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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ... - ICHS/UFOP

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toda ornamentada para recepcionar os ilustres visitantes, recebidos “por cinco<br />

meninas vestidas de branco, que espargiram flores a SS. MM.”. 248<br />

Servido o almoço, o casal foi até a Igreja Matriz de Nossa Senhora de<br />

Nazaré, onde o Imperador encantou-se com os altares laterais e afirmou ao padre<br />

Affonso Henriques de Figueiredo Lemos, “que na própria corte não se<br />

encontravam altares de tão primoroso trabalho, exceto na igreja do mosteiro de<br />

São Bento”. 249 Ao se retirar da igreja, o Monarca visitou a fazenda imperial,<br />

também conhecida por coudelaria. A imperatriz não acompanhou o esposo e então<br />

seguiu para a “residência imperial onde continuou a receber com muito agrado as<br />

pessoas que em grande número e de todas as classes procuravam ver e<br />

cumprimentar sua amada soberana”. 250 A notícia que circulou na época foi de que:<br />

73<br />

SS. MM. mostraram-se bondosos e afáveis para com todos,<br />

prestando atenção, ouvindo todos os pedidos, não consentindo<br />

que pusessem guardas a porta, para que todo povo pudesse ver e<br />

cumprimentar SS. MM. pelo que achando o povo fácil ingresso<br />

até SS. MM. que a todos atendiam apertando cordialmente a<br />

mão a muitos visitantes. 251<br />

Assim que retornou para casa, D. Pedro II viu a cadeira em que seu pai<br />

havia sentado quando visitou a povoação, “SS. MM. depois de examinarem<br />

minuciosamente a cadeira mostraram-se gratos pela lembrança”. 252<br />

Em contraposição aos apontamentos encontrados no diário, de acordo<br />

Henrique Barbosa da Silva Cabral, o Imperador teria visto a cadeira durante o<br />

almoço:<br />

Após o descanso foi servido o almoço. A sala de refeição estava<br />

toda ornamentada. A mesa bem disposta e cheia de flores tinha<br />

na cabeceira duas grandes poltronas destinadas ao Imperador e<br />

à Imperatriz. A que era para a Imperatriz estava coberta com<br />

linda colcha de damasco de seda e cheia de enfeites de rendas.<br />

A outra, bastante velha e estragada, apresentava-se<br />

completamente despida de enfeites. D. Pedro, logo ao penetrar<br />

na sala, com um simples relance de olhos, notou aquilo.<br />

Próximo dele, porém, se achava o Cel. Joaquim Ramos, tendo<br />

no braço esquerdo outra colcha e enfeites destinados a esta<br />

poltrona. Curvando-se respeitosamente, disse ele ao Imperador:<br />

248 A Província de Minas. Ouro Preto, 17 de abril de 1881. P. 3.<br />

249 Idem.<br />

250 Idem.<br />

251 Idem.<br />

252 Idem.

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