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Eficácia da carboxiterapia, galvanopuntura e peeling ... - Bio Cursos

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<strong>Eficácia</strong> <strong>da</strong> <strong>carboxiterapia</strong>, <strong>galvanopuntura</strong> e <strong>peeling</strong> químico no<br />

combate a atrofia linear cutânea - Estrias<br />

Resumo<br />

Karolyne souza farias 1<br />

Dayana priscila maia meija²<br />

e-mail lynefarias@hotmail.com<br />

Pós-graduação em dermato-funcional – Facul<strong>da</strong>de Ávila<br />

A atrofia linear cutânea, mais conheci<strong>da</strong> como estrias, acomete uma grande parte <strong>da</strong><br />

população, são frequentemente observa<strong>da</strong>s em homens e mulheres, porém esse problema<br />

dermatológico é mais comum no sexo feminino. O artigo consiste em uma revisão de<br />

literatura, referente à eficácia <strong>da</strong> <strong>carboxiterapia</strong>, <strong>galvanopuntura</strong> e <strong>peeling</strong> químico e qual o<br />

resultado mais satisfatório no combate a atrofia linear cutânea, <strong>da</strong> Pós-graduação em<br />

dermato-funcional. O objetivo é identificar qual dos três tratamentos é o mais eficaz para<br />

minimizar ou até mesmo acabar com as estrias. A metodologia utiliza<strong>da</strong> neste trabalho foi<br />

uma revisão de literatura, basea<strong>da</strong> em livros e revistas específicos sobre o tema abor<strong>da</strong>do e<br />

artigos selecionados em banco de <strong>da</strong>dos Lilacs, Bireme, Caps, Pubmed, Scielo. Conclui-se<br />

que há um resultado satisfatório nas três técnicas abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s, entretanto sugere-se que sejam<br />

realizados novos estudos, pela escassez de literatura referente ao assunto dentro <strong>da</strong><br />

Fisioterapia.<br />

Palavras-chave: Estrias; Carboxiterapia; Eletrolifting e Peeling<br />

1. Introdução<br />

A fisioterapia vem adquirindo ca<strong>da</strong> vez mais espaço em to<strong>da</strong>s as suas áreas de atuação,<br />

especialmente em Dermato-funcional, que é uma área relativamente nova e vem <strong>da</strong>ndo<br />

embasamentos e buscando evidências para que o fisioterapeuta possa utilizar vários recursos em<br />

patologias. A atrofia linear cutânea, é um problema dermatológico que caracteriza-se por<br />

atrofia na pele de comprimento e larguras variáveis, per<strong>da</strong> <strong>da</strong> elastici<strong>da</strong>de e colágeno na<br />

derme, deixando a pele no início avermelha<strong>da</strong>, e com o tempo esbranquiça<strong>da</strong> nas regiões<br />

afeta<strong>da</strong>s, com aspecto de pele envelheci<strong>da</strong>. Acomete boa parte <strong>da</strong> população, tanto homens<br />

como mulheres, além <strong>da</strong>s estrias serem desagradáveis aos olhos no ponto de vista estético,<br />

acarretam alterações comportamentais e emocionais, além de levar a uma baixa-estima,<br />

impedindo assim a completa harmonia entre corpo e mente.<br />

Existem varias tratamentos para a atrofia linear cutânea, mais iremos abor<strong>da</strong>r somente três: a<br />

<strong>carboxiterapia</strong>, <strong>galvanopuntura</strong> e <strong>peeling</strong> químico, para identificarmos qual deles obtém o<br />

melhor resultado, se podemos acabar com as estrias, ou somente atenuar sua aparência. A<br />

<strong>carboxiterapia</strong> é um recurso que por meio de estímulos elétricos, juntamente com a introdução<br />

de gás carbônico, provoca um processo inflamatório, e consequentemente a pele responde<br />

com edema e hiperemia a fim de aumentar a replicação dos fibroblastos e produção de<br />

colágeno e elastina, e ain<strong>da</strong> aumenta a nutrição local, esse método provoca uma pequena<br />

agressão na epiderme sobre as estrias. Na <strong>galvanopuntura</strong>, ocorre quase a mesma coisa, com a<br />

diferença que não o gás carbônico. O <strong>peeling</strong> químico consiste na aplicação de ácidos que<br />

promovem a descamação <strong>da</strong> epiderme e derme, causando a regeneração do tecido, resultando<br />

numa pele renova<strong>da</strong>. Esse trabalho foi proposto com a finali<strong>da</strong>de de realizar uma revisão de<br />

literalura sobre três técnicas de tratamento para estrias, com o intuito de esclarecer e fornecer<br />

1 Pós-graduando em dermato-funcional<br />

² Orientadora: Fisioterapeuta, especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestran<strong>da</strong> em <strong>Bio</strong>ética e Direito<br />

em Saúde<br />

1


mais fontes de pesquisa para fisioterapeutas, haja vista a escassez de artigos que relatam o<br />

aludido assunto.<br />

2. Materiais e Métodos<br />

A metodologia utiliza<strong>da</strong> neste trabalho foi uma revisão de literatura, pesquisa basea<strong>da</strong> em<br />

artigos selecionados em banco de <strong>da</strong>dos Lilacs, Bireme, Caps, Pubmed, Scielo, por meio dos<br />

unitermos: estrias, <strong>carboxiterapia</strong>, <strong>peeling</strong>, eletrolifting.<br />

Os critérios de inclusão referente aos anos de publicação foram de 1994 a 2012, além de<br />

livros e revistas específicos sobre o tema abor<strong>da</strong>do. Algumas exceções para os anos supra<br />

citados, devido haver conteúdo relevante sobre o assunto abor<strong>da</strong>do.<br />

Há critérios de exclusão quanto aos anos de publicação fora do período citado. A pesquisa<br />

deste trabalho foi realizado no período de março de 2010 a fevereiro de 2012.<br />

3. Fun<strong>da</strong>mentação Teórica<br />

3.1 Sistema Tegumentar<br />

O sistema tegumentar é constituído pela pele e tela subcutânea, juntamente com os anexos<br />

cutâneos (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

Para Ozório (2005) apud Junqueira & Carneiro (1999), a pele é um órgão protetor e<br />

impermeável à água, que isola os componentes internos dos componentes do meio externo.<br />

Contêm em sua estrutura terminações nervosas e sensitivas e participa <strong>da</strong> regulação térmica<br />

corporal sendo indispensável para a manutenção <strong>da</strong> homeostase humana e sobrevivência. É<br />

constituí<strong>da</strong>, de acordo com o autor, por uma superfície externa, a epiderme; e uma parte<br />

profun<strong>da</strong>, a derme. Logo abaixo <strong>da</strong> derme, encontra-se um tecido celular subcutâneo, a<br />

hipoderme, que une a pele aos órgãos subjacentes.<br />

O tegumento recobre to<strong>da</strong> a superfície do corpo e é constituído por uma porção epitelial, a<br />

epiderme, e uma porção conjuntiva, a derme. Abaixo e em continui<strong>da</strong>de com a derme está a<br />

hipoderme, tela subcutânea, que embora tenha a mesma origem e morfologia <strong>da</strong> derme não<br />

faz parte <strong>da</strong> pele, a qual é forma<strong>da</strong> apenas por duas cama<strong>da</strong>s (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

3.2 Pele<br />

A pele é o manto de revestimento do organismo, indispensável à vi<strong>da</strong>, e que isola os<br />

componentes orgânicos do meio externo. Constitui-se em complexa estrutura de tecidos várias<br />

naturezas, dispostos e inter-relacionados de modo a adequar-se, de maneira harmônica, ao<br />

desempenho de suas funções (SAMPAIO E RIVITTI, 2001).<br />

A pele é forma<strong>da</strong> por tecidos de origem ectodérmica e mesodérmica que se arranjam em três<br />

cama<strong>da</strong>s distintas: a epiderme, a derme e a hiporderme. Esta ultima não é considera<strong>da</strong> por<br />

muitos autores como parte integrante <strong>da</strong> pele, embora seja estu<strong>da</strong><strong>da</strong> dentro do sistema<br />

tegumentar (KEDE; SABATOVICH, 2004).<br />

A pele ou cútis, é o manto de revestimento do organismo, indispensável à vi<strong>da</strong>, e que isola os<br />

componentes orgânicos do meio exterior. Constitui-se em complexa estrutura de tecidos de<br />

várias naturezas, dispostos e inter-relacionados de modo a adequar-se, de maneira harmônica,<br />

ao desempenho de suas funções (SAMPAIO; RIVITTI, 2001).<br />

É composta de duas cama<strong>da</strong>s principais: 1) a epiderme, cama<strong>da</strong> superficial composta de<br />

células epiteliais intimamente uni<strong>da</strong>s e 2) a derme, cama<strong>da</strong> mais profun<strong>da</strong> composta por<br />

2


tecido conjuntivo denso irregular. Apresenta múltiplas funções, entre as quais a proteção<br />

contra agentes físicos, químicos e biológicos do ambiente, e ser relativamente impermeável,<br />

graças à cama<strong>da</strong> de queratina (córnea) que recobre a epiderme (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

Para O’Sullivan & Schimitz (1993), além de to<strong>da</strong>s as funções já cita<strong>da</strong>s <strong>da</strong> pele, ela é<br />

denomina<strong>da</strong> como o maior órgão corporal, compreendendo 15% do peso total de um<br />

indivíduo. Atua na regulação e conservação dos fluídos corporais, regulação térmica,<br />

excreção do suor e eletrólitos, secreção sebácea para lubrificação, síntese de vitamina D,<br />

órgão sensorial e aspecto e individualização estética.<br />

A rica vascularização sangüínea <strong>da</strong> pele supera o necessário ao seu suprimento metabólico,<br />

fato justificado pelo papel que desempenha na regulação <strong>da</strong> temperatura, pressão arterial,<br />

cicatrização e fenômenos imunológicos. Os vasos sangüíneos <strong>da</strong> derme (arteríolas, capilares<br />

arteriais e venosos e vênulas) estão distribuídos em duas redes horizontais liga<strong>da</strong>s por vasos<br />

comunicantes; os vasos perfurantes dos músculos subjacentes dão origem ao plexo inferior,<br />

no limite com a hipoderme, deste derivam vasos que ascendem até o plexo superior e outros<br />

que suprem os anexos; o plexo superior ou subpapilar entre a derme papilar e a reticular, dá<br />

origem aos capilares <strong>da</strong>s papilas dérmicas (SODRÉ; AZULAY & AZULAY, 1999).<br />

A pele é ain<strong>da</strong> dota<strong>da</strong> de uni<strong>da</strong>des pilossebáceas (pêlo e glândula sebácea anexa) e de<br />

glândulas sudoríparas (écrinas e apócrinas). Denominam-se genericamente como anexos <strong>da</strong><br />

epiderme, porque são constituí<strong>da</strong>s por invaginações deste componente cutâneo. Epiderme e<br />

derme assentam sobre uma cama<strong>da</strong> fibro-adiposa denomina<strong>da</strong> hipoderme, constituí<strong>da</strong> por<br />

septos fibrosos que prolongam a derme e por células adiposas (GUYTON, 1997).<br />

3.3 Epiderme<br />

É constituí<strong>da</strong> essencialmente por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. A<br />

porção mais profun<strong>da</strong> <strong>da</strong> epiderme é constituí<strong>da</strong> de células epiteliais que se proliferam<br />

continuamente para que seja mantido o seu número. Tipicamente em todos os epitélios, não<br />

há vasos sanguíneos na epiderme, embora a derme subjacente seja bem vasculariza<strong>da</strong>.<br />

(GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

A epiderme é forma<strong>da</strong> pelas células epiteliais, ceratinócitos, onde reside uma <strong>da</strong>s principais<br />

defesas do órgão contra a penetração de produtos exteriores. Integra<strong>da</strong>s na epiderme<br />

encontram-se ain<strong>da</strong> os melanócitos, as células de Langherans que constituem a primeira linha<br />

de identificação imunitária <strong>da</strong>s substâncias que franqueiam a epiderme e células sensoriais<br />

denomina<strong>da</strong>s células de Merkel (TOMA, 2004).<br />

É a cama<strong>da</strong> mais superficial, composta de epitélio estratificado e que está disposta em quatro<br />

cama<strong>da</strong>s distintas:<br />

- Cama<strong>da</strong> basal – é a cama<strong>da</strong> mais profun<strong>da</strong> e assim denomina<strong>da</strong> porque gera novas células<br />

apresenta intensa ativi<strong>da</strong>de mitótica. É responsável pela constante renovação <strong>da</strong> epiderme,<br />

fornecendo células para substituir aquelas que são perdi<strong>da</strong>s na cama<strong>da</strong> córnea. Nesse processo<br />

as células para partem <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> germinativa e vão sendo desloca<strong>da</strong> para as periferia até a<br />

cama<strong>da</strong> córnea, num período de 21 a 28 dias. A superfície <strong>da</strong>s células dessa estrato que se<br />

apóiam na membrana basal é irregular (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

- Cama<strong>da</strong> espinhosa – a cama<strong>da</strong> espinhosa tem de cinco a dez cama<strong>da</strong>s de células basais à<br />

custa de um citoplasma amplo e eosinofílico, de formato poliédrico. Esta cama<strong>da</strong> é assim<br />

denomina<strong>da</strong> devido ao aspecto celular periférico que parece emitir espinhos considerados,<br />

antes <strong>da</strong> microscopia eletrônica, como comunicações intercelulares, mas que foram<br />

identificados como desmossomas, responsáveis pela grande coesão celular dos epitélios,<br />

resistentes a grandes trações e pressões. Os desmossomas não são estruturas fixas,<br />

demonstrado pela diferente veloci<strong>da</strong>de de progressão de queratinócitos, quando marcados pela<br />

3


tiamina triatia<strong>da</strong> (KEDE; SABATOVICH, 2004).<br />

- Cama<strong>da</strong> granulosa – é a cama<strong>da</strong> mais superficial <strong>da</strong> porção não-queratiniza<strong>da</strong> <strong>da</strong> epiderme;<br />

suas células são alonga<strong>da</strong>s e deve seu nome a presença de grânulos querato-hialinos<br />

intracelulares muito característicos. Estes grânulos são constituídos de proteínas ricas em<br />

cistina e histidina, e graças à intensa basofilia são facilmente visíveis à microscopia óptica<br />

(BANDIN, et al, 1998).<br />

- Cama<strong>da</strong> lúci<strong>da</strong> – é constituí<strong>da</strong> por várias cama<strong>da</strong>s de células, achata<strong>da</strong>s e intimamente<br />

liga<strong>da</strong>s, <strong>da</strong>s quais a maioria apresenta limites indistintos e perde to<strong>da</strong>s as suas inclusões<br />

citoplasmáticas, exceto as fibrilas de queratina e algumas gotículas de eleidina. Esta é<br />

transforma<strong>da</strong> em queratina assim que as células desta cama<strong>da</strong> tornam-se parte <strong>da</strong> cama<strong>da</strong><br />

córnea. A cama<strong>da</strong> lúci<strong>da</strong> é mais proeminente em áreas de pele espessa e pode estar ausente<br />

em outros locais. Não é observa<strong>da</strong> com facili<strong>da</strong>de. Quando visível, tem o aspecto de uma<br />

linha clara, brilhante e homogênea; <strong>da</strong>í sua denominação (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

- Cama<strong>da</strong> córnea- costuma haver uma transição abrupta entre as células nuclea<strong>da</strong>s <strong>da</strong> cama<strong>da</strong><br />

granulosa e as células planas e anuclea<strong>da</strong>s <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> córnea. Esta cama<strong>da</strong> compreende de<br />

quatro a oito fileiras de células com limites citoplasmáticos indistintos e é to<strong>da</strong> eosinifílica,<br />

contrastando com a cama<strong>da</strong> granulosa. É a porção mais variável em espessura, sendo bastante<br />

espessa nas regiões sujeitas a atrito como palmas e plantas (BANDIN, et al, 1998).<br />

3.4 Derme<br />

A derme é uma espessa cama<strong>da</strong> de tecido conjuntivo sobre o qual se apoia a epiderme,<br />

comunicando esta com a hipoderme. A derme está conecta<strong>da</strong> com a fáscia dos músculos<br />

subjacentes por uma cama<strong>da</strong> de tecido conjuntivo frouxo, a hipoderme. Na derme situam-se<br />

as fibras elásticas e reticulares, bem como muitas fibras colágenas, e ela é supri<strong>da</strong> por vasos<br />

sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Também contém glândulas especializa<strong>da</strong>s e órgãos do<br />

sentido. A derme apresenta variação considerável de espessura nas diferentes partes do corpo,<br />

sendo que sua espessura média é de aproxima<strong>da</strong>mente 2 milímetros. Sua superfície externa é<br />

extremamente irregular, observando-se papilas dérmicas (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

A derme, de origem mesodérmica, é subdividi<strong>da</strong> em dois componentes: a porção papilar e a<br />

porção reticular. O limite entre elas é <strong>da</strong>do pelo plexo vascular superficial, que se situa um<br />

pouco abaixo <strong>da</strong> base dos cones epidérmicos. A derme é forma<strong>da</strong> por fibras colágenas, fibras<br />

elásticas e substância fun<strong>da</strong>mental amorfa, to<strong>da</strong>s produzi<strong>da</strong>s pelos fibroblastos. Na derme<br />

encontram-se vasos, nervos e músculos eretores dos pêlos, alêm dos anexos cutâneos (KEDE;<br />

SABATOVICH, 2004).<br />

A derme é a cama<strong>da</strong> interna e seu principal componente é uma proteína estrutural fibrilar<br />

denomina<strong>da</strong> colágeno. Ela está localiza<strong>da</strong> sobre o panículo, ou hipoderme, que é composto,<br />

principalmente, de lóbulos de lipócitos ou células adiposas (ARNOLD Jr; ODOM; JAMES,<br />

1994).<br />

As principais células <strong>da</strong> derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de<br />

uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão<br />

mergulhados (SAMPAIO, 2000).<br />

3.4.1 Cama<strong>da</strong> Papilar<br />

É delga<strong>da</strong>, constituí<strong>da</strong> por tecido conjuntivo frouxo, e assim denomina<strong>da</strong> porque as papilas<br />

dérmicas constituem sua parte mais importante (saliências que acompanham as reentrâncias<br />

4


correspondentes <strong>da</strong> epiderme). Admitem alguns que a função <strong>da</strong>s papilas é aumentar a zona<br />

de contato derme-epiderme, trazendo maior resistência à pele. Esta cama<strong>da</strong> estende-se pouco<br />

abaixo <strong>da</strong>s bases <strong>da</strong> papila, onde se une à cama<strong>da</strong> reticular. Muitas papilas contêm alas<br />

capilares, outras contêm receptores sensoriais especializados que reagem a estímulos<br />

externos, como mu<strong>da</strong>nça de temperatura e pressão (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

A porção papilar continua-se, assim como a membrana basal, com a derme que circun<strong>da</strong> os<br />

anexos, <strong>da</strong>í ser denomina<strong>da</strong> derme adverticial. Nela a maior número de fibroblastos e de<br />

capilares do que na derme reticular, e as fibras colágenas, constituí<strong>da</strong>s principalmente por<br />

colágeno do tipo III, são mais finas, não se agrupando em feixes, como ocorre na derme<br />

reticular. (KEDE; SABATOVICH, 2004).<br />

3.4.2 Cama<strong>da</strong> Reticular<br />

É a mais espessa, constituí<strong>da</strong> por tecido conjuntivo denso, e é assim denomina<strong>da</strong> devido ao<br />

fato de que os feixes de fibras colágenas que compõem entrelaçam-se em um arranjo<br />

semelhante a uma rede (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

Os feixes colágenos <strong>da</strong> derme reticular são formados por colágenos do tipo I, correm em<br />

vários sentidos, de forma que são cortados longitudinal, transversal e obliquamente, mas<br />

todos encontram-se em planos paralelos à superfície cutânea. Os feixes acham-se permeados<br />

por colágenos do tipo III e separados por espaços claros, pois a substância fun<strong>da</strong>mental<br />

amorfa (proteoglicanos – proteínas liga<strong>da</strong>s, principalmente <strong>da</strong> pele), que os preenchia, é muito<br />

rica em água e removi<strong>da</strong> durante o processamento histológico (KEDE; SABATOVICH,<br />

2004).<br />

A cama<strong>da</strong> papilar apresenta um suprimento sanguíneo bastante rico, onde um grupo de<br />

capilares se estende em alças para dentro do tecido conjuntivo (cristas), que se projeta para<br />

dentro <strong>da</strong> epiderme, fornecendo a sua nutrição e atuando na regulação térmica. Um outro<br />

grupo, que mais se assemelha a vênulas, forma uma cama<strong>da</strong> plana sob as bases <strong>da</strong> papila<br />

(GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

O sistema elástico, responsável pela capaci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pele voltar à posição original quando<br />

submeti<strong>da</strong> à força de estiramento permeia as fibras colágenas <strong>da</strong> derme papilar e reticular,<br />

mas só é observado em cortes corados especialmente para este fim. Na derme reticular, as<br />

fibras elásticas mostram-se grosseiras, curtas, curvas, retorci<strong>da</strong>s e paralelas à superfície<br />

(KEDE; SABATOVICH, 2004).<br />

Na cama<strong>da</strong> reticular os capilares são raros, sendo numerosos apenas em relação aos anexos <strong>da</strong><br />

epiderme que se projetam em direção à cama<strong>da</strong> reticular (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

Existem três tipos de lesões dérmicas importantes que apresentam diferentes alterações nas<br />

fibras elásticas e colágenas, na substância fun<strong>da</strong>mental amorfa e nos fibroblastos. Lesões,<br />

estria atrófica, senili<strong>da</strong>de e cicatriz (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

3.4.3 Fibroblastos<br />

Os fibroblastos são células imaturas que produzem colágeno e outras fibras, assim como<br />

substâncias constituintes do tecido conjuntivo, como a derme <strong>da</strong> pele. Deriva<strong>da</strong>s dos tecidos<br />

fetais, estas linhagens mantêm a capaci<strong>da</strong>de de rápi<strong>da</strong>s e repeti<strong>da</strong>s divisões celulares<br />

(BLACK, 2002)<br />

É a célula mais comum do tecido, responsável pela formação <strong>da</strong>s fibras e do material<br />

intercelular amorfo. Sintetiza colágeno, mucopolissacarídeo e também fibras elásticas. A<br />

5


forma ativa <strong>da</strong> célula é denomina<strong>da</strong> de fibroblasto, possui prolongamentos citoplasmáticos<br />

irregulares, e seu núcleo apresenta forma ovóide, de cor clara, com o nucléolo evidente e<br />

cromatina fina. Já a denominação utiliza<strong>da</strong> para a forma inativa <strong>da</strong> célula é fibrócito, que é<br />

menor, fusiforme e com ínfimos prolongamentos. Nesta forma, o núcleo apresenta-se menor,<br />

alongado e escuro. Mediante um estímulo adequado, como ocorre nos processos de<br />

cicatrização, o fibrócito pode voltar a sintetizar fibras, reassumindo o aspecto de fibroblasto<br />

(JUNQUEIRA, 1995).<br />

Os fibroblastos retêm a capaci<strong>da</strong>de de se dividirem e; assim como o tecido epitelial, o<br />

conjuntivo também é capaz de se regenerar. Na estria, esta célula está quiescente, entrentanto<br />

o estímulo elétrico de baixa intensi<strong>da</strong>de mostrou-se eficiente para aumentar a sua replicação<br />

bem como <strong>da</strong>s fibras e substâncias produzi<strong>da</strong>s por ela mesma. No tocante à<br />

neovascularização, os efeitos <strong>da</strong> inflamação agu<strong>da</strong> e <strong>da</strong> corrente contínua se somam,<br />

promovendo um leve edema e uma hiperemia bastante pronuncia<strong>da</strong>. A regeneração propicia o<br />

retorno de to<strong>da</strong>s as funções inerentes à pele, inclusive a sensitiva, que normalmente se<br />

encontra diminuí<strong>da</strong>, e, neste caso, especificamente, a sensibili<strong>da</strong>de dolorosa, pois à medi<strong>da</strong><br />

que ocorre a regeneração a sensibili<strong>da</strong>de tende a chegar a níveis próximos do normal.<br />

(BORGES, 2006).<br />

Os fibroblastos são particularmente ativos durante o processo de reparação. A ativi<strong>da</strong>de<br />

fibroblástica é influencia<strong>da</strong> por vários fatores, tais como regimes dietéticos e níveis de<br />

hormônio esteroide. Na deficiência em vitamina C existe uma dificul<strong>da</strong>de na formação do<br />

colágeno (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

Os fibroblastos do tecido conjuntivo <strong>da</strong>s margens tornam-se ativos, proliferam, migram sobre<br />

a superfície do coágulo em reabsorção e começam a sintetizar os componentes <strong>da</strong> matriz<br />

extracelular (MEC), que é uma rede complexa de macromoléculas secretas (colágenos,<br />

elastina, glicoproteínas e proteoglicanas), localiza<strong>da</strong>s no espaço extracelular, tendo um papel<br />

central no controle dos processos celulares básicos, como proliferação, diferenciação,<br />

migração, interações celulares. Todos esses componentes estão em íntimo contato com suas<br />

células de origem e formam um leito gelatinoso tridimensional no qual as células evoluem<br />

(BAYNES, 2000).<br />

3.4.4 Fibras colágenas<br />

As fibras colágenas são as mais freqüentes do tecido conjuntivo, sendo constituí<strong>da</strong>s por uma<br />

escleroproteína denomina<strong>da</strong> colágeno, que proporciona o arcabouço celular para todos os<br />

organismos pluricelulares (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

O colágeno é a proteína mais abun<strong>da</strong>nte do corpo humano, representando 30% do total <strong>da</strong>s<br />

proteínas deste. Esta proteína representa aproxima<strong>da</strong>mente 70% do peso <strong>da</strong> pele seca. Foram<br />

isolados e caracterizados cinco tipos de colágeno. Os mais conhecidos são os colágenos<br />

intersticiais do tipo I, II, e III. O tipo I, principal constituinte <strong>da</strong> pele, tendão, osso e parede<br />

dos vasos, é sintetizado por fibroblastos, células do músculo liso e osteoblastos (STEVENS,<br />

2001).<br />

Enquanto os osteoblastos sintetizam somente o colágeno do tipo I, as células do músculo liso<br />

também produzem colágeno do tipo III. O tipo II, constituinte <strong>da</strong> cartilagem hialina, é<br />

produzido pelos condrócitos (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

3.4.5 Fibras elásticas<br />

6


São delga<strong>da</strong>s, sem estriações longitudinais, ramificando-se de forma semelhante a uma rede<br />

de malhas irregulares. De cor amarela<strong>da</strong>, têm como componente principal a elastina, uma<br />

escleroproteína muito mais resistente do que o colágeno, e a microfibrila elástica, forma<strong>da</strong> por<br />

uma glicoproteína especializa<strong>da</strong>. Estas fibras cedem facilmente a trações mínimas, porém<br />

retornam facilmente à sua forma original, tão logo cessem as forças deformantes. Suportam<br />

grandes trações (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

3.5 Hipoderme<br />

A hipoderme ou panículo adiposo, é a cama<strong>da</strong> mais profun<strong>da</strong> <strong>da</strong> pele, de espessura variável,<br />

composta exclusivamente por tecido adiposo, isto é, células repletas de gordura formando<br />

lóbulos subdivididos por traves conjuntivo-vasculares. Relaciona-se, em sua porção superior,<br />

com a derme profun<strong>da</strong>, constituindo-se a junção dermo-hipodérmica, em geral, sede <strong>da</strong>s<br />

porções secretoras <strong>da</strong>s glândulas apócrinas ou écrinas e de pêlos, vasos e nervos.<br />

Funcionalmente, a hipoderme, além de depósito nutritivo de reserva, participa no isolamento<br />

térmico e na proteção mecânica do organismo às pressões e traumatismos externos e facilita a<br />

mobili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pele em relação às estruturas subjacentes (SAMPAIO; RIVITTI, 2001).<br />

Tecido sobre o qual a pele repousa, formado por tecido conjuntivo que varia do tipo frouxo ou<br />

adiposo ao denso nas várias localizações e nos diferentes indivíduos. A hipoderme conecta<br />

frouxamente a pele e a fáscia dos músculos subjacentes, o que permite aos músculos<br />

contraírem-se sem repuxar a pele. A hipoderme (hipo = abaixo de) não faz parte <strong>da</strong> pele, mas<br />

é importante porque fixa a pele à estruturas subjacentes, sendo também conheci<strong>da</strong> como tela<br />

subcutânea, tecido subcutâneo ou fáscia superficial. Dependendo <strong>da</strong> região em estudo e do<br />

grau de nutrição do organismo, a hipoderme pode ter uma cama<strong>da</strong> variável de tecido adiposo,<br />

sendo que nele se deposita a maior parte dos lipídios nas pessoas obesas. Como os mamíferos<br />

consomem energia de modo contínuo, mas se alimenta com intermitência, entende-se a<br />

importância de um reservatório de energia, representado pelo tecido adiposo. A distribuição<br />

<strong>da</strong> gordura não é uniforme em to<strong>da</strong>s as regiões do corpo. Nos indivíduos normais, algumas<br />

regiões nunca acumulam gordura, como a pálpebra, a cicatriz umbilical a região esternal, o<br />

pênis, e as dobras articulares. Em outras regiões pelo contrario, há maior acumulo de tecido<br />

adiposo: a porção proximal dos membros, a parede abdominal, especialmente as porções<br />

laterais (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

3.6 Atrofia Linear Cutânea - Estrias<br />

As atrofias lineares cutâneas, clinicamente, se caracterizam pela morfologia em geral linear,<br />

aspecto atrófico e superfície por vezes discretamente enruga<strong>da</strong>, com pequenas rugas<br />

transversais ao seu eixo que desaparecem à tração. Inicialmente, são eritematosas, ou mesmo<br />

violáceas. Nessa fase, podem ser discretamente eleva<strong>da</strong>s devido ao edema gerado pelo<br />

processo inflamatório, o que justificaria uma esporádica queixa de prurido. Após meses,<br />

adquirem uma tonali<strong>da</strong>de branco-nacara<strong>da</strong>. (AZULAY; AZULAY, 2004)<br />

A estria é uma alteração dermatológica que pode ser vista a olho nu, apesar de estar situa<strong>da</strong> na<br />

derme – cama<strong>da</strong> mais profun<strong>da</strong> <strong>da</strong> pele. Ela possui um aspecto atrófico, linear e sinuoso, em<br />

parte devido ao rompimento <strong>da</strong>s fibras colágenas. Geralmente são bilaterais, paralelas umas às<br />

outras e perpendiculares às linhas de fen<strong>da</strong> <strong>da</strong> pele, indicando um desequilíbrio elástico<br />

localizado (BITENCOURT, 2007).<br />

Quando surge, a estria apresenta uma inflamação dermal e vasos capilares dilatados marcam<br />

sua apresentação inicial, fazendo que se pareçam ligeiramente rosa<strong>da</strong>s. Ficam mais escuras<br />

com o tempo, apresentando aspecto roxo-avermelhado. Posteriormente, após anos instaura<strong>da</strong>s,<br />

as estrias assumem características branco-nacara<strong>da</strong>s, parecendo-se hipopigmenta<strong>da</strong>s e<br />

fibróticas. Medem normalmente de 5 cm a 10 cm de comprimento, podendo chegar até 15 cm.<br />

7


(BORGES, 2006).<br />

As estrias são causa<strong>da</strong>s por uma atrofia tegumentar adquiri<strong>da</strong> de aspecto linear, algo sinuosa<br />

de um ou mais milímetros de largura, perpendicularmente às linhas de fen<strong>da</strong> <strong>da</strong> pele,<br />

indicando um desequilíbrio elástico localizado, portanto, uma lesão <strong>da</strong> pele. As estrias são<br />

ditas atróficas, pois são causa<strong>da</strong>s pela ruptura <strong>da</strong>s fibras colágenas e elásticas <strong>da</strong> pele e, muitas<br />

vezes, com per<strong>da</strong> <strong>da</strong> coloração no local (TOSCHI, 2004).<br />

As estrias caracterizam-se por afecções dermatológicas, em sua grande maioria desagradáveis<br />

do ponto de vista estético. São lesões atróficas lineares paralelas, em geral obedecendo às<br />

linhas de clivagem <strong>da</strong> pele. Inicialmente são eritematovioláceas, para mais tarde se tornarem<br />

esbranquiça<strong>da</strong>s. Surgem com maior freqüência na puber<strong>da</strong>de e, sobretudo, no sexo feminino.<br />

Podem ocorrer em pessoas com obesi<strong>da</strong>de grave (Striae distensae), no período <strong>da</strong> gestacional<br />

(Striae gravi<strong>da</strong>run) e nos estados infecciosos (Striae infectiosae). Pode estar relaciona<strong>da</strong> ain<strong>da</strong><br />

a algum comprometimento hormonal caracterizado pelo aumento de glicocorticóides,<br />

podendo ser evidenciado, por exemplo, na síndrome de Cushing e nas corticoterapias<br />

intensivas (gerais ou locais). Podendo ocorrer ain<strong>da</strong> como uso tópico ou sistêmico de<br />

esteróides, em tumores suprarrenais, em ativi<strong>da</strong>des físicas vigorosa onde haja aumento<br />

excessivo de massa muscular, no crescimento intenso e rápido na adolescência etc (BORGES,<br />

2006).<br />

No início, ocorre um processo inflamatório que pode ser intenso, mononuclear e<br />

predominante perivascular. A derme pode apresentar-se edematosa. Recentemente, verificouse<br />

que as alterações iniciais se estendem por até 3cm além <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> <strong>da</strong> estria, ocorrendo<br />

elastólise e degranulação de mastócitos, seguidos de afluxo de mastócitos em torno <strong>da</strong>s fibras<br />

elásticas fragmenta<strong>da</strong>s. Nas fases mais tardias a epiderme encontra-se atrófica e aplaina<strong>da</strong> e<br />

na derme as fibras elásticas estão bastante altera<strong>da</strong>s e as colágenas dispõem-se em feixes<br />

paralelos à superfície na direção <strong>da</strong> presumi<strong>da</strong> força de distensão. A patologia é semelhante à<br />

de uma cicatriz; no entanto, através <strong>da</strong> microscopia eletrônica, observa-se que os fibroblastos<br />

estão praticamente destruídos de organelas de síntese (complexo de golgi e retículo<br />

endoplasmático rugoso), enquanto nas cicatrizes estam bem desenvolvi<strong>da</strong>s (KEDE;<br />

SABATOVICH, 2004).<br />

Topograficamente, os locais de maior incidência de estrias são o abdômen, o quadril, o glúteo,<br />

a região sacrolombar e as mamas. (BORGES, 2006).<br />

A atrofia linear cutânea possui várias denominações, decorrentes de diferentes idiomas<br />

prováveis etiologias e aspectos macroscópicos <strong>da</strong> pele como: Estrias atróficas, Estriae cútis<br />

distensae, Strech marks, Estrias, Vergetures, Víbices, Striae albicantes, Striae gravi<strong>da</strong>rum<br />

(MIGUEL, 2004).<br />

Patologicamente, no início, há um processo inflamatório, às vezes, intenso, mononuclear e<br />

com predominância perivascular, podendo ain<strong>da</strong> haver edema na derme. As alterações iniciais<br />

podem se estender por até 3 cm além <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> <strong>da</strong> estria, ocorrendo elastólise e desgranulação<br />

de mastócitos, seguidos de afluxo de macrófagos em torno <strong>da</strong>s fibras elásticas fragmenta<strong>da</strong>s.<br />

A estimulação fibroblástica tem importante papel no processo regenerativo <strong>da</strong> atrofia tecidual<br />

na estria. (BORGES, 2006).<br />

3.7 Incidência<br />

As estrias atróficas são encontra<strong>da</strong>s em ambos os sexos, com predominância no feminino,<br />

principalmente a partir <strong>da</strong> adolescência. O período de surgimento <strong>da</strong>s estrias pode variar<br />

(GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

As estrias não escolhem classe social, cor <strong>da</strong> pele, i<strong>da</strong>de, muito menos quando vão aparecer.<br />

8


Abalam o convívio social, principalmente, de adolescentes. Não é para menos, as estrias<br />

podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas atacam preferencialmente as principais<br />

armas femininas: seios, glúteo e barriga (BORGES, 2006).<br />

A maior incidência de estrias em meninas ocorre entre doze e quatorze anos, e nos meninos,<br />

de doze a quinze anos. Entretanto estrias foram nota<strong>da</strong>s em todos os grupos etários do<br />

experimento. O mesmo autor, em um segundo experimento, observou no estudo sistemático<br />

de cem crianças com ate dez anos de i<strong>da</strong>de se as estrias raramente ocorrem em crianças<br />

normais durante os primeiros cinco anos de vi<strong>da</strong>. Elas não foram nota<strong>da</strong>s em bebês<br />

extremamente obesos e nem em crianças obesas de ate seis anos. O período de surgimento <strong>da</strong>s<br />

estrias pode variar (GUIRRO e GUIRRO, 2002).<br />

Para Guirro e Guirro (2002) apud Basak (1989), elas ocorrem entre as i<strong>da</strong>des de 10 a 16 anos<br />

para o sexo feminino e de 14 a 2m anos para o masculino, sendo que a incidência dentro<br />

desses grupos etários indica intervalo de 21 a 72% para as meninas e de 6 a 40% para os<br />

meninos.<br />

3.8 Abor<strong>da</strong>gens Terapêuticas<br />

3.8.1 Galvanopuntura ou Eletrolifting<br />

A <strong>galvanopuntura</strong> é uma técnica cria<strong>da</strong> por fisioterapeutas brasileiros, com a finali<strong>da</strong>de de<br />

tratar tanto estrias rubras como albas. Ela associa a estimulação elétrica de uma microcorrente<br />

polariza<strong>da</strong> com o estímulo mecânico de uma agulha. É um método invasivo, porém<br />

superficial, porque as estimulações são realiza<strong>da</strong>s na cama<strong>da</strong> dérmica <strong>da</strong> pele. A introdução<br />

subepidérmica <strong>da</strong> agulha causa uma resposta inflamatória agu<strong>da</strong> e localiza<strong>da</strong> que é<br />

exacerba<strong>da</strong> pelos efeitos <strong>da</strong> corrente (BITENCOURT, 2007).<br />

Com a estimulação elétrica, as fibras colágenas sofrem algum tipo de reorientação; e o<br />

processo de regeneração <strong>da</strong> estrias está baseado na compilação dos efeitos intrínsecos <strong>da</strong><br />

corrente contínua, do trauma mecânico <strong>da</strong> agulha e dos processos envolvidos na inflamação<br />

agu<strong>da</strong>. Minutos após a lesão promovi<strong>da</strong> pela técnica, aparecem a hiperemia e o edema. Esses<br />

sinais são motivados por substâncias locais libera<strong>da</strong>s pela lesão, responsáveis pelo aumento<br />

do calibre e <strong>da</strong> permeabili<strong>da</strong>de dos vasos. To<strong>da</strong> a região trata<strong>da</strong> é preenchi<strong>da</strong> por um exsu<strong>da</strong>to<br />

inflamatório composto de leucócitos, eritrócitos, proteínas plasmáticas e fáscias de fibrina. O<br />

processo de epitelização inicia-se, simultaneamente, obrigando as células epidérmicas a<br />

penetrarem no interior <strong>da</strong>s fen<strong>da</strong>s forma<strong>da</strong>s pela agulha, e estimula<strong>da</strong>s pela formação de<br />

fibrina origina<strong>da</strong> pela hemorragia <strong>da</strong> microlesão. De início, praticamente não sangra,<br />

entretanto, à medi<strong>da</strong> que as sessões ocorrem (normalmente a partir <strong>da</strong> 7ª. Ou 8ª. sessão),<br />

observa-se um sangramento ou rompimento de pequenos vasos, que são totalmente<br />

reabsorvidos (pequenas bolsas de sangue que se tornam violáceas, amarela<strong>da</strong>s e, em segui<strong>da</strong>,<br />

a tonali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pele volta ao normal). Esse processo inflamatório será absorvido em um<br />

período de tempo variável, ocorrendo, em média, entre dois e sete dias. (BORGES, 2006).<br />

Após a lesão aparece um quadro de hiperemia e edema que são motivados por substâncias<br />

locais libera<strong>da</strong>s pela lesão responsáveis pela vasodilatação e aumento <strong>da</strong> permeabili<strong>da</strong>de dos<br />

vasos (GUYTON, 1997).<br />

Galdino et al (2010) apud Agnes (2009) cita que a corrente microgalvânica é a mais utiliza<strong>da</strong><br />

no tratamento de estrias, sendo que existem dois eletrodos o positivo que é a placa grande e o<br />

negativo que é a caneta com uma fina e pequena agulha em sua extremi<strong>da</strong>de. O mesmo autor<br />

ain<strong>da</strong> afirma que, o uso <strong>da</strong> corrente deverá ser associado com uma prévia esfoliação do local a<br />

ser tratado, para remover as células mortas e o extrato córneo (cama<strong>da</strong> <strong>da</strong> pele queratiniza<strong>da</strong><br />

que tem como função a proteção dos tecidos <strong>da</strong> pele com agentes externos que podem causar<br />

9


lesões e infecções) que ao fazer o uso <strong>da</strong> micro<strong>galvanopuntura</strong> tem como consequência uma<br />

resposta inflamatória agu<strong>da</strong> no decorrer <strong>da</strong> estria.<br />

Tendo em vista este período de absorção inflamatória, o eletrolifting no tratamento de estrias<br />

é realizado normalmente uma vez por semana, a fim de facilitar este processo. (BORGES,<br />

2006).<br />

3.8.2 Peeling Químico em dermato-funcional<br />

Vemos portanto, que a terapêutica estética vem despertando interesses há muito tempo, e o<br />

uso de ácidos também teve sua importância neste contexto. Na Fisioterapia dermato-funcional<br />

a terapêutica por ácidos vem se constituindo num importante recurso para o tratamento <strong>da</strong>s<br />

diversas disfunções estéticas como, estrias, revitalização facial, rugas superficiais, acne,<br />

diminuição <strong>da</strong> oleosi<strong>da</strong>de, manchas hipercrômicas superficiais, seborréia do couro cabeludo,<br />

suavização <strong>da</strong>s cicatrizes e fotodermatoses. Temos também um papel importante junto ao<br />

médico no preparo <strong>da</strong> pele para a revitalização do <strong>peeling</strong> médio e profundo realizado pelo<br />

dermatologista (BORGES, 2006).<br />

O <strong>peeling</strong> químico, também conhecido como quimioesfoliação ou dermo<strong>peeling</strong>, consite na<br />

aplicação de um os mais agentes esfoliantes na pele, resultando na destruição de partes <strong>da</strong><br />

epiderme e/ou derme, segui<strong>da</strong> de regeneração dos tecidos epidérmicos e dérmicos. Essas<br />

técnicas de aplicação produzem uma lesão programa<strong>da</strong> e controla<strong>da</strong> com a coagulação<br />

vascular instantânea, resultando no rejuvenescimento <strong>da</strong> pele com redução ou<br />

desaparecimento <strong>da</strong>s ceratoses e alterações actínicas, discromias pigmentares, rugas e<br />

algumas cicatrizes superficiais (KEDE; SABATOVICH, 2004).<br />

A escolha do agente ou <strong>da</strong> técnica especifica a ser usados depende do conhecimento <strong>da</strong><br />

profundi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> lesão para que se possa escolher um agente que não produza esfoliação<br />

desnecessariamente mais profun<strong>da</strong> do que a própria alteração a ser trata<strong>da</strong>; pode ser realizado<br />

com várias substâncias, isso vai depender de dois fatores importantes: quadro clínico<br />

apresentado e o fototipo cutâneo classificação de Fitzpatrick (quadro) (BORGES, 2006).<br />

Quadro – Classificação de Fitzpatrick dos tipos de pele<br />

Tipo de pele Cor <strong>da</strong> pele Reação a exposição solar<br />

I Clara Sempre queima e nunca bronzeia<br />

II Clara Sempre queima e bronzeia pouco<br />

III Clara Queima e bronzea pouco<br />

IV Morena-clara Raramente queima, bronzeia com facili<strong>da</strong>de<br />

V Morena Queima muito raramente, bronzeia facilmente<br />

VI Negra Não queima, bronzeia facilmente<br />

Fonte: Mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des Terapêuticas nas Distinções Estéticas (BORGES, 2006).<br />

Os <strong>peeling</strong>s químicos tornaram-se tão populares na atuali<strong>da</strong>de que já fazem parte <strong>da</strong> rotina de<br />

vi<strong>da</strong> de muitos pacientes. Diferentes agentes de <strong>peeling</strong>s químicos estão sendo combinados<br />

em novas formulações e isto tem permitido obter-se melhores resultados e com um mínimo de<br />

efeitos colaterais indesejáveis (MENE, et al, s/a).<br />

A pele se divide em três cama<strong>da</strong>s: epiderme (mais superficial), derme (intermediária) e<br />

hipoderme (mais profun<strong>da</strong>) (BORGES, 2006).<br />

10


Quadro 2 Níveis de profundi<strong>da</strong>de do <strong>peeling</strong><br />

Nível de <strong>peeling</strong> Profundi<strong>da</strong>de<br />

Nível 1<br />

Muito superficial (esfoliação)<br />

Nível 2<br />

Superficial (epidérmico)<br />

Nível 3<br />

Médio (dérmico papilar)<br />

Nível 4<br />

Profundo (dérmico papilar)<br />

Fonte: Mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des Terapêuticas nas Distinções Estéticas (BORGES, 2006).<br />

- Acido glicólico<br />

Afina ou remove estrato córneo e não cria lesão<br />

abaixo do estrato granuloso<br />

Cria necrose de parte ou de to<strong>da</strong> a epiderme, em<br />

qualquer parte do estrato granuloso até a cama<strong>da</strong> basal<br />

Cria necrose <strong>da</strong> epiderme e de parte ou de to<strong>da</strong> a<br />

derme reticular superior<br />

Cria necrose <strong>da</strong> epiderme e <strong>da</strong> derme papilar, que se<br />

estende até a derme reticular média<br />

Particularmente, o ácido mais utilizado é o glicólico; classificado como ácido universal, não é<br />

tóxico sistemicamente o período de tratamento (BORGES, 2006).<br />

Extraído <strong>da</strong> cana-de-açúcar. Sua ação depende <strong>da</strong>s concentrações utiliza<strong>da</strong>s. Em baixas<br />

concentrações atua sobre as cama<strong>da</strong>s mais inferiores do estrato córneo, diminuindo a adesão<br />

dos corneócitos e impedindo o espessamento <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> córnea (KEDE; SABATOVICH,<br />

2004).<br />

Segundo Batistuzzo, o ácido glicólico, encontrado naturalmente na cana-de-açúcar, vem<br />

sendo usado largamente no tratamento de diversos tipos de lesões <strong>da</strong> pele humana,<br />

principalmente rugas superficiais, médias e profun<strong>da</strong>s, seqüelas de acne, flacidez <strong>da</strong> pele, pele<br />

seca, estrias, manchas senis, ictiose e fases isola<strong>da</strong>s de algumas lesões de psoríase.<br />

A ação do acido glicólico como querato-regulador (inibindo a coesão dos corneocitos)<br />

promove maior flexibili<strong>da</strong>de, hidratação, aumento <strong>da</strong>s fibras colágenas e elásticas (GUIRRO e<br />

GUIRRO, 2002).<br />

- Acido retinóico<br />

Tem ação queratolítica e esfoliante em nível celular, estimulando a síntese de colágeno novo.<br />

Esse colágeno permanece intacto histologicamente por pelo menos quatro meses após a<br />

aplicação (BORGES, 2006).<br />

O ácido retinóico é usado no tratamento de estrias baseado no seu efeito reparador <strong>da</strong> derme.<br />

Ele restaura o colágeno inibindo a expressão <strong>da</strong> enzima colagenase que destrói as fibras<br />

colágenas e, ativando inibidores dessa enzima no próprio tecido. Entretanto, esse é um<br />

método bastante eficaz para estrias iniciais, sem comprovação em estrias albas. Reações<br />

adversas, como prurido e irritação, podem ser observa<strong>da</strong>s com o uso desse ácido<br />

(BITENCOURT, 2007).<br />

É tradicionalmente usado no tratamento de acne, para acelerar o turnover <strong>da</strong> epiderme e<br />

prevenir a formação de comedões. Também pode ser usado no tratamento de hiperqueratoses,<br />

estrias e melasma (excelentes resultados) (BORGES, 2006).<br />

Segundo Martignado (2009) apud Tontora (2000), imediatamente após uma lesão tecidual, os<br />

vasos sangüíneos se dilatam na área lesa<strong>da</strong>, e sua permeabili<strong>da</strong>de aumenta. A vasodilatação é<br />

um aumento no diâmetro dos vasos sangüíneos e conseqüentemente aumenta o fluxo<br />

sangüíneo permitindo que ocorra um extravasamento de líquido, proteína e células sangüíneas<br />

do sistema vascular para o tecido intersticial ou cavi<strong>da</strong>des corporais, ou seja, para área lesa<strong>da</strong>,<br />

11


é responsável pelo eritema e calor associados à inflamação.<br />

3.8.3 Carboxiterapia<br />

A <strong>carboxiterapia</strong> é utiliza<strong>da</strong> como recurso viável para estrias comparado a outros tratamentos<br />

como eletrolifting, <strong>peeling</strong> químico e dermotonia que, por meio de um estimulo elétrico,<br />

químico e traumático, respectivamente, provocam um processo inflamatório na estria que<br />

responde com o aparecimento de leve edema e hiperemia, a fim de aumentar a capaci<strong>da</strong>de de<br />

replicação dos fibroblastos e, consequentemente, a produção de fibroblastos, elastoblastos e<br />

angioblastos (BORGES, 2006).<br />

O gás carbônico comumente utilizado na <strong>carboxiterapia</strong> no Brasil possui cerca de 99,9% de<br />

pureza, portanto, próprio para uso terapêutico, e além de seu uso nesta técnica, também é<br />

empregado em videolaparoscopia para insulflação a fim de facilitar manipulações de<br />

estruturas intra-abdominais, para controle de pH em incubadoras, para formação de atmosfera<br />

controla<strong>da</strong> em estufa, nas técnicas ginecológicas de criocauterização do colo uterino, etc<br />

(SCORSA; BORGES, 2008).<br />

A realização <strong>da</strong> <strong>carboxiterapia</strong> por meio do trauma mecânico obtido pelas punturações <strong>da</strong><br />

agulha, somado ao microdeslocamento <strong>da</strong> pele, promovido pela infusão do gás carbônico em<br />

to<strong>da</strong> a extensão de to<strong>da</strong>s as estrias. No final <strong>da</strong> sessão, verifica-se se to<strong>da</strong> a estria foi<br />

preenchi<strong>da</strong> com o gás, caso contrário, deve-se fazer um retoque. O tratamento é indicado para<br />

todos os tipos de estrias, novas, velhas, brancas, vermelhas, largas ou estreitas (BORGES,<br />

2006).<br />

Após a ação mecânica ocorri<strong>da</strong> na <strong>carboxiterapia</strong>, provoca<strong>da</strong> pelo “trauma” <strong>da</strong> agulha e pela<br />

introdução do gás, há a produção de um processo inflamatório e conseqüente migração de<br />

fibroblastos para a região <strong>da</strong> agressão e sua posterior proliferação estimulando a síntese de<br />

colágeno e de outras moléculas do tecido conjuntivo, como a fibronectina, glicoproteína<br />

encontra<strong>da</strong> no sangue, associa<strong>da</strong> a vários processos biológicos como adesão e diferenciação<br />

celular, reparação de tecidos, servindo como substrato para enzimas fibrinolíticas e <strong>da</strong><br />

coagulação (SCORSA; BORGES, 2008).<br />

Após a aplicação, observa-se um eritema intenso nos locais tratados. Quanto mais tempo<br />

permanecer esse eritema na pele, melhor a resposta trófica do organismo, ou seja, melhor será<br />

a cicatrização <strong>da</strong> estria com melhor prognóstico (BORGES, 2006).<br />

O CO2 é um gás inodoro, incolor, e atóxico. É o produto endógeno natural do metabolismo<br />

<strong>da</strong>s reações oxi<strong>da</strong>tivas celulares, produzido no organismo diariamente em grandes<br />

quanti<strong>da</strong>des e eliminado pelos pulmões durante a respiração (SCORSA; BORGES, 2008).<br />

A resposta inflamatória diante uma “agressão” física é imediata e atua no sentido de destruir,<br />

diluir ou bloquear o agente agressor, mas, por sua vez, desencadeia uma série de eventos no<br />

tecido conjuntivo vascularizado, inclusive no plasma, nas células circulantes, nos vasos<br />

sangüíneos e nos componentes extravasculares do tecido conjuntivo, com o objetivo de<br />

cicatrizar e reconstituir o tecido lesado (ROBBINS, et al, 1996).<br />

Os benefícios gerados pela <strong>carboxiterapia</strong> seriam atribuídos a vasodilatação arteriolar,<br />

neoangiogênese, potencialização do efeito Bohr, aumento <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de microcirculatória e<br />

ativação de barorreceptores cutâneos provocados pela aplicação do gás CO2 (SILVA, 2009<br />

apud LOPEZ ; WORTHINGTON, 2006).<br />

4. Discussão<br />

O presente trabalho visou fazer uma revisão de literatura, a fim de relatar alguns tratamentos<br />

existente para as estrias, porém, há poucos estudos falando <strong>da</strong>s técnicas disponíveis, explicano<br />

12


se o tratamento é satisfatório, se ocorre a redução <strong>da</strong> espessura, largura e comprimento <strong>da</strong>s<br />

estrias, e/ou até mesmo a eliminação por completa desse problema dermatológico.<br />

Foram seleciona<strong>da</strong>s três técnicas, a <strong>carboxiterapia</strong>, <strong>galvanopuntura</strong> e <strong>peeling</strong> químico, e<br />

podemos observar que os resultados são excelentes, pois há uma melhora significativa <strong>da</strong>s<br />

estrias, chegando a eliminá-las por completo em muitos casos. O fator fun<strong>da</strong>mental para os<br />

resultados satisfatórios é o processo inflamatório que os procedimentos causam, por ser<br />

utilizado agulha, corrente elétrica e gás carbônico, promovendo uma produção acelera<strong>da</strong> de<br />

fibroblastos, colágeno e elastina, renovando a pele, fazendo com que as estrias desapareçam.<br />

No caso do <strong>peeling</strong> químico o resultado é bom para estrias inicias, ele causa uma renovação<br />

celular, porém, não chega a eliminá-las por completo, mais para as estrias albas, o resultado<br />

não é tão eficaz. Portanto observamos que essas técnicas são bastante eficazes para tratar a<br />

atrofia linear cutânea.<br />

5. Conclusão<br />

Verificamos que as técnicas <strong>carboxiterapia</strong> e <strong>galvanopuntura</strong>, são excelentes para combater a<br />

atrofia linear cutânea, pois através <strong>da</strong> inserção <strong>da</strong> agulha com gás carbônico, e <strong>da</strong> agulha com<br />

corrente elétrica, acontece um processo inflamatório, causando a produção de fibroblastos<br />

renovando e <strong>da</strong>ndo vitali<strong>da</strong>de para as áreas que continham estrias, suavizando e em muitos<br />

casos eliminando-as por completo. Já o <strong>peeling</strong> químico, consegue tratar estrias iniciais,<br />

melhorando seu aspecto, entretanto não consegue eliminá-las, e nas estrias albas não há a<br />

melhora considerável do aspecto <strong>da</strong> atrofia linear cutânea. Ain<strong>da</strong> faltam estudos comprovando<br />

a eficácia do <strong>peeling</strong> químico para estrias. Mais podemos verificar que a combinação de<br />

várias técnicas, podem ter resultados surpreendentes para acabar definitivamente com as<br />

desagradáveis estrias.<br />

13


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