Baixos - Brasiliana USP

More documents

Recommendations

Info

364 O BRASIL HOLANDÊS SOB Holanda, quando, após a tomada de Antuérpia pelo exército espanhol sob o mando de Alexandre Farnese (1585), exerceu Filipe II certo rigor contra os sectários da Igreja Reformada. Cresceu, pois, Barléu na Holanda, e em 1617 entrou como professor de lógica na Universidade de Leide. Logo, porém, se envolveu na viva controvérsia teológica que surgiu entre os partidários de Jacó Harmensen (Jacobus Arminius) e os de Francisco Gomaro. Formando ao lado de Barneveldt e Grócio, deu a sua adesão ao arminianismo. Esta famosa controvérsia acendeu paixões e suscitou perseguições políticas. O Sínodo de Dordrecht em 1618 condenou os cinco artigos dos arminianistas e Maurício de Nassau, inimigo deles, mandou prender Barneveldt e Groot (Grócio). O primeiro, grande pensionário da Holanda, acusado de traição, morreu no cadafalso em 1619, tendo Maurício assistido à execução. Em conseqüência dessa agitação religiosa e política, foi Barléu expulso da Holanda, refugiando-se em Caen, cidade universitária da Normândia. Aí se doutourou em medicina, já maior de trinta anos. Serenadas depois as paixões que a célebre polêmica teológica suscitara, voltou Barléu para a Holanda e, em 1631, foi nomeado professor de filosofia e retórica no Athenaeum de Amsterdam. Nessa cidade, foco ativo de intelectualismo e de arte, viveu êle os seus últimos anos. Fazia parte de luzida roda de intelectuais e de humanistas ilustres, como Daniel Heinsius, seu filho Nicolau Heinsius e Vossius (Voss). Pertencia ao grupo de letrados e artistas que o poeta Corneliszoon Hooft reunia no seu Castelo de Muiden. Os participantes dessas tertúlias constituíam o chamada "Círculo de Muiden" Barléu, Grócio, Voss, Spinoza e Rembrandt, em companhia de outros eruditos e artistas cristãos e israelitas, freqüentavam igualmente a roda do célebre judeu português Manasses Ben Israel, em Amsterdan. Além disso, foram contemporâneos de Barléu os poetas Constantino Huyghens (Hugenius), Joost van den Vondel, o maior vulto da literatura holandesa, e Jacó Cats (de Brouwershaven). Vê-se que êle floresceu na época de mais intensa atividade literária dos Paises-<strong>Baixos</strong>, quando estes, além disso, entravam em seu período de expansão colonial e de extraordinário enriquecimento. Não é Barléu das figuras mais brilhantes da sua geração, mas não se lhe pode negar renome como operoso humanista, tendo escrito quasi sempre em latim. Deixou trabalhos sobre física e medicina, mas o que mais o notabilizou foram os seus escritos latinos
O CONDE JOÃO MAURÍCIO DE NASSAU 365 em prosa e poesia, tais como Poemata (Leide, 1628 e 1631 e Amsterdam, 1645, e uma impressão fac-similada recente) e Orationes (1643 e 1652). "História dos oito anos de governo de Nassau no Btasil" que ora aparece em português, é talvez a sua obra de maior fôlego. Êle morreu em Amsterdam, um ano depois de dá-la à estampa, aos 14 de Janeiro de 1648. Os últimos tempos de sua vida foram tristes, pois se lhe enfraqueceu a razão em conseqüência talvez da sua excessiva atividade cerebral. Imaginava-se feito de barro e não permitia que alguém ou alguma cousa se aproximassem dele, temendo que o quebrassem. CLÁUDIO BÇANDÃO
Page 3:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO GASPAR BA
Page 7 and 8:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO GASPAR BA
Page 11 and 12:
AO MUITO ILUSTRE CONDE JOÃO MAURÍ
Page 13 and 14:
DEDICATÓRIA XI Com Marte que ia do
Page 15:
DEDICATÓRIA XIII Direi em resumo:
Page 19 and 20:
HISTORIA DOS FEITOS PRATICADOS NO B
Page 21 and 22:
O CONDE JOÃO MAURÍCIO DE NASSAU 3
Page 23 and 24:
Page 25 and 26:
Page 27 and 28:
O CONDE JOÃO I^AURICIO DE NASSAU a
Page 29 and 30:
Page 31 and 32:
Page 33 and 34:
Page 35 and 36:
Page 37 and 38:
Page 39 and 40:
Page 41 and 42:
Page 43 and 44:
Page 45 and 46:
Page 47 and 48:
Page 49 and 50:
Page 51 and 52:
Page 53 and 54:
Page 55 and 56:
Page 57 and 58:
Page 59 and 60:
Page 61 and 62:
Page 63 and 64:
Page 65 and 66:
Page 67 and 68:
Page 69 and 70:
Page 71 and 72:
Page 73 and 74:
Page 75 and 76:
Page 77 and 78:
Page 79 and 80:
Page 81 and 82:
Page 83 and 84:
Page 85 and 86:
Page 87 and 88:
Page 89 and 90:
Page 91 and 92:
Page 93 and 94:
Page 95 and 96:
Page 97 and 98:
Page 99 and 100:
Page 101 and 102:
Page 103 and 104:
Page 105 and 106:
Page 107 and 108:
Page 109 and 110:
Page 111 and 112:
Page 113 and 114:
Page 115 and 116:
Page 117 and 118:
Page 119 and 120:
Page 121 and 122:
Page 123 and 124:
F O CONDE JOÃO MAURÍCIO DE NASSAU
Page 125 and 126:
Page 127 and 128:
Page 129 and 130:
Page 131 and 132:
Page 133 and 134:
Page 135 and 136:
Page 137 and 138:
Page 139 and 140:
Page 141 and 142:
Page 143 and 144:
Page 145 and 146:
Page 147 and 148:
Page 149 and 150:
Page 151 and 152:
Page 153 and 154:
Page 155 and 156:
Page 157 and 158:
Page 159 and 160:
Page 161 and 162:
Page 163 and 164:
Page 165 and 166:
Page 167 and 168:
Page 169 and 170:
Page 171 and 172:
Page 173 and 174:
Page 175 and 176:
Page 177 and 178:
Page 179 and 180:
Page 181 and 182:
Page 183 and 184:
Page 185 and 186:
Page 187 and 188:
Page 189 and 190:
Page 191 and 192:
Page 193 and 194:
Page 195 and 196:
Page 197 and 198:
Page 199 and 200:
Page 201 and 202:
Page 203 and 204:
Page 205 and 206:
^ÊÀÍÈ^y O CONDE JOÃO MAURÍCIO
Page 207 and 208:
*w. O CONDE JOÃO MAURÍCIO DE NASS
Page 209 and 210:
Page 211 and 212:
Page 213 and 214:
Page 215 and 216:
Page 217 and 218:
Page 219 and 220:
Page 221 and 222:
Page 223:
A B. C. D. C D. E F. E G. F C E G.
Page 226 and 227:
Ilha Grande. O inimigo pensa em mod
Page 228 and 229:
208 O BRASIL HOLANDÊS SOB caminho
Page 230 and 231:
210 O BRASIL HOLANDÊS SOB tinha ab
Page 232 and 233:
212 O BRASIL HOLANDÊS SOB 30 DE MA
Page 234 and 235:
214 O BRASIL HOLANDÊS SOB condido
Page 236 and 237:
216 O BRASIL HOLANDÊS SOB furiosam
Page 238 and 239:
218 O BRASIL HOLANDÊS SOB pre o pr
Page 240 and 241:
220 O BRASIL HOLANDÊS SOB pestilen
Page 242 and 243:
222 O BRASIL HOLANDÊS SOB Ia sua a
Page 244 and 245:
224 O BRASIL HOLANDÊS SOB qualquer
Page 246 and 247:
226 O BRASIL HOLANDÊS SOB mido um
Page 248 and 249:
228 O BRASIL HOLANDÊS SOB Auxilias
Page 250 and 251:
Herckmann. 230 O BRASIL HOLANDÊS S
Page 252 and 253:
232 O BRASIL HOLANDÊS SOB Expediç
Page 254 and 255:
234 O BRASIL HOLANDÊS SOB chuvosos
Page 256 and 257:
Resposta. 10 DE NOVEM BRO DE 1641
Page 258 and 259:
Expõem-se as suas causas Revoluç
Page 260 and 261:
240 O BRASIL HOLANDÊS SOB A 1." de
Page 262 and 263:
242 O BRASIL HOLANDÊS SOB Mendonç
Page 264 and 265:
244 O BRASIL HOLANDÊS SOB recentes
Page 266 and 267:
246 O BRASIL HOLANDÊS SOB seus. Fa
Page 268 and 269:
248 O BRASIL HOLANDÊS SOB de modo
Page 270 and 271:
250 O BRASIL HOLANDÊS SOB obscurid
Page 272 and 273:
252 O BRASIL HOLANDÊS SOB número
Page 274 and 275:
254 O BRASIL HOLANDÊS SOB esparsas
Page 276 and 277:
256 O BRASIL HOLANDÊS SOB dade par
Page 278 and 279:
258 O BRASIL HOLANDÊS SOB ma, mas
Page 280 and 281:
Da nação dos tapuias. Regiões on
Page 282 and 283:
Amores. Noivas. Feiticeiros e vinho
Page 284 and 285:
Nobres. Casamentos. Objetos sagrado
Page 286 and 287:
266 O BRASIL HOLANDÊS SOB dos acer
Page 288 and 289:
268 O BRASIL HOLANDÊS SOB ser ganh
Page 290 and 291:
270 O BRASIL HOLANDÊS SOB lhe conf
Page 292 and 293:
272 O BRASIL HOLANDÊS SOB 15) Não
Page 294 and 295:
Etimologia. Clima. Corpo dos na tur
Page 296 and 297:
Regiões austrais Ilha de Chiloé,
Page 298 and 299:
A província de Valdívia compreend
Page 300 and 301:
280 O BRASIL HOLANDÊS SOB Sua alfa
Page 302 and 303:
282 O BRASIL HOLANDÊS SOB dançam
Page 304 and 305:
284 O BRASIL HOLANDÊS SOB Esfregam
Page 306 and 307:
286 O BRASIL HOLANDÊS SOB se tamb
Page 308 and 309:
288 O BRASIL HOLANDÊS SOB Procurav
Page 310 and 311:
Porto de Chiloé. Os Chilenos vêem
Page 312 and 313:
Pesos são 30 reales. 292 O BRASIL
Page 314 and 315:
294 O BRASIL HOLANDÊS SOB peita a
Page 316 and 317:
296 O BRASIL HOLANDÊS SOB seus hav
Page 318 and 319:
298 Langan Cheboe Chuguiboê llluib
Page 320 and 321:
300 O BRASIL HOLANDÊS SOB Nido Iwa
Page 322 and 323:
302 Metu Chan Lucu Wethuntoy Toy He
Page 324 and 325:
Rebelião do Ceará. JANEIRO DE 164
Page 326 and 327:
306 O BRASIL HOLANDÊS SOB e eníre
Page 328 and 329:
O Conde transmite o governo. Suprem
Page 330 and 331:
Com os portugueses. 310 O BRASIL HO
Page 332 and 333:
Como tratar os portugueses traidore
Page 334 and 335: vtncias. Como cobrar as dividas. 31
Page 336 and 337: 316 O BRASIL HOLANDÊS SOB da Igrej
Page 338 and 339: Jogos de azar. S a que s de soldado
Page 340 and 341: Blasfêmias e outros crimes. Trapac
Page 342 and 343: Armas dos cidadãos. Taxação do p
Page 344 and 345: 324 O BRASIL HOLANDÊS SOB partirem
Page 346 and 347: 326 O BRASIL HOLANDÊS SOB sagrado
Page 348 and 349: Concórdia do Conde com os diretore
Page 350 and 351: 330 O BRASIL HOLANDÊS SOB lhe, a s
Page 352 and 353: 332 O BRASIL HOLANDÊS SOB tos este
Page 354 and 355: Dívidas. Carestia de produtos agr
Page 356 and 357: Decadência do comércio. Esgotamen
Page 358 and 359: 338 O BRASIL HOLANDÊS SOB jóias e
Page 360 and 361: Pistolas. Reales. 340 O BRASIL HOLA
Page 362 and 363: 342 O BRASIL HOLANDÊS SOB duvido d
Page 364 and 365: 344 O BRASIL HOLANDÊS SOB como a d
Page 366 and 367: Açúcar : Da Companhia : branco 10
Page 368 and 369: 348 O BRASIL HOLANDÊS SOB que os a
Page 370 and 371: 350 O BRASIL HOLANDÊS SOB se, quan
Page 372 and 373: 352 O BRASIL HOLANDÊS SOB bainhar
Page 374 and 375: 354 O BRASIL HOLANDÊS SOB Lembro-m
Page 376 and 377: 356 O BRASIL HOLANDÊS SOB Sob teus
Page 379: EXPLICAÇÃO
Page 382 and 383: 362 O BRASIL HOLANDÊS SOB Tobias S
Page 387: NOTAS DO TRADUTOR
Page 390 and 391: 370 NOTAS DO TRADUTOR do de Plessis
Page 392 and 393: 372 NOTAS DO TRADUTOR tiosissimo m
Page 394 and 395: 374 NOTAS DO TRADUTOR GUÁ, que nos
Page 396 and 397: 376 NOTAS DO TRADUTOR José Higino
Page 398 and 399: 378 NOTAS DO TRADUTOR quarta parte
Page 400 and 401: 380 NOTAS DO TRADUTOR mas loucura p
Page 402 and 403: 382 NOTAS DO TRADUTOR (157) Jaguare
Page 404 and 405: 384 NOTAS DO TRADUTOR (181) "GUAPER
Page 406 and 407: 386 NOTAS DO TRADUTOR ya, fruto de
Page 408 and 409: 588 NOTAS DO TRADUTOR pe da Maoedô
Page 410 and 411: 390 NOTAS DO TRADUTOR derrubado o t
Page 412 and 413: 392 NOTAS DO TRADUTOR bre pela bata
Page 414 and 415: 394 NOTAS DO TRADUTOR pelos portugu
Page 416 and 417: 396 NOTAS DO TRADUTOR ben die Landp
Page 419 and 420: astecimento 53 Abina e Axem, e.xtâ
Page 421 and 422: De Herckman a Maurício e ao Suprem
Page 423 and 424: Expugnado 39 Da Restinga 76 e 144 D
Page 425 and 426: Mascarenhas (D. Fernando de) : Cond
Page 427 and 428: Normas de governo do Brasil deixada
Page 429: E também os ossos e os cabelos. Ma
Page 435:
          BRASILIANA DIGI
show all

Baixos - Brasiliana USP

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?