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A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

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DETERMINANTES <strong>DA</strong>S TRANSFORMAÇÕES <strong>DA</strong> <strong>BASE</strong> <strong>TÉCNICA</strong><br />

e processada através da troca de merca<strong>do</strong>rias é a separação entre a cidade e o campo. Pode-<br />

se dizer que toda história econômica da sociedade se resume na dinâmica dessa antítese.<br />

Cita ainda que o mo<strong>do</strong> de produção capitalista completa a ruptura <strong>do</strong>s laços primitivos que<br />

no começo uniam a agricultura e a manufatura. Mas, ao mesmo tempo, cria as condições<br />

materiais para uma síntese nova, superior, para a união da agricultura e da indústria, na base<br />

das estruturas que se desenvolvem em mútua oposição.<br />

A separação da cidade/campo só se dá por inteiro quan<strong>do</strong> a indústria se muda para a<br />

cidade; a reunificação, quan<strong>do</strong> o próprio campo se converte numa fábrica. Quan<strong>do</strong> isso<br />

ocorre, a agricultura entendida como um setor autônomo desaparece; ou melhor, converte-<br />

se num ramo da própria indústria. Essa opinião de GRAZIANO <strong>DA</strong> SILVA (1996)<br />

complementa a reflexão de 1982, quan<strong>do</strong> cita que o longo processo de transformação da<br />

base técnica – chama<strong>do</strong> de modernização – culmina, pois, na própria industrialização da<br />

agricultura. Esse processo representa na verdade a subordinação da natureza ao capital que,<br />

gradativamente, liberta o processo de produção agropecuária das condições naturais dadas,<br />

passan<strong>do</strong> a fabricá-las sempre que se fizerem necessárias. Assim, se faltar chuva, irriga-se;<br />

se não houver solos suficientemente férteis, aduba-se; se ocorrerem pragas e <strong>do</strong>enças,<br />

responde-se com defensivos químicos ou biológicos; e se houver ameaças de inundações,<br />

estarão previstas formas de drenagem. Dessa forma cita ainda que “A produção<br />

agropecuária deixa, assim, de ser uma esperança ao sabor das forças da Natureza para se<br />

converter numa certeza sob o coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> capital” (GRAZIANO <strong>DA</strong> SILVA, 1996: 4).<br />

Na verdade, a separação cidade/campo, segun<strong>do</strong> uma citação mais antiga de<br />

GRAZIANO <strong>DA</strong> SILVA (1981: 44), é “a forma aparente que assume o próprio processo de<br />

industrialização da produção no seu senti<strong>do</strong> amplo, incluin<strong>do</strong> aí a própria agricultura.<br />

Usan<strong>do</strong> uma imagem bíblica, pode-se dizer que no princípio tu<strong>do</strong> era agricultura, no<br />

senti<strong>do</strong> que o artesanato <strong>do</strong>méstico não era senão um complemento das atividades da<br />

família camponesa. A industrialização, em última instância, nada mais é <strong>do</strong> que a<br />

destruição, num primeiro momento, dessa harmonia para recriá-la, posteriormente, não<br />

mais com base nas condições naturais em que ela ocorria – habilidade <strong>do</strong> camponês em<br />

<strong>Levy</strong> Rei de França<br />

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