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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ... - ICHS/UFOP

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de sujeitar-me à lei comum, cumprindo a quarentena com os meus companheiros<br />

de viagem”. 42<br />

Ainda em resposta aos benefícios oferecidos pelo rei de Portugal, D. Luís<br />

I, o Imperador comunicou ao representante real os motivos por não aceitar<br />

hospedagem oficial: “Deixe-me gozar esta liberdade de simples cidadão; estou<br />

farto de cerimônias e etiquetas”. 43<br />

Reafirmamos assim, que D. Pedro II não queria recepções oficiais ou<br />

hospedagens em palácios, mas sim ser recebido como um cidadão comum.<br />

Mesmo comunicando o caráter pessoal de sua viagem, personagens ilustres o<br />

visitaram no Lazareto, tais como familiares, o rei de Portugal, D. Fernando e seu<br />

filho, o Infante D. Augusto, diplomatas, sábios e escritores, mas a visita que mais<br />

estimou foi a de Alexandre Herculano, com quem se correspondia havia cerca de<br />

20 anos. 44<br />

Quando a quarentena chegou ao fim, o Soberano, acompanhado por D.<br />

Teresa Cristina, “Desembarcou na companhia da Família Real portuguesa,<br />

cercado de muita gente, e logo se formou um longo cortejo de cerca de 100 carros<br />

para acompanhá-lo pela cidade”. 45 Uma vez livre para poder conhecer o país, o<br />

Monarca deu início às habituais visitas a pessoas e a lugares.<br />

Iniciou por visitar D. Amélia no palácio das Janelas Verdes; foi também<br />

até a Igreja São Vicente de Fora, onde estavam os túmulos do pai e da irmã D.<br />

Maria da Glória. 46<br />

Despediu-se de Lisboa e seguiu para o norte de Portugal, Espanha, França,<br />

Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Áustria, Itália, Egito, Creta, Suíça e Paris. O<br />

percurso efetuado foi preparado com a ajuda de Arthur de Gobineau e da<br />

Condessa de Barral. 47<br />

A rotina da viagem era semelhante à que ocorria quando de suas excursões<br />

ao interior do Brasil: visitava lugares históricos, instituições de cultura, educação<br />

e ciência, e sobretudo, personagens do mundo cultural e intelectual. 48<br />

42<br />

LYRA. Op. cit. 1977. Vol. 2. P. 176.<br />

43<br />

CARVALHO. Op. cit. 2007. P. 146.<br />

44<br />

Idem.<br />

45<br />

LYRA. Op. cit. 1977. Vol. 2. P. 180.<br />

46<br />

CARVALHO. Op. cit. 2007. P. 147.<br />

47 Idem.<br />

48 Idem.<br />

26

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