Baixos - Brasiliana USP
Baixos - Brasiliana USP
Baixos - Brasiliana USP
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
dediti, hanc Spartam ornare student" (oágina<br />
125).<br />
(126) Usão estes indios de umas ocas<br />
ou casas de madeira cobertas de folha, e<br />
são de comprimento algumas de duzentos<br />
e trezentos palmos" (F Cardim, Tratados<br />
da Terra e Gente do Brasil, edição de<br />
J. Leite, Rio, 1925, p. 169).<br />
(127) A palavra hamaca (espanhol hamaca.<br />
francês hamac, italiano amaca, português,<br />
maça, inglês hammock) é de origem<br />
caraíba. Já Colombo, no diário da sua<br />
primeira viagem, usou-a : "Grande número<br />
de índios chegaram-se hoje em canoas ao<br />
navio afim de trocarem seu algodão e hamacas<br />
ou redes em que dormem" Veja-se<br />
The Century Dictionary and Cyclopedia,<br />
verb. hammock.<br />
(128) Cabaça não é vocábulo indígena.<br />
... seu maior enxoval vem a ser huma<br />
rede, hum patiguá, hum pote, hum cabaço,<br />
huma cuya,, hum cão" Simão de Vasconcelos,<br />
Chron. da Companhia de Jesus, L.<br />
I, 120 (ed. de 1865).<br />
(129) "Sine blandimentis pellunt famem'<br />
(p. 127). Imitação da frase de Tácito<br />
(Germânia, c. XXIII) relativa aos germanos<br />
: "...sine apparatu, sine blandimentis -<br />
expellunt famem". A frase seguinte é reprodução<br />
exata da de Tácito no mesmo<br />
lugar : "Adversas sitim non eadem temperantia"<br />
(130) "...potum ex mandiocae radicibus<br />
dente contritis aqua dilutis, exspectato<br />
açore, conficiunt, ut & alium e pomis Tajovis,<br />
pro anni tempestivitate" (p. 127).<br />
Parece que Barléu se refere à taiá ou taioba<br />
(tala -|- oba = folha de taiá), cujo nome<br />
cientifico é Caladium esculentum, família<br />
das aroídeas, chamada ainda couve caraíba.<br />
Na tradução de Silberling : "... aus einer<br />
Arth Apfekn, die man bey jnen Tajovi<br />
nennet" (p. 368). No seu relatório diz<br />
van der Dussen que os índios fazem uma<br />
bebida de mandioca misturada com água,<br />
que bebem depois de fermentada, e outra de<br />
caju : "maecken eenem dranck van geknaueude<br />
farinha wortelen met water vermengt<br />
die sej, suer goworden sijnde, drincken.<br />
Sie maecken oock, dranck van Cajouappelen<br />
ais het saizoen is" L'Honoré Naber,<br />
(p. 161). Simãp de Vasconcelos (obr. cit.<br />
L. I, 141), enumerando as castas de vinho<br />
dos índios, não fala deste.<br />
(131) " .. .pecunias nullo praetio habent,<br />
nisi ob hoc, quod per eas hispaniensis, &<br />
ADUSTI VINI compotes fiant" (p. 127).<br />
Adustum vinum é aguardante, assim chamado<br />
por Barléu talvez em referência ao<br />
modo pelo qual é preparada esta bebida,<br />
isto é. a distilação. Tobias Silberling também<br />
assim verteu a expressão : "Des Geldes<br />
achten sie ganz nit, dan ailein Spa-<br />
NOTAS DO TRADUTOR 379<br />
nischen Wein und Brantwein davor zu kaufen"<br />
(p. 369). E em Naber : "Gelt is haer<br />
niet verder waerdt ais dat, omdat men daervoor<br />
brandewyn en spaense wijn can coopen..."<br />
(pág. 162).<br />
(132) "Nesta casa mora um principal,<br />
ou mais, a que todos obedecem" (Fernão<br />
Cardim, obr. cit, (p. 169).<br />
(133) No livro de Nina Rodrigues —<br />
Os Africanos no Brasil —, págs. 58 ^, foi<br />
bastante alterado o pensamento de Barléu<br />
neste último período. Diz o texto : "nigritae<br />
Congenses & Sonhenses aptissimi ad operas,<br />
ut ex re Societatis fit, hujus mercatus rationem<br />
haberi & amicitia jungi Comitês Sonhensem<br />
& Congensem" A tradução do<br />
eminente médico baiano é esta : "os da<br />
Nigrícia, naturais do Congo e os Sonhenses<br />
são muito aptos para os trabalhos, quando<br />
se trate da vida de sociedade, sendo não<br />
só esta a razão deste mercado, como também<br />
o fato de viverem unidos como companheiros,<br />
por laços de amizade"<br />
(134) O mesmo que urucú (Bixa Orellana)<br />
.<br />
(135) Veja-se a pág. 79 e a nota 89.<br />
(136) .. .explendo Novemviratu, & fulciendae<br />
honoratorum consiliis Reipubl." Uma<br />
das accepções de honoratus, tomado como<br />
substantivo, é magistrado, como se pode<br />
justificar com o Lexicon totius Latinitatis,<br />
de Forcellini, verb. honoro, onde se lê :<br />
"Speciatim usurpatur de iis qui magistratus<br />
gessere, geruntve. Ovid. 1, Fast. 52. Simul<br />
exta deo data sunt, licet omnia fari Verbaque<br />
honoratus libera praetor habet, etc.<br />
(137) " .. .& Theodosium, nomine Imratorem"<br />
Na tradução alemã : "... wie<br />
auch Theodosi Keyer..." (p. 377). Em<br />
L'H. Naber, transcrevendo o relatório de<br />
van der Dussen, "Theodosius L'Empereur"<br />
(P- 170).<br />
(138) Na monografia do Dr. Pedro<br />
Souto Maior — A Religião Cristã Reformada<br />
no Brasil no século XVII ~-, publicada<br />
no tomo especial (1915) da Revista<br />
do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,<br />
encontram-se as atas dos sínodos e<br />
classes do Brasil, durante o domínio holandês.<br />
Nela aparecem os nomes das principais<br />
figuras do clero reformado da época,<br />
ora alatinados, ora na sua forma originária.<br />
Assim lê-se ali : predicantes Samuel Batiler,<br />
Cornelio van der Poel, Jodocus a Stetten,<br />
Joaquim Soler, J. Theodoro Polhemius,<br />
David a Dorenslaer, Jacob Altrichts, etc.<br />
(139) Alusão às palavras de S. Paulo,<br />
na primeira epístola aos Coríntios, c. I, 23 :<br />
"nos autem praedicamus Christum crucifixum<br />
. Judaeis quidem scandalum, gentibus<br />
autem stultitiam". "Pregamos a Cristo crucificado,<br />
escândalo de fato para os judeus.