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Baixos - Brasiliana USP

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O CONDE JOÃO MAURÍCIO DE NASSAU 239<br />

D- Henrique, seu tio paterno. Eram partes na então famosíssima<br />

lide Filipe II, filho de D. Isabel, irmã de D. Henrique e primogênita<br />

de D. Manuel, décimo quarto rei de Portugal; D. Manuel,<br />

duque de Sabóia, filho de D Beatriz, segunda filha díe<br />

D Manuel; Rainúncio Farnésio, filho de Alexandre, duque de<br />

Parma, e de D. Maria, filha de D. Duarte, irmão de D. Henrique<br />

; D. João, duque de Bragança, em nome de sua mulher<br />

D Catarina, considerada mais próxima do rei Filipe em grau<br />

de consangüinidade; D. Antônio, prior do Crato, filho de<br />

D Luiz, irmão de D. Henrique, o qual alegava não ser bastardo,<br />

conforme acreditava o vulgo, mas nascido de legítimo matrimônio<br />

; enfim Catarina de Médicis, viúva de Henrique II, rei de<br />

França, a qual fazia remontar a seu direita a Afonso III e à Condessa<br />

de Bolonha (315) A contestação principal era entre<br />

D. Filipe II e D. Catarina de Bragança, em igual grau de parentesco<br />

com D. Henrique (316)<br />

A JUÍZO de muitos, deferia-se o reino a Filipe II, se bem que<br />

o favor do povo sustentasse D. Antônio, prior do Crato, filho<br />

de D Luiz, irmão do cardeal D. Henrique, o qual foi aclamado<br />

em Lisboa pelo partido popular. Mas Filipe II, sem se embaraçar<br />

com as opiniões ancípites dos jurisconsultos, nem com a afeição<br />

da plebe lusitana a D. Antônio, decidiu o litígio pelas armas.<br />

Mandou o Duque de Alba com um exército invadir Portugal e, expulso<br />

D. Antônio, que levantava tropas em vão, conteve, por<br />

sessenta e quatro anos, o povo em paz, apesar de queixoso. Entretanto,<br />

estavam antes sopitados que extintos os ódios, e recrusdescendo,<br />

depois de tantos lustros, a animosidade da nação portuguesa<br />

contra o rei de Castela, destituiu Filipe IV neto de Filipe<br />

II e aclamou soberano D João, duque de Bragança, neto<br />

de D. João de Bragança (317) Este, depois de serenarem os<br />

primeiros tumultos, entrou a procurar o apoio e o auxílio das nações<br />

estrangeiras para firmar o reino. Enviou, pois, embaixadores<br />

aos reis da França e da Inglaterra e às Províncias-Unidas,<br />

esforçando-se para trazer uns à aliança da guerra contra um inimigo<br />

comum, e para provar aos outros as razões que teve para<br />

aceitar a realeza.<br />

Veio à Holanda D. Tristão de Mendonça Furtado, um dos<br />

principais conjurados contra Filipe IV e assim como professava<br />

a sua fidelidade e amor ao novo soberano, assim também manifestava<br />

a confiança que deste merecia e o ódio entranhado que<br />

votava ao rei de Castela.

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