A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

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16.04.2013 Views

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA DE CORTE NO BRASIL a produção pelas empresas especializadas, é o fato de que a produção por parte da integração pode ser mais bem planejada em virtude de uma demanda previamente estabelecida, o que torna desnecessária a manutenção de grandes estoques. Isso além de significar enormes volumes de recursos em capital de giro ainda pode implicar em perdas, já que a ração estocada por um longo período provoca queda na atividade vitamina e rancificação de gorduras. II. 5 - Mudanças dos Equipamentos de Climatização A ambiência em uma instalação atual de frangos de corte é de grande importância. Em um ambiente de conforto térmico podemos criar mais animais por metro quadrado de galpão e com melhor desempenho. Essa condição de conforto térmico está sendo conseguida pelo desenvolvimento e utilização dos equipamentos de climatização. Dois tipos de equipamentos são utilizados neste sentido, as campânulas para aquecer na fase inicial (até 20 dias aproximadamente), e os ventiladores, exaustores e nebulizadores para refrigerar na fase final (a partir de 20 dias). As campânulas podem ser a carvão, à eletricidade e a gás simples ou com queimador infravermelho. As primeiras campânulas utilizadas foram as campânulas a carvão, numa época de grande disponibilidade de madeira como na década de 70 elas de difundiram, entretanto a dificuldade de controle da temperatura, a possibilidade de intoxicação dos pintinhos pelo monóxido de carbono desprendido na combustão e o risco de incêndio do galpão, justificam a diminuição de sua utilização (MALAVAZZI,1990). As campânulas a eletricidade, que poderiam oferecer vantagens em relação ao modelo a carvão, sempre foram de uso restrito. Os motivos estão ligados ao alto custo relativo da energia elétrica e a possibilidade de falha no fornecimento de calor, devido a falta de energia elétrica. Durante muito tempo as mais utilizadas foram as campânulas a gás tipo chapéu mexicano (com capacidade de 500 pintinhos de 1 dia cada). Atualmente elas estão sendo substituídas por campânulas a gás com aquecedores tipo infravermelho (mais usados Levy Rei de França 46

TRANSFORMAÇÕES DA BASE TÉCNICA atualmente). Esse equipamento é mais eficiente, econômico e tem capacidade de aquecer 1000 pintinhos (LANA, 2000). Os equipamentos para refrigeração dos galpões são de uso popularizado em época recente; deve-se considerar também que os galpões eram menores (portanto mais fácil a refrigeração) e a avicultura estava basicamente concentrada no Sul e Sudeste, cujo clima é mais ameno. Os ventiladores, segundo MARQUEZ (1994), oferecem sua contribuição dispersando altas concentrações de amônia, umidade e calor no nível das aves; como efeito secundário o ventilador também move o ar diretamente abaixo do telhado, provocando diminuição de sua temperatura e da radiação de calor sobre os frangos. Os modelos mais atualizados de ventiladores apresentam menor nível de ruído e durabilidade, entretanto as granjas montadas atualmente têm trocado os ventiladores (ventilação positiva) pelos exautores (ventilação negativa 32 ). Isso está relacionado a maior uniformidade da velocidade do ar e não formarem bolsões de ar quente na instalação. Na ventilação negativa o ar entra por uma extremidade do galpão e em sistema de túnel percorre toda parte interna sendo succionado pelos exaustores localizados na outra extremidade do galpão, (SANTINI, S/D). Mais recentemente surgiram os nebulizadores para auxiliar na refrigeração dos galpões, os nebulizadores são utilizados em regiões com altas temperatura e baixa umidade relativa do ar, podendo também ser utilizados em regiões com alta umidade, porque nestas regiões nos horários que ocorrem temperaturas elevadas, geralmente a umidade relativa é baixa. Possibilitando seu uso, geralmente utilizados associados aos ventiladores (TEIXEIRA, 1997b), atualmente são de uso generalizado. Os nebulizadores pulverizam água fria na parte superior do galpão, o ar quente provoca a evaporação da água fria espalhada e os ventiladores movimentam essa massa de ar aquecida para fora do galpão. 32 Define-se como ventilação negativa, quando ao invés de soprar ar, o mesmo é succionado através de extratores ou exaustores de ar. Neste caso, a velocidade do ar é mais uniforme dentro do galpão. É fundamental em casos de ventilação negativa o perfeito isolamento do galpão na cobertura, nas laterais e na posição dos extratores de ar. Em sistemas de ventilação negativa podemos controlar melhor as condições ambientais internas do galpão, com zonas mais “iguais” dentro do galpão (SANTINI, S/D). Levy Rei de França 47

TRANSFORMAÇÕES <strong>DA</strong> <strong>BASE</strong> <strong>TÉCNICA</strong><br />

atualmente). Esse equipamento é mais eficiente, econômico e tem capacidade de aquecer<br />

1000 pintinhos (LANA, 2000).<br />

Os equipamentos para refrigeração <strong>do</strong>s galpões são de uso populariza<strong>do</strong> em época<br />

recente; deve-se considerar também que os galpões eram menores (portanto mais fácil a<br />

refrigeração) e a avicultura estava basicamente concentrada no Sul e Sudeste, cujo clima é<br />

mais ameno. Os ventila<strong>do</strong>res, segun<strong>do</strong> MARQUEZ (1994), oferecem sua contribuição<br />

dispersan<strong>do</strong> altas concentrações de amônia, umidade e calor no nível das aves; como efeito<br />

secundário o ventila<strong>do</strong>r também move o ar diretamente abaixo <strong>do</strong> telha<strong>do</strong>, provocan<strong>do</strong><br />

diminuição de sua temperatura e da radiação de calor sobre os frangos. Os modelos mais<br />

atualiza<strong>do</strong>s de ventila<strong>do</strong>res apresentam menor nível de ruí<strong>do</strong> e durabilidade, entretanto as<br />

granjas montadas atualmente têm troca<strong>do</strong> os ventila<strong>do</strong>res (ventilação positiva) pelos<br />

exautores (ventilação negativa 32 ). Isso está relaciona<strong>do</strong> a maior uniformidade da velocidade<br />

<strong>do</strong> ar e não formarem bolsões de ar quente na instalação. Na ventilação negativa o ar entra<br />

por uma extremidade <strong>do</strong> galpão e em sistema de túnel percorre toda parte interna sen<strong>do</strong><br />

succiona<strong>do</strong> pelos exaustores localiza<strong>do</strong>s na outra extremidade <strong>do</strong> galpão, (SANTINI, S/D).<br />

Mais recentemente surgiram os nebuliza<strong>do</strong>res para auxiliar na refrigeração <strong>do</strong>s<br />

galpões, os nebuliza<strong>do</strong>res são utiliza<strong>do</strong>s em regiões com altas temperatura e baixa umidade<br />

relativa <strong>do</strong> ar, poden<strong>do</strong> também ser utiliza<strong>do</strong>s em regiões com alta umidade, porque nestas<br />

regiões nos horários que ocorrem temperaturas elevadas, geralmente a umidade relativa é<br />

baixa. Possibilitan<strong>do</strong> seu uso, geralmente utiliza<strong>do</strong>s associa<strong>do</strong>s aos ventila<strong>do</strong>res<br />

(TEIXEIRA, 1997b), atualmente são de uso generaliza<strong>do</strong>. Os nebuliza<strong>do</strong>res pulverizam<br />

água fria na parte superior <strong>do</strong> galpão, o ar quente provoca a evaporação da água fria<br />

espalhada e os ventila<strong>do</strong>res movimentam essa massa de ar aquecida para fora <strong>do</strong> galpão.<br />

32 Define-se como ventilação negativa, quan<strong>do</strong> ao invés de soprar ar, o mesmo é succiona<strong>do</strong> através de<br />

extratores ou exaustores de ar. Neste caso, a velocidade <strong>do</strong> ar é mais uniforme dentro <strong>do</strong> galpão. É<br />

fundamental em casos de ventilação negativa o perfeito isolamento <strong>do</strong> galpão na cobertura, nas laterais e na<br />

posição <strong>do</strong>s extratores de ar. Em sistemas de ventilação negativa podemos controlar melhor as condições<br />

ambientais internas <strong>do</strong> galpão, com zonas mais “iguais” dentro <strong>do</strong> galpão (SANTINI, S/D).<br />

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