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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ... - ICHS/UFOP

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Desde o início do ano de 1887 o estado de saúde de D. Pedro II estava<br />

fragilizado e como não apresentou melhoras, os médicos Mota Maia e<br />

Conselheiro Alvarenga chegaram à conclusão de que seria melhor o Monarca<br />

receber tratamento médico na Europa.<br />

Aprovada a viagem, partiram ao lado do Imperador, no dia 30 de junho, a<br />

Imperatriz, o neto D. Pedro Augusto de Saxe, Mota-Maia com a família, o<br />

Visconde e a Viscondessa de Carapebús, Visconde de Nioac com seu filho, o<br />

Barão do Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos e Seybold, professor de<br />

línguas orientais. 102<br />

Os viajantes aportaram em Lisboa em 15 de julho e logo seguiram para<br />

Paris, onde chegaram no dia 20. D. Pedro II e D. Teresa Cristina hospedaram-se<br />

no Grande Hotel, no entanto, os aposentos estavam reservados apenas a partir do<br />

dia 22 e assim sendo, pela primeira vez o Monarca aceitou hospedar-se na casa de<br />

um particular, tratava-se de seu companheiro de viagem, o Visconde de Nioac. 103<br />

Mesmo com a saúde fragilizada, logo que chegou a Paris pôs-se a visitar<br />

associações científicas, bibliotecas e museus. Durante sua permanência no Grande<br />

Hotel, recebeu a “visita dos sábios”, termo usado por Heitor Lyra. Intelectuais<br />

admirados pelo Imperador, como por exemplo, Pasteur, Quatrefages, Liais e<br />

Ambroise, aproveitaram a ocasião e o visitaram. 104<br />

Como o objetivo da viagem era o tratamento de saúde do Monarca, logo os<br />

médicos solicitados por Mota-Maia se reuniram e atestaram que sua saúde<br />

encontrava-se estabilizada: “Fora do ambiente de trabalho como monarca e da<br />

pressão dos opositores, a saúde melhorou rapidamente”. 105 Reunidos os médicos<br />

responsáveis, todos concordaram que o melhor para o Imperador seria ir a Baden-<br />

Baden, Alemanha, a fim de descansar e se curar “com aplicações de duchas,<br />

massagens e ginástica”. 106<br />

A estadia em Baden-Baden durou dois meses e aí lhe fizeram companhia o<br />

imperador Guilherme I, da Alemanha e o rei Leopoldo II, da Bélgica, que também<br />

estavam em tratamento de cura pelas águas. 107<br />

102 PIRES. Op. cit. 2007. P. 27.<br />

103 Idem. P. 28.<br />

104 LYRA. Op. cit. 1977. Vol. 2. P. 56.<br />

105 PIRES. Op. cit. 2007. P. 28.<br />

106 LYRA. Op. cit. 1977. Vol. 2. P. 57.<br />

107 PIRES. Op. cit. 2007. P. 28; & LYRA. Op. cit. 1977. Vol. 2. P. 58.<br />

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