O professor do Ensino Técnico em enfermagem, a docência ... - Unicid

para entrar e sair do labirinto? Pela primeira vez eu percebi a interface das disciplinas e
o que podia ser desvelado. Emergiu então um olhar num sentido que conectava-se com
a caixinha de ferramentas do meu pai, onde tudo tinha lugar, função e, o mais
importante, havia interação. Por que os outros professores não ofereciam as
ferramentas necessárias e nem utilizavam estratégias interessantes para que os alunos
pudessem descobrir os encantos, a importância e a aplicação da Matemática, Química,
Física, História etc., como sutilmente a professora Sandra fizera? Será que eles eram
desprovidos de caixinhas de ferramentas próprias para cuidar e consertar bicicletas?
Encontro sustentação nas palavras de Peres e Kurcgant (2004, p. 103), quando
relatam: “é necessário que o professor valorize o diálogo, a troca, a relação interpessoal
e acredite que se pode aprender dialogando, discutindo, trocando idéias”. É
fundamental “vivenciar o momento mágico no qual professor e aluno constroem o
saber” (BYINGTON, 2003, p. 119).
O comprometimento, por parte do professor, em compartilhar a construção do
conhecimento do aluno muitas vezes mobiliza-o no sentido de vislumbrar o encontro
com sua autonomia no gerenciamento do conhecimento. A cumplicidade na construção
do conhecimento entre professor e aluno é importante, pois cria laços que solidificam o
saber. A cumplicidade assumida pelo professor é um cuidado:
“O ser humano é o único animal capaz de pensar e de rir, mas em
compensação, é o único animal dentre vários que não sobrevive
sem cuidados ao nascer, ou seja, é dependente de cuidados. Os
animais aquáticos, terrestres, aéreos etc. dispensam parcialmente
estes cuidados tão necessários ao homem. Quando os ovos de
tartarugas eclodem, os filhotes correm rumo ao mares, o bezerro ao
nascer fica de pé junto à mãe e o humano recém-nascido, se não
for alimentado, higienizado, aquecido, não será capaz de fazê-lo
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