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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ... - ICHS/UFOP

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em entrelaçamento de política e ciência/desenvolvimento técnico”. 714<br />

Compreendemos dessa forma, que ciência, técnica e política eram elementos<br />

indissociáveis, e o ponto de convergência entre elas, era o Monarca, que além de<br />

ser o maior representante político do país, era também o maior mecenas das<br />

ciências.<br />

178<br />

Durante as viagens empreendidas, o Imperador levava consigo não apenas<br />

os rituais de recepção, mas também a expectativa de melhorias e de progresso,<br />

para as localidades visitadas, aproximando-se então de seus súditos e fortalecendo<br />

redes de poder com os políticos locais. Além disso, o Monarca era acompanhado<br />

também, pelo conhecimento intelectual adquirido ao longo de sua vida, como<br />

pudemos observar a partir de seus apontamentos no diário de viagem.<br />

Uma vez em Minas Gerais, D. Pedro II pôde enfim, conhecer os locais<br />

citados por Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manoel da Costa, em suas obras; o<br />

local onde a Inconfidência Mineira realizou-se; e ampliar o conhecimento que<br />

possuía sobre mineração. Para tanto, foi acompanhado por Gorceix na excursão<br />

por Ouro Preto e região. O pedido para acompanhar o Monarca partiu do próprio<br />

diretor: “Ficaria muito feliz se Vossa Majestade se dignasse a me informar se<br />

desejaria que me fosse outorgada a permissão para o acompanhar em suas<br />

excursões nas circunvizinhanças de Ouro Preto”. 715 No início de abril, o<br />

Imperador seguiu pela região mineradora nos arredores de Ouro Preto, a fim de<br />

observar os trabalhos de mineração que tanto esperava que contribuísse para o<br />

desenvolvimento técnico e científico do país.<br />

Acreditamos que as viagens de D. Pedro II a Minas Gerais em 1881, foram<br />

efetuadas devido ao seu interesse científico e político. Durante essas excursões, o<br />

Monarca visitou e inspecionou os edifícios públicos e privados de cada localidade,<br />

demonstrando dessa forma, seu empenho como Governante, no auxílio e<br />

fiscalização da administração provincial, e também seu interesse no<br />

desenvolvimento técnico/científico da região.<br />

Percebemos dessa forma, que enquanto viajou pela província, apresentou-<br />

se como o Imperador do Brasil, D. Pedro II e ao mesmo tempo, como Pedro de<br />

Alcântara, posicionamento até então comum nas viagens ao exterior.<br />

714 PIRES. Op. cit. 2007. P. 168 e 169.<br />

715 LIMA. Op. cit. 1977. P. 72.

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