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A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

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TRANSFORMAÇÕES <strong>DA</strong> <strong>BASE</strong> <strong>TÉCNICA</strong><br />

reduzem o poder de negociação <strong>do</strong>s fornece<strong>do</strong>res, possibilitan<strong>do</strong> maior certeza quanto aos<br />

custos <strong>do</strong> insumo básico. Já as atividades a jusante, reduzem o poder de compra <strong>do</strong><br />

distribui<strong>do</strong>r ou das grandes redes de distribuição.<br />

Na indústria da fase <strong>do</strong> capitalismo concorrencial, o progresso técnico era uma arma<br />

mortífera, pois possibilitava a uma determinada empresa eliminar suas concorrentes, à<br />

medida que, aumentan<strong>do</strong> sua eficiência, podia produzir a preços inferiores e aumentar seus<br />

lucros. Na fase monopolista, entretanto, o progresso técnico permite às empresas líderes de<br />

cada setor manterem uma renda diferencial pela sua eficiência em relação aos concorrentes,<br />

sem interesse em eliminá-los, pois isso implicaria numa guerra de preços e perda <strong>do</strong> lucro<br />

suplementar. Assim, por exemplo, se o merca<strong>do</strong> estiver crescen<strong>do</strong>, as unidades marginais<br />

poderão permanecer, tenden<strong>do</strong> a serem excluídas apenas quan<strong>do</strong> da retração da demanda<br />

por aquele produto específico, daí a importância das crises de superprodução periódicas na<br />

agricultura para configuração das estruturas de merca<strong>do</strong> (GRAZIANO <strong>DA</strong> SILVA,1988).<br />

A avicultura se insere perfeitamente neste contexto, pois no momento atual e futuro<br />

próximo, teremos unidades produtivas de varia<strong>do</strong>s tamanhos no Brasil, consideran<strong>do</strong> as<br />

regiões Sul e Centro-oeste; desta forma, se imaginarmos a possibilidade de retração da<br />

demanda de frango, a estrutura fundiária <strong>do</strong> Centro-oeste apresentará grandes vantagens em<br />

função <strong>do</strong>s custos de produção, devi<strong>do</strong>s aos ganhos de escala.<br />

Portanto, nesse novo modelo de produção que surge com o processo de<br />

verticalização 48 da produção, as grandes empresas avícolas se apropriaram da tecnologia da<br />

genética, nutrição, abate e processamento e da comercialização <strong>do</strong>s produtos avícolas,<br />

aumentaram intensamente suas produções, pelo aumento de suas plantas e de<br />

consumi<strong>do</strong>res, além de atenderem ao merca<strong>do</strong> nacional passaram a atender também o<br />

merca<strong>do</strong> internacional. Esse padrão de crescimento, considera<strong>do</strong>s os vários componentes <strong>do</strong><br />

custo de produção, acabou sinalizan<strong>do</strong> para a aproximação das plantas produtoras (a partir<br />

48 Em 1982 SORJ et alli assinalavam a existência de indícios de que os níveis de automação e os ganhos de<br />

escala tornariam cada vez mais viável à granja avícola em moldes de grande empresa capitalista.<br />

<strong>Levy</strong> Rei de França<br />

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