16.04.2013 Views

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A <strong>EVOLUÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>BASE</strong> <strong>TÉCNICA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AVICULTURA</strong> DE CORTE NO BRASIL<br />

baixos níveis de tecnificação e uso de insumos modernos pela agricultura brasileira, duas<br />

correntes de pensamento eram apresentadas para explicar o nosso atraso tecnológico. A<br />

primeira, representada pelos analistas de corte marxista ou estruturalista, admitia a<br />

existência de obstáculos de ordem estrutural, bloquean<strong>do</strong> o processo de modernização<br />

capitalista da agricultura brasileira, sen<strong>do</strong> a reforma agrária considerada condição<br />

necessária para o rompimento deste bloqueio representa<strong>do</strong> pela polarização da estrutura<br />

agrária brasileira entre o grande latifúndio arcaico (de caráter feudal) e o minifúndio<br />

impossível de se modernizar. Diante da consumação <strong>do</strong> processo de modernização nos anos<br />

70, a proposta de explicação dessa corrente de pensamento privilegia o processo de<br />

modernização agrícola como fruto da lógica <strong>do</strong> processo de acumulação <strong>do</strong> capital urbano-<br />

industrial. Sob essa ótica, modernização da agricultura passaria a ser uma necessidade<br />

objetiva <strong>do</strong> capital a partir <strong>do</strong> momento em que o processo de diversificação e<br />

complexificação <strong>do</strong> parque industrial brasileiro se completa, no final <strong>do</strong>s anos 50, através<br />

<strong>do</strong> Plano de Metas. Para ROMEIRO esta abordagem privilegia a instância<br />

macroeconômica, a lógica <strong>do</strong> processo de acumulação capitalista, mostran<strong>do</strong> o setor<br />

agrícola como um setor subordina<strong>do</strong> e passivo no processo de modernização.<br />

A segunda corrente de pensamento, representada pelos especialistas de corte<br />

neoclássico, atribuia o baixo nível tecnológico da agricultura brasileira à ausência de<br />

estímulos para a introdução de insumos e máquinas poupa<strong>do</strong>ras de terra e trabalho, da<strong>do</strong><br />

que estes eram fatores até então abundantes. A ênfase deveria ser posta nos fatores de<br />

estímulo endógenos, isto é, naqueles fatores que afetam a decisão de investir <strong>do</strong> empresário<br />

agrícola. Quan<strong>do</strong> ocorreu a modernização nos anos 70, a proposta explicativa foi que a<br />

elevação <strong>do</strong> preço da terra, fruto <strong>do</strong> processo de desenvolvimento urbano-industrial e <strong>do</strong><br />

distanciamento da fronteira agrícola, estimulou a introdução de insumos que poupassem a<br />

terra, como os fertilizantes químicos. No que concerne à mecanização poupa<strong>do</strong>ra de<br />

trabalho, esta teria si<strong>do</strong> estimulada pela alta <strong>do</strong>s salários. Essa alta <strong>do</strong>s salários, por sua vez,<br />

resultara ou da extensão da legislação de proteção social ao trabalha<strong>do</strong>r rural (salário<br />

mínimo, férias remuneradas, etc.) ou da escassez relativa de mão-de-obra provocada pelo<br />

êxo<strong>do</strong> rural. Esta abordagem privilegia a instância microeconômica, os agentes produtivos<br />

<strong>Levy</strong> Rei de França<br />

78

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!