A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy
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A <strong>EVOLUÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>BASE</strong> <strong>TÉCNICA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AVICULTURA</strong> DE CORTE NO BRASIL<br />
Com relação à mão-de-obra, se analisa<strong>do</strong> por perío<strong>do</strong>, a maioria <strong>do</strong>s<br />
estabelecimentos tem como força de trabalho principal a mão-de-obra familiar. A partir de<br />
1965 ocorre um forte aumento <strong>do</strong> trabalho temporário e a queda <strong>do</strong> trabalho permanente,<br />
bem como a inversão dessa tendência a partir de 1980. Sen<strong>do</strong> o principal motivo aponta<strong>do</strong><br />
para substituição <strong>do</strong> trabalho temporário por máquinas foi a redução da qualidade da mão-<br />
de-obra 57 , entre 1965 e 1980, e soma<strong>do</strong> à dificuldade de recrutamento divide o lugar de<br />
principal estimula<strong>do</strong>r da mecanização, a partir de 1980.<br />
A criação ou destruição das condições de existência de múltiplas formas de<br />
produção rural é determinada, segun<strong>do</strong> SHIKI (1996), pelo grau e forma através <strong>do</strong> qual os<br />
capitais agroindustriais superam limitações da terra e outros fatores naturais que<br />
caracterizam o processo de trabalho rural. Cita ainda que a barreira à acumulação<br />
representada pela terra e natureza biológica <strong>do</strong> processo produtivo é removida através das<br />
inovações tecnológicas.<br />
O progresso técnico, na opinião de GRAZIANO <strong>DA</strong> SILVA (1988), tem seu efeito<br />
determinante de transformações da base técnica a partir <strong>do</strong> momento em que interfere<br />
diretamente sobre o uso da terra. As terras 58 são bens naturais relativamente não-<br />
reprodutíveis e limita<strong>do</strong>s em sua disponibilidade física, tanto <strong>do</strong> ponto de vista quantitativo,<br />
como qualitativo. Assim, um papel fundamental <strong>do</strong> progresso técnico (tecnologias) na<br />
agricultura é o de “fabricar terras apropriadas” aos ramos de atividade. Para exemplificar<br />
esse efeito, GRAZIANO <strong>DA</strong> SILVA (1988) cita que, quan<strong>do</strong> adubamos uma certa gleba e<br />
obtemos dela o <strong>do</strong>bro de produção esperada, é como se tivéssemos fabrica<strong>do</strong> uma outra<br />
parcela equivalente de terras. Cita ainda que, o mesmo ocorre quan<strong>do</strong> damos ração ao ga<strong>do</strong><br />
57 A problemática da mão-de-obra teve na especialização, segun<strong>do</strong> Taylor, a forma de ganhar eficiência<br />
(departamentalização), entretanto o ritmo <strong>do</strong> trabalho, de maneira a integrar a equipe como se fosse uma<br />
orquestra sinfônica, tem em Ford (Fordismo) a solução a partir <strong>do</strong> princípio da esteira. O momento atual<br />
destrói paradigmas <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, pois o intenso processo de automação recente permitin<strong>do</strong> a diminuição da<br />
mão-de-obra, caracteriza a produção flexível (Toyotismo) se apresenta como novidade no presente<br />
(COUTINHO, 1992).<br />
58 Em certas produções industriais, como a de flores, cogumelos e aves, a terra funciona como mero suporte<br />
físico, a semelhança de uma indústria. Nessas condições, a alimentação das plantas e animais são<br />
<strong>Levy</strong> Rei de França<br />
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