16.04.2013 Views

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

linhagens puras. Dispor de linhagens mais produtivas permitiu que essas empresas privadas<br />

expandissem seus merca<strong>do</strong>s a nível mundial, fator que assegurou a aplicação de<br />

investimentos contínuos no melhoramento e, por decorrência, melhoras também contínuas<br />

nas respectivas linhagens 83 (SALLE et alii, 1998).<br />

COTTA (1997) argumenta que, <strong>do</strong> ponto de vista genético, os cruzamentos foram<br />

feitos de maneira a não se poder ir além da produção <strong>do</strong> frango de corte. Essa situação<br />

coloca a avicultura brasileira na incômoda dependência <strong>do</strong>s países detentores das linhagens<br />

puras. Cita ainda que o Brasil importa, na área de frango de corte, principalmente as<br />

linhagens Hubbard, Arbor Acres, Cobb, Isa-vedette, Avian Farms, Ross e Hibro, todas<br />

produzin<strong>do</strong> pintos de um dia com possibilidade de separação de sexo.<br />

Durante tempos, acreditou-se que essa dependência representava o grande gargalo<br />

<strong>do</strong> setor, não só pelo dispêndio de divisas, mas, sobretu<strong>do</strong>, por colocar a produção brasileira<br />

submissa a fornece<strong>do</strong>res externos. Para SALLE et alii (1998: 232) não é bem assim. O<br />

dispêndio de divisas chega a ser desprezível se considera<strong>do</strong>s os benefícios da importação, já<br />

que representam menos de 2% das divisas arrecadadas (exclusivamente) com as<br />

exportações de frango e apenas alguns milésimos da produção bruta brasileira, conforme<br />

apresenta<strong>do</strong> na Tabela 18. Observa-se também que, os benefícios internos alcança<strong>do</strong>s com<br />

a importação de US$ 17 milhões de material genético em 1997, foram de US$ 6,5 bilhões<br />

(US$ 883 milhões em exportação + US$ 5,624 bilhões consumi<strong>do</strong>s internamente = US$<br />

6,507 bilhões).<br />

No que se refere à submissão <strong>do</strong> setor a outros países SALLE et alii (1998: 231)<br />

consideram isso pouco provável, já que sen<strong>do</strong> o Brasil um <strong>do</strong>s principais produtores<br />

mundiais, é também um <strong>do</strong>s grandes consumi<strong>do</strong>res de material genético melhora<strong>do</strong>. Dessa<br />

83 Na área de frangos de corte essa dependência ultrapassa os 70% e se baseia nas linhagens Hubbard,<br />

Peterson, Arbor Acres, Cobb, Aviam Farms (todas americanas), Indian River (européia), Shaver (canadense),<br />

Isa, MPK (franco-americanas) e Hybro (holandesa). A dependência só não é absoluta porque, a Agroceres<br />

mantém uma joint-venture com a empresa escocesa Ross, através da qual produzem no Brasil avós da<br />

linhagem AgRoss, a Perdigão que mantêm o seu próprio trabalho de melhoramento genético para a produção<br />

de Chester e a Sadia que também iniciou, mais recentemente, trabalho de melhoramento genético no País.<br />

<strong>Levy</strong> Rei de França<br />

117

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!