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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ... - ICHS/UFOP

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então apontar, em oito de março de 1874, Claude Henri Gorceix. 693 Vinte dias<br />

após a indicação, Henri Gorceix assinou o contrato de trabalho em Paris: “Em 28<br />

de março de 1874, de volta da Grécia, Gorceix assinou em Paris o contrato para<br />

organizar no Rio de Janeiro o ensino da mineralogia e da geologia, com o salário<br />

de 8:000$000 anuais”. 694<br />

173<br />

Henri Gorceix partiu para o Brasil em junho do mesmo ano, chegando ao<br />

Rio de Janeiro em fins de julho e logo foi apresentado a D. Pedro II. Desde então:<br />

“Entre o professor e o soberano estabeleceu-se um clima de plena confiança” e<br />

também de amizade. 695<br />

Após breve permanência no Rio de Janeiro, Gorceix seguiu para o Rio<br />

Grande do Sul, na companhia de Ladislau de Souza Mello Neto, diretor do Museu<br />

Nacional. No sul do país, conheceu minas de ouro e de cobre, e no final de 1874,<br />

percorreu a província de Minas Gerais, sendo acompanhado por Francisco Van<br />

Erven e João Vitor de Magalhães. 696 O propósito da viagem era escolher o local<br />

para a instalação da almejada escola de minas.<br />

As cidades de Diamantina, Barbacena, São João Del Rei, Sabará, Itabira<br />

do Mato Dentro e Ouro Preto, foram cotadas para sediar a instituição de ensino,<br />

entretanto, as três primeiras logo foram excluídas: Diamantina por sua<br />

localização, Barbacena e São João Del Rei devido à “ausência de explorações<br />

metalúrgicas e o pouco interesse da geologia nos terrenos circunvizinhos”. 697<br />

Entre Sabará, Itabira e Ouro Preto, Gorceix optou pela última localidade,<br />

próxima a importantes explorações auríferas, tais como a do<br />

Morro de Sant’Ana, ou de ferro como as das fazendas do<br />

Manso e de Canjica. Devido a sua posição geográfica, não lhe<br />

era possível entrever um grande porvir econômico mas,<br />

superava os outros centros, pela qualidade do seu ambiente<br />

cultural herdado da Vila Rica de outrora. 698<br />

Acreditamos assim, que dentre os motivos para a escolha de Ouro Preto,<br />

estava o fato de a região atuar na área da mineração, o que beneficiaria o ensino<br />

693 LIMA. Op. cit. 1977. P. 30.<br />

694 CARVALHO. Op. cit. 2002. P. 46.<br />

695 LIMA. Op. cit. 1977. P. 33.<br />

696 Idem. P. 34.<br />

697 Idem. P. 35.<br />

698 Idem. P. 36.

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