16.04.2013 Views

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A <strong>EVOLUÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>BASE</strong> <strong>TÉCNICA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AVICULTURA</strong> DE CORTE NO BRASIL<br />

utilizar as dádivas da natureza – mas sob condições artificiais, fabricadas pelo próprio<br />

homem. Em suma, a industrialização é a própria reprodução da natureza pelo capital”.<br />

Deve-se considerar que essas contribuições têm ao seu tempo a manifestação de<br />

uma das faces <strong>do</strong> processo histórico de passagem da agricultura brasileira <strong>do</strong> chama<strong>do</strong><br />

complexo rural 52 para dinâmica comandada pelos complexos agroindustriais (CAI), que<br />

contribui como determinante das modificações na base técnica. Para PAIM, cita<strong>do</strong> por<br />

ORTEGA (1988), complexos rurais são propriedades rurais que se reproduzem de maneira<br />

quase auto-suficiente, sen<strong>do</strong> que seu vínculo com o merca<strong>do</strong> é apenas o da venda de um ou<br />

poucos produtos, às vezes até transforma<strong>do</strong>s dentro da fazenda. Enquanto que complexos<br />

agroindustriais são propriedades que apresentam um alto nível de interdependência entre a<br />

agricultura e indústria, devi<strong>do</strong> ao alto nível de tecnificação, característico da avicultura de<br />

corte atual.<br />

A passagem da agricultura brasileira <strong>do</strong> chama<strong>do</strong> complexo rural para uma<br />

dinâmica comanda pelos complexos agroindustriais – CAIs marcam o processo histórico da<br />

substituição da economia natural por atividades agrícolas integradas à indústria, à<br />

intensificação da divisão <strong>do</strong> trabalho e das trocas intersetoriais, à especialização da<br />

produção agrícola e à substituição das exportações pelo consumo produtivo interno como<br />

elemento central da alocação <strong>do</strong>s recursos produtivos no setor agropecuário.<br />

A partir da crise <strong>do</strong>s complexos rurais e da mudança <strong>do</strong>s determinantes da<br />

agricultura, GRAZIANO <strong>DA</strong> SILVA (1996: 5) cita que ocorre a passagem <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />

externo para o merca<strong>do</strong> interno e não se pode falar mais em um único determinante, nem<br />

numa única dinâmica geral, nem num único setor agrícola. A agricultura brasileira hoje é<br />

uma estrutura complexa, heterogênea e multideterminada. Só se pode entendê-la a partir de<br />

52 Nas palavras de GRAZIANO <strong>DA</strong> SILVA (1996) o que caracterizava o complexo rural era “a sua incipiente<br />

divisão <strong>do</strong> trabalho”. As fazendas para produzir um determina<strong>do</strong> produto, tinham que produzir to<strong>do</strong>s os bens<br />

intermediários e os meios de produção necessários, e ainda assegurar a reprodução da própria força de<br />

trabalho ocupada nessas atividades. O complexo rural internaliza nas fazendas um departamento de produção<br />

de meios de produção (insumos, máquinas e equipamentos), mas “um D1 em bases artesanais” como o<br />

ferreiro, o carpinteiro, o pedreiro, o mecânico, o <strong>do</strong>ma<strong>do</strong>r de animais, o seleiro etc”.<br />

<strong>Levy</strong> Rei de França<br />

70

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!