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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ... - ICHS/UFOP

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Ciências de Paris e diretor da Escola de Minas de Paris. Nesse encontro, solicitou<br />

a ajuda do cientista, pedindo-o para auxiliar o governo brasileiro a conhecer e<br />

melhor desfrutar as riquezas minerais do país.<br />

Em fevereiro de 1872, Daubrée entregou ao Imperador uma<br />

172<br />

Nota sobre os meios de conseguir um conhecimento mais<br />

profundo sobre o solo brasileiro e de desenvolver a exploração<br />

de suas riquezas minerais, na qual aconselhava além da<br />

confecção do mapa geológico geral do Império, mapas<br />

geológicos mais pormenorizados sobre as regiões minerais,<br />

trabalho a ser executado por jovens brasileiros, formados em<br />

escolas europeias. 691<br />

Certo da competência do geólogo, ao retornar para o Brasil o Imperador<br />

lhe enviou uma carta, convidando-o para visitar o país, tornando visível o seu<br />

desejo de que Daubrée pudesse dirigir as pesquisas mineralógicas:<br />

A Província de Minas, principalmente, como seu nome indica, é<br />

campo admirável para as colheitas cuja teoria e prática o senhor<br />

elaborará, em sólidos fundamentos. Antes de pesquisar in loco,<br />

a formação de uma Escola de Minas, o senhor poderá, por<br />

meios de conferências, atrair o público à respeito de seus<br />

trabalhos. Confiro, como também, o governo brasileiro, grande<br />

importância à sua visita a este país. Ele não retirará somente um<br />

maior proveito de suas minas: as ciências naturais, em geral,<br />

receberão forte impulso. 692<br />

Na correspondência, D. Pedro II explicitou a importância da visita de<br />

Auguste Daubrée, contudo, ele recusou o convite, alegando não poder abandonar,<br />

mesmo que por pouco tempo, o cargo de diretor da Escola de Minas de Paris, para<br />

o qual havia sido nomeado há pouco tempo. Em contrapartida, o professor se<br />

ofereceu a ajudar na busca por um responsável pela escola de minas no Brasil,<br />

comprometendo-se a indicar ao governo brasileiro, um mineralogista e um<br />

geólogo.<br />

De acordo com Margarida Rosa de Lima, a missão foi mais difícil do que<br />

Auguste esperava e ao invés do período de seis meses solicitado ao Imperador,<br />

para poder indicar os profissionais, levou aproximadamente um ano e meio para<br />

691 LIMA, Margarida Rosa de. D. Pedro II e Gorceix: a fundação da Escola de Minas de Ouro<br />

Preto. Fundação Gorceix, 1977. P. 27.<br />

692 Idem. P. 28.

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