A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy
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A <strong>EVOLUÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>BASE</strong> <strong>TÉCNICA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AVICULTURA</strong> DE CORTE NO BRASIL<br />
90 77 . Dessa forma, se a produção animal deve migrar <strong>do</strong> Sul para o Centro-Oeste, é<br />
provável que não seja em função <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> milho.<br />
As conclusões <strong>do</strong>s trabalhos HELFAND & RESENDE (1998), são as seguintes.<br />
Primeiro, mostram que a produção de milho no Centro-Oeste tem características bem<br />
diferentes das demais regiões. Consideran<strong>do</strong>-se a distância <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res, só<br />
a peculiar relação com a soja explica o crescimento da produção de milho no Centro-Oeste,<br />
especialmente em vista da menor atuação da Política Geral de Preços Mínimos (PGPM) na<br />
década de 90 78 ; segun<strong>do</strong>, não há evidência de um êxo<strong>do</strong> em massa da produção de aves e<br />
suínos <strong>do</strong> Sul para Centro-Oeste, apesar de o Sul ter sete vezes mais estoques de aves que o<br />
Centro-Oeste, os estoques cresceram apenas marginalmente mais rápi<strong>do</strong> no centro-Oeste<br />
nos anos 90 (55% contra 50%); terceiro, o rápi<strong>do</strong> crescimento da produção comercial de<br />
aves no Centro-Oeste levou a um dramático crescimento no abate. De 1990 a 1995, o abate<br />
comercial cresceu por um fator 13 no Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, 7,5 no Mato Grosso e apenas 1,5<br />
no Sul. Entretanto, nenhum esta<strong>do</strong> no Centro-Oeste já atingiu 2% <strong>do</strong> abate <strong>do</strong>méstico;<br />
quarto, a análise <strong>do</strong>s diferenciais de preços sugere que poderia haver considerável redução<br />
de custos de produção decorrentes de uma mudança da produção animal <strong>do</strong> Sudeste para o<br />
Centro-Oeste. O mesmo não pode ser dito sobre uma mudança da produção animal <strong>do</strong> Sul<br />
para o Centro-Oeste. Especialmente no caso <strong>do</strong> Sul, a redução <strong>do</strong> custo da ração é<br />
insuficiente para compensar o maior custo de transporte entre o Centro-Oeste e os<br />
merca<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> sudeste.<br />
Entretanto, outros aspectos não podem ser menospreza<strong>do</strong>s para compreender esse<br />
movimento, como é o caso da perspectiva de redução <strong>do</strong>s custos de transportes através da<br />
melhoria da malha ro<strong>do</strong>-hidro-ferroviária, eleita pelo programa Avança Brasil como<br />
prioritária para a redução <strong>do</strong> chama<strong>do</strong> “custo Brasil” para a Região. Não menos importantes<br />
são os incentivos fiscais e creditícios concedi<strong>do</strong>s pelos governos estaduais, que têm atraí<strong>do</strong><br />
77 Com exceção de alguns anos, a diferença com Santa Catarina e Rio Grande <strong>do</strong> Sul não tem si<strong>do</strong> muito<br />
grande, por exemplo, os diferenciais de preços entre Santa Catarina e Goiás foram só 0, 9, 4, e 3 reais. Com o<br />
Rio Grande <strong>do</strong> Sul, os diferenciais para o mesmo perío<strong>do</strong> foram –6, 2, 9, 7 (HELFAND & RESENDE, 1998),<br />
<strong>Levy</strong> Rei de França<br />
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