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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ... - ICHS/UFOP

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naturais das províncias, as atividades econômicas e os hábitos dos senhores<br />

locais. 131<br />

Em todas as localidades por onde passavam, os visitantes eram recebidos<br />

festivamente pela população, que organizava verdadeiros espetáculos, com bandas<br />

de música, fogos de artifício, bailes, jantares e cerimônias religiosas. De acordo<br />

com José Murilo de Carvalho, a recepção feita em Salvador foi triunfal:<br />

“Centenas de embarcações, navios, saveiros, escaleres, canoas, receberam os<br />

visitantes na baía de Todos os Santos”. 132<br />

Após percorrer o Recôncavo Baiano, D. Pedro retornou a Salvador e<br />

distribuiu a “mais importante moeda simbólica das monarquias, avidamente<br />

disputada pela elite baiana: títulos nobiliárquicos, comendas, ordens<br />

honoríficas”. 133 De Salvador foi até Pernambuco, onde permaneceu um mês, e<br />

então seguiu para a Paraíba e para o Sul, passando por Alagoas, Sergipe,<br />

novamente Bahia e Espírito Santo. 134 Também nessas províncias houve a<br />

preparação de festivas recepções.<br />

Do Espírito Santo o séquito retornou para a Corte, chegando no dia 11 de<br />

fevereiro de 1860. Pouco mais de um ano depois, o Monarca iniciou uma nova<br />

jornada, seguindo para Juiz de Fora na companhia de muitas pessoas, tais como: a<br />

Imperatriz e as princesas, o Conselheiro e Ministro da Justiça, Francisco de Paula<br />

de Negreiros Sayão Lobato, o gentil homem da semana, o tenente-general<br />

Francisco Xavier Calmon da Silva Cabral, o veador Barão de Tamandaré, o<br />

guarda-roupa José Carlos Mayrink, o Dr. José Pereira Rego, as damas da<br />

imperatriz e das princesas. 135 Todos ficaram hospedados no palacete do<br />

comendador Mariano Procópio Ferreira Lage, idealizador da Rodovia União e<br />

Indústria. A residência localizava-se em Rio Novo, a três quilômetros de<br />

Paraibuna, futuramente as duas localidades foram anexadas e então denominadas<br />

Juiz de Fora. 136<br />

O Imperador dirigiu-se à cidade no dia 23 de junho de 1861, a fim de<br />

participar da inauguração da primeira estrada de rodagem do país, inaugurada<br />

131<br />

PIRES. Op. cit. 2007. P. 35.<br />

132<br />

CARVALHO. Op. cit. 2007. P. 139.<br />

133<br />

Idem. P. 140.<br />

134<br />

LYRA. Op. cit. 1977. Vol. 1. P. 206.<br />

135<br />

GENOVEZ, Patrícia Falco. As malhas do poder: uma análise da elite de Juiz de Fora na<br />

segunda metade do século XIX. Juiz de Fora: Clio Edições Eletrônicas, 2002. P. 16.<br />

136<br />

Idem.<br />

43

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