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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ... - ICHS/UFOP

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Segundo Maria Tereza Chaves de Mello: “A Revolta do Vintém produziu<br />

um considerável desgaste na imagem do regime e do imperador”. 155<br />

À progressiva desafeição ao regime somaram-se, além do desgaste em<br />

decorrência da Revolta, críticas provenientes das sociedades carnavalescas, que:<br />

“Já no final do século XIX”, quase todas “eram abolicionistas e republicanas”. 156<br />

Desde a década de 1860 as sociedades carnavalescas começaram a se<br />

destacar, não apenas por sua participação na festividade, mas também por<br />

apresentarem críticas políticas durante os desfiles. No carnaval de 1881, por<br />

exemplo, tanto a Sociedade Carnavalesca Democráticos, quanto a dos Fenianos,<br />

fizeram através de seus carros alegóricos, uma apresentação onde relacionaram o<br />

Monarca à mancha da escravidão:<br />

48<br />

Cumprindo seus propósitos de abolir o cativeiro por todos os<br />

meios e modos válidos, os Fenianos [...], entre os carros de<br />

alegoria e de crítica [...] incluíram no préstito um intitulado A<br />

Mancha de Júpiter, onde a figura do imperador era apresentada<br />

como maculada pelo escravagismo. 157<br />

O interessante é notar que por onde os carros passavam, conquistavam<br />

grande sucesso entre as pessoas que assistiam ao espetáculo.<br />

Foi sob duras críticas que D. Pedro II partiu em direção à província de<br />

Minas Gerais em 1881.<br />

155 MELLO. Op. cit. 2007. P. 174.<br />

156 SCHWARCZ. Op. cit. 1998. P. 423.<br />

157 Idem.

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