O professor do Ensino Técnico em enfermagem, a docência ... - Unicid
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“A prática <strong>do</strong>cente, no entanto, não é aprendida apenas através de<br />
conhecimentos teóricos e meto<strong>do</strong>lógicos ensina<strong>do</strong>s no curto<br />
espaço de t<strong>em</strong>po das disciplinas pedagógicas [...], não é também<br />
pela simples observação da prática de outros <strong>do</strong>centes <strong>em</strong> situação<br />
de estágio [...], o <strong>professor</strong> forma a si mesmo através das inúmeras<br />
interações...”. (2003, p. 94)<br />
A aprendizag<strong>em</strong> se dá no cotidiano, que muitas vezes oferece situações<br />
diferentes e ricas, favorecen<strong>do</strong> o <strong>professor</strong> a confrontar-se, refletir sobre sua prática e, a<br />
partir daí, estabelecer suas próprias teorias pedagógicas. As resoluções das situações<br />
rotineiras estão além <strong>do</strong>s referenciais teóricos e técnicos aprendi<strong>do</strong>s na educação<br />
inicial e continuada. As reflexões possibilitam a busca da própria trajetória. Mizukami<br />
(2002, p. 17) aponta que é através da reflexão que o <strong>professor</strong> passa a se perceber<br />
como agente transforma<strong>do</strong>r, avalian<strong>do</strong> sua prática, sen<strong>do</strong> “...capaz de aprender com<br />
seus próprios erros s<strong>em</strong> se constranger”. Salienta, ainda, que “...as teorias práticas de<br />
ensino constitu<strong>em</strong> o conhecimento profissional <strong>do</strong> <strong>professor</strong>” (1997, p. 55). Bicu<strong>do</strong><br />
(2003, p. 80), entretanto, chama a atenção para o fato de que “o componente da<br />
reflexão passou a ser considera<strong>do</strong> imprescindível para o trabalho e para a formação <strong>do</strong><br />
bom <strong>professor</strong>, corren<strong>do</strong> até o risco de ser toma<strong>do</strong> como garantia suficiente para tanto”.<br />
A profissão <strong>do</strong>cente está envolta por movimentos efervescentes que permeiam o<br />
universo <strong>do</strong>s mun<strong>do</strong>s cultural, intelectual e social. Se o <strong>professor</strong> da área da Saúde não<br />
estiver inseri<strong>do</strong> nestes mun<strong>do</strong>s, provavelmente se sentirá aprisiona<strong>do</strong>, limitan<strong>do</strong>-se a<br />
enxergar “o aprender e ensinar apenas através de habilidades de dar conta de<br />
conceitos, etiologias, tratamentos, diagnósticos” (BATISTA, 2005b, p. 63). Para Batista,<br />
a questão é agravada porque<br />
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