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Baixos - Brasiliana USP

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80 O BRASIL HOLANDÊS SOB<br />

Maurício, cobrando maior ânimo com estas notícias e P ar * na °<br />

se acreditar que lhe faltava inteira confiança no seu próprio vaior<br />

e no dos seus ou na fortuna da guerra, sabendo, demais disso, que<br />

nem sempre entram em peleja exército iguais até o equilíbrio, pois<br />

mais de uma vez as maiores hostes foram desbaratadas por um poder<br />

exíguo alentado por uma exígua esperança, preferiu tentar a sorte<br />

dúbia das armas a retardar, num ócio mal visto, as vantagens e a<br />

glória da Companhia. Neste entremeio, esperava chegassem, ou no<br />

começo do cerco ou no curso dele, os esforços enviados da Europa.<br />

Tendo de partir para uma campanha fora do país, para não deixar<br />

suas províncias expostas às irrupções dos inimigos e às convulsões<br />

intestinas, ordenou as providências que importavam à segurança delas<br />

. No Recife foram os cidadãos alistados em quatro companhias,<br />

cada uma com o seu comandante, para a guarda do lugar, acrescentando-se-lhes<br />

uma companhia de soldados pagos, sob o coronel Nicolau<br />

Ritter. Compunha-se cada uma de 130 homens. Na Paraíba<br />

deu-se uma guarda cívica de 150 homens para a defesa da cidade<br />

Frederica. Na ilha e na vilazinha de Itamaracá acantonava-se a do<br />

coronel Schkoppe, contando só 40 soldados. Assim também se formaram<br />

e colocaram guarnições em outras localidades do litoral, conforme<br />

o reclamavam as necessidades.<br />

ANO DE 1638. Em Abril de 1638, ao entrarem as chuvas (101), realizadas an-<br />

\ tes preces públicas, as quais são os piedosos inícios das ações que se<br />

vão praticar, proveu Maurício de mantimentos, armas e outros pef<br />

trechos bélicos 22 naus para as necessidades do assédio, esperando<br />

i Gisselingh acom- que melhor obteria do inimigo o restante. Sem delongas, chamando<br />

Pan a diçêo eXpe para conselheiro o almirante Gisselingh, membro do Conselho Supremo<br />

e Secreto, partiu de Pernambuco, com vento de feição, aos<br />

8 de Abril e, fazendo-se ao largo, surgiu diante da Baía de Todos<br />

os Santos, após seis dias de próspera viagem. Sói-se fazer tal derrota,<br />

nesta quadra do ano, apenas em quatro ou seis semanas. Uniram-se<br />

depois à esquadra nove naus, que se mandaram na dianteira<br />

abrir caminho para aquela navegação, de sorte que, ao declinar do<br />

dia, tivessem ante os olhos a chamada Terra Branca, afim de não<br />

perderem de vista a frota, desgarrando-se. Demandando do mar<br />

alto a terra, avistaram os holandeses primeiro a Torre de Garcia de<br />

Ávila e a de Santo Antônio. Era parecer do Conde entrar no dia<br />

seguinte a Baía de Todos os Santos. Soprando, porém, ventos ponteiros,<br />

parou algumas horas junto à barra do rio Vermelho (102 )*"<br />

demorando acinte a derrota com os bordos que fazia. Isso iust<br />

mente enganou ao governador da Baía, o qual, suspeitando a *'

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