A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy
A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy
A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A <strong>EVOLUÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>BASE</strong> <strong>TÉCNICA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AVICULTURA</strong> DE CORTE NO BRASIL<br />
O Plano Nacional de Melhoramento Avícola foi um programa voluntário<br />
cooperativo, federal e estadual, que efetuou o controle de algumas <strong>do</strong>enças aviárias<br />
transmitidas pelo ovo ou disseminadas no incubatório. O plano começou a operar em 1935,<br />
quan<strong>do</strong> a indústria avícola começou sua expansão para o empreendimento agrícola<br />
gigantesco que ela viria a ser. Naquela época, uma <strong>do</strong>ença bacteriana das aves, conhecida<br />
como pulorose 42 era muito comum na indústria. Se a indústria pretendia expandir-se, a<br />
<strong>do</strong>ença tinha que ser <strong>do</strong>minada. Assim, o plano foi estabeleci<strong>do</strong>, sob a coordenação <strong>do</strong><br />
Departamento de Agricultura <strong>do</strong>s EUA que teria uma agência em cada esta<strong>do</strong> que seria<br />
responsável pela execução das normas <strong>do</strong> programa dentro da indústria. Este procedimento,<br />
associa<strong>do</strong> com práticas sanitárias melhoradas aplicadas nos plantéis e nos incubatórios,<br />
praticamente erradicou a pulorose <strong>do</strong>s planteis avícolas <strong>do</strong>s EUA. Aproximadamente 90%<br />
de to<strong>do</strong> plantel avícola de reprodutoras <strong>do</strong>s EUA estava sob vigilância <strong>do</strong> Plano Nacional<br />
de Melhoramento Avícola na década de 1970, inclusive incluin<strong>do</strong> várias outras <strong>do</strong>enças 43<br />
MORENG & AVENS (1990).<br />
As antigas granjas no Brasil tinham instalações compostas de um galpão com 3<br />
divisões: uma para o pinteiro, uma para recria e uma para o acabamento. Os pintos ficavam<br />
de 25 a 30 dias no pinteiro, 30 dias na recria e no acabamento até a venda. To<strong>do</strong>s eram<br />
cuida<strong>do</strong>s pelo mesmo trata<strong>do</strong>r e a transmissão de <strong>do</strong>enças se fazia de forma rápida e<br />
intensa. O desconhecimento de procedimentos para controlá-las agravava ainda mais a<br />
situação. Na verdade havia pouca ou quase nenhuma preocupação com a profilaxia. Em<br />
1945 foram registradas 15 <strong>do</strong>enças diferentes e esse quadro quadruplicou atualmente. Se<br />
essas <strong>do</strong>enças assustavam, a descoberta da <strong>do</strong>ença de Marek 44 caiu como uma bomba na<br />
avicultura. O mal chegou ao Brasil após introdução de uma linhagem de aves de corte,<br />
42 Esta <strong>do</strong>ença é causada pela Salmonella pullorum e produzia uma mortalidade de 60 a 80% <strong>do</strong>s pintinhos<br />
recém-nasci<strong>do</strong>s que eclodiam de ovos produzi<strong>do</strong>s por planteis de reprodutoras infectadas (MILLEN, 1985).<br />
43 Como o tifo aviário e a D.C.R ou <strong>do</strong>ença crônica respiratória (MILLEN, 1985). No Brasil o final da década<br />
de 50 marca o surgimento de uma intensa atuação <strong>do</strong> Instituto Biológico de São Paulo, no senti<strong>do</strong> de melhorar<br />
o combate às <strong>do</strong>enças e o controle sanitário em geral (SORJ et alli, 1982).<br />
44 É uma <strong>do</strong>ença tumoral causada um vírus da família herpesviridae, sen<strong>do</strong> o sorotipo 1 patogênico para as<br />
aves, a infecção ocorre o por via aérea e causa a paralisia, geralmente assimétrica, <strong>do</strong>s membros e<br />
emagrecimento. Na forma aguda ocorrem morte súbita, apatia e formação de tumores viscerais (LANA,<br />
2000).<br />
<strong>Levy</strong> Rei de França<br />
54