A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy
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A <strong>EVOLUÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>BASE</strong> <strong>TÉCNICA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AVICULTURA</strong> DE CORTE NO BRASIL<br />
uma grande gama de alimentos, entre eles os subprodutos industriais e os alimentos<br />
alternativos ou não convencionais, dispensan<strong>do</strong> a utilização de margens de segurança, que<br />
muitas vezes não é suficiente para garantir máximo desempenho (SILVA & ROSTAGNO,<br />
1998).<br />
A solução para os déficits <strong>do</strong>s chama<strong>do</strong>s aminoáci<strong>do</strong>s essenciais, como a lisina e a<br />
metionina que os animais precisam para formar as proteínas, tem atraí<strong>do</strong> firmas de<br />
pesquisas biotecnológicas a pesquisar técnicas de engenharia genética para melhorar o<br />
balanceamento desses aminoáci<strong>do</strong>s em proteínas de cereais. Outros projetos procuram<br />
diminuir os custos desses aditivos nutricionais via incremento da eficiência <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s de<br />
fermentação bacteriana usa<strong>do</strong>s para produzir aminoáci<strong>do</strong>s. Dessa forma seria possível<br />
diminuir o custo das rações, já que as necessidades metabólicas <strong>do</strong>s animais poderiam ser<br />
atendidas por uma alimentação de baixa proteína, combinada a uma mistura bem<br />
balanceada de aminoáci<strong>do</strong>s (GOODMAN et alli, 1990).<br />
No caso das necessidades de vitaminas para as aves, a quase totalidade foi definida<br />
na década de 40 e desta época para cá não foi feita mais nenhuma modificação mais<br />
profunda nos níveis recomenda<strong>do</strong>s, apenas uma aproximação teórica em 1994 pelo NRC 12<br />
(PENZ, 1995). Deve-se destacar que a produção de vitaminas está diretamente relacionada<br />
à atividade de multinacionais 13 , como as européias Roche e Basf, detentoras de maior<br />
parcela <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.<br />
12 National Research Council<br />
13 Essas empresas a<strong>do</strong>tam a estratégia de importação <strong>do</strong>s princípios ativos e <strong>do</strong>s fármacos utiliza<strong>do</strong>s pelas<br />
filiais instaladas no Brasil. Na verdade essas empresas têm reduzida participação <strong>do</strong> capital nacional, e<br />
dependem de importação da grande maioria <strong>do</strong>s produtos de que necessita. Segun<strong>do</strong> ORTEGA (1988), esse<br />
setor de química fina tem sua filial aqui no Brasil e importa as matérias-primas da matriz. Essa estratégia<br />
atende a <strong>do</strong>is objetivos. O primeiro é o de dificultar a concorrência de empresas nacionais que formulam e<br />
embalam produtos farmacêuticos, através de pequena margem de lucro na venda de fármaco, manten<strong>do</strong><br />
preços baixos, distribuição de amostras e supervalorização <strong>do</strong> preço de compra <strong>do</strong> fármaco à matriz. O<br />
segun<strong>do</strong> é a questão da propriedade industrial. Como o Brasil não reconhece patente de produtos<br />
farmacêuticos, as empresas que detêm a tecnologia preferem manter o desenvolvimento tecnológico a cargo<br />
da matriz no exterior.<br />
<strong>Levy</strong> Rei de França<br />
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