O professor do Ensino Técnico em enfermagem, a docência ... - Unicid

Os meses passaram e eu iniciei um curso preparatório para o vestibular,
desvinculado da escola pública, com a decisão de cursar Enfermagem. Tudo era
novidade, afinal de contas, desde o ingresso na escola, nunca tinha estudado em uma
escola particular. A expectativa era de um encontro instigante com teorias, fórmulas,
equações, histórias etc. relacionadas às profissões, mas isto não aconteceu. A
constatação foi de que os professores ensinavam de uma única forma. Enfim concluí
esta etapa ingressando na Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio de
Janeiro - UFRJ.
A Escola de Enfermagem Anna Nery, uma das mais tradicionais do país, possuía
um currículo tradicional, “...em que a prática é colocada no ápice dos cursos (estágios),
em que parece não haver espaço para uma aprendizagem de ensino com pesquisa,
simplesmente porque a lógica da organização curricular impede esse acontecimento”
(CUNHA, 2003, p. 28). Masetto (2003, p. 10) completa dizendo que os currículos
“...procuravam formar profissionais competentes em uma determinada área ou
especialidade”. As práticas pedagógicas não foram diferentes das dos professores do
1° e 2° Graus.
A Universidade proporcionou-me aprendizados positivos. Pude exercer minha
autonomia não só como aluna, mas também como cidadã. A diversidade de idéias,
pensamentos e culturas que compunha o meu entorno contribuiu muito na construção
de uma nova configuração do meu eu.
Já graduada e na qualidade de enfermeira, comecei a exercer o cuidar de
pessoas, de forma ampla e científica, através das assistências a pacientes graves.
Sempre à beira do leito eu tinha um olhar que buscava perceber o que estava para
além da Enfermagem. Esta ação remete ao texto de Bicudo, que expõe:
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