16.04.2013 Views

Baixos - Brasiliana USP

Baixos - Brasiliana USP

Baixos - Brasiliana USP

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

374 NOTAS DO TRADUTOR<br />

GUÁ, que nos cronistas e autores holandeses<br />

da época ocorre sob a forma JARA-<br />

GOA, v. gr. em Marcgrav, Hist. Rer.<br />

Nat. Brás., liv. VIII, c. I.<br />

(59) Prope Corregippam..."<br />

(60) "Pandunt se locorum plana. .. quae<br />

torrentibus rivulisque Iene fluentibus irrigantur"<br />

Rivulus é arroio, regato, riozinho,<br />

riacho, e pode ter um curso remansado ou<br />

impetuoso. Torrens, porém, é torrente,<br />

"corrente impetuosa de água, sem canal determinado",<br />

conforme a definição de Aulete.<br />

O Lexicon totius latinitatis, de Facciolatti<br />

e Forcellini, reza : "Torrens, entis,<br />

m. 3, substantivorum more. Proprie est<br />

fluvius subtis imbribus concitatus, qui alioquin<br />

siccitatibus exarescit, vel ab aesto quo<br />

fertur, vel quia cito torrescit et siccatur"<br />

E exemplifica com Ovídio : "Flumine perpetuo<br />

torrens solet acrius ire, Sed tamen<br />

haec brevis est, illa perennis aqua" Rem.<br />

Am., 651. Quer. pois, parecer-me que o<br />

autor atribuiu ao termo torrens a sua significação<br />

própria de "curso de água temporário"<br />

Adotámo-la na tradução, porque<br />

nos pareceu incongruência dizer em<br />

português "torrente tranqüila" Torrente<br />

sugere, de ordinário, idéia de ímpeto, de<br />

violência, de estrépito, e Barléu está falando<br />

de correntes serenas que irrigam uma<br />

planície. Tobias Silberling verteu : "Man<br />

finde t offt eine grosse und weite ebene. ..<br />

in welcher gar viel schõner und geling fli—<br />

essender Bãche und dergleichen Wasserlein...<br />

sichet" (p. 136).<br />

(61) Missi in Couhaovenses fuere Albertus<br />

Smientius & Paulus Semlerus" (p.<br />

47). Soudiey, na tradução que já citámos<br />

(Luiz J. de Oliveira e Castro), diz simplesmente<br />

: "Mandaram-se dois deputados<br />

ao Sertão à cata de minas" (p. 338, t. II).<br />

Entretanto, na palavra Couhaovenses parece<br />

ter havido erro tipográfico, pondo-se<br />

u por n. Deve emendar-se para Conhaovenses,<br />

única lição que permite identificar-se<br />

a palavra. Em S. P L'Honoré<br />

Naber lê-se Conhaova : "Naar Conhaova<br />

zijin Albert Smient en Paul Semler iutgezonden"<br />

(p. 58)<br />

(61-A) "Constituti per praefecturas oppida,<br />

pagos, magistratus, Electores dicti,<br />

praetores, et Iudices, qui civilia curarent<br />

& criminum causas, legibus hic receptis"<br />

(P- 48).<br />

Os escabinos eram eleitos por uma<br />

eleição de três graus. O conselho de justiça<br />

elegia os eleitores ; estes organizavam<br />

as listas dos indivíduos aptos para serem<br />

membros das câmaras, e sobre essa lista o<br />

supremo conselho escolhia os escabinos"<br />

Dr. Higino Pereira, in Rev. do Inst. Arqueológ.<br />

e Geogr. de Pernambuco, n. 30,<br />

p. 27 Os escabinos constituíam câmaras<br />

semelhantes às nossas câmaras municipais.<br />

A elas presidiam os escultetos, que desempenhavam<br />

ainda funções de exatores fiscais,<br />

delegados da administração e promotores<br />

públicos. Segundo o direito holandês, cabia<br />

ao stadhouder criar e nomear os magistrados,<br />

tais como os burgomestres, os<br />

aldermen e conselheiros das cidades (conforme<br />

o teor das cartas e antigos privilégios<br />

a elas outorgados), em alguns casos<br />

após recomendação prévia, noutros após livre<br />

e plena eleição. "Nos casos ordinários,<br />

a justiça era administrada, tanto nas<br />

cidades como nas aldeias, pelos escabinos<br />

(Schepenen), e para tal fim se nomeavam<br />

sete e às vezes oito, com a diferença,<br />

porém, de que nas cidades os escabinos conhecem<br />

indistintamente de todas as causas<br />

não somente cíveis e comuns, mas, criminais,<br />

sendo o seu presidente ou principal<br />

oficial o Sherif (Schout ou esculteto). Este<br />

não é de fato Juiz, mas executa os mandados<br />

dos juizes, convoca a Corte Criminal,<br />

recolhe os votos, sustenta os direitos do<br />

país nas causas públicas e atua como promotor<br />

e inquiridor nos processos crimes.<br />

O termo Schout deriva de Sgult, entre os<br />

Germanos Sgoultes, porque é, como teria<br />

sido, um arrecadador da dívida pública, e<br />

Grócio, Introd., liv. 2, cap. 28, § 9, observa<br />

que nos antigos escritos encontramos Sgult<br />

e SgoUdig por Sgult e Sguldig". Comentários<br />

sobre o direito romano-holandês por<br />

Simão van Leeuwen, tradução de J. G.<br />

Kotze, Londres, 1881, vol. I, cap. II, páginas<br />

15-17.<br />

(62) Direito consuetudinário.<br />

(63) "... cum obsignandus piis divinus<br />

favor, porrigerent incurrentia in óculos sacrosancta<br />

gratiae signa", (p. 51). Para<br />

simplificar esta frase, verti sua segunda parte<br />

— incurrentia in óculos sacrosancta gratiae<br />

signa — apenas pela palavra sacramentos,<br />

cuja definição teológica, dada pelo Catecismo<br />

Romano, é : "Invisibilis gratiae signum<br />

ad nostram justificationem institutum".<br />

(Part. 2, n.° 5), no mesmo sentido da perífrase<br />

de Barléu.<br />

(64) O Forte de Nassau foi construído<br />

a expensas dos Estados Gerais em Moréia<br />

e Costa do Ouro por Jacó Adriaanssen<br />

Clantius, em 1612.<br />

(64-A) Não pudemos saber qual seja<br />

essa localidade. No Dicionário de Geografia<br />

Universal, publicado sob a direção de<br />

Tito Augusto de Carvalho (1883), encontramos<br />

MOROA : "Nome que recebe o<br />

canal ao S. de um ilhéu extenso e deshabitado<br />

que divide em duas a corrente na<br />

foz do rio Cuvo, no cone. do Novo Redondo,<br />

distrito de Loanda, província de<br />

Angola (África portuguesa ocidental). E'<br />

esta a opinião mais seguida, conquanto ai-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!