Jornalinho do Campo - Outubro 2006 - CAP - Agricultores de Portugal
Jornalinho do Campo - Outubro 2006 - CAP - Agricultores de Portugal
Jornalinho do Campo - Outubro 2006 - CAP - Agricultores de Portugal
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
A Escola na Quinta<br />
A escola começou agora. “Não senhor! – respon<strong>de</strong>rão<br />
to<strong>do</strong>s os meninos e meninas que lêem o<br />
<strong>Jornalinho</strong> <strong>do</strong> <strong>Campo</strong> – a escola já<br />
começou, já to<strong>do</strong>s estamos nas<br />
escolas e nos jardins <strong>de</strong> infância,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o mês passa<strong>do</strong>”. Pois é,<br />
meus pequeninos, mas na<br />
Quinta <strong>do</strong> Tio João Nabiça<br />
e <strong>do</strong> primo Manuel a<br />
escola só começou agora.<br />
Mas vamos contar-vos o<br />
que está a acontecer.<br />
Como vocês se lembram, a<br />
pata Patareca, tem sempre<br />
muitas conversas com as<br />
an<strong>do</strong>rinhas quan<strong>do</strong> elas chegam<br />
a <strong>Portugal</strong> na Primavera. Elas contam-lhe muitas histórias <strong>do</strong>s países que ficam longe<br />
<strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, que <strong>de</strong>pois a Patareca relata a to<strong>do</strong>s os companheiros da Quinta.<br />
E este ano, as an<strong>do</strong>rinhas contaram-lhe que os homens inventaram e apren<strong>de</strong>ram a ler e<br />
a escrever há muitos, muitos anos. A Patareca ouviu-as e ficou muito triste porque não<br />
sabia ler nem escrever. Ela ficava junto <strong>do</strong> Tio João ou <strong>do</strong> primo Manuel quan<strong>do</strong> eles liam<br />
o jornal, mas não compreendia nada e ficava com pena <strong>de</strong> nunca ter i<strong>do</strong> à escola pois é<br />
na escola que apren<strong>de</strong>mos a ler e a escrever, a fazer contas, a história, a geografia, e<br />
tantas outras coisas que nos dão a conhecer o mun<strong>do</strong> em que vivemos.<br />
Pois a Patareca, farta <strong>de</strong> olhar para os livros que o Zeca e a Mariana lêem, quan<strong>do</strong> estão<br />
<strong>de</strong> férias ou <strong>de</strong> fim-<strong>de</strong>-semana, e para os jornais <strong>do</strong> Tio João Nabiça e <strong>do</strong> primo Manuel,<br />
e não perceber nada, e entusiasmada com a história da escrita que a an<strong>do</strong>rinhas lhe<br />
tinham conta<strong>do</strong>, teve uma i<strong>de</strong>ia e resolveu falar com os companheiros da quinta.<br />
Assim, numa <strong>de</strong>stas tar<strong>de</strong>s, juntaram-se no celeiro, a Patareca, o porco Bolinha, o<br />
coelho Pompom, a ovelha Tété, a galinha Carapuça, a vaquinha Coração, os cães Xoné<br />
e Fininho e até o gato Bigo<strong>de</strong>s e o papagaio Fagun<strong>de</strong>s.<br />
JORNALINHO DO CAMPO<br />
Ano II · Número 8 · <strong>Outubro</strong> <strong>2006</strong> · Distribuição Gratuita<br />
Carlos Caseiro (Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Geral e Autor <strong>do</strong>s Textos) · Susana Pereira / Andreia Gil (Ilustrações)<br />
Maria José S. <strong>de</strong> Albergaria (Psicóloga) · M. Filipe (Pré-impressão) · Impriluz Gráfica (Impressão)<br />
<strong>CAP</strong> – Confe<strong>de</strong>ração <strong>do</strong>s <strong>Agricultores</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
Av. <strong>do</strong> Colégio Militar, Lote 1786, 1549-012 LISBOA · Tel. 217 100 000 · Fax 217 166 123<br />
e-mail: jornalinho@cap.pt<br />
Esta publicação é co-financiada no âmbito <strong>do</strong> 4.º Convite da Medida 10 - Programa AGRO
To<strong>do</strong>s muito bem senta<strong>do</strong>s, a Patareca começou:<br />
“Meus amigos, antes <strong>de</strong> vos dizer a razão <strong>de</strong>sta<br />
reunião, vou contar-vos uma das histórias<br />
curiosas que me ensinaram as an<strong>do</strong>rinhas. To<strong>do</strong>s<br />
nós já vimos o Tio João e o primo Manuel a lerem e a<br />
comentarem as notícias que encontram escritas nos<br />
jornais, também já os vimos a escrever cartas e<br />
aqueles papeis on<strong>de</strong> relatam o que se produz na<br />
horta e nos pomares – pois já vimos, já vimos,<br />
disseram to<strong>do</strong>s – ora eles po<strong>de</strong>m fazer aquilo<br />
tu<strong>do</strong> porque apren<strong>de</strong>ram a ler e a escrever. E<br />
sabem há quanto tempo os humanos<br />
apren<strong>de</strong>ram a escrever?, pois eu vou<br />
contar-vos essa bonita história, conforme<br />
ma contaram as an<strong>do</strong>rinhas”.<br />
“Tu<strong>do</strong> aconteceu quan<strong>do</strong> há cerca <strong>de</strong> 6.000 anos – ena pá!, tanto<br />
tempo!, exclamou o Xoné – um povo com um nome muito engraça<strong>do</strong>, os<br />
Sumérios, que viviam num país distante chama<strong>do</strong> Mesopotâmia,<br />
<strong>de</strong>senvolveram uma escrita que <strong>de</strong>senhavam em placas <strong>de</strong> barro.<br />
Porque era composta <strong>de</strong> pequenos <strong>de</strong>senhos em forma <strong>de</strong> cunhas, liga<strong>do</strong>s<br />
uns aos outros, <strong>de</strong>ram-lhe o nome <strong>de</strong> ‘escrita cuneiforme’.<br />
Os habitantes <strong>do</strong> Egipto, outra das terras que ficam longe <strong>de</strong><br />
<strong>Portugal</strong>, quase na mesma época, também<br />
<strong>de</strong>senvolveram uma escrita. Essa escrita chamada<br />
hieroglífica, era formada por <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> pessoas,<br />
objectos, animais, etc. Os egípcios enchiam as pare<strong>de</strong>s<br />
das casas com estas inscrições, contan<strong>do</strong> a vida <strong>do</strong> seu rei<br />
a quem chamavam ‘faraó’, rezas e mensagens para espantar<br />
os ladrões. Uma espécie <strong>de</strong> papel chama<strong>do</strong> papiro, que<br />
era produzi<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> uma planta, também era utiliza<strong>do</strong><br />
para escrever estes <strong>de</strong>senhos.<br />
Portanto quan<strong>do</strong> eles queriam escrever sobre<br />
uma casa, <strong>de</strong>senhavam uma casa, se queriam<br />
falar num animal <strong>de</strong>senhavam o animal, mas tu<strong>do</strong> se complicava ao<br />
escrever certas coisas. Por exemplo: para falar numa pessoa chamada<br />
Coelho, era fácil, <strong>de</strong>senhava-se um homem ao la<strong>do</strong> <strong>de</strong> um coelho, mas se<br />
o homem se chamasse Francisco, ou António?, estão a ver a confusão.”<br />
– “E vocês já viram o que era um pobre dum carteiro vir entregar correio<br />
carrega<strong>do</strong> com placas <strong>de</strong> barro e pedregulhos?”, gritou o bolinha e<br />
<strong>de</strong>sataram to<strong>do</strong>s a rir.<br />
“Pois, era uma gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>, por isso um outro povo chama<strong>do</strong><br />
Fenício, <strong>de</strong>senvolveu uma escrita já feita com símbolos que representam,<br />
não as coisas mas os sons da nossa fala. Inventaram o alfabeto,
que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aperfeiçoa<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s anos, é<br />
o conjunto <strong>de</strong> letras que to<strong>do</strong>s nós conhecemos<br />
mas que não percebemos nada porque infelizmente<br />
não sabemos ler. E é essa a razão <strong>de</strong><br />
vos ter pedi<strong>do</strong> para nos encontrarmos aqui no<br />
celeiro.”<br />
“Acho que podíamos ir pedir ao Tio João e ao primo<br />
Manuel para nos ensinar a ler. O que é que vocês<br />
acham?” – “Achamos muito bem, respon<strong>de</strong>ram.” – “Eu<br />
acho lindamente, assim posso ler livros <strong>de</strong> amor para<br />
<strong>de</strong>pois po<strong>de</strong>r dizer palavras bonitas à minha<br />
querida franguinha Zaruca!”, gritou o<br />
Fagun<strong>de</strong>s mas levou logo uma bicada da<br />
Carapuça para não se pôr com os disparates <strong>do</strong><br />
costume.<br />
“Boas i<strong>de</strong>ias que tu tens ó Patareca!”, exclamavam. E lá foram<br />
to<strong>do</strong>s ter com o Tio João, que já estava admira<strong>do</strong> com a<br />
reunião que se passava no celeiro.<br />
“Tio João, vimos fazer-lhe um pedi<strong>do</strong>. Gostávamos<br />
muito <strong>de</strong> saber ler para apren<strong>de</strong>r todas as coisas<br />
bonitas que vêm nos livros e nos jornais, o Tio João<br />
podia fazer o gran<strong>de</strong> favor <strong>de</strong> nos ensinar?”<br />
O bom <strong>do</strong> Tio João pensou, coçou a cabeça, e disse-lhes:<br />
“Meus amigos eu não tenho muito tempo para vos po<strong>de</strong>r<br />
ensinar, mas como gosto da vossa i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r<br />
porque não saber ler é uma gran<strong>de</strong> tristeza, vou falar<br />
com o primo Manuel e, entre os <strong>do</strong>is, cá nos havemos <strong>de</strong><br />
arranjar.”<br />
Foi uma festa, tal foi o entusiasmo:<br />
- “Obriga<strong>do</strong> Tio João - diziam to<strong>do</strong>s ao<br />
mesmo tempo, enquanto batiam palmas e<br />
davam pulos <strong>de</strong> contentamento – vamos já<br />
arranjar um cantinho no celeiro que vai<br />
ser a nossa sala <strong>de</strong> aula!” E lá foram a<br />
correr, limpar e arranjar banquinhos<br />
para pôr bonita a sua escolinha…<br />
…No dia seguinte, o primo Manuel,<br />
arranjou tempo e começou a ensinar-lhes<br />
as primeiras letras.
provérbios, adivinhas, curiosida<strong>de</strong>s<br />
da Pimpim<br />
Então meus amiguinhos como vão os estu<strong>do</strong>s neste princípio <strong>de</strong> ano escolar? Estão<br />
a gostar e têm presta<strong>do</strong> muita atenção ao que os senhores professores e professoras<br />
vos ensinam? Espero que se portem sempre muito bem para que esta<br />
vossa amiguinha vos traga as coisas engraçadas <strong>do</strong> costume. Beijinhos!!!<br />
Meus queri<strong>do</strong>s hoje temos umas continhas muito fáceis<br />
para fazer. Letras, muitas letras, tu<strong>do</strong> serve para<br />
se apren<strong>de</strong>r a fazer contas. Bom trabalho!<br />
I – aaaaaa + aaaa x aaa + 4 =<br />
II – bbbb x bb + bbbbbbbb =<br />
III– ccc x ccccccccc - 7 =<br />
IV – dddddddddddd : ddd + 5 =<br />
V – eeeeeeeee + 9 : eee =<br />
VI – ffffffff : 2 + 15 =<br />
VII– ggggggggg x 7 =<br />
Beijinhos!<br />
Soluções<br />
Charada<br />
As Adivinhas<br />
A) Somos sete e todas nós.<br />
Boa harmonia formamos.<br />
Os nossos nomes <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m.<br />
Do lugar que ocupamos!<br />
B) É raro morrer <strong>de</strong> velho.<br />
Quan<strong>do</strong> morre está nutri<strong>do</strong>.<br />
E passa a vida a comer,<br />
para <strong>de</strong>pois ser comi<strong>do</strong>!<br />
C) A minha casa tem espinhos.<br />
Não sou fruto da Primavera.<br />
Caio quan<strong>do</strong> estou madura,<br />
Já sei que o fogo me espera.<br />
1) __A__I__ __ (bebida) 2) __R__ __ __O__A__ (animal)<br />
3) C__ __T__I__ (cereal) 4) M__R__O__A (peixe)<br />
5) __ __G__ E__ __A D__ __O__ (cida<strong>de</strong>) 6) __ __ __ __A (águas)<br />
7) __ __D__ __O (profissão) 8) __L__ÂN__ __ (país da Europa)<br />
9) __ __C__C__ __ __A (andar <strong>de</strong>…) 10) __E__ __E __R__M__ (<strong>do</strong>ce)<br />
• A) Dó-Ré-Mi-Fá-Sol-Lá-Si. Pois é meus queri<strong>do</strong>s são estas notinhas que fazem a música que to<strong>do</strong>s gostamos muito; B) É o porco! Vai crescen<strong>do</strong>,<br />
crescen<strong>do</strong> e <strong>de</strong>pois alimenta-nos com os óptimos bifes, chouriços, salsichas, presunto, enfim um mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> coisas boas!C) Ó pequenada, Cá estamos<br />
novamente a falar <strong>de</strong> castanhas que apesar <strong>de</strong> se comerem cruas, são óptimas cosidas ou assadas.<br />
• I – 6 letras “a” + 4 letras “a” x 3 são trinta + 4 = 34 letras “a”; II – 4 letras “b” x 2 são 8 + 8 = 16 letras “b”!; III – 3 letras “c” x 9 = são 27 – 7?! Pois<br />
claro!, o total dá 20 letras “c”; IV – 12 letras “d” a dividir por 3 = 4 mais 5 = Cá temos 9 letras “d”; V – 9 letras “e” + 9 = 18 letras “e” a dividir por três<br />
= 6 letras “e”!; VI – 8 letras “f” a dividir por 2 é igual a 4, mais 15 = Ficamos com 19 letras “f”; VII – 10 letras “g” x 7, ena pessoal tanto “g”!, pois o<br />
total são 70 letras “g”! Foi tu<strong>do</strong> fácil, não foi?<br />
• 1) BATIDO 2) URSO POLAR 3) CENTEIO 4) MARMOTA 5) FIGUEIRA DA FOZ 6) CHUVA 7) MÉDICO 8) ALBÂNIA 9) BICICLETA 10) LEITE CREME
as habilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s nossos amiguinhos<br />
Adriano (9 anos) - Guisan<strong>de</strong><br />
Frédérick (9 anos)<br />
Bugalhos<br />
Myriam (9 anos) - Bugalhos Vitória (6 anos) - Carção<br />
Cristina (9 anos) - Beja<br />
Ana (7 anos)<br />
Reguengos <strong>de</strong> Monsaraz Rui (8 anos) - Guisan<strong>de</strong><br />
Jéssica - Guarda<br />
Sara - Sernancelhe<br />
Ana Isabel (9 anos)<br />
Torre <strong>de</strong> Moncorvo<br />
Henrique - Guarda<br />
Edna (8 anos) - Bugalhos<br />
Inês (9 anos) - Damaia Paulo - Sernancelhe<br />
Sheila - Damaia<br />
Diogo - Sernancelhe<br />
João - Guarda<br />
Marcia (9 anos)<br />
Cinfães<br />
Ana Margarida (7 anos)<br />
Granja<br />
Filipe - Sernancelhe
Rute - Sernancelhe<br />
Flávia (8 anos)<br />
São Miguel - Açores<br />
Diana - O<strong>de</strong>mira<br />
Marco - São Miguel - Açores Ana Beatriz - Boliqueime<br />
Ana Carolina - Boliqueime<br />
Jéssica - O<strong>de</strong>mira<br />
Flávia (8 anos)<br />
São Miguel - Açores<br />
João (9 anos) - Damaia<br />
Meus amiguinhos, gran<strong>de</strong> novida<strong>de</strong> traz este <strong>Jornalinho</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Campo</strong>. Com o patrocínio da empresa <strong>de</strong> material <strong>de</strong>sportivo<br />
BulSport, amiguinha <strong>do</strong> <strong>Jornalinho</strong>, a partir <strong>de</strong>ste mês inclusive,<br />
vamos tirar à sorte – porque to<strong>do</strong>s os <strong>de</strong>senhos são<br />
bonitos – um <strong>do</strong>s <strong>de</strong>senhos publica<strong>do</strong>s em cada edição.<br />
O autor <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho premia<strong>do</strong> vai receber, como oferta, uma<br />
T-shirt com o seu <strong>de</strong>senho e nome impressos. A escola,<br />
jardim <strong>de</strong> infância, ou outra entida<strong>de</strong> a que pertença – para<br />
que to<strong>do</strong>s se possam divirtir – receberá um pequeno puzzle<br />
com a imagem da capa <strong>do</strong> <strong>Jornalinho</strong>. No próximo jornalinho<br />
será noticia<strong>do</strong> o feliz “sortu<strong>do</strong>”.<br />
Marcos - Damaia<br />
Mariana - O<strong>de</strong>mira<br />
Júlia - Boliqueime<br />
ATENÇÃO É FUNDAMENTAL INDICAREM SEMPRE A IDADE PARA QUE<br />
POSSAMOS ENVIAR UMA T-SHIRT NA MEDIDA CORRESPONDENTE
Tirem Fotocópias e pintem