IMPE em Lisboa, 25 de Novembro 2008 - Instituto Pupilos do Exército
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Mais tar<strong>de</strong>, lá para os finais da primeira meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> setenta, <strong>do</strong> século XX,<br />
cumprin<strong>do</strong> o serviço militar, como aspirante e alferes miliciano, na Arma <strong>de</strong> Transmissões, ali à<br />
Graça, aqui <strong>em</strong> <strong>Lisboa</strong>, na antiga Escola Prática <strong>de</strong> Transmissões, reforcei esta minha convicção<br />
através <strong>do</strong> conhecimento das capacida<strong>de</strong>s e saberes <strong>de</strong> muitos Oficiais e Sargentos com qu<strong>em</strong><br />
aí trabalhei, e que tinham si<strong>do</strong> e continuavam a ser “Pilões”.<br />
A Revolução <strong>de</strong> Abril, <strong>em</strong> 1974, abriu-me as portas <strong>do</strong> quartel e <strong>de</strong>volveu-me mais ce<strong>do</strong>, cerca<br />
<strong>de</strong> nove meses, à vida civil, então <strong>de</strong>signada por “passag<strong>em</strong> à peluda”.<br />
Antes da incorporação no serviço militar trabalhara na divisão <strong>de</strong> S<strong>em</strong>icondutores da Standard<br />
Eléctrica, <strong>em</strong> S. Gabriel (Cascais), e, após o cumprimento daquele serviço, fui trabalhar para o<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> Tecnologia Educativa (ITE), que mais tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>u orig<strong>em</strong> à Universida<strong>de</strong> Aberta <strong>de</strong><br />
<strong>Lisboa</strong>.<br />
Mas… há s<strong>em</strong>pre um mas…<br />
Quisera, talvez o acaso, que para além da formação técnico-científica adquirida, eu tivesse,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito jov<strong>em</strong>, uma sólida e, atrevo-me a dizê-lo, significativa formação humanística<br />
(tanto que eu li <strong>de</strong>s<strong>de</strong> tenra ida<strong>de</strong>…! e continuo…). Foi esta última, acredito, a fonte possível<br />
<strong>de</strong> um <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> natureza e realização improváveis: o da juventu<strong>de</strong> eterna! A juventu<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
corpo material estava fora <strong>de</strong> questão, mas a da inteligência? a <strong>do</strong> espírito? e a da alma ?<br />
Como conservá-las? A resposta para mim foi óbvia: o contacto permanente com a Juventu<strong>de</strong>,<br />
não a <strong>do</strong>s Meninos, mas a <strong>do</strong>s Jovens, <strong>de</strong> 18, 20 e mais anos, participan<strong>do</strong> na sua formação e<br />
educação, isto é, o ENSINO…<br />
“ A ocasião faz o ladrão”… diz sabiamente o povo. E assim foi…<br />
Abriram-se-me as portas <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> <strong>em</strong> 1975, com a criação <strong>do</strong>s Cursos Superiores: para aqui<br />
vim ensinar e apren<strong>de</strong>r, apren<strong>de</strong>r muito…<br />
O Ensino Superior dava, aqui, quan<strong>do</strong> comecei, uns primeiros e titubeantes passos… mas já<br />
andava!<br />
Encontrei aqui um escol <strong>de</strong> Professores <strong>de</strong> raras qualida<strong>de</strong>s humanas e científico-pedagógicas.<br />
Gostei!!!<br />
Os primeiros t<strong>em</strong>pos foram difíceis. Viviam-se os t<strong>em</strong>pos <strong>do</strong> pós-Revolução e o <strong>Instituto</strong><br />
também navegava <strong>em</strong> mares <strong>de</strong> águas agitadas.<br />
Surgiu então, “não vin<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma manhã <strong>de</strong> nevoeiro”, um timoneiro notável, o “meu”,<br />
per<strong>do</strong><strong>em</strong>-me o pronome …, dizia eu o “meu” terceiro Director, o Exmo. Sr. Briga<strong>de</strong>iro Coelho,<br />
que levou, <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> sabe<strong>do</strong>r e firme, sagaz e inteligente, a nau a bom porto.<br />
O prestígio <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong>, <strong>do</strong> seu Ensino, e <strong>do</strong> seu produto (os “Pilões” já trabalha<strong>do</strong>res<br />
cre<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong>s…) renasceram totalmente e cresceram. Continuaram a crescer e a crescer com<br />
os “meus” 4º e 5º Directores, os Exmos. Senhores General Estorninho e Briga<strong>de</strong>iro Areia.<br />
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