A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy
A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy
A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA DE CORTE NO BRASIL eletromecânicos e termostato. Em ambiente de alta temperatura as cortinas abertas (abaixadas) permitem resfriamento do galpão em sistemas com ventilação positiva e as cortinas fechadas (levantadas) permitem uma melhor movimentação de ar também resfriando os galpões com os atuais sistemas de ventilação negativa. Quanto a iluminação, as lâmpadas incandescentes foram substituídas pelas lâmpadas fluorescentes, que oferecem uma melhor claridade com um menor gasto de energia elétrica. Atualmente os galpões apresentam dois tipos de lâmpadas: as fluorescentes com a luz branca para viabilizar programas de luz no galpão e a luz negra para permitir o apanhe das aves a noite (a ave não enxerga a luz azul e por serem brancas ficam destacadas sob efeitos da luz negra, facilitando o apanhe). Para melhorar o desempenho das aves existem os programas de iluminação 37 noturna. Mesmo em condições de conforto térmico no passado era utilizada iluminação 24 horas (luz natural + luz artificial), atualmente existe o programa de luz intermitente (mais eficiente), onde a luz fica apagada e a cada 3 horas o galpão é iluminado por 15 a 30 minutos, esse tempo está relacionado à necessidade da ave de 3 horas para digestão e 15 a 30 minutos para consumir ração e água, o controle é automático feito por um timer. Em condições de estresse calórico a luz fica ligada a noite toda já que as aves vão ter que consumir neste horário a ração que não foi consumida durante o dia. Para forrar o piso do galpão é utilizada a cama de frango. Na década de 70 era recomendada a utilização de 1 kg de cama por ave alojada, sendo os materiais mais usados a maravalha e o sabugo de milho moído, cobrindo o piso com aproximadamente 10 cm de espessura. Atualmente a recomendação da quantidade permanece a mesma, o que mudou foi a possibilidade de reutilização 38 da cama por até 4 a 5 vezes e a existência de mais opções de materiais para serem utilizados com essa finalidade. A cama de frango sempre 37 A iluminação associada a cortinas e ventilação negativa permite atender a recomendação européia de as aves devem recebem no máximo 16 horas de luz por dia. 38 A reutilização é possível desde que não tenha ocorrido problemas sanitários severos no lote anterior e no local onde são alojados os pintinhos sempre se usa cama nova (LANA,2000). Levy Rei de França 50
TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA foi considerada uma fonte de renda alternativa para o avicultor, entretanto atualmente esta realidade está mudando, com o aumento da quantidade de aviários elevando o consumo de materiais utilizados como cama de frango, portanto diminuído oferta de materiais que se prestam para essa função e o excesso de cama ofertada no mercado saturando a oferta de cama para o consumo bovino aliado a concorrência com resíduos amoniados de restos de cultura, a cama de frango passa a enfrentar problemas de comercialização ficando sua utilização em futuro próximo mais restrita a ao consumo da própria granja 39 . Atualmente as integrações recomendam que se faça feno de capim napier, já que com essa medida aumentaria a qualidade do material e poderia ser consumido em maior quantidade pelos bovinos, e não prejudicando em futuro próximo o desenvolvimento sustentado. Entretanto essa recomendação ainda não está sendo executada na prática, aspectos relacionados à escala, custo de produção, mão-de-obra e a técnica de fenação devem ser considerados para consolidar essa sugestão. Portanto, as mudanças nos galpões resultaram no aumento de sua capacidade interna, passando de 100 m 2 para 1.600 m 2 , na troca das telhas de barro e amianto para a telha de alumínio, na ausência da utilização de lanternins, na mudança da estrutura de madeira para estrutura de cimento pré-moldado ou metálica, na automação das cortinas (apesar de uso ainda restrito), na iluminação passando de lâmpadas incandescentes para lâmpadas fluorescentes e na diversificação e reutilização da cama de frango. II. 7 - Mudanças no Processo Industrial de Abate As primeiras inovações no processo industrial de abate 40 , ainda pouco automatizado, ocorreram durante os anos 50, com a introdução de equipamentos de escaldagem (os tanques de imersão e túneis de depenagem). A automação do transporte 39 A reutilização da cama de frango manifesta a situação de transição onde ela está deixando de ser uma fonte de lucro para ser um elemento de constrangimento da produção sustentada. 40 O processo de abate das aves compreende as seguintes fases: recepção das aves, atordoamento através de choque elétrico no animal já pendurado na correia transportadora (nória), sangria, escaldagem e depenagem, escaldagem dos pés e evisceração, gotejamento das carcaças, embalagem, estocagem e distribuição (MATOS, 1996a). Levy Rei de França 51
- Page 9 and 10: EVOLUÇÃO RECENTE DA AVICULTURA DE
- Page 11 and 12: RESUMO Analisou-se a evolução rec
- Page 13 and 14: INTRODUÇÃO A década de 70 marcou
- Page 15 and 16: INTRODUÇÃO do conhecimento acerca
- Page 17 and 18: INTRODUÇÃO consumo de ração e d
- Page 19 and 20: CAPÍTULO I EVOLUÇÃO RECENTE DA A
- Page 21 and 22: EVOLUÇÃO RECENTE DA AVICULTURA DE
- Page 23 and 24: EVOLUÇÃO RECENTE DA AVICULTURA DE
- Page 25 and 26: EVOLUÇÃO RECENTE DA AVICULTURA DE
- Page 27 and 28: EVOLUÇÃO RECENTE DA AVICULTURA DE
- Page 29 and 30: EVOLUÇÃO RECENTE DA AVICULTURA DE
- Page 31 and 32: EVOLUÇÃO RECENTE DA AVICULTURA DE
- Page 33 and 34: EVOLUÇÃO RECENTE DA AVICULTURA DE
- Page 35 and 36: CAPÍTULO II TRANSFORMAÇÕES DA BA
- Page 37 and 38: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA O
- Page 39 and 40: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA P
- Page 41 and 42: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA g
- Page 43 and 44: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA f
- Page 45 and 46: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA O
- Page 47 and 48: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA A
- Page 49 and 50: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA P
- Page 51 and 52: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA A
- Page 53 and 54: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA O
- Page 55 and 56: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA P
- Page 57 and 58: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA a
- Page 59: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA v
- Page 63 and 64: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA p
- Page 65 and 66: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA b
- Page 67 and 68: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA P
- Page 69 and 70: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA (
- Page 71 and 72: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA r
- Page 73 and 74: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA A
- Page 75 and 76: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA -
- Page 77 and 78: TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA A
- Page 79 and 80: DETERMINANTES DAS TRANSFORMAÇÕES
- Page 81 and 82: DETERMINANTES DAS TRANSFORMAÇÕES
- Page 83 and 84: DETERMINANTES DAS TRANSFORMAÇÕES
- Page 85 and 86: DETERMINANTES DAS TRANSFORMAÇÕES
- Page 87 and 88: DETERMINANTES DAS TRANSFORMAÇÕES
- Page 89 and 90: DETERMINANTES DAS TRANSFORMAÇÕES
- Page 91 and 92: DETERMINANTES DAS TRANSFORMAÇÕES
- Page 93 and 94: DETERMINANTES DAS TRANSFORMAÇÕES
- Page 95 and 96: DETERMINANTES DAS TRANSFORMAÇÕES
- Page 97 and 98: DETERMINANTES DAS TRANSFORMAÇÕES
- Page 99 and 100: DETERMINANTES DAS TRANSFORMAÇÕES
- Page 101 and 102: IMPACTOS DAS TRANSFORMAÇÕES DA BA
- Page 103 and 104: IMPACTOS DAS TRANSFORMAÇÕES DA BA
- Page 105 and 106: IMPACTOS DAS TRANSFORMAÇÕES DA BA
- Page 107 and 108: IMPACTOS DAS TRANSFORMAÇÕES DA BA
- Page 109 and 110: IMPACTOS DAS TRANSFORMAÇÕES DA BA
TRANSFORMAÇÕES <strong>DA</strong> <strong>BASE</strong> <strong>TÉCNICA</strong><br />
foi considerada uma fonte de renda alternativa para o avicultor, entretanto atualmente esta<br />
realidade está mudan<strong>do</strong>, com o aumento da quantidade de aviários elevan<strong>do</strong> o consumo de<br />
materiais utiliza<strong>do</strong>s como cama de frango, portanto diminuí<strong>do</strong> oferta de materiais que se<br />
prestam para essa função e o excesso de cama ofertada no merca<strong>do</strong> saturan<strong>do</strong> a oferta de<br />
cama para o consumo bovino alia<strong>do</strong> a concorrência com resíduos amonia<strong>do</strong>s de restos de<br />
cultura, a cama de frango passa a enfrentar problemas de comercialização fican<strong>do</strong> sua<br />
utilização em futuro próximo mais restrita a ao consumo da própria granja 39 . Atualmente as<br />
integrações recomendam que se faça feno de capim napier, já que com essa medida<br />
aumentaria a qualidade <strong>do</strong> material e poderia ser consumi<strong>do</strong> em maior quantidade pelos<br />
bovinos, e não prejudican<strong>do</strong> em futuro próximo o desenvolvimento sustenta<strong>do</strong>. Entretanto<br />
essa recomendação ainda não está sen<strong>do</strong> executada na prática, aspectos relaciona<strong>do</strong>s à<br />
escala, custo de produção, mão-de-obra e a técnica de fenação devem ser considera<strong>do</strong>s para<br />
consolidar essa sugestão.<br />
Portanto, as mudanças nos galpões resultaram no aumento de sua capacidade<br />
interna, passan<strong>do</strong> de 100 m 2 para 1.600 m 2 , na troca das telhas de barro e amianto para a<br />
telha de alumínio, na ausência da utilização de lanternins, na mudança da estrutura de<br />
madeira para estrutura de cimento pré-molda<strong>do</strong> ou metálica, na automação das cortinas<br />
(apesar de uso ainda restrito), na iluminação passan<strong>do</strong> de lâmpadas incandescentes para<br />
lâmpadas fluorescentes e na diversificação e reutilização da cama de frango.<br />
II. 7 - Mudanças no Processo Industrial de Abate<br />
As primeiras inovações no processo industrial de abate 40 , ainda pouco<br />
automatiza<strong>do</strong>, ocorreram durante os anos 50, com a introdução de equipamentos de<br />
escaldagem (os tanques de imersão e túneis de depenagem). A automação <strong>do</strong> transporte<br />
39 A reutilização da cama de frango manifesta a situação de transição onde ela está deixan<strong>do</strong> de ser uma fonte<br />
de lucro para ser um elemento de constrangimento da produção sustentada.<br />
40 O processo de abate das aves compreende as seguintes fases: recepção das aves, ator<strong>do</strong>amento através de<br />
choque elétrico no animal já pendura<strong>do</strong> na correia transporta<strong>do</strong>ra (nória), sangria, escaldagem e depenagem,<br />
escaldagem <strong>do</strong>s pés e evisceração, gotejamento das carcaças, embalagem, estocagem e distribuição (MATOS,<br />
1996a).<br />
<strong>Levy</strong> Rei de França<br />
51