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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ... - ICHS/UFOP

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Conclusão<br />

160<br />

No decorrer do primeiro capítulo nos foi possível observar D. Pedro II<br />

como um intelectual, cuja afeição aos estudos o levou a ser considerado um<br />

“Homem de Letras”, dedicado ao conhecimento. Assim sendo, tudo relacionado à<br />

ciência, como por exemplo, as descobertas e invenções do século XIX, atraía o<br />

Monarca. Essa atração pode ser observada durante todo o seu reinado, uma vez<br />

que incentivou constantemente a modernização do país, apoiando, por exemplo, a<br />

implantação de estradas de ferro e de rodovias, e a modernização do sistema<br />

elétrico, possivelmente visando inserir o Brasil nos caminhos do progresso.<br />

Acreditamos que sua dedicação à ciência e à civilidade, tenha sido uma<br />

das razões que o impulsionaram a visitar a província de Minas Gerais, ou seja,<br />

supomos que as viagens empreendidas no decorrer do ano de 1881, possam ter<br />

sido uma resposta aos seus anseios intelectuais. Presumimos ainda, que a situação<br />

política vigente no país nesse contexto, também tenha impulsionado a excursão à<br />

província.<br />

Em oposição à Monarquia, no início da década de 1870 uma nova proposta<br />

de governo começou a circular, sendo então criado o Partido Republicano, que<br />

conquistou adeptos em todo o país. Foi ainda no decorrer desse decênio, que<br />

críticas ao Imperador e ao regime governamental, ganharam destaque na imprensa<br />

e nas ruas, sobretudo durante as festas de carnaval. Assim sendo, durante os anos<br />

finais do Império brasileiro, percebemos uma crise abrangendo a imagem de D.<br />

Pedro II, como o representante político da nação.<br />

Para nós, a crise envolvendo o Soberano e o governo imperial, teve início<br />

no momento em que o Monarca mostrou-se favorável à abolição da escravidão,<br />

causando reação, sobretudo, entre os proprietários de escravos e de terras.<br />

Entre as décadas de 1860 e 1870, o trabalho escravo foi amplamente<br />

discutido entre os políticos e o Imperador, que em 1864 enviou uma carta ao<br />

Presidente do Conselho de Estado, Zacarias de Góes e Vasconcellos, discorrendo

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