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Baixos - Brasiliana USP

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Amplitude do comércio<br />

no<br />

Oriente.<br />

Mercadorias d o<br />

Oriente.<br />

Porque o Oriente<br />

produz drogas<br />

quentes.<br />

Interessa à força,<br />

à glória da Repúblicanavegarse<br />

o Oriente.<br />

A Companhia comercial<br />

e guerreira.<br />

8 O BRASIL HOLANDÊS SOB<br />

Málaca. Comerciando ali, damos notícia dos reinos de Cambaia,<br />

Narsinga, Malabar, Orixá (11), Bengala, Pegú, Sião e Camboja.<br />

Visitámos ou admirámos Ormuz, Ispaão, Coromandel, Goa, l»alecute,<br />

os empórios de Aiderabade (12) às margens do Indo, de<br />

Bengala junto ao Ganges e dè*Bantão noutra parte. Afizemos-nos<br />

a ouvir os títulos dos soberanos asiáticos: "sufis" (13) ou reis da<br />

Pérsia, o "grão-mogol" o "micado" ou imperador do Japão. Ligados,<br />

em muitos lugares, aos reis por laços de amizade e por tratados,<br />

defendemo-lhes as cidades e as fortalezas da violência e<br />

ciladas de inimigos mais poderosos.<br />

Os tesouros e o dinheiro da Companhia, força e nervo do comércio,<br />

já em localidades do litoral, já do interior, ocupam agentes,<br />

institores e contábilistas, para que o Oriente inteiro, dominado<br />

pelo tráfico dos nossos patrícios, se desenvolva com os capitais dos<br />

holandeses e se enriqueça com os seus negócios. E assim, fundando<br />

colônias, já não seremos tidos por estrangeiros, mas por nacionais.<br />

Nos armazéns e trapiches da Holanda, vemos todos os produtos<br />

das vastas plagas orientais, e nós, filhos do Norte, comemos os<br />

frutos nascidos no Levante. São veniagas nossas a pimenta, o macís,<br />

a noz moscada, a canela, o cravo, o bórax, o benjoim, o almíscár,<br />

o estóraque, o sândalo, a cochonilha, o índigo, o bezoar, o sangue<br />

de drago, a goma-guta, o incenso, a mirra, as cubebas, o ruibarbo, o<br />

açúcar, o salitre, a goma-laca, o gengibre, o diamante, muita seda<br />

bruta e tecida, tapetes, porcelana da.China, que talvez sejam os vasos<br />

mirrinos (14) dos antigos. Carregamos anualmente as nossas<br />

naus com esses produtos e os transportamos para as terras às quais<br />

negou o Autor da natureza esses temperadores dos frios dos nossos<br />

climas. Admire-se nisto a sabedoria de Deus: — quis que nascessem<br />

as drogas quentes nas regiões tórridas, e as frias nas regiões<br />

frígidas, sem dúvida para que, trocando-se os produtos necessários<br />

aos homens, se aproximassem os povos, obrigados pela míngua comum<br />

a tornarem-se amigos.<br />

Destas expedições adveio à República não pequena força e<br />

lustre, no momento em que combatia contra inimigo fortíssimo;<br />

porquanto, desbaratando-se no Oriente os exércitos do rei, se lhe<br />

arrebataram ilhas, portos e fortalezas, e se desfizeram tratados que<br />

celebrara com povos e soberanos. Nossos mercadores se fizeram<br />

guerreiros, e nossos guerreiros se fizeram mercadores, defendendo<br />

uns o seu bom nome e segurança, e os outros os seus interesses E<br />

fica em dúvida quem alcançou maior glória, se os mercantes, se os<br />

batalhadores, pois Mercúrio e Marte prestaram-se mútuos auxílios

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