16.04.2013 Views

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

A EVOLUÇÃO DA BASE TÉCNICA DA AVICULTURA ... - Blog do Levy

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A <strong>EVOLUÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>BASE</strong> <strong>TÉCNICA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AVICULTURA</strong> DE CORTE NO BRASIL<br />

Nesse senti<strong>do</strong> SORJ et alli (1982: 112) concluem que a questão básica não é sua<br />

subordinação ao capital industrial, mas a possibilidade e ameaça presente de sua exclusão<br />

definitiva das mínimas condições de produção representada fundamentalmente pela ameaça<br />

da perda total da terra que se constitui no principal meio de produção numa agricultura<br />

desse tipo. Por outro la<strong>do</strong>, citam que “...para os produtores em bases familiares, a<br />

integração não se apresenta de imediato em seu aspecto de exploração, posto que esses<br />

produtores sempre estiveram subordina<strong>do</strong>s ao capital comercial tradicional, e por isso, sua<br />

integração e subordinação ao moderno capital industrial-financeiro se apresenta de imediato<br />

como a possibilidade de desenvolvimento da produção, através <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

tecnológico e da melhoria das condições de realização da produção. Em outras palavras, e a<br />

grosso mo<strong>do</strong>, a espoliação na compra da produção pelo capital industrial-financeiro é mais<br />

sistemática e previsível e menos espoliativa que o capital comercial tradicional, pelo menos<br />

em sua manifestação, além de estar mais estritamente vinculada à coordenação e mediação<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>”.<br />

Os limites da integração são impacta<strong>do</strong>s por <strong>do</strong>is fatores segun<strong>do</strong> SORJ et alli<br />

(1982: 112). Sublinham eles que a capacidade de resistência <strong>do</strong> produtor rural e os limites<br />

objetivos que este apresenta a certos níveis de concentração da produção, tem no primeiro<br />

caso a capacidade de resistência (organizada ou não) que o produtor familiar pode opor à<br />

integra<strong>do</strong>ra, seja se retiran<strong>do</strong>, seja exigin<strong>do</strong> maiores margens de ingresso, levan<strong>do</strong> a<br />

empresa a optar pela integração vertical. No segun<strong>do</strong>, a integração se imporia porque os<br />

ganhos de escala que ela permitiria seriam superiores às vantagens <strong>do</strong> uso da integração de<br />

produtores familiares. Contra para eles, existiriam, as imobilizações necessárias de terra e<br />

capital fixo e as perdas de produtividade pelo uso de trabalho assalaria<strong>do</strong> frente à<br />

responsabilidade individual e ao autocontrole da produção familiar.<br />

Este padrão de produção, basea<strong>do</strong> na utilização de pequena propriedade e mão-de-<br />

obra familiar, está sen<strong>do</strong> substituí<strong>do</strong> por outro padrão, basea<strong>do</strong> em médias e grandes<br />

propriedades com mão-de-obra assalariada. Um exemplo disso é o modelo que vem se<br />

consolidan<strong>do</strong> no Brasil Central, basea<strong>do</strong> na constituição de grandes projetos de integração,<br />

<strong>Levy</strong> Rei de França<br />

98

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!