos por<br />

entidades publicas, como a Fundação João Pinheiro, que já estão inseridas no programa de capacitação<br />

promovido pelo Estado, mas buscando influenciar o elenco de cursos oferecidos, ajustando-o melhor às<br />

necessidades da Instituição.<br />

26


Também poderão ser oferecidos cursos de pós-graduação lato sensu, se demandados pelo serviço,<br />

e na medida das possibilidades da UEMG.<br />

Além de cursos, as atividades de capacitação poderão incluir seminários, oficinas e outros<br />

instrumentos.<br />

As metas estabelecidas pela Instituição em seu Planejamento Estratégico, no que diz respeito à<br />

qualificação dos servidores administrativos são:<br />

- Desenvolver o Programa de Capacitação de Servidores;<br />

- Assegurar que, anualmente, a partir de 2011, 50% dos servidores participem de cursos ou atividades de<br />

qualificação voltados para as necessidades do serviço;<br />

- Aprimorar os processos de avaliação de servidores e utilizar o programa de qualificação como uma das<br />

formas de correção dos problemas identificados no processo.<br />

9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL<br />

Na vigência do último PDI, a Instituição estabeleceu processos de avaliação de ensino, pesquisa e<br />

extensão com o propósito de obter informações sistemáticas sobre a qualidade do trabalho realizado, obter<br />

subsídios para correção dos problemas detectados e para a implementação de futuras políticas de<br />

desenvolvimento. O primeiro desses processos, denominado „Avaliação Institucional‟, propriamente dita,<br />

é mais voltado para as atividades-fim. Além disso, é realizado um sistema de acompanhamento, ligado ao<br />

projeto de „Acordo de Resultados‟, já mencionado, em que se avalia também o desempenho dos setores<br />

administrativos, através de metas definidas no Planejamento Estratégico.<br />

A Avaliação Institucional é um processo contínuo, por meio do qual a instituição constrói<br />

conhecimento sobre sua própria realidade, buscando compreender os significados do conjunto de suas<br />

atividades para melhorar a qualidade das ações desenvolvidas e alcançar maior relevância social. Para<br />

tanto, levanta e sistematiza informações, analisa coletivamente os significados de suas realizações,<br />

desvenda formas de organização, administração e ação, identifica pontos fracos, bem como pontos fortes<br />

e potencialidades, e estabelece estratégias de superação de problemas. É um processo cíclico, criativo e<br />

renovador de análise, interpretação e síntese das dimensões que definem a Instituição.<br />

Nesse processo avaliativo, a Universidade busca a participação de todos os seus segmentos<br />

(discentes, docentes, coordenadores, servidores técnico-administrativos), além de alunos egressos e<br />

comunidade externa, como forma de reafirmar seu compromisso com os princípios que nortearam sua<br />

criação como universidade pública. Cada participante constitui um agente de melhoria da qualidade e<br />

fortalecimento da imagem institucional.<br />

Para implantar a Avaliação Institucional, pela Portaria Nº 023/2008, de 22 de julho de 2008, foi<br />

constituída a Comissão de Avaliação Institucional da UEMG, com um representante de cada Unidade<br />

acadêmica e de cada Pró-Reitoria. Sob a coordenação da Pró-Reitoria de Ensino e Extensão, essa<br />

Comissão desenvolveu estudos sobre várias teorias de avaliação, examinou os processos de avaliação<br />

institucional desenvolvidos em diversas instituições dos sistemas federal e estadual, buscando conhecer<br />

modelos e obter elementos que subsidiassem a elaboração dos instrumentos de avaliação da UEMG.<br />

O material levantado foi encaminhado às Unidades, que enviaram, através de seus representantes,<br />

as sugestões para elaboração dos instrumentos de avaliação. Com a contribuição das Unidades, foram<br />

fixados os parâmetros a serem avaliados para cada segmento: aluno, professor, coordenador, técnicoadministrativo,<br />

aluno egresso e comunidade externa. O processo de avaliação delineado e o instrumento<br />

avaliativo elaborado pela Comissão foram submetidos ao COEPE, e aprovados em 26/02/2009. Para<br />

implementação da proposta, foi elaborado um software, que permite a participação da comunidade<br />

acadêmica e do público externo, com acesso através da internet, dinamizando o processo de respostas e a<br />

emissão de relatórios.<br />

27


O processo Avaliativo<br />

A avaliação Institucional é realizada ao final de cada ano letivo. A campanha de mobilização para<br />

preenchimento dos instrumentos é realizada durante 15 dias. Além da divulgação através da página da<br />

UEMG, são confeccionados cartazes, folders e faixas.<br />

A participação se dá através do preenchimento eletrônico, via internet, de formulários<br />

direcionados a cada grupo de respondentes (alunos, professores, coordenadores de curso, técnico-<br />

administrativos, comunidade externa e alunos egressos). As perguntas são agrupadas sob os seguintes<br />

temas: a Universidade; a Unidade em que estuda, atua ou presta serviço; a Direção; os Projetos e a<br />

Política Educacional; a Infra-estrutura física; a Infra-estrutura para o trabalho; as Relações interpessoais.<br />

Os resultados são computados por unidade acadêmico/administrativa (Geral / Reitoria, Unidade<br />

de Barbacena, Unidade de Frutal, Escola de Design, Escola de Música, Faculdade Educação, FAE - Curso<br />

fora de Sede de Poços de Caldas, Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves, Escola Guignard,<br />

Faculdade de Engenharia de João Monlevade, Unidade de Ubá). Os resultados são apurados pela<br />

Comissão de Avaliação.<br />

O resultado consolidado da avaliação é disponibilizado na página da UEMG e também através de<br />

painéis afixados em cada Unidade, visando dar retorno à comunidade, divulgando os dados e proposições<br />

de melhoria, para que a mesma possa acompanhar o efeito das propostas apresentadas.<br />

Os problemas e/ou sugestões apontados na avaliação, pelos diversos segmentos, cuja solução<br />

ultrapassa as possibilidades da Unidade, são encaminhados ao dirigente máximo para providências junto<br />

aos órgãos competentes. As Unidades e as instâncias da administração central lançam mão de todo o<br />

material elaborado, como forma de acompanhar o impacto das políticas apresentadas, detectar problemas<br />

e buscar soluções para os mesmos, além de identificar novas propostas.<br />

A realização dessa avaliação e o percentual de participação na mesma passaram a fazer parte do<br />

Acordo de Resultados firmado entre a UEMG e a SEPLAG para o exercício 2009, integrando os dois<br />

sistemas de avaliação.<br />

A Comissão de Avaliação Institucional teve parte de seus membros substituída em 2010, por<br />

Portaria UEMG 009/2010, de 3 de março de 2010.<br />

Com relação à Avaliação Institucional, a Instituição pretende:<br />

- Manter a Avaliação Institucional anual, ampliar a participação da comunidade interna e do público<br />

externo e, principalmente, que os resultados da mesma efetivamente contribuam para a melhoria dos<br />

serviços prestados pela UEMG.<br />

10. PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - ÁREAS <strong>DE</strong> ATUAÇÃO ACADÊMICA<br />

As políticas de ensino, pesquisa e extensão na UEMG, fiéis aos propósitos para os quais a<br />

Instituição foi criada, têm sido pautadas: pelo atendimento às demandas regionais, através da<br />

interiorização do ensino público e gratuito, pela contribuição para o desenvolvimento do Estado, através<br />

da formação de recursos humanos capacitados em diversas áreas do conhecimento e pelo<br />

desenvolvimento de pesquisas e extensão do resultado de seus projetos à comunidade, através de oficinas,<br />

cursos, palestras, concertos, mostras e outros.<br />

A Instituição vem, gradativamente, buscando formas de inserir os estudantes nos projetos em<br />

desenvolvimento nas diversas áreas, assumindo a vinculação entre ensino, pesquisa e extensão como fator<br />

essencial à melhoria da qualidade da formação acadêmica que pode oferecer aos alunos.<br />

Para melhorar a qualidade de seus cursos de graduação e pós-graduação, aumentar o número de<br />

projetos de pesquisa e extensão e ampliar os produtos oferecidos à sociedade na forma de publicações,<br />

cursos, oficinas, novas tecnologias, e outros, a UEMG vem buscando qualificar seu corpo docente,<br />

ampliar bolsas e parcerias com outras Instituições.<br />

Alinhada às políticas públicas de ampliação do acesso ao ensino superior, a Instituição tem<br />

implementado medidas que favorecem o ingresso e a permanência de afro-descendentes e de alunos<br />

economicamente desfavorecidos. Embora mais timidamente do que seria desejável, também tem<br />

aumentado o atendimento às demandas específicas dos alunos portadores de necessidades especiais.<br />

As ações desenvolvidas em cada uma dessas áreas e as respectivas metas são apresentadas ao<br />

longo desse PDI.<br />

28


11. OS CURSOS <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />

11.1. Cursos oferecidos<br />

Até 2001, os cursos oferecidos pela UEMG restringiam-se ao Município de Belo Horizonte. A<br />

primeira expansão ocorreu em 2002, com o início do Curso Normal Superior, em Barbacena e a oferta,<br />

pela Faculdade de Educação do Campus BH, de um curso de Pedagogia fora de sede, em Poços de<br />

Caldas. Em 2004, foi oferecido um curso de Pedagogia, fora de sede, em Santa Maria do Suaçuí. Em<br />

2006, a UEMG acelerou o processo de interiorização, através de oferta de cursos em Frutal, e de novo<br />

curso fora de sede, de Design, da Escola de Design do Campus BH, na cidade de Ubá, onde depois foi<br />

criada uma Unidade. Em 2007, a Instituição ofereceu o primeiro curso de Tecnólogo, no Campus de Belo<br />

Horizonte e, em 2008, teve início a oferta de cursos de Engenharia na cidade de João Monlevade.<br />

Para a abertura de novos cursos na Universidade, o ponto de partida é sempre a demanda<br />

regional, mas a escolha do elenco de cursos que deve ser oferecido resulta de avaliações técnicas. Em<br />

cada caso, são avaliadas as atividades econômicas principais, as vocações e potencialidades locais e<br />

regionais, a existência de cursos públicos nas mesmas áreas na região e de clientela suficiente para<br />

justificar a criação dos novos cursos. Um exemplo dessa abordagem é a criação dos três cursos de<br />

Engenharia da FAENGE-UEMG em João Monlevade. Situado no Vale do Aço, o município apresenta<br />

atividade econômica intensamente voltada para a lavra e tratamento de minérios e, consequentemente,<br />

enormes demandas por preservação e recuperação dos danos ambientais causados pelos dois processos.<br />

Com base nesses elementos, e na linha de demanda da população, os cursos de Engenharia de Minas,<br />

Engenharia Metalúrgica e Engenharia Ambiental foram propostos aos Conselhos Superiores da UEMG,<br />

aprovados e implementados.<br />

Processo similar ocorreu na cidade de Frutal, região produtora de leite e que abriga no momento<br />

várias indústrias de álcool, onde foram implantados os cursos de Ciências e Tecnologia de Laticínios e<br />

Tecnologia em Processos Sucroalcooleiro. Os riscos ambientais que podem resultar das atividades<br />

econômicas, aliados à disponibilidade de recursos hídricos na região, levaram a UEMG a colocar como<br />

uma das prioridades para essa Unidade, onde já é oferecido um curso de Graduação em Geografia, a<br />

criação de um curso de mestrado na área de Conservação de Recursos Hídricos.<br />

No Campus Belo Horizonte, os cursos abertos na Faculdade de Políticas Públicas (Tecnologia em<br />

Gestão Pública e Auditoria Governamental, Tecnologia em Gestão das Organizações do Terceiro Setor e<br />

Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos) foram montados para atender à demanda do serviço<br />

público municipal e estadual.<br />

Em Ubá, pólo moveleiro de Minas Gerais, foi aberto o curso fora de sede em Design de Produtos.<br />

Essas iniciativas evidenciam a preocupação da UEMG em contribuir para a formação de recursos<br />

humanos, produção de conhecimento, geração de novas tecnologias, geração de empregos e aumento de<br />

valor agregado dos produtos tradicionalmente elaborados, respeitando as vocações regionais e assim<br />

contribuir para a melhoria das condições de vida da população local.<br />

A estrutura e o elenco de cursos ora oferecidos pela UEMG refletem esses processos. A<br />

Universidade tem um Campus em Belo Horizonte, e quatro Unidades no interior, instaladas nas cidades<br />

de Barbacena, Frutal, João Monlevade e Ubá (as duas últimas em convênio com entidades municipais).<br />

Oferece cursos fora de sede em Poços de Caldas (Pedagogia) e Ubá (Design de Produto).<br />

A UEMG, em 2010, oferece 28 cursos de graduação, que abrangem diversas áreas de<br />

conhecimento.<br />

No Campus BH, composto por cinco Unidades, são oferecidos 13 cursos:<br />

►quatro na Escola de Design;<br />

►um na Faculdade de Educação;<br />

►dois na Escola Guignard;<br />

►três na Escola de Música e<br />

►três cursos superiores de Tecnologia na Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves.<br />

A UEMG oferece, ainda, no Interior do Estado, 15 outros cursos: um no Instituto Itália Franco,<br />

em Barbacena (Pedagogia); sete em Frutal (Administração, Tecnologia em Processo Sucroalcooleiro,<br />

Ciência e Tecnologia de Laticínios, Direito, Geografia, Sistemas de Informação e Comunicação Social),<br />

três em João Monlevade (Engenharia Ambiental, Engenharia de Minas e Engenharia Metalúrgica) três em<br />

29


Ubá (Ciências Naturais e Exatas/Biologia, Ciências Naturais e Exatas/Química e curso fora de sede de<br />

Design de Produto) e um em Poços de Caldas (Pedagogia, fora de sede). Os dados gerais relativos a esse<br />

elenco de cursos são mostrados na Tabela 10<br />

Tab.10. Cursos em funcionamento na UEMG, por Unidade Acadêmica, em 2010<br />

Curso<br />

Habilitação<br />

Modalidade<br />

N° alunos/<br />

n° entradas<br />

N°<br />

turmas<br />

Turno(s)<br />

Funciona<br />

mento.<br />

Ano da última<br />

autorização pelo CEE<br />

Campus BH - Escola de Design<br />

Artes Visuais Bacharel 40/1 01 Noite Dec. S/Nº 14/08/2008<br />

Design<br />

Bacharel 40/1 02 Manhã/ Dec. S/Nº<br />

de Ambientes<br />

Tarde 14/07/2008. Parecer nº<br />

589/2008<br />

Design Gráfico Bacharel 40/1 02 Manhã/ Dec. S/Nº de 14/07/2008.<br />

Noite Parecer Nº 589/2008<br />

Design de Produto Bacharel 40/1 02 Manhã/ Dec. S/Nº de 14/07/2008.<br />

Noite Parecer Nº589/2008<br />

Campus BH - Escola Guignard<br />

Artes Plásticas Bacharel 25/1 03 Manhã/Ta<br />

rde/Noite<br />

Dec. S/Nº de 02/02/2009<br />

Educação Artística Licenciado 25/1 03 Manhã/Ta<br />

rde/Noite<br />

Dec. S/Nº de 29/01/2009<br />

Campus BH - Escola de Música<br />

Licenciatura<br />

em Música<br />

Licenciado Canto 04/1 01 Noite Parecer Nº 584/2009<br />

Licenciado Instrumento 36/1 01 Noite Parecer Nº 584/2009<br />

Licenciatura<br />

Educação<br />

em Música<br />

Bacharelado<br />

Licenciado Musical<br />

Escolar<br />

40/1 01 Manhã Dec. S/Nº de 09/07/2009<br />

em Música<br />

Bacharel Canto 07/1 01 Tarde Dec. S/Nº de 09/07/2009<br />

Bacharel Instrumento 33/1 01 Tarde Dec. S/Nº de 09/07/2009<br />

Campus BH - Faculdade de Educação<br />

Pedagogia Licenciado 240/2 03 Manhã/Ta<br />

rde/Noite<br />

Dec. S/Nº de 31/01/2009<br />

Campus BH - Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves<br />

Gestão de Finanças<br />

Públicas<br />

Auditoria<br />

Governamental,<br />

e Tecnólogo<br />

40/1 01 Noite Dec. S/Nº de 02/02/2009<br />

Gestão das<br />

Resolução<br />

Organizações de Tecnólogo<br />

40/1 01 Noite CONUN/UEMG nº<br />

Terceiro Setor<br />

146/2008<br />

Gestão de Recursos<br />

Resolução<br />

Humanos<br />

Tecnólogo<br />

40/1 01 Noite CONUN/UEMG<br />

Nº 135/2008<br />

Barbacena - Instituto de Ensino Superior Dona Itália Franco<br />

Pedagogia<br />

Campus Frutal<br />

Licenciado 120/1 03 Noite Dec. S/Nº de 10/02/2010<br />

Administração Bacharel 100/1 02 Manhã/<br />

Noite<br />

Dec. S/Nº de 22/07/2008<br />

Ciência e<br />

Tecnologia de Bacharel<br />

50/1 01 Noite Dec. S/Nº de 29/01/2009<br />

30


Laticínios<br />

Comunicação Bacharel 50/1 01 Noite Res. CONUN/UEMG nº<br />

Social<br />

124/2006<br />

Manhã/ Dec. S/Nº de 03/04/2009<br />

Direito<br />

Bacharel<br />

100/1 02 noite<br />

Geografia<br />

Sistemas<br />

Licenciado 50/1 01 Noite Dec. S/Nº de 10/02/2010<br />

de Informação<br />

Tecnologia em<br />

Bacharel<br />

50/1 01 Noite Dec. S/Nº de 21/07/2008<br />

Processo<br />

Sucroalcooleiro<br />

Tecnólogo<br />

50/1 01 Noite Dec. S/Nº de 01/03/2010<br />

Faculdade de Engenharia de João MonlevadeFaENGE<br />

CONUN/UEMG nº<br />

Engenharia<br />

Bacharel<br />

80/2 02 Noite 111/2006, nos termos da<br />

Ambiental<br />

lei Nº 14949/2004<br />

CONUN/UEMG nº<br />

Engenharia de Bacharel<br />

80/2 02 Noite 110/2006, nos termos da<br />

Minas<br />

lei Nº 14949/2004<br />

Engenharia<br />

Metalúrgica<br />

Ubá<br />

Bacharel 80/2 02 Diurno Dec. S/Nº de 03/02/2009<br />

Ciências Biológicas Licenciado 30/1 01 Noite Dec. S/Nº de 28/12/2007<br />

Química Licenciado 30/1 01 Noite Dec. S/Nº de 28/12/2007<br />

Curso fora de Sede - Ubá<br />

Design de Produto Bacharel 30/1 01 Noite Dec. S/Nº de 02/03/2010<br />

Curso fora de Sede - Poços de Caldas<br />

Pedagogia<br />

Licenciado<br />

80/2<br />

28 cursos<br />

02 Noite<br />

Dec. S/Nº de 12/12/2005<br />

(Val. 05 anos)<br />

O caráter multicampi da Universidade, previsto na sua criação, fica evidente na distribuição<br />

desses cursos pelas áreas de conhecimento e região (Tabela 11 e Figura 6)<br />

Tab.11. Distribuição dos Cursos oferecidos, pela UEMG, em 2010, por Área de Conhecimento e<br />

Modalidade<br />

ÁREAS<br />

CONHECIMENTO<br />

<strong>DE</strong><br />

Nº<br />

<strong>DE</strong> CURSOS<br />

2001* 2010<br />

MODALIDA<strong>DE</strong>S<br />

Bacharelado Licenciatura Tecnológico<br />

Ciências Agrárias - 2 1 - 1<br />

Ciências Biológicas - 1 - 1 -<br />

Ciências Exatas<br />

e da Terra<br />

- 2 1 1 -<br />

Ciências Humanas 1 4 - 4 -<br />

Ciências<br />

Sociais Aplicadas<br />

3 7 7 - -<br />

Engenharias - 3 3 - -<br />

Linguistica, Letras e Artes 3 6 2 4 -<br />

Tecnologia e Gestão - 3 - - 3<br />

Total 7 28 14 10 4<br />

31


A Figura 6 mostra os cursos oferecidos, no primeiro semestre de 2010, conforme a sua<br />

localização no território do Estado de Minas Gerais<br />

Fig.6. Distribuição dos cursos de graduação da UEMG, no Estado de Minas Gerais<br />

C U R S O S <strong>DE</strong> G R A D U A Ç Ã O<br />

Campus BH e Unidades do interior– 28 cursos<br />

Cursos fora de sede do Campus BH - 2<br />

FRUTAL – 7 cursos<br />

- Administração<br />

- Ciência e Tecnologia de Laticínios<br />

- Comunicação Social:<br />

Jornalismo, Publicidade e<br />

Propaganda<br />

- Direito<br />

- Geografia<br />

- Sistemas de Informação<br />

-Tecnologia em Processos<br />

Sucroalcooleiro<br />

POÇOS <strong>DE</strong> CALDAS – 1 curso<br />

- Pedagogia (Curso fora de sede da<br />

FaE/ CBH)<br />

CAMPUS BELO HORIZONTE – 13 cursos<br />

- Design de ambientes – Design Gráfico<br />

- Design de Produto Artes Visuais<br />

- Educação Artística<br />

- Artes Plásticas<br />

- Educação Musical Escolar<br />

- Música(bach)/ Canto/ Instrumento<br />

- Música (lic.) Canto/ Instrumento<br />

- Pedagogia<br />

- Tecnologia em Gestão de Finanças Públicas<br />

e Auditoria<br />

- Tecnologia em Gestão de Recursos<br />

Humanos (ênfase em administração pública)<br />

- Tecnologia em Gestão das Organizações do<br />

Terceiro Setor<br />

BARBACENA – 1 curso<br />

- Pedagogia<br />

JOÃO MONLEVA<strong>DE</strong> –<br />

3 cursos<br />

- Engenharia Ambiental<br />

- Engenharia de Minas<br />

- Engenharia<br />

Metalúrgica<br />

UBÁ – 3 cursos<br />

- Ciências Biológicas<br />

- Química<br />

- Design de Produto<br />

(Curso fora de sede da<br />

Escola de Design/ CBH)<br />

11.2. O Processo Seletivo - Ampliação de Vagas<br />

O processo seletivo da Universidade é realizado anualmente, e ocorre em um único dia, para<br />

todas as Unidades e Cursos. Compreende a realização de redação e de provas em que são cobradas<br />

questões relativas aos conteúdos ministrados no ensino médio. Uma mesma prova tem pesos diferentes,<br />

de acordo com a área do curso pretendido. Para os cursos de artes, ministrados na Escola Guignard e para<br />

os cursos da Escola de Música, existe ainda uma prova de habilidades específicas, aplicada previamente.<br />

Em função da criação de cursos novos, excepcionalmente, em alguns anos são realizados vestibulares<br />

extemporâneos.<br />

Em 2001, a UEMG oferecia 790 vagas no Vestibular, todas elas no Campus BH. Em 2005, no<br />

início da vigência do PDI anterior, a UEMG oferecia além dessas vagas, 120 outras em Barbacena e 40<br />

em um curso fora de sede em Poços de Caldas, totalizando 1.150 vagas. Nos últimos cinco anos, a UEMG<br />

ampliou acentuadamente a oferta, atingindo 1.890 vagas em 2010 (Tab. 12.).<br />

32


Tab. 12. Evolução da oferta de vagas no vestibular UEMG, de 2001 a 2010<br />

CIDA<strong>DE</strong> 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />

Belo Horizonte 790 790 790 790 790 830 830 830 910 910<br />

Barbacena 120 120 120 120 120 120 120 120 120<br />

Frutal - - - 80 200 350 450 480 480 450<br />

João Monlevade - - - - - 80 80 200 240 240<br />

Poços de Caldas 80 80 80 40 40 40 40 40 80<br />

Sta. Mª Suaçuí - - - 40 - - - - - -<br />

Ubá - - - - - 40 80 80 90 90<br />

TOTAL 790 990 990 1.150 1150 1460 1600 1750 1880 1890<br />

Fonte: Editais de processos seletivos.<br />

Como resultado dessa expansão na oferta de vagas do Vestibular, o número de alunos da<br />

Universidade também tem crescido. No primeiro semestre de 2010, tínhamos 5.856 alunos matriculados<br />

nos cursos de graduação. Como pode ser visto na Tabela 13, o número de alunos da UEMG, no interior<br />

do Estado, já se aproxima do número de estudantes que temos na Capital.<br />

Tab.13. Alunos de graduação matriculados, por Unidade Universitária, no 1° semestre 2010:<br />

CAMPUS BH<br />

UNIDA<strong>DE</strong>S DO<br />

INTERIOR<br />

UNIDA<strong>DE</strong> UNIVERSITÁRIA ALUNOS<br />

Faculdade de Educação 850<br />

Escola de Música 390<br />

Escola Guignard 586<br />

Escola de Design 1087<br />

Faculdade de Políticas Públicas<br />

Tancredo Neves<br />

212<br />

Total Campus BH 3125<br />

Barbacena 377<br />

João Monlevade 584<br />

Frutal 1.312<br />

Ubá<br />

Cursos fora de sede<br />

161<br />

Ubá 98<br />

Poços de Caldas 199<br />

Total nas Unidades do interior do Estado 2731<br />

TOTAL <strong>DE</strong> ALUNOS NA GRADUAÇÃO 5.856<br />

Como diversos cursos oferecidos são recentes, e ainda não tiveram todos os períodos<br />

implantados, esse número crescerá nos próximos semestres. Completada a implantação de todos os cursos<br />

iniciados até 2010, a UEMG terá cerca de 7.500 alunos matriculados na Graduação, dos quais 3.400<br />

estarão nos cursos da capital e 4.160 no interior. Com a implantação total dos dois cursos já aprovados,<br />

em João Monlevade e Leopoldina, as Unidades do interior somarão cerca de 5.000 alunos.<br />

Por esses números verifica-se que, realmente, a UEMG vem cumprindo seu papel de aumentar a<br />

oferta de vagas nos cursos de graduação, ampliar o elenco de cursos oferecidos nas diversas áreas do<br />

conhecimento e garantir o acesso ao ensino superior público e gratuito em diversas regiões do Estado.<br />

Quanto a estes aspectos, a Instituição cumpriu totalmente as expectativas expressas no PDI anterior.<br />

33


11.3. Políticas de Ampliação do Acesso dos Estudantes ao Ensino Superior e de Permanência na<br />

Universidade<br />

Além do aumento do número de vagas e da interiorização da oferta de ensino público gratuito,<br />

resultante da criação das novas Unidades e cursos, a UEMG desenvolveu medidas visando a possibilitar<br />

uma melhor escolha de cursos pelos alunos. Para isso, criou um programa chamado “Conheça a UEMG”<br />

desenvolvido em todas as Unidades, no período que antecede o Vestibular. Esse programa consta de uma<br />

ampla campanha de divulgação dos cursos da UEMG, com visitas às escolas públicas, palestras e<br />

distribuição de folhetos, em que se apresentam os cursos oferecidos e o perfil dos profissionais que a<br />

Instituição pretende formar em cada um deles.<br />

A UEMG também realiza ações para ampliar o acesso de alunos de baixa renda e de alunos de<br />

grupos especiais à Instituição. Em 27 de julho de 2004, o Estado editou a Lei nº 15.259 criando o sistema<br />

de reserva de vagas e estabelecendo uma quota geral de 45% das vagas oferecidas nos cursos de<br />

graduação, destinando 20% a afro-descendentes, 20% a estudantes originários da escola pública, desde<br />

que carentes, e 5% a portadores de deficiência e a indígenas. Essas diretrizes foram adotadas nos<br />

processos seletivos realizados pela UEMG. Também em função do disposto na Lei 15.150/2004, é<br />

oferecida uma cota de 10% para isenção do pagamento da taxa de inscrição no processo seletivo,<br />

destinada aos mais carentes.<br />

Para viabilizar essas medidas, a UEMG criou o Programa de Seleção Socioeconômica –<br />

PROCAN – que é aplicado a cada ano. Alguns meses antes do Processo Seletivo, é divulgada a forma de<br />

inscrição, a documentação necessária e os critérios que regerão o programa. Nesse processo, é analisado o<br />

índice de carência dos alunos e identificam-se, entre os que se candidatam, aqueles que terão a isenção de<br />

taxa de Inscrição no Processo Seletivo e aqueles que cumprem as condições para concorrer à Reserva de<br />

Vagas acima referida.<br />

Ainda como estratégia para favorecer a permanência e o desenvolvimento acadêmico dos alunos<br />

que ingressaram através das cotas referidas, há bolsas de iniciação científica destinadas especificamente a<br />

essa clientela.<br />

Além disso, a oferta de vagas e cursos também tem uma peculiaridade que favorece o acesso do<br />

aluno que precisa trabalhar. Das 1.890 vagas oferecidas no Vestibular 2010, 470 foram para o turno da<br />

manhã (10 cursos), 210 para o turno da tarde (cinco cursos) e 1.210 (24 cursos) para o turno da noite. Seis<br />

cursos são oferecidos em dois ou três turnos. Essa incidência elevada de oferta de vagas noturnas<br />

contempla amplamente a possibilidade de que os alunos trabalhem e estudem, aumentando a<br />

acessibilidade e a permanência dos alunos com menor renda nos cursos.<br />

A permanência dos estudantes com necessidades especiais é favorecida ainda pela existência da<br />

disciplina Libras, nos currículos dos cursos de Pedagogia do Campus Belo Horizonte e do Campus de<br />

Barbacena. Também as estruturas curriculares dos cursos de Licenciatura em Artes Visuais, da Escola de<br />

Design, Geografia, do Campus de Frutal, Química e Biologia do Campus de Ubá estão sendo reformadas<br />

para a introdução de Libras, a partir do segundo semestre de 2010. A oferta dessa disciplina, a par de<br />

cumprir exigência legal na formação desses professores, favorece a permanência de alunos com<br />

necessidades especiais na própria Instituição.<br />

Para atender às necessidades de alunos com deficiências visuais, a Faculdade de Educação do<br />

Campus Belo Horizonte conta, desde 2006, com uma impressora Braille e mantém contatos permanentes<br />

com o Instituto São Rafael de Belo Horizonte, buscando fornecer melhores condições de aprendizagem a<br />

esses alunos.<br />

Uma medida que a UEMG precisa implementar, mas para a qual ainda não conseguiu recursos<br />

orçamentários é a possibilidade de monitoria remunerada para atendimento a alunos com demandas<br />

especiais. Enquanto isso não ocorre, monitorias voluntárias, atendimento por docentes com habilidades<br />

específicas para esse fim e produção de material em Braille são algumas das alternativas adotadas.<br />

Em termos de arquitetura das construções, mesmo não tendo prédios próprios em todas as<br />

Unidades, a UEMG tem, no limite de suas possibilidades, feito as adaptações necessárias para favorecer o<br />

acesso dos portadores de deficiência. Entretanto, muito ainda pode ser feito nessa área.<br />

34


METAS:<br />

- Aprovar e implementar, nas estruturas curriculares dos cursos de Licenciatura, a disciplina Libras;<br />

- Ampliar a produção de material pedagógico para alunos com necessidades especiais;<br />

- Assegurar que a arquitetura das novas Unidades acadêmicas que venham a ser construídas na vigência<br />

deste PDI contemple critérios de acessibilidade.<br />

11.4. O Perfil do Egresso - O Aluno que a UEMG Busca Formar<br />

A educação é uma condição indispensável à construção dos ideais de paz, de liberdade e de<br />

justiça social. Nesse contexto, a UEMG, enquanto Universidade pública, exerce um papel relevante,<br />

formando cidadãos capazes não apenas de acumular conhecimentos e executar adequadamente técnicas e<br />

procedimentos, mas de raciocinar, interpretar, inovar, discernir e, principalmente, assumir sua<br />

responsabilidade na construção da realidade, na redução das desigualdades sociais e no compromisso com<br />

a preservação do ambiente.<br />

A educação superior precisa habilitar o aluno a realizar todas as suas potencialidades,<br />

acompanhar o progresso científico, selecionando criticamente a aplicação das novas tecnologias, sem<br />

perder de vista os aspectos éticos e sociais de sua profissão. Consciente da impossibilidade de transmitir<br />

todo o conhecimento existente no momento, em qualquer área, a Universidade busca formar alunos<br />

capazes de buscar o constante aprimoramento.<br />

Sensível à dinâmica do mercado de trabalho, a Universidade implementa currículos formulados<br />

de maneira interdisciplinar, em que os conhecimentos básicos e específicos se articulam com os de outras<br />

áreas, numa relação em que a prática se alie à teoria, desde os períodos iniciais, para a formação de<br />

estudantes detentores de competências e habilidades necessárias à prática profissional.<br />

Esses currículos devem apoiar-se, dentre outros princípios, nos quatro pilares indicados pela<br />

Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI da UNESCO: aprender a conviver, aprender<br />

a conhecer, aprender a fazer e, sobretudo, aprender a ser. Sem que se percam de vista as Diretrizes<br />

Curriculares Nacionais e as peculiaridades das regiões onde seus cursos se situam, esses pilares se<br />

refletem nos processos de estruturação dos projetos pedagógicos dos cursos e constituem referências para<br />

as relações internas e externas da UEMG.<br />

Apresentamos a seguir, de maneira bastante sintética, o perfil que a UEMG considera adequado<br />

para os egressos de seus cursos, conforme consta do Projeto Pedagógico dos mesmos.<br />

CAMPUS BH<br />

Escola de Design:<br />

A proposta pedagógica orienta-se pela premissa da flexibilização dos métodos que conjugam a<br />

sala de aula com trabalhos desenvolvidos nos núcleos e centros de estudos e experimentação. Busca-se a<br />

produção de conhecimento em que se articulem os conceitos teóricos com as atividades práticas e a<br />

realidade do universo produtivo circundante. O potencial desenvolvido pelos centros e núcleos da Escola<br />

de Design sinaliza para a possibilidade de se integrarem a uma política científica que se articule e se some<br />

à conjuntura nacional e regional, no debate e construção de conhecimentos. Os resultados dessas<br />

pesquisas devem incidir tanto sobre o ambiente acadêmico como na vida produtiva, no cotidiano das<br />

pessoas e no desenvolvimento do Estado e do País.<br />

Em 2008, o curso de Design de Produto da Escola de Design recebeu a certificação de cinco<br />

estrelas do Guia de Estudante, da Editora Abril, o que confirma a qualidade do ensino alcançada pelo<br />

corpo docente, coordenadores, diretores e alunos da Escola de Design. Alunos, ex-alunos dos cursos de<br />

graduação e pós-graduação da Escola, bem como seus professores, têm recebido premiações em diversas<br />

competições, em nível nacional e internacional, nas áreas de design de móveis, design de jóias, transporte<br />

e outras, que evidenciam a relevante contribuição da Escola para a economia do Estado e do país.<br />

Curso de ARTES VISUAIS – LICENCIATURA<br />

O curso de Licenciatura em Artes Visuais destina-se à formação do profissional de Educação<br />

Básica para a área da arte, dentro do campo das artes visuais. O licenciado em Artes Visuais estará apto a<br />

lecionar Desenho Artístico e Técnico, História das Artes, bem como todas as disciplinas da área das artes<br />

visuais nas escolas de Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) e nos cursos técnicos e<br />

35


profissionalizantes. Poderá ter sua atuação ampliada nas áreas de artes em geral, ministrando oficinas<br />

culturais, cursos livres voltados ou não para o magistério, podendo ainda dedicar-se à pesquisa na área de<br />

arte-educação.<br />

Curso de <strong>DE</strong>SIGN <strong>DE</strong> AMBIENTES – BACHARELADO<br />

O curso de Design de Ambientes promove a interação entre a arte, a criatividade e a tecnologia<br />

moderna, habilitando o Designer de Ambientes a propor soluções que integrem conforto, funcionalidade,<br />

estética e economia para atender às necessidades físicas e psicológicas do homem. O Designer de<br />

Ambientes poderá desenvolver projetos de ambientes de interiores e exteriores, residenciais, empresariais<br />

e comerciais, de paisagismo, de eventos e projetos especiais de elementos decorativos, móveis e<br />

maquetes.<br />

Curso de <strong>DE</strong>SIGN GRÁFICO – BACHARELADO<br />

O Designer Gráfico é um especialista que atua no campo do design, na geração e produção e<br />

organização de signos visuais. Seu perfil está associado à resolução de problemas relacionados ao<br />

processo de desenvolvimento de produtos adequados ao homem e ao contexto. É um organizador da<br />

informação e um gestor de design, que desenvolve suas atividades através de projetos nas áreas de<br />

produção gráfica, fotografia, vídeo, animação, cinema, televisão e web design. Desse modo, o Designer<br />

Gráfico está habilitado a atuar na criação e organização de sistemas de identidade visual, editoriais,<br />

promocionais, de embalagens, de sinalização e sistemas eletrônicos.<br />

Curso de <strong>DE</strong>SIGN <strong>DE</strong> PRODUTO – BACHARELADO<br />

O Designer de Produto atuará na criação de objetos tridimensionais, como máquinas,<br />

equipamentos e ferramentas, eletrodomésticos, móveis, etc., considerando as necessidades de uso,<br />

produção e comercialização, podendo também atuar no nível estratégico de qualquer organização, para o<br />

desenvolvimento de novos produtos e „re-design‟ dos existentes.<br />

Escola Guignard<br />

Curso de ARTES PLÁSTICAS – BACHARELADO<br />

O curso de Artes Plásticas visa à formação do artista, o desenvolvimento da capacidade criadora e<br />

a abertura de possibilidades no setor das artes em geral. O bacharel poderá participar do mercado de<br />

trabalho especializado como artista e/ou artífice, conhecendo e dominando as várias técnicas e<br />

modalidades de expressão artística, como desenho, pintura, cerâmica, escultura, gravação, litografia e<br />

fotografia, incluindo as mídias interativas e contemporâneas.<br />

Curso de EDUCAÇÃO ARTÍSTICA – LICENCIATURA (Habilitação em Artes Plásticas)<br />

O curso de Educação Artística visa à formação de professor para atuar na área de arte-educação,<br />

em escolas de educação básica (ensino fundamental e médio), bem como na elaboração e execução de<br />

projetos culturais.<br />

Escola de Música<br />

Curso de MÚSICA – BACHARELADO (Habilitação em Instrumento ou Canto)<br />

O curso de Música objetiva à formação do bacharel, apto a atuar profissionalmente como<br />

instrumentista ou cantor. São oferecidas habilitações em: canto lírico ou instrumentos (alaúde, clarineta,<br />

contrabaixo, fagote, flauta doce, flauta transversa, oboé, piano, saxofone, trombone, trompa, trompete,<br />

tuba, viola de orquestra, violão, violino e violoncelo). Assim, o profissional estará capacitado a atuar em<br />

um amplo e diversificado campo de trabalho que inclui: performance musical (como solista; em conjuntos<br />

de câmara, orquestras, em conjuntos vocais e grupos musicais), pesquisa e atividades integradas com<br />

outras áreas artísticas.<br />

Curso de MÚSICA – LICENCIATURA /Habilitação em Instrumento ou Canto<br />

O curso de Música-Licenciatura /Habilitação em Instrumento ou Canto objetiva a formação de<br />

profissionais que poderão exercer atividades docentes na área de Educação Musical em instituições de<br />

educação básica (ensino infantil, fundamental e médio) e em escolas de ensino específico de Música<br />

(curso técnico e livre). Além de atividades docentes, ele também poderá atender às diversas necessidades<br />

existentes no mercado de trabalho na área da música como: orquestras, bandas, corais e conjuntos<br />

musicais diversos.<br />

36


Curso de MÚSICA – LICENCIATURA /Habilitação em Educação Musical Escolar<br />

O Curso de Música-Licenciatura/ Habilitação em Educação Musical Escolar objetiva formar<br />

professor com conhecimento específico em música para atuar em escolas de ensino infantil, fundamental<br />

e médio e em cursos afins, intensificando a abordagem pedagógico-musical específica para grandes<br />

grupos de educandos. Por meio de Oficinas Interdisciplinares, o curso proporciona aos alunos, além do<br />

enriquecimento cultural e humanístico, a habilidade de elaborar e implementar projetos, integrando<br />

disciplinas curriculares da educação básica e outras áreas artísticas com a música. Assim, além do<br />

magistério em escolas de ensino infantil, fundamental e médio, o profissional também estará apto para<br />

exercer atividades em cursos livres de música e oficinas culturais, reger coros infantis, trabalhar com a<br />

construção de instrumentos e desenvolver pesquisas na área de pedagogia artístico-musical, atendendo a<br />

uma clientela diversificada e às demandas sociais.<br />

Faculdade de Educação<br />

Curso de PEDAGOGIA – LICENCIATURA – Belo Horizonte e Poços de Caldas (FaE/CBH, curso<br />

fora de sede)<br />

O curso de Pedagogia – Licenciatura – visa à formação de um profissional que saiba lidar de<br />

forma dinâmica e dialética com a prática educativa em suas várias modalidades, sendo a docência a base<br />

de sua formação, e tendo o trabalho pedagógico como base de sua identidade profissional. Poderá atuar<br />

como docente da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, em unidades do sistema<br />

educacional, projetos e experiências educacionais, na produção e difusão do conhecimento científico e<br />

tecnológico, em diversas áreas da educação e em instituições educativas não escolares. Sua formação lhe<br />

dará competência para se inserir em diferentes estruturas, contextos e situações educacionais, sendo capaz<br />

de analisar a realidade em que se insere como cidadão e trabalhador. Será capaz, também, de articular<br />

questões educativas e questões sociais amplas, visando à efetividade das ações pedagógicas.<br />

Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves – FaPP<br />

Curso SUPERIOR <strong>DE</strong> TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – TECNOLÓGICO<br />

O tecnólogo em Gestão Pública desenvolve atividades ligadas ao planejamento, operação,<br />

controle e avaliação dos processos relacionados a recursos materiais, patrimônio, sistemas de informação,<br />

tributos, finanças e contabilidade; contribui na consolidação de políticas públicas relativas à gestão de<br />

finanças e auditoria, numa visão ampla e sistêmica da administração pública, catalisando redes e práticas<br />

institucionais empreendedoras e dinâmicas. Este profissional poderá atuar nos setores da economia, em<br />

organizações públicas federal, estadual ou municipal - com ênfase na administração estadual e em<br />

organizações não governamentais.<br />

Curso SUPERIOR <strong>DE</strong> TECNOLOGIA EM GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO<br />

SETOR – TECNOLÓGICO<br />

O tecnólogo em Gestão das Organizações do Terceiro Setor atua no desenho e na gestão de<br />

organizações do terceiro setor, por meio de atividades relacionadas à sustentabilidade, qualidade de<br />

serviços e capacidade de articulação institucional, com ampla e sistêmica visão da gestão de projetos<br />

sociais, catalisando programas de qualidade, redes interativas e práticas empreendedoras. Gerencia, media<br />

e orienta os processos de criação, desenvolvimento e sustentabilidade das organizações do terceiro setor<br />

(fundações, associações de comércio, entidades civis, sociais, religiosas, fraternais, culturais, artísticas e<br />

de preservação do meio ambiente). Este profissional poderá atuar como administrador, assessor e/ou<br />

consultor de organizações do terceiro setor, no âmbito local, regional, municipal, estadual ou federal, bem<br />

como, coordenar e supervisionar projetos sociais e culturais em empresas da sociedade civil.<br />

Curso SUPERIOR <strong>DE</strong> TECNOLOGIA EM GESTÃO <strong>DE</strong> RECURSOS HUMANOS -–<br />

TECNOLÓGICO<br />

O tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos (GRH) – Ênfase na Administração Pública – atua<br />

no desenho e na gestão de RH na administração pública, por meio de atividades relacionadas à seleção de<br />

pessoal, cargos e salários, formação, qualificação e capacitação profissional, avaliação de desempenho,<br />

rotina de pessoal, benefícios, gestão de carreiras e de trabalho, sistemas de informação e de comunicação<br />

em GRH. Detentor de uma visão ampla e sistêmica da gestão pública, catalisa programas de qualidade de<br />

vida, do trabalho e do trabalhador, de redes e práticas institucionais empreendedoras. Este profissional<br />

37


poderá exercer atividades nas instituições públicas, como mediador/orientador do desenvolvimento de<br />

condições cognitivas, psico-emocionais, sócio-culturais, tecnológicas e de comunicação, vinculadas aos<br />

processos de trabalho em GRH, nos níveis individual, grupal (negociação, liderança, poder e conflito) e<br />

organizacional (cultura, estrutura e tecnologias).<br />

UNIDA<strong>DE</strong>S DO INTERIOR:<br />

Barbacena - Instituto Superior de Educação Dona Itália Franco:<br />

Curso de PEDAGOGIA – LICENCIATURA<br />

A UEMG pretende formar, através desse curso, profissionais capacitados para atuar na educação<br />

infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, em instituições escolares e não escolares, que<br />

demonstrem capacidade de conhecer e dominar os conteúdos básicos relacionados às áreas do<br />

conhecimento que serão objeto de sua atividade docente, a partir de uma base teórico-prática articulada,<br />

consistente, pautada no desenvolvimento do ensino/pesquisa/extensão.<br />

O professor formado no curso deverá identificar o seu papel como agente de transformação<br />

social, refletir criticamente sobre a prática docente cotidiana com o compromisso de provocar a formação<br />

da consciência dos cidadãos na ação e sobre a ação, e intervir de modo ético nos aspectos que afetam a<br />

realização dos valores educativos.<br />

Pretende-se, ainda, que o pedagogo formado no Instituto Superior de Educação Dona Itália<br />

Franco seja professor-educador, com capacidade de participar ativamente da vida da escola,<br />

compreendendo os processos de gestão e neles atuando, a partir da convivência com a comunidade<br />

escolar, demonstrando habilidade de trabalhar em equipe e respeitando a diversidade nela presente,<br />

desenvolvendo ações de inclusão social.<br />

Campus Frutal:<br />

Curso de ADMINISTRAÇÃO – BACHARELADO<br />

O curso de Administração objetiva preparar pessoal técnico-administrativo, com formação teórica<br />

e humanística para o exercício das atividades voltadas para a administração de bens e serviços em um<br />

contexto local e global. Objetiva, ainda, contribuir para o aprimoramento da formação do futuro<br />

administrador, transformando-o num cidadão capaz de colaborar na elevação das condições de vida da<br />

sociedade.<br />

Curso de CIÊNCIA E TECNOLOGIA <strong>DE</strong> LATICÍNIOS – BACHARELADO<br />

A Instituição pretende formar, no Curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia de Laticínios,<br />

profissionais aptos para desempenharem suas atividades nos setores de produção, controle de qualidade,<br />

inspeção governamental, assessoria, gerenciamento e administração de indústrias de laticínios, uso e<br />

desenvolvimento de tecnologia de produtos lácteos.<br />

O profissional graduado deverá atender às demandas e especificidades regionais, caracterizandose<br />

por uma formação estruturada nas áreas de conhecimento científico, tecnológico e de gestão que lhe<br />

permita apresentar postura ativa e empreendedora, capacidade de enfrentar desafios e mudanças,<br />

capacidade gerencial, técnica e social, além de uma visão ampla do ambiente no qual se insere seu<br />

trabalho.<br />

Curso de COMUNICAÇÃO SOCIAL – BACHARELADO - HABILITAÇÃO EM JORNALISMO<br />

OU PUBLICIDA<strong>DE</strong> E PROPAGANDA<br />

O Curso de Comunicação Social – Bacharelado –_Habilitação em Jornalismo ou Publicidade e<br />

Propaganda pretende formar profissionais com uma consistente bagagem ética, propiciada através de uma<br />

substancial teorização e de uma pungente prática profissional que lhes confira legitimidade e competência<br />

para atuarem, em bases sólidas, em diferentes estruturas, contextos e situações abrangidas pela<br />

comunicação social.<br />

O profissional da área de jornalismo deverá estar apto a relacionar-se com fontes de informação<br />

de qualquer natureza, trabalhar em equipe com profissionais da área, compreender, saber sistematizar e<br />

organizar os processos de produção jornalística, desenvolvendo, planejando, propondo, executando e<br />

avaliando projetos, produtos, práticas e empreendimentos, com postura ética e compromisso com a<br />

cidadania.<br />

38


O profissional da área de publicidade e propaganda estará apto para a formulação de campanhas<br />

publicitárias, atento aos fins lícitos e éticos das manipulações linguísticas e imagéticas relacionadas ao<br />

marketing e ao merchandising.<br />

Curso SUPERIOR <strong>DE</strong> TECNOLOGIA EM PRODUÇÃO SUCROALCOOLEIRA –<br />

TECNOLÓGICO<br />

O Curso Superior de Tecnologia em Produção Sucroalcooleira pretende formar profissionais com<br />

competência para a implantação e gestão da produção sucroalcooleira, através da orientação sobre<br />

tecnologias atuais que atendam às necessidades do mercado regional, nacional e internacional.<br />

O egresso do curso deverá se mostrar apto a elaborar, implantar, executar, acompanhar e avaliar<br />

projetos na sua área de atuação, bem como a programar modificações nos principais processos de<br />

produção sucroalcooleira. Deverá mostrar-se preparado para dialogar com a comunidade, visando inserir<br />

sua prática em ações voltadas à educação e ao desenvolvimento sustentável e buscando constante<br />

atualização do conhecimento e dos avanços científicos.<br />

Curso de DIREITO – BACHARELADO<br />

O Bacharel em Direito deverá estar capacitado para atuar nas diversas áreas jurídicas como a<br />

advocacia pública e privada, a magistratura, o ministério público e outros cargos exclusivos de bacharéis<br />

em direito. Deverá ter a formação voltada para a busca de soluções dos problemas decorrentes do mundo<br />

contemporâneo, objetivando a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.<br />

O egresso deverá mostrar-se apto a aprofundar a consciência da função social que desempenha<br />

como elemento transformador da sociedade. Os profissionais do direito estarão preparados para a<br />

assimilação e síntese do teórico e do prático, no que diz respeito a conhecimentos básicos, sem abdicarem<br />

de sua qualidade de cidadãos ou se alhearem da realidade social que os acolhe.<br />

Curso de GEOGRAFIA – LICENCIATURA<br />

O Licenciado em Geografia deverá mostrar-se apto a atuar como professor nos anos finais do<br />

ensino fundamental e médio, em escolas públicas e privadas. Seu campo de ação pode envolver, além da<br />

regência de classe, atividades como elaboração, execução e acompanhamento de projeto de ensino.<br />

Poderá, ainda, atuar em órgãos públicos e privados, instituições de pesquisa, CO<strong>DE</strong>MAS municipais,<br />

secretarias municipais de educação ambiental, avaliação dos impactos ambientais e meio antrópico.<br />

Curso de SISTEMAS <strong>DE</strong> INFORMAÇÃO – BACHARELADO<br />

O Curso de Sistemas de Informação – Bacharelado – visa formar profissionais aptos a lidar com<br />

as constantes mudanças na área da tecnologia da informação, atuando no desenvolvimento, instalação e<br />

gerenciamento de projetos, softwares, aplicativos e sistemas computacionais e na aplicação das<br />

tecnologias existentes e emergentes, para superar os desafios do mercado de trabalho.<br />

Estarão municiados com conhecimentos teóricos sobre os fundamentos da ciência da computação<br />

e da tecnologia da informação que os habilite a utilizar, compreender e adaptar modernas tecnologias da<br />

informação.<br />

FaEnge-João Monlevade<br />

Curso de ENGENHARIA AMBIENTAL - BACHARELADO<br />

O Curso de Engenharia Ambiental – Bacharelado – pretende formar profissionais com capacidade para<br />

realizar análise e desenvolvimento de sistemas de controle da qualidade ambiental e seus componentes. O<br />

propósito principal do curso é a preparação de lideranças técnicas para as áreas industrial, governamental<br />

e de consultoria.<br />

Ao final do curso, o engenheiro ambiental estará preparado para um vasto campo de atuação, com<br />

enfoque em planejamento, execução, acompanhamento e monitoramento de atividades voltadas para o<br />

controle de poluição atmosférica, hídrica e do solo. Poderá atuar de maneira a prever, evitar e corrigir<br />

danos ambientais oriundos de atividades antrópicas como também no controle da emissão de licenças<br />

ambientais destinadas aos diversos segmentos industriais.<br />

São ainda atividades inerentes ao campo de ação deste profissional: a recuperação de áreas<br />

degradadas, gerenciamento de resíduos (urbanos, agrícolas e industriais), avaliação de impactos<br />

ambientais, educação ambiental e planejamento e implementação de sistemas de gerenciamento ambiental<br />

(SGA) e outras pertinentes ao campo de trabalho do engenheiro ambiental.<br />

39


Curso de ENGENHARIA <strong>DE</strong> MINAS – BACHARELADO<br />

O Curso de Engenharia de Minas – Bacharelado – forma profissionais habilitados para o<br />

desempenho das atividades referentes à prospecção e à pesquisa mineral, lavra de minas; captação de<br />

água subterrânea; beneficiamento de minérios; aberturas de vias subterrâneas e aos serviços correlatos aos<br />

aspectos ambientais.<br />

O engenheiro de minas também estará habilitado a trabalhar nas diversas etapas do processo de<br />

produção e comercialização de bens minerais. Planeja, projeta, desenvolve, explora, avalia e opera minas<br />

a céu aberto e subterrâneas. Os principais ramos de atuação compreendem empresas de mineração,<br />

petróleo, rochas ornamentais, fertilizantes, cerâmicas, cimenteiras, entre outras. Também está habilitado a<br />

atuar em empresas de consultoria, órgãos governamentais, instituições de ensino e pesquisa, órgãos<br />

ambientais, perícias e avaliações judiciais e na venda de equipamentos e insumos para a indústria mineral<br />

e de construção civil.<br />

Curso de ENGENHARIA METALÚRGICA - BACHARELADO<br />

O engenheiro metalúrgico deverá mesclar conhecimentos dos mais diversos campos da<br />

metalurgia, bem como estar preparado para enfrentar as inovações que esta área produz, não só<br />

dominando novas tecnologias, mas também gerindo-as. O engenheiro metalúrgico é um profissional que<br />

se ocupa da extração de minérios, sua transformação em metais e ligas metálicas, bem como na utilização<br />

dessas ligas na produção de máquinas, estruturas metálicas ou peças. Cabe ao engenheiro metalúrgico a<br />

tarefa de adequar os materiais metálicos às funções a que serão submetidos, atividade que exige profundo<br />

conhecimento da composição e das características dos metais.<br />

Unidade Ubá:<br />

Curso de CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA<br />

Licenciados em Ciências Biológicas serão profissionais habilitados para o ensino de ciências<br />

biológicas nos anos finais do ensino fundamental e biologia no ensino médio. O curso deve possibilitar<br />

aquisição de competências e habilidades relacionadas ao desempenho da prática pedagógica, preparando<br />

profissionais para o exercício crítico e competente da docência, pautado nos valores e princípios éticos,<br />

mediante aplicação de conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais, em bases socialmente justas e<br />

ecologicamente compatíveis, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade de vida.<br />

O profissional estará apto a atuar, como professor da educação básica, no planejamento,<br />

organização e gestão de sistemas de ensino, nas esferas administrativas e pedagógicas, com competências<br />

técnico-científicas, sensibilidade, ética e compromisso com a democratização das relações sociais; atuar<br />

em instituições técnicas, científicas e financeiras que demandem a aplicação de conhecimentos e<br />

habilidades afins; participar de atividades de pesquisa, produção e extensão concernentes à sua área de<br />

atuação.<br />

Curso de QUÍMICA - LICENCIATURA<br />

Profissionais licenciados em Química estarão habilitados para atuação nos anos finais do ensino<br />

fundamental e no ensino médio. O curso propiciará a aquisição de competências e habilidades<br />

relacionadas com o desempenho da prática pedagógica, preparando-os para o exercício crítico e<br />

competente da docência, mediante aplicação de conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais, em<br />

bases socialmente justas e ecologicamente compatíveis, de modo a contribuir para a melhoria da<br />

qualidade de vida.<br />

O licenciado em química estará apto a atuar, como professor da educação básica, no<br />

planejamento, organização e gestão de sistemas de ensino, nas esferas administrativas e pedagógicas.<br />

Poderá também atuar em instituições técnicas, científicas e financeiras que demandem a aplicação de<br />

conhecimentos e habilidades afins, bem como participar de atividades de pesquisa, produção e extensão<br />

concernentes à sua área de atuação.<br />

40


Curso de <strong>DE</strong>SIGN <strong>DE</strong> PRODUTO – BACHARELADO – (Escola de Design/CBH, curso fora de<br />

sede, Ubá)<br />

O Designer de Produto atua na criação de objetos tridimensionais, máquinas, equipamentos e<br />

ferramentas, considerando as necessidades de uso, produção e comercialização, podendo também exercer<br />

atividades no nível estratégico de qualquer organização para o desenvolvimento de novos produtos.<br />

12. A QUALIDA<strong>DE</strong> DO ENSINO <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO – <strong>DE</strong>SEMPENHO NA AVALIAÇÃO <strong>DE</strong><br />

CURSOS<br />

Os resultados dos cursos da UEMG nos processos avaliativos realizados pelo Conselho<br />

Estadual de Educação são apresentados na Tabela 12. Três cursos ainda não foram avaliados e outros<br />

sofrerão novas avaliações pelo CEE, proximamente. Entre os cursos avaliados, 11 obtiveram conceito A e<br />

14 o conceito B:<br />

Tab.12. Resultados obtidos pelos cursos da UEMG na última avaliação realizada pelo Conselho<br />

Estadual de Educação<br />

Unidade<br />

Curso<br />

Ano<br />

Nota/<br />

Conceito<br />

de avaliação CEE<br />

Escola de Design Artes Visuais/Licenciatura 2008 A<br />

Design de Ambientes/Bacharelado 2008 A<br />

Design Gráfico/Bacharelado 2008 A<br />

Design de Produto/Bacharelado 2008 A<br />

Design de Produto/Bacharelado<br />

(Curso fora de Sede em Ubá)<br />

2009 B<br />

Escola Guignard Artes Plásticas/Bacharelado 2008 A<br />

Educação Artística/Licenciatura 2008 A<br />

Escola de Música Música/Licenciatura<br />

Habilitação em Educação Musical Escolar<br />

2009 B<br />

Música/Bacharelado<br />

Habilitação em Canto/ Instrumento<br />

2009 B<br />

Música/Licenciatura<br />

Habilitação em Canto/ Instrumento<br />

2009 B<br />

Faculdade<br />

Pedagogia/Licenciatura 2008 A<br />

de Educação<br />

Pedagogia/Licenciatura<br />

(Curso fora de Sede em Poços de Caldas)<br />

2005 A<br />

Faculdade<br />

Curso Superior de Tecnologia<br />

2008 A<br />

de Políticas Públicas em Gestão Pública<br />

“Tancredo Neves” Curso Superior de Tecnologia<br />

Previsão de -<br />

em Gestão das Organizações do Terceiro Visita CEE/MG:<br />

Setor<br />

03/11/2010<br />

Curso Superior de Tecnologia<br />

Previsão de -<br />

em Gestão de Recurso Humanos<br />

Visita CEE/MG:<br />

abril de 2011<br />

Unidade Barbacena Pedagogia/Licenciatura 2009 B<br />

Unidade Frutal Administração/Bacharelado 2007 B<br />

Ciência e Tecnologia de 2008 B<br />

Laticínios/Bacharelado<br />

Previsão de -<br />

Comunicação Social/Bacharelado<br />

Visita CEE/MG:<br />

outubro de 2010<br />

Curso Superior de Tecnologia<br />

em Produção Sucroalcooleira<br />

2009 B<br />

41


Unidade<br />

João Monlevade<br />

Direito/Bacharelado 2008 B<br />

Geografia/Licenciatura 2009 B<br />

Sistemas de Informação/Bacharelado 2007 A<br />

Engenharia Ambiental/Bacharelado 2010 B<br />

Engenharia de Minas/Bacharelado 2010 B<br />

Engenharia Metalúrgica/Bacharelado 2008 A<br />

Unidade Ubá Ciências Biológicas/Licenciatura 2007 B<br />

Química/Licenciatura 2007 B<br />

Resultados obtidos na Avaliação Nacional de Avaliação de Cursos<br />

A partir de 2008, cursos da UEMG passaram a ser avaliados também através do ENA<strong>DE</strong>. Alguns<br />

cursos da UEMG já foram submetidos a essa avaliação, mas poucos dispõem do resultado do processo.<br />

Os conceitos obtidos no ENA<strong>DE</strong> são apresentados na Tabela 13. Diversos cursos foram avaliados em<br />

2009, mas os resultados ainda não estão disponíveis. A previsão inicial de divulgação oficial dos<br />

resultados era de seis meses mas, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais<br />

Anísio Teixeira/ INEP, não há estimativa de data para a divulgação oficial dos mesmos.<br />

Tab. 13. Resultados obtidos pelos cursos da UEMG no ENA<strong>DE</strong><br />

Unidade<br />

Escola de Música<br />

Faculdade<br />

de Educação<br />

Frutal<br />

Curso<br />

Ano da<br />

avaliação Nota no ENA<strong>DE</strong><br />

Música 2006 4<br />

Música/Licenciatura Habilitação em 2009 A nota não está<br />

Instrumento/Canto<br />

disponível no site<br />

do INEP<br />

Música/Licenciatura Habilitação em 2009 A nota não está<br />

Educação Musical Escolar<br />

disponível no site<br />

do INEP<br />

Música/Bacharelado Habilitação em 2009 A nota não está<br />

Instrumento/Canto<br />

disponível no site<br />

do INEP<br />

Pedagogia/CBH 2008 5<br />

Pedagogia _ curso fora de sede em<br />

Poços de Caldas<br />

2008 5<br />

Administração/Bacharelado 2009 A nota não está<br />

disponível no site<br />

do INEP<br />

Comunicação Social/Bacharelado 2009 A nota não está<br />

disponível no site<br />

do INEP<br />

Direito/Bacharelado 2009 A nota não está<br />

disponível no site<br />

do INEP<br />

Sistemas de Informação/Bacharelado 2008 3<br />

Como forma de identificar problemas e fomentar a melhoria da qualidade do ensino de<br />

graduação, além dos processos de avaliação externa, da maior importância, a Universidade vem<br />

realizando o projeto de Avaliação Institucional (item 9 deste documento).<br />

Os problemas apontados durante as diversas avaliações têm sido sanados pela Instituição, na<br />

medida de suas possibilidades. A recente aquisição de material bibliográfico, por exemplo, além de<br />

atender a uma necessidade detectada pela própria Instituição, corrige um problema apontado pelos<br />

avaliadores do CEE, em alguns cursos. A solução do sério problema relativo ao espaço físico da Escola<br />

de Música, apontado pelos avaliadores do CEE, será resolvido através da construção do novo prédio, no<br />

Campus UEMG. O projeto do novo prédio já foi elaborado e foi assinado convênio com a FAPEMIG, que<br />

42


arcará com os custos da construção. Conforme o acordo assinado, a obra deverá estar concluída em dois<br />

anos.<br />

É meta da UEMG, para o período 2010-2014, melhorar o resultado obtido pelo conjunto de seus<br />

cursos nas avaliações estadual e nacional.<br />

13. POLÍTICA INSTITUCIONAL VISANDO A PRÁTICA PROFISSIONAL DOS ALUNOS<br />

13.1. Política de Estágios<br />

A preocupação da Instituição com a preparação do aluno para o mercado de trabalho em que<br />

atuará se expressa, de forma mais sistematizada, por estágios nos cursos oferecidos. A realização do<br />

estágio supervisionado é requisito curricular obrigatório, previsto no projeto pedagógico de todos os<br />

cursos de graduação, para obtenção do grau acadêmico. As atividades devem ser acompanhadas por<br />

pessoas designadas pela instituição onde se realiza o estágio, e por professores da Instituição.<br />

A UEMG concebe o estágio supervisionado como um importante procedimento didáticopedagógico,<br />

interdisciplinar e avaliativo, que visa a oferecer aos alunos oportunidades de conhecer seu<br />

campo de atuação profissional e os desafios colocados pelo mercado de trabalho. A teoria e a prática,<br />

vivenciada em situações problema relativas à profissão escolhida, além de propiciar treinamento,<br />

estimulam o pensar, contribuindo para a formação de um profissional mais próximo dos desafios reais da<br />

área escolhida, e mais apto a enfrentá-los. Além disso, como o estágio é supervisionado por professores,<br />

constitui-se em ferramenta para que a própria Instituição perceba aspectos em que a formação concedida<br />

aos alunos precisa ser aprimorada e os incorpore às disciplinas.<br />

Considerando a diversidade de cursos oferecidos, os objetivos do estágio na UEMG podem ser<br />

assim resumidos:<br />

- Propiciar ao aluno-estagiário vivência da realidade profissional e familiarização com o futuro<br />

ambiente de trabalho;<br />

- Propiciar ao aluno oportunidades para utilizar os conhecimentos teóricos e instrumentos<br />

desenvolvidos em sala de aula, através de experiências concretas, da observação, reflexão e<br />

formação de conceitos, levantando problemas e propondo soluções, elaborando sistemas,<br />

planos e programas nos múltiplos ambientes.<br />

- Proporcionar ao discente oportunidades de aprender novas tecnologias, e desenvolver<br />

habilidades, analisar situações, organização do trabalho, e propor alternativas, para<br />

solucionar problemas detectados em situaçãoes práticas;<br />

- Incentivar o desenvolvimento das potencialidades individuais, propiciando a formação de<br />

profissionais empreendedores, capazes de adotar modelos de gestão, métodos e processos<br />

inovadores, novas tecnologias e metedologias alternativas.<br />

- Estabelecer integração efetiva entre a Universidade e o local onde o estágio se desenvolveu,<br />

contribuindo para a atualização e o aprimoramento constante do currículo escolar.<br />

O estágio ocorre, na mair parte dos cursos, a partir do 5° período. A duração total varia entre 100<br />

e 400 horas, podendo ocupar de um a sete períodos. A Tabela 14 apresenta a sintese de informaçãoes<br />

sobre o estágio nos diferentes cursos da UEMG.<br />

43


Tab. 14. Carga horária, períodos de realização e carga horária total do Estágio, por curso.<br />

.CURSO ESTÁGIO<br />

<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO DURAÇÃO<br />

PERÍODOS <strong>DE</strong><br />

REALIZAÇÃO<br />

CARGA<br />

HORÁRIA<br />

TOTAL<br />

Artes Visuais/Licenciatura 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />

Administração/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 370 horas<br />

Artes Plásticas/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />

Ciência e Tecnologia de Laticínios/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 300 horas<br />

Ciências Biológicas/Licenciatura 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />

Comunicação Social/Bacharelado 4 anos 6º, 7º e 8º 340 horas<br />

Curso Superior de Tecnologia em Gestão das<br />

Organizações do Terceiro Setor<br />

Curso Superior de Tecnologia em Gestão de<br />

Recursos Humanos<br />

2 anos 3º e 4º 100 horas<br />

2 anos 3º e 4º 100 horas<br />

Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública 2 anos 2º, 3º e 4º 200 horas<br />

Curso Superior de Tecnologia em Produção<br />

Sucroalcooleira<br />

3 anos 4º e 6º 200 horas<br />

Design de Ambientes/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 240 horas<br />

Design de Produto/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 240 horas<br />

Design de Produto/Bacharelado - curso fora de<br />

sede do Campus BH<br />

4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 240 horas<br />

Design Gráfico/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 240 horas<br />

Direito/Bacharelado 5 anos 7º, 8º, 9º e 10º 400 horas<br />

Educação Artística/Licenciatura<br />

Habilitação em Artes Plásticas<br />

4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />

Engenharia Ambiental/Bacharelado 5 anos 9º e 10º 200 horas<br />

Engenharia de Minas/Bacharelado 5 anos 9º e 10º 200 horas<br />

Engenharia Metalúrgica/Bacharelado 5 anos 9º e 10º 200 horas<br />

Geografia/Licenciatura 3 anos 4º, 5º e 6º 400 horas<br />

Música/Bacharelado Habilitação<br />

em Canto ou Instrumento<br />

Música/Licenciatura Habilitação<br />

em Canto ou Instrumento<br />

Música/Licenciatura Habilitação<br />

em Educ. Musical Escolar<br />

4 anos 8º 100 horas<br />

4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />

4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />

Pedagogia/Licenciatura FaE/CBH 4 anos 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º 304 horas<br />

Pedagogia/Licenciatura FaE/CBH<br />

Poços de Caldas (fora de sede)<br />

4 anos 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º 304 horas<br />

Pedagogia/Licenciatura Barbacena 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 300 horas<br />

Química/Licenciatura 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º 400 horas<br />

Sistemas de Informação/Bacharelado 4 anos 5º, 6º, 7º e 8º<br />

300 horas<br />

Fonte: Coordenadoria de Graduação, 2010<br />

44


A vinculação entre o fazer e o aprender é evidente, não apenas nos estágios e aulas práticas<br />

previstas ao longo do currículo dos cursos da UEMG. O envolvimento de alunos nos projetos de<br />

graduação, pesquisa e extensão desenvolvidos revela uma crescente atuação da Universidade na formação<br />

de bons profissionais e de cidadãos conscientes de seu comprometimento com a sociedade.<br />

13.2. Oportunidades de iniciação científica para os alunos dos cursos de graduação<br />

Também como parte da melhoria da qualidade da formação propiciada aos alunos, a UEMG tem<br />

ampliado o acesso dos mesmos às bolsas de iniciação científica e de extensão. No início da vigência do<br />

PDI anterior, apenas 45 alunos da UEMG tinham bolsas de iniciação científica. Em 2010, 156 alunos<br />

foram contemplados com esta modalidade de bolsa.<br />

A Tabela 15 mostra o número de bolsas de iniciação científica na UEMG, nos últimos três anos<br />

Tab. 15. Distribuição das Bolsas de Iniciação Científica - IC na UEMG, por Unidade, no período 2008-<br />

2010<br />

UNIDA<strong>DE</strong><br />

ANO<br />

2008 2009 2010<br />

Escola de Design 18 40 31<br />

Escola de Música 4 4 4<br />

Escola Guignard 12 15 13<br />

Faculdade de Educação 19 25 23<br />

Faculdade de Engenharia de João Monlevade 5 15 23<br />

Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves 1 2 1<br />

Instituto Superior de Educação Dona Itália Franco 22 22 28<br />

Unidade de Frutal 20 17 20<br />

Unidade de Ubá 4 12 13<br />

TOTAL 105 152 156<br />

Embora o número de bolsistas tenha crescido 50% entre 2008 e 2010, o número de bolsistas ainda<br />

é pequeno, se considerarmos o tamanho do alunado e a capacidade de orientação dos docentes. A meta da<br />

UEMG para a vigência deste PDI é, à medida que cresce o número de doutores da Instituição, ampliar o<br />

número de projetos apresentados e<br />

- Aumentar o número de alunos bolsistas de iniciação científica, em todas as Unidades.<br />

14. MELHORIA DA QUALIDA<strong>DE</strong> DOS CURSOS <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />

Além de aumentar a oferta de cursos e vagas, a UEMG tem se preocupado em melhorar as<br />

condições de oferta dos cursos e a qualidade dos mesmos.<br />

Uma das principais medidas no sentido de incrementar a qualidade do ensino de graduação tem<br />

sido a melhoria da qualificação do corpo docente, essencial para todo o projeto de melhoria da<br />

qualidade das atividades finalísticas da Instituição. Registra-se nesse sentido, como fatos importantes, na<br />

vigência do último PDI, a elaboração do pano de Qualificação dos Professores e a publicação, em 2008,<br />

do primeiro edital para realização de concurso e admissão de docentes como exigido pelo formato em que<br />

a UEMG está hoje organizada. Durante o ano de 2009, foram realizados 30 concursos para seleção de<br />

docentes doutores. Nove outros foram realizados em 2010. Além disso, a seleção de professores<br />

temporários mediante edital coletivo, a partir de 2009, em que a prioridade de contratação de mestres e<br />

doutores é explicitada, também tem aumentado a qualificação do corpo docente e refletir-se-á na<br />

qualidade dos cursos.<br />

45


14.1. Projetos de atualização e inovação curricular<br />

Como resultado dos processos avaliativos internos e externos, e por força de modificações nas<br />

diretrizes curriculares, na vigência do último PDI, diversos cursos sofreram ajustes ou modificações<br />

curriculares. Foram implantadas alterações nos currículos dos cursos da Escola de Design, houve<br />

alterações curriculares no curso de Pedagogia, em Barbacena, nos cursos do Campus Frutal (à exceção do<br />

curso de Administração), em cursos da FaPP e outros.<br />

Como a maior parte dos cursos da UEMG tem currículos elaborados ou modificados nos últimos<br />

cinco anos, os projetos de melhoria dos cursos apresentados pelas Unidades, detalhados no Projeto de<br />

Recredenciamento da UEMG ao qual esse PDI está apenso, enfatizam, especialmente, a melhoria de<br />

infra-estrutura e não as reformas curriculares. A despeito disso, as metas para o atual PDI, com relação à<br />

atualização curricular incluem:<br />

- Alterar os currículos dos cursos de Engenharia Metalúrgica (João Monlevade) e Administração (Frutal),<br />

cujas propostas já estão sendo avaliadas;<br />

- Promover os ajustes curriculares nos cursos de Licenciatura, para inclusão da disciplina LIBRAS;<br />

- Promover a revisão dos currículos dos cursos da Escola Guignard;<br />

- Implantar a matrícula por disciplina<br />

14.2. Políticas de Atendimento aos Discentes<br />

A política de atendimento aos discentes constitui parte das ações da Universidade para a melhoria<br />

dos cursos e do desempenho dos estudantes. Essa política vem se institucionalizando, com maior vigor, a<br />

partir do ano de 2005, com ações próprias e através de parcerias com outros órgãos, que as Pró-reitorias<br />

têm buscado para a complementação de suas ações.<br />

Como parte dos programas de atendimento ao aluno, destaca-se o Programa de Monitoria<br />

Voluntária, aprovado nos Conselhos Superiores e implantado, de maneira experimental, na Escola de<br />

Design, a partir de 2009. Também nessa Unidade já vem funcionando um núcleo interno de atendimento<br />

ao estudante. A Faculdade de Educação mantém um programa de apoio pedagógico aos estudantes.<br />

O apoio psicológico ao estudante e a orientação profissional são parte dessa política. Em 2010, o<br />

Centro de Psicologia Aplicada da UEMG – CENPA – propôs ao Conselho Universitário a criação de um<br />

Núcleo de Apoio ao Estudante-NAE. Aprovado em 24/06/2010, pelo CONUN, o NAE começou a<br />

funcionar a partir do segundo semestre de 2010, atendendo inicialmente ao Campus de Belo Horizonte.<br />

Em relação ao incentivo à participação de alunos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, a<br />

UEMG implantou, a partir de 2006, o PROUEMG. Esse programa, promovido pelo Governo do Estado,<br />

fornece bolsas de pesquisa e de extensão para alunos de todos os campi da UEMG. Além disso, fornece<br />

material de consumo básico para os projetos desenvolvidos e algumas bolsas de incentivo à orientação,<br />

para professores. Adicionalmente, o programa concede bolsas aos alunos carentes das Fundações<br />

Associadas à Universidade. As condições de acesso a todas as bolsas são divulgadas por meio de edital<br />

público.<br />

Também como incentivo à participação dos estudantes em atividades de pesquisa, para melhorar<br />

a sua formação acadêmica, a Universidade estabeleceu parceria com a FAPEMIG, desde 2003, recebendo<br />

cotas de bolsas de iniciação científica do órgão de fomento. O mesmo foi conseguido com o CNPq, a<br />

partir de 2004.<br />

Visando ampliar o atendimento ao estudante e possibilitar maior inclusão social, no período<br />

2004/2005 a UEMG realizou uma parceria com o Ministério da Saúde para o financiamento de bolsas de<br />

pesquisa e extensão para os alunos que ingressaram na Universidade, mediante políticas de cotas, dentro<br />

da categoria afro-descendentes. O programa se chamou „Brasil Afro-atitude‟ e teve uma nova versão<br />

implantada de 2006 a 2009, desta feita com financiamento da UNESCO. Uma nova parceria foi firmada a<br />

partir de 2010 com o CNPq, que financia uma cota de bolsas de iniciação científica para essa mesma<br />

categoria de discentes.<br />

Anualmente, uma publicação intitulada “Construção de Identidade e Inclusão social do afrobrasileiro”,<br />

iniciada em 2005, divulga todas as pesquisas realizadas na Universidade sobre a temática do<br />

afro-descendente, tanto por discentes como por servidores ou docentes. Essa publicação, em 2010, chegou<br />

à sua sétima edição.<br />

46


Outra atividade que faz parte do calendário da UEMG e merece ser destacada são os Jogos<br />

Universitários da UEMG – JUEMG –, que têm periodicidade anual e que, em 2010, realizados na cidade<br />

de João Monlevade, alcançaram sua décima terceira edição. Constituem uma maneira eficiente de<br />

proporcionar aos estudantes de todos os campi da UEMG, bem como aos das Fundações Associadas, da<br />

UNIMONTES e da Fundação João Pinheiro, um momento de disputa desportiva, interação,<br />

congraçamento e de debates.<br />

A troca de experiências e a interação entre os estudantes dos diferentes campi da UEMG também<br />

ocorre durante os seminários anuais de pesquisa e extensão.<br />

Constituem metas para ampliação do atendimento aos estudantes:<br />

- Implantar definitivamente o Núcleo de Apoio ao Estudante – NAE, no Campus Belo Horizonte;<br />

- Implantar a monitoria voluntária em todas as Unidades do Campus Belo Horizonte e também nos<br />

outros campi UEMG;<br />

- Direcionar esforços para a busca de maior número de parcerias com órgãos públicos e privados no<br />

sentido de ampliar o número de bolsas e abrir novas oportunidades para um melhor atendimento<br />

aos nossos discentes.<br />

14.3. Intercâmbio com Outras Instituições Acadêmicas<br />

Outra forma de melhoria do ensino de graduação utilizada, com repercussão nos demais níveis, é<br />

o intercâmbio com outras universidades.<br />

Como exemplos dessa interação, temos as parcerias estabelecidas para acelerar a qualificação<br />

docente, como o Minter realizado na Faculdade de Educação, em parceria com a UERJ, na vigência do<br />

último PDI e o apoio de outras universidades mineiras participantes do PMCD, que têm recebido<br />

professores da UEMG para realização de mestrado e doutorado. A melhoria da titulação de nossos<br />

professores alcançada através dessas parcerias se reflete na qualidade do ensino que oferecemos.<br />

Cabe também destacar os acordos firmados com universidades italianas:<br />

-com o Politecnico di Torino – POLITO –, da Itália, que viabiliza aos respectivos estudantes uma<br />

formação internacional, bilingue e bicultural na UEMG e no POLITO, obtendo o diploma de Bacharel em<br />

Design de Produto e Laurea Magistrale in Ecodesign (Desing del Prodotto Ecocompatibile). Como parte<br />

da viabilização dessa parceria, já está sendo realizado um projeto conjunto: „Projeto Estrada Real‟, com<br />

dez alunos selecionados em cada instituição. O trabalho é realizado através de um convênio entre a<br />

UEMG, O POLITO, a FAPEMIG e o Centro Minas Design. Outro convênio com o POLITO assegura a<br />

reserva de vagas para que, a cada ano, no período 2009-2013, três novos docentes da UEMG possam<br />

ingressar no POLITO e obter o título de doutor em pesquisa (Ph.D);<br />

-entre a Università degli Studi Del Piemonte Orientale Amedeo Avogrado- Facoltà di<br />

Giurisprudenza e a Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves nas áreas de Informática Jurídica,<br />

Direito Internacional e da União Européia, Direito das Administrações locais (região, Estado,<br />

municípios). Esse convênio prevê a participação de professores e estudantes em cursos de mestrado e<br />

doutorado.<br />

Os capítulos deste documento e do Projeto de Recredenciamento que tratam da pós-graduação e<br />

extensão mencionam diversas outras parcerias.<br />

15. <strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> EXPANSÃO DO ENSINO <strong>DE</strong> GRADUAÇÃO<br />

A expansão do ensino de graduação na UEMG tem ocorrido, basicamente, através da criação de<br />

novas unidades e cursos no interior do Estado, atendendo às finalidades ditadas na legislação que a criou<br />

e às demandas da comunidade.<br />

O projeto da UEMG nesse campo tem contado com a participação do Governo Estadual e<br />

das Prefeituras, construção e/ou manutenção das Unidades da UEMG em Barbacena, Belo Horizonte,<br />

Frutal, João Monlevade e Ubá.<br />

Aumento no número de vagas oferecidas no Vestibular:<br />

Durante a vigência do último PDI, a oferta de vagas no vestibular cresceu de 990, em 2003, para 1.890,<br />

em 2010. Nos últimos dez anos, a UEMG mais que duplicou as vagas de Vestibular:<br />

47


Tab.16 Crescimento na oferta de vagas por vestibular na UEMG<br />

ANO<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />

Vagas<br />

oferecidas 790 990 990 1150 1150 1460 1600 1750 1880 1890<br />

Fonte: Editais de processos seletivos<br />

Entretanto, vale destacar que esse ritmo se baseia em períodos de forte expansão, que dificilmente<br />

se repetirão na história da Instituição. Para 2011, às vagas oferecidas no Processo Seletivo Unificado<br />

foram acrescidas aquelas correspondentes aos novos cursos de Engenharia Civil, em João Monlevade, e<br />

de Pedagogia, em Leopoldina.<br />

Como resultado da expansão das vagas de ingresso no vestibular, concluída a instalação dos<br />

períodos ainda não oferecidos desses cursos, a UEMG terá, como dito anteriormente, mais de 7.500<br />

alunos, e mais de metade deles no interior.<br />

Para que esse crescimento se faça acompanhar da necessária qualidade, a UEMG precisa priorizar<br />

a consolidação dos cursos recém criados. É necessário que esse contingente de alunos tenha acesso não<br />

apenas ao ensino superior, mas a cursos de boa qualidade. Uma vez que vários deles foram criados muito<br />

recentemente, há carências a serem supridas, especialmente no que diz respeito à infra-estrutura física e à<br />

necessidade de formação de corpo docente e técnico-administrativo permanentes, aspectos esses que<br />

serão detalhados em outro capítulo deste documento.<br />

-A principal meta da Universidade com relação ao ensino de graduação, apresentada neste PDI, é a<br />

consolidação dos cursos já criados, através da melhoria das condições de infra-estrutura - especialmente<br />

instalações, bibliotecas, laboratórios e equipamentos - e de recursos humanos.<br />

-Em função das medidas que já vem adotando para o cumprimento dessa meta, a Universidade visa<br />

- Garantir o reconhecimento de todos os cursos de graduação;<br />

- Ter todos os coordenadores de curso atuando em regime de 40h, e titulados, pelo menos, com o<br />

mestrado.<br />

Criação de novos cursos<br />

A despeito de estabelecer como prioridade, até 2014, a melhoria das condições de oferta dos<br />

cursos existentes, a UEMG não vedará a possibilidade de expansão de vagas através da criação de cursos<br />

novos. Quanto a esse aspecto, como ocorreu até o momento, a consolidação e expansão da UEMG devem<br />

continuar sendo ditadas por diretrizes de comprometimento regional.<br />

A criação de novos cursos pela Universidade, na vigência do último PDI, levou em conta, em<br />

diferentes momentos, aspectos como:<br />

- existência de demanda pela comunidade local;<br />

- ser município pólo de região densamente povoada não atendida por ensino público superior, observada a<br />

vocação regional;<br />

- possibilidade de melhor utilização de recursos humanos e/ou materiais disponíveis;<br />

- oferta de cursos que respondam às necessidades da administração pública e às expectativas das<br />

diferentes regiões do Estado.<br />

- participação dos municípios na oferta das condições necessárias (espaço físico e instalações) e na<br />

responsabilidade financeira pelo atendimento das despesas correntes e de capital;<br />

- vontade política de criação dos cursos pelo Estado, essencial para o aporte de recursos necessários para<br />

a instalação e manutenção dos mesmos.<br />

Visando a atender demanda regional e otimizar os recursos utilizados para a oferta dos cursos já<br />

oferecidos em João Monlevade, o Conselho Universitário aprovou, em julho de 2010, a criação de um<br />

curso de Engenharia Civil.<br />

Na mesma reunião do CONUN, foi aprovada a criação de curso superior de Pedagogia, em<br />

Leopoldina. O Conselho Estadual de Educação já aprovou desses dois cursos, que terão início em 2011,<br />

com processo seletivo ainda em 2010.<br />

48


Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, há possibilidade de oferta de cursos de graduação<br />

nas áreas de interesse da administração pública, de licenciatura, conforme pretendido pela FAE, e em<br />

Artes, valendo-se de recursos e potencial já existentes e outros com vistas à ampliação dos benefícios para<br />

a população, nas áreas em que o Estado mostra carências.<br />

Para os próximos cinco anos, a meta para expansão de cursos, já aprovada, é:<br />

- Instalar o Curso de Engenharia Civil na FaEnge, em João Monlevade, e o de Pedagogia, em<br />

Leopoldina.<br />

Quanto a outros cursos novos, no entanto, a Instituição, nesse momento, identifica a necessidade<br />

de elaborar um Plano de Expansão que explicite claramente a política de criação de cursos, estabeleça o<br />

formato que a Universidade pretende alcançar à medida que cria esses cursos, as prioridades e condições<br />

mínimas para sua criação. A primeira meta, com relação à criação de outros cursos, para os próximos<br />

cinco anos é<br />

- Elaborar o Plano de Expansão dos Cursos de Graduação da UEMG;<br />

- Dar início à execução do mesmo, desde que asseguradas condições adequadas de funcionamento dos<br />

mesmos.<br />

16. PROGRAMAS <strong>DE</strong> PÓS-GRADUAÇÃO<br />

No último PDI, as metas da UEMG incluíam a oferta de novos cursos de pós-graduação stricto<br />

sensu. Demandas da própria comunidade universitária e da sociedade remeteram a Universidade à<br />

aplicação e aprofundamento de novos estudos e pesquisas em áreas para as quais ela identificou<br />

possibilidades de avanço. Essa constatação levou à criação de linhas e grupos de pesquisa e de extensão e<br />

de programas de pós-graduação lato e stricto sensu.<br />

A UEMG oferece educação continuada por meio de cursos de atualização e lato sensu em<br />

diversas áreas do conhecimento. Oferece também, em parceria com outras instituições, na RE<strong>DE</strong>MAT,<br />

mestrado e doutorado em Engenharia de Materiais. Além disso, a partir de 2009, oferece dois cursos de<br />

Pós-graduação stricto sensu, em nível de mestrado, um em Educação, na FAE, e outro em Design, na<br />

Escola de Design, ambos no Campus BH. A criação desses dois cursos, e a de um mestrado em Ciências<br />

Ambientais, que também foi oferecido pela UEMG, eram as metas para a pós-graduação no último PDI.<br />

16.1. Pós-Graduação Lato Sensu<br />

A UEMG oferece diversos cursos de pós-graduação lato sensu que atendem a alunos em<br />

diferentes Unidades, viabilizados mediante convênio com a Fundação Renato Azeredo – FRA. Os cursos<br />

oferecidos abrangem as áreas de Design de Modas; Design de Jóias; Gestão de Design em Micro e<br />

Pequenas Empresas; Práticas Interpretativas: Música Brasileira; Princípios e Recursos Pedagógicos em<br />

Música; Artes Plásticas e Contemporaneidade; Ensino e Pesquisa no Campo da Arte e da Cultura; Meio<br />

Ambiente: Gestão, Saúde e Biotecnologia; Psicopedagogia Clínica e Institucional; Arte-Educação;<br />

Práticas Educativas, Inclusão para a Diversidade; Educação Ambiental; Educação, Comunicação e<br />

Tecnologia; Educação Infantil; Análise Bioenergética: Abordagem Corporal na Saúde, Educação e<br />

Recursos Humanos; Educação em Matemática; Educação de Jovens e Adultos: Múltiplas Perspectivas;<br />

Gestão Pública para Resultados.<br />

Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos pela Universidade do Estado de Minas Gerais –<br />

UEMG – são organizados de acordo com as determinações contidas na Resolução nº 453/05, do Conselho<br />

Estadual de Educação de Minas Gerais – CEE/MG – e nas Normas de Pós-graduação da UEMG. São<br />

ministrados com uma carga horária mínima de 360 horas (correspondentes a 432 horas-aula de 50<br />

minutos), em um período máximo de dois anos, depois de aprovados pelos órgãos competentes da<br />

UEMG.<br />

49


A Tabela 17 mostra os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos pela UEMG, de 2008 a<br />

2010.<br />

Tab.17. Cursos de Pós-graduação lato sensu oferecidos pela UEMG, de 2008 a 2010.<br />

ANO<br />

2008<br />

2009<br />

Unidade<br />

(Nome)<br />

<strong>DE</strong>SIGN<br />

Cursos Oferecidos<br />

(Nome)<br />

Número<br />

de<br />

vagas<br />

Número de<br />

alunos<br />

Matriculados<br />

Relação<br />

Candidato/ Vaga<br />

Design de Moveis 45 43 1<br />

Design de Gemas e Jóias 40 25 0,5<br />

Design nas Micro e Pequenas<br />

ESMU<br />

Empresas<br />

Princípios e Recursos Pedagógicos<br />

em Música (Curso fora de sede, em<br />

Visconde do Rio Branco - MG)<br />

FAE Especialização em Análise<br />

Bioenergética turma I<br />

Especialização Em Assistência a<br />

Usuários de Álcool e Outras Drogas<br />

(Turma II)<br />

Especialização em Práticas<br />

Educativas: Ênfase em Gênero e<br />

Sexualidade (Turma III)*<br />

Especialização em Práticas<br />

Educativas: Ênfase em Inclusão de<br />

Pessoas com Deficiência (Turma I, II<br />

E IV)*<br />

GUIGNARD<br />

40 40 1,3<br />

25 21 0,8<br />

40 33 0,8<br />

40 37 0,9<br />

40 39 1<br />

120 116 1<br />

Artes Plásticas e Contemporaneidade 35 24 1,5<br />

Ensino e Pesquisa no Campo da Arte<br />

e da Cultura_EPCAC<br />

44 44 1<br />

Total/Ano Total: 10 469 422 _<br />

Design de Moveis* 45 43 1<br />

<strong>DE</strong>SIGN*<br />

Design de Gemas E Jóias 40 25 0,5<br />

Design nas Micro e Pequenas<br />

ESMU<br />

Empresas*<br />

Princípios e Recursos Pedagógicos<br />

em Música<br />

FAE Especialização em Análise<br />

Bioenergética turma I<br />

Especialização Em Assistência a<br />

Usuários de Álcool e Outras Drogas<br />

(Turma II)<br />

Psicopedagogia Clínica e<br />

Institucional (Turma XX)<br />

Psicopedagogia Clínica e<br />

Institucional (turma XXI)<br />

Psicopedagogia Clínica e<br />

Institucional (turma XXII)<br />

Psicopedagogia Clínica e<br />

Institucional (turma XXIII)<br />

FAPP Gestão Pública para Resultados<br />

(Turma I)<br />

GUIGNARD<br />

40 40 1,3<br />

15 8 2<br />

40 33 0,8<br />

40 37 0,9<br />

40 40 2<br />

40 40 2<br />

40 40 2<br />

40 40 1<br />

35 18 0,5<br />

Artes Plásticas e Contemporaneidade 35 24 1,5<br />

Ensino e Pesquisa no Campo da Arte<br />

e da Cultura<br />

Ensino e Pesquisa no Campo da Arte<br />

e da Cultura Turma V -fora de sede-<br />

Bom Despacho<br />

40 24 1,6<br />

40 34 0,8<br />

Total/Ano Total: 14 530 446<br />

__<br />

50


2010<br />

Design de Moveis 40 24 1<br />

Design de Gemas e Jóias 30 19 0,8<br />

<strong>DE</strong>SIGN<br />

ESMU<br />

Design nas Micro e Pequenas<br />

Empresas<br />

Princípios e Recursos Pedagógicos<br />

em Música-BH*<br />

Música Brasileira: Práticas<br />

FAE<br />

Interpretativas<br />

Psicopedagogia Clínica e<br />

Institucional (Turma XX) *<br />

Psicopedagogia Clínica e<br />

Institucional (turma XXI) *<br />

Psicopedagogia Clínica e<br />

Institucional (turma XXII) *<br />

Psicopedagogia Clínica e<br />

Institucional (turma XXIII)*<br />

FAPP Gestão Pública para Resultados<br />

(Turma II)<br />

GUIGNARD<br />

40 23 0,6<br />

15 8 2<br />

20 15 1,3<br />

40 40 2<br />

40 40 2<br />

40 40 2<br />

40 40 1<br />

40 34 0,9<br />

Artes Plásticas e Contemporaneidade 35 24 1,5<br />

Ensino e Pesquisa no Campo da Arte<br />

e da Cultura 40<br />

Ensino e Pesquisa no Campo da Arte<br />

e da Cultura TurmaV-fora de sede-<br />

Bom Despacho<br />

24 1,7<br />

40 34 0,8<br />

Total/Ano Total: 13 460 365<br />

__<br />

*Obs. Não houve ingresso de novos alunos no ano; a turma anterior deu continuidade ao curso.<br />

Como o levantamento foi realizado em Agosto, ainda há possibilidade de oferta, até dezembro, de novos cursos.<br />

Como o levantamento foi realizado em Agosto, ainda há possibilidade de oferta, até dezembro, de<br />

novos cursos.<br />

Informações detalhadas quanto aos cursos de pós-graduação lato sensu acham-se no „Projeto de<br />

Recredenciamento da UEMG‟. A oferta de cursos de pós-graduação lato sensu pode ser ampliada como<br />

forma de aumentar os serviços à comunidade, especialmente nas Unidades situadas no interior, que, por<br />

serem mais recentes, ainda não têm uma oferta significativa de cursos dessa natureza.<br />

Estão em fase de aprovação nos Colegiados Superiores da UEMG dois novos cursos lato sensu<br />

para a Unidade de Frutal (Direito e Gestão Ambiental, Gestão de Negócios e Tecnologia da Informação) e<br />

um para a Faculdade de Engenharia de João Monlevade, em Tecnologias Ambientais Aplicadas à<br />

Mineração. Foi aprovado recentemente um curso de especialização em Direito Municipal, a ser oferecido<br />

pela FAPP. Todos esses cursos serão implementados na vigência deste PDI.<br />

Além disso, deve-se buscar ampliar a clientela dos cursos já existentes. Com esse objetivo,<br />

estratégias como a maior divulgação dos mesmos e a inclusão dos cursos lato sensu da área de Gestão no<br />

Plano de Treinamento de Pessoal do Estado serão adotadas.<br />

Com relação aos cursos de pós-graduação lato sensu, a meta é fortalecer os cursos já implantados,<br />

ampliar a oferta em novas áreas de conhecimento, garantindo sua existência em todas as unidades<br />

universitárias.<br />

16.2. Pós-Graduação Stricto Sensu – Cursos em Funcionamento e Planejados<br />

MESTRADOS OFERECIDOS EXCLUSIVAMENTE PELA UEMG:<br />

Os esforços de qualificação do corpo docente da UEMG e a recente captação de novos doutores,<br />

mediante concurso, além de atenderem à melhoria do ensino de graduação, têm visado à criação de cursos<br />

de pós-graduação stricto sensu.<br />

Mestrado em Educação<br />

A partir de 2009, a FaE – Faculdade de Educação/UEMG – oferece Programa de Mestrado em<br />

Educação, Área de Concentração-Educação e Formação Humana. O curso foi homologado pelo CNE<br />

(Portaria MEC 590, DOU 19/06/2009 - Parecer CES/CNE 122/2009 , 18/06/2009), com dez vagas anuais.<br />

51


Este programa foi recomendado inicialmente pela CAPES com conceito 3. Já ingressaram duas turmas. A<br />

primeira seleção de candidatos, para 2009, contou com a concorrência de 144 candidatos para 10 vagas. A<br />

segunda, para 2010, teve 127 candidatos para 10 vagas. Edital para ingresso da terceira turma já foi<br />

publicado.<br />

A Faculdade de Educação, na qual se insere o Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE),<br />

vem intensificando a integração do mestrado com a graduação e contribuindo diretamente para o<br />

fortalecimento do curso de graduação em Pedagogia, ensejando a participação dos docentes em esforços<br />

relacionados ao ensino, à pesquisa e à extensão. Os docentes do PPGE ministram aulas regulares na<br />

graduação, orientam monografias de final de curso no curso de Pedagogia, fazem parte das atividades de<br />

aulas de integração pedagógica. Em conjunto com os demais professores e orientadores, constituem uma<br />

equipe de trabalho cujo objetivo é o desenvolvimento de atividades formativas nas quais se integram os<br />

alunos do curso de graduação em Pedagogia e do de pós-graduação.<br />

A criação desse programa de mestrado vem permitindo também a rápida ampliação das parcerias<br />

da UEMG com outros programas de pós-graduação em educação no Brasil e no exterior. Como exemplos,<br />

podem ser citadas as parcerias estabelecidas com a UERJ, com a USP, com a Universidade do Minho, em<br />

Portugal e com a Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, para pesquisas conjuntas e<br />

atividades integradas.<br />

A estrutura do programa, as linhas de pesquisa, as produções de seus docentes, as atividades<br />

realizadas pelo programa e outras informações relativas ao mesmo são detalhadas no Projeto de<br />

Recredenciamento da UEMG.<br />

Mestrado em Design<br />

Também em 2009, no segundo semestre, foi iniciado o Programa de Mestrado em Design,<br />

homologado pelo CNE (Portaria MEC 590, DOU 19/06/2009 - Parecer CES/CNE 122/2009 , 18/06/2009.<br />

Recomendado pela CAPES, com conceito 3, com oito vagas anuais.<br />

A área de concentração do curso é Design, Inovação e Sustentabilidade. Há duas linhas de<br />

pesquisa: Design, Cultura e Sociedade e Design, Materiais, Tecnologia e Processos, cuja proposta é<br />

viabilizar a coerência, a consistência e a abrangência da sua área de concentração.<br />

Como este é o único curso de mestrado em design em Minas Gerais, registra-se uma grande<br />

demanda de aprofundamento da qualificação acadêmica nessa área. A primeira seleção de candidatos ao<br />

curso de mestrado (2009) contou com a concorrência de 44 candidatos para 8 vagas. A segunda, em 2010,<br />

contou com 25 candidatos para 8 vagas.<br />

Entre as parcerias viabilizadas ou incrementadas por esse programa, destacam-se as parcerias<br />

com o Instituto Politécnico di Torino, Itália, iniciado em decorrência do Memorando de Entendimentos<br />

assinado em abril de 2005 pelo Politécnico di Torino e pelo Governo do Estado de Minas Gerais e o<br />

Programa de Cooperação com a Université Cergy Pontoise /França.<br />

Informações detalhadas sobre esse curso também estão disponíveis no Projeto de<br />

Recredenciamento da UEMG.<br />

PROGRAMAS STRICTO SENSU OFERECIDOS EM PARCERIA COM OUTRAS<br />

INSTITUIÇÕES ACADÊMICAS:<br />

Mestrado e doutorado em Engenharia de Materiais-RE<strong>DE</strong>MAT.<br />

Em consórcio com a Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – e o Centro Federal de<br />

Educação Tecnológica_– CETEC – de Minas Gerais, a UEMG participa da oferta do curso de mestrado e<br />

doutorado em Engenharia de Materiais da RE<strong>DE</strong>MAT – Rede Temática de Engenharia de Materiais.<br />

Desde dezembro de 1995, o Programa de mestrado e doutorado foi homologado pelo CNE (Portaria<br />

MEC 524, DOU 30/04/2008 - Parecer CES/CNE 33/2008 , 29/04/2008. As áreas de concentração são<br />

Engenharia de Superfícies, Processos de Fabricação e Análise e Seleção de Materiais.<br />

Em sua última avaliação pela CAPES, a RE<strong>DE</strong>MAT obteve conceitos cinco para o curso de<br />

mestrado e para o doutorado. Nesse programa foram defendidas, até 15.09.2010, 233 dissertações e 17<br />

teses. Entre os alunos que concluíram o mestrado e o doutorado há vários docentes da Escola de Design<br />

da UEMG.<br />

52


Mestrado em Ciências Ambientais.<br />

Na vigência do último PDI, a Universidade também ofereceu, até 2008, um Mestrado<br />

Interinstitucional em Rede, em Ciências Ambientais (RE<strong>DE</strong>INCA), com 40 vagas. Esse mestrado foi<br />

criado em associação com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e com as Unidades<br />

Fundacionais Agregadas à UEMG: FUNEDI (Fundação Educacional de Divinópolis), FEIT (Fundação<br />

Educacional de Ituiutaba), FESP (Fundação de Ensino Superior de Passos) e FEPAM (Fundação<br />

Educacional de Patos de Minas).<br />

Esse mestrado foi aprovado na UEMG pela Resolução CONUN/UEMG N° 73/2004. Seu<br />

reconhecimento pelo Conselho Estadual de Educação deu-se em 13 de julho de 2007 (parecer N°<br />

640/2007).<br />

O curso funcionou até 2008. Durante o curto período de sua duração, 43 alunos concluíram o<br />

mestrado. Em razão de dificuldades encontradas na execução do projeto, a Instituição considerou mais<br />

adequado deixar de oferecê-lo. Suas atividades foram encerradas em 30 de abril de 2008, conforme<br />

Portaria/UEMG Nº 010/2008.<br />

Embora o curso, aprovado pelo CEE, não tenha sido submetido previamente à CAPES, o MEC<br />

reconheceu, recentemente, a validade nacional dos certificados de conclusão desse mestrado emitidos<br />

pela UEMG.<br />

Em substituição a esse mestrado, a UEMG considerou adequado desenvolver outro na área de<br />

Meio Ambiente, que fosse assumido exclusivamente pela Instituição, que é o Mestrado em Conservação<br />

de Recursos Hídricos, acima mencionado.<br />

Mestrados a serem implementados.<br />

Encontra-se em processo de elaboração o Programa de Mestrado em Conservação e Gestão de<br />

Recursos Hídricos, a ser ministrado na Unidade de Frutal. Uma primeira versão da proposta foi<br />

encaminhada à CAPES, mas não foi recomendada, principalmente devido a problemas com relação ao<br />

corpo docente. Uma nova proposta está sendo formulada.<br />

Estão sendo realizados estudos para a criação de programa de mestrado em duas áreas: Música<br />

(Escola de Música) e Arte e Cultura Contemporânea (Escola Guignard). Os concursos realizados para<br />

captação de professores doutores para essas duas Escolas, em 2009 e 2010, tiveram como um dos<br />

objetivos criar as condições iniciais para elaboração das referidas propostas.<br />

As metas a serem alcançadas no período de vigência desse PDI, com relação ao stricto sensu, são:<br />

- Ampliar a proporção de doutores no corpo docente, condição essencial para a criação de novos<br />

cursos;<br />

- Obter um bom conceito na avaliação dos cursos strico sensu hoje em funcionamento;<br />

- Implantar o Mestrado em Conservação de Recursos Hídricos;<br />

- Implantar, pelo menos, um mestrado na área de artes;<br />

- Fortalecer as estruturas físicas e operacionais dos cursos de pós-graduação;<br />

- Preparar-se para oferecer, pelo menos, um curso em nível de doutorado, ministrado exclusivamente<br />

pela Instituição, nos próximos cinco anos.<br />

17. ENSINO A DISTÂNCIA<br />

.A Educação a distância e as políticas de ensino da UEMG.<br />

A EaD firmou-se como uma resposta a desafios de diferentes ordens que têm sido postos à<br />

sociedade. Reflete as transformações que vêm ocorrendo na vida política, social e econômica e a<br />

velocidade com que surgem novas formas de produção do conhecimento e novas tecnologias de<br />

comunicação.<br />

É a modalidade de ensino que mais rapidamente poderá cumprir a tarefa de qualificar e<br />

requalificar grande número de pessoas, atingindo, por suas características especiais, um número<br />

expressivo de destinatários, prioritariamente adultos, em programas de diferentes níveis, nos mais<br />

variados campos do conhecimento. Isso porque é a modalidade educacional na qual a mediação didáticopedagógica<br />

nos processos de ensino e aprendizagem ocorre, prioritariamente, com a utilização de meios e<br />

53


tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades<br />

educativas em lugares e tempos diferentes.<br />

O objetivo primeiro do trabalho com EaD deve ser sempre o da educação dos indivíduos,<br />

principalmente aqueles que se encontram em desvantagem social ou impossibilitados de construírem sua<br />

educação em condições presenciais, por qualquer razão. Deve ser encarada como uma opção adicional<br />

para que o indivíduo consiga alcançar sua formação, aprimorar-se e atualizar-se, com qualidade,<br />

utilizando as novas linguagens da comunicação.<br />

Investir significativamente em educação a distância ratifica o compromisso da UEMG de atuar<br />

em diversas regiões de Minas Gerais, buscando a redução das desigualdades regionais e carências sociais<br />

do Estado.<br />

Com essa perspectiva, um importante passo foi dado pela Universidade, em 1997, através da<br />

criação, pelo Conselho Universitário, do Núcleo de Educação a Distância (NEAD), que estabeleceu como<br />

finalidade atuar na coordenação geral dos trabalhos de EaD das Unidades, subsidiando, acompanhando e<br />

apoiando professores e pesquisadores no desenvolvimento e execução de projetos de ensino, pesquisa e<br />

extensão, na modalidade a distância.<br />

A criação do NEAD buscou favorecer o pleno desenvolvimento das atividades de educação a<br />

distância na Instituição. Com a mesma perspectiva, na vigência do PDI anterior, foi criado, em 2005, o<br />

Centro de Educação e Pesquisas em Educação a Distância – CEPEAD. Vinculado ao NEAD, esse Centro<br />

é equipado com um laboratório composto por modernos equipamentos tecnológicos e representa um<br />

investimento da Universidade no atendimento à formação de recursos humanos para o uso eficaz das<br />

tecnologias da comunicação e da informação no ensino, pesquisa e extensão.<br />

Atividades desenvolvidas pelo NEAD/CEPEAD<br />

O NEAD/CEPEAD tem desenvolvido diversos cursos de educação a distância, atendendo às demandas<br />

específicas. Destacam-se, na vigência do último PDI, as seguintes atividades:<br />

1. Curso de formação de professores para utilização de softwares para inclusão de pessoas<br />

com necessidades educacionais especiais, trabalho realizado com 60 APAES de MG;<br />

2. Curso de formação de médicos, dentistas e enfermeiros do Programa Minas Saúde, em<br />

parceria com a Secretaria de Estado da Saúde;<br />

3. Curso de formação de professores e pessoal técnico para realização de transposição<br />

didática de material impresso para educação a distância, em parceria com a Cátedra da UNESCO;<br />

4. Implantação de quatro laboratórios de educação a distância em unidades do interior;<br />

5. Formatação do Projeto Pedagógico do curso de pós-graduação “Necessidades<br />

Educacionais Especiais – saberes e prática da inclusão social”.<br />

6. Início de processo de credenciamento da UEMG junto ao MEC para oferta de cursos<br />

superiores a distância, em andamento;<br />

7. Inserção da UEMG na Universidade Aberta do Brasil – UAB/CAPES – com<br />

credenciamento em caráter experimental, por cinco anos, para oferta de dois cursos de graduação:<br />

Pedagogia, pela Faculdade de Educação e Artes Visuais, pelas Escolas Guignard e Design.<br />

A despeito dessas realizações, a educação a distância ainda não se tornou uma ferramenta<br />

implantada efetivamente na Instituição. Há um amplo espaço a preencher nessa direção. Dentro das<br />

prerrogativas legais, a EaD pode ser uma ferramenta adicional importante usada nos cursos presenciais.<br />

Em uma Universidade multicampi, como a UEMG, o elenco de cursos oferecidos em uma<br />

Unidade contempla áreas muito diferentes daquele oferecido nas demais. Em uma situação como essa,<br />

ferramentas de educação a distância podem favorecer a integração entre profissionais de diferentes áreas,<br />

aumentando, em muito, a qualidade do ensino nas questões essencialmente multidisciplinares, como<br />

aquelas ligadas à temática ambiental. Pode possibilitar o enriquecimento de currículos dos alunos,<br />

favorecendo, por exemplo, o aumento do número de disciplinas optativas oferecidas nos cursos fora de<br />

sede, como o de Design de Produto, em Ubá.<br />

A utilização dessas alternativas depende, inicialmente, do estabelecimento e divulgação de uma<br />

política de educação a distância na Instituição, com a participação da comunidade, através de seminários,<br />

colóquios, palestras e encontros para discutir a EaD no âmbito da UEMG. Para que a Instituição<br />

efetivamente incorpore ferramentas de EaD ao ensino que ministra, precisa atender os quesitos exigidos<br />

para credenciamento junto ao MEC. Precisa de equipamentos e formação de recursos humanos<br />

54


capacitados no uso de tecnologias, para criação e utilização de materiais pedagógicos adequados. Para os<br />

próximos cinco anos, as metas da UEMG, com relação à EaD são:<br />

- Formular política de educação a distância para a UEMG, com ampla participação da comunidade,<br />

que embase, legitime e estimule sua utilização.<br />

- Conseguir o credenciamento da Universidade pelo Ministério da Educação para oferta de cursos de<br />

graduação e pós-graduação lato sensu na modalidade a distância.<br />

- Estimular a utilização de educação a distância nos cursos de graduação e pós-graduação da UEMG,<br />

observados os quesitos legais.<br />

- Ampliar a oferta de cursos e atividades de extensão a distância.<br />

55


As ações previstas para atingir essas metas incluem:<br />

- Implementar a EaD como ferramenta complementar na oferta de cursos na graduação e pósgraduação<br />

na UEMG, observadas as exigências legais;<br />

- Ampliar a equipe de trabalho voltada para a elaboração, implementação e desenvolvimento dos<br />

programas na modalidade educação a distância:<br />

- Treinar docentes no uso de metodologias de EaD;<br />

- Oferecer cursos e atividades em EaD por meio do Núcleo de Educação a Distância.<br />

- Identificar formas alternativas de financiamento para o desenvolvimento do Ambiente Virtual de<br />

Aprendizagem (AVA) da Universidade.<br />

- Ampliar e otimizar as atividades e pesquisas realizadas no Centro de Pesquisas em Educação a<br />

Distância (CEPEAD).<br />

- Estruturar pólo(s) de apoio presencial em unidade(s) do interior.<br />

- Implementar projeto pedagógico adequado à modalidade a distância que utilize ferramentas das<br />

tecnologias da comunicação e informação.<br />

Evidentemente, o cumprimento das metas e o alcance dessas medidas dependem dos recursos que a<br />

Instituição venha a conseguir para esses programas.<br />

18. ATIVIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> PESQUISA<br />

A produção de conhecimento, resultado da realização sistemática de pesquisas, é condição<br />

essencial para que as instituições de ensino superior sejam consideradas universidades. As atividades de<br />

pesquisa, além de se constituírem em fonte de conhecimento e inovação e, dessa forma, possibilitarem o<br />

desenvolvimento da ciência, de um modo geral, são fonte de dividendos, e são essenciais para o<br />

crescimento do Estado e do país, bem como para a melhoria do ensino ministrado por qualquer<br />

universidade. Não é possível dissociar o próprio conceito de Universidade da realização de pesquisas.<br />

No campo da pesquisa, as ações da UEMG, na vigência do último PDI, tiveram como objetivos:<br />

-fazer com que o processo investigativo seja um procedimento inerente ao trabalho dos professores e dos<br />

alunos;<br />

-tornar a pesquisa desenvolvida, cada vez mais, um importante agente para o desenvolvimento do Estado<br />

de Minas Gerais, traduzindo seu comprometimento com as demandas regionais;<br />

-além de atender à demanda das regiões em que seus campi estão inseridos, estar aberta para todas as<br />

áreas do conhecimento.<br />

-consolidar a pesquisa como atividade institucional sistematizada e permanente.<br />

A produção intelectual sistematizada exige, além da opção expressa pela Universidade, docentes<br />

com melhor titulação e que se dediquem integralmente à Instituição, recursos financeiros e de infraestrutura.<br />

A UEMG atende aos quesitos estabelecidos para as Universidades na Lei de Diretrizes e Bases<br />

da Educação, no que diz respeito ao percentual mínimo de professores em tempo integral e de mestres e<br />

doutores. A despeito das dificuldades, a UEMG vem aumentando sua produção em pesquisa e hoje<br />

também atende às condições de produção em pesquisa exigidas, contribuindo significativamente para o<br />

desenvolvimento do Estado.<br />

O crescimento e a sistematização da pesquisa na UEMG podem ser evidenciados através de<br />

diversos indicadores. Em 1992, o CNPq criou o „Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil‟. No ano de<br />

2002, na versão 5 do Diretório, a Universidade do Estado de Minas Gerais participou pela primeira vez,<br />

através do registro de 20 grupos. Em 2009, na relação dos grupos cadastrados no CNPq, verificava-se<br />

que a UEMG tinha 30 grupos de pesquisa cadastrados, desenvolvendo pesquisas em diversas áreas do<br />

conhecimento e em diferentes regiões do Estado (Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra,<br />

Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes).<br />

Em outubro de 2010, a UEMG tem 33 grupos de pesquisa registrados no „Diretório dos Grupos<br />

de Pesquisa‟ do CNPq (ver relação completa no „Projeto de recredenciamento‟).<br />

A Instituição realiza um grande evento relacionado à pesquisa: o Seminário de Iniciação<br />

Científica, que congrega todos os alunos de iniciação científica, mestrandos e professores pesquisadores.<br />

Os trabalhos apresentados nos Seminários de Iniciação Científica que integram todos os Campi da UEMG<br />

têm aumentado anualmente. No primeiro Seminário, em 1997, foram apresentados apenas 22 (vinte e<br />

56


dois) trabalhos. Em 2009, o número cresceu para 205 (duzentos e cinco) trabalhos de pesquisa<br />

apresentados.<br />

Alguns outros indicadores mostram que a pesquisa na UEMG tem evoluído em número e em<br />

qualidade:<br />

18.1. Orientação de Bolsistas de Iniciação Científica<br />

Um dos parâmetros que evidenciam o crescimento da pesquisa é o número de bolsas de iniciação<br />

científica apoiadas pelos diversos órgãos de fomento, que, conforme mostrado no item 13.2 deste<br />

documento, triplicou entre 2004 e 2010. A contribuição dos professores doutores para essa atividade é,<br />

proporcionalmente, muito maior que a dos docentes menos titulados. Em 2010, por exemplo, professores<br />

doutores, que constituem 11% do corpo docente, respondem por 34% das atividades de orientação de<br />

iniciação científica (Tabela 17).<br />

Tab. 17. Número de Bolsistas de Iniciação científica na UEMG, de 2008 a 2010, segundo o Nível de<br />

Titulação dos Orientadores<br />

2008 2009 2010<br />

Titulação dos Bolsistas<br />

Bolsistas<br />

Bolsistas<br />

Orientadores orientados (N) % orientados (N) % orientados (N) %<br />

Doutores 38 36,2 53 34,9 53 34,0<br />

Mestres 59 56,2 82 53,9 101 64,7<br />

Especialistas 8 7,6 17 11,2 2 1,3<br />

Total 105 100,0 152 100,0 156 100,0<br />

18.2. Número de Projetos de Pesquisa realizados<br />

À medida que o corpo docente se titula e a pós-graduação se instala, também cresce o número de<br />

projetos de pesquisa realizados. A Tabela 18 mostra alguns dados sobre o número de projetos de pesquisa<br />

desenvolvidos na UEMG, de 2008 a 2010.<br />

Tab.18. Número de projetos de pesquisa desenvolvidos na UEMG, de 2008 a 2010, e de professores e<br />

alunos que participaram dos mesmos.<br />

ANO<br />

Projetos de<br />

Pesquisa<br />

Realizados(N)<br />

Doutores<br />

Mestres<br />

Docentes Participantes<br />

Especialistas/<br />

Graduados<br />

Total de<br />

Docentes<br />

Alunos<br />

(N)<br />

2008 121 34 46 13 93 164<br />

2009 182 41 79 24 144 214<br />

2010 184 45 89 25 159 243<br />

O número de projetos de pesquisa relatado cresceu quase 60% entre 2008 e 2010. Nos últimos<br />

dois anos, mais de 50% dos doutores, e mais de 20% do número total de professores atuando na<br />

Instituição realizaram projetos de pesquisa, a cada ano. A maior parte dos projetos foi desenvolvida na<br />

Faculdade de Educação, Campus Frutal e Escola de Design. Informações detalhadas sobre os projetos<br />

realizados acham-se no capítulo relativo à pesquisa no „Projeto de Recredenciamento da UEMG‟.<br />

Muitas das pesquisas têm um componente de aplicabilidade na solução de problemas da<br />

comunidade. Como exemplo disso, em 2010, dois ex-alunos da Escola de Design receberam a quarta<br />

maior premiação na categoria de Design Industrial, em concurso internacional, o IF Concept Award, que<br />

contempla o design de produtos e tecnologia de todo o mundo, e é considerado o prêmio de maior<br />

relevância do setor na Europa. O projeto desses alunos, Sistema de Transporte Coletivo Suspenso (STCS)<br />

pretende erguer sobre os canteiros centrais das principais avenidas de Belo Horizonte um transporte<br />

coletivo rápido, barato e movido por energia limpa.<br />

57


18.3. Trabalhos Publicados<br />

O número de trabalhos publicados por docentes da UEMG no período de 2008-2010 é mostrado<br />

na Tabela 19. Foi relatado pelas Unidades um total de 426 publicações em 2008, 517 em 2009 e 254 em<br />

2010. Os dados relativos à produção de 2010, que poderiam sugerir uma queda acentuada do número de<br />

trabalhos publicados, na verdade, não podem ser interpretados dessa maneira, porque só consideram a<br />

produção relatada até agosto. Nessa ocasião, boa parte dos volumes e fascículos de revistas relativos a<br />

2010 ainda não foi publicada.<br />

.<br />

Tab.19. Trabalhos publicados por docentes da UEMG, por categoria de publicação e contribuição para<br />

a publicação total, de acordo com a titulação, no período 2008-2010<br />

Tipo de<br />

Artigo<br />

Douto<br />

res<br />

Ano 2008 Ano 2009 Ano 2010*<br />

Mestres Espec/<br />

Grad.<br />

Total Douto<br />

res<br />

Mestres<br />

Espec<br />

/<br />

Grad.<br />

Total Douto<br />

res<br />

Mestres<br />

Espec<br />

/<br />

Grad.<br />

Trabalhos<br />

em Anais<br />

(N) 66 140 16 222 82 119 30 231 39 55 7 101<br />

Artigos em<br />

Periódicos<br />

(N) 41 53 16 110 62 26 7 95 28 25 6 59<br />

Livros (N)<br />

7 8 3 18 9 13 1 23 5 7 3 15<br />

Capítulos<br />

de Livros<br />

(N)<br />

Coletânea,<br />

Orelha de<br />

26 4 3 33 39 17 5 61 9 13 1 23<br />

Livro e<br />

Verbete (N)<br />

Artigo em<br />

1 4 2 7 2 7 1 10 0 0 0 0<br />

Jornal e<br />

Revistas (N)<br />

Outra<br />

Produção<br />

11 5 4 20 12 16 36 64 20 15 11 46<br />

Bibliográfica<br />

(N) 6 8 2 16 8 16 9 33 1 4 5 10<br />

TOTAL<br />

GERAL<br />

Total<br />

158 222 46 426 214 214 89 517 102 119 33 254<br />

% 37 52,1 10,8 100 41,4 41,4 17,2 100 40,1 46,9 13 100<br />

*Obs. A coleta de dados para o Projeto de Recredenciamento ocorreu em Agosto de 2010. Em decorrência, os<br />

números registrados acima correspondem apenas a parte das publicações efetivamente produzidas no ano.<br />

Como esperado, a contribuição dos professores doutores para a produção global da instituição, em<br />

termos de publicações, é, proporcionalmente, muito maior que a dos professores menos titulados. Embora<br />

só em 2010 os doutores tenham atingido 11% do número total de professores, sua produção em<br />

publicações representa, nesse ano, 40,1% da produção total relatada, até agosto, na Instituição.<br />

18.4. Produções Técnicas, Artísticas e Culturais.<br />

A constituição inicial da UEMG baseou-se, fortemente, em escolas das áreas de artes e de<br />

tecnologia, importantes no cenário do Estado. Como consequência, o elenco de cursos oferecidos pela<br />

UEMG inclui vários nessas áreas e uma grande parte da atividade acadêmica docente resulta em produtos<br />

58


técnicos, artísticos e culturais. Esse componente da produção acadêmica da Instituição é mostrado na<br />

Tabela 20.<br />

Nesse quadro, onde os dados relativos a 2010, mais uma vez, só refletem a produção relatada até<br />

agosto e por esse motivo, parecem inferiores aos de 2009, destaca-se o grande volume de produções<br />

técnicas, artísticas e culturais dos docentes da UEMG, que reafirma a importância da Instituição no<br />

cenário do Estado.<br />

Verifica-se também que a maior parte dessa produção se dá sob a forma de „Produções Artístico-<br />

Culturais‟(abrangendo: concerto, orquestra, composição, arranjo, interpretação, trilha sonora, aderecista,<br />

animação, cenografia, curadoria, desenho, escultura, web maker, pintura, fotografia, ilustração,<br />

performance etc..), seguidas por „Apresentação de Trabalhos em Congressos‟, „Organização de Eventos‟<br />

e „Cursos‟ A relação detalhada das atividades realizadas em cada uma dessas categorias, por docente e<br />

por Unidade, acha-se no „Projeto de Recredenciamento da UEMG‟.<br />

Tab. 20. Produção Técnica, Artística e Cultural da UEMG, no período 2008-2010<br />

Produção<br />

(N°)<br />

Douto-<br />

res<br />

Ano 2008 Ano 2009 Ano 2010<br />

Mestres<br />

Espec,<br />

/<br />

Grad.<br />

Total Douto<br />

-res<br />

Mestres Espec,/<br />

Grad<br />

Total Douto<br />

-res<br />

Mestre<br />

s<br />

Espec,/<br />

Grad<br />

Org. de<br />

Evento 3 94 8 105 13 76 16 105 11 39 8 58<br />

Apresentação<br />

de Trabalho 52 83 44 179 76 79 29 184 25 28 16 69<br />

Curso de<br />

Curta 9 14 21 44 10 16 10 36 1 15 16 32<br />

Duração<br />

Programa de<br />

Rádio e TV 64 3 26 93 69 1 12 82 34 3 1 38<br />

Relatórios<br />

3 13 2 18 0 3 0 3 0 26 15 41<br />

Produções<br />

Artístico-<br />

Culturais<br />

86 156 320 562 75 156 320 551 40 114 283 437<br />

Outras<br />

Produções) 19 33 15 67 29 35 31 95 25 32 11 68<br />

TOTAL<br />

GERAL<br />

236 396 436 1068 272 366 418 1056 136 257 350 743<br />

% 22,1 37,1 40,8 100 25,7 34,7 39,6 100 18,3 34,6 47,1 100<br />

Observa-se na Tabela 20 que a contribuição dos doutores para o conjunto de produções técnicoartístico-culturais<br />

continua sendo, proporcionalmente, maior que o esperado pela sua representação na<br />

quantidade total de professores, especialmente no que diz respeito, por exemplo, à categoria<br />

„Apresentação de Trabalhos‟. Entretanto, considerado o conjunto dessas produções, a participação dos<br />

docentes que não têm mestrado ou doutorado representa de 39,6 a 47,1% de toda a produção técnicoartística<br />

cultural relatada pela Universidade.<br />

18.5. Participação em Bancas de Dissertações e Teses e em Comitês de Revistas<br />

No ano de 2008, 14 professores da UEMG participaram de bancas de defesa de tese de doutorado<br />

ou de dissertações de mestrado, totalizando 42 bancas. Em 2009, 26 professores fizeram parte de um total<br />

de 42 bancas de defesa de dissertação ou tese de doutorado e vinte e dois professores da UEMG relataram<br />

participar de Conselhos Editorias de Periódicos.<br />

Todos os registros que permitem caracterizar a produção científica, técnica-artística e cultural<br />

relatada constam do „Projeto de Recredenciamento-UEMG‟.<br />

Total<br />

59


18.6. Incentivo à Pesquisa<br />

A realização de pesquisas na UEMG cresce à medida que seu pessoal se titula. Além disso, o<br />

fornecimento de bolsas a pesquisadores e alunos, pelo CNPq, FAPEMIG e dentro do Programa<br />

PROUEMG, estimula a participação de maior número de docentes.<br />

Como parte de suas medidas para estimular a pesquisa, uma vez que é uma Universidade<br />

multicampi, a UEMG criou, como ferramenta de divulgação de informações pela Pró-Reitoria de<br />

Pesquisa e Pós-Graduação, junto aos docentes, o „Boletim de Pesquisa‟. Este Boletim eletrônico tem sido<br />

um eficiente meio de comunicação entre a Pró-Reitoria e a comunidade acadêmica.<br />

A Instituição mantém publicações próprias, que estimulam a divulgação de resultados de<br />

pesquisas ( Tabela 21):<br />

Tab.21. Publicações próprias da UEMG, para divulgação de Pesquisas<br />

Unidade Publicação<br />

Cadernos de<br />

Início Periodicidade Último volume<br />

publicado<br />

Design<br />

Estudos Avançados<br />

em Design<br />

2008 Não é seriada 2009<br />

Cadernos de<br />

Educação*<br />

novembro de 1995 trimestral 44<br />

FAE<br />

Anual até 2008<br />

Educação em Foco Novembro de e Semestral Número 14<br />

1995 desde 2009<br />

FaPP Perspectivas em<br />

Políticas Públicas 2008<br />

semestral Jan/jun 2009<br />

Instituto dona Itália Mal-estar e<br />

Novembro de<br />

Franco<br />

Sociedade Novembro 2008 semestral 2009<br />

ESMU Modus jan. 2000 semestral 2008<br />

*tem conceito B2 no Qualis;<br />

Além dessas publicações, a Faculdade de Educação mantém, desde 1984, um boletim<br />

informativo, bimensal, para divulgação ampla de trabalhos e temas junto à comunidade da própria Escola,<br />

intitulado „Pedagogia Informa‟.<br />

Também como parte de seus esforços para estimular a pesquisa, a UEMG criou, a partir de 2008,<br />

uma Editora própria, a EdUEMG, que se acha em fase de implantação.<br />

Para que a UEMG modifique ainda mais seu patamar de produção em pesquisa, com reflexos na<br />

melhoria dos cursos e dos serviços prestados à sociedade, a Instituição vem realizando gestões no sentido<br />

de:<br />

melhorar a titulação do corpo docente da UEMG, especialmente no que diz respeito ao<br />

número de doutores;<br />

aumentar a proporção de professores em tempo integral, entre os professores titulados;<br />

aumentar a proporção de professores efetivos em todas as Unidades;<br />

estabelecer mecanismos de avaliação de docentes que, efetivamente, favoreçam o<br />

acompanhamento, dimensionamento e a sistematização da produção acadêmica,<br />

considerando o regime de trabalho e titulação dos docentes;<br />

incentivar a consolidação e a criação de novos cursos de pós-graduação, uma vez que o<br />

desenvolvimento da pesquisa necessariamente cresce com a expansão da pós-graduação;<br />

fazer com que a Iniciação Científica sirva de atrativo para os estudantes, resultando na<br />

melhoria da qualidade dos profissionais que formamos;<br />

estimular os atuais pesquisadores a buscar financiamentos para que possam desenvolver as<br />

pesquisas propostas por seus grupos;<br />

estimular a divulgação das pesquisas realizadas, através de veículos indexados e de<br />

qualidade;<br />

60


estimular a pesquisa para promover a formação de novos pesquisadores, de modo a<br />

favorecer a continuidade dos projetos em andamento e futuros.<br />

atualizar, informatizar e modernizar bibliotecas;<br />

ampliar a informatização da Universidade;<br />

viabilizar a construção de novas instalações para ensino e pesquisa nos Campi da UEMG.<br />

Um dos resultados dessas estratégias foi a recente concessão pelo CNPq de quota de 35 novas<br />

bolsas de PIBICT à UEMG, ocorrida em julho.<br />

METAS<br />

As metas da UEMG, com relação à pesquisa, na vigência deste PDI, são:<br />

- Ampliar, qualitativa e quantitativamente, as atividades e a produção em pesquisa na UEMG e o<br />

número de docentes envolvidos na mesma;<br />

- Implementar e divulgar, amplamente, um cadastro geral de projetos de pesquisa da Instituição, por<br />

área de conhecimento;<br />

- Consolidar a iniciação científica como uma atividade essencial à formação dos alunos e ao<br />

desenvolvimento da pesquisa;<br />

- Ampliar o número de alunos realizando iniciação científica na Instituição.<br />

Para cumprir sua missão coordenadora e incentivadora da pesquisa em todas as Unidades, a<br />

Universidade deve desenvolver e implementar ações que favoreçam o cumprimento dessas metas, como:<br />

- Obter, junto ao Governo estadual, autorização para novos concursos públicos, especialmente para<br />

doutores;<br />

- Fazer gestões, junto aos órgãos competentes, que viabilizem o total cumprimento do Programa de<br />

Qualificação Docente elaborado pela Instituição;<br />

- Ampliar o acesso dos docentes da UEMG aos programas de capacitação docente;<br />

- Manter as atuais bolsas, e ampliar a solicitação de novas, a exemplo do “Programa Institucional de<br />

Bolsas de Iniciação Científica”, com bolsas concedidas pelo CNPq e pela Fundação de Amparo à<br />

Pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG -, mediante a obtenção de quota anual crescente;<br />

- Realizar, permanentemente, gestões junto a outras agências de fomento com o objetivo de conseguir<br />

novas quotas de bolsas;<br />

- Dar continuidade à realização de “Reuniões Temáticas” que têm como objetivo reunir<br />

professores/pesquisadores de diferentes campi, possibilitando a troca de informações e o<br />

desenvolvimento de pesquisas intercampi;<br />

- Estimular o pesquisador a solicitar financiamento às agências de fomento;<br />

- Estimular a publicação das pesquisas realizadas uma vez que pesquisar e publicar são<br />

responsabilidades indissociáveis;<br />

- Manter os atuais veículos de divulgação de pesquisa com corpo editorial de qualidade na Instituição<br />

e estimular a criação de outros;<br />

- Repassar aos pesquisadores, através de diferentes veículos de comunicação, as ações e informações<br />

pertinentes;<br />

- Manter permanentemente atualizado o sistema de cadastramento das pesquisas em andamento e<br />

realizadas na Universidade, mediante a criação de cultura e rotina de comunicação;<br />

- Ampliar a participação nos “Seminários de Divulgação de Produção e de Iniciação Científica”, tendo<br />

em vista a necessidade de estimular o desenvolvimento de pesquisas.<br />

Com essas estratégias, a UEMG estará integrando pesquisa, ensino de graduação e de pósgraduação,<br />

melhorará a qualidade dos cursos e aumentará o retorno dos investimentos nela realizados à<br />

sociedade.<br />

61


19. EXTENSÃO<br />

19.1. Atividades Desenvolvidas<br />

A Universidade do Estado de Minas Gerais tem nas atividades de extensão um poderoso<br />

instrumento de integração do ensino e da pesquisa e de prestação de serviços à comunidade. Ao mesmo<br />

tempo, a extensão possibilita a mobilização da comunidade acadêmica para o debate e o diálogo com a<br />

sociedade, numa troca enriquecedora do conhecimento.<br />

A classificação das atividades de extensão aqui utilizada baseou-se nas orientações do Plano<br />

Nacional de Extensão e nos conceitos que orientam a base de dados do SIEX BRASIL, um aplicativo web<br />

criado especialmente para atender à demanda de registro das atividades de extensão desenvolvidas nas<br />

universidades participantes do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas<br />

Brasileiras. Esse sistema é utilizado desde 2004 pela UEMG, alimentado anualmente pelas<br />

coordenadorias de extensão das unidades e coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão e Ensino –<br />

PROENEX/UEMG. O registro de atividades de extensão nesse sistema ainda não abrange a totalidade das<br />

ações realizadas.<br />

Embora o registro no SIEX ainda se mostre incompleto, quando comparamos os dados de 2006<br />

àqueles registrados em 2010, verifica-se, ao considerar o conjunto das Unidades da UEMG na vigência do<br />

último PDI, uma tendência ao crescimento das atividades de extensão em geral, e, especialmente dos<br />

cursos e projetos de extensão registrados, como pode ser visto na Figura 7. Os números referentes a 2010<br />

naturalmente são mais baixos, uma vez que o levantamento realizado contempla apenas as atividades<br />

realizadas até agosto.<br />

Fig.7. Atividades de Extensão da UEMG registradas, por ano, de 2006 a 2010<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

30 31<br />

41<br />

33<br />

66<br />

51<br />

42<br />

61 61<br />

Número<br />

58 65<br />

90<br />

56 65<br />

2006 2007 2008 2009 2010<br />

44<br />

Curso<br />

Projeto<br />

Outras Ativ.<br />

Como o lançamento de dados pelos docentes no Sistema SIEX ainda é apenas parcial, esses<br />

números expressam apenas uma fração do que é realizado. Além disso, o Sistema não contempla todos os<br />

parâmetros demandados no „Instrumento de Verificação in loco do CEE‟, Em vista disso, para fins de<br />

recredenciamento, foi realizado um levantamento detalhado das atividades de extensão realizadas em<br />

cada Unidade da UEMG, no período 2008-2010.<br />

As informações completas obtidas através esse levantamento acham-se no „Projeto de<br />

Recredenciamento da UEMG‟. Alguns aspectos dessa produção em extensão são destacados a seguir.<br />

As atividades de extensão na UEMG têm contemplado oito áreas de conhecimento e mostram<br />

estreita vinculação com a natureza dos cursos desenvolvidos (Tabela 22). Em função disso, pode-se<br />

identificar o predomínio de atividades em três grandes áreas: Ciências Sociais, Ciências Humanas e<br />

Linguísticas, Letras e Artes. O maior volume nessas três áreas decorre da produção das Unidades e<br />

cursos que se encontram mais consolidados.<br />

62


Como também pode ser observado na Tabela 22, em algumas áreas, onde os cursos são recentes,<br />

a extensão ainda está se articulando e a produção ainda é incipiente. Também se destaca o volume<br />

considerável de projetos e de cursos de extensão desenvolvidos no período. Os dados demonstram um<br />

grande potencial e sugerem a necessidade de que a Universidade desenvolva processos de análise e<br />

reflexão em torno das atividades de extensão, tanto internamente quanto estabelecendo interlocuções com<br />

outras instituições, no sentido de ampliar essa produção.<br />

Tab. 22 - Número Total de Atividades de Extensão desenvolvidas na UEMG, entre 2008 e 2010, por área<br />

do conhecimento.<br />

Áreas<br />

de Conhecimento<br />

Ciências Agrárias<br />

Ciências Biológicas<br />

Projeto Evento Curso Programa Prestação de<br />

Serviços<br />

4 1 - - -<br />

Publicação<br />

-<br />

Total de<br />

Atividades<br />

Realizadas<br />

10 15 6 - - 1 32<br />

Ciências Exatas e<br />

da Terra 10 3 - - - 13<br />

Ciências Humanas<br />

Ciências Sociais<br />

59 44 29 5 - 3 140<br />

37 26 94 1 20 4 182<br />

Engenharia/<br />

Tecnologia 8 9 5 1 - - 23<br />

Linguística, Letras<br />

e Artes 59 34 22 24 - 139<br />

Ciências da Saúde<br />

4 4 - - - - 8<br />

TOTAL <strong>DE</strong><br />

ATIVIDA<strong>DE</strong>S 191 136 156 31 20 8 542<br />

As atividades de extensão também podem ser distribuídas por áreas temáticas, conforme previsto<br />

no Sistema SIEX. O resultado desse grupamento é mostrado na Tabela 23.<br />

As áreas temáticas Educação, Cultura, Comunicação e Tecnologia e Produção abrangem a maior<br />

parte das atividades de extensão. Essa constatação sugere que as diferentes instâncias (Cursos, Unidades e<br />

a Universidade como um todo) analisem quais atividades, dentro dessas áreas temáticas, podem vir a<br />

constituir programas e linhas de extensão mais consolidados.<br />

Três outras áreas apresentam um número significativo de atividades: Meio Ambiente, Saúde e<br />

Direitos Humanos. Essas áreas temáticas, que têm um caráter de inter e transdisciplinaridade muito<br />

acentuado, têm alto potencial a ser desenvolvido na Instituição.<br />

Embora a maioria dos projetos seja ainda desenvolvida de forma isolada, é possível identificar, no<br />

conjunto de informações obtidas junto às Unidades, a emergência de programas, entendidos como um<br />

conjunto de ações de caráter orgânico-institucional, com clareza de diretrizes e voltado a um objetivo<br />

comum. Um programa incorpora projetos, cursos, eventos, prestações de serviços e produtos acadêmicos<br />

de extensão, e lhes confere integração. Os dados sugerem a possibilidade de uma maior articulação entre<br />

as várias experiências em curso, que resulte na integração de projetos em programas.<br />

5<br />

63


Tab. 23. Distribuição do total de atividades de Extensão realizadas no período 2008-2010, por Área<br />

Temática<br />

Prestação<br />

Total de<br />

Áreas<br />

Projeto Evento Curso Programa de Publicação Atividades<br />

Temáticas<br />

Serviços<br />

Realizadas<br />

Comunicação 12 11 15 1 17<br />

Cultura 57 46 40 22 - 1 166<br />

Direitos<br />

Humanos e<br />

Justiça 13 4 0 - - - 17<br />

Educação 57 36 70 5 - 3 171<br />

Meio Ambiente 19 18 7 3 1 01 49<br />

Saúde 9 8 3 - - - 20<br />

Tecnologia e<br />

Produção 21 13 19 - 2 - 55<br />

Trabalho 3 - 2 - - - 5<br />

Total 191 136 156 31 20 8 542<br />

Fonte: Informações fornecidas pelas Unidades da UEMG, 2010.<br />

A tabela 24 mostra o número de atividades desenvolvidas, por Unidade, os municípios atendidos<br />

pelas ações de extensão e o público atingido.<br />

Tab.24 - Número Total de Atividades de Extensão desenvolvidas na UEMG, entre 2008 e 2010,<br />

por Unidade<br />

Unidade<br />

Projeto<br />

Evento<br />

Curso<br />

Programa<br />

Prest. de<br />

Serviços<br />

Publicação<br />

Total<br />

Municípios<br />

atendidos<br />

(Nº)<br />

3<br />

Produtos<br />

Público<br />

atingido<br />

(N°)<br />

Escola de<br />

Design 25 17 90 1 18 1 152 17 19.469 1<br />

59<br />

Publicações<br />

Nº Tiragem<br />

Escola de<br />

Música<br />

Escola<br />

33 19 6 22 -<br />

80 7 408.956<br />

Guignard<br />

Faculdade<br />

19 10 14 2 -<br />

45 4 19.910<br />

de<br />

Educação<br />

FaE/Peda<br />

gogia<br />

Poços de<br />

34 27 6 5 1 3 76 236 10.750 3<br />

Caldas<br />

Faculdade<br />

de<br />

Políticas<br />

2 1 8 - 0<br />

11 3 456<br />

Públicas<br />

I. S. E.<br />

Dona<br />

Itália<br />

1 2 0 - - 2 05 - 774 2 3200<br />

Franco 18 24 20 - -<br />

62 4 4.750<br />

Frutal<br />

20 - - - -<br />

20 8 17.435<br />

FaEnge<br />

31 18 6 1 1 1 58 15 104.417 1<br />

64


João<br />

Monlevade<br />

Ubá<br />

8 18 6 - - 1 33 12 4.612 1 700<br />

TOTAL<br />

UEMG 191 136 156 31 20 8 542 306 591.259 8 3900<br />

A extensão na UEMG, além de abranger várias áreas, tem um grande alcance na comunidade. As<br />

atividades de extensão relatadas pelos docentes, no período analisado, atingiram um grande número de<br />

municípios e quase 600.000 pessoas.<br />

Na vigência do último PDI, cresceu o envolvimento de professores e alunos da UEMG nas<br />

atividades de extensão, que hoje ocorrem em todas as Unidades. Entretanto, verifica-se ainda uma<br />

concentração nas Unidades mais antigas (ESMU, FAE, Design, Guignard e Barbacena). Entre as Escolas<br />

mais recentes, destaca-se a produção relatada pela Faculdade de Engenharia de João Monlevade.<br />

Na Escola de Música, busca-se estimular a produção de alunos e professores em projetos e<br />

eventos de extensão. Programas de rádio são promovidos rotineiramente pela Escola de Música. Há<br />

cursos de extensão permanentes, como o Curso de Musicalização Infantil e o curso Básico de Música, que<br />

fazem parte da tradição da Escola.<br />

Na Faculdade de Educação, os diversos projetos, programas e atividades de extensão da Escola<br />

envolvem grande número de professores e alunos. Há grupos consolidados, como o programa<br />

PRONERA, que realiza atividades de relevância nacional, contando com a participação de muitos<br />

docentes e discentes, o Programa „A Pedagogia vai à Escola‟, que acompanha e orienta alunos da rede<br />

pública em seus processos de aprendizagem, projetos como Mídias Educacionais na Escola Pública,<br />

Softwares Auditivos para Inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais, etc..<br />

A extensão da Escola de Design, a mais numerosa no período considerado, tem mostrado<br />

aumento, com equipes coesas e diversificadas. Coerentemente com a proposta pedagógica do curso, as<br />

atividades de ensino e pesquisa estendem seus resultados à comunidade. Alunos, ex-alunos dos cursos de<br />

graduação e pós-graduação da Escola de Design, bem como seus professores, têm recebido premiações<br />

em diversas competições, em nível nacional e internacional, nas áreas de design de móveis, de jóias,<br />

transporte e outras. Só como exemplo, destacamos algumas das competições mais recentes em que<br />

ocorreram essas premiações: Prêmio Inova Latin América 2009/2010 (primeiro lugar na categoria<br />

Design), Thailand International Jewelry Awards (TIJA) 2009, Premio ALCOA 2009, 4º Prêmio<br />

Tok&Stok de Design Universitário, em 2009, Prêmio Minas Design, em 2009,1º Prêmio Amapá Design,<br />

X House&Gift Design 2009, Prêmio Craft Design 2009, Prêmio Luiz Dumont Villares, de<br />

Reconhecimento Técnico, conferido pela Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM) em<br />

2009, primeiro lugar na categoria de Design Inovador, na Shell Eco-marathon -Américas, na Califórnia,<br />

Salão Design Móvel-sul 2010, Prêmio IBGM de Design de Jóias 2010, Prêmio Design-Abimóvel 2009,<br />

promovido pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário. Os prêmios conseguidos evidenciam<br />

a relevante contribuição da Escola para o Design no Estado e no país.<br />

Na Escola Guignard, projetos de extensão são mantidos há anos, com qualidade, como o Projeto<br />

Arte-Expressão, Projeto Gravura, Projeto Redesenho, Projeto Galeria, etc., realizados através de parcerias<br />

e convênios. No Instituto de Educação Superior Dona Itália Franco, em Barbacena, são promovidos<br />

rotineiramente eventos acadêmico-culturais, como os Seminários Temáticos, Semana Didático-Cultural e<br />

outras. A Escola registra uma acentuada melhoria na qualidade dos projetos desenvolvidos, com grande<br />

repercussão sobre a comunidade.<br />

A atuação das Unidades criadas a partir de 2006, em atividades de extensão, pode crescer muito<br />

nos próximos anos, à medida que as mesmas venham a contar com professores permanentes. Essas<br />

Unidades ainda têm uma proporção reduzida de professores efetivos, estáveis. A despeito disso,<br />

estabelecem a vinculação da extensão realizada com as atividades de ensino, e a produção em extensão já<br />

se mostra expressiva, em alguns casos. Na FAENGE, em João Monlevade, a extensão tem se dado através<br />

da oferta de cursos de curta duração, palestras e outras atividades, com intensa participação dos alunos,<br />

buscando aumentar as parcerias, inclusive com outras escolas da cidade.<br />

Em Ubá, são realizados projetos e atividades de extensão, oficinas, eventos, com ou sem fomento.<br />

A Unidade destaca o aspecto interdisciplinar e a diversificação dos mesmos, além do grande<br />

envolvimento dos alunos na sua realização.<br />

65


O Campus de Frutal, a despeito de oferecer a maior parte de seus cursos no período da noite, vem<br />

desenvolvendo atividades de extensão que devem ser aumentadas, pela própria natureza dos cursos. Há<br />

projetos de extensão com impacto direto sobre a sociedade, como „Capacitação de professores da rede<br />

municipal para uso de computadores como ferramenta pedagógica‟, „Software como ferramenta de gestão<br />

escolar‟, „Conscientização do produtor agrícola sobre uso, armazenamento e descarte correto de produtos<br />

fito-sanitários‟, „Caminhos da Cidadania- Educação Ambiental‟, „Avaliação da qualidade e do índice de<br />

aceitabilidade do cardápio escolar‟, entre outros.<br />

A extensão é um componente importante do fazer de professores e alunos. Há um número<br />

significativo de docentes que dedicam, semanalmente, 10 horas ou mais às atividades de extensão<br />

universitária. A Tabela 25 mostra o número de professores e alunos que atuaram em atividades de<br />

extensão na UEMG, de 2008 a 2010, por Unidade, bem como as instituições parceiras nessa atividade.<br />

Tab. 25. Número de professores e alunos que atuaram nas atividades de extensão na UEMG, por<br />

Unidade, e instituições parceiras nessas ações, entre 2008 e 2010<br />

UNIDA<strong>DE</strong>S PROFES-<br />

SORES<br />

ATUAN<br />

DO EM<br />

EXTEN-<br />

Escola de<br />

Design<br />

SÃO (Nº)<br />

Nº <strong>DE</strong> PRO<br />

FES-SORES<br />

QUE <strong>DE</strong>DI<br />

CAM MAIS <strong>DE</strong><br />

10H/S À<br />

EXTENSÃO<br />

ALUNOS<br />

DA UEMG<br />

ATUANDO<br />

EM EXTEN<br />

SÃO (Nº)<br />

INSTITUIÇÕES PARCEIRAS (NOMES)<br />

76 30 112 SEMAD, FEAM, Fundação Clóvis Salgado, Prefeitura de Nova<br />

Lima, UFVJM - Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha<br />

e Mucuri, FUMEC, Comunidades e Agremiações do Recife/PE,<br />

Comunidades Congas da RMBH, Rede Cidadã, AFFAS, Centro<br />

Minas Design SECTES, FAPEMIG, CMD, Centro Universitário<br />

UMA, UFMG, Produtora Maria Filmes, CE<strong>DE</strong>PLAR, Fundação<br />

IPEAD, VIVO Arte.Mov., SECTES, CETEC, CDTN, GEA<br />

CMRR, SEBRAE-MG<br />

ESMU 165 22 169 Fundação Renato Azeredo, Rádio Inconfidência de Belo<br />

Horizonte<br />

Escola<br />

56 8 35 Rede municipal de ensino de Belo Horizonte<br />

Guignard<br />

Rede municipal de ensino de Betim ; Secretaria de Estado de<br />

Defesa Social; Associação dos Amigos da Escola Guignard<br />

Faculdade<br />

de<br />

Educação<br />

FaE/ Poços<br />

de Caldas<br />

Fac.Pol.<br />

Públicas<br />

I.E.S Dona<br />

Itália<br />

Franco<br />

80 68 187 Prefeitura de Belo Horizonte; Escolas públicas e particulares<br />

de Belo Horizonte; Instituto de Educação de Belo Horizonte,<br />

INSEA ; CMRR - Centro Mineiro de Referência em Resíduos ,<br />

INCRA/MG<br />

18 - 2<br />

4 1 1<br />

42 19 12 Polícia Militar de MG<br />

Frutal 31 14 56 Prefeitura Municipal de Frutal - MG<br />

FaEnge-<br />

João<br />

Monlevade<br />

Unidade de<br />

Ubá<br />

39 - 47 Ministério da Defesa, Rio Grande Consultoria, Serviços de<br />

Mineração e Meio Ambiente, Departamento de Água e Esgoto,<br />

Sésamo - Serviço de Saúde Mental de João Monlevade,<br />

Prefeitura Municipal de João Monlevade, EE Geraldo Parreiras<br />

25 13 37 Secretaria Municipal de Educação de Ubá; CEFET Barbacena;<br />

Pastoral da Saúde Alternativa; Secretaria da Saúde de Ubá;<br />

Universidade Federal de Viçosa ; CEFET-Leopoldina ;<br />

EMATER<br />

TOTAL<br />

UEMG 536 175 658<br />

66


A participação de alunos nos projetos de extensão na UEMG recebeu um incentivo adicional com<br />

a dotação de recursos pelo Governo do Estado, através do Programa Institucional de Apoio à Extensão -<br />

PAEX, vinculado ao PROUEMG. Esse programa permite a concessão de bolsas de extensão, distribuídas<br />

anualmente, mediante edital de seleção e será detalhado mais à frente, neste documento.<br />

As unidades da UEMG têm construído relações importantes com instituições públicas e privadas,<br />

em nível estadual e municipal, para a realização das atividades de extensão (Tabela 25).<br />

Vale ainda ressaltar a parceria com a FAPEMIG. Nos últimos anos, a FAPEMIG tem lançado um<br />

edital para projetos de pesquisa em interface com a extensão. Os princípios e as condições desse edital<br />

fazem do programa uma alternativa de fomento importante para a UEMG que pode ser melhor explorada<br />

nos próximos anos. Isso aumentaria a vinculação entre projetos de pesquisa e de extensão, que já vem<br />

sendo registrada, independentemente de fomento específico, em alguns projetos nas unidades de Frutal,<br />

Barbacena, FaPP e FAE, por exemplo.<br />

Todos os elementos acima expostos confirmam, mais uma vez, o quanto a Instituição vem<br />

trabalhando, também através da extensão, para concretizar o seu compromisso com a sociedade.<br />

Evidenciam também como a UEMG vem se firmando no cenário das Instituições de Ensino Superior do<br />

Estado de Minas Gerais.<br />

Todas as informações sobre a Extensão acima resumidas estão detalhadas e devidamente<br />

identificadas no Projeto de Recredenciamento da UEMG.<br />

19.2. Formas de Fomento para a Melhoria da Qualidade das Atividades de Extensão<br />

Os projetos de extensão da Universidade têm ganhado estímulo adicional com a concessão de<br />

bolsas de extensão à comunidade, através do PAEx-PROUEMG. Nesse programa, com recursos do<br />

Governo do Estado, bolsas de extensão são concedidas a alunos e professores. O critério de distribuição<br />

das bolsas entre as Unidades baseia-se no número de alunos matriculados no último semestre de cada ano.<br />

A Tabela 26 mostra o número de bolsas atribuídas a docentes e alunos, desde a criação do programa.<br />

Uma medida utilizada para dar maior visibilidade às atividades e projetos de extensão realizados<br />

na Instituição e favorecer o intercâmbio entre professores e alunos das diversas Unidades, é o Seminário<br />

de Extensão e Iniciação Científica, que já realizou sua XI edição.<br />

Tabela 26. Quantitativo de Bolsas do Programa Institucional de Apoio à Extensão – PAEX/UEMG -<br />

2007/2008/2009/2010<br />

UNIDA<strong>DE</strong> 2007 2008 2009 2010<br />

Alunos Docentes Alunos Docentes Alunos Docentes Alunos Docentes<br />

BARBACENA 4 1 4 1 3 1 5 1<br />

<strong>DE</strong>SIGN/BH 13 2 9 2 9 2 8 2<br />

GUIGNARD/BH 6 1 4 1 5 1 5 1<br />

MÚSICA/BH 4 1 4 1 3 1 3 1<br />

FaE/BH 11 1 9 2 9 2 6 2<br />

FaPP/BH 1 0 1 0 1 0 0 0<br />

FRUTAL 7 1 5 1 8 1 11 3<br />

FAENGE- João 1 1 1 0 3 1 5 1<br />

Monlevade<br />

UBÁ 2 1 1 0 1 0 2 0<br />

TOTAL 49 9 38 8 42 9 45 11<br />

Publicações Ligadas à Extensão:<br />

A Instituição mantém publicações vinculadas à extensão: o Catálogo de Extensão é publicado<br />

anualmente; a revista „Construção de Identidade e Inclusão Social do Afro-Brasileiro‟ também anual, está<br />

67


no número V. Atividades culturais desenvolvidas pela comunidade são divulgadas através da publicação<br />

„Cultura na Universidade‟.<br />

As atividades de extensão podem ser aumentadas, especialmente nas Unidades do interior, à<br />

medida que se identificarem novas formas de financiamento, a disponibilidade de espaço físico e<br />

aumentarem tanto a proporção de professores em tempo integral quanto o número de bolsas de extensão.<br />

Além disso, embora várias Unidades tenham Centros de Extensão devidamente equipados e espaços para<br />

atividades extensionistas (Ver „projeto de Recredenciamento da UEMG), outras ainda reportam a<br />

necessidade de dotar os Centros de Extensão com melhores equipamentos e condições.<br />

Metas:<br />

Para cumprir o seu papel na busca de soluções alternativas para as diferentes questões sociais que<br />

permeiam a sociedade mineira, principalmente aquelas que se referem à inclusão social, e ampliar a<br />

participação de docentes e alunos nas atividades de extensão, a Universidade do Estado de Minas Gerais<br />

tem as seguintes metas:<br />

- Manter e ampliar o processo de desenvolvimento e institucionalização da extensão;<br />

- Manter o Banco de Dados de Extensão da UEMG permanentemente atualizado.<br />

- Avaliar sistematicamente as atividades extensionistas, para garantir a qualidade do trabalho num<br />

processo contínuo de aperfeiçoamento e ter seus resultados considerados no planejamento e na tomada<br />

de decisões da Universidade;<br />

- Assegurar a manutenção dos recursos alocados ao Programa de Bolsas de Extensão – PAEx;<br />

- Dar continuidade à realização dos Seminários de Pesquisa e Extensão como instrumento de<br />

socialização dos trabalhos extensivos desenvolvidos no ano, e de integração das atividades intercampi;<br />

- Aumentar a articulação com órgãos e entidades públicos no desenvolvimento de projetos, nas áreas<br />

de educação, cultura, turismo, meio ambiente, saúde, agricultura e outras, na busca do<br />

desenvolvimento regional do Estado;<br />

- Ampliar o número de projetos e atividades de extensão, em todas as Unidades, e aumentar o número<br />

de professores e alunos envolvidos nos mesmos;<br />

- Aumentar as publicações em extensão;<br />

- Melhorar a interação com entidades privadas na realização de projetos de interesse comum que<br />

envolvam maior número de professores e alunos.<br />

20. INFRA-ESTRUTURA<br />

20.1. Bibliotecas<br />

A rede de Bibliotecas da UEMG é formada por seis bibliotecas nas Unidades do Campus de Belo<br />

Horizonte e uma biblioteca em cada uma de suas unidades do interior. A UEMG possui uma<br />

Coordenadoria de Biblioteca, sediada na Reitoria, subordinada à Pró-Reitoria de Ensino e Extensão.<br />

A Coordenadoria de Bibliotecas tem como competências supervisionar a implantação e o<br />

desenvolvimento das atividades do sistema de bibliotecas da UEMG, servir de apoio aos programas<br />

desenvolvidos na Universidade, propor políticas compatíveis com o planejamento da Instituição, segundo<br />

as necessidades de informação bibliográfica, estabelecer diretrizes, normas e procedimentos para o<br />

sistema de bibliotecas, programar ações entre os integrantes do sistema, estabelecendo prioridades,<br />

desenvolver procedimentos para a indicação, seleção e aquisição de obras de interesse das unidades<br />

acadêmicas da UEMG, receber o material bibliográfico adquirido, doado ou permutado e providenciar sua<br />

incorporação ao patrimônio da UEMG.<br />

Todas as bibliotecas da UEMG são coordenadas por bibliotecários, o que permite a catalogação<br />

do acervo nas normas dos serviços bibliográficos. Todas têm computadores para os estudantes e acesso à<br />

Internet. Em todas elas, é possível a consulta ao acervo através da Internet.<br />

68


Nas bibliotecas das Unidades do Campus BH e também na Unidade de João Monlevade, o acervo<br />

é informatizado através do software Pergamum – Sistema Integrado de Bibliotecas. Por ser um sistema<br />

amplo e em formato internacional, permite não só a ligação de todas as bibliotecas do Sistema UEMG<br />

como também a catalogação cooperativa de artigos de periódicos com todos os participantes da Rede<br />

Pergamum. Assim, permite que todo o acervo esteja disponível, além de propiciar a importação de dados<br />

de bases nacionais e internacionais.<br />

As bibliotecas que utilizam o PERGAMUM oferecem a seus usuários serviços de consulta ao<br />

acervo, através do site www.uemg.br/bibliotecas, bem como renovação e reserva dos materiais via<br />

internet no link: www.uemg.br/biblioteca/renovação e www.uemg.br/biblioteca/reserva.<br />

As bibliotecas de Barbacena, Poços de Caldas e Ubá estão informatizadas através do software<br />

ARGONAUTA, que não permite a integração com as outras bibliotecas do Sistema UEMG. A biblioteca<br />

da Unidade de Frutal tem o acervo informatizado através de um sistema próprio, que também não permite<br />

integração com as demais. Para consolidar o Sistema UEMG, torna-se necessário que todas as Unidades<br />

usem o mesmo software de gerenciamento de bibliotecas, o que está sendo providenciado,<br />

gradativamente.<br />

Com a criação dos cursos de pós-graduação stricto sensu, a CAPES disponibilizou para a UEMG<br />

o acesso ao Portal CAPES, o que assegura ao alunado condições de consulta a outras bases de dados e à<br />

bibliografia mais recente de cada área.<br />

As bibliotecas do Campus/BH funcionam de segunda a sexta feira, de 07:30 às 22:00 horas, e aos<br />

sábados, das 7:30 às 12:00 horas. Somente a biblioteca da Faculdade de Políticas Públicas funciona das<br />

13:00 às 21:00 de segunda a sexta feira e aos sábados, das 8:00 às 12;00 horas. As bibliotecas dos Campi<br />

do interior funcionam de 13:00 às 22:30 horas.<br />

Acervo<br />

O acervo geral da UEMG é mostrado na Tabela 27. Esses dados ainda não incorporam as<br />

aquisições de livros realizadas neste segundo semestre para diversas Unidades, que estão sendo<br />

processadas e catalogadas.<br />

Tab. 27. Acervo Bibliográfico da UEMG em 2010<br />

ACERVO GERAL DA UEMG<br />

REVISTA<br />

MULTI-<br />

<strong>DE</strong><br />

MEIOS<br />

ÁREA DO<br />

PERIÓ- DIVULGA- JORNAI (CDS, PARTITURA OUTROS<br />

CONHECIMENTO LIVROS<br />

Ciências Exatas e<br />

DICOS ÇÃO S DVDS) S<br />

*<br />

da Terra<br />

Ciências biológicas<br />

2.800 4 1 1 0 0 0<br />

e fisiológicas 722 16 1 0 0 0 0<br />

Engenharias 971 62 1 0 0 0 0<br />

Ciências da saúde<br />

Ciências agrárias e<br />

672 7 1 0 0 0 0<br />

veterinárias 268 18 1 0 0 0 149<br />

Ciências sociais<br />

aplicadas 2.098 253 1 0 0 0 0<br />

Ciências humanas<br />

Linguísticas,<br />

33.220 468 2 1 62 0 0<br />

Letras e artes 17.749 80 4 0 3459 6584 0<br />

Outros 10.220 54 0 0 0 0 0<br />

TOTAL 68720 962 12 2 3521 6584 149<br />

Fonte: Biblioteca das unidades, 2010<br />

Obs.: Cartas geológicas e fotos aéreas.<br />

Todo o acervo acima está catalogado de acordo com as normas bibliográficas. O acervo da<br />

UEMG tem sido ampliado, mas ainda apresenta deficiências que a Instituição vem corrigindo, na medida<br />

69


de suas possibilidades. Detalhes sobre a situação do acervo das Unidades acham-se no „Projeto de<br />

Recredenciamento da UEMG‟<br />

20.1.1. Política de Desenvolvimento e Atualização de Acervo<br />

A formação dos acervos das bibliotecas da UEMG é de responsabilidade dos coordenadores de<br />

cursos de graduação e pós-graduação, em conjunto com os diretores de bibliotecas e a Coordenadoria de<br />

Bibliotecas. Os acervos deverão ser constituídos com os recursos financeiros disponíveis e têm a<br />

preocupação de atender aos programas de ensino da graduação, pós-graduação e extensão, e à memória da<br />

Instituição, contemplando os diversos tipos de materiais, em seus variados suportes.<br />

As normas para formação de acervos são regidas pelos critérios de qualidade e quantidade. A<br />

garantia da qualidade dos materiais a serem selecionados é definida observando-se os seguintes aspectos:<br />

• projeto pedagógico dos cursos abrangidos;<br />

• atualização periódica das bibliografias básicas dos planos de ensino feita pelos docentes;<br />

• coleta de sugestões de materiais feitas pelo corpo docente e discente, através de formulário de<br />

sugestões;<br />

• novas assinaturas e renovação da assinatura de periódicos;<br />

• cursos de graduação e pós-graduação em implantação e/ou fase de reconhecimento,<br />

credenciamento e recredenciamento;<br />

• programas de stricto e lato sensu a serem implantados.<br />

A política de desenvolvimento de coleções do Sistema de Bibliotecas da Universidade<br />

tem por finalidades:<br />

• estabelecer normas para seleção e aquisição de material bibliográfico;<br />

• disciplinar o processo de seleção, tanto em quantidade como em qualidade, de acordo com as<br />

características de cada curso oferecido pela UEMG;<br />

• atualizar de forma contínua o acervo, permitindo o crescimento e o equilíbrio nas áreas de<br />

atuação da instituição;<br />

• determinar critérios para duplicação de títulos;<br />

• estabelecer prioridades de aquisição de material;<br />

• estabelecer formas de intercâmbio de publicações;<br />

• traçar diretrizes para a avaliação das coleções.<br />

• traçar diretrizes para o descarte do material;<br />

• direcionar o uso racional dos recursos materiais e financeiros.<br />

De acordo com as diretrizes estabelecidas para aquisição de livros, cada disciplina pode indicar<br />

até 3 (três) títulos constantes do Plano de Ensino, a serem adquiridos como bibliografia básica. Outros<br />

títulos podem ser indicados, como bibliografia complementar.<br />

A proporção estabelecida para compra de exemplares de cada título, para as bibliografias básicas,<br />

para os cursos de graduação, é definida de acordo com o número de alunos, conforme mostrado na Tabela<br />

28.<br />

Tab.28. Critérios para aquisição de títulos componentes da Bibliografia Básica<br />

Proporção<br />

Coeficiente<br />

Faixa Alunos<br />

por alunos matriculados<br />

de variação<br />

1ª 0 – 50 1 exemplar para cada 07 alunos Mínimo 02 máximo 07<br />

2ª 51-100 1 exemplar para cada 10 alunos Mínimo 07 máximo 12<br />

3ª 101-250 1 exemplar para cada 30 alunos Mínimo 12 máximo 17<br />

4ª Mais de 251 1 exemplar para cada 50 alunos Mínimo 17 máximo 20<br />

Para bibliografia em língua estrangeira, recomenda-se a aquisição de 1 (um) exemplar para cada<br />

título sugerido.<br />

Além disso, para os livros que compõem a bibliografia básica, adota-se o procedimento de manter<br />

um exemplar para consulta local.<br />

A aquisição de número de exemplares superior ao convencionado nesta diretriz ocorre quando<br />

comprovada a necessidade, indicada pelo número de reservas, e de acordo com os recursos disponíveis.<br />

70


Os títulos indicados no Plano de Ensino como bibliografia complementar são adquiridos,<br />

considerando-se a ordem de prioridade indicada pelos docentes e de acordo com a verba existente.<br />

Para os cursos de especialização, a diretriz é adquirir, no mínimo, 3(três) títulos de bibliografia<br />

básica, por disciplina, até 2 (dois) títulos para complementá-la e 1 (um) título em língua estrangeira. Os<br />

livros indicados para esses cursos deverão ser adquiridos com recursos próprios.<br />

Para os cursos de mestrado, o número de volumes adquiridos, por título, por aluno, segue as<br />

seguintes proporções: 02 exemplares para cada 01 a 10 alunos e três exemplares para acima de 10 alunos.<br />

Evidentemente, todas as proporções acima foram estipuladas considerando que a disponibilidade<br />

de verbas é limitada e deve permitir o atendimento às exigências de acervo para todos os cursos<br />

oferecidos.<br />

Melhorar o acervo e as condições de infra-estrutura das bibliotecas tem sido uma preocupação da<br />

Reitoria e das Diretorias de Unidades. Este ano, um grande volume de livros está sendo adquirido para<br />

aquelas Unidades onde isso se fazia mais necessário, como Ubá, Frutal, Barbacena e João Monlevade.<br />

Compras já foram feitas e o material já está sendo distribuído. Em algumas Unidades, ações precisam ser<br />

dirigidas para a ampliação de espaço, aumento do número de servidores, aumento do número de<br />

assinaturas de periódicos e de jornais, e atualização da infra-estrutura computacional.<br />

Quanto ao aspecto espacial, todas as unidades possuem sala de estudos e mesas para consultas ao<br />

acervo e estão organizadas em estantes adequadas. Em alguns casos, o espaço físico da biblioteca precisa<br />

ser ampliado para fornecer maior conforto aos usuários.<br />

Dados detalhados sobre o acervo e espaço físico das bibliotecas constam do „Projeto de<br />

Recredenciamento‟.<br />

Metas<br />

Para os próximos 05 anos, as prioridades para o sistema de bibliotecas da UEMG são:<br />

- Consolidar e unificar os softwares usados nas bibliotecas da UEMG, possibilitando a plena<br />

integração entre as mesmas.<br />

-Dotar as bibliotecas do Sistema UEMG de condições tecnológicas que as tornem capazes de atender,<br />

simultaneamente, a um numero ilimitado de usuários, não só no recinto das bibliotecas, como também<br />

on-line.<br />

- Dotar as bibliotecas dos campi do interior das mesmas condições tecnológicas das bibliotecas dos<br />

Campi de Belo Horizonte e de João Monlevade.<br />

- Atualizar o equipamento de informática e o acesso à internet nas bibliotecas da UEMG.<br />

- Dotar as bibliotecas do Sistema UEMG de acervo bibliográfico e não bibliográfico compatível com<br />

as necessidades dos usuários.<br />

- Aumentar, em 10% por ano, o acervo bibliográfico das bibliotecas do Sistema UEMG.<br />

- Realizar “Encontros de Bibliotecários da UEMG”, visando divulgar informações, treinar pessoal para<br />

adoção dos mesmos padrões e procedimentos técnicos de trabalho.<br />

- Elaborar manual de normas para referência de trabalhos e publicações acadêmicas da UEMG,<br />

baseado nas normas da ABNT.<br />

- Criar um banco de produções acadêmicas que registre todas as produções geradas nos cursos da<br />

UEMG.<br />

20.2. A questão do Espaço Físico nas Diversas Unidades<br />

20.2.1. Localização das Unidades<br />

Os prédios da UEMG no Campus de Belo Horizonte estão dispersos em diferentes regiões da<br />

cidade. Parte dos imóveis é própria (Escola de Design, Escola Guignard, Escola de Música) e parte<br />

alugada (Reitoria, FAE, FaPP).<br />

No período de vigência do último PDI, a infra-estrutura física da UEMG cresceu e, na maior<br />

parte dos casos, melhorou. A Reitoria, a Faculdade de Educação e a Escola de Design passaram a ocupar<br />

espaços físicos mais adequados às atividades nelas desenvolvidas, embora ainda não ideais.<br />

Campus BH<br />

71


A Reitoria, que, no início da vigência do último PDI, funcionava na Praça da Liberdade, em<br />

espaço muito reduzido, ocupa atualmente prédio alugado, situado na Rua Rio de Janeiro nº 1.801,<br />

Lourdes, esquina com Gonçalves Dias. Embora tenha condições melhores que o prédio anterior, as<br />

dimensões do prédio atual ainda são insuficientes para abrigar adequadamente os setores da administração<br />

superior da Instituição. Com a transferência de órgãos do Estado para a nova Cidade Administrativa, a<br />

Reitoria será deslocada para um prédio do Estado, para eliminar a despesa com pagamento de aluguéis e<br />

melhorar a disponibilidade de espaço.<br />

A Faculdade de Educação– FaE , no início da vigência do PDI anterior, funcionava no prédio<br />

do Instituto de Educação, em condições bastante precárias. Agora está instalada em prédio alugado, na<br />

Rua Paraíba 29, Bairro dos Funcionários. O atual espaço é dotado de muito melhores condições que o<br />

anterior, e é suficiente para abrigar as atuais atividades da Escola. A despeito disso, o espaço precisará ser<br />

ampliado quando se concretizarem as propostas de expansão de atividades da Unidade. A Escola<br />

precisará contar, em seu futuro prédio próprio, com mais salas para professores em regime de tempo<br />

integral, mais espaço para os quatro departamentos, e um número maior de laboratórios. O atendimento a<br />

essas demandas deverá ser contemplado na construção do novo Campus BH.<br />

A Escola de Música 1 está localizada em prédio próprio, na Rua Riachuelo 1351, Bairro Padre<br />

Eustáquio. A natureza dos cursos oferecidos requer, na maioria das atividades, salas para grupos<br />

pequenos de alunos, com isolamento acústico e ventilação mecânica especial. Na vigência do último PDI,<br />

foram realizadas intervenções para adaptação do prédio a essas exigências, isolamento acústico em<br />

algumas salas e ampliação da área disponível. A despeito das obras realizadas, a Unidade continua<br />

instalada em um prédio inadequado. A solução para o problema já está encaminhada. Através de parceria<br />

com a FAPEMIG, dentro de dois anos, será construído um novo prédio, no Campus UEMG no Horto.<br />

A Escola Guignard funciona em prédio de propriedade da UEMG, situado na Rua Ascânio<br />

Burlamarque, 540 – Bairro Mangabeiras. A construção foi feita para abrigar a Escola, e o espaço é<br />

suficiente para as atividades atuais.<br />

A Escola de Design, na vigência do último PDI conquistou um novo espaço. Está instalada em<br />

prédio próprio, verticalizado, na Av. Antônio Carlos, 7545, Bairro São Luiz, com 6.000 m². Tendo área<br />

três vezes maior que a do prédio onde funcionava anteriormente, a Escola dispõe de boas salas de aula,<br />

salas de reunião, laboratórios, oficinas, espaço específico destinado à pós-graduação, bons equipamentos<br />

e bom mobiliário. Tem a estrutura, benefícios e conforto necessários à manutenção e expansão de suas<br />

atividades.<br />

A Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves 2 ocupa prédio alugado, situado na Rua<br />

Major Lopes 574, Bairro São Pedro. Embora tenha sido construído para abrigar estabelecimento de<br />

ensino fundamental e médio, as instalações têm sido consideradas adequadas aos cursos ali oferecidos.<br />

Unidades do Interior:<br />

O Instituto Superior de Educação Dona Itália Franco funciona na Av. Coronel José Máximo<br />

200, Bairro São Sebastião. Foi criado pelo Decreto nº 42.235, de 03/01/02. Em 2005, foram concluídas<br />

as obras de adaptação e ampliação do prédio do Colégio Tiradentes que, mediante convênio com a Polícia<br />

Militar de Minas Gerais, sedia, temporariamente, o Instituto.<br />

O Campus Frutal da UEMG está situado na Av. Professor Mário Palmério 1000, Bairro<br />

Universitário.<br />

Entre as realizações da UEMG, na vigência do último PDI, destaca-se a construção desse<br />

Campus. O funcionamento da Unidade teve início com a assinatura de convênio com a Fundação<br />

Educacional de Ensino Superior de Frutal. Em 2005, a UEMG recebeu 17 675m2, como doação, para<br />

construção do referido Campus. O Governo do Estado desapropriou mais 351 300m2 para expansão da<br />

UEMG e construção de um pólo Universitário em Meio Ambiente e recursos Hídricos_HIDROEX, em<br />

1<br />

Proveniente da Fundação Mineira de Arte Aleijadinho – FUMA, incorporada à UEMG pelo art. 24 da Lei<br />

11.539/94.<br />

2<br />

Criada pela Resolução CONUN/UEMG Nº 78, de 10/09/2005.<br />

72


parceria com a UNESCO. O Campus Frutal já está funcionando nos novos prédios, construídos nessa área<br />

e dotados de excelentes condições físicas.<br />

A FAENGE de João Monlevade ocupa prédio cedido e mantido pela Prefeitura Municipal,<br />

localizado na Avenida Brasília 1.304, Bairro Baú. A instalação da Faculdade de Engenharia em João<br />

Monlevade teve início em julho de 2006, com a cessão de imóvel para sediar as primeiras séries dos dois<br />

primeiros cursos oferecidos – Engenharia Ambiental e Engenharia de Minas. Atualmente, o prédio abriga<br />

três cursos, e terá um quarto, a partir de 2011.<br />

A Unidade UEMG de Ubá, também criada na vigência do PDI anterior, foi instalada em<br />

convênio com a Prefeitura do Município, através da Fundação Municipal Irailda dos Santos Ribeiro, e<br />

funciona na Avenida Olegário Maciel, 1427, Bairro Industrial. Nos termos do convênio celebrado com<br />

a Prefeitura, compete ao poder público municipal disponibilizar instalações móveis e imóveis, material de<br />

consumo, serviços e outros encargos para o funcionamento dos cursos.<br />

20.2.2. Laboratórios, Salas de aula, Anfiteatros e Outros Espaços<br />

As informações completas relativas ao espaço físico, salas de aula, laboratórios, oficinas, e outros<br />

ambientes, de cada Unidade, são apresentadas no Documento „Projeto de Recredenciamento da UEMG‟.<br />

Nossas unidades possuem salas para aulas teóricas que atendem no máximo a 40 alunos, apesar<br />

de, em vários casos, comportarem maior número. É política da Universidade que esse número seja<br />

respeitado visando garantir a qualidade do ensino e evitando excesso de alunos em sala.<br />

Dada a diversidade de cursos oferecidos, a UEMG possui uma grande variedade de laboratórios e<br />

oficinas, como Laboratórios de Análise de Águas, de Fotografia, de Imagem, de Gravura, de Serigrafia,<br />

de Escultura, de Cerâmica, de Laticínios, de Brinquedos, etc.<br />

Além dos laboratórios específicos de cada área, há também, em todas as unidades da UEMG,<br />

Laboratórios de Informática. Em algumas Unidades, como a FaE, há um Setor de Áudio Visual,<br />

responsável pela montagem, criação, manutenção dos equipamentos que podem ser utilizados vinculados<br />

ao laboratório de informática.<br />

Em muitos dos laboratórios, os equipamentos são totalmente adequados às necessidades dos<br />

cursos e ao número de alunos. Em alguns outros, ainda são necessárias melhorias, efetuadas à medida que<br />

se conseguem recursos. Um exemplo disso é a aplicação, neste semestre, de um grande volume de<br />

recursos, no Projeto de Melhoria de Equipamentos de Laboratórios de Frutal, também descrito no „Projeto<br />

de Recredenciamento da UEMG‟.<br />

Além de atender à variedade dos cursos, temos laboratórios e oficinas atendendo à pesquisa e à<br />

extensão. Em algumas Unidades, possuímos mais de um laboratório com alto grau de complexidade como<br />

é o caso dos laboratórios das Escolas de Design e Guignard. Em muitos laboratórios e oficinas, ensino e<br />

pesquisa acontecem simultaneamente. É o caso do Laboratório de Brinquedos, da Unidade de Barbacena.<br />

Em algumas unidades existem empresas Junior, laboratórios-modelo nos quais os estudantes têm<br />

oportunidade de vivenciar as dimensões do fazer de sua área, e onde se preparam para as complexidades<br />

dessa realidade.<br />

A Instituição vem buscando assegurar, como resultado do aumento do número e variedade desses<br />

laboratórios, a melhoria da qualidade dos cursos e também o crescimento da produção que deles pode<br />

advir, em termos de aumento do número de projetos de pesquisa e extensão, de publicações e de produtos<br />

artísticos, técnicos e culturais. Assim, a Universidade está ampliando suas potencialidades e melhor<br />

desempenhando seu compromisso com a sociedade.<br />

Todas as Unidades possuem salas para os trabalhos da coordenação, direção e sala dos<br />

professores. Possuímos auditórios ou anfiteatro nas Unidades, com mobiliários adequados. Em alguns<br />

casos, esses auditórios ou anfiteatros são cedidos à comunidade, para apresentações teatrais, sessões de<br />

cinema como ocorre na Unidade de Frutal. Em várias Unidades, as atividades de extensão também têm<br />

espaços próprios.<br />

Algumas Escolas ainda enfrentam problemas relativos ao espaço físico, o que, em parte, se deve<br />

ao fato de terem sido criadas há pouco tempo.<br />

20.2.3. Melhoria das Condições de espaço Físico e de infra-estrutura<br />

Os projetos de expansão e melhoria da infra-estrutura da UEMG desdobram-se em dois grupos de<br />

atividades. Um conjunto de obras, de caráter emergencial, vem sendo executado, ao longo dos anos, e na<br />

medida dos recursos disponíveis, nas instalações onde hoje se encontram as Unidades acadêmicas, para<br />

73


mantê-las em boas condições de funcionamento. Outra prioridade da UEMG tem sido direcionar esforços<br />

no sentido de construir prédios próprios, definitivos, para abrigar suas Unidades, nos terrenos já<br />

disponíveis.<br />

Paralelamente, outras iniciativas têm sido dirigidas, em Belo Horizonte, à mudança para prédios<br />

do Governo do Estado, liberados como resultado da transferência de outros órgãos para a Cidade<br />

Administrativa. Essa mudança implicaria a redução das despesas com o pagamento de aluguéis, enquanto<br />

não ocorre a construção de prédios próprios. Com relação à Reitoria, por exemplo, que hoje funciona em<br />

prédio alugado, a perspectiva, no curto prazo, é a mudança para um prédio cedido pelo Governo. Nesse<br />

caso, a meta é<br />

- No curto prazo, a UEMG deverá ter sua Reitoria instalada em prédio do Estado, com disponibilidade<br />

de espaço suficiente para melhor acomodar todos os setores da administração superior.<br />

Os recursos economizados poderão ser investidos no atendimento de outras necessidades da Instituição.<br />

20.2.3.1. Melhoria das Condições de Infra-estrutura, nos Prédios em Funcionamento<br />

A UEMG tem buscado a melhoria da infra-estrutura existente, com a adequação de ambientes<br />

(salas de aula, laboratórios, banheiros, e outros) para o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão.<br />

Essas reformas contemplam também preocupações com a iluminação, ventilação, segurança e biosegurança,<br />

tratamento de lixo químico, deposição de dejetos, entre outros. Leva-se em conta, também,<br />

nesse aspecto, o acesso de toda a comunidade, incluindo os portadores de deficiências, a todos os espaços<br />

físicos e aos equipamentos. Essas medidas vêm sendo adotadas, no limite de nossos recursos, sem perder<br />

de vista o objetivo principal que é a construção de prédios próprios e definitivos. .Os imóveis em que<br />

funcionam as Unidades da UEMG apresentam condições de infra-estrutura bastante variadas. A descrição<br />

detalhada dos espaços físicos de cada Unidade, nos moldes previstos no „Instrumento de Verificação in<br />

loco‟ do CEE, acha-se no documento „Projeto de Recredenciamento da UEMG‟.<br />

Enquanto alguns prédios apresentam ótimas condições, outros demandam reparos e adaptações. A<br />

Faculdade de Educação e a Escola de Design, do Campus BH, por exemplo, além de mudarem para novas<br />

instalações, receberam investimentos para melhoria do espaço físico para acolher os cursos de mestrado.<br />

Suas instalações têm hoje condições muito boas. Além disso, recentemente, a Faculdade de Educação<br />

teve aprovado um projeto encaminhado à FINEP, cujos recursos permitirão melhorar ainda mais as<br />

condições de infra-estrutura. Embora mais direcionadas à melhoria das condições de oferta do stricto<br />

sensu, essas modificações terão repercussões positivas para toda a Escola.<br />

Nesse caso específico, a meta da UEMG é<br />

- Criar condições para implantar o projeto FINEP, recentemente aprovado, de melhoria de infraestrutura<br />

para consolidação da pós-graduação stricto sensu.<br />

Outras Unidades demandam obras de manutenção e reforma. Mesmo na Escola de Design, alvo<br />

de intervenções recentes, ainda há necessidade de obras para minimizar ou eliminar problemas relativos à<br />

necessidade de ampliar a capacidade da rede elétrica e circulação vertical. Também nas Unidades do<br />

Interior, há demandas por pequenas reformas ou obras de manutenção nos prédios atuais. A administração<br />

da UEMG está atenta à necessidade de manutenção constante em todas as Unidades. O atendimento<br />

dessas demandas é feito na medida dos recursos da Instituição.<br />

Algumas metas da Instituição, com relação à melhoria das condições de espaço físico e infraestrutura<br />

do conjunto de suas Escolas são:<br />

- Continuar se empenhando, junto ao Governo, para conseguir recursos para executar as obras de<br />

manutenção necessárias para assegurar condições de funcionamento das Unidades, nas instalações<br />

existentes;<br />

- Desenvolver esforços no sentido de obter recursos para executar as obras de reforma e ampliação<br />

necessárias à melhoria das condições das instalações existentes, naquelas Unidades onde não há<br />

perspectiva de construção de novos prédios no curto prazo;<br />

74


- Promover a readequação do mobiliário das salas às disciplinas, onde necessário;<br />

- Aumentar a disponibilidade de equipamentos e instrumentos;<br />

- Aumentar o número de computadores e melhorar o acesso à Internet;<br />

- Aumentar a capacidade de navegação e transmissão de dados nas Unidades;<br />

- Aumentar o número de softwares licenciados, para atender às necessidades do ensino, pesquisa e<br />

extensão;<br />

- Substituir o mobiliário que não se acha em condições adequadas de uso.<br />

A descrição detalhada da infra-estrutura física das Unidades, com os diferentes tipos de espaço,<br />

incluindo salas de aula, oficinas, laboratórios, auditórios, etc. e os projetos de melhoria de infra-estrutura<br />

constam do documento „Projeto de Recredenciamento-UEMG‟. Também constam do mesmo documento<br />

a descrição dos Laboratórios de Informática e os projetos de melhoria e atualização de equipamentos dos<br />

mesmos.<br />

20.2.3.2. Construção de Novos Prédios<br />

O funcionamento da Universidade em prédios próprios é uma aspiração permanente da UEMG.<br />

Na vigência do último PDI, foram conseguidos avanços significativos, com a construção de grande parte<br />

do Campus Frutal, mas muito ainda precisa ser feito. Há planos para a construção de novos prédios em<br />

Belo Horizonte e no Interior. Há demandas pela construção de prédios próprios para os Campi de<br />

Barbacena e Ubá. Diversas ações estão em curso, visando melhorar e expandir o Campus de João<br />

Monlevade. Alguns aspectos a respeito desse tema são resumidos a seguir.<br />

20.2.3.2.1.Campus de Belo Horizonte<br />

A UEMG recebeu, mediante doação, dois terrenos, situados na Avenida Cândido da Silveira, no<br />

Horto, totalizando 129.000 m2. A pretensão da Instituição é abrigar, nesse terreno, todas as unidades do<br />

Campus BH e a Reitoria. Já foram elaborados o Plano Diretor e o Projeto Executivo do novo Campus. O<br />

projeto geral do Campus é mostrado na Figura 8.<br />

A primeira Unidade a ser construída será a Escola de Música, uma vez que, no prédio onde a<br />

Escola funciona atualmente, a despeito das reformas realizadas, persistem problemas de iluminação e as<br />

salas de aula não atendem às condições ideais de acústica e circulação.<br />

A solução para esses problemas será viabilizada através de construção de um novo prédio, no<br />

terreno destinado ao Campus BH. Através de acordo já firmado, a FAPEMIG construirá, no prazo de dois<br />

anos, o prédio da ESMU, com quatro pavimentos, e totalmente adaptado às demandas da Escola. Em<br />

contrapartida, a UEMG cedeu à FAPEMIG uma pequena parte do terreno de que dispunha no local. As<br />

plantas da ESMU já foram elaboradas e estão recebendo os últimos ajustes. Constam do „Projeto de<br />

Recredenciamento‟.<br />

A Instituição espera conseguir recursos para construir, no prazo de cinco anos, pelo menos mais<br />

uma Unidade desse Campus. As metas da UEMG para o Campus BH, na vigência deste PDI são,<br />

portanto:<br />

- Construir o prédio da Escola de Música no novo Campus BH;<br />

- Continuar se empenhando no sentido de obter recursos para construir mais uma Unidade nesse<br />

Campus.<br />

Evidentemente, o cumprimento dessa segunda meta depende de recursos provenientes do<br />

Governo, cuja liberação não é possível assegurar.<br />

No médio e longo prazos, ultrapassando a vigência deste PDI, a UEMG pretende ter a Reitoria e<br />

suas Unidades de Belo Horizonte funcionando em prédios adequados às suas atividades, no novo espaço<br />

destinado ao campus BH.<br />

75


Fig 8. Projeto do futuro Campus da UEMG em Belo Horizonte<br />

Obs. Parte da área de Estacionamento prevista nesse Projeto original foi cedida à FAPEMIG.<br />

20.2.3.2.2. Campi do Interior do Estado<br />

Campus Barbacena<br />

Essa Unidade funciona em espaço limitado, utilizado durante parte do tempo pelo Colégio<br />

Tiradentes, constituído por 12 salas de aula, todas ocupadas pelos cursos da UEMG. A Unidade tem<br />

problemas de falta de espaço, especialmente na Biblioteca, e as possibilidades de ampliação são<br />

reduzidas, uma vez que o espaço é partilhado. A solução para o problema dar-se-á através da construção<br />

de prédio próprio.<br />

Recentemente, um grande passo foi dado nessa direção. O Poder Legislativo, através da edição da<br />

Lei nº 18.707, de 7/01/2010, autorizou o Poder Executivo a doar à UEMG, para construção do Campus<br />

76


Barbacena, imóvel no Bairro Roman, com área de 322.208 m², às margens da Av. Amilcar Martins e Rua<br />

Luiz Delben ( Figura 9). As próximas medidas dizem respeito à elaboração do projeto de construção do<br />

imóvel e busca de recursos para sua construção.<br />

As metas com relação à infra-estrutura do Campus Barbacena são:<br />

- Elaborar o Plano Diretor para o Campus: desenvolver estudos de necessidades e dimensionar os<br />

ambientes físicos para salas de aulas em suas diversas modalidades de uso, para atividades<br />

administrativas, de apoio e de convivência acadêmica, etc.;<br />

- Elaborar projeto executivo;<br />

- Fazer gestões no sentido de obter recursos para iniciar as primeiras intervenções.<br />

Fig.9 Localização do futuro Campus do Instituto Superior de Educação Dona Itália<br />

Franco,Barbacena<br />

77


Frutal<br />

Em uma área de 17.675 m², recebida em doação, em 2005, e outra, de 351.300 m², desapropriada<br />

pelo Estado, teve início, em 2008, a construção de um pólo universitário e de um centro especializado na<br />

formação em Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Instituto HIDROEX - um projeto do Governo<br />

Mineiro em parceria com a UNESCO, voltado para a pesquisa e o ensino da ciência das águas.<br />

Os dois complexos – UEMG e HIDROEX – são absolutamente distintos em seus objetivos, mas<br />

se complementam. Partilham alguns espaços comuns e se integram no estabelecimento de uma política de<br />

educação ambiental que atenderá a toda Minas Gerais e também será usado pela UNESCO para sua ação<br />

educacional voltada para recursos hídricos e dedicada à América Latina e aos países de língua portuguesa<br />

da África.<br />

Na vigência do último PDI, um grande volume de recursos foi obtido pela Instituição para<br />

edificação do Campus Frutal. A primeira etapa da construção das instalações da UEMG está pronta, em<br />

prédio com dois blocos e três pavimentos, totalizando aproximadamente 6.600 m2 (incluindo pátios). O<br />

prédio dispõe de 30 salas de aulas, 4 laboratórios, auditório para 429 pessoas, foyer para exposições,<br />

biblioteca, salas para professores, laboratório de informática, laboratórios e estrutura administrativa,<br />

Centro de Memória, cantina e área para estacionamento. Todas as salas de aulas e laboratórios se voltam<br />

para um pátio central, contribuindo para a integração dos estudantes (Figura 10)<br />

É contemplada, no projeto de expansão do complexo, a construção de outras instalações tais<br />

como biblioteca, alojamentos para professores e alunos, bloco para administração com auditório, praça de<br />

águas, restaurante, vila olímpica, casa de hóspedes, quiosques, além de outras para utilização em comum<br />

com o HIDROEX.<br />

Durante a vigência do PDI ora apresentado, a prioridade é:<br />

- Dotar os laboratórios de equipamentos compatíveis com as novas instalações e com as demandas dos<br />

vários cursos da Unidade.<br />

Recursos já obtidos mediante emenda parlamentar permitirão, ainda em 2010, a compra de um<br />

grande volume de equipamentos para os laboratórios recém-construídos, equipamentos de informática,<br />

mobiliário, etc.<br />

78


Fig.10. Planta do Complexo UEMG-Hidroex<br />

79


João Monlevade<br />

O prédio em que a escola funciona atualmente conta com salas para administração e de<br />

professores, pequena biblioteca, 6 salas de aula e 3 laboratórios (Biologia, Química e Informática). A<br />

Unidade funciona em três turnos.<br />

O local e infra-estrutura atuais, embora pequenos, são de boa qualidade. Alguns espaços são<br />

improvisados, como sala dos professores e biblioteca. Há necessidade de construir e equipar novos<br />

laboratórios. Embora a atual localização da Escola dificulte sua ampliação para abrigar um Campus mais<br />

completo, diversas iniciativas vêm sendo tomadas para melhoria das condições de infra-estrutura e alguns<br />

avanços têm sido conseguidos. A Instituição tem as seguintes metas quanto à construção de edificações<br />

na Unidade:<br />

- Fazer gestões junto ao Governo para conseguir recursos para ampliar o prédio, com a construção de<br />

mais dois andares;<br />

- Complementar os laboratórios existentes e instalar outros para aulas práticas e projetos de pesquisa.<br />

A consecução dessas metas depende, totalmente, da obtenção de recurso junto ao Governo.<br />

Ubá<br />

Em 2005, no início da oferta de curso da UEMG nesse Município, era utilizado, provisoriamente,<br />

o prédio do Instituto São Judas Tadeu, uma escola de ensino fundamental e médio. Em 2009, a Unidade<br />

passou a funcionar em novo local, em instalações cedidas pela Prefeitura de Ubá, ainda provisórias,<br />

porém preparadas para os requisitos dos três cursos (Química, Ciências Biológicas e Design de Produto).<br />

O prédio, conhecido como “Zomata”, era, originalmente, um galpão de dois pisos, com 2.250 m² de área,<br />

em terreno de 3.355 m2. Foi adaptado para funcionar como escola, enquanto são sanadas as dificuldades<br />

enfrentadas pela Prefeitura para construir o primeiro bloco (denominado “Bloco Multiuso‟‟), em terreno<br />

doado à Universidade.<br />

Dispõe de 11 salas de aula, biblioteca, laboratórios de Química, de Biologia, de Design, de<br />

Águas, e três salas para secretaria, professores e diretoria, bem como um espaço próprio para cantina. O<br />

prédio, entretanto, ainda apresenta deficiências que precisam ser sanadas. A solução definitiva para os<br />

problemas de infra-estrutura da Unidade depende da edificação de novo prédio. A Universidade tem um<br />

terreno de 38,5 hectares, na margem da rodovia Ubá-Ligação, adquirido pela Prefeitura e doado à UEMG,<br />

onde será construído seu Campus.<br />

O Plano Diretor para construção do Campus no terreno doado, elaborado pela equipe de<br />

professores da Unidade com a supervisão do Departamento de Obras da Reitoria, já foi aprovado pelo<br />

Conselho Universitário (Figura 11). A meta da UEMG para o médio prazo, com relação a essa Unidade, é<br />

- Desenvolver esforços, junto ao Governo, a fim de conseguir recursos para construir o primeiro bloco<br />

do novo Campus, denominado „Multiuso‟. Como se trata do primeiro bloco a ser instalado, demandará<br />

a construção de infra-estrutura para o fornecimento de água potável, esgotamento sanitário,<br />

armazenamento e lançamento de água pluvial, as redes elétricas e de comunicação que alimentarão o<br />

campus, bem como de parte da malha viária interna e de guarita de controle de acesso e segurança do<br />

Campus.<br />

A concretização dessa meta depende da liberação de recursos junto ao Governo.<br />

80


Fig. 11. Futuro Campus da UEMG, em Ubá<br />

81


21. SISTEMAS <strong>DE</strong> REGISTRO <strong>DE</strong> INFORMAÇÕES ACADÊMICAS<br />

21.1. Registro Acadêmico<br />

Os registros das informações relativas à matrícula, integralização curricular e à vida acadêmica do<br />

aluno são feitos de maneira informatizada, através do Sistema „Giz‟.<br />

O sistema foi adquirido pela UEMG há mais ou menos 10 anos e vem sendo adaptado às<br />

especificidades dos cursos ministrados pela UEMG, atendendo a uma demanda frequente das Unidades. É<br />

utilizado por todas as Unidades, exceto Frutal, que possuía sistema próprio antes de ser absorvida pelo<br />

Estado e o mantém até a presente data.<br />

Atualmente, temos 21 cursos de graduação que utilizam o Sistema Giz, abrangendo mais ou<br />

menos 5.000 alunos. Todas as rotinas da secretaria são automatizadas, os históricos escolares são gerados<br />

automaticamente ao final de cada período letivo, bem como são emitidos os documentos necessários à<br />

secretaria acadêmica.<br />

O registro de frequência, notas e conteúdo é feito pelo professor, através do sistema webprof,<br />

realizado via internet e disponibilizado para consulta do aluno, através do mesmo sistema. A coordenação<br />

de curso tem acesso a todas as informações dos alunos, através do módulo especialmente dedicado à<br />

emissão de relatórios e gráficos estatísticos. Com relação aos procedimentos de controle acadêmico, a<br />

meta é, ainda no ano de 2010,<br />

Implantar o sistema de matrícula „on line‟, em todas as Unidades.<br />

Esse sistema de matrículas é essencial para a viabilização da matrícula por disciplinas, desejada<br />

por algumas Unidades, a qual, por sua vez, favorecerá, ao longo do tempo, a flexibilização de currículos.<br />

21.2. Necessidade de Implantação de um Sistema de Gestão Acadêmica<br />

Além dos registros relativos à vida acadêmica dos alunos, já existentes, a Instituição carece de um<br />

sistema de registro de todas as atividades acadêmicas realizadas pelos docentes. Algumas das dificuldades<br />

que a Universidade tem para obter informações, elaborar relatórios, elaborar e acompanhar políticas<br />

ligadas à produção da Instituição estão relacionadas não apenas à falta de pessoal, mas à deficiência de<br />

sistemas informatizados.<br />

A UEMG utiliza diversos sistemas que colhem informações segmentadas. Assim, para controle<br />

de pessoal, lançamento de frequência de docentes e pagamentos, usa os sistemas adotados pelo Estado,<br />

em geral. Para lançamento das atividades de extensão, usa o Sistema SIEX. Para fornecimento de dados<br />

relativos à pós-graduação, usa o DATACAPES. Para informações relativas ao corpo docente dos cursos<br />

de graduação, preenche os formulários dos sistemas implantados pelo MEC (Cadastro Docente e E-Mec).<br />

Para avaliação de docentes e servidores, usa os formulários de avaliação acordados com o Governo do<br />

Estado.<br />

Esses sistemas, embora atendam às finalidades dos órgãos que os implantaram e mantêm, são<br />

totalmente isolados e, muitas vezes cobrem apenas uma parcela do quadro docente. Não possibilitam a<br />

emissão de relatórios gerenciais nos modelos necessários à Instituição, não trocam informações e não são<br />

passíveis de modificação pela Instituição.<br />

O esforço da UEMG deve ser direcionado no sentido da correção dessas deficiências e da<br />

implantação de bases de dados indispensáveis aos sistemas de informação, de avaliação, de planejamento<br />

das atividades e de comunicação, como é requerido pelos modernos procedimentos de administração. A<br />

meta para a vigência deste PDI é<br />

- Implantar um sistema de informações acadêmico gerenciais para levantamento e tratamento das<br />

informações relativas às atividades acadêmicas que permita à UEMG, efetivamente, conhecer e gerenciar<br />

sua produção, identificar seus problemas e acompanhar o efeito das iniciativas tomadas para saná-los.<br />

82


21.3. Sistema de Comunicação Interno e Externo<br />

A importância de um projeto de melhoria da comunicação interna e externa está patente em todos<br />

os diagnósticos realizados para elaboração do planejamento estratégico da UEMG.<br />

Na vigência do último PDI, ocorreram avanços que favoreceram a comunicação interna e externa,<br />

como a melhoria da página da UEMG, a criação do Boletim de Pesquisa, favorecendo a disseminação de<br />

informações para as Unidades. O processo avaliativo previsto no Acordo de Resultados também foi<br />

implementado com a preocupação de assegurar a transparência nas avaliações e o acompanhamento do<br />

desempenho pelo servidor.<br />

Entretanto, ainda há muito a ser feito. No tocante à comunicação interna, o objetivo é<br />

- Estruturar e implantar planos de comunicação formal e informal, conforme sejam as necessidades<br />

administrativas e de interação dos grupos e melhorar a comunicação que se processa entre os<br />

diversos órgãos e níveis da estrutura da Universidade, buscando formas mais ágeis e sistemáticas de<br />

divulgação de informações.<br />

Esses processos permitirão a veiculação mais ágil de:<br />

informações relacionada às diretrizes, regras, procedimentos, objetivos e atividades;<br />

definição de funções, autoridade e responsabilidades nos trabalhos objeto de ordens de<br />

serviços específicas;<br />

informações gerais sobre a Universidade, como seu progresso ou status;<br />

respostas a pedidos específicos de informação.<br />

Quanto à informação ascendente, conforme previsto no PDI anterior, como parte do Acordo de<br />

Resultados, foram estabelecidos sistemas e rotinas de encaminhamento de relatórios de desempenho<br />

indicando resultados, progresso e problemas. Entretanto, ainda é necessário avançar mais na criação de<br />

estímulos à produção de idéias e sugestões para a solução de problemas.<br />

A informação e comunicação com o público externo dependem de melhor ordenamento das bases<br />

de dados, melhoria da página da UEMG e da estruturação e implantação de meios mais eficazes de<br />

comunicação e divulgação externa. Isso contribuirá para que a sociedade conheça melhor a Universidade,<br />

modificando, de forma positiva, a imagem que tem da mesma. A questão da comunicação vem sendo<br />

priorizada pelo Reitorado recém empossado, que reforçou o Setor. A UEMG também tem como meta, na<br />

vigência desse PDI,<br />

- Reformular e modernizar o Portal da UEMG.<br />

22. FINANCIAMENTO<br />

O financiamento das Unidades da UEMG que compõem o Campus BH é feito, basicamente,<br />

através de recursos providos pelo Estado. O daquelas Unidades incorporadas recentemente à UEMG tem<br />

sido feito com recursos provenientes do Estado, para pagamento da totalidade das despesas com pessoal,<br />

e de parte das outras despesas correntes – material de consumo e serviços. O restante das despesas<br />

correntes e todas as despesas de capital dessas unidades tem sido custeado mediante aporte de recursos de<br />

convênio com o Governo Federal, com a FAPEMIG e com as Prefeituras. Além disso, uma pequena parte<br />

das despesas de todas as Unidades é coberta com recursos provenientes da receita própria da autarquia.<br />

Nas parcerias da UEMG com entidades públicas municipais quando da criação de Unidades no<br />

interior, o município tem assumido, em geral, a responsabilidade pelo provimento da infra-estrutura<br />

física, materiais de consumo e serviços. A realização de convênios não tem sido suficiente para assegurar<br />

à UEMG o cumprimento integral das responsabilidades assumidas, gerando, algumas vezes, dificuldades<br />

e prejuízos no provimento da atividade acadêmica assumida pelo estabelecimento de ensino e pela<br />

Universidade.<br />

22. 1 – Despesas nos Exercícios de 2002 a 2009<br />

As despesas da Universidade do Estado de Minas Gerais, nos exercícios de 2002 a 2009,<br />

autorizadas pela Lei Orçamentária Anual, foram financiadas por recursos oriundos do Tesouro Estadual,<br />

83


ecursos diretamente arrecadados e recursos oriundos de convênios com as diversas esferas de governo.<br />

Estas fontes caracterizam-se da seguinte maneira:<br />

Recursos do Tesouro Estadual: decorrem da dotação feita pela Secretaria de Estado do<br />

Planejamento e Gestão e aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais;<br />

Recursos Diretamente Arrecadados: decorrem da prestação de serviços à comunidade interna e<br />

externa;<br />

Recursos de Convênio: decorrem de subvenções e cooperações financeiras provenientes de<br />

acordos com entidades públicas, privadas e de terceiro setor, nacionais e internacionais.<br />

As despesas orçamentárias são divididas em três grandes grupos: „despesas com pessoal e encargos‟,<br />

„outras despesas correntes‟ e „despesas de investimentos ou capital‟.<br />

Pessoal e Encargos Sociais: são despesas orçamentárias de natureza remuneratória, decorrentes<br />

do efetivo exercício de cargo, emprego ou função de confiança no setor público, do pagamento<br />

dos proventos de aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de<br />

responsabilidade do empregador. Inclui os custos das contribuições incidentes sobre a folha de<br />

salários, contribuição a entidades fechadas de previdência, outros benefícios assistenciais, bem<br />

como soldo, gratificações, adicionais e outros direitos remuneratórios pertinentes a este grupo de<br />

despesa. Também são incluídas nesse item as despesas com o ressarcimento de pessoal<br />

requisitado, despesas com a contratação temporária para atender a necessidade de excepcional<br />

interesse público e despesas com contratos de terceirização de mão-de-obra que se refiram à<br />

substituição de servidores e empregados públicos, em atendimento ao disposto no artigo 18, § 1o,<br />

da Lei Complementar nº 101/2000.<br />

Outras Despesas Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas que não<br />

contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Exemplo: aquisição<br />

de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação,<br />

auxílio-transporte, além de outras despesas não classificáveis nos demais grupos de natureza de<br />

despesa.<br />

Despesa de Investimento ou Capital: despesas orçamentárias com o planejamento e a execução<br />

de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas<br />

últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.<br />

22.2. Despesas com Pessoal e “Outros Custeios”<br />

As despesas com „Pessoal‟ compreendem os valores de salários e benefícios concedidos<br />

conforme a legislação e autorizações dadas pelo Estado para contração de docentes e funcionários<br />

técnico-administrativos.<br />

As despesas com “Outros Custeios” são aquelas relacionadas com o pagamento de serviços e<br />

aquisição de materiais de consumo.<br />

No decorrer dos exercícios de 2002 a 2009, destacaram-se:<br />

a. despesas com pessoal e encargos sociais: fazem parte desse do grupo de despesas com<br />

pessoal e encargos: pessoal ativo e inativos, contribuições sociais encargos patronais,<br />

encargos fiscais e outras contribuições e benefícios<br />

as despesas com inativos representavam aproximadamente 30% em 2002, reduziram-se<br />

proporcionalmente ao total da despesa para 18% em 2009;<br />

em 2008 com a assinatura do Acordo de Resultados iniciou-se o pagamento do prêmio<br />

por produtividade no valor de R$ 1.103.419,43.<br />

houve aumento na despesa realizada da ordem de 272%.<br />

houve maior participação desse grupo de despesas frente à despesa total: 73,58% em<br />

2002 e 78,59% em 2009.<br />

b. despesas correntes: fazem parte desse grupo de despesas: diária de viagem, material de<br />

consumo, serviços de terceiros pessoas físicas e jurídicas, bolsas de estagio, pesquisa e<br />

extensão, manutenção de infra-estrutura, reformas, auxílios financeiros a estudantes e<br />

pesquisadores, consultorias e outras despesas correntes<br />

84


o prêmio de produtividade (Acordo de Resultados) em 2009 passou a integrar o grupo de<br />

despesas correntes,no valor de R$ 1.157.188,10.<br />

houve aumento na despesa realizada, da ordem de 116%.<br />

houve redução relativa frente à despesa total: 23,96% em 2002 e 14,89% em 2009.<br />

Abaixo, a descrição detalhada do significado das rubricas orçamentárias, necessária para o<br />

entendimento das tabelas que se seguem.<br />

Crédito Inicial - Entende-se por aquele aprovado pela lei orçamentária anual, constante dos orçamentos<br />

fiscal, da seguridade social e de investimentos das empresas estatais.<br />

Créditos Autorizados - É o soma dos créditos iniciais e créditos suplementares e especiais com a<br />

finalidade de complementar dotações orçamentárias, ou mesmo para atender situações não previstas no<br />

orçamento.<br />

Despesa Realizada - Despesa que foi validada pela autoridade de gestão e formalmente comunicada à<br />

autoridade de pagamento.<br />

Natureza da Despesa - Conjunto de informações em forma um código estruturado que agrega a categoria<br />

econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento.<br />

Prêmio de Produtividade - Remuneração decorrente do resultado alcançado no planejamento estratégico<br />

(Acordo de Resultado). Fará jus ao Prêmio por Produtividade o servidor em atividade, ocupante de cargo<br />

de provimento efetivo ou de provimento em comissão ou detentor de função pública que esteve em<br />

efetivo exercício, nos termos de ato formal, por período mínimo definido em regulamento; e obteve, na<br />

avaliação de produtividade por equipe.<br />

A Tabela 29 contém a evolução da Lei Orçamentária Anual - LOA - e da despesa realizada, entre<br />

os exercícios de 2002 a 2009. Contempla a consolidação de todos os programas de trabalho, naturezas de<br />

despesas e fontes de recursos disponíveis (Tesouro Estadual, convênios e recursos diretamente<br />

arrecadados). A Tabela 30 mostra a evolução per capita da despesa realizada.<br />

Tabela 29. Evolução da Lei Orçamentária Anual – LOA, no período de 2002 a 2009<br />

MODALIDA<strong>DE</strong><br />

(*)<br />

Despesa de<br />

Pessoal e<br />

Encargos<br />

Outras<br />

Despesas<br />

Correntes<br />

SOMA<br />

<strong>DE</strong>SCRIÇÃO (**) 2002 2003 2004 2005<br />

Valor Crédito Inicial 16.917.548,00 13.706.491,00 10.940.024,00 12.130.432,00<br />

Valor Crédito<br />

Autorizado<br />

16.917.548,00 15.117.947,00 12.438.624,00 15.174.866,00<br />

Valor Despesa<br />

Realizada<br />

Proventos<br />

9.919.941,78 10.357.042,92 12.064.935,04 14.898.653,66<br />

inativos e enc.<br />

soc. Inativos<br />

4.166.498,61 4.065.079,31 4.294.484,12 4.396.359,05<br />

Prêmio de<br />

produtividade<br />

- - - -<br />

Valor Crédito Inicial 26.650.126,00 3.979.501,00 2.565.721,00 3.135.486,00<br />

Valor Crédito<br />

Autorizado<br />

6.900.877,00 4.396.994,03 3.561.429,00 4.247.493,00<br />

Valor Despesa<br />

Realizada<br />

3.230.405,39 3.065.699,99 3.061.302,46 3.977.516,39<br />

PROUEMG - - - -<br />

Prêmio de<br />

produtividade.<br />

- - - -<br />

Valor Crédito<br />

Inicial<br />

43.567.674,00 17.685.992,00 13.505.745,00 15.265.918,00<br />

Valor Crédito<br />

Autorizado<br />

23.818.425,00 19.514.941,03 16.000.053,00 19.422.359,00<br />

Valor Despesa<br />

Realizada<br />

13.150.347,17 13.422.742,91 15.126.237,50 18.876.170,05<br />

85


MODALIDA<strong>DE</strong><br />

(*)<br />

Despesa de<br />

Pessoal e<br />

Encargos<br />

Outras<br />

Despesas<br />

Correntes<br />

SOMA<br />

Proventos<br />

inativos e enc.<br />

soc. Inativos<br />

4.166.498,61 4.065.079,31 4.294.484,12 4.396.359,05<br />

Prêmio de<br />

produtividade<br />

- - - -<br />

PROUEMG - - - -<br />

<strong>DE</strong>SCRIÇÃO (**) 2006 2007 2008 2009<br />

Valor Crédito Inicial 13.285.182,00 19.094.476,00 23.759.845,00 28.640.491,00<br />

Valor Crédito<br />

Autorizado<br />

18.995.262,30 23.114.166,00 26.927.439,11 36.802.040,98<br />

Valor Despesa<br />

Realizada<br />

Proventos<br />

inativos e<br />

18.598.734,25 22.872.169,76 25.340.737,35 36.909.292,93<br />

Encargos.<br />

Sociais de<br />

Inativos<br />

5.629.264,84 6.816.992,29 7.499.640,08 8.367.443,23<br />

Prêmio de<br />

produtividade<br />

- - 1.103.419,43 0,00<br />

Valor Crédito Inicial 11.650.319,00 11.571.458,00 13.728.400,00 15.905.663,00<br />

Valor Crédito<br />

Autorizado<br />

12.865.310,82 14.063.030,20 14.834.651,96 17.695.582,14<br />

Valor Despesa<br />

Realizada<br />

5.648.219,37 6.692.228,65 6.847.037,26 6.990.882,65<br />

PROUEMG 1.373.480,00 5.540.428,11 5.980.196,20 4.626.351,94<br />

Prêmio de<br />

prod.<br />

- - 0,00 1.157.188,10<br />

Valor Crédito Inicial 24.935.501,00 30.665.934,00 37.488.245,00 44.546.154,00<br />

Valor Crédito<br />

Autorizado<br />

31.860.573,12 37.177.196,20 41.762.091,07 54.497.623,12<br />

Valor Despesa<br />

Realizada<br />

Proventos<br />

24.246.953,62 29.564.398,41 32.187.774,61 43.900.175,58<br />

inativos e<br />

Enc. Soc.<br />

Inativos<br />

5.629.264,84 6.816.992,29 7.499.640,08 8.367.443,23<br />

Prêmio de<br />

-<br />

produtividade<br />

- 1.103.419,43 1.157.188,10<br />

PROUEMG 1.373.480,00 5.540.428,11 5.980.196,20 4.626.351,94<br />

86


A Figura 12 apresenta a evolução das Despesas de Pessoal e Encargos e de Outras Despesas<br />

Correntes no período 2002-2009<br />

Fig. 12– Evolução das despesas realizadas com Pessoal e Encargos e Outras Despesas Correntes no<br />

período de 2002 -2009<br />

50.000.000<br />

45.000.000<br />

40.000.000<br />

35.000.000<br />

30.000.000<br />

25.000.000<br />

20.000.000<br />

15.000.000<br />

10.000.000<br />

5.000.000<br />

0<br />

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />

Despesa de Pessoal e Encargos<br />

Outras Despesas Correntes<br />

Para avaliar a disponibilidade de recursos da Instituição no período temos, na Tabela 30, em cada<br />

item, a evolução da despesa com „Pessoal e Encargos‟ e „Outras Despesas Correntes‟.<br />

Tab. 30 – Demonstrativo da despesa realizada com Pessoal e Encargos e Outras Despesas Correntes<br />

e relação despesa/ por aluno<br />

Parâmetro 2002 2003 2004 2005<br />

Despesa de Pessoal e Encargos (R$) 9.919.942 10.357.043 12.064.935 14.898.654<br />

Quantidade de Alunos 3.141 3.235 4.266 4.469<br />

Despesa de Pessoal e Encargos<br />

3.158 3.202 2.828 3.334<br />

(R$/aluno)<br />

Parâmetro 2002 2003 2004 2005<br />

Outras Despesas Correntes (R$) 3.230.405 3.065.700 3.061.302 3.977.516<br />

Outras Despesas Correntes (R$/aluno) 1.028 948 718 890<br />

Parâmetro 2006 2007 2008 2009<br />

Despesa de Pessoal e Encargos (R$) 18.598.734 22.872.170 25.340.737 36.909.293<br />

Quantidade de Alunos 4.268 4.687 5.352 5.856<br />

Despesa de Pessoal e Encargos<br />

4.358 4.880 4.735 6.303<br />

(R$/aluno)<br />

Valor (R$)<br />

Parâmetro *) 2006 2007 2008 2009<br />

Outras Despesas Correntes (R$) 5.648.219 6.692.229 6.847.037 6.990.883<br />

Outras Despesas Correntes (R$/aluno) 1.323 1.428 1.279 1.194<br />

O valor das despesas com „Pessoal e Encargos‟, por aluno, cresce no período, 2002-2009.<br />

Enquanto isso, os recursos para „Outras Despesas Correntes‟ que chegaram a ter algum aumento entre<br />

2004 e 2006 caíram, acentuadamente nos últimos dois anos.<br />

SOMA<br />

87


A Figura 13 mostra o aumento do número de alunos matriculados e a Figura 14 a evolução da<br />

„despesa realizada/por aluno‟, no período de 2002 a 2009.<br />

Figura 13 – Evolução do número de alunos matriculados no período de 2002 -2009<br />

Nº de Alunos<br />

7.000<br />

6.000<br />

5.000<br />

4.000<br />

3.000<br />

2.000<br />

1.000<br />

0<br />

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />

Quantidade de Alunos<br />

Figura 14 – Evolução, por aluno, das despesas realizadas com Pessoal e Encargos e Outras<br />

Despesas Correntes no período de 2002 -2009<br />

Valor (R$)<br />

7.000<br />

6.000<br />

5.000<br />

4.000<br />

3.000<br />

2.000<br />

1.000<br />

0<br />

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />

Despesa de Pessoal e Encargos<br />

Out ras Despesas Corrent es<br />

Observa-se que o aumento do número de alunos tem sido acompanhado, em boa parte, pelo<br />

suprimento, pelo Estado, de recursos para cobrir despesas de „Pessoal e Encargos‟. Enquanto isso, os<br />

recursos para “Outras Despesas Correntes” não acompanharam o crescimento do número de alunos. A<br />

relação recursos/aluno nessa rubrica cai em 2008 e 2009. A queda real desses recursos é muito maior que<br />

o sugerido pela Figura 14, uma vez que o poder de compra dessas verbas é diminuído, ao longo do<br />

período, pela inflação.<br />

No período de 2003 a 2009, a expansão do aporte de recursos do Estado esteve muito aquém do<br />

valor necessário para o atendimento das necessidades da Universidade, face aos sucessivos planos de<br />

contenção de despesas no nível do Estado, levando à redução no volume de investimentos. A quota de<br />

recursos por aluno caiu, na medida em que houve a expansão das atividades acadêmicas em novos<br />

municípios, houve a oferta de novos cursos, aumento do número de docentes e de alunos, e a inflação se<br />

acumulou. Os cursos criados são atividades permanentes, que demandam financiamento seguro e<br />

suficiente por parte do Estado, para despesas de pessoal, custeio e capital.<br />

Para que a Universidade tenha um mínimo de estabilidade no desenvolvimento de suas<br />

atividades, em sua condição de instituição pública executora de atividade de natureza continuada e que<br />

depende, substancialmente, do tesouro do Estado, estabeleceram-se as seguintes metas:<br />

-Conseguir um orçamento de custeio que realmente atenda às necessidades da Instituição;<br />

-Conseguir a inclusão, na Lei do Plano Plurianual de Ação do Governo – PPAG – de parâmetros para o<br />

aporte de recursos à UEMG que considerem tanto o número de alunos quanto as características dos<br />

88


cursos, das instalações especiais (laboratórios e bibliotecas), a área dos imóveis, sua distribuição no<br />

espaço territorial mineiro, os encargos atuais e previstos de todas as Unidades Acadêmicas.<br />

22.3. Despesas de Investimento ou de Capital<br />

Há alguns anos o orçamento da UEMG não contempla recursos para despesas de capital. A<br />

exceção é constituída pelos recursos obtidos através de Emenda Parlamentar, e as respectivas<br />

contrapartidas, destinados a finalidades específicas. A Unidade de Frutal, por exemplo, vem sendo<br />

implantada com aporte de recursos do Governo Federal, valendo-se de emendas ao orçamento defendidas<br />

por deputados ligados à região e de recursos adicionados pelo Governo do Estado, como contrapartida às<br />

mesmas.<br />

As despesas de capital evoluíram de R$330.678,91, em 2002, para R$3.063.248,57. em 2009,<br />

tendo alcançado um pico e R$10.097.414,61 em 2008, conforme se vê na Tabela 30 e na Figura 15.<br />

Tabela 31. Demonstrativo dos Créditos Iniciais, Créditos Autorizados e Despesa Realizada de todas<br />

as Fontes<br />

Despesas de Capital ou Investimento<br />

MODALIDA<br />

<strong>DE</strong> (*)<br />

Despesa de<br />

Investimento<br />

ou Capital<br />

Cont.<br />

MODALIDA<br />

<strong>DE</strong> (*)<br />

Despesa de<br />

Investimento<br />

ou Capital<br />

<strong>DE</strong>SCRIÇÃO<br />

(**)<br />

2002 2003 2004 2005<br />

Valor Crédito<br />

Inicial<br />

47.517.525,00 8.920.000,00 810.000,00 638.158,00<br />

Valor Crédito<br />

Autorizado<br />

15.069.274,29 9.569.990,47 1.845.062,00 2.181.005,54<br />

Valor Despesa<br />

Realizada<br />

330.678,91 431.761,31 672.920,88 1.467.619,43<br />

PROUEMG - - - -<br />

<strong>DE</strong>SCRIÇÃO<br />

(**)<br />

2006 2007 2008 2009<br />

Valor Crédito<br />

Inicial<br />

1.650.324,00 5.718.113,00 8.172.557,00 9.979.595,0<br />

0<br />

Valor Crédito<br />

Autorizado<br />

7.187.708,83 11.250.199,55 16.464.968,09 16.421.776,<br />

78<br />

Valor Despesa<br />

Realizada<br />

2.832.123,89 7.125.852,58 10.097.414,61 3.063.248,5<br />

7<br />

PROUEMG 0,00 34.897,00 0,00 0,00<br />

Fig 15. – Evolução das Despesas de Capital ou Investimentos do período de 2002 -2009<br />

Valor (R$)<br />

12.000.000<br />

10.000.000<br />

8.000.000<br />

6.000.000<br />

4.000.000<br />

2.000.000<br />

0<br />

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />

Despesa de Investimento<br />

Para melhor explicar essa evolução das despesas de capital, devem ser destacados, no período, os<br />

seguintes eventos:<br />

89


em 2005 e 2006, houve investimento na nova sede da Escola de Design,<br />

em 2007, 2008 e 2009, houve investimento para a construção da Unidade de Frutal,<br />

também decorrentes de Emenda Parlamentar.<br />

Em decorrência, houve aumento total na despesa realizada da ordem de 826%.<br />

houve um aumento relativo das despesas de capital na composição da despesa total:<br />

2,45% em 2002, para 6,52% em 2009.<br />

A Figura 16 mostra a evolução per capita dos gastos com capital e ou investimentos no período.<br />

Fig.16. – Evolução Per Capita das Despesas de Capital ou Investimentos no Período de 2002 -2009<br />

Valor (R$)<br />

2.000<br />

1.800<br />

1.600<br />

1.400<br />

1.200<br />

1.000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />

Despesa de Investimento<br />

O crescimento observado nessa rubrica, em grande parte do período, deveu-se às citadas Emendas<br />

Parlamentares e à respectiva contrapartida pelo Estado. Nesses casos, no entanto, as verbas já vêm com<br />

destinação certa e não podem ser direcionadas a outras finalidades, ainda que igualmente urgentes. As<br />

reformas e obras de manutenção das unidades que compõem o Campus/BH, bem como as de Barbacena,<br />

João Monlevade e Ubá carecem de urgentes recursos, e não temos previsão orçamentária para as mesmas.<br />

A construção de novas instalações para melhor atender aos padrões de qualidade requeridos para<br />

os estabelecimentos de ensino, nos locais onde já temos terrenos disponíveis, demanda grandes<br />

investimentos que, à exceção do prédio da Escola de Música, ainda não estão assegurados.<br />

Vale destacar a necessidade de garantia de aporte de recursos para elaboração de projetos e<br />

contrapartida em convênios. Esses recursos precisam estar assegurados no Orçamento, porque são<br />

indispensáveis para que a UEMG possa qualificar-se, com bons projetos e em tempo hábil, ao aporte e<br />

recebimento dos recursos provenientes do orçamento do Governo Federal, obtidos após continuadas<br />

negociações junto aos deputados federais, como emenda de bancada. Embora a UEMG tenha sido bem<br />

sucedida em boa parte dessas gestões, a falta de melhor definição do Estado quanto às suas políticas para<br />

a Universidade, em alguns momentos dificultou a liberação dos recursos e a implantação de tais projetos.<br />

A meta da UEMG quanto a Despesas de Investimentos ou Capital é:<br />

-Desenvolver esforços junto ao Poder Executivo e Legislativo no sentido de conseguir incluir, no<br />

orçamento da UEMG, recursos que permitam, ao longo dos próximos cinco anos, a realização das<br />

reformas necessárias nos prédios existentes e a construção de, pelo menos, uma Unidade acadêmica,<br />

além da Escola de Música, no Campus BH.<br />

22.4. Parcerias com Entidades Públicas e Privadas<br />

A realização de parcerias com entidades públicas, especialmente o Poder Municipal, tem sido<br />

uma estratégia importante no estabelecimento de novas Unidades da UEMG no interior do Estado e para<br />

financiamento de parte dos cursos.<br />

Em Frutal, uma empresa privada construiu, recentemente, laboratório de laticínios, destinado às<br />

atividades dos alunos da UEMG, dentro da empresa.<br />

Parcerias entre a Universidade e os setores público e privado podem ser uma estratégia<br />

complementar de obtenção de recursos para financiar projetos que possibilitem aumentar as atividades de<br />

ensino e pesquisa na UEMG, e, ao mesmo tempo, ampliar a contribuição da Instituição para a solução de<br />

problemas concretos do interesse do setor privado.<br />

90


À medida que se amplia o número de professores doutores, a Universidade se habilita para<br />

concorrer à obtenção de recursos em agências de fomento, como a FINEP. Em 2010, a UEMG submeteu<br />

à FINEP um projeto composto de dois projetos, um relativo à Faculdade de Educação e outro à Escola de<br />

Design. O edital exige a contrapartida do Estado. O projeto da Faculdade de Educação foi aprovado.<br />

Em Unidades como a Escola de Engenharia de João Monlevade, a Escola de Design, ou o<br />

Campus Frutal, a própria natureza dos cursos ministrados oferece maiores possibilidades de interação<br />

com o setor privado, para o financiamento e desenvolvimento de projetos nas áreas de educação, ciência e<br />

tecnologia. Entretanto, essas parcerias não podem substituir o necessário papel do Estado no<br />

financiamento das atividades básicas e permanentes das Unidades.<br />

A meta é ampliar a interação com a sociedade e órgãos de fomento, identificar novos parceiros e<br />

ampliar as parcerias, com reflexos na melhoria do ensino, da pesquisa e da extensão.<br />

23. NECESSIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AUTONOMIA<br />

A UEMG é financiada, basicamente, por recursos provenientes do Governo Estadual, que assume<br />

todas as despesas de pessoal, bem como a maior parte das despesas de Custeio e Capital. Nas Escolas<br />

recém-inauguradas, o Poder Municipal, mediante convênio, tem assumido parte das despesas de Custeio<br />

e, em alguns casos, cedido os prédios para instalação das Unidades.<br />

Além de necessitar financiamento adequado, um aspecto extremamente importante neste<br />

momento para a UEMG, em termos de gestão, é a necessidade de maior autonomia.<br />

O artigo 207 da Constituição da República Federativa do Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da<br />

Educação e o artigo 199 da Constituição do Estado de Minas Gerais asseguram às universidades<br />

autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, observado o princípio<br />

da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.<br />

Embora prevista em Lei, essa autonomia, de fato, ainda não se realiza em toda a extensão<br />

necessária. A implementação de instrumentos administrativos e financeiros próprios para a gestão das<br />

universidades, tendentes à simplificação dos procedimentos administrativos em proveito do<br />

desenvolvimento das atividades-fins é questão da maior importância para a organização, o funcionamento<br />

e o cumprimento da missão institucional.<br />

A autonomia possibilitada por esses instrumentos permitiria procedimentos que favoreceriam a<br />

realização dos projetos de ensino, pesquisa e extensão da universidade, como:<br />

►o melhor gerenciamento de recursos humanos, com maior flexibilidade para estabelecimento<br />

de ferramentas para avaliação de desempenho, possibilidade de remuneração diferenciada por produção,<br />

maior liberdade para recrutamento de pessoal permanente, através de concursos, e de pessoal temporário;<br />

►maior liberdade na gestão de recursos financeiros e patrimoniais, com possibilidade de maior<br />

agilidade em alguns processos de compra de materiais, equipamentos e serviços, em circunstâncias<br />

definidas pelo Conselho Universitário;<br />

►possibilidade de uso de receitas provenientes de recursos próprios, sem necessidade de<br />

licitação, nos limites definidos pelo Conselho Universitário;<br />

►possibilidade de alienações patrimoniais para fins determinados pelo Conselho Universitário;<br />

►possibilidade de incorporação de excedentes financeiros ao exercício seguinte.<br />

A concessão da autonomia requerida pela Universidade poderia também redundar em concessão<br />

de alguma margem de autonomia às Unidades, em forma a ser definida pelo Conselho Universitário, o<br />

que é totalmente inviável no modelo atual.<br />

Para que a Universidade possa exercer essa autonomia, é necessário que sejam criadas condições<br />

jurídicas que a assegurem. A meta da UEMG, com relação à ampliação de sua autonomia é<br />

Conseguir, mediante articulações junto ao Governo e à Assembléia, a edição de instrumentos legais que<br />

assegurem às Universidades tratamento diferenciado, em relação a outros órgãos e setores do Executivo<br />

Estadual, no que diz respeito à execução orçamentária, às normas de ingresso e desenvolvimento de<br />

docentes e servidores na carreira e outras, dotando-as de prerrogativas que sejam adequadas à sua<br />

excepcionalidade, especificidade e características próprias.<br />

91


Esse tratamento diferenciado se justifica uma vez que, como instituições de ensino superior, além da<br />

legislação ordinária, as universidades têm que obedecer a padrões e parâmetros de composição de quadros<br />

e desempenho estabelecidos em legislação. Cumpridas essas exigências, e dentro dos limites<br />

orçamentários, também por força de Lei, gozam de autonomia.<br />

O crescimento da Instituição nos últimos anos ainda não se refletiu, proporcionalmente, nos<br />

recursos que lhe são destinados, em termos de orçamento, pessoal e infra-estrutura. A autonomia no uso<br />

de parte do orçamento, que o cumprimento do Acordo de Resultados poderia trazer, ainda não se faz<br />

sentir, dadas as limitações dos recursos orçamentários da UEMG.<br />

O avanço possível no Acordo de Resultados, com a pactuação de metas mais específicas para a<br />

Universidade, não suprirá a necessidade de um tratamento diferenciado, nem atenderá a necessidade de<br />

autonomia para o melhor exercício de nossa função, já reconhecido em Lei, mas pendente de<br />

regulamentação.<br />

Devem ser buscadas formas de garantir, em lei estadual, a qualificação do regime especial da<br />

autarquia, assegurando assim que normas administrativas baixadas para a administração direta e<br />

as autarquias em geral, inadequadas para as especificidades das instituições acadêmicas, venham a<br />

dificultar o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão.<br />

Por outro lado, o desenvolvimento de projetos de expansão, e a consolidação do crescimento<br />

realizado nos últimos anos, com a criação de novos cursos, requerem orçamento compatível,<br />

provimento de infra-estrutura física, de corpo docente e técnico-administrativo suficiente e<br />

permanente. Todas essas condições requerem o apoio formal do Estado.<br />

O cumprimento de grande parte das metas previstas no PDI da Instituição depende das condições<br />

que lhe forem asseguradas pelo Estado.Com relação a esses aspectos, a grande meta da Instituição é<br />

-Conseguir, junto ao Governo e à Assembléia, a institucionalização de instrumentos legais que<br />

assegurem maior autonomia à UEMG e que lhe garantam o orçamento e as condições necessárias<br />

para que possa cumprir as metas propostas em seu Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI.<br />

24. CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />

A análise do desempenho da UEMG nos últimos anos permite afirmar que ela cresceu,<br />

diversificou-se, evoluiu e hoje constitui-se em forma concreta e rica de intervenção do Estado no<br />

crescimento de suas regiões e na redução de desigualdades. Considerado o conjunto de suas realizações, a<br />

UEMG ultrapassou as metas contidas no PDI 2004-2008. Por sua vocação, a Universidade tem sido<br />

agente do setor público junto às comunidades, colaborando na solução de seus problemas, através do<br />

ensino, da pesquisa e da extensão, na formatação e implementação de seus projetos de desenvolvimento.<br />

Conforme registrado na Apresentação, o presente Plano define metas, estabelece os mecanismos<br />

de atuação e organiza as ações no sentido de impulsionar o desenvolvimento da Universidade na capital e<br />

no interior, respeitando e valorizando as vocações e demandas regionais.<br />

Nas atividades de Planejamento estratégico realizadas nesse semestre, os grandes desafios da<br />

UEMG foram resumidos em quatro eixos: consolidar a UEMG como Universidade multicampi;<br />

ter um corpo docente e administrativo permanente, qualificado e valorizado; aumentar os<br />

conceitos e notas da UEMG nas avaliações do MEC, CAPES e CEE e ter orçamento suficiente<br />

para realizar o planejado<br />

As metas detalhadas ao longo desse documento refletem as perspectivas da Instituição para os<br />

próximos anos e resultaram da construção coletiva de uma Universidade que tem como missão primeira o<br />

desenvolvimento regional para o desenvolvimento do Estado. Sua execução depende do desempenho e<br />

dedicação de toda a comunidade acadêmica, mas também, substancialmente, dos recursos providos por<br />

esse mesmo Estado.<br />

As propostas da Universidade para os próximos cinco anos são muitas, os desafios são grandes,<br />

mas o resultado da execução deste Plano será uma Instituição muito mais forte, mais apta a colaborar na<br />

solução dos problemas das comunidades onde está inserida, e muito mais próxima do papel que realmente<br />

pode e pretende desempenhar no cenário do Estado.<br />

Dijon Moraes Júnior<br />

Reitor e Presidente do Conselho Universitário<br />

92

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!