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Baixos - Brasiliana USP

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182 O BRASIL HOLANDÊS SOB<br />

Temo asseverar se esta narração dos espanhóis diz rigorosamente<br />

a verdade.<br />

Quasi na mesma Enquanto pratica Maurício estes feitos nos mares do Oci-<br />

°vínSas-Ünui^ dente, um outro do seu sangue, o Príncipe de Orange, igualmente<br />

triunfam da ar- vitorioso no norte, dominou o Mar da Inglaterra e, em curto inter-<br />

^/íto àfcosías va l°' conduziu-lhe por todas as costas as suas bandeiras triunfais.<br />

da Inglaterra. Como não alcançaram os batavos mais assinalada vitória, já pelo<br />

atroz morticínio, já pela grandeza das gestas, assim de uma como<br />

da outra parte, merece ela ser consignada nos livros (258)<br />

Comandava a armada de 60 naus o famosíssimo almirante<br />

D. Antônio Oquendo, que já se celebrizara bastante pela recente<br />

batalha travada com os nossos na Baía de Todos os Santos. Entre<br />

essas naus havia diversas capitâneas, levando umas 1.000,<br />

outras 800, 700 e 600 homens. Contava a armada 10.000 soldados<br />

e 14.000 marinheiros, de várias nações — espanhóis, portugueses,<br />

bretões, biscainhos e até flamengos.<br />

Oquendo saiu com esta frota da Corunha, o maior porto da<br />

Galiza e, sulcado o golfo de Biscaia, entrou na Mancha. Nesse<br />

mar bordejava, com uma esquadra apenas de 12 velas, o almirante<br />

Martinho Tromp Martinho Herperts Tromp. Tomara êle parte na memorável ba­<br />

Gibraltar.<br />

talha de Gibraltar, sob as ordens do almirante Heemsterken e depois,<br />

navegando e pelejando sob o comando do almirante Pieter<br />

Hein, assistiu-lhe à morte e testemunhou-lhe a glória, de sorte que,<br />

por determinação do destino, galgou o posto do almirante falecido,<br />

de quem não era desigual nas virtudes marciais.<br />

Logo que de longe se avistou a armada espanhola, aumentaram-se<br />

as forças de Tromp, pela junção de cinco vasos e, pouco<br />

depois, de mais dois, capitaneados por Witte Wittens. Com esses<br />

começou Tromp, alta noite, a lutar com o inimigo, e, jogando a<br />

artilharia, preludiava maior embate. Ardeu um dé nossos navios,<br />

cujo paiol da pólvora se incendiou por descuido.<br />

Ao luzir da aurora, recebeu Tromp um reforço de mais 12<br />

naus de guerra, que tinham fechado o porto de Dunquerque, na<br />

Flandres, e deu início à batalha. Vedou, porém, se aferrassem as<br />

naus, como é costume nos combates marítimos, para não sermos<br />

vencidos pelo porte dos vasos inimigos e pelo número dos guerreiros<br />

. Navegando ao redor das naus adversas e metendo-se no meio<br />

da armada já dispersa, verejava-a com descargas contínuas. Apresou-se<br />

um navio pequeno e um galeão. Descuidando-se os vencedores<br />

de vigiar este, na intempestiva cobiça de despojos, retomaram-no<br />

os seus e arrebataram-no triunfalmente. Oquendo, assaz

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