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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ... - ICHS/UFOP

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69<br />

barão Nogueira da Gama uma lindíssima pena de ouro, assinouse,<br />

e depois de S. M. o Sr. ministro da marinha e mais pessoas<br />

presentes. 236<br />

Após o ato solene, o inspetor convidou D. Pedro II para percorrer a<br />

repartição, levando-o até a sala onde ficavam o tesoureiro e o caixa:<br />

S. M. interrogou ao inspetor sobre o estado da escrituração, e ao<br />

tesoureiro sobre o do cofre, examinando detidamente o livro<br />

caixa, e a escrituração do tesoureiro. Findo o exame, dirigiu-se<br />

o Imperador à seção do contencioso, onde procurou informar-se<br />

do procurador fiscal sobre o movimento do serviço ao cargo da<br />

mesma seção. 237<br />

Ao se retirar do edifício, seguiu para a Casa dos Contos, considerando-a<br />

bem construída. No mesmo estabelecimento funcionava o correio, que de acordo<br />

com os apontamentos do Imperador, encontrava-se mal acomodado:<br />

No correio o ilustre administrador só pôde responder a uma das<br />

perguntas de S. M., aquela em que lhe indagava se tinha na<br />

repartição mapa postal. – “Sim, Majestade, ei-lo aqui”. E<br />

apontou triunfante para a carta geográfica do Gerber... S. M.<br />

sorriu-se, era um sorriso de tristeza. 238<br />

A casa de Marília de Dirceu, Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, também<br />

foi visitada, assim como a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em<br />

Antônio Dias, onde estavam os restos mortais de Aleijadinho. Através das páginas<br />

do diário do Imperador, percebemos que ele visitou também a Igreja de São<br />

Francisco de Paula e em suas anotações, ressaltou a bela paisagem que de lá se<br />

tinha da cidade. Além de apreciar a beleza do local, D. Pedro também “apreciou a<br />

elegância do templo e a bela posição, em que está colocado, lembrando a ideia de<br />

serem envernizados e não pintados os altares em construção”. 239<br />

Por fim, visitou o quartel de polícia – criticando o fato de os soldados não<br />

dormirem no estabelecimento, mas sim em casa de parentes – e o Hospital da<br />

Misericórdia, o qual considerou pequeno e mal situado, mas bem cuidado. 240<br />

236<br />

A Atualidade. Ouro Preto, 09 de Abril de 1881. P. 2.<br />

237<br />

Idem.<br />

238<br />

A Província de Minas. Ouro Preto, primeiro de Maio de 1881. P. 3.<br />

239<br />

A Atualidade. Ouro Preto, 07 de Abril de 1881. P. 3.<br />

240<br />

VIANNA. Op. cit. 1957. P. 79.

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