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Baixos - Brasiliana USP

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Dalmácia, onde se dava à cultura dos<br />

jardins.<br />

(223) Moeda de prata fabricada antigamente<br />

na Alemanha, Suécia, Dinamarca,<br />

Polônia, Flandres e Suíça. Chamavam-lhe<br />

em França o escudo do Império e, no século<br />

XVIII, avaliavam-no em 5 libras e 8 soldos<br />

torneses. Em Barléu "imperiales"<br />

(224) E' a seguinte a enumeração do<br />

texto : "Adhaec ignotae terris nostris Papajae,<br />

Mammae, lenepapae, Mangarae, Calabassiae,<br />

Acajusiae, Ovasiae, Palmae, Cerasi<br />

<strong>Brasiliana</strong>e, Pyri Punicae, Aratucae,<br />

Sempervivae, Bacovae sive Bananes". (página<br />

144).<br />

(225) Mangarae é certamente erro ou do<br />

autor ou do copista. Devia ler-se mangabae.<br />

De fato, está Barléu citando árvores,<br />

e não parece razoável incluir entre estas o<br />

mangará, designação de várias aráceas,<br />

plantas tuberosas, de tubérculos comestíveis<br />

(Caladium) (de mã -|- cara = o tubérculo<br />

ou raiz de montão, segundo T. Sampaio)<br />

. A esta planta se refere Cardim :<br />

"Nesta terra ha outros gêneros de fructas,<br />

como caraminhas pretas, e vermelhas, batatas,<br />

outras raízes que chamam mangará,<br />

outra que chamam cará..." A árvore frutífera<br />

é a mangabeira (Hancornia speciosa<br />

de Gomes, família das Apocíneas). Dela<br />

falam Cardim, Simão de Vasconcelos, G.<br />

Soares. Marcgrav e Piso. O fruto (e também<br />

a árvore) chama-se mangaba, corruptela<br />

de mongaba, o grude, o visco, segundo T.<br />

Sampaio. Em G. Soares mangaba, em Piso<br />

é Marcgrav mangaiba e mangahiba.<br />

(226) Uvalheira, árvore que dá a ubaia,<br />

uvaia ou uvalha (Eugenia campestris de<br />

Veloso, mirtácea). Corruptela de ubá-aia,<br />

o fruto azedo (T. Sampaio).<br />

(227) O que Barléu chama de cereja do<br />

Brasil (Cerasi <strong>Brasiliana</strong>e) são as pitangas<br />

(Eugenia uniflora, mirtácea). Falando desta<br />

planta, escreve Vasconcelos : "Pitangueira,<br />

seus frutos são como ginjas de Portugal<br />

em gosto, e qualidade" (II, 85). A<br />

ginja é uma variedade de cereja (cerasus<br />

juliana), de um vermelho mais escuro que<br />

esta e de sabor agri-doce (Tupí-guaraní —<br />

pitanga ou piranga = vermelho, rubro) .<br />

Em Marcgrav (Hist. Nat. L. IV, c. 24)<br />

lê-se "Ibipitanga sive Cerasus <strong>Brasiliana</strong>"<br />

(p. 187 ed. de 1648).<br />

(228) SEMPERVIVAE. Com esta denominação<br />

vaga quis Barléu indicar uma<br />

planta desconhecida na Europa ou pelo menos<br />

na Holanda. Tobias Silberling manteve<br />

ó nome tal qual, e S. L'Honoré Naber verteu-o<br />

por " sempervivum" (pág. 202). Mas<br />

sempervivum, gênero das crassuláceas, é<br />

uma erva de pequeno porte, comum nas<br />

regiões temperadas do velho mundo. As<br />

crassuláceas americanas em regra pertencem<br />

NOTAS DO TRADUTOR 387<br />

ao gênero Sedum, encontrando-se de preferência<br />

na parte ocidental do continente<br />

(E. Unidos, México, Peru, etc). As espécies<br />

do gênero Sedum são plantas herbáceas,<br />

erectas ou decumbentes, de hastes e<br />

folhas carnosas e suculentas. Crescem em<br />

sítios quentes, secos e expostos. Levado<br />

provavelmente por imperfeitas e longínquas<br />

semelhanças entre as crassuláceas e as cactáceas,<br />

pois estas são também plantas carnosas,<br />

suculentas e tipicamente xerófilas, intentou<br />

Barléu exprimir, com a designação<br />

"semperviva", alguma cactácea, talvez o<br />

jamacarú ou mandacaru (CEREUS JAMA-<br />

CARÜ, CEREUS TRIANGULARIS), cacto<br />

arborescente assaz conhecido, que dá um<br />

fruto comestível e apreciado. Na carta do<br />

Sergipe e na vista do Forte de Maurício<br />

que ilustram a obra *de Barléu figuram representações<br />

de cactáceas, naturalmente<br />

como curiosidades da flora brasílica. Piso,<br />

Marcgrav e Simão de Vasconcelos tratam<br />

do jamacarú e da urumbeba. Parece, portanto,<br />

exata a identificação do termo "semperviva"<br />

empregado no texto latino com<br />

o jamacarú, o qual indubitavelmente havia<br />

de existir no parque ou no pomar de Maurício<br />

como vegetal curioso e útil.<br />

(229) A cidade de Colônia, na Prússia<br />

Renana, foi uma antiga colônia de veteranos<br />

romanos, que, em honra de Agripina, mulher<br />

de Germânico, se chamou Colônia<br />

Claudia Augustina Agrippinensis ou simplesmente<br />

Agripina, subentendendo-se o substantivo<br />

Colônia.<br />

(230) O Saona.<br />

(231) Refere-se o autor a Matias de<br />

Albuquerque Coelho, irmão do donatário<br />

de Pernambuco. Durante ai." invasão holandesa,<br />

foi nomeado governador geral do<br />

Brasil para substituir D. Diogo de Mendonça<br />

.<br />

(232) Querendo os Tebanos subjugar a<br />

Fócida, acusaram os foceus perante a liga<br />

anfictiônica de se terem apossado de alguns<br />

terrenos pertencentes ao templo de Apoio<br />

e de os terem cultivado. O tribunal condenou-os<br />

a uma elevada multa, superior aos<br />

recursos do seu país pobre. Recusando-se<br />

eles a pagá-la, entregou-se aos tebanos a<br />

execução do castigo em que incorreram. Os<br />

foceus então vingaram-se dos habitantes de<br />

Delfos, principais instigadores da sua condenação,<br />

atacando-lhes a cidade e impondolhes<br />

ônus e impostos excessivos. Depois<br />

apoderaram-se do célebre templo délfico e<br />

roubaram-lhe os tesouros, empregando-os na<br />

leva de considerável exército, com o qual<br />

resistiram dez anos aos seus inimigos e tomaram<br />

até algumas cidades da Beócia. Comandavam-nos<br />

dois bravos irmãos — Filomeno<br />

e Onomarco. Diante dos seus desastres,<br />

pediram os tebanos o socorro de Fili-

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