Baixos - Brasiliana USP
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ivelche der kônig selbst hatte pressen lassen"<br />
(p. 458).<br />
(249) Segundo o testemunho de Fr.<br />
Rafael de Jesus, Nassau comprara espiões<br />
na Baía : "Tinha o Conde de Nassau comprado<br />
espias em aquella Praça (além dos<br />
Christãos novos, que nella habitavam, que<br />
o são em todas) por cuja negociação sabia<br />
o menor intento da nossa gente". Trata<br />
aí o cronista da detença da armada espanhola<br />
na Baía. CASTRIOTO LUSIT., L.<br />
III, pág. 156 da edição de 1679.<br />
(250) Para a descrição das batalhas<br />
navais entre holandeses e luso-espanhóis<br />
serviu-se Barléu de uma peça oficial intitulada<br />
: "Cort en waeraghtigh verhael van<br />
de comst en vertreck van de maghtighe<br />
Spaensche vloot in Brasil etc. door P. van<br />
der Maersche" Há cópia desse documento<br />
no Arquivo Real de Haia (Algemeen, Rijkarchief)<br />
Comp. das índias Ocid., antiga<br />
Comp.. maço 55. Naber, em vez de traduzir<br />
Barléu nessa parte, transcreve a narração<br />
de van der Maersche.<br />
(251) "Idem sunt, quorum classes, aspectantibus<br />
omnibus Sanctis, in ipso Sinu<br />
olim exussere gens vestra" (p. 164) . Parece<br />
haver neste rodeio um tom irônico,<br />
pois seria mais natural dizer o autor "na<br />
própria Baía de Todos os Santos" Na tradução<br />
alemã : "vor den Augen allerheiligen<br />
in der Baya" (p. 408)<br />
(252) ". . .qui simul ac in navem cui a<br />
Fama nomen erat & insigne, transiit, transiu<br />
quoque in Famae vocês" (p. 165) . Note-se<br />
o trocadilho muito no gosto da época.<br />
(253) Geele Son em holandês.<br />
(254) O rio Cunhaú, que a princípio<br />
se chama Curimataú, nasce na Paraíba,<br />
num contraforte da Borborema, município<br />
de Campina Grande e penetra no Rio Grande<br />
do Norte, desaguando no Oceano, na<br />
Barra do Cunhaú, a 6.°-19'-36" de lat. meridional.<br />
As águas do mar, por influência<br />
das marés, penetram rio acima cerca de 20<br />
klms., permitindo que cheguem até Canguaretama<br />
as embarcações de pequeno calado.<br />
(255) No texto, à pág. 170, <strong>Baixos</strong> de<br />
Rochas. São os Baixios de São Roque, fronteiros<br />
à costa do Rio Grande do Norte, que<br />
se estendem do Cabo de São Roque ao<br />
Cabo do Calcanhar e são constituídos por<br />
uma série de rochedos ao longo do litoral,<br />
chamados Maracajaú, Cacau e Sioba. Formam<br />
um canal com uma saída para o N.<br />
e outra para o S., denominado Canal de<br />
S. Roque nas cartas do Almirantado Inglês.<br />
(Nota de Naber à pág. 228 da tradução<br />
holandesa).<br />
(256) Veja-se a nota 250.<br />
NOTAS DO TRADUTOR 389<br />
(257) Ilha do Mar das Antilhas, pertencente<br />
às ilhas de Sotavento e ao norte da<br />
Venezuela.<br />
(258) Nas Epanáforas de Vária História<br />
Portuguesa, de D. Francisco Manuel<br />
de Melo, dá este insigne escritor minuciosa<br />
descrição da Batalha das Dunas, sob o titulo<br />
"Conflito do Canal" Também dela tratou<br />
Barléu num discurso em latim no Athenaeum<br />
Illustre de Amsterdam a 13 de Novembro<br />
de 1639.<br />
(259) . . .cui licet in prima coitione dejecta<br />
essent mali summa, ut decussis thoraciis<br />
& dolonibus maris arbítrio jactaretur"<br />
(p. 175). Achamos bastante dificuldade<br />
para verter com rigor o termo náutico thoracium,<br />
que não é abonado por nenhum<br />
autor clássico latino* sendo até omitido em<br />
alguns léxicos usuais. O Lexicon totius<br />
latinitatis (Facciolatti e Forcellini) ensina :<br />
"In re náutica esse id quod Itálice cassa<br />
delle pulegge dicitur, tradit cl. Guglielmotti,<br />
Di due nave Romane, etc, sed nullo classicae<br />
Latinitatis auctore laudato" "Cassa delle<br />
pulegge" seria "caixa dos moitões", o que<br />
ao caso não convém. Sendo vocábulo de<br />
origem grega, encontramos no " Dictionnaire<br />
Grec-Français" de Bailly accepção mais<br />
adequada ao texto, a saber • Oupáxiov:<br />
sorte de rempart ou de parapet sur Ia hune<br />
d'un navire, formant une cage oú étaient<br />
postes des hommes armes de traits (Asclépiades,<br />
Athénée, 475 a). Esta significação<br />
do vocábulo justifica, pois, a versão dele<br />
por "cesto da gávea" Quanto a dolon,<br />
também derivado do grego, é, segundo o<br />
citado Lexicon totius latinitatis : "In navi<br />
est minus velum, fortasse quod nunc ltali<br />
Trinchetto appellant, et fortasse quod artemon<br />
dicitur" Vê-se que é hesitante a definição,<br />
podendo trasladar-se a palavra por<br />
traquete e por artimão. O mesmo léxico,<br />
verb. Artemo, onis, ensina : "Est velum<br />
quoddam in navi, ab -\- iprivpai appendor,<br />
suppendor; sed quale illud sit, non satis<br />
inter eruditos constat. Baysius, de re<br />
navali, p. 121, putat esse velum majus,<br />
quod etiam ltali vocant artimone, ut est in<br />
Léxico Academicorum delia Crusca. At<br />
Scheffer, de milit. nav. 5 1.2. secutus Isid.<br />
19, Orig. 3, tradit esse velum parvum, quod<br />
in summitate mali supra majus velum appenditur,<br />
et dirigendae potius navis causa,<br />
quam agendae adhibetur. Atque haec videtur<br />
esse vera significado hujus voeis :<br />
cui argumento sunt etiam ea quae ibidem<br />
Labeo (Digesto, 50, 15, 242) addit." No<br />
já mencionado diecionário de Bailly, se lê :<br />
AóXcoi', ui>os(à) petit hunier, Ia plus petite<br />
voile fixée à 1'avant d'unt navire, Poli.,<br />
1,91. Ora 'petit hunier" é velacho; portanto,<br />
trata-se do mastro de proa. Mas,